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96 Unidade IV Unidade IV 7 ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA FORMAÇÃO DE PREÇOS Abordaremos os temas que implicam os aspectos tributários da formação de preço (ICMS, IPI, PIS e Cofins). Estudaremos, ainda, os temas que se referem aos projetos de investimentos e operações financeiras pelas empresas, além de hedge na formação de custos e preços. Inicialmente, é importante destacar que carga tributária em produtos ou serviços são custos diretos e variáveis e que obrigatoriamente devem ser apurados e aplicados no preço de venda. Para estar em conformidade com os processos contábeis e financeiros de uma empresa e para que esta garanta um bom retorno financeiro, é preciso compreender todos os aspectos fiscais e tributários implicados como obrigações legais. O setor responsável da companhia deve zelar pelo controle fiscal e tributário, no intuito de evitar multas ou sanções dos órgãos fiscalizadores do governo em todas as esferas (municipal, estadual e federal), além de garantir que a empresa tenha um crescimento sustentável e lucrativo. Lembrete Formação de preços é o processo administrativo que possibilita o cálculo do melhor preço de venda de um produto ou serviço para uma empresa, permitindo pagar os custos, despesas e ainda obter lucro. 7.1 Tributos, precificação, lucratividade Vimos que toda organização com fins lucrativos deve estrategicamente dominar a melhor maneira de precificar seus produtos ou serviços, a fim de obter lucros reais. Seja qual for o método de precificação escolhido, é fator primordial entender a influência da carga tributária nos preços de venda. A seguir vamos compreender melhor do que se trata o tema tributação. Segundo o site Portal Tributário (s.d.), denomina-se tributação a aplicação de tributos (contribuição financeira) pelos governos, seja sobre a renda, seja sobre o consumo, seja sobre o patrimônio de pessoas físicas ou jurídicas. A forma de tributação utilizada pelos governos se divide em direta e indireta: • Tributação direta: trata do recolhimento financeiro aplicado diretamente sobre a renda, patrimônio ou consumo. Por exemplo: imposto de renda, contribuição previdenciária sobre o salário, IPTU, IPVA. 97 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS • Tributação indireta: é aquele cujo valor, embutido no preço final do produto, é repassado ao consumidor. Por exemplo: os impostos na conta do telefone ou de energia elétrica se transformam em imposto indireto quando repercute no preço final do produto. É o que acontece no Brasil, por exemplo, onde na compra de bens de consumo incidem as principais tributações como: ICMS, IPI, PIS e Cofins. As principais tributações do mercado brasileiro são: ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços); IPI (imposto sobre produtos industrializados); ISS (imposto sobre serviços de qualquer natureza); PIS (programa de integração social); Cofins (contribuição para financiamento da seguridade social); CSLL (contribuição social sobre o lucro), o imposto de renda e as contribuições sobre a folha de pagamento. Ainda segundo informações do site Portal Tributário (s.d.), estima-se que a soma dos tributos e encargos cobrados das atividades econômicas represente aproximadamente 35% do PIB no Brasil. Ou seja, de cada R$ 1,00 produzido, R$ 0,35 são destinados, na forma de tributos, para os governos federal, estaduais e municipais. É preciso reconhecer que carga tributária são custos diretos relacionados com a variação de vendas e, quanto maior essa variação, maior será a incidência de tributos. Nesse sentido, não há dúvida de que a melhor forma de definir preços de venda é considerar todos os custos diretos, indiretos e variáveis implicadas nos produtos ou serviços, como: • Comissões ou outros pagamentos (prêmios). • Mão de obra. • Custos e despesas gerais. • Tributações, taxas e impostos: — Tributações: incidem diretamente na operação (venda). — Taxa: pagamento extra de algum serviço por algum órgão público (exemplo: taxa do lixo). — Impostos: pagamento mensal ou anual para governos que devolveram em algum benefício para a empresa ou para a população. 7.2 Regime tributário O regime tributário estabelece como o contribuinte deve, de forma justa, tributar (ou seja, pagar) seus resultados, operações, rendimentos ou rendas para o governo. Cada empresa utiliza o regime no qual melhor se enquadra para o pagamento correto dos tributos e impostos obrigatórios. No Brasil os três principais regimes tributários são: 98 Unidade IV • Simples Nacional: trata-se de um regime tributário simplificado que facilita a vida de pequenas e microempresas. Além de incidir menor carga tributária, seu principal benefício é que permite o recolhimento de vários tributos federais, estaduais e municipais em uma só guia de recolhimento. • Lucro Presumido: é o modelo de tributação simplificada do imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro (CSLL). Depois do Simples Nacional, é o modelo tributário com maior número de adesão de empresas no Brasil. • Lucro Real: trata-se do regime tributário que incide sobre o lucro líquido das empresas no período de apuração, considerando valores a adicionar ou descontar permitidos pela lei. Dessa forma, antes de declarar a lucratividade real, é necessário avaliar o lucro líquido de cada ano ou período, de acordo com a legislação vigente no país. Explicando um pouco mais sobre os dois primeiros modelos, os tributos ICMS, ISS, IRPJ, CSLL, PIS, Cofins são calculados sobre o valor do faturamento apurado no período. Por fim, olhando pelo lucro real, dos seis citados, apenas o IRPJ e a CSLL são obrigatoriamente calculados sobre o valor do lucro bruto. É importante lembrar que as empresas podem escolher o regime tributário desde que se encaixem nos requisitos legais. Segundo dados do Governo Federal, grande parte das pequenas, micros e médias empresas são optantes pelo Simples Nacional, por questões práticas e pelas facilidades possibilitadas por esse modelo de tributação. No geral, desde que foi criado, em 1996, proporcionou às empresas uma forma muito mais segura de estar em dia com as suas obrigações legais e contábeis. Quando se abre uma microempresa para negociar algum tipo de produto ou até mesmo para fornecer serviços para outras empresas e/ou pessoas físicas, a primeira questão legal que precisará ser resolvida é como enquadrar a empresa no regime tributário pertinente. Nesse caso específico (de pequena ou microempresa) será preciso aderir ao Simples Nacional, que reúne todas as formas de tributações em um só modelo de atuação. Isso passa a ser benéfico para a empresa, que terá menos trabalho para responder legalmente todas as questões que tangem o processo de fiscalização tributária. 7.3 Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (seu nome mais longo e completo) é um tipo de imposto definido para todas as empresas que comercializam algo ou oferecem algum tipo de serviço remunerado e é gerido sobre competência do governo estadual e federal. Ele foi criado em 1988 junto com a nova constituinte federal do Brasil e passou a vigorar em todo território nacional em 1º de março de 1989. Com o seu surgimento, outros antigos impostos de incidência foram eliminados. Após sete anos em vigor, foi alterada pela Lei Complementar n. 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei Kandir) com pequenos ajustes e depois de mais alguns anos vieram novas alterações por leis complementares, como: Lei Complementar n. 92, de 23 de dezembro de 1997, Lei Complementar n. 99, de 20 de dezembro de 1999 e Lei Complementar n. 102, de 11 de julho de 2000. 99 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS Todas as pessoas jurídicas (empresas) em território nacional são obrigadas a recolher o ICMS, que deve ser incluído na nota fiscal de produtos ou serviços, em campoespecífico e de destaque, com o percentual do valor recolhido em cima do valor total da nota. Por exemplo, o preenchimento no campo cálculo do imposto da nota fiscal ocorre da seguinte forma: • Base de cálculo do ICMS (valor da nota): R$ 5.385,53 • Valor do ICMS: R$ 646,26 • Alíquota: 12% Segundo o site Valor Tributário, o ICMS incide diretamente em: • Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares. • Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores. • Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza. • Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios. • Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual. • Entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bem destinado ao consumo ou ativo permanente do estabelecimento. • Serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior. • Entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente (VALOR TRIBUTÁRIO, [s.d.]). Em relação ao pagador de tributos, o qual recebe o nome de contribuinte, seja ele no papel de pessoa física ou jurídica, cabe a ele arcar com os valores todas as transações de caráter comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços. 100 Unidade IV Também tem papel de contribuinte qualquer pessoa física ou jurídica que, mesmo sem realizar transações habituais, efetuem as seguintes ações: • Importem mercadorias do exterior, ainda que as destinem ao consumo ou ao ativo permanente do estabelecimento. • Sejam destinatárias de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior. • Adquiram em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas. • Adquiram lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização. Observação O ICMS é uma tributação não acumulativa, sendo compensado o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Vejamos o exemplo de tributação do ICMS: Total do ICMS devido: R$ 100.000,00. Valor do imposto anteriormente cobrado, decorrentes de entradas de mercadorias: R$ 20.000,00. Valor do ICMS a pagar: R$ 100.000,00 – R$ 20.000,00 = R$ 80.000,00. 7.4 Imposto sobre serviços (ISS) O ISS é a tributação recolhida pelos governos municipais e federal e é paga sobre a prestação de serviços. Foi criado em agosto de 2003 pela Lei Complementar n. 116, de 31 de julho de 2003. O ISS deve ser pago por profissionais autônomos e empresas prestadoras de serviços. Ainda no caso das empresas, também devem ser pagos o IR, PIS, Cofins e contribuição social. Para as empresas, o percentual chega a 5%. Profissionais liberais com diploma superior (advogados, médicos, arquitetos, administradores etc.) sem qualquer vínculo empregatício com empresas contribuem com o ISS de forma anual. Em caso de profissional não inscrito na prefeitura de seu município como autônomo, paga os devidos tributos o contratante do serviço, realizando pagamento do valor subtraído dos impostos correspondentes. 101 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS Existem três modalidades de contribuição: • Por período mensal, de acordo com a alíquota da tabela de serviços e que pode ser recolhido de três maneiras: — Por faturamento: direto na nota fiscal. — Por estimativa: valores apurados pela fiscalização com processo administrativo regular. — Sujeição passiva: regime de substituição tributária, quando o contratante dos serviços tem responsabilidade solidária com o prestador de serviços para o pagamento do tributo. • Pelo valor estimado pela fiscalização municipal. • De forma anual, contribuindo com um valor fixo de acordo com cada atividade desempenhada. Profissionais liberais com 70 anos ou mais ficam isentos dessa tributação. Existem empresas do terceiro setor que podem ser isentas também, de acordo com artigo 150 de Imunidade Constitucional pela Lei n. 9.532, de 10 de dezembro de 1997. Observação Empresas do terceiro setor, geralmente, são organizações não governamentais (ONGs) que trabalham com questões e problemas sociais, como: eliminação da fome, questões ambientais, direitos humanos, proteção infantil, moradia, ecologia etc. 7.5 Imposto de renda para pessoas jurídicas (IRPJ) O IRPJ é cobrado de empresas com cadastros jurídicos e todas as outras que não são registradas, como empresas estatais, pertencentes a sociedades mistas, empresas em estado de falência ou de negócios rurais. O pagamento é realizado por meio do documento de arrecadação de receitas federais (Darf) e pode ser feito trimestralmente, nos dias 30 ou 31 dos meses de março, junho, setembro e dezembro, ou anualmente no dia 31 de dezembro de todo ano (isso se optante pelo Lucro Real como modalidade). O IRPJ depende do regime tributário em que a empresa se enquadra. Existem quatro opções para as empresas contribuintes: • Simples Nacional: como vimos é ideal para empresas menores e apresenta uma série de facilidades para tornar simples a relação do empreendedor com as diferentes obrigações legais. As pessoas jurídicas que optam pelo pagamento do Simples Nacional, devem cumprir com as exigências do governo federal. 102 Unidade IV • Lucro Real: alternativa para a maioria das empresas, mas é uma obrigatoriedade para instituições que atuam no setor financeiro, como bancos e corretoras de títulos. Todos que não se enquadram no Simples ou no Lucro Presumido são tributadas no Lucro Real. • Lucro Presumido: principal alternativa em relação ao Lucro Real. O Lucro Presumido se destina a companhias que apresentam um faturamento entre R$ 4 milhões e R$ 78 milhões. Nele, as empresas não devem apresentar sua contabilidade detalhadamente para mostrar como alcançaram seus resultados. • Lucro Arbitrado: modalidade especial de tributação. Aplicado quando a empresa não atende às condições necessárias na prestação de contas nos regimes disponíveis, sejam eles o Simples Nacional, o Lucro Real ou o Lucro Presumido. Todas as empresas, menos os MEI, precisam manter um sistema de contabilidade efetivo, feito por contador. 7.6 Contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) CSLL é uma tributação federal aplicada sobre a renda e proventos de qualquer natureza. Incide sobre todas as pessoas jurídicas domiciliadas no país. As regras de apuração e pagamento coincidem com o IRPJ. Outras normas são regidas por legislação específica para esse tipo de contribuição. Pagam também esse tributo entidades consideradas sem fins lucrativos. Mas não as que não se enquadram na isenção descrita no art. 15 da Lei n. 9.532/1997, os fundos de investimento imobiliário, empresas de crédito e as bolsas de valores e mercadorias, independentemente de estarem isentas do pagamento do imposto de renda. Há organizações que estão isentas do pagamento da CSLL, como as entidades fechadas de previdência complementar, que são operadoras de planos de benefícios de natureza previdenciária. Também estão isentos órgãos de assistência social certificada, que são do tipo sem fins lucrativos, e parceiras da administração pública, em apoioao atendimento a grupos, indivíduos e famílias que estejam em condições de vulnerabilidade social ou risco pessoal. 7.7 Programa de integração social (PIS) PIS é o sistema de contribuição tributária pago pelas empresas com fins comerciais, com o objetivo de financiar pagamentos de seguros-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados. 103 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS Saiba mais O fundo PIS-Pasep é resultante da unificação dos fundos constituídos com recursos do PIS e do programa de formação do patrimônio do servidor público (Pasep). Entenda mais sobre o programa em: CAIXA. O que é PIS. [s.d.]. Disponível em: http://www.caixa.gov.br/ beneficios-trabalhador/pis/Paginas/default.aspx. Acesso em: 2 jun. 2020. Trata-se de um programa de complementação de renda governamental que foi instituído com a justificativa de promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. Na prática, consiste em um programa de transferência de renda, possibilitando melhor distribuição da renda nacional. Antes da Constituição de 1988, a taxa PIS-Cofins era destinada para quotas desse programa, sendo que o rendimento dessas podia ser sacado anualmente e somente em eventos específicos como aposentadoria, morte ou doenças graves (neoplasia e AIDS). Outra possibilidade de ganho é o abono salarial, que segue a seguinte métrica: cinco anos de cadastro no banco de dados que é o PIS, trinta dias trabalhados formalmente e média salarial igual ou inferior a dois salários mínimos. Alguns trabalhadores não se enquadram nos requisitos e, por conseguinte, não possuem o direito de receber os pagamentos do abono salarial. São eles: • Funcionários rurais e urbanos contratados por Pessoa Física. • Empregados domésticos. • Trabalhadores autônomos. • Funcionários com salários mensais superiores a dois salários mínimos. • Trabalhadores do programa Menores Aprendizes. • Diretores que não tenham vínculo empregatício. 104 Unidade IV Saiba mais Para saber mais sobre o abono salarial, acesse o site a seguir: CAIXA. O que é abono salarial. [s.d.]. Disponível em: http://www.caixa. gov.br/beneficios-trabalhador/abono-salarial/Paginas/default.aspx. Acesso em: 2 jun. 2020. 7.8 Contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins) Trata-se de um tributo federal que incide sobre a receita bruta das empresas e pessoas jurídicas. A Cofins foi criada em 1991 pelo Governo Federal com o objetivo de financiar o sistema de seguridade social e de arrecadar recursos financeiros para custear os serviços de previdência social, saúde pública e outros programas de assistência social. Geralmente é cobrado o junto com o PIS e juntos são descritos como um único tributo: PIS-Cofins. Incidem sobre a mesma base de cálculo, mas são duas alíquotas diferentes somadas no momento do recolhimento e pagas ao mesmo tempo. Por definição, Cofins é destinada aos programas de seguridade social e o PIS usado para financiar programas de integração social. Devem arcar com a Cofins todas as empresas legalmente constituídas e as pessoas físicas equiparadas às empresas, de acordo com regulamentação do imposto de renda. A exceção, nesse caso, são as empresas de pequeno porte e microempresas que optam pelo sistema Simples Nacional. A base de cálculo é a receita bruta mensal de qualquer que seja a atividade exercida ou a classificação contábil das receitas. Por regra, só entram nesse sistema as empresas tributadas pelo regime de Lucro Presumido. Na Cofins cumulativa a alíquota da é de 3% –, além dos 0,65% do PIS. A fórmula de cálculo cumulativo é a seguinte: PIS/Cofins = receita bruta x alíquotas (3% + 0,65%). Incidência não cumulativa. Na Cofins não cumulativa, a empresa pode descontar os créditos tributários embutidos nos custos, despesas e encargos que teve durante o período. A alíquota é de 7,6%, além dos 1,65% do PIS. Sua fórmula de cálculo é a seguinte: PIS/Cofins = receita bruta x alíquotas (7,6% + 1,65%) – despesas tributáveis x alíquotas (7,6% + 1,65%). O recolhimento é realizado por pessoa jurídica, que deverá emitir uma Darf com o valor a ser recolhido e efetuar o pagamento até o dia 25 do mês seguinte. 105 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS Com o estudo sobre a tributação nas empresas, fica mais fácil avaliar o quanto o valor dos tributos impacta e onera a gestão de custo e a formação do preço de venda. Porém, entre pagar impostos em dia ou arcar com multas e juros pelo atraso, a escolha da primeira opção é mais sábia. Uma medida inteligente a ser adotada pela empresa é o planejamento tributário, processo que possibilita pagar menos impostos sem infringir a lei. Tal situação pode ser o ajuste no regime de recolhimento de impostos, o registro de uma nova atividade principal ou o aproveitamento de um benefício fiscal desconhecido. 8 OPERAÇÕES FINANCEIRAS São realizadas por qualquer pessoa, física ou jurídica (empresa), com atividades que envolvam algum tipo de recurso financeiro, seja para buscar crédito para adquirir algum bem (automóvel, imóvel etc. ou, no caso de uma indústria, um maquinário novo) que aumentará sua linha de produção, seja para investir ou alavancar um negócio. Para isso, existem os agentes financeiros que operam dentro do mercado financeiro (já descrito neste livro) e que colaboram para a possibilidade de operações financeiras dentro do mercado brasileiro. Por exemplo: • Governo: concessões, títulos etc. • Bancos: crédito, investimentos, controle financeiro. • Casas de câmbio: moeda, câmbio (troca) e operações no exterior. Figura 37 – Impostos e taxas 106 Unidade IV As operações financeiras na empresa são operações realizadas (como investimento, aquisição, busca ou concessão de crédito etc.) com o objetivo de alavancar o negócio, gerar mais lucros e, consequentemente, obter mais recursos financeiros para a empresa. Visam possibilitar que empresas cuidem bem dos seus recursos financeiros e de seu patrimônio geral (ativos e passivos). Observação Alavancar, no sentido financeiro, significa aumentar, fomentar, dar impulso, ou diversificar a sua capacidade monetária em busca do lucro, geralmente atrelado a algum tipo de risco. Alavancar também é buscar crédito financeiro para algum projeto de investimento (empreender, comprar uma empresa, comprar equipamentos etc.). No Brasil e no mundo existem diversas formas de operações financeiras realizadas no mercado interior e exterior. Destacamos: • Empréstimos bancários. • Concessão de crédito. • Envio de dinheiro para o exterior. • Recebimento de recursos externos. • Operações com duplicatas. • Aplicações financeiras. • Emissão de títulos. • Factoring. 8.1 Empréstimos bancários Trata-se de um tipo contrato entre o banco e o cliente (pessoa física ou jurídica), em que o banco empresta o dinheiro para o cliente potencializar o seu capital financeiro e utilizá-lo naquilo que mais precisa. Suponhamos um negócio já com o plano de negócio pronto, mas sem o capital. Se o empresário quiser iniciar o negócio imediatamente, o empréstimo será a solução. Porém, esse empréstimo se dá sob uma recompensa ao credor chamada juros. Cada instituição financeira tem sua política de empréstimos e juros. Cabe ao cedente (solicitante) buscar o melhor custo-benefício, seja em forma de juros ou de prazo. 107 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS Recomenda-se que empréstimos financeiros de qualquer natureza sejam realizados com instituições financeiras reconhecidas e autorizados pelo Banco Central do Brasil (Bacen). 8.2 Concessão de crédito Trata-se do fornecimento de crédito para qualquer pessoa que adquira produtos ou serviços de uma empresa. Isso ocorre frequentemente com cartões de crédito ou private label (cartões personalizados de uma marca), carnês de compra à prestação, entre outras modalidades do tipo. Empresas comerciais que concedem esse tipo de crédito geralmentepossuem um contrato de parceria com instituições financeiras, responsáveis pelo crédito financeiro e pelas operações de crédito. 8.3 Operações financeiras no exterior São operações que envolvem entrada e saída de recursos financeiro do país. Muitas empresas multinacionais necessitam desse tipo de ação para operacionalizar seus negócios. Operações cambiais inferiores a R$ 3.000,00 não precisam ser justificadas perante órgãos públicos. No mundo corporativo, o mais comum é que as operações se enquadrem no modelo geral. Nesse caso, existem duas formas de fazer o envio do dinheiro para outro país: por correios ou via ordem de pagamento. Em ambos os casos haverá, pelo menos, duas partes envolvidas: o remetente e o beneficiário. No caso empresarial, o ideal é que as remessas sejam feitas por ordem de pagamento, já que os correios têm um limite de US$ 50.000,00 por operação. 8.4 Operações com duplicatas É a transferência de títulos para a posse do banco, mediante endosso. A empresa transfere ao banco o direito de recebimento dos títulos. O valor do desconto é determinado em função do número de dias que faltam para que os títulos sejam liquidados. Nesse tipo de operação, a empresa endossante é responsável, coobrigada pela liquidação dos títulos descontados. Assim sendo, a responsabilidade da empresa somente desaparece quando do pagamento do título pelo devedor. A empresa endossante desconta títulos e recebe do banco o valor nominal (constante dos títulos), suportando os juros correspondentes ao tempo que falta decorrer para o vencimento dos títulos negociados. 8.5 Aplicações financeiras Aplicações financeiras são investimentos puros, com o objetivo de ganho financeiro como retorno, que podem ser aplicados em renda fixa ou renda variável e que são considerados variáveis como o tempo e os juros, por exemplo. 108 Unidade IV É o oposto do empréstimo, pois o cedente usa o dinheiro excedente para aplicar com o intuito de ganho com juros. Quem usa esse dinheiro é exatamente a pessoa que solicita empréstimo financeiro. No mercado financeiro existem diversos produtos de investimentos, os mais comuns são: • Renda fixa: — Títulos. — Duplicatas. — Tesouro. — CDB/RDB. — Previdência. • Renda variável: — Ações. — Fundos imobiliários. — Debêntures. — Ouro. — Dólar. Lembrete Mercado financeiro é o ambiente em que se realizam negociatas entre vários agentes financeiros, como bancos, governos, instituições financeiros e pessoas. 8.6 Emissão de títulos São contratos comercializáveis emitidos por empresas, bancos ou governo com o objetivo de captar dinheiro e pagar, no término do contrato, o valor do título com juros ao portador (adquirente). Os títulos são documentos que efetivam a relação de empréstimo estabelecida no investimento: enquanto o credor entrega determinado valor em dinheiro, o devedor se compromete a devolvê-lo no futuro com o acréscimo de juros. 109 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS Sob o ponto de vista do investidor, a modalidade se torna interessante porque apresenta algumas vantagens particulares capazes de maximizar o lucro. 8.7 Factoring Segundo o site do Sebrae (s.d.), factoring (fomento mercantil ou comercial) é uma atividade comercial caracterizada pela aquisição de direitos creditórios, por um valor à vista e mediante taxas de juros e de serviços, de contas a receber a prazo. Permite liquidez financeira imediata para micro e pequenas empresas, e não deve ser confundida com a operação praticada pelos bancos. Surgiu com o objetivo de: • Congregar todas as pessoas jurídicas que se dedicam às atividades de fomento mercantil. • Difundir e valorizar o fomento mercantil como atividade geradora de riqueza. • Representar e defender os interesses do fomento mercantil, atuando, para esse fim, junto aos poderes públicos – federais, estaduais e municipais –, além de entidades do setor privado. • Estimular o desenvolvimento e aprimoramento tecnológico do fomento mercantil, buscando difundi-lo no segmento das pequenas e médias empresas, por meio de cursos e seminários. • Celebrar acordos e convênios de colaboração técnica ou de prestação de serviços com entidades públicas ou privadas. • Firmar alianças e parcerias de interesse. • Defender os interesses das empresas associadas. • Orientar e preservar o segmento do fomento mercantil dentro da legalidade. As taxas que incidem nas operações financeiras em geral são: • Imposto sobre operações financeiras (IOF), uma alíquota que varia de acordo com a operação. Seu lançamento ocorre diariamente, mas o recolhimento é feito mensalmente. Incide em operações de crédito, seguro, câmbio e compra e venda de títulos mobiliários, entre outros. Sua arrecadação é feita pelo Governo Federal e lhe permite avaliar melhor a oferta e a demanda de crédito. Não necessita, pela Constituição Federal, de aprovação pelo Congresso Nacional para ser alterado. Portanto, ele pode sofrer modificações a qualquer momento. O IOF é apenas uma das taxas cobradas acerca de operações financeiras, quer seja para empresas ou para pessoas comuns (físicas). • Imposto de renda, na importação de serviços. 110 Unidade IV • Contribuição para intervenção no domínio econômico (Cide). • Imposto sobre serviços (ISS). • Programa integração social (PIS Importação). • Contribuição para financiamento da seguridade social (Cofins importação). Por sua vez, no caso de investimentos, é possível dividi-los em duas categorias: impostos sobre rendimentos/dividendos e sobre ganho de capital. O segundo caso é a diferença entre o valor de resgate e de aplicação. O primeiro é a remuneração conquistada. No caso dos impostos sobre o ganho de capital, o tributo é pago quando se vende uma ação, exchange traded funds (ETF) ou real estate investment trust (Reit), ou se faz o resgate de um fundo de investimento. Conforme descrito, o IOF é o único tipo de tributo que recai sobre todas as operações financeiras e, portanto, é um dos mais importantes e precisa sempre ser avaliado quando alguma transação for necessária para alavancar a empresa ou buscar recursos financeiros para alguma necessidade emergencial. 8.8 Operações de hedge Hedge (ou seguro) são operações de proteção sobre o capital investido que permitem que o investidor tenha opções de segurança ao investir, principalmente quando ocorrem oscilações inesperadas de preços do mercado. É uma prática antiga desde séculos passados, em que agricultores e pecuaristas levavam seus produtos às cidades para vender, mas desejavam reduzir o risco de quedas acentuadas nas cotações. Caso muitos levassem sua produção no mesmo dia, a oferta poderia ser bem superior à demanda e os preços cairiam consideravelmente. Para não ocorrer isso, compradores e vendedores passaram a negociar os preços antes da entrega. O principal objetivo da operação de hedge, portanto, é proteger um investimento ou ativo contra possíveis perdas num mercado de preços variáveis. Além de assegurar que uma dívida seja paga no futuro com o valor estabelecido no momento da operação. As principais formas de hedge do mercado financeiro são: • Cambial: ações no câmbio (comprar dólar, por exemplo). • Natural: contratos futuros de exportação e importação. • Commodities: o mais antigo de todos. Refere-se ao mercado de grãos, carne, soja, óleo etc. • Ações: diferentes tipos de produtos em ações. 111 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS De acordo com o modelo clássico de Modigliani e Miller (1958), na ausência de imperfeições de mercado, a gestão de risco deve ser incapaz de gerar valor para as empresas, dado que os acionistas poderiam fazê-la ao mesmo custo por si só. Mas o que observamos na realidade é a presença de fricções e uma grande demanda por operações destinadas ao hedge das posições. Estudos realizados nesse contexto sugerem indiretamente que o hedge possa ser uma estratégia não apenas protetora como também potencializadora do valor da firma. Com isso, muitas teorias foramsugeridas para justificar o emprego de políticas de hedge e, de modo geral, podemos agrupá-las em duas grandes correntes: uma fundamentada na maximização do valor da firma para os acionistas e outra baseada na maximização da utilidade pessoal dos gestores. O primeiro grupo compreende argumentos para o aumento do valor de uma empresa a partir dos parâmetros de avaliação. O segundo compreende os motivos que indiretamente podem aumentar a utilidade de determinados personagens da empresa, em função das potenciais relações de agência. Assim, se o valor da empresa for representado pelo valor presente nos fluxos de caixa projetados, atividades de gestão de riscos que afetam diretamente os fluxos de caixa projetados ou a taxa de desconto dos fluxos de caixa podem ser classificadas como pertencentes ao primeiro grupo de motivos para a relevância da gestão de riscos. Por outro lado, motivos que influenciem as atitudes de administradores, credores ou acionistas e, consequentemente, aumentem a utilidade de alguns indivíduos, compõem o segundo grupo de argumentos a favor da relevância da gestão de riscos (MILLER; MODIGLIANI, 1958). Resumo Descrevemos os elementos que configuram os aspectos financeiros de uma organização no que tange ao processo de pagamento de impostos, tributos e taxas, além de abordarmos algumas das principais operações financeiras, investimentos e operações de hedge existentes para que empresas possam melhorar seu desempenho financeiro. É importante saber que para ser um empreendedor, abrir uma empresa, tocar um negócio e ganhar dinheiro se requer um amplo conhecimento de todos os itens de tributação obrigatórios, a fim de não ser penalizado por órgãos fiscalizadores e do governo. É igualmente importante ter ciência de que por mais que exista uma alta carga tributária no Brasil, permanecer dentro da lei e das boas práticas manterá saudável a vida financeira da empresa. Já que a carga tributária é uma despesa variável, obrigatória e de alto custo, enfatizamos a necessidade de uma gestão estratégica de custo e de métodos de precificação, de modo que a empresa consiga reduzir efetivamente custos e tenha preços competitivos no mercado em que atua e, consequentemente, obtenha bons lucros. Conhecer cada um dos tipos de imposto ou tributos é de suma importância, uma vez que cada tipo de negócio tem diversas e variáveis 112 Unidade IV necessidades. Lembrando que que um negócio de importação e exportação terá mais tributações. Abordamos os aspectos que notabilizam as operações financeiras dos mais diversos tipos e modelos que podem contribuir para alavancar (potencializar) um negócio. Conhecer os tipos específicos de investimentos também pode ser uma saída para melhorar os ganhos financeiros, aplicando-os em ativos que tenham boas chances de dar retorno financeiro. Estudamos, ainda, as operações de hedge, que visam proteger o capital investido pelo investidor, seja ele pessoa jurídica ou pessoa física, possibilitando-lhe a redução dos prejuízos em caso de acontecimentos ou eventos inesperados, sejam eles de natureza econômica, governamental ou natural. Exercícios Questão 1. “O presente artigo tem como objeto fazer um exame da principal fonte de arrecadação de receitas de nosso Estado, a tributação sobre o consumo, e mostrar como essa escolha de política fiscal representa uma violação ao princípio da capacidade contributiva, culminando na transformação de nossa matriz tributária em uma das mais regressivas do mundo” Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/seq/n66/09.pdf. Acesso em: 16 mar. 2020. Aponte a alternativa que trata corretamente da regressividade tributária: A) Carga tributária regressiva é aquela cujos tributos são pautados no consumo, onerando relativamente mais os que têm menos. B) Regressividade é um termo utilizado para designar a carga tributária cujos impostos não voltam adequadamente para a população. C) Impostos regressivos são aqueles que incidem sobre os fatos geradores de meses anteriores aos da cobrança. D) A progressividade tributária não é benéfica para países como o Brasil, onde imperam os impostos regressivos ligados ao consumo de bens e serviços. E) Carga tributária regressiva incide mais sobre as pessoas que têm maior capacidade contributiva. Resposta correta: alternativa A. 113 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS Análise das alternativas A) Alternativa correta. Justificativa: impostos indiretos, ou sobre o consumo, são excessivamente regressivos, ao passo que não possuem a capacidade de cumprir com o que está posto sobre capacidade contributiva. Nesse tipo de imposto, as pessoas com menor rendimento pagam relativamente mais que os mais ricos. B) Alternativa incorreta. Justificativa: não há nenhum tipo de garantia que os recursos provenientes de impostos progressivos tenham destinação mais adequada daqueles provenientes, por exemplo, do ICMS. C) Alternativa incorreta. Justificativa: a maioria dos impostos, regressivos ou não, guardam algum tipo de defasagem entre o fator gerador, a cobrança e o recolhimento. D) Alternativa incorreta. Justificativa: a regressividade tributária não é boa em nenhum lugar do mundo. O princípio da capacidade contributiva tem que ser respeitado. Paga mais aquele que pode pagar mais. E) Alternativa incorreta. Justificativa: o problema da regressividade tributária reside justamente na forma injusta em que opera, no regime em que prevalecem os impostos regressivos, os mais pobres pagam mais impostos que os ricos. Questão 2. O cálculo do ICMS não é do tipo tradicional. O imposto sobre circulação de mercadorias e serviços prevê o cálculo por dentro. Diante disso, uma mercadoria cuja base de cálculo para o ICMS (18%) seja de $ 46,00 terá seu custo majorado em quantos reais após a inclusão do valor do imposto? A) $ 18. B) $ 64. C) $ 11,20. D) $ 10,10. E) $ 8,28. Resposta correta: alternativa D. 114 Unidade IV Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: para que o valor majorado fosse igual a $ 18, teríamos que embutir o valor absoluto de $ 18 no lugar da alíquota de 18%. B) Alternativa incorreta. Justificativa: $ 64 é o somatório do valor absoluto de 18 com a base de cálculo do ICMS. C) Alternativa incorreta. Justificativa: esse valor estaria correto se a alíquota incidente fosse superior a 19%. D) Alternativa correta. Justificativa: ao fazer o cálculo por dentro, ou seja, dividir o valor da base de cálculo pelo inverso da taxa ($ 46,00/0,82), obtemos $10,10 de acréscimo de tributo. E) Alternativa incorreta. Justificativa: $ 8,28 é o total acrescentado de imposto pelo cálculo tradicional, ou no que é chamado de cálculo por fora ($ 46,00 + 18%.) 115 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 APPLICATION-1756279_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/ photo/2016/10/20/18/36/application-1756279_960_720.jpg. 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