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Discursivas Gestão de Custos

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Discursivas Gestão de Custos
1 – O que é Globalização?
A globalização é um fenômeno que provoca grandes mudanças sociais e econômicas, afetando o nosso dia a dia. O am
empresarial sofre ações diretas do atual estágio da globalização, seja pela entrada de novos concorrentes, seja pela mu
comportamento do consumidor. Concorrer em um mercado cada vez mais competitivo se tornou uma tarefa árdua de
acompanhamento de novas tecnologias, métodos, substituição de materiais e, principalmente, controle de custos.
2 – Qual o objetivo da Contabilidade de Custos?
A Contabilidade de Custos não foi criada com objetivos administrativos, e sim para resolver os problemas da valoração 
estoques.
3 - Como os estoques eram valorados antigamente?
- Estoques iniciais
- (+) compras
- (-) estoques finais
- (=) custo das mercadorias vendidas
4 - Com o surgimento da Tecnologia da Informação, as três contabilidades passaram a ser mais facilmente integradas e
conciliadas, fazendo com que a Contabilidade de Custos tenha duas grandes funções, quais são?
- Auxiliar o controle;
- Fornecer dados para a tomada de decisões.
5 – Para que o conhecimento dos custos é extremamente importante?
Para:
- A formação do preço de venda;
- Saber se um produto é rentável ou não;
- Saber se é possível reduzir os custos para enfrentar uma concorrência;
- Promover melhorias no processo produtivo;
- Maximizar o lucro.
6 - Para melhor atender as necessidades acima, a contabilidade de custos desenvolveu sistemas de informação que po
aos administradores, uma melhor gestão dos custos através de métodos de custeio, tais como:
Activity Based Costing (ABC), Custeio Alvo, Custeio Variável, etc.
7 – O que é Gasto?
Segundo Martins (2010), podemos conceituar gasto como sendo a “compra de um produto ou serviço qualquer, que ger
financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro)”.
De maneira abrangente, gasto é todo sacrifício financeiro que uma empresa arca para a aquisição de um bem ou serviç
para gerar outros bens e serviços, seja para consumo.
Gastos são todos os sacrifícios financeiros que uma empresa incorre para a aquisição de bens ou serviços;
8 - O gasto se desmembra em outras 3 classificações, como se pode ver a seguir:
Assim, um determinado valor, considerado um
inicialmente será classificado com investime
referida aquisição for destinada ao Ativo da
e utilizado para a produção de outros bens ou
Outro gasto poderá ser contabilizado como custo se a aquisição for relativa a um bem ou serviço utilizado na produção
bens e serviços. Essa nova classificação é dada no momento em que os bens ou serviços adquiridos forem utilizados n
produção. Ainda poderemos ter um gasto se sofrer uma nova classificação como despesa, ou seja, se o valor for refer
aquisição de bens ou serviços com o objetivo de gerar receita, ou fazer frente às atividades de suporte da empresa.
9 – Qual a diferença entre desembolso e perda?
Desembolso: “Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada
utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto” (Martins, 2010).
Perda: “Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Não se confunde com a despesa (muito menos c
custo), exatamente por sua característica de anormalidade e involuntariedade; não é um sacrifício feito com intenção de
de receita. Exemplos comuns: perdas com incêndios, obsoletismo de estoques, etc.” (Martins, 2010).
10 – O que é Investimento? Cite 1 exemplo de investimento.
Investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos.
Exemplo: Quando uma empresa compra uma máquina industrial, ela o faz com a intenção de usá-la na produção de b
seja, a empresa irá usá-la em períodos futuros e essa aquisição irá gerar benefícios financeiros (venda dos produtos). A
gasto com a aquisição da máquina se transforma em investimento.
11 –
A compra de matéria prima tem uma particularidade interessante também. Inicialmente, ao comprá-la, temos um gasto
matéria prima, que, ao ser contabilizada, é considerada investimento em estoque. Depois, essa matéria prima é u
produção de determinado bem, sendo que, ao ser retirada do estoque e levada para a produção, ela passa a ser custo
Assim, os investimentos: podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um ga
contabilizado temporariamente como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimen
permanente; as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como investimento circulante ou não circ
dependendo da intenção que levou a sociedade à aquisição. (Martins, 2010)
· Investimentos são gastos com bens com o objetivo de gerar receitas futuras;
12 – O que é Custo?
Segundo Martins, o custo é um gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. O cus
também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção
serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. (Martins, 2010)
São classificados como custos todos os gastos para realizar a atividade-fim da empresa. A “atividade-fim” é aquela exec
uma empresa que corresponde ao objetivo para o qual ela foi criada, sendo expressa em seu contrato constitutivo.
∙ Custos são gastos com bens ou serviços com o objetivo de produzir outros bens ou serviços ou gastos com a atividad
13 – Cite alguns exemplos de custo.
Na indústria:
∙ O valor gasto com matéria-prima é um custo, pois ela é consumida para produzir outros bens. O valor das horas de tra
operários é um custo, pois o gasto é realizado para que a mão de obra realize a atividade de produção de bens. O valo
energia elétrica utilizada na produção também é um custo, pois, sem a energia, não há a operação das máquinas e equ
O aluguel do “barracão da fábrica” é considerado custo também, pois, sem o barracão, não há produção.
Na prestadora de serviço:
∙ O valor das horas de trabalho de um consultor em uma empresa de serviços de consultoria é um custo, pois as horas 
consumidas para gerar serviços da atividade-fim da empresa. Os valores gastos com honorários e salários dos advogad
como o material consumido na execução do seu trabalho, são classificados como custo para as empresas de prestação
serviços jurídicos.
No comércio:
· O valor pago na mercadoria que é vendida no comércio é um custo, pois é consumida para atender a atividade-fim da 
comercialização.
Perceba que são classificados como custos todos os gastos para realizar a atividade-fim da emp
14 – O que é atividade-fim?
A “atividade-fim” é aquela executada por uma empresa que corresponde ao objetivo para qual ela foi criada, sendo expr
seu contrato constitutivo.
Vamos a alguns exemplos de atividade-fim:
∙ Da indústria moveleira: fabricar móveis;
∙ De um escritório de advogados: prestar serviços jurídicos;
∙ De um escritório de contabilidade: prestar serviços contábeis;
∙ De uma transportadora: transportar mercadorias ou pessoas.
15 - Para facilitar o entendimento sobre o que é classificado como custo, é usual as pessoas fazerem uma “pergunta”, e
resposta for “sim”, a classificação será custo.
Veja a seguir:
Para a indústria:
Se o gasto com ........ for eliminado, a produção será diretamente afetada?
Exemplos:
• Se o gasto com matéria-prima for eliminado, a produção será diretamente afetada?
¬ A resposta será “sim”; então, matéria-prima é custo.
• Se o gasto com a mão-de-obra operária for eliminado, a produção será diretamente afetada?
¬ A resposta será “sim”; então, os salários dos operários são classificados como custo.
Para a prestação de serviço:
• Se o gasto com ......... for eliminado, a prestação de serviço será diretamente afetada?
Exemplos:
• Se o gasto com os salários dos consultores (em uma empresa de consultoria) for eliminado, a prestação de serviço se
diretamente afetada?
¬ A resposta será “sim”; então, salários dos consultores são custo.• Se o gasto com combustível dos ônibus (em uma empresa de viação) for eliminado, a prestação de serviço será direta
afetada?
¬ A resposta será “sim”; então, o combustível dos ônibus é classificado como custo.
16 – O que é despesas?
Será classificado como despesa, segundo Martins (2010), o “bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para ob
receitas”. O autor considera despesa todo o valor gasto voluntariamente com bens ou serviços que são utilizados para o
receitas seja de forma direta ou indireta.
Vejamos agora o conceito que Dubois, Kulpa e Souza (2009) apresentam: “é um gasto em que a empresa incorre para 
sua estrutura organizacional e, também, visando à obtenção de receitas”.
Com esses conceitos, podemos ter uma ideia bem clara do que classificar como despesa, ou seja, todo o gasto realizad
empresa para a obtenção de receita e para manter a estrutura utilizada pelas atividades meio.
· Despesas são gastos com bens e serviços para gerar receita ou fazer frente à atividade-meio.
17 – O que é Atividade meio?
Podemos considerar como atividade-meio o conjunto de operações que uma empresa executa para gerir o negócio. A
atividade-meio também é conhecida como atividade de suporte, ou seja, são as atividades das áreas: financeira, admin
contábil, comercial, jurídica, compras, recursos humanos, etc.
18 - A pergunta que apresentamos no tema anterior para verificar a classificação de “custo” também é aplicável aqui. Va
lembrar a pergunta?
Para a indústria:
• Se o gasto com ..................... for eliminado, a produção será diretamente afetada?
Para a prestação de serviço:
• Se o gasto com ..................... for eliminado, a prestação de serviço será diretamente afetada?
Se a resposta por “sim”, a classificação será “custo”; se for “não”, a classificação será “despesa”.
Exemplos:
Para a indústria:
• Se o gasto com o salário do gerente financeiro for eliminado, a produção será diretamente afetada?
¬ A resposta será “não”; portanto, o salário do gerente financeiro é uma despesa.
Para a prestação de serviço:
• Se o gasto com a energia utilizada pela área de RH for eliminado, a prestação de serviço será diretamente afetada?
• A resposta será “não”; portanto, a energia gasta pelo RH é uma despesa.
19 - Apresentamos a seguir alguns exemplos de classificações de gastos:
1. A energia elétrica gasta nas instalações industriais → Custo
2. A energia elétrica gasta nas áreas de suporte (administrativo, financeiro, comercial, etc.) → Despesa
3. Compra de um computador para a produção → Investimento
4. Compra de um computador para a área administrativa → Investimento
5. Depreciação do computador da área de produção → Custo
6. Depreciação do computador da área administrativa → Despesa
7. Salários e comissões do pessoal da área de vendas → Despesa
8. Salários do pessoal da área financeira → Despesa
9. Salários do pessoal da área de recursos humanos → Despesa
10. Salários do pessoal da área de produção (operários, supervisores, gerentes) → Custo
11. Encargos financeiros incidentes na compra de matéria-prima → Despesa
12. Encargos financeiros incidentes na compra de materiais para as áreas de suporte → Despesa
13. Depreciação dos móveis utilizados nas áreas de suporte → Despesa
14. Depreciação dos móveis utilizados nas áreas de produção → Custo
15. Gastos com frete e seguro para transportar produtos vendidos → Despesa
16. Gasto com a embalagem do produto → Custo
17. Gasto com embalagens para transportar os produtos → Despesa
18. Gasto com prêmio de seguro que cobre a área de produção → Custo
19. Gasto com prêmio de seguro que cobre as áreas administrativa, financeira, comercial, recursos humanos e demais 
suporte → Despesa
20. Gasto com a compra de matéria-prima para o estoque → Investimento
21. Transferência da matéria-prima do estoque para a produção → Custo
20 – Qual a diferença entre custo fixo e custo variável?
• São classificados como custos fixos todos os gastos de produção que ao variarem não resultam em variação no vo
produzido de bens ou serviços.
• São classificados como custos variáveis todos os gastos de produção cuja variação provoca alteração no volume 
Perceba que, para entendermos adequadamente a diferença entre esses dois custos, precisamos levar em consideraçã
impacto que eles têm no volume produzido ou na quantidade produzida (referências para a análise).
Se ao variarmos um determinado gasto a quantidade produzida não sofrer variação alguma, ou seja, não variar também
chamamos esse gasto de “custo fixo”.
Os custos fixos são aqueles que ocorrem independentemente de haver produção. Por exemplo:
∙ Aluguel da fábrica (área utilizada pela produção).
∙ Manutenção de máquinas e equipamentos.
∙ Seguro das instalações da fábrica.
A empresa terá que pagar o aluguel, manutenção, seguro, entre outros, independentemente de ela produzir ou não, ou 
produzir pouco.
Já o custo variável provoca uma variação no volume de produção.
Os dois exemplos clássicos de custos variáveis são: matéria-prima e mão de obra operária.
Observe que se a empresa consumiu mais matéria-prima em um determinado período, isso se deve ao fato de que ela 
mais; ou seja, o gasto com matéria-prima variou, e isso provocou uma variação na produção. Quanto à mão de obra op
perceba que se uma empresa criar mais um turno de trabalho, ela gastará mais com os salários dos operários, mas tam
produzirá mais. Desse modo, ao variar os gastos com a mão de obra operária (chamada também de mão de obra direta
volume de produção também varia.
A seguir, há alguns exemplos de custos fixos e variáveis para uma empresa industrial:
21 – Qual a diferença entre custo direto e custo indireto?
Custo direto: são gastos realizados diretamente na elaboração do produto ou serviço; não há a necessidade de ratei
atribuição é facilmente verificada e associada a alguma medida de consumo.
Perceba que os custos diretos não precisam ratear os custos para atribuílos ao produto. O rateio não é nada mais do qu
proporcionalmente os valores para depois incluí-los nos custos dos produtos. Por exemplo:
∙ Matéria-prima: atribui-se o custo diretamente ao produto, pois é possivel saber exatamente quanto foi consumido em c
produto;
∙ Mão de obra direta: também é possível saber quanto tempo cada operário utilizou em cada produto.
Custo indireto: são gastos que não podem ser atribuídos diretamente a um produto ou serviço; é necessário realizar
A seguir, vemos alguns exemplos de custos diretos e indiretos para uma empresa industrial:
22 – O que são Custos híbridos?
São gastos voltados à produção de um bem ou serviço que são parcialmente fixos e variáveis. Dessa forma, os custos 
(semifixos ou semivariáveis) apresentam uma parcela fixa até determinado patamar, passando a ser variáveis a partir d
determinado momento (semifixo); podem ainda ser variáveis até determinado nível, passando a ser fixos a partir de cer
momento (semivariáveis). (Cruz, 2011)
Assim, observamos que os custos híbridos têm uma parcela fixa, que não depende da quantidade produzida, mas tamb
parcela variável que está diretamente relacionada com a produção. Exemplo:
∙ Energia elétrica: a iluminação da fábrica ocorre todos os dias em que há expediente na empresa. Esse gasto existe
independentemente de a empresa produzir ou não. Quando a produção se inicia, as máquinas e os equipamentos são a
e o consumo da energia aumenta. Assim, esse gasto está diretamente ligado ao custo variável, e o consumo do sistema
iluminação está ligado ao custo fixo;
23 - Custo semifixo
Segundo Megliorini (2012), os custos semifixos “são os elementos de custos classificados como fixos, mas se alteram 
decorrência de mudanças na capacidade de produção instalada”. Veja o gráfico a seguir:
Perceba que, de 0 a 10 toneladas do produto, esse processo produtivo consome o mesmo valor de determinado custo. 
10 toneladas a empresa incorre num incremento do custo, que pode ser explicado pela utilização de máquinas adiciona
24 - Custo semivariável
São os elementos de custos que possuem, em seu valor, uma parcela fixa e outra variável,isto é, têm um comportamen
custo fixo até certo momento e depois se comportam como custo variável. Bons exemplos desse tipo de custo são a en
elétrica e a água. Quando não há utilização desses recursos ou o consumo fica abaixo de um valor mínimo estipulado p
companhias de fornecimento de energia e de água, paga-se uma taxa fixa (custo fixo). À medida que a utilização desse
cresce com o aumento da produção, o valor da conta se eleva (custo variável). (Migliorini, 2012).
Veja o comportamento desse custo no gráfico a seguir:
25 – Qual a diferença entre despesas fixas e despesas variáveis?
Despesas Fixas – são os gastos que não influenciam no volume de vendas.
∙ São gastos cuja variação não está vinculada ao volume de vendas da empresa.
Despesas Variáveis – são os gastos que influenciam no volume de vendas, tudo que variar a venda será considera
despesa variável.
∙ São gastos cuja variação está vinculada ao volume de vendas da empresa.
Perceba que, para entendermos adequadamente a diferença entre essas duas despesas, precisamos levar em conside
impacto que elas têm no volume de vendas ou na quantidade vendida (referências para a análise). Se ao variarmos um
determinada despesa, bem como o faturamento (vendas), teremos, então, uma despesa variável. Ao contrário, se varia
determinada despesa, e o faturamento se mostrar insensível, ou seja, não variar, teremos, então, uma despesa fixa.
26 – Alguns exemplos de despesas fixas e despesas variáveis:
∙ Salários da área administrativa: temos aqui uma despesa fixa, pois qualquer variação nesses salários não provocar
uma variação nas vendas;
· Aluguel correspondente à área de suporte da empresa (administrativo, financeiro, comercial, etc.): trata-se de uma des
fixa. O aluguel pode subir por uma questão contratual, mas esse fato não afetará em nada a quantidade vendida.
∙ Comissão de vendas: esse é um exemplo clássico de despesa variável, pois se os gastos com as comissões dos v
variaram em um determinado período, isso significa que as vendas também variaram nesse mesmo período. Se os ven
venderem mais, a empresa pagará um valor maior de comissão; por outro lado, se eles venderem menos, receberão m
também.
∙ Frete de entrega dos produtos vendidos: quando o frete é por conta do vendedor, a empresa incorrerá em um gasto, e
consequência, será uma despesa classificada como variável, pois quanto mais a empresa entrega produtos, sig
mais ela vendeu.
∙ Tributos sobre faturamento (ICMS, IPI, PIS, COFINS, ISS): os tributos não recuperáveis ou compensáveis que incidem
faturamento da empresa serão classificados como despesas variáveis. Quanto mais se vende, mais tributos se pag
27 – Como são enquadradas as despesas administrativas, comerciais e financeiras?
As despesas administrativas, comerciais e financeiras são enquadradas como despesas operacionais pela contabilidad
financeira. A principal característica das despesas operacionais é que são lançadas no resultado da empresa no período
ocorrem. Ou seja, em uma empresa cuja contabilidade é feita pelo regime de competência, as despesas serão lançadas
resultado, ou melhor dizendo, serão contabilizadas na Demonstração de Resultado do Exercício, no período em que oc
independentemente de ter havido pagamento ou não.
28 – O que são Despesas Administrativas? Cite alguns exemplos.
São gastos pagos ou a pagar pela empresa, referentes à sua gestão e funcionamento. São os gastos da estrutura ocup
atividades meio.
Exemplos:
∙ Água e esgotos;
∙ Aluguéis;
∙ Café, lanches e refeições;
∙ Depreciação;
∙ Despesa com 13º salário;
∙ Despesa com férias;
∙ Energia elétrica;
∙ FGTS sobre salários;
∙ Honorários contábeis;
∙ Honorários advocatícios;
∙ INSS sobre salários;
∙ Material de expediente;
∙ Material de limpeza;
∙ Pró-labores;
∙ Salários (pessoal administrativo);
∙ Seguros;
∙ Telefonia e internet;
∙ Vale-transporte;
∙ Vale-refeição;
∙ Veículos (combustível, manutenção, aluguel);
∙ E outros.
29 – O que são Despesas Comerciais (ou despesa de vendas)? Cite exemplos.
Englobam todos os gastos com as atividades de comercialização e distribuição dos produtos.
Exemplos:
∙ Brindes;
∙ Comissão sobre vendas;
∙ Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa;
∙ Embalagens;
∙ Fretes e carretos;
∙ FGTS sobre comissão de vendas;
∙ INSS sobre comissão de vendas;
∙ Propaganda e publicidade;
∙ Royalties;
∙ E outros.
Observações:
∙ Os gastos com royalties são aqueles incorridos pela empresa e destinados ao proprietário de determinada patente pel
usar, explorar ou comercializar um produto, uma marca, etc.
∙ Os gastos com perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa são aqueles oriundos da estimativa da inadimplê
clientes, quando a empresa efetua vendas a prazo.
30 – O que são Despesas Financeiras?
São os gastos incorridos para remunerar o capital de terceiros que financiam a atividade da empresa, bem como os dem
incorridos na gestão do capital de giro.
Exemplos:
∙ COFINS sobre receita financeira;
∙ Descontos concedidos;
∙ Despesas bancárias;
∙ Juros de empréstimos e financiamentos;
∙ PIS sobre faturamento sobre receita financeira;
∙ E outros.
31 - Despesas Administrativas, Comerciais e Financeiras
- São gastos que não compõem o custo dos produtos vendidos, nem o custo das mercadorias vendidas, nem o custo do
prestados.
- São consideradas despesas operacionais.
- As despesas operacionais são contabilizadas na Demonstração de Resultado do Exercício, no período em que ocorre
32 – Resumo conceitos:
• Custos fixos são todos os gastos de produção que ao variarem não resultam em variação no volume produzido de 
serviços;
• Custos variáveis são todos os gastos de produção cuja variação provoca alteração no volume produzido;
• Custos diretos são gastos realizados diretamente na elaboração do produto ou serviço;
• Custos indiretos são gastos que não podem ser atribuídos diretamente a um produto ou serviço;
• Custos híbridos são gastos voltados à produção de um bem ou serviço que são parcialmente fixos ou variáveis;
• Despesas fixas são gastos cuja variação não está vinculada ao volume de vendas da empresa.
• Despesas variáveis são gastos cuja variação está vinculada ao volume de vendas da empresa.
• Despesas administrativas são gastos pagos ou a pagar pela empresa, referentes à sua gestão e ao seu funcion
São os gastos da estrutura ocupada pelas atividades-meio.
• Despesas comerciais são gastos com as atividades de comercialização e distribuição dos produtos.
• Despesas financeiras são os gastos incorridos para remunerar o capital de terceiros que financiam a atividade da
bem como os demais incorridos na gestão do capital de giro.
33 - O que são estoques?
Conforme NBC TG 16, estoques são ativos mantidos:
(a) Para venda no curso normal dos negócios;
(b) Em processo de produção para venda; ou
(c) Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na presta
serviços.
34 – Porque o controle de estoque merece grande atenção?
O controle dos estoques merece grande atenção, pois ele é estratégico em qualquer empresa. Com um controle eficien
estoque, a empresa consegue reduzir custos e, com isso, ser mais competitiva no mercado em que atua.
35 - Como mensurar o estoque?
Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido; dos dois, o menor. Co
NBC TG 16:
∙ “O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custo
incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais”.
∙ “Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, deduzido dos custos estima
sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda”.
36 - Quais são os critérios de valoração do estoque?
Existem alguns critérios ou “métodos de controle”, como são comumente chamados. Segundo Schier (2011), os método
comuns utilizados no Brasil são:
∙ Custo médio (móvel e fixo);
∙ PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai);
∙ UEPS (último que entra, primeiro que sai);
∙ Custo específico;
∙ Métododo varejo.
Nossos estudos focarão os três primeiros critérios: custo médio, PEPS e UEPS.
37 – O que é o Controle de estoque?
O controle de estoque é uma atividade essencial para a empresa. Controlar de forma eficaz o que entra e o que sai do e
permite à empresa uma melhor administração tanto das compras como das vendas, evitando gastos desnecessários, p
∙ Evita fraudes e desvios;
∙ Evita gastos desnecessários na compra de mercadorias e produtos que ainda se tenha em estoque;
∙ Mantém a quantidade de matéria-prima adequada para atender o planejamento de produção;
∙ Mantém a quantidade de produtos para venda, conforme estratégia e posicionamento da empresa no mercado, evitan
e perda de clientes;
∙ Entre outros aspectos.
38 – O que é o Método PEPS (Primeiro que entra, primeiro que sai)?
Segundo Schier (2011), “nesse método, as baixas do estoque são efetuadas pelo custo mais antigo, ou seja, o estoque 
à medida em que ocorram as vendas, pelo custo que ocorreu primeiro”.
39 - A empresa XPTO Ltda, atacadista de caixas d’água de 1.000 litros em polietileno, teve a movimentação de estoque
em um determinado mês do ano:
• Dia 1: comprou 150 caixas da Indústria Tavares a um custo unitário de R$ 315,00;
• Dia 3: devolveu 10 caixas;
• Dia 5: vendeu à Construtora Gomes 90 caixas;
• Dia 8: recebeu a devolução de 5 caixas;
• Dia 15: adquiriu da Indústria Tavares mais 120 caixas a um custo unitário de R$ 320,00.
• Dia 20: vendeu à Construtora Gomes 40 caixas;
40 – O que é o Método UEPS (Último que entra, primeiro que sai)?
Nesse método, as baixas do estoque são efetuadas pelo custo mais recente, ou seja, o estoque é baixado, à medida qu
as vendas, pelo custo que ocorreu por último. Cabe salientar que esse critério não é aceito pelo Fisco brasileiro. Em pa
Estados Unidos, Alemanha e Japão, o UEPS é utilizado.
Obs: esse método não é aceito aqui no Brasil.
41 - A empresa XPTO Ltda, atacadista de caixas d’água de 1.000 litros em polietileno, teve a movimentação de estoque
em um determinado mês do ano:
• Dia 1: comprou 150 caixas da Indústria Tavares a um custo unitário de R$ 315,00;
• Dia 3: devolveu 10 caixas;
• Dia 5: vendeu à Construtora Gomes 90 caixas;
• Dia 8: recebeu a devolução de 5 caixas;
• Dia 15: adquiriu da Indústria Tavares 120 caixas a um custo unitário de R$ 320,00.
• Dia 20: vendeu à Construtora Gomes 40 caixas;
42 – O que é o Método do custo médio?
Nesse método, as baixas do estoque são efetuadas pelo custo médio ponderado de cada entrada de custo. O método p
modalidades:
 Custo médio ponderado móvel – considera cada movimentação ocorrida no estoque para calcular o seu valor mé
 Custo médio ponderado fixo – considera todas as saídas do período como sendo uma única operação e todas as
como sendo uma única aquisição, fazendo, então, o cálculo do valor médio no final do período apurado.
43 - A empresa XPTO Ltda, atacadista de caixas d’água de 1.000 litros em polietileno, teve a movimentação de estoque
em um determinado mês do ano:
• Dia 1: comprou 150 caixas da Indústria Tavares a um custo unitário de R$ 315,00;
• Dia 3: devolveu 10 caixas;
• Dia 5: vendeu à Construtora Gomes 90 caixas;
• Dia 8: recebeu a devolução de 5 caixas;
• Dia 15: adquiriu da Indústria Tavares 120 caixas a um custo unitário de R$ 320,00.
• Dia 20: vendeu à Construtora Gomes 40 caixas;
E assim terminam os lançamentos na planilha de controle pelo critério do custo médio. Observe que o saldo final é difer
outros dois critérios, no que se refere ao valor monetário do estoque. Para o saldo em quantidade, verificamos a igualda
três critérios ou métodos. Para que possamos visualizar as diferenças entre os critérios, apresentamos a seguir um com
Nele podemos observar que o critério PEPS apresenta o maior saldo de estoque, e o UEPS, o menor. As quantidades s
em todos os métodos e nem poderia ser diferente, pois estamos tratando de entradas e saídas físicas do estoque.
44 – O que representa Custo dos produtos vendidos e o que é?
Segundo Oliveira (2007), o custo dos produtos vendidos “representa o quanto custou, para a empresa, as mercadorias 
produtos que foram vendidos em determinado período”.
O custo dos produtos vendidos é uma informação importante para a apuração do resultado da empresa, que, periodicam
elabora a sua Demonstração de Resultado do Exercício (DRE).
A seguir, temos uma versão simplificada de uma DRE:
45 – O que é DRE?
A DRE é um informe contábil que apresenta o resultado da empresa (lucro ou prejuízo) através do confronto entre recei
e despesas que ocorreram em um determinado período.
46 – A que se refere os sistemas de custeio?
Os sistemas de custeio, ou métodos de custeio, referem-se às formas como os custos são calculados e apropriados ao
e serviços.
47 – O que é Custeio por Absorção?
É um método de custeio segundo o qual os produtos fabricados absorvem todos os custos incorridos no processo de fa
“Custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos [...]. Consis
apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados [...].” (MARTINS, 2010).
48 – Como o Sistema de Custeio de Absorção também é conhecido?
O Sistema de Custeio por Absorção também é conhecido por “Custeio Integral” justamente porque os produtos fabr
incorporam todos os custos incorridos no processo de fabricação.
49 – O que é Custeio Variável?
O sistema de custeio variável é um método que aplica aos produtos somente os custos variáveis, tanto diretos como ind
50 - Segundo Megliorini (2012), há algumas vantagens no método de custeio variável:
“Pelo método de custeio variável, obtém-se a margem de contribuição de cada produto, linha de produtos, clientes, etc, 
possibilita aos gestores utilizá-la como ferramenta auxiliar no processo decisório, que inclui ações como:
• Identificar os produtos que mais contribuem para a lucratividade da empresa;
• Determinar os produtos que podem ter a sua venda incentivada ou reduzidas e aqueles que podem ser excluídos da li
produção;
• Identificar os produtos que proporcionam maior rentabilidade quando existem fatores que limitam a produção (gargalos
permitindo o uso mais racional desses fatores;
• Definir o preço do produto em condições especiais;
• Decidir onde comprar e fabricar;
• Determinar o nível mínimo de atividade para que o negócio passe a ser rentável;
• Definir em uma negociação com o cliente, o limite de desconto permitido”. (MEGLIORINI, 2012).
51 – O que é o Custeio ABC?
O custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based Costing) é uma metodologia que surgiu como instrumento da a
estratégica de custos relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de uma empresa.
52 – O que o Custeio ABC faz?
O custeio baseado em atividades identifica, analisa e aloca os custos aos processos de uma determinada empresa, com
de melhorar a gestão da sua lucratividade.
Basicamente, o método surgiu para suprir a precariedade das informações gerenciais que os outros custeios ofereciam
como para eliminar as distorções dos critérios de rateio, que normalmente apresentavam um certo grau de arbitrariedad
Vamos detalhar agora um exemplo de implantação desse custeio:
Etapa 1 - Identificação das atividades relevantes;
Etapa 2 - Atribuição de custos às atividades;
Etapa 3 - Identificação e seleção dos direcionadores de custos;
Etapa 4 - Atribuição de custos dos recursos às atividades;
Etapa 5 - Atribuição dos custos das atividades aos produtos.
53 - No esquema a seguir, temos uma visão de como funciona, resumidamente, o custeio ABC:
54 - A estrutura do custeio ABC se utiliza de direcionadores para tratamento dos custos indiretos, sendo estes os
“direcionadores de recursos” e os “direcionadores de atividades”.
Segundo Megliorini (2012):
- “Direcionadores de recursos: são aqueles que identificam como as atividades consomem recursos, considerand
entre eles e as atividades e permitindo custeá-las.
- Direcionadores de atividades: são aqueles que identificam como os objetos de custeio consomem as atividades
permitindo custeá-los.”(MEGLIORINI, 2012).
55 – O que é o Custeio Padrão?
O custeio padrão é um método que atribui o valor de custo com base nos custos passados, ou seja, ele é predeterminado.
O custeio padrão indica para a gestão o custo a ser perseguido, haja vista que o seu cálculo aponta um custo com eficiência máxima
56 - A administração que utiliza o custo-padrão poderá servir-se dele para os seguintes fins:
1. Dispor de condições para a negociação de preços, especialmente em situações de encomendas, contratos, lotes, etc
2. Dispor de bases para acompanhar os estoques de produtos acabados e em elaboração, quando se tem um nível ado
o adequado sob os padrões estabelecidos.
3. Dispor de bases para o monitoramento das operações, avaliação de desempenho, identificação de gargalos ou ponto
ineficiência controláveis, através das diferenças apuradas entre o custo-padrão e o custo real. Estas diferenças serão o
ação corretiva por parte da administração (Administração por Exceção)” (DUBOIS, 2009)
57 - Quais os principais propósitos do sistema de custeio padrão?
• Fixar um padrão de custos: as áreas envolvidas utilizam esses padrões como referência, promovendo ações para man
dentro dos limites aceitáveis;
• Reduzir custos: à medida que se tem a referência para seguir, a gestão tomará ações corretivas sempre que os valore
desviarem do padrão.
• Auxiliar na formação do preço de venda: facilita a formação do preço, visto que os custos são predeterminados.
58 – Quais as principais características do custeio padrão?
- Os custos são pré-fixados com base no histórico ou em metas a serem perseguidas pela gestão da empresa;
- É permitido o seu uso pela contabilidade, desde que se faça um ajuste de valor, periodicamente, para acompanhar o v
calculado pelo método de absorção.
59 – Quais as finalidades do custeio padrão?
- Estabelecer um padrão de comportamento dos custos;
- Reduzir custos;
- Auxiliar na formação do preço de venda.
60 – Qual a aplicação do custeio padrão?
Sua utilização é mais adequada em empresas que fabricam produtos padronizados em série do que em empresas que 
sob encomenda, em razão das especificidades dos itens fabricados, exceto quando, nessas empresas, são fabricados 
iguais e em lotes.
61 - Segundo Megliorini (2012), no comércio as despesas podem ser classificadas em:
∙ “Despesas diretas das mercadorias: são as que podem ser identificadas imediatamente com as mercadorias v
como as comissões dos vendedores.
∙ Despesas diretas dos departamentos: são as que podem ser identificadas com os respectivos departamentos
ocorrem (como salários e encargos, depreciação e material de escritório) e são apropriadas de forma direta a eles.
∙ Despesas indiretas dos departamentos: são as despesas comuns aos departamentos administrativos ou com
ambos, como aluguel e energia elétrica. São apropriadas aos departamentos por meio de rateio.” (MEGLIORINI, 2012).
62 - Segundo Crepaldi (2004), a análise de custo/volume/lucro é:
“Um instrumento gerencial utilizado para projetar o lucro que seria obtido em diversos níveis possíveis de produção e ve
como para analisar o impacto sobre o lucro, modificações no preço de venda, nos custos (fixos ou variáveis), no nível d
desenvolvida e no lucro alcançado ou desejado.”
63 - Na análise de custo/volume/lucro a empresa poderá verificar as seguintes interações:
• Se variar o custo, qual o impacto que gera no volume;
• Se variar o custo, qual o impacto terá no lucro;
• Se variar o volume, que impacto terá no custo;
• Se variar o volume, que impacto terá no lucro;
• Se variar o volume e o custo, que impacto terá no lucro.
64 - Segundo Dubois (2009), a análise tem os seguintes pressupostos:
1. “As variações nos níveis de receitas e nos custos decorrem das oscilações nas quantidades de produtos ou serviços 
e vendidos.
2. Os custos e despesas devem ser segregados na parte fixa e na parte variável, considerando que esta última respond
diretamente às alterações nas quantidades de produtos.
3. Os custos fixos não respondem aos diferentes níveis de produção em curto prazo. Graficamente são representados p
reta paralela ao eixo das quantidades.
4. Os custos variáveis respondem proporcionalmente às quantidades. Em termos gráficos, o comportamento dos custos
é de uma linha reta crescente em relação às quantidades. Este é um pressuposto válido dentro de intervalos relevantes
5. O intervalo relevante é uma faixa de quantidade em que é desejável realizar o planejamento. Abaixo do limite mínimo
produção é inviável e acima do limite máximo é impossível.
6. A análise de CVL tradicional cobre apenas um produto ou assume que em determinado mix de produtos, as proporçõ
custos fixos e variáveis e as quantidades vendidas permaneçam constantes.” (DUBOIS, 2009)
65 – O que é a Margem de contribuição?
A margem de contribuição é o valor que sobra da receita depois de subtrair os gastos variáveis (custos e despesas).
66 – O que é a Margem de Contribuição Unitária (MCU)?
A Margem de Contribuição Unitária (MCU) é o valor que sobra do preço de venda de um produto ou serviço depois de s
gastos variáveis unitários.
67 - Para iniciar nossos estudos sobre a margem de contribuição, vamos analisar para onde se destinam os fluxos finan
em uma empresa. Genericamente, todo o dinheiro gerado em uma empresa se destinará para a cobertura dos seguinte
● Custos Fixos;
● Despesas Fixas;
● Custos Variáveis;
● Despesas Variáveis;
● Lucro.
68 - Vejamos como se calcula a margem de contribuição para cada produto:
MCU = PV - (CVU + DVU)
Ou
MCU = PV - CVU - DVU
Onde:
PV é o Preço de Venda do Produto
MCU é a Margem de Contribuição Unitária
CVU é o Custo Variável Unitário
DVU é a Despesa Variável Unitária
69 - Considere que uma empresa de celulares tem a seguinte estrutura de gastos:
∙ CF = R$ 600.000,00
∙ DF = R$ 200.000,00
∙ CVU = R$ 200,00
∙ DVU = R$ 100,00
Pergunta: se a empresa vender o celular por R$ 700,00, qual será a MCU?
MCU = PV - CVU - DVU
MCU = 700,00 - 200,00 - 100,00
MCU = 400,00
Cada aparelho está “contribuindo” para a cobertura de R$ 400,00 de custos e despesas fixas.
70 – O que significa o ponto de equilíbrio (break-even-point)?
O ponto de equilíbrio (break-even-point) significa a quantidade de produtos que devem ser vendidos para que a empres
pagar todos os seus custos e despesas, fazendo com que o seu lucro seja igual a zero.
71 – O que indica o Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC)?
O PEC indica a quantidade mínima que uma empresa precisa produzir e vender para cobrir todos os seus gastos, não o
lucro. Seu cálculo é obtido pela seguinte fórmula:
Onde:
∙ CF são os Custos Fixos;
∙ DF são as Despesas Fixas;
∙ MCU é a Margem de Contribuição Unitária.
72 - Uma pequena empresa que fabrica pasta de amendoim em potes de 1kg tem a seguinte estrutura de gastos:
∙ CF = R$ 15.000,00
∙ DF = R$ 3.000,00
∙ CVU = R$ 12,00
∙ DVU = R$ 4,00
Pergunta: se a empresa vender o pote de pasta de amendoim por R$ 32,00, quantas unidades terá que vender para ati
PEC?
MCU = PV – CVU - DVU
MCU = 32,00 – 12,00 - 4,00
MCU = 16,00
73 - Uma fábrica de fogões tem a seguinte estrutura:
CF = R$ 1.600.000,00
DF = R$ 400.000,00
CVU = R$ 300,00
DVU = R$ 100,00
PV = R$ 900,00
Primeiramente, vamos calcular a Margem de Contribuição Unitária:
MCU = 900,00 – 300,00 – 100,00
MCU = 500,00
Agora, calculamos o ponto de equilíbrio contábil:
PEC = (CF + DF)/MCU
PEC = (1.600.000,00 + 400.000,00)/500,00
PEC = 2.000.000,00/500,00 = 4.000 unidades
74 - Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE)
O PEE considera que, para uma empresa estar em seu ponto de equilíbrio, ela deverá produzir e vender o
suficiente para cobrir:
∙ Custos Fixos;
∙ Despesas Fixas;
∙ Custos Variáveis;
∙ Despesas Variáveis;
∙ Custo de Oportunidade.
75 - Ponto de Equilíbrio Financeiro
“Nível de produção e vendas em que o saldo de caixa é igual a zero. Representa a quantidade de vendas
necessárias para cobrir os gastos desembolsáveis tanto operacionais quanto não operacionais. No PEF, a empresa
apresenta prejuízo contábil e saldo de caixa zero.”
76 – O que a Estrutura de custos analisa?
O estudoda estrutura de custos analisa a proporção dos custos fixos e variáveis no custo total da empresa.
77 – Onde a alavancagem operacional é maior?
Conforme Megliorini (2012): “A alavancagem operacional é maior em empresas que possuem proporções mais
elevadas de custos e despesas fixos em sua estrutura comparativamente a empresas que possuem proporções
menores”.
78 – A alavancagem operacional está fortemente ligada a que?
A alavancagem operacional está fortemente ligada à diluição dos custos fixos, à medida que as vendas aumentam.
Assim, um crescimento nas vendas irá gerar um crescimento maior no lucro em termos percentuais. Ou seja, o
efeito denominado “alavancagem” acontece porque os custos fixos são distribuídos por um volume maior da
produção, de tal forma que o custo unitário do produto diminua.
79 – O que é alavancagem operacional?
É o acréscimo que ocorre no lucro a partir do acréscimo realizado no volume produzido e vendido.
80 – Qual a diferença entre Preço e Valor?
Preço é o valor monetário de um bem ou serviço.
Valor é a utilidade que um bem ou serviço tem para o consumidor.
O valor de um produto é bem subjetivo, pois ele depende da utilidade que tal produto tem para uma pessoa. Quanto
mais útil é o bem para uma pessoa, mais disposta ela estará para pagar um preço alto por ele.
81 – O que é a Formação do Preço de Venda?
A Formação do Preço de Venda é uma atividade que vai além dos cálculos que determinam o seu valor. Existem
variáveis que influenciam fortemente a definição do preço de venda. Uma questão essencial a se considerar é o
binômio “preço” e “valor”. Sabemos que preço é diferente de valor, mas eles andam em sintonia de tal forma que o
preço é muito influenciado pelo valor.
82 – Quais são as principais variáveis de análise e de formação de preços?
São as “Variáveis Econômicas (VE), Variáveis de Custos (VC), Variáveis Mercadológicas (VM) e Variáveis
Societárias e Tributárias (VST)”.
Variáveis econômicas (VE):
- Compreende o entendimento do contexto geral da economia;
- Oferta e demanda;
- Caracterização dos mercados;
- Taxa de câmbio e política comercial;
- Políticas macroeconômicas.
Variáveis de custos (VC):
“É um conjunto de variáveis relacionadas a análise e à gestão dos gastos, que se refere aos esforços operacionais
e à gestão voltada à produção de bens e serviços que possam ser comercializados em seus mercados específicos”.
As variáveis de custos estão ligadas aos sistemas de custeio que a empresa utiliza para a valoração dos custos dos
produtos ou serviços.
Variáveis mercadológicas (VMs):
Estas englobam fatores que possuem relação direta com a empresa, tais como:
- Clientes;
- Fornecedores;
- Concorrência;
- Organização
Variáveis societária e tributária (VST):
Estas variáveis têm forte influência quando as transações ocorrem entre pessoas jurídicas, tendo em vista as
diferenças nos enquadramentos tributários praticados no Brasil: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional. A
principal questão envolvida aqui é a possibilidade ou não de aproveitamento dos créditos tributários.
- Enquadramentos.
83 – Pelo que o estabelecimento do preço é influenciado?
O estabelecimento do preço é influenciado tanto por fatores internos quanto externos à empresa. No primeiro caso,
a empresa precisa ter claramente definidos seus objetivos de marketing, o controle de seus custos, incluindo a
escolha do sistema de custeio, a forma como organiza seus processos produtivos e de apoio, bem como a força de
venda, entre outros. Quanto aos fatores externos, existem as variáveis econômicas e mercadológicas que
impactam nas decisões de preço.
Antes de estabelecer a política de preços, a empresa precisa ter claramente definidas suas premissas. As quatro
premissas empresariais fundamentais são:
1. Cobrir todos os gastos incorridos na elaboração do produto ou prestação de serviços;
2. Gerar lucro;
3. Recuperar os investimentos realizados;
4. Permitir a perpetuação da empresa.
84 - Na imagem apresentada a seguir, temos um esquema que permitirá ao aluno ter uma visão ampla das
influências no estabelecimento dos preços:
85 – Quais os diferentes tipos de postura de uma empresa, no que se refere ao preço de venda, conforme o
objetivo buscado?
∙ Maximizar Lucro: estabelecer um preço que remunere ao máximo o capital investido e que não gere queda
nas vendas.
∙ Liderança de Mercado: estabelecer uma política de preços baixos, mas com controle dos custos para
maximizar a margem de contribuição.
∙ Liderança de Qualidade: estabelecer uma política de preços altos que cubra os custos elevados, para manter
uma qualidade superior.
∙ Sobrevivência: estabelecer uma política de preços baixos ou descontos altos, de forma a incentivar as vendas.
86 – Quais são os dois tipos de mark-up que existem?
Existem dois tipos de mark-up: o Multiplicador e o Divisor.
87 – O que é um Mark-up?
Mark-up é uma margem de lucro acrescentada sobre o custo de um produto ou serviço, para a formação do preço
de venda. Essa margem de lucro, normalmente, é expressa em valores percentuais ou índices; no entanto, poderá
ser utilizada em valores monetários também, como veremos mais adiante.
88 - Como calcular o markup?
Primeiramente, é necessário determinar as despesas comerciais, administrativas e financeiras, os tributos
incidentes sobre a receita e o lucro desejado.
89 - Uma empresa gasta R$ 15.000,00 para executar um determinado serviço. Considerando que ela paga 2% de
comissão para os seus vendedores, 4,8% de IRPJ, 0,65% de PIS, 2,88% de CSLL, 3% de Cofins, 2% de ISS e
deseja obter um lucro líquido de 45%, calcule o mark-up divisor, o mark-up multiplicador e o preço de venda do
serviço.
90 – O que a correta formação do preço de venda possibilita?
∙ Recuperar todos os gastos incorridos na elaboração do produto ou prestação de serviços;
∙ Gerar lucro;
∙ Recuperar os investimentos realizados;
∙ Permitir a perpetuação da empresa.
91 – Qual a diferença entre a venda à vista e a venda parcelada?
A venda à vista permite a maximização da gestão do capital de giro.
Nas vendas parceladas, além da venda ser recebida no futuro, ainda traz a possibilidade de inadimplência, o
que é péssimo para o capital de giro da empresa.
92 – Como é calculado o preço de venda à vista?
O preço de venda à vista é calculado de forma a recuperar todos os gastos ocorridos na fabricação do produto ou
na prestação do serviço e gerar lucro. Ele não considera os encargos que a empresa tem no financiamento de
clientes. Em síntese o cálculo do preço à vista atende as seguintes etapas:
93 - O preço de venda a prazo
Quando uma empresa concede ao cliente um prazo para efetuar o pagamento do produto, da mercadoria ou do
serviço, acrescenta ao preço à vista um custo financeiro, e essa situação se caracteriza como um financiamento ao
cliente pelo prazo concedido.

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