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Condições e lesões mais comuns de mucosa oral

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Condições e lesões mais comuns de mucosa oral 
Estomatologia – UFPE 
 
 
Larissa Albuquerque 
 
 
 
 
Língua geográfica 
*Também conhecida como glossite migratória, não 
tem etiopatogenia definida, mas é sugerida a 
ocorrência em indivíduos atópicos. 
*É mais comum em mulheres na proporção de 2:1, 
devido ao fator hormonal. 
*Acomete os ⅔ anteriores do dorso da língua, 
podendo ter concentração na ponta ou nas bordas 
laterais. 
*Devido às características histológicas semelhantes, 
já foi chamada de psoríase da boca ou mucosite 
psoriasiforme. 
*Por causa da presença de HLA-Cw6, comum em 
pacientes com psoríase e língua geográfica, os 
primeiros parecem ser mais suscetíveis ao eritema 
migratório. 
*É uma condição assintomática, porém pacientes 
podem apresentar sintomatologia dolorosa quando 
fazem ingestão de alimentos ácidos, bebidas 
alcoólicas e alimentos muito temperados. Em casos 
de queda da imunidade, pode ocorrer a sobreposição 
de candidíase nas áreas despapiladas, causando 
ardência e prurido. 
*Tem bom prognóstico e deve sempre ser 
referenciada na ficha clínica do paciente. 
 
Língua fissurada 
*É uma anomalia de desenvolvimento da região oral, 
pois ocorre uma fissura no processo de germinação 
da língua, sendo caracterizada por fissuras ou sulcos 
na superfície dorsal da língua, principalmente. 
*Não tem etiologia definida, mas pode estar 
relacionada com uma herança de caráter poligênico 
ou autossômico dominante com penetrância 
incompleta. 
*Essa condição tem prevalência de 2 a 5% em adultos 
e crianças, com predileção pelo sexo masculino. A 
prevalência e gravidade dessa condição tende a 
aumentar com a idade. 
*Pode haver forte associação à língua geográfica e 
com a síndrome de Melkersson-Roselthal, 
caracterizada por língua fissurada, edema e paralisia 
orofacial. 
*Não há necessidade de tratamento e é 
assintomática, porém pode ocorrer infecção 
secundária em caso de higiene inadequada da língua. 
Por isso, é importante orientar o paciente a fazer a 
higiene da língua. 
 
Língua saburrosa 
*É observada em pacientes 
que não fazem a 
higienização da língua, 
ocorrendo a deposição de 
alimentos e o produto da 
sua degradação pelas 
bactérias na boca nas 
papilas filiformes, que dão 
um aspecto branco a 
acastanhado ao dorso de 
língua. 
*É preciso orientar o paciente para a escovação diária 
da língua. 
Língua pilosa (língua pilosa negra) 
*É caracterizada pelo 
acúmulo acentuado de 
queratina nas papilas 
filiformes do dorso da 
língua, obtendo aparência 
semelhante a pelos. Parece 
estar associada ao aumento 
na produção de queratina 
ou pelo decréscimo da sua 
descamação normal. 
*Apesar da etiologia incerta, 
é comum em fumantes e 
ocorre mais normalmente na linha média anterior às 
papilas circunvalação, que se espalham para as 
bordas materiais e anteriores. As papilas são 
castanhas, amarelas ou negras, a depender do 
pigmento do tabaco ou alimentos. 
*Tem prevalência de 0,5% em adultos. 
*A sua etiologia é incerta, mas parece estar associada 
à antibioticoterapia, higiene oral deficiente, 
radioterapia, debilidade geral, uso prolongado de 
bochechos com antiácidos ou oxidantes, proliferação 
de bactérias e fungos. 
*Geralmente é assintomática, mas os pacientes 
podem relatar sensação de náusea ou de gosto 
desagradável na boca. 
Periodontia Larissa Albuquerque 
 
 
 
 
 
 
 
Glossite romboidal mediana 
*Também chamada de 
atrofia papilar central da 
língua, é uma área 
romboide, despapilada, na 
área central do dorso da 
língua imediatamente 
anterior ao sulco terminal. 
O eritema ocorre pela 
perda das papilas 
filiformes na área e a lesão 
geralmente é simétrica e a 
superfície pode ser plana ou lobulada. 
*É rara e pode acometer ambos os sexos em qualquer 
idade. 
*O fator etiológico é a Candida, que, ao ocorrer uma 
queda da imunidade, se prolifera na cavidade oral. As 
hifas infiltram as camadas superficiais do epitélio 
paraceratótico, causando hiperplasia pseudo-
epiteliomatoso. 
*O tabagismo e o uso de próteses podem predispor o 
seu aparecimento. 
*O tratamento é feito com antifúngicos sistêmicos e 
orientação de higiene. 
Papilite lingual 
*Ocorre pela inflamação das papilas foliadas, que são 
encontradas na margem póstero-lateral da língua, na 
junção dos dois terços anteriores com o terço 
posterior. As papilas foliadas têm tamanho e forma 
variados e ocasionalmente podem aumentar de 
volume se irritadas mecanicamente ou por infecção 
local, causando a papilite lingual. 
*Não deve ser confundida com o carcinoma 
espinocelular de língua pela localização de predileção 
dos carcinomas linguais. 
 
Varicosidades linguais 
*São vesículas 
papulares, de 
coloração azul-
purpúrea, na 
margem lateral e 
na região de ventre 
de língua. Também 
pode ocorrer em 
assoalho de boca. 
*São mais comuns em pacientes mais velhos, a partir 
de 45 anos. São assintomáticas e não exigem 
tratamento. 
Macroglossia 
*É mais comum na infância e a criança pode 
apresentar a língua aumentada em comparação aos 
ossos da face, tendendo à regularização do tamanho 
com o desenvolvimento ósseo. 
*É possível identificar pelas marcas da dentição nas 
bordas da língua (edentações). 
 
Microglossia 
*Não é comum na população em geral e é 
caracterizada pela língua muito pequena. Pode estar 
associada a outras condições, como o zyka vírus. 
 
Anquiloglossia 
*Conhecida popularmente como língua presa, é 
caracterizada pelo freio lingual curto, limitando os 
movimentos da língua. 
*Tem predileção pelo sexo masculino. 
 
Leucoedema 
*É observada na mucosa jugal, bilateralmente, de 
coloração branco-acinzentada cremosa, difusa e 
opalescentes. É mais comum em pessoas negras, 
pois possivelmente há predisposição genética, e 
também é mais comum e acentuado em pacientes 
tabagistas. 
*As lesões são bilaterais e não destacáveis. É 
diagnosticado clinicamente ao distender a mucosa 
jugal e o aspecto esbranquiçado diminuir. 
Periodontia Larissa Albuquerque 
 
 
 
 
 
 
 *É uma lesão benigna que não necessita de 
tratamento. 
 
Linha alba 
*Linha branca bilateral devido à pressão, irritação por 
fricção ou trauma de sucção nas superfícies 
vestibulares dos dentes. Ocorre pelo acúmulo de 
queratina na linha de oclusão. 
*Não necessita tratamento. 
 
Impressões palatinas 
*São semelhantes às impressões digitais, diferem de 
pessoa para pessoa e estão presentes na região de 
incisivos, caninos e pré-molares da maxila. 
 
Candidíase eritematosa (protética) 
*A cândida da cavidade oral se torna patogênica e 
causa eritema na região em que a prótese entra em 
contato com o palato. 
*O tratamento consiste na higiene da prótese e da 
mucosa, não dormir com a prótese e, se necessário, 
antifúngicos tópicos. 
 
Estomatite protética sem associação com a cândida albicans. 
Tórus palatino 
*É um crescimento ósseo normal e assintomático na 
linha média do palato duro, porém mais 
desorganizado e que pode crescer lentamente ao 
longo da vida. Caso interfira na qualidade de vida do 
paciente, pode ser feita uma cirurgia corretiva 
(cosmética). 
 
Tórus mandibular 
*É um crescimento ósseo normal ao longo da 
superfície lingual da mandíbula acima da linha milo-
hioidea, na região de pré-molares. 
*Não precisa de tratamento. 
 
Gengivite descamativa 
*É uma área de inflamação linear de gengiva em 
mandíbula e maxila em pacientes que possuem boa 
higiene oral, com aspecto descamativo, sensível, 
porém sem sangramento. Pode estar associada com 
outras doenças autoimunes e imunologicamente 
mediadas. 
*Pode ser preciso realizar biópsia incisional para 
confirmar se ela precede uma doença que ainda não 
se manifestou clinicamente. 
 
Tireoide lingual 
*Geralmente é um tecido tireoidiano ectópico, 
encontrado na porção posterior do dorso de língua. 
Pode ser uma lesão nodular pequena e assintomáticaou uma grande massa que bloqueia as vias aéreas. 
*É preciso verificar a produção dos hormônios 
tireóideos e se a tireoide lingual é a única glândula 
tireóidea existente. 
Periodontia Larissa Albuquerque 
 
 
 
 
 
 
*Se for assintomática, não precisa de tratamento. 
 
Melanose fisiológica 
*É uma modificação normal anatômica de deposição 
de melanina. 
 
Estomatite nicotínica 
*É uma alteração na mucosa do palato comum a 
fumantes de cigarro e cachimbo. Ela ocorre pela 
exposição prolongada ao calor, tornando a mucosa 
palatina difusamente cinza ou branca com pápulas 
elevadas, que representam as glândulas salivares 
menores inflamadas e os seus orifícios ductais. 
*O tratamento é feito com o fim do hábito de fumar. 
 
Hiperplasia por câmara de sucção 
*Está associada ao uso de próteses superiores com 
câmara de vácuo devido à câmara de sucção que é 
uma depressão criada para garantir maior 
estabilidade à prótese. 
 
Pigmentação por medicamento 
*A deposição de metabólitos das drogas na mucosa 
causa a mudança de cor. Geralmente a interrupção 
do medicamento causa o desaparecimento gradual 
das áreas de hiperpigmentação. 
 
Granuloma piogênico 
*É um crescimento não neoplásico caracterizado pelo 
aumento de volume com superfície lisa ou lobulada, 
podendo ser pedunculada ou sésseis. 
*A superfície é ulcerada, de coloração variando do 
rosa, vermelho ao roxo, a depender da idade da 
lesão. Geralmente tem predileção pela gengiva, mas 
pode ocorrer em lábios, língua e mucosa jugal. 
*É mais comum na gengiva superior que inferior e as 
áreas anteriores são mais afetadas que as 
posteriores. 
*É mais comum em crianças e jovens adultos. 
 
Granuloma periférico de células gigantes 
*É um crescimento não neoplásico, caracterizado por 
uma lesão reacional causada por irritação local ou 
trauma. 
*Ocorre na gengiva ou no rebordo alveolar edêntulo 
como um aumento de volume nodular de coloração 
vermelho-azulado. Pode ser séssil ou pedunculada e 
ulcerada ou não. 
*Se desenvolve em tecidos moles, mas pode 
apresentar reabsorção em forma de taça do osso 
alveolar subjacente. 
*O tratamento é a remoção cirúrgica. 
 
 
Periodontia Larissa Albuquerque 
 Fibroma ossificante periférico 
*É um crescimento gengival não neoplásico de 
natureza reacional. Ocorre exclusivamente na 
gengiva, como uma massa nodular, séssil ou 
pedunculada, que tem origem na papila interdental. A 
coloração varia do vermelho ao rosa e a superfície 
pode ser ulcerada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
• Patologia oral & maxilofacial / Brad Neville... 
[et al.] - [tradução Danielle Resende 
Camisasca Barroso... et al.]. — Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2009.

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