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31/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/13
CAPÍTULO V - Dos Crimes Contra a Honra
 
 São Crimes que atingem a integridade ou a incolumidade moral da pessoa humana.
 Honra = o conjunto de atributos morais, intelectuais e físicos referentes a uma pessoa
- valor próprio da pessoa, então conceituada sob vários aspectos:
1) Distingue-se a honra dignidade da honra decoro:
a) honra dignidade: é o sentimento da pessoa a respeito de seus atributos morais, de
honestidade e bons costumes. Atingir-se-á quando se afirma que alguém é estelionatário ou
praticou determinado furto;
b) honra decoro: é o sentimento pessoal relacionado ao dotes ou qualidade do homem
(físicos, intelectuais e sociais). Atingir-se-á quando se afirma que a vítima é um aleijão,
ignorante, sovina, etc.
2) Distingue-se a honra subjetiva da honra objetiva:
a) honra subjetiva: é o apreço próprio, na estima de si mesmo, o juízo que cada um faz de
si, que pensa de si - o auto-respeito;
b) honra objetiva: é a consideração para com o sujeito no meio social, o juízo que fazem
dele na comunidade.
3) Fala-se em:
a) honra comum: é a peculiar a todos os homens;
b) honra especial ou profissional: é aquela referente a determinado grupo social ou
profissional, cuja sensibilidade, às vezes, se reveste de contornos diversos da média. Ex.:
chamar um militar de "covarde"; um advogado de "coveiro de causas"; um médico de
"açougueiro", etc.
 
 
ART. 138 – CALÚNIA
 
 
1 - Conceito:
"Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:”
 
2 - Objetividade Jurídica: a honra, no caso a honra objetiva.
 
3 - Sujeitos
31/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/13
a) Ativo: Pode ser qualquer pessoa, sem qualquer restrição (crime comum). b) 
Sujeito passivo: é tão-somente a pessoa física. Pois o ordenamento jurídico-penal pátrio é
fundado no direito penal da conduta, da culpabilidade e da personalidade da pena, vedando a
responsabilização dos entes morais. Dessa maneira, a imputação caluniosa dirigida a uma
pessoa jurídica se resolve em calúnia contra as pessoas que a dirigem, tratando-se de crime
comum. Exceção: Lei de proteção ambiental (Lei n. 9.605/98), em seus artigos 3o, e 21 a 24,
prevê a responsabilidade da pessoa jurídica em relação a delitos contra o meio ambiente.
Logo, ela pode ser caluniada quanto esses delitos.
 - § 2º - É punível a calúnia contra os mortos. Porém a vítima não é o morto, pois o
morto não é titular de direitos, mas sim serão seus parentes, interessados na preservação do
bom nome do morto por reflexo, os sujeitos passivos.
4 - Tipo Objetivo:
 - Conduta típica: imputar, ou seja, atribuir a alguém a pratica do ilícito. O tipo é composto de
três elementos:
a) a imputação da prática de determinado fato;
b) a característica de ser esse fato um crime (fato típico); e
c) a falsidade da imputação.
 5 - Tipo subjetivo:
 Dolo: vontade livre e consciente de imputar falsamente a alguém fato definido como
crime (dolo direito). E também se exige uma determinada tendência subjetiva de realização
da conduta típica, qual seja, a FINALIDADE DE DESACREDITAR, MENOSPREZAR, O
ÂNIMO DE CALUNIAR (animus caluniandi) – elemento subjetivo do injusto.
 
6 - Consumação/Tentativa:
 a) Consumação: consuma-se o delito quando qualquer pessoa, que não a vítima,
toma conhecimento da imputação falsa. Se o fato é diretamente imputado à vítima, sem que
seja ouvido lido ou percebido por terceiro, não haverá calúnia.
 b) Tentativa: é possível quando a calúnia não é oral.
 
7 – Propalação e divulgação - § 1º
"§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga."
 Incorre nas mesma penas da calúnia que "sabendo falsa a imputação, a propala
ou divulga."
 Propalar e propagar, espalhar.
 Divulgar é tornar público.
 Se o caput descreve a conduta daquele que cria a imputação falsa, o § 1º ocupa-se
daquele que, ouvindo-a, leva-a adiante, incrementando o risco da lesão ou efetiva ofensa à
reputação da vítima. E é indispensável que o agente saiba da falsidade da imputação (dolo
direto), ou seja, não admite o dolo eventual.
31/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/13
8 – Exceção da verdade, e exceções da exceção - § 3º
 "§ 3º - Admite-se a prova da verdade..."
 A falsidade da imputação é elemento normativo do tipo. Em razão da gravidade do
fato imputado, a calúnia admite a exceção da verdade, que consiste na defesa apresentada
pelo acusado com o fim de demonstrar a verdade da imputação. A exceção da verdade há de
ser submetida ao contraditório (RT 621/328), mas pode ser alegada e comprovada em
qualquer fase processual, inclusive ao ensejo das razões de apelação (RT 607/306).
 Contudo, apesar da exceção apresentar-se como regra geral, em virtude do
inequívoco interesse social no esclarecimento das condutas delituosas, evitando a
impunidade de seus autores, o Código Penal proíbe a prova da verdade em três hipóteses:
"§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível;" In casu, a impossibilidade de argüição da exceção da verdade é
justificada pelo princípio da disponibilidade da ação penal privada, a qual vis resguardar os
interesses da vítima.
"II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no número I do art. 141;" Estão
protegidos o Presidente da República e o chefe de Governo estrangeiro (soberano,
presidente, primeiro-ministro) quer pela dignificante função que exercem, quer pelas
repercussões internas ou externas do fato.
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível." Pois se o sujeito passivo já foi absolvido do crime imputado, por decisão
irrecorrível, presume-se juris et de jure a falsidade da acusação.
 Assim, nas hipóteses apontadas, ainda que verdadeiros os fatos imputados, o delito
de calúnia se encontra configurado, ante a impossibilidade de oposição da exceção da
verdade. Prescinde-se, então, para a caracterização da calúnia, da falsidade do fato
imputado.
 
9 - Pena e ação penal
- Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa
- A ação penal é privada. Salvo se praticado o crime contra o presidente da República, chefe
de governo estrangeiro ou funcionário público (art. 141, I e II), hipóteses em que a ação penal
é pública condicionada à requisição do ministro da Justiça ou à representação do ofendido,
respectivamente (art. 145, par. ún., CP).
 
ART. 139 – DIFAMAÇÃO
 
1 - Conceito:
" Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:"
 
31/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/13
2 - Objetividade Jurídica: a honra, no caso a honra objetiva: externa (a reputação, o
conceito do sujeito passivo no contexto social).
 
3 - Sujeitos
a) Ativo: Pode ser qualquer pessoa, sem qualquer restrição (crime comum). b) 
Sujeito passivo: o ser humano, inclusive os menores e os doentes mentais.
4 - Tipo Objetivo:
 - Conduta típica: imputar (atribuir) a alguém fato ofensivo à sua reputação.
 Diversamente da calúnia, a difamação não está condicionada à falsidade da
imputação. A prova da veracidade de seu conteúdo (exceptio veritatis) é regra geral,
afastada.
 Como a calúnia, também na difamação o fato imputado deve ser determinado. Não
há, porém, a exigência de descrição detalhada, isto é, não é preciso queo agente o narre em
todos pormenores.
5 - Tipo subjetivo:
 Dolo (direto ou eventual): vontade livre e consciente de imputar falsamente a
alguém fato ofensivo à sua reputação. E também se exige uma determinada tendência
subjetiva de realização da conduta típica, qual seja, a FINALIDADE DE MACULAR A
REPUTAÇÃO ALHEIA, O ÂNIMO DE DIFAMAR (animus diffamandi) – elemento subjetivo do
injusto.
 
6 - Consumação/Tentativa:
 a) Consumação: consuma-se o delito quando qualquer pessoa, que não a vítima,
toma conhecimento da imputação. Se o fato é diretamente imputado à vítima, sem que seja
ouvido lido ou percebido por terceiro, não haverá difamação.
 b) Tentativa: é possível quando não praticada oralmente.
 
7 – Exceção da verdade
 "Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é
funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções."
8 - Pena e ação penal
- Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
- A ação penal é privada. Salvo se praticado o crime contra o presidente da República, chefe
de governo estrangeiro ou funcionário público (art. 141, I e II), hipóteses em que a ação penal
é pública condicionada à requisição do ministro da Justiça ou à representação do ofendido,
respectivamente (art. 145, par. ún., CP).
 
ART. 140 – INJÚRIA
31/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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1 - Conceito:
"Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:"
 
2 - Objetividade Jurídica: a honra, no caso a honra subjetiva.
 - dignidade: é o sentimento que o próprio indivíduo possui acerca de seu valor social e moral;
- decoro: é o sentimento que o próprio indivíduo possui acerca de sua respeitabilidade (sua
qualidades físicas e intelectuais).
 
3 - Sujeitos
a) Ativo: Pode ser qualquer pessoa, sem qualquer restrição (crime comum). b) 
Sujeito passivo: é tão-somente a pessoa física.
4 - Tipo Objetivo:
 - Conduta típica: injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. Traduz a injúria a
opinião pessoal do agente, manifestada em qualquer conduta capaz de exprimir o
menosprezo que sente pela vítima.
5 - Tipo subjetivo:
 Dolo: vontade livre e consciente de ofender a dignidade ou o decoro de outrem. E
também se exige uma determinada tendência subjetiva de realização da conduta típica, qual
seja, a FINALIDADE DE MENOSPREZAR, O ÂNIMO DE INJURIAR (animus injuriandi) –
elemento subjetivo do injusto.
 
6 - Consumação/Tentativa:
 a) Consumação: consuma-se o delito quando a vítima toma conhecimento da
qualidade negativa que lhe é imputada pelo sujeito ativo. Não é preciso, porém, que o sujeito
passivo sinta realmente a ofensa. A injúria é crime formal, em que se prescinde do resultado
danoso para a sua configuração.
 b) Tentativa: é possível, especialmente quando feita por escrito.
 
7 – Provocação e retorsão - § 1º
"§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria."
São casos de perdão judicial:
- no primeiro caso (inc. I) a razão do benefício legal reside justa causa irae, ou seja, o
legislador reconhece que a palavra ou gesto ultrajante decorreu de irrefutável impulso
31/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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defensivo, por ocasião de justificável irritação. Indispensável, porém, que a provocação seja
direta - feita na presença do agente - e reprovável - digna de censura. A provocação pode
constituir-se me um ilícito (lesão, dano, etc.) ou não (gracejo à esposa do agente, etc.).
- no segundo caso (inc. II), o ofendido rebate com outra injúria a injúria que lhe foi
endereçada: deve ser imediata (sine intervallo), motivada pela primeira injúria e na presença
dos dois agentes, caso contrário estaremos falando de reciprocidade de injúrias, não se
admitindo o perdão judicial para elas.
 Nas duas hipóteses não há compensação das injúrias, mas isenção da pena àquele
que, por irritação ou ira justificada, ofende o provocador da injúria.
8 – Injúria real - § 2º
 "§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou
pelo meio empregado, se considerem aviltantes:"
 Refere-se a lei à injúria em que há prática de violência (chicotadas, marcação a faca
ou a ferro em brasa etc.) ou vias de fato.
9 - Injúria preconceituosa ou discriminatória - § 3o.
"§ 3º - Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou
origem:" Com redação dada pela Lei nº 9.459, de 13.05.1997
 Trata-se de injúria qualificada, na qual o agente busca ofender a dignidade ou decoro da
vítima utilizando-se de referências à raça, cor, etnia, religião ou origem desta.
10 - Pena e ação penal
- Pena:
caput: detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa;
§ 2o. - injúria real: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, além da pena
correspondente à violência;
§ 3o. - injúria preconceituosa: reclusão de um a três anos e multa.
- A ação penal é privada. Salvo se praticado o crime contra o presidente da República, chefe
de governo estrangeiro ou funcionário público (art. 141, I e II), hipóteses em que a ação penal
é pública condicionada à requisição do ministro da Justiça ou à representação do ofendido,
respectivamente (art. 145, par. ún., CP). Na injúria real, resultante de lesão corporal de
natureza grave (art. 129, §§ 1o. e 2o., CP), a ação penal é pública incondicionada (art. 101,
CP); se produzidas lesões leves, a ação penal é pública condicionada à representação (arts.
101, CP, e 88, Lei 9.099/95); na hipótese de vias de fato, a ação é de natureza privada (art.
145, caput, CP).
 
 
 
 
 
Õ
31/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/13
ARTS. 141/145 – DISPOSIÇÕES COMUNS AOS CRIMES CONTRA A HONRA
 
 
1 - Causas de aumento de pena:
"Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos
crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria.
Parágrafo único. Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-
se a pena em dobro."
 
2 - Exclusão do crime
 "Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a
intenção de injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que
preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único. Nos casos dos números I e III, responde pela injúria ou pela difamação
quem lhe dá publicidade."
 Nestes casos inexiste o elemento subjetivo do injusto (animus injuriandi vel
diffamandi) ou de exclusão de ilicitude, que eliminam a antijuridicidade e não a simples
punibilidade.
 
3 - Retratação
 "Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou
da difamação, fica isento de pena."
 Retratação: é o ato de desdizer-se, de retirar o que foi dito.
 É ato unilateral - independe de aceitação por parte do ofendido.
 É ato pessoal, portanto não aproveita os demais co-autores, devendo ser completa,
irrestrita, incondicional, em suma, cabal.
 Deve ser apresentada antes da sentença de primeira instância, nãovalendo aquela
praticada em grau de recurso. Poderá constituir-se, neste caso, em atenuante.
 É causa de extinção da punibilidade (art. 107, VI, CP).
31/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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4 - Pedido de explicações
 "Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou
injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-
las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa."
 - é uma medida preparatória e facultativa para o oferecimento da queixa quando, em
virtude dos termos empregados ou do verdadeiro sentido das frases, não se mostra evidente
a intenção de caluniar, difamar ou injuriar, causando dúvida quanto ao significado da
manifestação do autor. Também cabe o pedido para verificar a que pessoas foram dirigidas as
ofensas.
 O prazo de decadência, por não estar sujeito a suspensão, ou interrupção, não é
afetado pelo pedido de explicações.
5 - Ação penal:
 "Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa,
salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do número I
do art. 141, e mediante representação do ofendido, no caso do número II do mesmo artigo."
Exercício 1:
I - Honra objetiva – fato criminoso.
II - Honra objetiva – fato ofensivo.
III - Honra subjetiva – fato desonroso.
Em relação aos binômios acima apontados, é certo dizer que se referem a:
A)
difamação, injúria e calúnia.
B)
calúnia, difamação e injúria.
C)
calúnia, calúnia e injúria.
D)
difamação, difamação e injúria.
E)
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calúnia, injúria e injúria.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
B) 
Exercício 2:
 
Tendo em vista as afirmações abaixo, aponte a alternativa correta:
I – No crime da calúnia, a imputação, para constituir crime, tem de ser falsa.
II – Sem o animus caluniandi, inexiste o elemento subjetivo do tipo, não se podendo falar em
crime de calúnia.
III – Não é possível a exceção da verdade no crime de calúnia.
 
A)
Todas são corretas.
B)
Todas são falsas.
C)
Somente a III é falsa.
D)
Somente a II é falsa.
E)
Somente a I é falsa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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B) 
A) 
E) 
D) 
C) 
Exercício 3:
 
I – Para a caracterização do crime de difamação, é irrelevante a veracidade ou não das
afirmações proferidas pelo agente.
II – Mesmo que a difamação não seja verbal, não há que se falar em tentativa.
III – No caso de difamação, a doutrina e a jurisprudência têm admitido serem as pessoa
jurídicas detentoras de honra objetiva, de reputação.
 
A)
Todas são corretas.
B)
Todas são falsas.
C)
Somente a III é falsa.
D)
Somente a II é falsa.
E)
Somente a I é falsa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
C) 
A) 
B) 
D) 
Exercício 4:
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Aponte a alternativa incorreta.
A)
A injúria real, para sua caracterização, reclama a realização da ofensa por meio de violência
ou vias de fato.
B)
A retorsão imediata, na injúria, acarreta o perdão judicial.
C)
No crime de injúria, a objetividade jurídica refere-se à honra subjetiva do ofendido.
D)
Mesmo não possuindo honra subjetiva, a pessoa jurídica pode ser vítima de injúria.
E)
A honra-decoro é a honra subjetiva relativa aos atributos físicos, morais e intelectuais da
pessoa.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
E) 
B) 
A) 
D) 
Exercício 5:
Considere a seguinte definição: Trata-se do apreço próprio, a estima de si mesmo,
o juízo que cada um faz de si. O conceito descrito se refere:
 
A)
a honra subjetvia
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B)
a honra objetiva
C)
Honra comum
D)
Honra especial
E)
Honra profissional
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 6:
Considere a seguinte definição: Trata-se da consideração para com o sujeito no
meio social, o juizo que fazem dele na comunidade. Esta descrição se refere ao
conceito de:
A)
Honra objetiva
B)
Honra subjetiva
C)
Honra Comum
D)
Honra especial
E)
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Honra profissional
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) 
Exercício 7:
A respeito do crime de calúnia, de acordo com o Código Penal, podemos afirmar
que:
A)
é punível a calúnia contra mortos, sendo que a vítima é o próprio morto
B)
é punível a calúnia praticada contra mortos, sendo que a vítima não é o morto,
mas sim seus parentes e interessados na preservação dos eu nome.
C)
Como regra geral o Código Penal define que tanto a pessoa física como a pessoa
jurídica podem ser sujeitos passivos do crime de calúnia.
D)
A imputação de contravenção penal também configura crime de calúnia.
E)
Trata-se de crime processado mediante ação penal pública incondicionada.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
B)

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