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HO D3 - U3 - Calor -

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Curso: 
	Higiene Ocupacional
	Disciplina:
	Temperaturas Extremas
	Aluno/Grupo:
	Ariana Anselmo Cunha
	Tutor(a):
	Alexandre Pinto Silva
Atividade 2 – Unidade 3 – Calor - Demais Conceitos 
Valor: 20,0 pontos
Com base no conteúdo desta unidade e na indicação das leituras, desenvolva as atividades abaixo:
Em uma carvoaria a operação de descarregamento do forno leva em média 00h52min sendo feita por dois carvoeiros que enchem cesto de carvão usando garfo e transportam manualmente para fora do forno sempre trabalhando em dupla.
Cada operação de enchimento do cesto leva 2 minutos e 30 segundos e o transporte e descarga fora do forno leva 1 minuto e 30 segundos.
Foi avaliado o calor encontrando o seguinte resultado:
I- Carregamento do Cesto: tbn = 29,2º C e tg = 48,2º C
II- Transporte para fora do forno: tbn = 23,2º C , tbs= 28,7º C e tg = 32,5º C
 
Considerando que após a descarga do forno os forneiros descansam por cerca de 15 minutos, em sala climatizada com os valores de temperatura encontrados: tbn = 17,8º e tg = 18,2º C, pergunta-se:
a) Os forneiros trabalham em condições insalubres? Justifique.
A atividade realizada pelos forneiros é insalubre, pois os índices encontrados estão acima dos limites de tolerância estabelecidos pela NR15.
b) Em caso positivo quais as medidas deveriam ser adotadas?
O controle do calor deve ser feito primeiramente na fonte e em seguida em sua trajetória, deixando a aplicação do controle ao pessoal como complemento das medidas anteriores ou quando constituir a única solução viável. 
As medidas de controle relativas ao ambiente são aplicadas no meio de trabalho, isto é, alterações na fonte ou ação na trajetória, não envolvendo diretamente o trabalhador. Muitos são os recursos e dispositivos que podem ser utilizados no controle do calor. Devido às características da atividade que elevam o grau de incêndio, medidas de controle como insuflação de ar fresco no local em que permanece o trabalhador estão descartadas devido ao risco de acidente ao enriquecer o ambiente com oxigênio. A automatização do processo, por exemplo, mudança do transporte manual de carga, por transporte com esteira ou ponte rolante seria uma opção, entretanto é pouco ou não utilizada devido ao grande custo financeiro. 
Embora haja inúmeras medidas aplicadas no controle do calor, para cada caso se faz necessário um estudo minucioso e sistemático no objetivo, a fim de determinar a melhor solução para o problema.
Considerando-se que há uma série de medidas de controle que pode ser aplicada diretamente no trabalhador, para minimizar a sobrecarga térmica, destacam-se:
- Exames médicos: Os exames pré admissionais têm a finalidade de detectar problemas de saúde que possam ser agravados pela exposição ao calor. Os exames periódicos têm a finalidade de promover um contínuo acompanhamento dos trabalhadores expostos ao calor, para identificar estados patológicos em seus estágios iniciais.
- Aclimatização: A aclimatização ao calor constitui uma adaptação fisiológica do organismo a um ambiente quente. É medida de fundamental importância na prevenção dos riscos decorrentes da exposição ao calor intenso. A aclimatização será total em aproximadamente duas semanas. A perda de cloreto de sódio pela sudorese será menos no indivíduo aclimatizado.
- Reposição hídrica e salina (reposição de água e sal): Um profissional exposto deverá ingerir maior quantidade de água e sal, a fim de compensar a perda ocorrida na sudorese. A ingestão de água e sal pelos trabalhadores deverá ser feita sob orientação médica.
- Limitação do tempo de exposição: Essa medida consiste em adotar períodos de descanso, visando reduzir a sobrecarga térmica a níveis compatíveis com o organismo humano. Quando os tempos de exposição não forem compatíveis com as condições de trabalho observadas, deve-se promover um reestudo dos procedimentos de trabalho, no sentido de determinar um regime de trabalho-descanso que atenda aos limites recomendados.
- Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Existe no mercado uma grande variedade de EPI’s para os mais diversos usos e finalidades. Deve-se, portanto, fazer uma escolha adequada, objetivando o maior grau de eficiência e conforto. Os EPI’s devem ser de material adequado, para evitar a absorção de calor pelo organismo.
- Educação e treinamento: É de fundamental importância a educação e treinamento dos profissionais exposto ao calor intenso. A orientação do trabalhador quanto à prática correta de suas tarefas pode, por exemplo, evitar esforços físicos desnecessários, ou longos e desnecessários tempos de permanência próximos à fonte. Deve o trabalhador ser conscientizado do risco que representa a exposição ao calor intenso, educado quanto ao uso correto dos EPI’s e alertado para a importância do asseio pessoal.
Para a redução do IBUTG durante o carregamento do cesto e transporte para fora do forno, sugiro:
Aumentar o tempo de espera pelo resfriamento do carvão, dessa forma reduzindo a temperatura da fonte geradora e o IBUTG quando o trabalhador estiver dentro do forno – para isso seria necessário aumentar o número de fornos para não prejudicar a produção.
Outra medida que pode ser tomada é a cobertura do trajeto desde a saída do forno até o local de deposição do carvão utilizando material que não absorva a luz do sol e permitindo a livre circulação de ar. Dessa forma, não haverá carga solar reduzindo o IBUTG e também protegendo o trabalhador de intempéries. Além disso, deve-se introduzir pausas de descanso térmico seguindo os estudos de tempo do IBUTG do quadro nº1 do anexo 3 da NR15 ajustando os tempos de exposição na fase crítica. Outra medida que pode ser tomada é a redução do peso unitário das cargas.
a) Através da análise inicial das condições de riscos ambientais como exposição a alta temperatura e intempéries, risco ergonômico devido a repetitividade, postura inadequada e levantamento de peso conclui-se previamente que os forneiros trabalham em condições insalubres.
A atividade analisada consiste nas tarefas de enchimento do cesto por 2 minutos e 30 segundos e o transporte e descarregamento do cesto por 1 minuto e 30 segundos totalizando 1 ciclo de 4 minutos. Sendo que, em 52 minutos, tempo total de realização da atividade serão 13 ciclos. 
· Tempo de permanência dentro do forno por hora: 13x2min30seg = 32min30seg
· Tempo de permanência fora do forno por hora: 13x1min30seg = 19min30seg
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
IBUTG(durante carregamento do cesto): tbn = 29,2ºC e tg= 48,2ºC 
IBUTG= 20,44+14,46 
IBUTG= 34,9ºC
Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg 
IBUTG(durante transporte para fora do forno):tbn = 23,2º C, tbs= 28,7º C e tg= 32,5º C
IBUTG = 16,24+2,87+6,5
IBUTG = 25,61ºC
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
IBUTG(durante descanso): tbn = 17,8º e tg = 18,2º C
IBUTG= 12,46+5,46
IBUTG=17,92ºC
IBUTGt = ((34,9 x 32,5) + (25,61 x 19,5) + (17,92 x 8)) = 1.777.0005 = 29,62°C
		 60 60
M1 = 524
M2 = 495
M3 = 100 
M = ((524 x 32,5) + (495 x 19,5) + (100 x 8)) = 27.482.50 = 458 Kcal/h
 60 60
______ 
IBUTG = 29,62°C
__ 
M = 458 Kcal/h
LT Quadro 1 do Anexo 3 da NR15:
__ 
M = 458 Kcal/h = 26,1°C IBUTG
Houve sobrecarga térmica na realização da atividade, pois, o 
______ 
IBUTG ultrapassou o LT definido pela Norma.