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NR 11 – SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE TRANSPALETEIRA 2 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho 2. Conceito 3. Tipos de Transpaleteiras 4. Vantagens do uso da Transpaleteira 5. Partes do Equipamento 6. Dicas de Segurança 7. A transpaleteira Elétrica 8. Dispositivos de Segurança 9. Planejamento de operação com as Transpaleteiras 10. Riscos Ambientais na operação das Transpaleteiras 11. Técnicas de Operação 12. Sinalização de Segurança e procedimentos de Emergência 3 1. LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA NORMA REGULAMENTADORA Nº11 A NR 11 é responsável por estabelecer medidas de segurança para o trabalho dos funcionários em transporte, armazenamento e manuseio de materiais e cargas. Tudo isso com o objetivo de reduzir o número de acidentes no ambiente de trabalho. 2. CONCEITO A transpaleteira ou transpalete é o meio mais simples e amplamente utilizado nos armazéns modernos. Em suas duas versões, transpaleteira manual e transpaleteira elétrica, se trata de equipamentos de movimentação, não de elevação, que se manuseia de forma manual, na maioria dos casos. As empilhadeiras têm o objetivo de elevar cargas em grandes ou pequenas alturas. Já as transpaleteiras, são os equipamentos que fazem o transporte horizontal das cargas. Esses equipamentos são muito versáteis, pois podem ser utilizados para realizar múltiplos trabalhos tais como a carga e descarga de caminhões, o translado de paletes (em distâncias curtas) e contêineres, ou servir como meios auxiliares de apoio nas operações de picking. Também são utilizadas como elementos auxiliares para a alimentação das áreas de coleta, que são posições dentro do armazém onde as unidades de carga são colocadas para que empilhadeiras de qualquer tipo, contrabalançadas, retráteis, trilaterais e inclusive transelevadores, possam recolhê-las e posicioná-las em seus respectivos vãos. 4 3. TIPOS DE TRANSPALETEIRA A transpaleteira pode ser manual ou elétrica. A manual o operador caminha junto ao equipamento, enquanto que, no segundo caso, o operador pode caminhar com a transpaleteira ou estar a bordo, dependendo do modelo. A seguir, descrevemos os dois tipos. 3.1 TRANSPALETEIRAS MANUAIS Não agregam nenhum dispositivo elétrico, portanto, os movimentos de deslocamento são realizados ao serem puxadas ou empurradas manualmente. Seus patins (as plataformas paralelas que sustentam a carga) podem ser ligeiramente elevadas para levantar o palete do chão e, assim, facilitar seu deslocamento. São de uso muito generalizado na maioria dos armazéns, sobretudo em trabalhos auxiliares. 5 3.2 TRANSPALETEIRAS ELÉTRICAS OPERADAS A PÉ Dispõem de motores, tanto para facilitar seu deslocamento quanto para levantar ligeiramente o palete do chão. O operador acompanha a transpaleteira a pé e a manuseia através de comandos. Os motores da transpaleteira elétrica servem tanto para movimentação quanto para elevação do palete do solo. 3.3 TRANSPALETEIRAS ELÉTRICAS COM OPERADOR São como as manuseadas a pé, mas nestes modelos o operador sobe em uma plataforma dobrável (imagem inferior à esquerda) ou senta-se em um assento (imagem inferior à direita). 6 Em geral, as transpaleteiras, especialmente as manuais, são elementos imprescindíveis e de baixo custo de aquisição que resolvem situações (às vezes complexas) em todas as atividades de armazenagem. Talvez o termo empilhadeira seja mais conhecido e falado, mas a transpaleteira também é essencial para os negócios que buscam ter mais produtividade em suas ações. Entre seus principais benefícios podemos destacar: 4. PRINCIPAIS VANTAGENS DO USO DA TRANSPALETEIRA Então, agora que você já sabe o que é, para que serve e quais os modelos de transpaletes existentes, entenda as vantagens que a sua empresa pode obter ao implementar o equipamento no dia a dia. AUMENTO DA PRODUTIVIDADE A verdade é que, sem a utilização de um transpalete, o trabalho em um armazém se torna quase impossível. Ainda que as empilhadeiras possam ser utilizadas para as mesmas funções, elas aumentam consideravelmente o investimento, onerando o caixa financeiro da empresa. Com o transpalete a situação muda totalmente. A ferramenta permite que os funcionários movimentem as mercadorias com o mínimo de esforço em curto espaço de tempo, otimizando todo o trabalho. 7 Isso também é importante para diminuir os riscos de acidente, pois nenhum funcionário precisará movimentar as cargas utilizando as próprias mãos. FÁCIL MANUSEIO Como vimos ao longo do texto, o transpalete apresenta formato simples, sem nenhum tipo de componente complexo. Isso é excelente, pois permite que qualquer funcionário manuseie o equipamento sem a necessidade de treinamentos ou habilitações — fatores que são imperativos no caso de empilhadeiras. MELHOR APROVEITAMENTO E REDUÇÃO DE CUSTOS O transpalete é uma das poucas ferramentas que apresentam a mesma produtividade mesmo em pisos irregulares. Ainda que o chão do armazém não seja uniforme, o condutor conseguirá movimentar a carga — redobrando a atenção e o cuidado, logicamente. Além desse melhor aproveitamento, o transpalete manual demanda um gasto com manutenção baixíssimo. Fora toda a otimização de tempo e espaço provida pela ferramenta, o que também contribui bastante para a redução de custos. 8 5. PARTES DO EQUIPAMENTO 9 6. DICAS DE SEGURANÇA Ao longo do texto, veja algumas dicas para que a carga seja levada com eficiência e segurança, sem comprometê-la e com o cuidado de manter a integridade da paleteira. 6.1 EQUILÍBRIO NA CARGA O momento de acomodar a carga no equipamento é de extrema importância. O operador deve levantar e transportar o peso de maneira que seja distribuído uniformemente entre as patolas. Jamais se deve usar a máquina quando seu volume estiver mal apoiado entre as peças ou sobre uma só. Além de comprometer o desempenho da paleteira, as chances de acidente aumentam, pois a carga pode se desequilibrar e cair. 6.2 IDENTIFICAÇÃO NA PALETEIRA Todo e qualquer equipamento deve ter uma placa na qual seja especificado o seu limite de peso. O operador deve estar sempre atento a essa determinação e ser informado de que não é permitida a ultrapassagem desse número, ainda que seja minimamente. 6.3 CONDIÇÕES DO LOCAL DE USO Não é apenas a carga e o equipamento que devem ser observados. Para operar paleteiras com segurança, é fundamental ter uma visão ampla e verificar as condições do percurso e estoque. Obstruções de qualquer natureza põem em xeque a preservação de todos os itens envolvidos no processo. Sendo assim, buracos, objetos jogados na pista ou pessoas não devem estar no caminho enquanto a paleteira estiver sendo manuseada. A visibilidade também deve ser boa, sem qualquer interferência. 10 6.4 PRODUTOS FRÁGEIS Estes itens merecem uma atenção ainda maior, pois quebram facilmente e podem causar prejuízos aos proprietários. Por isso, verifique os itens que afetam a segurança no uso da paleteira: • Embalagens irregulares ou com elementos fáceis de quebrar; • Carga empilhada de forma incorreta; • Amarração frágil. Se houver qualquer irregularidade, deve ser reparada antes do transporte. Problemas na amarração ou no empilhamento podem causar sérios transtornos. 6.5 TREINAMENTO DE OPERADORES Para que os usuários sigam todos os tópicos mencionados, é importante que eles sejam devidamente treinados. Tudo o que contribuir para o bom uso dos equipamentos deve ser repassado para os colaboradores. Além do treinamento inicial, é importante também ter encontros periódicos, para que todos os conhecimentossejam reciclados. 6.6 CUIDADOS NO DESLOCAMENTO Os operadores devem ter atenção redobrada durante o deslocamento. A velocidade de movimentação deve ser similar a de uma caminhada normal. Quanto mais rápido, maior a chance de desequilíbrio da carga. Lembre-se também de fazer paradas suaves quando necessário, especialmente em pisos muito lisos. O operador jamais deve subir na paleteira durante seu deslocamento, nem deve transportar outras pessoas sobre ela. 11 6.7 ATENÇÃO EM ACLIVES E DECLIVES Lembre-se de que as paleteiras são desenvolvidas para funcionamento em superfícies planas, mas eventualmente pode ser necessário utilizá- las em rampas. Essas pequenas ladeiras devem ter inclinação máxima de 6º. Durante o deslocamento o operador deve estar sempre na parte alta da rampa, com a paleteira na parte baixa. 7. A TRANSPALETEIRA ELÉTRICA • Proíba a utilização do equipamento por pessoas não autorizadas. Consulte os órgãos responsáveis quanto à necessidade de habilitação para operação deste equipamento. • Nunca transporte nem eleve pessoas sobre os garfos ou em outro lugar do equipamento. • Nunca mantenha o equipamento desligado/estacionado com os garfos elevados. • Nunca execute manobras bruscas com carga ou gire em alta velocidade. Para sua segurança e garantia respeite os adesivos de alerta fixados no equipamento. • Não ultrapasse a capacidade de carga máxima. • Nunca eleve cargas somente com as extremidades dos garfos. Deve-se garantir que se tenha avançado totalmente os garfos por baixo dos paletes até que o dorso dos garfos encoste nos paletes. • Nunca substitua a bateria original por outra mais leve ou com menores dimensões. • Nunca desconecte a tomada de bateria com o equipamento em movimento. Isto pode causar sérios danos aos componentes eletrônicos. • Trafegue em pisos planos, nivelados e isentos de buracos. 12 • Somente movimentar e elevar cargas paletizadas, uniformemente distribuídas no palete, com os garfos centrados. Este equipamento foi desenvolvido para movimentação de paletes padrão PBR. • Não utilize o equipamento durante a recarga da bateria. Não interrompa a carga da bateria para uso do equipamento. Para maior durabilidade de sua bateria, leia atentamente o manual do fabricante da bateria e do carregador. • Não deixe seu equipamento na chuva e nunca o lave com jato de água. Limpe as partes metálicas e plásticas com pano levemente umedecido e os componentes elétricos com ar comprimido de baixa pressão, sem umidade, ou utilize um pincel macio sem partes metálicas. • Utilize os pontos identificados pelas etiquetas para transporte e içamento de seu equipamento. Proteja, não danifique e não remova as etiquetas de alerta. Oriente o usuário para sua segurança, desempenho, durabilidade e garantia. Nunca altere o equipamento original, pois estas alterações podem comprometer e alterar a estabilidade do equipamento. ATENÇÃO: O pavimento (revestimento do piso) influencia diretamente a distância a ser percorrida ao se frear o equipamento. Nunca movimente o equipamento em pisos cobertos com gelo. O piso onde o equipamento deverá ser utilizado deve apresentar suficiente capacidade de sustentação. • Não opere o equipamento em ambientes com risco de explosão e incêndio sem que tenha sido preparado pelo fabricante para tais condições de trabalho. • Não opere o equipamento em ambientes frigoríficos sem que tenha sido preparado pelo fabricante para tal condição de trabalho. 13 • Não opere o equipamento em ambiente com alta concentração de poeira. • Não opere o equipamento em vias públicas. ATENÇÃO: Qualquer alteração no equipamento deve ser autorizada pelo fabricante ou por profissional habilitado 8. DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA CHAVE GERAL – Quando acionado, desativa totalmente o sistema elétrico. Válvulas controladoras de fluxo compensadas à pressão, que controlam a velocidade de descida do garfo, limitando a velocidade de descida a um limite seguro. “AUTO CHEK” - Verifica todo o sistema eletro-eletrônico de tração, elevação e direção. Caso detecte alguma falha, não permita o uso do equipamento. FREIO ELETROMAGNÉTICO – Situado no motor de tração, atua e imobiliza o equipamento por ação de molas em qualquer situação de emergência, mesmo sem energia. RODÍZIO – Impede o tombamento lateral 8.1 TIMÃO O transpalete pode ser dirigido por um operador a pé, ou, sobre a plataforma, por um condutor levado em pé. O ângulo de giro é de 180º. O timão age diretamente na roda motriz e para trocar de direção deve- se girá-lo no sentido desejado. 14 8.2 PAINEL INFORMATIVO O painel informativo mostra ao operador as condições de carga da bateria e o tempo de trabalho do equipamento. No painel encontram- se também a chave liga/desliga, buzina, segunda velocidade e um botão extra para subida e descida. 8.3 IÇAMENTO Os pontos de içamento, utilizados no transporte de seu transpalete quando o mesmo não apresenta carga para se movimentar ou até mesmo trocá-lo de nível de trabalho (degrau muito alto, que impossibilita o uso de rampa), se encontram lateralmente no chassi e apresentam-se como furos para a inserção de ganchos. ATENÇÂO: Os pontos de içamento suportam somente o peso da máquina com bateria. 9. PLANEJAMENTO DE OPERAÇÃO COM AS TRANSPALETEIRAS Realizar o checklist da transpaleteira, pois qualquer NÃO conformidade poderá resultar em um possível acidente; Diariamente o operador deve verificar os seguintes itens antes de iniciar a operação do equipamento: • O funcionamento do freio. • Examinar visualmente os garfos. • Examinar visualmente as rodas. • O estado de carga da bateria. • O nível do eletrólito da bateria. • Verificar todos os dispositivos de segurança. 15 Para garantir que o transpalete opere em segurança e por longo período, é obrigatória a manutenção periódica. A manutenção deve ser realizada por técnicos qualificados. TÉCNICAS DE OPERAÇÃO DAS TRANSPALETEIRAS Durante a operação de transporte com a transpaleteira, o operador deve sempre estar à frente dela, ou seja, puxando, pois dessa forma ele terá o melhor campo de visão durante seu trajeto. PRIMEIRA OPERAÇÃO Se o equipamento estiver estacionado e desligado, é importante seguir a seguinte sequência de operação: 1. Inserir a tomada da bateria no conector fêmea do equipamento 2. Girar a chave de contato do timão. 3. Abaixar o Timão. O equipamento está pronto para ser operado. ATENÇÃO: Somente ligar a chave se o timão se encontrar totalmente na posição abaixado ou levantado. PARA MOVER O TRANSPALETE 1. Segurar o timão na posição central; 2. Girar o acelerador suavemente no sentido em que se deseja efetuar o movimento (frente / trás), até que máquina entre em funcionamento. 3. Pressione o atuador da buzina se necessário, ou para sinalizar a passagem do equipamento por locais sem uma visibilidade adequada. 4. Pressione um dos botões da segunda velocidade, se a mesma for necessária. 16 PARA ELEVAR O GARFO Pressione um dos botões de subida localizados no timão ou o botão de subida localizado na barra de apoio para elevar o garfo. O controle de velocidade de elevação e descida é automático, feitos por sensores que se encontram fixados no chassi. PARA ESTACIONAR O TRANSPALETE 1. Soltar totalmente o acelerador. O freio de estacionamento atua automaticamente e imobiliza o equipamento mesmo em rampas de até 10%. 2. Desligar a chave de contato. Não mantenha a chave de contato no equipamento enquanto o mesmo estiver fora de uso. 3. Retirar a tomada de bateria do equipamento. ATENÇÃO: Por medida de segurança, não estacione o equipamento com os garfos elevados. 10. OPERAÇÃO DE CARGA DA BATERIA Todo o procedimento de carga e manutenção desua bateria está especificado no manual que acompanha o carregador. Siga todo o procedimento corretamente para que a vida útil de sua bateria não seja comprometida. 17 TROCA DE BATERIA Quando o display de LED do orômetro marcar 20% e começar a piscar é o aviso que a bateria precisa ser substituída, e que o equipamento vai bloquear a unidade hidráulica, como medida de segurança; 1 - Desligue a chave elétrica, 2 - Abra a tampa da bateria; 3 - Solte a trava da bateria; 4 - Desconecte o cabo da bateria; 5 - Retire a bateria; 6 - Instale a nova bateria e assegure que a bateria de substituição seja posicionada exatamente no lugar da bateria antiga; 7 - Verifique a polaridade e conecte a bateria e o cabo 8 - Prenda a bateria com a trava; 9 - Feche a tampa da bateria; • Ligue a chave elétrica, verifique a paleteira em funcionamento; • Certificar que a bateria que está sendo instalada no equipamento esteja carregada no prazo; • Após a substituição da bateria, conectar a mesma no carregador 18 para que seja carregada; • Após o carregamento da bateria, deixá-la descansar por um período de 1,5 h antes de ser liberada para uso; • Identificar com placas de carregada, descarregada e descanso a situação das baterias no boxe de carregamento das baterias; • Verificar o nível de água da bateria e completar se for o caso; • Não bater nas boias com os dedos; • Nunca abasteça de água a bateria antes de carregá-la; 11. RISCOS AMBIENTAIS NA OPERAÇÃO DAS TRANSPALETEIRAS A gestão de riscos é a administração de fatores críticos que podem causar variações indesejadas nos resultados dos processos. Existem dois tipos básicos de riscos na operação de empilhadeiras: os humanos e materiais. O gerenciamento de risco à operação de empilhadeiras vai além somente da gestão de riscos, e atuará preventivamente junto aos operadores e a operação. Entretanto, em primeiro lugar o que deverá ser feita é o levantamento de perigos e riscos e posteriormente, o mapeamento de riscos à operação das empilhadeiras. PERIGO/RISCO Perigo: Emissão de poluentes pelo motor da empilhadeira Risco: Ambiental Perigo: Elevação de cargas em ambiente com tráfego de pessoas Risco: Integridade Física Perigo: Utilização do equipamento em seu limite de resistência Risco: Financeiro 19 OPERAÇÃO/RISCO/AÇÃO PREVENTIVA Operação: Elevação da carga Risco: Queda do material Ação preventiva: Verificação do encaixe dos pallets 12. SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA É importante lembrar que não são somente os operadores que estão em risco: os pedestres também. Por isso é importante ter muito cuidado com a sinalização dos locais onde serão realizadas as operações. Faixas de pedestres e sinalização das áreas bem demarcadas, além de avisos nos pontos estratégicos são fundamentais para a segurança. 20 21
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