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Perícia Criminal no Caso Mércia Nakashima

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PRÁTICA INTERDICIPLINAR: PERÍCIA CRIMINAL 
 
Acadêmico(a): Arthur Roger, Lindomberg Andrade, Lidia Mara, Rana Teixeira. 
 
 
Descrição 
 
Descreva os seguintes elementos do caso: 
1. As modalidades de perícia que foram realizadas e a conclusão de cada uma delas. 
Foram usadas diversas modalidades para a realização da perícia, como necropsia, balística, análises laboratoriais, botânica forense e perícia forense digital. Entre os vestígios para provar que Mizael Bispo de Souza de 43 anos, matou Mércia Nakashima, sua ex-namorada foi encontrado vestígios de algas especificas do local do crime de Mércia em seus sapatos, além de estilhaços de projéteis de arma, partículas ósseas, e sangue, além da localização das ligações telefônicas feitas por Mizael e o rastreador que Mércia tinha instalado em seu carro. 
 Vestígios de sangue foram encontrados nos sapatos de Mizael: O exame não pode ser conclusivo, apesar de indicar que a substância era humana, naquele momento não se pode afirmar a quem pertencia o material genético. 
Foram encontrados restos de algas no solado do sapato de Mizael: O material encontrado era compatível com o mesmo tipo de alga encontrada no fundo da represa na qual Mércia foi morta. A defesa, no entanto, alegou que em qualquer local com umidade existe algas. Na opinião deles, não podia afirmar que elas eram específicas daquela represa. Logo foi feita uma análise, comprovando os vestígios encontrados no sapato de Mizael eram de algas da mesma espécie que existem na margem da represa de Nazaré Paulista. 
Partículas ósseas e projéteis de arma foram descobertas: Evidências que Mércia teria sido baleada no maxilar ainda dentro de seu carro, antes de ser jogada na represa Paulista. No calçado e no veículo de Mizael foi encontrado estilhaços de material que seriam de ossos humanos. A perícia concluiu que Mércia sofreu uma fratura tanto no maxilar quanto nos ossos da mão. 
Antena do celular e comparsa: Mizael afirmou o tempo todo estar em um lugar específico, mas o sinal de celular indicava que estava em outro. O cruzamento de dados das antenas revelou que ele tinha um comparsa. No dia em que Mércia foi morta, Mizael ligou mais de vinte vezes para esta mesma pessoa. Exames identificaram que no dia 23 de maio de 2010, por intermédio das Estações 
Rádios Bases, podia-se comprovar que Mizael encontrava-se nas proximidades, próximo ao horário em que ela foi morta, se deslocando de Nazaré Paulista sentido Guarulhos. 
Vestígios de material metálico, que seria idêntico ao material de uma bala, foi encontrado tanto no calçado dele, quanto em seu carro: A acusação suspeitou que esse material, fossem na verdade parte das balas que atingiram Mércia. 
Na represa se encontrava um dos principais vestígios do crime: Mas ainda faltava encontrar o corpo de Mércia. 
Testemunha: Um pescador ouviu os gritos de Mércia do outro lado da represa e viu quando o carro foi empurrado para dentro da água, essa pista foi inicialmente ignorada pelo delegado. 
Pai de Mércia: Iniciou uma busca por conta própria no entorno na represa e encontrou vestígios do carro da filha, em seguida chamou os bombeiros e a partir se dá início a uma busca incessante dentro da represa. O carro é encontrado pelos mergulhadores, mas sem o corpo. Segundo a perícia, Mércia saiu pela janela lateral do carro e foi encontrada boiando do outro lado da represa, a família informou que a vítima não sabia nadar. 
Rastreador: Mércia colocou em seu carro um rastreador pois assim ganharia desconto no seguro, mas não informou a ninguém, nem mesmo Mizael. Sem saber da existência do equipamento que teria sido instalado pela companhia, foi solicitado o rastreio e o laudo apontou que Mizael circulou com o carro em torno da casa de Mércia no dia do crime e que das 18h37min às 22h2min o carro permaneceu parado em um estacionamento que pertencia a um hospital de Guarulhos. Para a acusação, Mércia e Mizael teriam seguido no automóvel dela para Nazaré nesse horário. Ele alegou que estaria na companhia de uma garota de programa nesse horário e que o rastreador estaria apresentando problemas. 
2. A perícia determinante para a comprovação de autoria e seus resultados. 
A botânica forense foi fundamental para a conclusão do caso, pois usou conhecimentos de Limnologia e Sistemática de algas. Além disso a perícia mais importante foi a do sapado do Mizael. Na busca foram encontrados os sapatos com terra e vestígios de algas na casa de Mizael, que estava junto a um aspirador que acreditam ter sido utilizado na intenção de limpar as solas do sapato. A polícia recolheu os sapatos, após analises e comparação com vestígios das algas presentes na represa, a perícia concluiu que eram da mesma espécie. Tais fatos não teriam tanta importância caso fossem analisados separadamente, porem juntando todos estes indícios, comprovam um fator importante, que apontou Mizael como provável assassino de Mércia. 
3. A personalidade do criminoso segundo parecer de especialistas. 
Segundo o psicólogo Carlos de Faria, a ambivalência dentro da relação e a atitude quase que frequente de Mércia, de querer e não querer, terminar e voltar muitas vezes, foi o gatilho para complementar patológico de Mizael. Ele via a namorada como propriedade dele, dentro do universo da relação de poder dele e essa dinâmica demonstrava o lado doentio de ambos. 
Para a especialista Ana Beatriz Barbosa, Mizael possui uma personalidade psicopata. Na opinião da especialista homens que não superam fins de relacionamento ou tem dificuldade para lidar com uma traição, se encaixam na categoria das pessoas, que de acordo com os psicólogos, revelam um lado perverso e violento sempre que colocados em situação de frustração. 
A psiquiatra e especialista Dinah Akerman, relatou que na infância de Mizael foi uma criança com transtorno de conduta e que evoluiu para um adulto com transtorno de personalidade antissocial. Segundo a especialista o acusado se vingou pela humilhação que a namorada o fez sentir, movido por impulsividade com emoções intensas e sem controle, essa e uma característica de psicopatas segundo ela. A rejeição sofrida motivou a impulsividade por se sentir humilhado. Para ela, Mizael apresenta características psicopata por ser autossuficiente, egocêntrico, impulsivo e sem capacidade de estabelecer vínculos empáticos com ninguém, mas ao mesmo tempo é uma pessoa muito inteligente e sedutora. 
 
	II. 	Análise da Prática Realizada. 
 
Encerrada a atividade e preenchido os campos de descrição, agora você fará análise relativa ao trabalho realizado respondendo as seguintes questões: 
1. Como as provas periciais contribuíram para a solução do caso? Foram provas inequívocas ou deram margem a dúvidas? 
Neste caso, há provas óbvias que não cabe quaisquer discussões sobre a autoria do crime. O caso que vitimou Mércia Nakashima, foi o primeiro caso no Brasil onde os conhecimentos botânicos foram primordiais para se chegar à autoria do crime. O desaparecimento da advogada Mércia Nakashima, ocorreu em Guarulhos em maio de 2010 no Estado de São Paulo, seu corpo foi encontrado dezenove dias depois na barragem de Nazaré Paulista. Se chegou à conclusão que o autor do crime foi o seu ex-namorado Mizael Bispo, advogado e policial militar aposentado, com auxílio de um comparsa, o vigia Evandro Bezerra da Silva. Para a polícia, Mércia se encontrou com o ex-namorado que teria entrado no carro da vítima, e assim seguido com ela para a represa de Nazaré Paulista. Chegando ao local Mércia foi atingida por tiros disparados por seu ex, e em seguida, seu veículo foi empurrado para dentro da água com a vítima ainda viva, causando assim, sua morte por afogamento. Após a conclusão do laudo pericial, o advogado e policial militar reformado, Mizael Bispo de Souza foi apontado como o assassino de Mércia Mike Nakashima motivado por ciúmes. Um microscópico pedaço de alga foi a prova mais importante. O biólogo forense fez a análise das lâminas contendo restos de sedimentos, tanto dos sapatos quanto do tapete de seu automóvel. O laudo apontou uma alga específicaque vive em rochas e plantas daquela região, dentro ou fora da água. Tudo indicava a presença de Mizael no local. O instituto legal apontou afogamento como a causa da morte. 
2. Descreva a dinâmica do crime considerando as provas periciais. 
O caso teve início do dia 23 de maio de 2010, inicialmente seria investigado apenas o desaparecimento da advogada Mércia Mike Nakashima. A vítima recebeu uma ligação do ex-namorado Mizael Bispo, e aceitou sair com o suspeito em seu próprio veículo. O carro da advogada foi encontrado no dia 11 de junho, com o testemunho de um pescador que estava no local no momento do crime, ele relatou que ouviu gritos de uma mulher e viu um veículo sendo empurrado para a água após uma pessoa descer de dentro dele. Seguindo as investigações, alguns dias antes do crime, algumas testemunhas disseram ter visto Mizael conversando com o vigia Evandro Bezerra da Silva. Depois do carro ter sido encontrado e retirado da represa, o vigia abandonou o trabalho e fugiu. Evandro virou suspeito do crime e teve prisão preventiva decretada em 25 de junho e em julho foi preso tentando fugir pra Sergipe. Evandro disse em depoimento que combinou com Mizael de ir busca-lo na represa de Nazaré Paulista no dia 23 de maio, mesmo dia em que a advogada sumiu, mas em seguida mudou a versão e negou o envolvimento. A prova que incriminou Mizael, foi um pedaço da alga presa em seu sapato e o laudo da perícia computacional, que confirmou o local e a hora exata em que Mércia desapareceu. Mizael foi condenado a 20 anos de prisão pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Evandro Bezerra da Silva foi condenado a 18 anos e 8 messes de prisão pelo crime de homicídio duplamente qualificado.

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