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Difamação: Elementos e Características

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Objeto jurídico . 
A honra objetiva (reputação). O fato é ofensivo à reputação do 
ofendido. 
 
 
Elementos do tipo . 
 
AÇÃO NUCLEAR 
Difamar é levar fato ofensivo à reputação ao conhecimento de 
terceiros. Imputar consiste em atribuir o fato ao ofendido. O agente 
divulga comportamento do sujeito passivo, o qual mancha sua 
reputação. O fato precisa ser concreto e determinado. A imputação 
vaga e imprecisa configura injúria. 
 
 
SUJEITO ATIVO 
• Qualquer pessoa. 
O propalador realiza nova difamação, muito embora o estatuto penal 
o diga expressamente. 
 
SUJEITO PASSIVO 
Qualquer pessoa, desde que determinada e identificada. O STF já se 
manifestou no sentido de que a pessoa jurídica pode ser sujeito 
passivo de difamação. 
Memória dos mortos: não há difamação contra ela, apenas calúnia 
(cf. art. 138, § 2º, do CP). 
Doentes mentais: podem ser difamados. 
 
 
ELEMENTO SUBJETIVO 
• Não há forma culposa. 
Ao contrário da calúnia, a crença da realidade da imputação não elide 
o dolo. Afinal, na difamação não importa se falso ou verdadeiro o fato 
alegado. 
Obs: na hipótese do funcionário público ofendido em razão de suas 
funções, a imputação deve ser falsa. 
Tem-se entendido que não há difamação, por falta do elemento 
subjetivo, se é fruto de incontinência verbal e provocada por 
explosão emocional no decurso de acirrada discussão. 
 
CONSUMAÇÃO 
Dá-se no instante em que um terceiro, que não o ofendido, toma 
ciência da afirmação que macula a reputação. 
 
 
TENTATIVA 
Não se admite quando o caso for de difamação perpetrada pela 
palavra oral; por meio escrito, será plenamente cabível. 
 
 
 
 
 
 
DISTINÇÃO ENTRE CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E INJÚRIA 
Ao contrário da difamação, na calúnia o fato imputado é definido com 
crime; na injúria não há atribuição de fato, mas de qualidade. 
 
 
Formas . 
 
SIMPLES 
Está no caput.do artigo 
 
QUALIFICADA (cf. art. 141) 
Ver as observações sobre calúnia qualificada. 
 
 
Exceção da verdade . 
 Parágrafo único – Na difamação é irrelevante que o fato 
imputado seja falso ou verdadeiro. Porém, como exceção, a lei 
permite a prova da verdade quando se trata de ofensa que fere a 
reputação de funcionário público, estando este no exercício de suas 
funções. O fato difamatório deve guardar relação com o exercício de 
cargo público; além disso, se o ofendido tiver deixado de ser 
funcionário, ao tempo da prova da verdade, não mais aceitará a 
exceptio veritatis. 
 
 Perdão judicial . 
 Não se admite. 
 
Causas especiais de exclusão da 
ilicitude . 
 Encontram-se no art. 142, do CP. Excluem a ilicitude do fato. 
 
 “Art. 142 – Não constituem injúria ou difamação punível: 
 I – a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou 
por seu procurador 
 II – a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, 
salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; 
III – o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em 
apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever de 
ofício.” 
 
RETRATAÇÃO 
Retratar-se é desdizer-se, ou seja, retirar o que disse. Trata-se de 
causa de extinção de punibilidade (cf. art. 143 do CP) e não depende 
de aceitação do ofendido. Só é possível antes da sentença. 
 
PROPALAÇÃO 
Embora o Código não tenha descrito o verbo “propalar”, como o faz 
na calúnia (art. 138, § 1º), o propalador comete nova difamação. 
Difamação Difamação

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