Buscar

O mito da neutralidade cientifica 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Avaliação de Filosofia 
Aluno:							Turma:				Data:				
O Mito da neutralidade científica
	O saber especializado desperta a admiração temerosa por parte daqueles que o ignoram. Há todo um respeito admirativo em relação à linguagem científica dotada de uma universalidade de direito, habilmente restringida aos iniciados. Seu esoterismo protege o segredo, sobretudo pela matematização e pela formalização. O poder de dominar a matéria e de fazer coisas, da ciência, acarreta, nos não-iniciados, uma atitude de submissão. E é por isso, igualmente, que muitos veem nos cientistas os detentores do “magistério da realidade”: só eles estão habilitados a dizer o sentido, a propor a verdade para todos, como se fossem taumaturgos ou verdadeiros alquimistas. O que se pede a eles, através das vulgarizações, é muito menos um complemento de informações do que a forma presente das questões últimas, pois as antigas respostas teológicas foram desprestigiadas. Os cientistas são vistos como se fossem os proprietários exclusivos do saber, devendo fechar todas as “cicatrizes do não-saber” e fornecer os bálsamos para as angústias individuais e sociais.
	Essa imagem mítica do cientista ignora que ele faz parte e depende de uma estrutura bem real do mundo que o cerca. O mundo científico nada tem de ideal, não é uma terra de inocência, livre de todo conflito e submetida apenas à lei da verdade universal, isto é, de uma verdade testável e verificável em toda parte, através do respeito aos procedimentos de rigor e aos protocolos da experimentação. Como se o cientista pudesse ser o detentor de uma verdade una que, uma vez formulada em sua coerência, estaria isenta da discussão; e como se ele pudesse guardar para sempre a imagem de um indivíduo sempre íntegro e rigoroso, jamais sujeito à incoerência das paixões. JAPIASSU, H. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975. p. 116. A partir da modernidade e principalmente do século XIX desenvolve-se aquilo que se conhece como mito do cientificismo, o qual afirmava que a ciência iria resolver os problemas da humanidade.
1. De acordo com o texto como autor entende Ciência? ​
2. A partir da leitura do texto, aponte como o autor entende o termo mito.
3. O que seria a neutralidade científica apontada por Japiassu? Por que, de acordo com ele, não é possível uma neutralidade científica?
5. Sobre o mito do cientificismo marque a alternativa que melhor explica seu conceito: 
a) O mito do cientificismo supõe que a ciência é uma ferramenta para adquirir conhecimento, ou simplesmente, o único meio legítimo para se obter a verdade. Dentro dessa ideia há também o conceito de que o progresso ininterrupto da ciência seria absolutamente positivo para a sociedade.
b) O mito do cientificismo afirma que a ciência é uma ferramenta para adquirir incertezas, ou simplesmente, o único meio legítimo para se obter imprecisões. Dentro dessa ideia há também o conceito de que o progresso é pouco positivo para a sociedade.
c) O mito do cientificismo supõe que a ciência é uma ferramenta atualmente desgastada para adquirir conhecimento, ou simplesmente, o único meio legítimo para se obter a verdade. Dentro dessa ideia há também outras que se confundem umas com as outras. 
d) O mito do cientificismo supõe que a ciência aparenta conhecer a verdade quando na realidade a verdade não existe. Entretanto, o único modo de conhecer a verdade é retomar a linguagem mítica. O mito, a seu modo, revelaria muito mais verdades que a ciência.
6. Sobre o mito da neutralidade científica podemos afirmar que:
a) É a ideia que a cultura é um saber neutro, de que as invenções científicas são isentas de qualquer influência política.
b) É a ideia que a ciência é um saber neutro, de que as invenções científicas não sofrem influências políticas e sociais, e que elas nada têm a ver com as consequências que causam ao mundo.
c) É a ideia de que sem a ciência tudo seria bem melhor; as invenções científicas só atrapalham a vida do homem tornando-o mais arrogante e menos compreensivo.
d) É a ideia de que a ciência é um saber que só pode funcionar se sofrer influência política e social e, partindo de tal influência, ela se tornaria cada vez melhor. 
​
​

Continue navegando