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HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS

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ANATOMIA FISIOLÓGICA DOS 
ÓRGÃOS SEXUAIS FEMININOS 
Os principais órgãos do aparelho 
reprodutor feminino humano são os 
ovários, as trompas de Falópio, o 
útero e a vagina. A reprodução 
começa com o desenvolvimento dos 
óvulos nos ovários. 
No meio de cada ciclo sexual mensal, 
um só óvulo é expelido do folículo 
ovariano para a cavidade abdominal 
próxima das aberturas fimbriadas das 
duas trompas de Falópio. Esse óvulo, 
então, cursa por uma das trompas de 
Falópio até o útero; se tiver sido 
fertilizado por espermatozoide, o 
óvulo implanta-se no útero, onde se 
desenvolve no feto, na placenta e nas 
membranas fetais e, por fim, em um 
bebê. 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA HORMONAL FEMININO 
O sistema hormonal feminino, assim 
como o masculino, consiste em três 
hierarquias de hormônio, a saber: 
1. O hormônio de liberação 
hipotalâmica, chamado hormônio 
liberador de gonadotropina (GnRH). 
II. Os hormônios sexuais hipofisários 
anteriores, o hormônio 
foliculoestimulante (FSH) e o hormônio 
luteinizante (LH), ambos secretados 
em resposta à liberação de GnRH do 
hipotálamo. 
III: Os hormônios ovarianos, estrogênio 
e progesterona, que são secretados 
pelos ovários, em resposta aos dois 
hormônios sexuais femininos da 
hipófise anterior. 
 
CICLO OVARIANO MENSAL: FUNÇÃO 
DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS 
Os anos reprodutivos normais da 
mulher se caracterizam por variações 
rítmicas mensais da secreção dos 
hormônios femininos e correspondem 
a alterações nos ovários e outros 
órgãos sexuais. Esse padrão rítmico é 
denominado ciclo sexual mensal 
feminino 
Existem dois resultados significativos 
do ciclo sexual feminino. Primeiro, 
apenas um só óvulo costuma ser 
liberado dos ovários a cada mês, de 
maneira que geralmente apenas um 
só feto, por vez, começará a crescer. 
Em segundo lugar, o endométrio 
uterino é preparado, com 
antecedência, para a implantação do 
óvulo fertilizado, em momento 
determinado do mês. 
HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS E 
SEUS EFEITOS NOS OVÁRIOS 
As mudanças ovarianas que ocorrem 
durante o ciclo sexual dependem 
inteiramente dos hormônios 
gonadotrópicos FSH e LH, que são 
secretados pela hipófise anterior. 
Durante cada mês do ciclo sexual 
feminino, ocorre aumento e 
diminuição cíclicos, tanto de FSH 
quanto de LH. Essas variações cíclicas 
acarretam alterações ovarianas cíclicas 
O FSH e o LH estimulam suas células-
alvo ovarianas ao se combinarem aos 
receptores muito específicos de FSH 
e LH, nas membranas das células-alvo 
ovarianas. Os receptores ativados, por 
sua vez, aumentam a secreção das 
células e, em geral, também o 
crescimento e a proliferação das 
células. 
CRESCIMENTO DO FOLÍCULO 
OVARIANO: FASE FOLICULAR DO 
CICLO OVARIANO 
Quando uma criança do sexo 
feminino nasce, cada óvulo é 
circundado por uma camada única de 
células da granulosa; o óvulo, com 
esse revestimento de células da 
granulosa, é denominado folículo 
primordial. Durante toda a infância, 
acredita-se que as células da granulosa 
ofereçam nutrição ao óvulo e 
secretem um fator inibidor da 
maturação do oócito que mantém o 
óvulo parado em seu estado 
primordial, no estágio de prófase da 
divisão meiótica. Em seguida, depois 
da puberdade, quando FSH e LH da 
hipófise anterior começam a ser 
secretados em quantidades 
significativas, os ovários, em conjunto 
com alguns dos folículos em seu 
interior, começam a crescer. 
O primeiro estágio de crescimento 
folicular é o aumento moderado do 
próprio óvulo, cujo diâmetro aumenta 
de duas a três vezes. Em seguida, 
ocorre, em alguns folículos, o 
desenvolvimento de outras camadas 
das células da granulosa. Esses 
folículos são chamados folículos 
primários. 
DESENVOLVIMENTO DE 
FOLÍCULOS ANTRAIS E 
VESICULARES 
Durante os primeiros dias de cada 
ciclo sexual mensal feminino, as 
concentrações de FSH e LH, 
secretados pela hipófise anterior, 
aumentam de leve a moderadamente, 
e o aumento do FSH é ligeiramente 
maior do que o de LH e o precede 
em alguns dias. Esses hormônios, 
especialmente FSH, causam o 
crescimento acelerado de 6 a 12 
folículos primários por mês. O efeito 
inicial é a rápida proliferação das 
células da granulosa, levando ao 
aparecimento de muitas outras 
camadas dessas células. 
Além disso, as células fusiformes, 
derivadas do interstício ovariano, 
agrupam-se em diversas camadas por 
fora das células da granulosa, levando 
ao aparecimento de uma segunda 
massa de células, denominadas teca, 
que se dividem em duas camadas. Na 
teca interna, as células adquirem 
características epitelioides semelhantes 
às das células da granulosa e 
desenvolvem a capacidade de 
secretar mais hormônios sexuais 
esteroides (estrogênio e 
progesterona). A camada externa, a 
teca externa, se desenvolve, 
formando a cápsula de tecido 
conjuntivo muito vascular, que passa a 
ser a cápsula do folículo em 
desenvolvimento. 
Depois da fase proliferativa inicial do 
crescimento, que dura alguns dias, a 
massa de células da granulosa secreta 
o líquido folicular que contém 
concentração elevada de estrogênio, 
um dos hormônios sexuais femininos 
mais importantes. O acúmulo desse 
líquido ocasiona o aparecimento de 
antro dentro da massa de células da 
granulosa. O crescimento inicial do 
folículo primário até o estágio antral 
só é estimulado, principalmente, por 
FSH. 
Então, há crescimento muito 
acelerado, levando a folículos ainda 
maiores, denominados folículos 
vesiculares. Esse crescimento 
acelerado é causado pelos seguintes 
fatores: 
1. O estrogênio é secretado no folículo 
e faz com que as células da granulosa 
formem quantidades cada vez 
maiores de receptores de FSH, o que 
provoca um efeito de feedback 
positivo, já que torna as células da 
granulosa ainda mais sensíveis ao FSH. 
II: O FSH hipofisário e os estrogênios 
se combinam para promover 
receptores de LH nas células originais 
da granulosa, permitindo, assim, que 
ocorra a estimulação pelo LH, além da 
estimulação do FSH, e provocando 
aumento ainda mais rápido da 
secreção folicular. 
III. A elevada quantidade de estrogênio 
na secreção folicular mais a grande 
quantidade de LH da hipófise anterior 
agem em conjunto, causando a 
proliferação das células tecais 
foliculares e aumentando também a 
sua secreção. Quando os folículos 
antrais começam a crescer, seu 
crescimento se dá de modo quase 
explosivo 
Após uma semana ou mais de 
crescimento, mas antes de ocorrer a 
ovulação, um dos folículos começa a 
crescer mais do que os outros, e os 
outros 5 a 11 folículos em 
desenvolvimento involuem (processo 
denominado atresia); então, diz-se que 
esses folículos ficam atrésicos. 
OVULAÇÃO 
O LH é necessário para o 
crescimento folicular final e para a 
ovulação 
Cerca de dois dias antes da ovulação, 
a secreção de LH pela hipófise 
anterior aumenta bastante, de 6 a 10 
vezes e com pico em torno de 16 
horas antes da ovulação. O FSH 
também aumenta em cerca de duas 
a três vezes ao mesmo tempo, e 
FSH e LH agem sinergicamente 
causando a rápida dilatação do folículo, 
durante os últimos dias antes da 
ovulação. 
O LH tem ainda efeito específico nas 
células da granulosa e tecais, 
convertendo-as, principalmente, em 
células secretoras de progesterona. 
Portanto, a secreção de estrogênio 
começa a cair cerca de um dia antes 
da ovulação, enquanto quantidades 
cada vez maiores de progesterona 
começam a ser secretadas. 
É nesse ambiente de (1) crescimento 
rápido do folículo; (2) menor 
secreção de estrogênio após fase 
prolongada de sua secreção 
excessiva; e (3) início da secreção de 
progesterona que ocorre a ovulação 
 
INÍCIO DA OVULAÇÃO 
Esse LH ocasiona rápida secreção 
dos hormônios esteroides foliculares 
que contêm progesterona. Dentro de 
algumas horas ocorrem dois eventos, 
ambos necessários para a ovulação: 
1. A teca externa começa a liberar 
enzimas proteolíticas dos lisossomos, 
o que causa a dissoluçãoda parede 
capsular do folículo e o consequente 
enfraquecimento da parede, 
resultando em mais dilatação do 
folículo e degeneração do estigma. 
II. Simultaneamente, há um rápido 
crescimento de novos vasos 
sanguíneos na parede folicular, e, ao 
mesmo tempo, são secretadas 
prostaglandinas (hormônios locais que 
causam vasodilatação) nos tecidos 
foliculares. 
Esses dois efeitos promovem 
transudação de plasma para o folículo, 
contribuindo para sua dilatação. Por 
fim, a combinação da dilatação 
folicular e da degeneração simultânea 
do estigma faz com que o folículo se 
rompa, liberando o óvulo. 
 
CORPO LÚTEO: FASE LÚTEA DO 
CICLO OVARIANO 
Durante as primeiras horas depois da 
expulsão do óvulo do folículo, as 
células da granulosa e tecais internas 
remanescentes se transformam, 
rapidamente, em células luteínicas 
Esse processo é chamado 
luteinização, e a massa total de células 
é denominada corpo lúteo, onde um 
suprimento vascular bem 
desenvolvido também cresce no 
corpo lúteo. As células da granulosa 
no corpo lúteo desenvolvem vastos 
retículos endoplasmáticos lisos 
intracelulares, que formam grandes 
quantidades dos hormônios sexuais 
femininos progesterona e estrogênio 
(com mais progesterona do que 
estrogênio durante a fase lútea). 
As células tecais formam, 
basicamente, os androgênios 
androstenediona e testosterona, em 
vez dos hormônios sexuais femininos. 
Entretanto, a maioria desses 
hormônios também é convertida pela 
enzima aromatase, nas células da 
granulosa, em estrogênios, os 
hormônios femininos 
O corpo lúteo cresce normalmente 
até cerca de 1,5 centímetro em 
diâmetro, atingindo esse estágio de 
desenvolvimento 7 a 8 dias após a 
ovulação. Então, ele começa a involuir 
e, efetivamente, perde suas funções 
secretoras, bem como sua 
característica lipídica amarelada, cerca 
de 12 dias depois da ovulação, 
passando a ser o corpus albicans, que, 
durante as semanas subsequentes, é 
substituído por tecido conjuntivo e 
absorvido ao longo de meses. 
A alteração das células da granulosa e 
tecais internas em células luteínicas 
depende essencialmente do LH 
secretado pela hipófise anterior. 
Uma vez que o LH (principalmente o 
secretado durante o pico ovulatório) 
tenha agido nas células da granulosa e 
tecais, causando a luteinização, as 
células luteínicas recém-formadas 
parecem estar programadas para 
seguir a sequência pré-ordenada de (1) 
proliferação; (2) aumento; e (3) 
secreção seguida por (4) 
degeneração 
INVOLUÇÃO DO CORPO LÚTEO E 
INÍCIO DO PRÓXIMO CICLO 
OVARIANO 
O estrogênio e a progesterona 
secretados pelo corpo lúteo durante a 
fase luteínica do ciclo ovariano têm 
potentes efeitos de feedback na 
hipófise anterior, mantendo 
intensidades secretoras reduzidas de 
FSH e LH. 
Além disso, as células luteínicas 
secretam pequenas quantidades do 
hormônio inibina, a mesma inibina 
secretada pelas células de Sertoli, nos 
testículos masculinos. Esse hormônio 
inibe a secreção de FSH pela hipófise 
anterior. O resultado são 
concentrações sanguíneas reduzidas 
de FSH e LH, e a perda desses 
hormônios, por fim, faz com que o 
corpo lúteo se degenere 
completamente, processo 
denominado involução do corpo lúteo. 
A involução final normalmente se dá 
ao término de quase 12 dias exatos de 
vida do corpo lúteo, em torno do 26 
o dia do ciclo sexual feminino normal, 
dois dias antes de começar a 
menstruação. Nessa época, a parada 
súbita de secreção de estrogênio, 
progesterona e inibina pelo corpo 
lúteo remove a inibição por feedback 
da hipófise anterior, permitindo que 
ela comece a secretar novamente 
quantidades cada vez maiores de FSH 
e LH. 
O FSH e o LH dão início ao 
crescimento de novos folículos, 
começando novo ciclo ovariano. A 
escassez de progesterona e 
estrogênio, nesse momento, também 
leva à menstruação uterina 
 
FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS 
OVARIANOS: ESTRADIOL E 
PROGESTERONA 
Os estrogênios promovem, 
essencialmente, a proliferação e o 
crescimento de células específicas no 
corpo, responsáveis pelo 
desenvolvimento da maioria das 
características sexuais secundárias da 
mulher. As progestinas atuam, 
basicamente, preparando o útero para 
a gravidez e as mamas para a 
lactação. 
QUÍMICA DOS HORMÔNIOS SEXUAIS 
I: ESTROGÊNIOS 
Na mulher não grávida normal, os 
estrogênios são secretados em 
quantidades significativas apenas pelos 
ovários, embora quantidades mínimas 
também sejam secretadas pelos 
córtices adrenais. Durante a gravidez, 
uma quantidade enorme de 
estrogênios também é secretada pela 
placenta 
II: PROGESTINAS 
A progesterona é considerada a 
progestina mais importante. Na mulher 
não grávida, geralmente a 
progesterona é secretada em 
quantidades significativas, apenas 
durante a segunda metade de cada 
ciclo ovariano, pelo corpo lúteo. 
Grande quantidade de progesterona 
também é secretada pela placenta 
durante a gravidez, especialmente 
depois do quarto mês de gestação. 
FUNÇÕES DOS ESTROGÊNIOS 
Uma função primária dos estrogênios 
é causar proliferação celular e 
crescimento dos tecidos dos órgãos 
sexuais e outros tecidos relacionados 
com a reprodução. 
Além disso, os estrogênios alteram o 
epitélio vaginal do tipo cuboide para o 
tipo estratificado, considerado mais 
resistente a traumas e infecções do 
que o epitélio das células cuboides 
pré-púberes. 
Eles causam proliferação acentuada 
do estroma endometrial e grande 
desenvolvimento das glândulas 
endometriais, que posteriormente 
ajudarão no fornecimento de nutrição 
ao óvulo implantado. 
EFEITO NAS TROMPAS DE 
FALÓPIO 
Os estrogênios fazem com que os 
tecidos glandulares desse 
revestimento proliferem; e, o mais 
importante, aumentam o número de 
células epiteliais ciliadas que revestem 
as trompas de Falópio. Além disso, a 
atividade dos cílios é 
consideravelmente intensificada. Esses 
cílios sempre batem na direção do 
útero, ajudando a propelir o óvulo 
fertilizado nessa direção. 
EFEITO NAS MAMAS 
Os estrogênios causam 
desenvolvimento dos tecidos 
estromais das mamas, crescimento de 
um vasto sistema de ductos; e maior 
depósito de gordura nas mamas. Os 
lóbulos e alvéolos das mamas se 
desenvolvem até certo ponto sob a 
influência apenas dos estrogênios, mas 
é a progesterona e a prolactina que 
determinam o crescimento e a 
função final dessas estruturas. Em 
suma, os estrogênios dão início ao 
crescimento das mamas e do aparato 
produtor de leite. Eles são ainda 
responsáveis pelo crescimento e pela 
aparência externa característicos da 
mama feminina adulta. 
EFEITO NO ESQUELETO 
Os estrogênios inibem a atividade 
osteoclástica nos ossos e, portanto, 
estimulam o crescimento ósseo. 
Depois da menopausa, quase nenhum 
estrogênio é secretado pelos ovários. 
Essa deficiência leva a (1) uma maior 
atividade osteoclástica nos ossos; (2) 
diminuição da matriz óssea; e (3) 
menos depósito de cálcio e fosfato 
ósseos. Em algumas mulheres, esse 
efeito é extremamente grave, e a 
condição resultante é a osteoporose 
EFEITO NO DEPÓSITO DE 
PROTEINA 
Os estrogênios causam leve aumento 
de proteína corporal total 
EFEITO NO METABOLISMO 
Os estrogênios aumentam 
ligeiramente o metabolismo de todo o 
corpo 
Causam também depósito de 
quantidades maiores de gordura nos 
tecidos subcutâneos 
Além do depósito de gordura nas 
mamas e nos tecidos subcutâneos, os 
estrogênios causam depósito de 
gordura nos glúteos e nas coxas 
EFEITO NA PELE 
Estrogênios fazem com que a pele se 
torne mais vascularizada 
NO EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO 
Os estrogênios, assim como a 
aldosterona e alguns outros 
hormônios adrenocorticais, causam 
retenção de sódio e água nos túbulos 
renais 
FUNÇÕES DA PROGESTERONA 
Elas promovem alterações secretoras 
no endométrio uterino, durante a 
última metade do ciclo sexual feminino 
mensal, preparando o útero para a 
implantação do óvulo fertilizado.. Além 
desse efeito no endométrio,a 
progesterona diminui a frequência e a 
intensidade das contrações uterinas, 
ajudando, assim, a impedir a expulsão 
do óvulo implantado. 
EFEITO NAS TROMPAS DE 
FALÓPIO 
A progesterona promove também 
aumento da secreção pelo 
revestimento mucoso das trompas de 
Falópio. Essas secreções são 
necessárias para nutrir o óvulo 
fertilizado e em divisão, enquanto ele 
passa pela trompa de Falópio, antes 
de se implantar no útero. 
EFEITO NAS MAMAS 
A progesterona promove o 
desenvolvimento dos lóbulos e 
alvéolos das mamas, fazendo com 
que as células alveolares proliferem, 
aumentem e adquiram natureza 
secretora 
A progesterona também faz com que 
as mamas inchem; mas não secretam 
leite 
CICLO ENDOMETRIAL MENSAL E 
MENSTRUAÇÃO 
FASE PROLIFERATIVA DO CICLO 
No início de cada ciclo mensal, grande 
parte do endométrio foi descamada 
pela menstruação. Após a 
menstruação, permanece apenas uma 
pequena camada de estroma 
endometrial, e as únicas células 
epiteliais restantes são as localizadas 
nas porções remanescentes 
profundas das glândulas e criptas do 
endométrio. 
Sob a influência dos estrogênios, 
secretados em grande quantidade 
pelo ovário, durante a primeira parte 
do ciclo ovariano mensal, as células do 
estroma e as células epiteliais 
proliferam rapidamente. A superfície 
endometrial é reepitelizada de 4 a 7 
dias após o início da menstruação. Em 
seguida, durante a próxima semana e 
meia, antes de ocorrer a ovulação, a 
espessura do endométrio aumenta 
bastante, devido ao crescente 
número de células estromais e ao 
crescimento progressivo das glândulas 
endometriais e novos vasos 
sanguíneos no endométrio. 
As glândulas endometriais, 
especialmente as da região cervical, 
secretam um muco fino e pegajoso. 
Os filamentos de muco efetivamente 
se alinham ao longo da extensão do 
canal cervical, formando canais que 
ajudam a guiar o espermatozoide na 
direção correta da vagina até o útero. 
FASE SECRETORA DO CICLO 
Durante grande parte da última 
metade do ciclo mensal, depois de ter 
ocorrido a ovulação, a progesterona e 
o estrogênio são secretados em 
grande quantidade pelo corpo lúteo. 
Os estrogênios causam leve 
proliferação celular adicional do 
endométrio durante essa fase do 
ciclo, enquanto a progesterona causa 
inchaço e desenvolvimento secretor 
acentuados do endométrio. As 
glândulas aumentam em tortuosidade, 
e um excesso de substâncias 
secretoras se acumula nas células 
epiteliais glandulares. Além disso, o 
citoplasma das células estromais 
aumenta; depósitos de lipídios e 
glicogênio aumentam bastante nas 
células estromais; e o fornecimento 
sanguíneo ao endométrio aumenta 
ainda mais, em proporção ao 
desenvolvimento da atividade 
secretora, e os vasos sanguíneos 
ficam muito tortuosos. 
A finalidade geral dessas mudanças 
endometriais é produzir endométrio 
altamente secretor que contenha 
grande quantidade de nutrientes 
armazenados, para prover condições 
apropriadas à implantação do óvulo 
fertilizado, durante a última metade do 
ciclo mensal 
MENSTRUAÇÃO 
Se o óvulo não for fertilizado, cerca 
de dois dias antes do final do ciclo 
mensal, o corpo lúteo no ovário 
subitamente involui e a secreção dos 
hormônios ovarianos (estrogênio e 
progesterona) diminui. Segue-se a 
menstruação. A menstruação é 
causada pela redução de estrogênio e 
progesterona, especialmente da 
progesterona, no final do ciclo 
ovariano mensal. O primeiro efeito é a 
redução da estimulação das células 
endometriais por esses dois 
hormônios, seguida rapidamente pela 
involução do endométrio para cerca 
de 65% da sua espessura prévia 
O vasoespasmo, a diminuição dos 
nutrientes ao endométrio e a perda 
de estimulação hormonal 
desencadeiam necrose no 
endométrio, especialmente dos vasos 
sanguíneos. 
Gradativamente, as camadas externas 
necróticas do endométrio se separam 
do útero, em locais de hemorragia, 
até que, em cerca de 48 horas 
depois de surgir a menstruação, todas 
as camadas superficiais do endométrio 
tenham descamado. A massa de 
tecido descamado e sangue na 
cavidade uterina mais os efeitos 
contráteis das prostaglandinas ou de 
outras substâncias no descamado em 
degeneração agem em conjunto, 
dando início a contrações que 
expelem os conteúdos uterino 
 
REGULAÇÃO DO RITMO MENSAL 
FEMININO 
A secreção da maioria dos hormônios 
hipofisários anteriores é controlada 
por “hormônios de liberação”, 
formados no hipotálamo e, em 
seguida, transportados para a hipófise 
anterior por meio do sistema portal 
hipotalâmico-hipofisário. No caso das 
gonadotropinas, um hormônio de 
liberação, o GnRH, é importante 
O hipotálamo não secreta GnRH 
continuamente, mas, sim, em pulsos 
de 5 a 25 minutos de duração que 
ocorrem a cada 1 a 2 horas. A 
natureza pulsátil da liberação de GnRH 
é essencial à sua função. 
 
 
EFEITOS DO FEEDBACK NEGATIVO 
DO ESTROGÊNIO E DA 
PROGESTERONA NA DIMINUIÇÃO DA 
SECREÇÃO DE LH E FSH 
Em pequenas quantidades, o 
estrogênio tem forte efeito de inibir a 
produção de LH e FSH. Além disso, 
quando existe progesterona 
disponível, o efeito inibidor do 
estrogênio é multiplicado, muito 
embora a progesterona, por si só, 
tenha pouco efeito. Esses efeitos de 
feedback parecem operar 
basicamente na hipófise anterior de 
modo direto, mas também operam 
em menor extensão no hipotálamo, 
diminuindo a secreção de GnRH e, 
em especial, alterando a frequência 
dos pulsos de GnRH. 
Além dos efeitos de feedback do 
estrogênio e da progesterona, outros 
hormônios parecem estar envolvidos, 
sobretudo a inibina, que é secretada 
em conjunto com os hormônios 
esteroides sexuais pelas células da 
granulosa do corpo lúteo ovariano 
 
OSCILAÇÃO DE FEEDBACK DO 
SISTEMA HIPOTALÂMICO-
HIPOFISÁRIO-OVARIANO 
I: Secreção Pós-ovulatória dos 
Hormônios Ovarianos e Depressão 
das Gonadotropinas Hipofisárias. 
Entre a ovulação e o início da 
menstruação, o corpo lúteo secreta 
grandes quantidades de progesterona 
e estrogênio, bem como do hormônio 
inibina. Todos esses hormônios, em 
conjunto, têm efeito de feedback 
negativo combinado na hipófise 
anterior e no hipotálamo, causando a 
supressão da secreção de FSH e LH 
e reduzindo-os a seus níveis mais 
baixos, cerca de 3 a 4 dias antes do 
início da menstruação. 
II: Fase de Crescimento Folicular. 
Dois a 3 dias antes da menstruação, o 
corpo lúteo regride quase à involução 
total, e a secreção de estrogênio, 
progesterona e inibina do corpo lúteo 
diminui a um nível baixo, o que libera 
o hipotálamo e a hipófise anterior do 
efeito de feedback negativo desses 
hormônios. Portanto, mais ou menos 
um dia depois, em torno do momento 
em que se inicia a menstruação, a 
secreção hipofisária de FSH começa 
novamente a aumentar em até o 
dobro; em seguida, vários dias após o 
início da menstruação, a secreção de 
LH também aumenta ligeiramente. 
III: O Pico Pré-ovulatório de LH e FSH 
Causa a Ovulação. 
Cerca de 11,5 a 12 dias depois do início 
do ciclo mensal, o declínio da 
secreção de FSH e LH chega a seu 
fim súbito. Acredita-se que o alto nível 
de estrogênio nesse momento (ou o 
começo da secreção de 
progesterona pelos folículos) cause 
efeito estimulador de feedback 
positivo na hipófise anterior, como 
explicado antes, levando a grande pico 
na secreção de LH e, em menor 
extensão, de FSH. Qualquer que seja 
a causa desse pico pré-ovulatório de 
LH e FSH, o grande excesso de LH 
leva à ovulação e ao desenvolvimento 
subsequente tanto do corpo lúteo 
quanto da sua secreção. Assim, o 
sistema hormonal inicia seu novo ciclo 
de secreções, até a próxima ovulação

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