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cinesiologia IV

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Prévia do material em texto

Fundamentos de 
Cinesiologia aplicados 
à Educação Física
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Erica Leal Avigo
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos Corporais: 
Pelve e Membro Inferior
• Cíngulo do Membro Inferior
• Membro Inferior
 · Conhecer os principais aspectos biomecânicos relacionados aos 
sistemas ósseo, articular e muscular do cíngulo do membro inferior e 
do membro inferior.
 · Compreender e relacionar as especificidades das estruturas do 
cíngulo do membro inferior e dos segmentos do membro inferior ao 
movimento humano.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Seja bem-vindo(a) às nossas discussões sobre fundamentos de Cinesiologia 
aplicados à Educação Física!
Saiba que esta Disciplina tem como propósito o estudo dos princípios 
da anatomia aplicados à execução do movimento humano e dos fatores 
mecânicos internos e externos associados à execução desse movimento; 
conhecer a descrição da terminologia de movimento adotada por 
profissionais da área da saúde e visão geral dos aspectos cinesiológicos e 
biomecânicos que são utilizados na análise do movimento humano; além de 
lhe proporcionar momentos de leitura – textual e audiovisual – e reflexão 
sobre os temas que serão aqui discutidos, contribuindo com sua formação 
continuada e trajetória profissional.
Esta Disciplina está organizada em seis unidades, cujo eixo principal será 
conhecer os conceitos da Cinesiologia e Biomecânica e relacioná-los às 
análises de movimentos dos executantes durante as aulas de Educação Física 
e prática de atividades físicas; criar meios de análise dos movimentos dos 
executantes nas aulas de Educação Física e durante a prática de atividades 
físicas; aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos à atuação profissional; 
além de adequar os movimentos conforme a capacidade e necessidades 
individuais dos executantes. Isso é o que você encontrará nas próximas 
unidades. Está preparado(a) para embarcar nesta viagem de estudos sobre o 
movimento do corpo humano?
ORIENTAÇÕES
Aspectos Biomecânicos Aplicados aos
Segmentos Corporais: Pelve e Membro Inferior
UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos Corporais: 
Pelve e Membro Inferior
Figura 1 
Fonte: lametropole.com
Contextualização
Você já conheceu diferentes características dos sistemas corporais que estão 
diretamente envolvidos com o movimento humano. Isso tem contribuído com sua 
formação e com certeza favorecerá sua futura atuação como um profissional que 
lida justamente com o movimento humano. Apesar de ter estudado alguns aspectos 
do membro superior e da coluna vertebral, ainda nos resta tratar sobre alguns 
detalhes importantes no membro inferior, finalizando essa etapa de estudos sobre 
as estruturas corporais envolvidas no movimento humano. Será que o membro 
inferior funciona semelhantemente ao membro superior? Quais são as diferenças 
e semelhanças? Posso fazer aplicações iguais a estruturas parecidas do membro 
superior e inferior? Será que existem particularidades que irão contribuir ainda 
mais com sua futura atuação profissional?
Você já visualizou esta imagem acima na Unidade inferior. Tente reparar melhor 
em alguns detalhes das estruturas superiores e inferiores, consegue notar diferenças? 
Segmentos maiores ou menos, músculos maiores ou menos, as articulações 
realizam os mesmos movimentos? O quanto isso pode interferir no movimento?
Mais uma vez, análises aprofundadas das estruturas envolvidas nos 
movimentos trazem contribuições específicas para a melhora do desempenho. 
Análises mais simplistas das estruturas do corpo humano (ósseo, articular 
e muscular), ainda que em menor quantidade, favorecem também 
a melhora da técnica. Assim como na Unidade anterior, 
apenas aspectos principais dos sistemas corporais serão 
abordados, agora, especificamente para o membro inferior. 
Cabe a você aprofundar seus conhecimentos em condições 
específicas dos movimentos que lhe interessarem em sua 
futura atuação. Hora de iniciar mais uma Unidade, e como você 
já percebeu em unidades anteriores, um atlas de Anatomia 
pode ser muito importante para o auxílio e entendimento 
do conteúdo.
6
7
Cíngulo do Membro Inferior
Importante!
Cíngulo do membro inferior, referido também como cintura pélvica ou simplesmente 
pelve, é constituído pelo sacro, cóccix, pelos ossos do quadril, que são o ílio, ísquio e 
púbis direitos e esquerdos. Esses ossos formam um anel ósseo completo que conecta o 
membro inferior ao tronco.
Importante!
Antes de apresentar as articulações do cíngulo do membro superior, conferiremos 
algumas diferenças entre os cíngulos do membro superior e inferior que são 
apresentadas no Quadro 1.
Quadro 1 – Principais diferenças e similaridades entre os cíngulos do membro superior e do membro inferior
Cíngulo do membro superior Cíngulo do membro inferior
Conhecido também como cintura escapular; Conhecido também como cintura pélvica ou pelve;
Ligação entre membro superior por um anel ósseo in-
completo, uma vez que na região posterior, as escápulas 
não estão conectadas;
Ligação entre membro inferior e tronco por um anel 
ósseo completo;
Movimentos dos segmentos corporais superiores 
direitos e esquerdos podem ser executados indepen-
dentemente (sem que os de um lado influencie no 
lado contralateral);
Movimentos dos segmentos corporais inferiores direitos 
influenciam movimentos dos segmentos inferiores 
esquerdos e vice-versa;
Membro superior envolvido diretamente com tarefas 
manipulativas (uso das mãos), habilidades motoras 
finas, que requerem maior precisão.
Membro inferior envolvido diretamente com a susten-
tação do peso corporal, locomoção, postura, habilida-
des motoras grossas.
Similaridades
• Grandes ossos chatos sobre a superfície dorsal;
• Tipo e quantidade de ossos nos segmentos superiores e inferiores;
• Mão e pé com número similar de ossos curtos (8 carpos na mão e 7 tarsos no pé), que são conectados a 
vários ossos longos (metacarpos na mão e metatarsos no pé) e às falanges.
O cíngulo do membro inferior possui, posteriormente, as articulações sacroíliacas 
(direita e esquerda), a articulação lombossacral e, anteriormente, a sínfise púbica 
(Figura 1). Tendo em vista que as articulações são formadas a partir de referências 
ósseas específicas, consulte um bom livro de Anatomia para rever as referências 
ósseas mencionadas nesta Unidade.
7
UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos Corporais: 
Pelve e Membro Inferior
Figura 1 – Ilustração das articulações do cíngulo do membro inferior
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
A articulação sacroíliaca é uma articulação sinovial plana e está entre a o sacro 
e o ílio. Apesar de ser considerada uma articulação plana, ela apresenta as faces 
irregulares, que ajudam a manter as faces articulares dos dois ossos bem unidas 
(LIPPERT, 2013). Essa articulação apresenta grande estabilidade e pouquíssima 
mobilidade, e tem a função de transmitir o peso da região superior do corpo 
através da coluna vertebral para os ossos do quadril. A articulação lombossacral é 
uma articulação cartilaginosa e está entre a quinta vértebra lombar (L5) e primeira 
vértebra sacral, sendo os corpos vertebrais dessas duas vértebras separados por 
um disco intervertebral, conforme descrito em Unidade anterior. A sínfise púbica 
também é uma articulação cartilaginosa, e está entre os ossos púbis direito e 
esquerdo, na linha mediana do corpo, sendo que há um disco interpúbico entre os 
dois ossos. É importante lembrar que nas articulações cartilaginosas (tais como, a 
lombossacral e a sínfise púbica), há pouco movimento.
O cíngulo do membro superior é um local de inserção dos principais músculos 
responsáveis pelos movimentos das articulações do quadril e do joelho. Seus 
movimentos são necessários para posicionar a articulação do quadril a fim de 
favorecer os movimentos do membro inferior. Esses movimentos acompanham os 
movimentos do tronco e das coxas para facilitar o posicionamentoda articulação 
do quadril e das vértebras da região lombar. Assim, os movimentos do cíngulo do 
membro inferior são decorrentes dos movimentos das articulações do quadril e/
ou das articulações vertebrais. Antes de apresentar os movimentos que ocorrem 
no cíngulo do membro inferior, é importante destacar que esse cíngulo, além de 
sustentar o peso corporal através da coluna vertebral e transmitir para os ossos 
do quadril, recebe também as forças de reação do solo e a transmite para coluna 
vertebral. Ainda, o cíngulo do membro inferior sustenta e protege as vísceras 
pélvicas (LIPPERT, 2013).
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Os movimentos que ocorrem no cíngulo do membro inferior (Figura 2) são: 
inclinação anterior e inclinação posterior, no plano sagital (Figura 2A); inclinação 
lateral (direita, esquerda), no plano frontal (Figura 2B); e rotação anterior e posterior, 
no plano transverso (Figura 2C). A inclinação anterior é uma inclinação da pelve 
para frente e para baixo, e ocorre quando há hiperextensão da coluna lombar e/
ou flexão da articulação do quadril. A inclinação posterior é uma inclinação da 
pelve para trás e para cima, e ocorre quando há flexão da coluna lombar e/ou 
(hiper)extensão da articulação do quadril. A inclinação lateral ocorre quando as 
espinhas ilíacas anterossuperiores não estão niveladas, sendo que a direção (direita, 
esquerda) é definida como sendo o lado que se movimento para baixo, conforme 
indicado na Figura 2B. Por fim, rotação anterior e posterior ocorre quando um 
lado da pelve movimenta-se na direção anterior ou posterior, respectivamente, 
em relação ao lado contralateral, sendo os pontos de referência importantes para 
observar essa movimentação, as espinhas ilíacas anterossuperiores.
(A)
Fonte: Adaptada de LIPPERT (2013)
(B)
 
Fonte: Adaptada de LIPPERT (2013)
9
UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos Corporais: 
Pelve e Membro Inferior
(C)
 
Figura 2 – Ilustração sobre os movimentos que ocorrem no cíngulo do membro inferior.
EIAS = Espinhas Ilíacas Anterossuperiores.
Fonte: Adaptada de LIPPERT (2013)
Ao contrário do cíngulo do membro superior, no cíngulo do membro inferior 
não tem grupos muscular que atua na pelve.
Membro Inferior
Importante!
O membro inferior é constituído das articulações do quadril, joelho e da estrutura do 
tornozelo e pé.
Importante!
Esses elementos são os grandes responsáveis pela sustentação do tronco e 
membro superior e pela interação entre o nosso corpo e a superfície de contato. 
O movimento de qualquer segmento corporal do membro inferior influencia o 
lado contralateral do corpo. Assim, é importante avaliar ambos os lados durante a 
execução das diferentes habilidades motoras executadas pelo membro inferior, ao 
invés de lado direito e esquerdo isoladamente.
Articulação do Quadril
A articulação do quadril é sinovial esferoidal e é tri-axial (movimentos ocorrem 
nos três eixos de movimento – longitudinal, anteroposterior e médio-lateral). Essa 
articulação está entre a cabeça do fêmur e acetábulo da pelve, e permite que a coxa 
seja movimentada com grande amplitude de movimento nos três planos.
Os movimentos que ocorrem na articulação do quadril, de acordo com o pla-
no de movimento são: no plano sagital, flexão, extensão e hiperextensão; no 
plano frontal, abdução e adução; no plano transverso, rotação medial, rotação 
10
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lateral, abdução horizontal, adução horizontal; e nos três planos, circundução. 
Para visualização de cada um desses movimentos, consulte os livros de Biome-
cânica que constam no Material complementar, os quais apresentam ilustrações 
desses movimentos.
De modo geral, a localização dos músculos da articulação do quadril e da 
pelve determina a ação muscular (FLOYD, 2011). Enquanto que os músculos 
uniarticulares atuam somente na articulação do quadril, os músculos biarticulares 
executam uma ação na articulação do quadril e outra na articulação do joelho. 
Os principais músculos uniarticulares da articulação do quadril são: iliopsoas 
(formado pelo ilíaco e psoas maior), pectíneo, adutor magno, adutor longo, adutor 
curto, glúteo máximo, glúteo médio, glúteo mínimo e rotadores profundos; e os 
principais músculos biarticulares dessa articulação são: reto femoral, sartório, grácil, 
semimembranáceo, semitendíneo, bíceps femoral, tensor da fáscia lata (LIPERT, 
2013). A Tabela 1 apresenta os movimentos articulares que esses músculos são 
responsáveis.
Tabela 1 – Músculos da articulação do quadril e seus respectivos movimentos articulares
Músculo Movimentos articulares
Iliopsoas (ilíaco e psoas maior) Flexão
Reto femoral Flexão
Sartório Flexão, abdução, rotação lateral
Bíceps femoral Extensão
Semitendíneo Extensão
Semimembranáceo Extensão
Glúteo máximo Extensão, hiperextensão, rotação lateral
Rotadores laterais
Piriforme
Gêmeo superior
Gêmeo inferior
Obturador interno
Obturador externo
Quadrado femoral
Rotação lateral
Glúteo médio Abdução
Glúteo mínimo Abdução, rotação medial
Tensor da fáscia lata Flexão, abdução
Pectíneo Adução
Adutor
Longo
Curto
Magno
Adução
Grácil Adução
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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos Corporais: 
Pelve e Membro Inferior
Importante!
Conseguimos apresentar maior amplitude de movimento durante a flexão da articulação 
do quadril (movimento da coxa em direção ao tronco ou do tronco em direção à coxa) 
com o joelho flexionado do que com o joelho estendido. Isso acontece porque com a 
extensão do joelho, os músculos posteriores da coxa (“isquiotibiais”: bíceps femoral, 
semitendíneo e semimembranáceo), que são flexores da articulação do joelho e 
extensores da articulação do quadril estão mais encurtados do que quando o joelho 
está flexionado e, consequentemente, apresentam maior possibilidade de aumentar 
seu comprimento durante a flexão do quadril com o joelho flexionado.
Você Sabia?
Articulação do Joelho
Importante!
O joelho é considerado uma estrutura que não apresenta estabilidade óssea, devido às 
características das superfícies ósseas que são conectadas para formar suas articulações, 
sendo que são os músculos e os ligamentos que mantêm essa articulação estável. Apesar 
de nos referirmos simplesmente à articulação do joelho, essa estrutura contém quatro 
articulações, sendo duas articulações tibiofemurais, uma articulação patelofemoral e 
uma articulação tibiofemural proximal.
Importante!
As articulações tibiofemurais são sinovial em gínglimo e estão entre os côndilos 
laterais e mediais da tíbia e do fêmur. São as principais articulações do joelho para 
movimentar a perna em relação à coxa e vice-versa. Os movimentos que ocorrem 
nessas articulações são flexão e extensão, no plano sagital. Porém, ao contrário 
da articulação do cotovelo, as articulações tibiofemurais não são consideradas do 
tipo gínglimo verdadeiro, pois permitem movimento de rotação (plano transverso) 
discreto que acompanha os movimentos de flexão e extensão (LIPPERT, 2013), 
e quando o joelho está em flexão, é possível maior amplitude de movimento de 
rotação. Os movimentos de abdução e adução, no plano frontal, são possíveis de 
serem executados somente de forma passiva (HALL, 2016).
A articulação patelofemurla é uma articulação sinovial plana e está entre a patela 
e os côndilos do fêmur. Tendo em vista que as principais funções da patela são 
aumentar a vantagem mecânica do músculo quadríceps femoral (reto femoral, vastos 
lateral, medial e intermédio) e proteger a articulação do joelho, essa articulação 
auxilia os movimentos das articulações tibiofemurais, e juntas sustentam o peso 
corporal. Por fim, a articulação tibiofemural proximal tem pouca influência nos 
movimentos do joelho e é responsável por dissipar as cargas de torção decorrentes 
da movimentação dos pés e pela absorção e controle das cargas de tensão que são 
aplicadas no membro inferior (HALL, 2013).
12
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Os principais músculos da articulação do joelho são vasto lateral, vasto 
medial, vasto intermédio, bíceps femoral, poplíteo, reto femoral, semitendíneo,semimembranáceo, grácil, tensor da fáscia lata e gastrocnêmio. A Tabela 2 
apresenta os movimentos articulares que esses músculos são responsáveis.
Tabela 2 – Músculos da articulação do joelho e seus respectivos movimentos articulares
Músculo Movimentos articulares
Reto femoral Extensão
Vasto
Lateral
Intermédio
Medial
Extensão
Bíceps femoral Flexão
Semimembranáceo Flexão
Semitendíneo Flexão
Poplíteo Flexão (somente o início)
Gastrocnêmio Flexão
Estrutura do Tornozelo
Importante!
Apesar do termo “tornozelo” ser comumente utilizado, o nome correto da articulação 
que une o pé e a perna é articulação talocrural, que está entre a face inferior da 
extremidade distal da tíbia e a tróclea do tálus. Essa articulação é sinovial em gínglimo 
e é responsável pela maior parte dos movimentos entre o pé e a perna. Os movimentos 
que ocorrem na articulação do “tornozelo” são fl exão plantar e dorsifl exão, ambos no 
plano sagital.
Importante!
Outras articulações que fazem parte da estrutura do tornozelo são a articulação 
subtalar (ou talocalcânea), que está entre a face articular calcânea do tálus e a face 
articular talar do calcâneo; e a articulação transversa do tarso, que está entre as 
faces articulares anteriores do tálus e calcâneo e as faces articulares posteriores do 
navicular e cuboide. Funcionalmente, não é possível separar essas duas articulações 
e, para simplificar, os movimentos que ocorrem nelas são denominados inversão 
e eversão (LIPPERT, 2013). De acordo com Lippert (2013), os movimentos de 
flexão plantar e dorsiflexão que ocorrem na articulação do “tornozelo”, ocorrem 
principalmente na articulação talocrural, e os movimentos de inversão e eversão 
ocorrem na articulação do “tornozelo”, ocorrem principalmente nas articulações 
talocalcânea e transversa do tarso.
Os principais músculos da articulação do “tornozelo” são tibial anterior, 
gastrocnêmio, sóleo, fibular longo, fibular curto, tibial posterior (LIPERT, 2013). A 
Tabela 3 apresenta os movimentos articulares que esses músculos são responsáveis.
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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos Corporais: 
Pelve e Membro Inferior
Tabela 3 – Músculos da articulação do “tornozelo” e seus respectivos movimentos articulares
Músculo Movimentos articulares
Tibial anterior Dorsiflexão, inversão
Gastrocnêmio Flexão plantar
Sóleo Flexão plantar
Fibular longo Eversão
Fibular curto Eversão
Tibial posterior Inversão, auxilia na flexão plantar
Estrutura do Pé
Importante!
O pé, que é a extremidade mais distal do membro inferior, é considerado uma estrutura 
complexa, pois contém vários elementos (ossos, articulações e músculos), da mesma 
forma que a mão. Os 26 ossos do pé e as numerosas articulações formam a base de 
sustentação do corpo na posição ereta, e o formato desses ossos proporcionam adaptação 
do nosso corpo em diferentes tipos de superfície a absorvem o impacto que ocorre na 
interação entre o pé e a superfície de contato (HALL, 2016).
Importante!
As articulações do pé são as articulações tarsometatársicas, intermetatársicas, 
metatarsofalângicas e interfalângicas. De modo geral, as articulações tarsometa-
társicas se encontram entre os ossos do tarso e as extremidades proximais dos 
ossos metatarpos; as articulações metatarsofalângicas se encontram entre as ex-
tremidades distais dos ossos metatarsos e as falanges proximais; e as articulações 
interfalângicas se encontram entre as falanges. Os movimentos de flexão, extensão 
e hiperextensão (plano sagital), e de abdução e adução (plano frontal) ocorrem nas 
articulações metatarsofalângicas e interfalângicas.
No pé, temos os músculos extrínsecos, que cruzam o tornozelo, e os músculos 
intrínsecos, que têm origem e inserção no pé. A maioria dos músculos intrínsecos 
do pé está disposta em quatro camadas da superfície plantar (FLOYD, 2011). 
Não é objetivo desta Unidade apresentar todos esses músculos, portanto, caso 
tenha interesse em estudar mais detalhadamente a estrutura do pé, sugere-se que 
consulte Floyd (2011) e Lippert (2013). Nesta Unidade, apresentaremos somente 
os principais músculos e seus respectivos movimentos, sendo eles flexor longo do 
hálux, flexor longo dos dedos, extensor longo do hálux e extensor longo dos dedos 
(LIPERT, 2013). A Tabela 4 apresenta os movimentos articulares que esses os 
músculos são responsáveis.
14
15
Tabela 4 – Principais músculos extrínsecos do pé e seus respectivos movimentos articulares
Músculo Movimentos articulares
Flexor longo do hálux Flexão do hálux
Flexor longo dos dedos Flexão do demais dedos
Extensor longo do hálux Extensão do hálux
Extensor longo dos dedos Extensão dos demais dedos
Importante!
O quadro a seguir é apresentado com intuito de facilitar o seu estudo e consultas futuras, 
principalmente quando estiver atuando profi ssionalmente. Cabe ressaltar que este 
Quadro foi elaborado com base nas informações apresentadas por Lippert (2013).
Você Sabia?
Quadro 2 – Membro inferior
teste Movimento Plano de Movimento Músculo(s) Agonista(s) Primário(s)
Quadril*
Flexão Sagital Reto femoral, iliopsoas, pectíneo
Extensão Sagital Glúteo máximo, semitendíneo, semimembranáceo, bíceps femoral (cabeça longa)
Hiperextensão Sagital Glúteo máximo
Abdução Frontal Glúteo médio, glúteo mínimo
Adução Frontal Pectíneo, adutor longo, adutor curto, adutor magno, grácil
Rotação medial Transverso Glúteo mínimo
Rotação lateral Transverso Glúteo máximo, rotadores profundos
Abdução 
horizontal Transverso
Flexores do quadril para elevação do fêmur (iliopsoas), abdutor 
do quadril (glúteo médio)
Adução 
horizontal Transverso
Flexores do quadril para elevação do fêmur (iliopsoas), adutores do 
quadril (adutor longo, adutor curto, adutor magno, grácil)
Tibiofemural
(joelho)
Flexão Sagital Semimembranáceo, semitendíneo, bíceps femoral, poplíteo, gastrocnêmio
Extensão Sagital Reto femoral, vasto lateral, vasto intermédio, vasto lateral
Talocrural
(tornozelo)
Flexão plantar Sagital Gastrocnêmio, sóleo
Dorsiflexão Sagital Tibial anterior
Talocrural
(tornozelo)
Inversão Frontal Tibial anterior, tibial posterior
Eversão Frontal Fibular longo, fibular curto
Legenda: * para a combinação dos movimentos de flexão e abdução do quadril, o músculo agonista primário é o tensor da fáscia lata.
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UNIDADE Aspectos Biomecânicos Aplicados aos Segmentos Corporais: 
Pelve e Membro Inferior
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Atlas Fotográfico de Anatomia
COLICIGNO, P. R. C. et al. Atlas Fotográfico de Anatomia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. 
https://goo.gl/4ppM6u
 Livros
Biomecânica Básica. 5. ed.
HALL, S. J. Biomecânica Básica. 5. ed. São Paulo: Manole, 2009.
Bases Biomecânicas do Movimento Humano
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. 2. ed. Barueri, SP: 
Manole, 2008.
Biomecânica do Esporte e do Exercício
MCGINNIS, P. M. Biomecânica do Esporte e do Exercício. Porto Alegre, RS: Artmed, 2015..
 Vídeos
Localização dos Músculos dos Membros Inferiores
https://youtu.be/9TbyGPMx6Vg
Localização dos Músculos dos Membros Inferiores
Veja no videográfico a evolução dos tempos dos atletas na prova de 100 metros rasos nos 
últimos 100 anos. Compare ainda como seria a corrida entre um atleta e um não atleta. Saiba 
também o que um velocista profissional faz de diferente tecnicamente e descubra o diferencial 
de Usain Bolt em relação aos outros atletas.
https://youtu.be/sd1rIxkL_Qs?list=PLYIpZvr9dk_WjVxPhCh_0tMBNHNyvfLzX
Salto em Distância
https://youtu.be/UYS13_l5yEk
16
17
Referências
FLOYD, R. T. Manual de Cinesiologia Estrutural. 16. ed. Barueri, SP: Manole, 2011.
HALL, S. Biomecânica básica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica e Anatomia. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013.
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Outros materiais