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CEOs SUPER 100 INTRODUÇÃO DISTRITO 100 SUPER CEOs2 Sumário 3 Introdução 4 Metodologia 5 PARTE I PERFIL DOS CEOs 6 Startups selecionadas 7 Ano de fundação 8 CEOs analisados 12 Nacionalidade 13 Idade 14 Gênero 19 Graduação 20 Pós- Graduação 26 Trajetória 31 Anos de experiência 34 Superinfluentes 35 PARTE II LIÇÕES DE INOVAÇÃO COM OS CEOs 37 CEO responde 47 Conclusão INTRODUÇÃO DISTRITO 100 SUPER CEOs3 “Tempos incertos colocam um holofote na liderança”. A frase de Stephan Gates, Global digital design leader e apresentador do podcast Crazy One, reflete bem o desafio dos líderes contemporâneos: guiar rumo à inovação em um cenário de mudanças cada vez mais frequentes e velozes. Se nas empresas tradicionais o CEO é responsável pela visão estratégica do negócio, em empresas emergentes, como startups, ele também acompanha e participa de todas as atividades do dia a dia. Essa missão pode não ser nada fácil: saber captar recursos para crescer, implantar uma cultura de alta performance e manter o crescimento contínuo e acelerado são alguns dos desafios que uma liderança inovadora precisa colocar em prática. Assim, movidos por entender as motivações e lições para liderar em um cenário de inovação, buscamos analisar neste material a trajetória dos CEOs de algumas das principais startups do Brasil, assim como conversar com alguns deles para tirar melhores insights deste percurso. Observando seus backgrounds e mapeando quais caminhos em comum estão sendo moldados por estes líderes, tentamos vislumbrar alguns alicerces necessários para que mais talentos sigam a trilha da liderança inovadora e trilhem um percurso de criatividade e resiliência. Introdução INTRODUÇÃO DISTRITO 100 SUPER CEOs4 Os 100 CEOs presentes neste report foram selecionados a partir da identificação das principais startups brasileiras, selecionadas de acordo com nosso algoritmo Dataminer Score, que avalia a maturidade das startups a partir de nossa base de dados que englobam informações públicas e privadas das empresas. Este algoritmo se baseia em indicadores como valor total de investimentos captados, faturamento presumido, seguidores no LinkedIn, número e crescimento de colaboradores, número e crescimento de acessos ao site. Tais indicadores são ponderados por sua respectiva importância e entrega um resultado final na escala de 0 a 1000, sendo 0 startups em fase inicial e 1000 as startups mais maduras. Não temos a ambição porém, de definir que são os melhores ou de determinar um padrão social, mas sim estudar o mercado. Para conseguir os dados dos CEOs, levantamos informações públicas por meio do Linkedin e Google, podendo estas estarem sujeitas aos erros dos próprios profissionais que preencheram os dados de seus perfis. Também fizemos entrevistas qualitativas com uma pequena amostra de CEOs, as quais apresentaremos as respostas ao longo do material. Por fim, ressaltamos que, quando algum dos CEOs não divulgou o dado necessário para a estatística, ele foi desconsiderado daquele caso. Enquanto aquelas startups que inicialmente estavam no top 100 e posteriormente foram adquiridas, optamos por manter os dados dos CEOs anteriores. Metodologia PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs5 Perfil dos CEOs PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs6 PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs6 Paraná Startups Selecionadas São Paulo Rio Grande do Sul Minas Gerais Bahia Alagoas Rio de Janeiro Santa Catarina 19 94 19 99 20 0 1 20 0 2 20 0 3 20 0 6 20 0 7 20 0 8 20 0 9 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 20 21 DISTRITO 100 SUPER CEOs7 PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs7 Ano de fundação PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs8 Ari de Sá Neto Arco Educação Mariano Gomide de Faria Vtex Alessio Alionco Pipefy Fabien Mendez Loggi Carlos Eduardo Monguilhott Neoway Fabio Carrara Solfacil Bernardo Lustosa Clearsale Tiago Dalvi Olist Mônica Hauck Solides Fabricio Bloisi iFood Rafael Pereira Open Co Michael Ruah SouSmile Carlos Giovane Neves Digio Bruno Balbinot Ambar Gustavo Vaz EmCasa José Antônio Batista PicPay João Miranda Pitzi Bernardo Fabiani Terra Magna Diego Dzodan Facily Vitor Torres Contabilizei Tomás Petti Mertins tembici Marcelo Kalim C6 Bank Marco De Mello PSafe Fabiano Cruz Zoop Diego Torres Martins Unico Adhemar Milani Neto Kovi Renato Ejnisman Next Pedro Conrade Neon Eric Santos Resultados Digitais André Florence Alice Federico Vega Frete.com Priscila Siqueira Gympass Renato Velloso Dias Cardoso Dr. Consulta Ricardo Dutra PagSeguro Paulo Nascimento Viajanet Cassio Bobsin Zenvia 100 SUPER CEOs PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs9 Talita Lacerda PetLove Daniel Scandian MadeiraMadeira Hugo Mathecowitsch A55 Sergio Furio Creditas Francisco Ferreira BizCapital Fernando Pavani Remessa Online Anna Saicali Ame Digital Marcelo Abritta Buser Andre Farber Dafiti Tony Qiu 99 Parker Treacy Cobli Heber Carvalho Estrategia Concursos Mariana Ramos Dias Gupy Marco Fisbhen Descomplica Ricardo Josua Pismo Roberto Lee Avenue Leonardo Costa Rangel Cortex João Pedro Resende Hotmart Renato Andrade Merama Osvaldo Pimentel Monetizze Rodrigo Teijeiro RecargaPay Antonio Soares Dock Eugenio Pachelle Eduzz Kai Philipp Schoppen Infracommerce Ricardo Salem Flash Rafael Vasto Daki Alexandre Zolko CRM&Bonus Carlos Eduardo Curioni Elo7 João Miranda Hash Lincoln Ando idwall Felipe Lourenço iClinic Matthew Kligerman Escale Tito Gusmão Warren Eduardo Orlando LHotellier GetNinjas Israel Salmen Meliuz Luis Silva CloudWalk Gabriel Benarros Ingresse Alexandre Ruberti Fazenda Futuro David Vélez Nubank Rodrigo Colmonero Gringo Valmir J. Pereira Mindlab Marcelo Blay Minuto Seguros Luca Cafici InstaCarro David Peixoto Isaac Florian Hagenbuch Loft Marcelo Sampaio Hashdex Andre Simões Passei Direto Marcelo Lombardo Omie Rafael Costa JusBrasil Joel Rennó, Jr Memed Gabriel Braga QuintoAndar João Ricardo Mendes Hurb Fábio Rodas Blanco Shopper Matheus Goyas Trybe Victor Santos Liv Up Igor Mascarenhas Pier.Digital João Del Valle Ebanx Reinaldo Rabelo MercadoBitcoin Daniel Wjuniski Sallve Thiago Piau Stone Victor Lazarte Wildlife Studios Vinicius Roveda ContaAzul Valmir Pereira eDuk Pablo Viguera Belvo PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs10 MARIANA DIAS CEO E CO-FUNDADORA DA GUPY Antes de iniciar esta jornada em 2015, ela teve uma passagem de quatro anos pela Ambev, começando como trainee até se tornar responsável por todos os produtos de Gestão de Pessoas de todas as fábricas na América Latina. É formada em Administração pela USP, com passagem pela College of Mount Saint Vincent de Nova York, além de uma certificação em inovação e empreendedorismo pela Stanford University. ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE André Florence é o CEO e co-fundador da healthtech Alice, a primeira gestora de saúde do Brasil. Tem 34 anos e é formado em Economia pelo Insper. Após passagens por bancos de investimentos, foi CFO da 99 de 2014 a 2018 e responsável pela venda da empresa brasileira para a chinesa Didi. Em 2019, junto com Matheus Moraes (ex-99) e Guilherme Azevedo (ex-Dr. Consulta), fundou a Alice, que já recebeu US$ 174,8 milhões em investimento desde a sua criação PRISCILA SIQUEIRA LÍDER DO GYMPASS NO BRASIL Com um MBA em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e Extensão Executiva em General Management Program na Harvard Business School, a executiva ainda agrega ao seu conhecimento mais de 20 anos de experiência em sua área de graduação - tecnologia. Priscila iniciou a sua carreira na área técnica, passou pela área de consultoria e gerenciamento de projetos, e atuou em vendas e produtos da Oracle, onde ocupou por três anos o cargo de VP da Oracle Digital para América Latina. Em sua trajetória profissional, a executiva também atuou em grandes empresas como Petrobras,Vivo, Bradesco, Banco do Brasil, alguns órgãos do setor público e no ecossistema de startups como 99 e iFood, entre outras. Para se aprofundar na trajetória e aprendizados dos CEOs, entrevistamos 7 líderes e colocaremos suas respostas ao longo deste material. Os convidados desta seção foram: PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs11 TALITA LACERDA CEO DA PETLOVE&CO Além de CEO da Petlove&Co, é sócia- fundadora da Kamaroopin, gestora de crescimento da SK Tarpon. Antes de assumir a função, Talita era conselheira da Companhia, atuando ativamente nas frentes de planejamento estratégico, atração e desenvolvimento de talentos e fusões e aquisições. Talita também atuou como investidora na SK Tarpon, gerente- geral da operação B2C da BRF na China, e consultora no Boston Consulting Group. Formada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP), ela também é pós-graduada com altas honras em Administração de Empresas (MBA) na Chicago University Booth School of Business. LUIS SILVA FUNDADOR E CEO DA CLOUDWALK Luis aprendeu a programar sozinho aos 16 anos e fundou sua primeira empresa aos 21. Desde então, fundou, investiu e assessorou empresas no Vale do Silício e no Brasil, em empresas que fabricaram desde robôs que fazem engenharia genética usando IA até soluções de fintech que processam com segurança bilhões de dólares em pagamentos de países inteiros, passando por novas tecnologias emergentes de blockchain que estão mudando o cenário financeiro.Em 2014, ele foi selecionado entre 80 empreendedores de todo o mundo para morar e estudar no NASA Ames Research Park, no Vale do Silício, estudando tecnologias futuras e disruptivas na Singularity University. Luis também é coautor de livros sobre inovação e artigos publicados pela O'Reilly e Elsevier. FEDERICO VEGA CEO E FUNDADOR DO FRETE.COM Federico rodava a patagônia argentina de bicicleta contando sempre com o apoio dos caminhoneiros na estrada. Depois de concluir seu mestrado em Finanças, pela Universidade de Southampton, no Reino Unido, e de uma experiência de seis anos no JP Morgan, em Londres, Frederico decidiu voltar para a América e empreender no mercado logístico e devolver o apoio que recebeu. Em 2013 fundou a Cargo X, liderando uma revolução digital do setor. Em 2021, após um investimento de US$ 200 milhões, fundou o Frete.com, que conseguiu o status de unicórnio. RENATO VELLOSO CEO DO DR.CONSULTA Formado em odontologia, Renato Velloso possui mais de 30 anos de carreira no setor de saúde. Foi cofundador da Odontoprev, exercendo a função executiva por mais de 27 anos. Também tem passagem pela Qualicorp, onde atuou como diretor executivo. No dr.consulta desde 2015 como investidor e membro do conselho executivo de Administração, em outubro de 2019 assumiu o cargo de CEO. Paralelamente, Renato é membro do conselho diretivo da plataforma de benefícios de saúde YALO. B ra si le iro Es tr an ge iro 90 % 10 % PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs12 Nacionalidade Ao olharmos para a nacionalidade de cada CEO presente nesse material, vemos que a maioria tem origem brasileira, mas que há presença considerável de estrangeiros (10). São eles: Federico Vega, CEO da Frete.com e Diego Dzodan, CEO da Faci.ly David Vélez, CEO da Nubank Fabien Mendez, CEO da Loggi Florian Hagenbuch, CEO da Loft e Kai Philipp Schoppen, CEO da Infracommerce Sergio Furio, CEO da Creditas Tony Qiu, CEO da 99 Parker Treacy, CEO da Cobli e Michael Ruah, CEO da SouSmile ARGENTINA COLÔMBIA FRANÇA ALEMANHA ESPANHA CHINA ESTADOS UNIDOS PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs13 Idade Quando tratamos da posição de CEO, encontramos profissionais das mais diversas idades atuando neste cargo, o que desafia a ideia de que apenas jovens lideram negócios tecnológicos. Isso indica que há espaço para vários perfis de líder, desde founders que assumiram o desafio de seguir à frente dos seus negócios, até profissionais experientes do mercado*. *ALGUMAS IDADES, POR FALTA DE DADOS, FORAM ESTIMATIVAS LEVANDO EM CONTA O ANO DE INÍCIO DA GRADUAÇÃO, ANOS DE EXPERIÊNCIAS E INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS SOBRE OS ANALISADOS. Média da idade dos CEOs = 39,5 anos Mediana da idade dos CEOs = 39 A idade mais comum entre os CEOs = 35 (9 CEOs) O mais novo = 24 anos O mais velho = 68 anos 19 é a menor idade que o CEO assumiu essa posição na empresa atual (João Miranda, CEO da Hash, assumiu a posição em fevereiro de 2017) 57 é a maior idade que o CEO assumiu essa posição na empresa atual A idade mais comum para assumir a posição de CEO foi 29 anos (9 CEOs) gê ne ro m as cu lin o gê ne ro fe m in in o 95 % 5% PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs14 Gênero Dos 100 CEOs das startups selecionadas, apenas 5 são mulheres. São elas: Anna Saicali (Ame Digital), Mariana Ramos Dias (Gupy), Mônica Hauck (Sólides), Talita Lacerda (Petlove&Co) e Priscila Siqueira (Gympass). O dado representa um sério problema de diversidade que as lideranças no Brasil e no mundo enfrentam, conforme os dados da página a seguir. RAIO-X DAS CEOs MULHERES DAS STARTUPS SELECIONADAS Brasileira Entre 34 e 45 anos de idade Tem graduação nas áreas de negócios ou tecnologia Possui especialização, MBA, mestrado profissional ou pós-graduação internacionais. Responde pela operação no Brasil Já teve cargo de gerência ou fundadora antes de ser CEO PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs15 Liderança feminina: dados do desafio na América Latina e Brasil • Apenas uma em cada dez mulheres ocupa a posição de CEO no País, segundo estudo realizado pela Page Executive, unidade de negócio do PageGroup, em parceria com a Fundação Dom Cabral. • Apesar de serem a maioria da população, segundo dados do IBGE, mulheres ocupam apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil, revela pesquisa da Grant Thornton. • Dentre as 500 empresas americanas de maiores fortunas, as mulheres ocupam 74 postos de CEOs segundo o We Fórum. Apesar de baixa, esta representatividade vem crescendo, já que eram apenas 7 em 2002. IMPORTÂNCIA DA DIVERSIDADE PARA A INOVAÇÃO Empresas com mais mulheres têm 55% de chance de obter resultados melhores, quando se comparam a margem Ebitda (lucro antes do pagamento de juros e impostos) e com a média do setor em que atuam, segundo pesquisa da consultoria Mckinsey & Company. Ter mulheres como CEOs é fundamental para aumentar essa diversidade, já que, segundo a pesquisa da Page Executive, em empresas nas quais elas ocupam o cargo, há uma tendência maior de haver outras mulheres reportando diretamente. CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs16 Que pontos da sua trajetória você destacaria para chegar ao posto de CEO de umas das startups que mais se destacam do país? CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs17 MARIANA DIAS CEO E CO-FUNDADORA DA GUPY O principal ponto para mim é a inspiração dos meus pais. Os dois são empreendedores e, apesar de não me incentivarem a tomar o caminho do empreendedorismo (por saberem o quão difícil é), sempre foram uma referência para mim e me incentivaram a estudar e trabalhar muito para crescer em minha carreira. Eu enxergo isso como um privilégio, e desejo que cada vez mais mulheres tenham esse tipo de apoio e inspiração. Por isso, eu acredito que para transformar a bandeira do empreendedorismo feminino nós precisamos também transformar a vida das meninas e mulheres brasileiras, para que tenham um bom lar (que seja uma rede de apoio), uma educação de qualidade na juventude e cada vez mais empregabilidade, com oportunidades profissionais e de desenvolvimento de maneira igualitária. Isso está relacionado com a missão da Gupy, que é melhorar a empregabilidade no Brasil. ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE Eu tive dois pontos de destaque importantes. O primeiro foi quando eu decidi jogar tudo para o alto e começar uma faculdade do zero, depois de formado. Fui para o Insperpara fazer economia e isso foi fundamental para a construção dos meus valores e conseguir ter uma boa carreira no mercado financeiro. Ja o segundo ponto foi a minha ida para o 99 Taxi em 2014, uma época em que pouco se falava em startups e tecnologias no Brasil. Isso mudou minha vida, pois me encontrei neste universo de startups, que trabalha para construir uma missão e fazer algo maior que você. PRISCILA SIQUEIRA LÍDER DO GYMPASS NO BRASIL Para liderar o país alguns pontos foram importantes: 1 Eu entrei para estruturar o canal de vendas para B2B e no primeiro ano fiscal trouxemos 100% de crescimento em número de clientes. Ou seja, trazer resultado em qualquer área que atua é muito importante; 2 Ter uma visão mais ampla sobre o que estamos trabalhando no curto prazo, mas onde podemos chegar no longo prazo (a famosa visão "big picture") 3 Ter a visão de "dono" e sempre pensar no todo e não só na sua área foi super importante. Em especial quando temos um olhar e foco na satisfação do cliente. TALITA LACERDA CEO DA PETLOVE&CO Acredito que alguns pontos, como a minha própria história de vida. Tenho uma origem humilde e tive que desenvolver resiliência para lidar com muitas situações de restrição. A primeira grande vitória foi conseguir fazer uma boa faculdade, o que abriu muitas portas no início da minha carreira. Outro elemento da minha trajetória foi a busca constante por aprendizado e novos desafios. Um dos mais relevantes foi lançar a marca Sadia na China. Tive que me adaptar a uma nova cultura, aprender sobre o gosto e hábito alimentar do consumidor chinês de diferentes regiões, formar um time do zero e executar em um contexto competitivo. Aquela foi uma verdadeira lição de vida e humildade. Por fim, acho que a maternidade também me ajudou. Com ela, ganhei uma nova perspectiva sobre a vida e prioridades, e aprendi a ser mais eficaz com o uso do meu tempo, além de mais comprometida em contribuir para tornar o mundo um lugar melhor. CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs18 LUIS SILVA FUNDADOR E CEO DA CLOUDWALK Eu aprendi a programar sozinho com 16 anos de idade em um computador do meu primo. Com 17 anos ganhei um computador do meu pai que ele comprou parcelado em 36 vezes. Ele era operador de VT e minha mãe auxiliar de limpeza de hospitais, escolas e universidades. Éramos pobres, e sempre estudei em escola pública, também usando hospitais públicos durante boa parte da minha infância. Com 21 anos fundei minha primeira empresa de tecnologia e sabia que era a única chance de melhorar minha condição de vida e da minha família. Desde então foram milhares de horas de trabalho e aprendizado. A resiliência exigida nos anos da minha formação como empreendedor foram primordiais para o sucesso que a CloudWalk consegue hoje servindo aos seus clientes. FEDERICO VEGA CEO E FUNDADOR DO FRETE.COM Do ponto de vista da carreira profissional: o fato de ter estudado economia e finanças, assim como trabalhado em um grande banco de investimentos (J.P.Morgan Londres), ajudou a entender a dinâmica dos mercados de capitais, com isso falar a mesma língua dos investidores. Do ponto de vista de atitude: ter muita perseverança e não desistir nas adversidades é definitivamente a qualidade mais importante a ser trabalhada quando for começar um negócio. No caso da Frete.com ter uma missão clara foi uma boa motivação para continuar em frente, mesmo que ainda nas piores adversidades. RENATO VELLOSO CEO DO DR.CONSULTA Comecei minha carreira como dentista e logo em seguida, fundei uma companhia que é a Odontoprev, a maior operadora de planos odontológicos da América Latina. Portanto, durante 27 anos eu vivi todas as dores de uma empresa que está começando até o momento em que ela se tornou madura, o que me deu muita prática como gestor. Pública Privada Estrangeira 47,7% 39,5% 12,8% PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs19 Graduação Quando analisamos a trajetória acadêmica dos CEOs, vemos a importância do investimento em educação de nível superior para as lideranças do mercado.Quase metade deles cursaram uma faculdade pública no Brasil. Em seguida, temos 40% formados em faculdades privadas, enquanto 13% cursaram faculdades fora do Brasil - o que é compreensível visto o número de 10% de estrangeiros dentro do espaço amostral. Duke University, Escola de Engenharia Mauá, Mackenzie, PUC-SP, Stanford University, The Wharton School, UFBA, UFPR, PUC Minas. Academia Militar das Agulhas Negras, Centro Universitário Newton Paiva, Faculdades Associadas de São Paulo, FATEC, FEI, IME, PUCPR, UDESC, UFRGS, UFSC, ULBRA, Unesp, UNICID, Unifran, UNISO, Unisul, Univerdade Positivo, Universidad de San Andrés, Universidad Torcuato Di Tella, Universidade Argentina da Empresa Universidade Candido Mendes, Universidade Católica de Petrópolis, Universidade de Bayreuth, Universidade de Belgrano, Esade e Universidad Pontificia Comillas ICAI-ICADE 2 CEOs 1 CEO LISTA DAS UNIVERSIDADES QUE FORMARAM UM OU DOIS DOS CEOs DE NOSSA SELEÇÃO PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs20 Graduação 9 universidade se destacaram por formarem pelo menos 3 CEOs FAAP Insper ITA UFMG FGV UFRJ Unicamp PUC-Rio USP A divisão entre faculdades públicas e privadas é bem equilibrada, com cinco faculdades públicas e quatro privadas. Dentre elas, a USP se destaca sendo a faculdade que mais formou os CEOs da lista, com mais do que o dobro do segundo colocado, a PUC-Rio. 3 CEOs 4 CEOs 5 CEOs 6 CEOs 13 CEOs Engenharia Administração de Empresas Ciência da computação Economia Direito Finanças Negócios Outros 30,77% 17,58% 12,09% 10,99% 7,69% 2,2% 2,2% 16,48% PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs21 Graduação Dentre os cursos realizados, há o destaque para os de engenharia, que acabam englobando diferentes vertentes da área. Contudo, os cursos de Engenharia de Produção, Engenharia Industrial e Engenharia Mecânica foram os mais citados. Em seguida, os cursos de Administração e Ciência da Computação formam o Top 3 da trajetória universitária dos CEOs. CURIOSIDADES Dos 100, quatro CEOs fizeram duas graduações: Gabriel Benarros (Ingresse) se formou em Stanford, graduando-se em dois cursos: economia e psicologia; Fábio Rodas (Shopper) fez primeiro economia e depois filosofia; Fabiano Cruz (Zoop) fez ciências da computação e sistema da informação; e por fim, Renato Andrade (Merama) fez administração de empresas e direito. Engenharia de Produção Engenharias Graduados 5 Engenharia Industrial 5 Engenharia Mecânica 4 Sim Não 55,43% 44,57% Administração Economia Tecnologia Engenharia Direito Física Recursos Humanos 68,2% 9,1% 7,6% 6,1% 4,5% 3% 1,5% PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs22 Pós-graduação Além da graduação, mais da metade dos CEOs analisados (55%) fizeram pós-graduações. Dentre os cursos mais procurados, Administração está como o Top 1 buscado pelos CEOs: 68% deles buscaram esse conhecimento em algum ponto de sua trajetória. Além disso, os cursos de Economia, Tecnologia e Engenharia aparecem com certa relevância, apesar de serem bem menos cotados do que o curso de Administração. Tais pós-graduações seguem, de forma geral, os cursos de graduação dos selecionados, considerando a pós em Administração como um outlier com maior procura. Dentre as instituições, duas se destacam: Harvard Business School e a FGV, que possuem, cada uma, 11 cursos de pós-graduação dos CEOs. FIZERAM PÓS? Sim Não 38% 62% Liderança Inovação Gestão Empreendedorismo Finanças Growth Estratégia Marketing Tecnologia Produto 25,6% 21,8% 15,4% 12,8% 11,5% 3,8% 2,6% 2,6% 2,6% 1,3% PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs23 Cursos executivos Outro destaque em relação à trajetória educacional desses líderes está relacionado com a participação em cursos executivos. Tais cursos variam de duração entre semanas, meses, ou até um ano completo. Dentre os chefes executivosparticipantes da pesquisa, 38% fizeram algum curso executivo. Com relação aos temas mais buscados, Liderança, Inovação e Gestão estão entre os principais tópicos, seguidos de cursos de Empreendedorismo e Finanças, além de outros com menos representatividade. Diferente da pós-graduação, na qual existia um equilíbrio entre instituições brasileiras e estrangeiras, aqui vemos a predominância de cursos realizados no exterior, com destaque para Stanford e Harvard, com 20 e 12 especializações, respectivamente. FIZERAM CURSO EXECUTIVO? CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs24 Do ponto de vista de pessoas, o que de mais valioso você aprendeu nesses meses de pandemia? CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs25 MARIANA DIAS CEO E CO-FUNDADORA DA GUPY O aprendizado mais valioso da pandemia para mim é que as pessoas são o que as empresas têm de mais valioso, ou como dizemos aqui na Gupy: gente vem primeiro. Sem elas, nenhum negócio vai pra frente. Seja gente que cuida de gente! ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE Na Alice estamos em uma posição privilegiada, pois com o trabalho remoto vimos as pessoas podendo curtir a família sem perder a chance de trabalhar na empresa. Um de nossos valores é priorizar saúde e felicidade dos funcionários e esse modo de trabalho ajuda a gente a viver essa virtude no dia a dia. PRISCILA SIQUEIRA LÍDER DO GYMPASS NO BRASIL Aprendemos a ser mais empáticos e atentos às situações cotidianas e de que não éramos anteriormente. Entender o indivíduo de forma integral, corpo, mente e espírito, além disso, o entorno como a família também passou a fazer parte, uma vez que entramos na casa das pessoas. Em resumo, a pandemia nos evidenciou a importância de cuidar do bem-estar das pessoas. TALITA LACERDA CEO DA PETLOVE&CO Na minha opinião, aprendemos como a vida é efêmera e frágil. Para mim, ficou a lição de valorizar e agradecer por cada dia vivido, cada momento passado com aqueles que amamos. A aproximação das esferas pessoal e profissional durante este período também ganhou muita ênfase e aumentou a importância de fazer parte de um projeto profissional com muito significado e potencial de impacto – a Petlove é um presente neste sentido. LUIS SILVA FUNDADOR E CEO DA CLOUDWALK Resiliência e esperança. As pessoas, mesmo com a pandemia causando milhares de mortes, não desistiram de seguir em frente e ter esperança que a vacina iria ser criada, vidas seriam salvas e a situação iria melhorar. FEDERICO VEGA CEO E FUNDADOR DO FRETE.COM As pessoas boas não precisam de micro management. Quando a empresa consegue comunicar claramente os desafios a serem atingidos, as ferramentas e os incentivos necessários para trabalhar, as pessoas boas conseguem se desempenhar bem, seja trabalhando no escritório ou de forma remota. RENATO VELLOSO CEO DO DR.CONSULTA A pandemia foi um período difícil para o Dr Consulta, pois nossa demanda caiu 65% e obviamente que as empresas tiveram que se reorganizar. Com e a mudança de vida da noite para o dia, foi exigida a resiliência da forma de trabalhar, de remanejar o time, de lidar com as demissões, e graças a essa resiliência, agilidade e inovação, conseguimos passar pelo período e nos recuperar dele logo em seguida. Financeiro T.I Consultoria Varejo Educação Cargo Público Travel Gestão Saúde Indústria Mobilidade DIreito RH Marketing SupplyChain Aceleradora Real Estate Logística 35,4% 12,1% 10,1% 10,1% 6,1% 3% 3% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 1% 1% 1% 1% 1% PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs26 Trajetória profissional Tendo em vista que grande parte dos CEOs analisados lideram fintechs, é esperado que ao decorrer de suas carreiras, o setor mais recorrente seja o financeiro. Enquanto isso, áreas de T.I, como desenvolvimento de Software e P&D também se repetem com certa frequência. Acredita-se que isso se deva ao background tecnológico que áreas mais relacionadas a esta possam proporcionar para o gerenciamento de startups. Outro destaque vai para Consultorias, que frequentemente surgem quando analisados os primeiros cargos exercidos pelos CEOs em suas carreiras. Áreas relacionadas a consultoria normalmente promovem uma visão mais ampla e analítica do mercado (além de valiosos contatos que podem ser úteis futuramente). SETORES NOS QUAIS OS CEOs POSSUEM MAIS EXPERIÊNCIA PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs27 Quais as principais características e habilidades que uma liderança que atua com inovação deve ter? PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs28 MARIANA DIAS CEO E CO-FUNDADORA DA GUPY Acredito que as duas principais habilidades são empatia e a capacidade de ouvir o outro e entender as suas dores. A maioria das inovações nascem de problemas que precisamos solucionar, mas os problemas não tem o mesmo peso para todo mundo. Cada ponto de vista é a vista de um ponto, por isso é importante ter empatia para compreender como as pessoas se sentem, e realmente ouvir o que elas têm a dizer. Somado a isso, outra característica de uma boa liderança que atua com inovação é montar um time diverso, e se cercar de pessoas diferentes dela: não é possível inovar constantemente se você vive cercado de pessoas que pensam igual. ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE Uma das coisas que buscamos fazer na Alice é se desprender do que você mesmo já construiu.O problema de inovar é que as pessoas se apaixonam pelas coisas após construí-las e não querem mais largar. Então precisa ter um desprendimento do que você já construiu. O segundo ponto é um foco muito forte na missão, fazer as pessoas entenderem o porquê elas estão trabalhando. O terceiro é ter uma visão focada nas pessoas, porque no fim do dia, são elas que fazem tudo. PRISCILA SIQUEIRA LÍDER DO GYMPASS NO BRASIL Tem que ter a capacidade de entender a "big picture" antes mesmo de saber como chegar lá. Por outro lado, também é necessário saber quando investir e quando desistir, sem ter "apego" aos projetos. TALITA LACERDA CEO DA PETLOVE&CO Acredito que a principal habilidade esteja em conseguir trazer à tona a potência de cada pessoa. Inovação é o resultado de uma preocupação genuína com o “cliente” e do foco em resolver um problema de uma forma efetiva. Estruturar processos que viabilizem isso é um primeiro passo, mas o que faz a diferença é a cultura e a autonomia que os times têm para aprender, errar e encontrar soluções. O papel do líder é destravar os “nós” para que isso aconteça de forma fluida e escalável. LUIS SILVA FUNDADOR E CEO DA CLOUDWALK Espírito de dono. As pessoas seguem exemplos. Se você é um líder que dá espaço para experimentação e iterações rápidas, além de demonstrar responsabilidade sobre os resultados, seu time te seguirá. Caso contrário, não. FEDERICO VEGA CEO E FUNDADOR DO FRETE.COM Acredito que sejam três características principais. Inconformismo: uma empresa inovadora precisa estar o tempo todo se reinventando e procurando novos e melhores jeitos de fazer as coisas. Quando a empresa acredita que tem um modelo de negócios que é ótimo, e fica com medo de mudar ele, deixa de inovar e de valorizar a cultura de tomada de riscos. Ser transparente: funcionários, investidores, fornecedores e clientes de uma empresa gostam de se associar com quem podem confiar e quem compartilha os mesmos valores. Pessoas pouco transparentes e confiáveis raramente conseguem criar um negócio sólido, com equipes realmente boas e sócios e clientes engajados. Formar equipes de pessoas boas e alinhadas culturalmente: o maior desafio da liderança é recrutar a equipe, estabelecer uma visão comum para o time atingir e cuidar da cultura certa (inconformismo, toma riscos, transparência e respeito). Cabe destacar que, para formar uma boa equipe, recrutar as pessoas certas é tão importante quanto desligar pessoas erradas para a cultura da empresa. RENATO VELLOSO CEO DO DR.CONSULTA Para ser um bomCEO e um líder em uma companhia, é preciso criar a cultura da companhia, difundi-la e desenvolver liderança. É muito importante também ter um propósito, identificar um problema da sociedade e ver como sua solução pode resolvê-lo. Também precisa ser muito resiliente, porque sempre haverá problemas, sejam crises do país, da economia, falta de investimentos, etc. E como mitigar esses problemas? Tendo um bom planejamento. Sem Experiência Possui Experiência 49,5% 50,5% Mesmo Setor Outro Setor 51,5% 48,5% PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs29 Trajetória profissional Apesar de quase 50% dos CEOs não possuírem experiência prévia em startups, grande parte deles decidiram empreender logo após perceberem problemas a serem solucionados em seus respectivos setores mais tradicionais. Isso lhes garante vantagens quanto a percepção do estado atual do mercado em que estão empreendendo. Dos CEOs que vieram de outros setores, acreditamos que estes tenham se destacado por suas habilidades de gestão e extensa experiência, principalmente quando levamos em consideração cargos C-level. CEOs CUJA STARTUP OPERA NO MESMO SETOR QUE A MAIOR PARTE DA CARREIRA EXPERIÊNCIA PRÉVIA EM STARTUPS McKinsey Boston Consulting Group Goldman Sachs BTG XP Investimentos JPMorgan Mercado Livre Microsoft Itaú Ibi 6 3 3 2 2 2 2 2 2 2 PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs30 Trajetória profissional Nessa lista estão as empresas com maior número de aparições ao decorrer das experiências de cada CEO. Vale ressaltar que há o filtro de apenas experiências com mais de um ano. Como descrito anteriormente, consultorias aparecem com certa frequência na carreira desses CEOs. McKinsey em especial, sendo uma consultoria de prestígio global, ganhou destaque por ser a mais presente, seguida por Boston Consulting Group. Também existe uma recorrência alta de bancos nacionais e internacionais. Goldman Sachs e J.P. Morgan marcaram como bancos internacionais mais presentes. Quanto aos nacionais, BTG, XP e Itaú também mantiveram um grau de constância. EMPRESAS MAIS RECORRENTES NO HISTÓRICO Menos experiência Média Mais experiência4 Anos 18 Anos 49 Anos PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs31 Anos de experiência Ao decorrer da pesquisa descobrimos que os anos de experiência dos CEOs variam bastante. Enquanto o CEO mais novo detinha cerca de 4 anos de experiência, o mais velho possui uma bagagem de 49 anos. CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs32 Quais as suas maiores dificuldades hoje como gestor? CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs33 MARIANA DIAS CEO E CO-FUNDADORA DA GUPY Um dos maiores desafios da Gupy hoje é continuar crescendo em ritmo acelerado sem descuidar da nossa cultura (inclusive, estamos evoluindo a cultura à medida que o time cresce), principalmente porque ela abarca dois pilares muito importantes na vida da empresa: diversidade e saúde mental. Isso reflete muito uma das minhas maiores dificuldades como gestora: garantir que a empresa continue dobrando de tamanho todos os anos sem nos descuidarmos das pessoas que fazem parte do time. ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE As minhas dificuldades como gestor são de tratos pessoais, pois trabalho com pessoas que admiro muito e tenho dificuldade de passar feedback negativo para elas. Então desenvolvemos uma metodologia de ser honesto com empatia nas nossas falas . Outro desafio é sempre garantir que o time está aumentando a performance como um todo, e saber qual o momento de trazer pessoas novas para o time. E também atrair as pessoas corretas, pois na Alice buscamos pessoas apaixonadas por uma missão. PRISCILA SIQUEIRA LÍDER DO GYMPASS NO BRASIL Sempre vamos ter o desafio de crescer de forma acelerada, agregar o máximo de valor para o cliente e nos proteger de novos entrantes. Hoje nosso desafio é comunicar o mercado sobre o Gympass não ser mais um benefício de atividade física e sim uma solução/plataforma de bem-estar. Mesmo internamente o processo de educar o time sobre as novas soluções não é trivial. TALITA LACERDA CEO DA PETLOVE&CO Nossa empresa é um ecossistema de empreendedores e negócios que servem ao mesmo propósito: democratizar e simplificar o cuidado com o pet. Nesse contexto, realizamos algumas aquisições recentes e um dos grandes desafios que temos é a integração desses novos negócios, não apenas do ponto de vista de tecnologia, mas também de pessoas e cultura. Do ponto de vista de gestão, o principal desafio é sobre alocar as pessoas certas nos desafios certos, especialmente em um contexto de rápido crescimento e mudança de contexto. LUIS SILVA FUNDADOR E CEO DA CLOUDWALK A maior dificuldade da companhia é contratar gente boa. Existe muita gente boa no currículo, mas que na prática é muito ruim. O sistema educacional faz uma lavagem cerebral nas pessoas e é muito difícil recuperar a criatividade na resolução de problemas. Minha maior dificuldade é estabelecer o ritmo de inovação e velocidade para a companhia inteira. É um trabalho sem fim, mas que dá bons resultados ao longo do tempo. FEDERICO VEGA CEO E FUNDADOR DO FRETE.COM O cenário macroeconômico demanda muita responsabilidade e resiliência, por isso nosso maior desafio é manter os times focados em continuar entregando valor para os clientes e investidores, com consistência e coerência nos investimentos. RENATO VELLOSO CEO DO DR.CONSULTA Todo bom gestor tem que investir uma parte de seu tempo na seleção de pessoas, para trazer os profissionais certos. Esse é um desafio de todo gestor: montar um time que seja inovador e fazer as pessoas entenderem sua cultura e seu propósito. PARTE I DISTRITO 100 SUPER CEOs34 CEOs influentes CEOs de startups B2C, voltadas para o público final e de soluções de RH são os mais influentes no Linkedin. TOP 5 CEOS INFLUENTES NO LINKEDIN EMPRESA NÚMERO DE SEGUIDORES Florian Hagenbuch Loft 73.337 Mônica Hauck Sólides 41.399 Mariana Ramos Dias Gupy 39.378 Sergio Furio Creditas 34.951 Gabriel Braga Quinto Andar 34.036 PARTE II DISTRITO 100 SUPER CEOs35 Lições de inovação com os CEOs PARTE II DISTRITO 100 SUPER CEOs36 Deste ponto em diante, as perguntas das entrevistas foram voltadas para tirar insights sobre as principais dores e desafios de liderar em meio à inovação. A atuação de um líder de uma grande startup pode trazer aprendizados para toda e qualquer empresa que queira inovar. Além disso, algumas das dores de quem busca a transformação de seus negócios são comuns ao mercado: o desafio de manter o crescimento acelerado, implementar uma cultura inovadora, além de barreiras tecnológicas e burocráticas, impedem os gestores de alcançar o tão desejado cenário inovador. Nesta seção, buscamos trazer reflexões e diferentes pontos de vistas sobre tais questões a ponto de inspirar e trazer respostas sobre algumas das dúvidas e aflições dos interessados no tema. PARTE II DISTRITO 100 SUPER CEOs37 Quais os principais desafios de atuar com inovação? PARTE II DISTRITO 100 SUPER CEOs38 MARIANA DIAS CEO E CO-FUNDADORA DA GUPY O maior desafio de atuar com inovação é precisar se reinventar frequentemente. Cada vez que encaramos um projeto novo na Gupy, ou uma nova meta, sempre buscamos um resultado melhor e maior do que os últimos que obtivemos, por isso eu preciso me reinventar e adaptar a minha rotina para crescer junto com a Gupy e dar conta dos desafios cada vez maiores (e incríveis) que estamos enfrentando. ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE Os desafios mudam de acordo com a fase. Já teve o desafio de conseguir capital, por exemplo.O desafio principal hoje é mão de obra, pois existe uma guerra por conseguir desenvolvedores de software, e é um conflito global porque eles podem oferecer serviço de qualquer lugar do mundo. MARIANA DIAS CEO E CO-FUNDADORA DA GUPY O maior desafio de atuar com inovação é precisar se reinventar frequentemente. Cada vez que encaramosum projeto novo na Gupy, ou uma nova meta, sempre buscamos um resultado melhor e maior do que os últimos que obtivemos, por isso eu preciso me reinventar e adaptar a minha rotina para crescer junto com a Gupy e dar conta dos desafios cada vez maiores (e incríveis) que estamos enfrentando. ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE Os desafios mudam de acordo com a fase. Já teve o desafio de conseguir capital, por exemplo.O desafio principal hoje é mão de obra, pois existe uma guerra por conseguir desenvolvedores de software, e é um conflito global porque eles podem oferecer serviço de qualquer lugar do mundo. PRISCILA SIQUEIRA LÍDER DO GYMPASS NO BRASIL Os principais desafios com a inovação é executar o curto prazo, mas não deixar de priorizar o longo prazo. E quando falamos de priorizar significa investir tempo em ideias e tendências, mesmo sem ter uma real certeza que a execução vai funcionar. Aqui no Gympass temos uma área de New Ventures que está sempre olhando para o futuro e como podemos criar outras soluções e produtos complementares, por exemplo. TALITA LACERDA CEO DA PETLOVE&CO Na Petlove temos o privilégio de ter a inovação como um pilar da nossa cultura. É um dos nossos valores e está presente no nosso dia a dia. Colocamos o pet e suas dores no centro de tudo que fazemos e temos times dedicados a diferentes dores. Cada time, dentro de seu escopo, busca constantemente formas de trazer mais saúde e bem- estar para o pet e de encantar e surpreender o tutor. A inovação é uma consequência dessa busca. LUIS SILVA FUNDADOR E CEO DA CLOUDWALK As pessoas não são treinadas para inovação. O sistema educacional prepara elas para obedecer comandos e decorar coisas. Fazer as pessoas pensar fora da caixa e experimentar em um ritmo acelerado é um desafio. FEDERICO VEGA CEO E FUNDADOR DO FRETE.COM No mundo de startups de tecnologia, onde as empresas precisam crescer com ritmo acelerado, é raro que exista uma bala de prata ou a ideia do bilhão. Para permitir um crescimento contínuo e acelerado ao longo do tempo, as startups precisam se reinventar constantemente, mudando seus modelos de negócios. Este desafio de se reinventar com muita velocidade o tempo todo requer a habilidade de fracassar constantemente testando projetos, que na maioria dos casos não dão certo. Isso pode ser muito frustrante para as equipes que não estejam prontas, assim como para empresas com culturas que penalizam o fracasso ou a tomada de riscos. RENATO VELLOSO CEO DO DR.CONSULTA Precisamos ter boas pessoas e elas precisam ter a habilidade de inovar, pois não são todos que possuem essa skill. CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs39 Como lidar com as dores de crescimento de ser uma startup que cresce em um ritmo acelerado? CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs40 MARIANA DIAS CEO E CO-FUNDADORA DA GUPY É importante aceitar que as dores do crescimento sempre vão existir, e que muitas coisas que você valoriza hoje, como por exemplo, determinadas características da cultura ou rituais do time, irão mudar. E está tudo bem. O mais importante é ser protagonista desta mudança junto com o time, não deixar de ouvir as pessoas neste processo, e principalmente: não deixar essas mudanças acontecerem simplesmente como uma consequência. As transformações fazem parte do crescimento da startup, mas é essencial refletir sobre elas, para qual caminho elas estão nos levando e se esse é realmente o rumo que precisamos percorrer para chegar onde precisamos, do contrário, será necessário mudar a rota. ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE Tento trazer um foco muito grande na gestão de pessoas, e fazer gestão de pessoas não dá trabalho, mas é o trabalho. Minha função enquanto CEO e gestor é servir os outros. Muitos focam nos processos e esquecem que para lidar com dores, precisam lidar com a função de gerir pessoas. PRISCILA SIQUEIRA LÍDER DO GYMPASS NO BRASIL Acho que a melhor forma é tornar tudo isso um aprendizado. TALITA LACERDA CEO DA PETLOVE&CO Primeiramente, com humildade para reconhecer o que não sabemos e ter consciência dos nossos gaps. A partir disso, muita flexibilidade e adaptabilidade para aprendermos rápido. Buscamos aprender através de benchmarks e trocas com outras empresas e empreendedores, desenvolvendo competências internas ou ainda trazendo pessoas para o time que nos ensinem novas competências. LUIS SILVA FUNDADOR E CEO DA CLOUDWALK Treinando e tendo mentores experientes. Dores são normais em qualquer esporte de alto rendimento. Empreender é um esporte de alto rendimento e no Brasil é mais difícil ainda. Conforme o tempo vai passando e você vai aprendendo lições de outros empreendedores que já passaram por situações parecidas, a jornada fica sustentável. Existe uma dinastia de empreendedores de pagamento do Brasil que está mudando o mundo para melhor e muitos conhecimentos são compartilhados. FEDERICO VEGA CEO E FUNDADOR DO FRETE.COM Quando se cresce muito rápido, o maior desafio da empresa é manter a cultura certa para continuar inovando (inconformismo, tomada de risco, e transparência). Na medida que aumenta a quantidade de pessoas contratadas, é preciso aumentar o investimento e foco na cultura, pois as novas pessoas chegam com histórias e culturas diferentes, e consquentemente precisam ser treinadas para entender a cultura da empresa. O melhor conselho que recebi e funcionou neste aspecto é que, no processo de contratação, nunca se deve contratar um executivo apenas porque é bom. Na Frete.com vetamos muitas contratações de executivos excelentes tecnicamente, mas com culturas diferentes da nossa. Ao mesmo tempo, quando um executivo tem deficiências técnicas, sempre é recomendado tentar treinar a pessoa antes de desligar. No entanto, quando o executivo tem deficiências culturais, precisa ser desligado, mesmo que seja excelente tecnicamente, porque essa fraqueza vai estar muito enraizada na pessoa. RENATO VELLOSO CEO DO DR.CONSULTA O principal é se voltar para o planejamento. Quando você começa a crescer muito rápido, tem o risco de sair do trilho e dar atenção ao que não é seu objetivo. Então é preciso ter o cuidado de não desviar do rumo que você traçou: não pode perder o problema que você está resolvendo para que assim, tome sua melhor escolha. CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs41 Como continuar a fazer a empresa crescer, mesmo depois de passar da fase de crescimento acelerado? CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs42 MARIANA DIAS CEO E CO-FUNDADORA DA GUPY Dobrar uma scale-up é muito mais difícil e complexo do que dobrar uma startup em estágio inicial. Na Gupy, nós prezamos por 2 pontos principais: ter bons economics (ou seja, ter um bom desempenho e saúde financeira) e tomar decisões com base em dados (data-driven), sejam dados internos ou de mercado. Estes pontos têm nos ajudado a manter a sustentabilidade financeira da empresa, o que nos permite inovar e testar coisas novas, e também nos ajudam a definir os próximos passos e acompanhar o desempenho do time no caminho. ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE A Alice ainda não chegou nesta fase, estamos no começo do jogo. Quando isso acontecer iremos continuar com nossa visão, que é lançar produtos e serviços cada vez mais acessíveis. Queremos atingir todo o Brasil, esse é o sonho. LUIS SILVA FUNDADOR E CEO DA CLOUDWALK Sempre pensando na próxima coisa que sua companhia vai fazer para resolver um grande problema que seus clientes enfrentam. Os clientes pagam muito bem quando você resolve um problema que gera muita dor para eles, e então você cresce rápido. FEDERICO VEGA CEO E FUNDADOR DO FRETE.COM A empresa precisa ter uma cultura que permite e recompensa a tomada de risco controlada e o fracasso. Quando os executivos perdem o medo do fracasso, e entendem que faz parte da inovação, eles começam a trabalhar e implementar novosprojetos para "reinventar a roda" e, com isso, melhorar o modelo de negócios da empresa, mesmo sabendo que 99% destes projetos vão fracassar e muitas horas de trabalho serão jogadas fora. O mais importante é a equipe entender que se 1% dos projetos implementados derem certo, justifica todo o trabalho jogado fora em 99% dos casos. PRISCILA SIQUEIRA LÍDER DO GYMPASS NO BRASIL Aqui entra o tema de inovação. Se não expandirmos nossa oferta de produto ou serviço, será difícil fazer a empresa crescer em patamares esperados. TALITA LACERDA CEO DA PETLOVE&CO Para mim, essa pergunta está relacionada à primeira, sobre inovação: o inconformismo com o status quo e a busca constante por novas formas de fazer melhor o que já fazemos são as principais alavancas para conseguirmos continuar crescendo. No caso da Petlove, isso passa por conquistar cada vez mais eficiência nos investimentos em marketing de performance, ao mesmo tempo em que testamos e descobrimos novos canais. O canal de aquisição de novos clientes a partir de prescrições digitais, por exemplo, surgiu neste contexto. Estar aberto para o desconhecido e tolerar erros é fundamental neste processo. RENATO VELLOSO CEO DO DR.CONSULTA O empreendedor tem que entender qual a curva de flexão do seu crescimento (quando começa acontecer as grandes escalas). A partir daí, precisa estar atento ao que muda dentro da companhia: se tem que mudar o estilo da pessoa que está contratando, por exemplo. CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs43 Quais as principais diferenças entre ser empreendedor e ser gestor? CEO RESPONDE DISTRITO 100 SUPER CEOs44 ANDRÉ FLORENCE CEO E CO-FUNDADOR DA ALICE Eu sou o fundador e estou CEO. O CEO é uma função executiva, tenho meus deveres, tenho que traçar diretrizes estratégicas, ajudar a pensar compensação, ajudar na performance. Ser fundador é ser dono, qualquer pessoa pode ser dono se importando com a missão. Eu fomento que todos pensem como sócio, com esse sentimento de dono. PRISCILA SIQUEIRA LÍDER DO GYMPASS NO BRASIL Eu nunca fui empreendedora, sempre gestora, mas eu acredito muito no intraempreendedorismo, pois todo o gestor para evoluir tem que pensar em inovação, expansão e ter um mindset de dono. FEDERICO VEGA CEO E FUNDADOR DO FRETE.COM Comumente se fala que os empreendedores são parabenizados em público pelo que sofrem em privado. Esse "sofrimento" que ninguém vê é onde estão as principais diferenças entre um gestor de empresa consolidada, com lucro líquido positivo, e um empreendedor. As startups, desenhadas para atingir um alto impacto, operam com perdas financeiras gigantescas durante a fase de crescimento. Como resultado, os líderes destas organizações precisam estar confortáveis em conviver com a tomada de risco financeiro agressivo por um período de tempo prolongado. Igualmente os empreendedores precisam estar confortáveis com o fracasso a nível público e com a rejeição e críticas a nível pessoal e profissional, pois inovar envolve fracassar constantemente, até encontrar modelos de negócios escaláveis antes do negócio ficar sem dinheiro. Executivos que são perfeccionistas, detalhistas, ou não conseguem lidar muito bem com a rejeição e fracasso, podem ser bons gestores, mas definitivamente não fazem bons empreendedores. TALITA LACERDA CEO DA PETLOVE&CO Como empreendedora, a preocupação maior é sobre como vamos resolver a dor do tutor e do pet, e como podemos resolver essa dor de uma forma única e não facilmente replicável. Já enquanto gestora, minha principal preocupação é sobre alocar as pessoas certas nos desafios certos e criar condições para que elas estejam na sua potência. LUIS SILVA FUNDADOR E CEO DA CLOUDWALK Nenhuma. Ambos têm que ser donos do negócio, e quem não tem espírito de dono raramente fica na nossa companhia. Dono faz qualquer papel. Executivos e gestores geralmente estão pensando no próximo passo da carreira deles. Na CloudWalk o time está pensando no próximo problema que vamos resolver para os milhares de clientes que temos, e como vamos nos mover e evoluir mais rápido. RENATO VELLOSO CEO DO DR.CONSULTA O Empreendedor é aquela pessoa que tem um sonho grande, identifica um problema, uma dor na sociedade e quer ajudar muitas pessoas colocando este projeto em prática. Naturalmente ele tem um propósito e se guia por ele e muitas vezes ele é o próprio fundador desta empresa também. Já o gestor é aquele que ajuda o empreendedor a executar este sonho grande. Ele tem facilidade com processos e muitas vezes experiência do que deve ser feito para alcançar o objeto final. Mas há também um segundo tipo de empreendedor. Além do empreendedor que tem o sonho, que tem o propósito, há também o intraempreendedor, que são pessoas que se juntam ao projeto, ajudam a trazer inovações e contribuem para transformar o sonho grande em realidade. Uma característica que diferencia o grande empreendedor é a facilidade de trazer pessoas com diversidade de competências e idéias e constrói o melhor time com todas essas cabeças alinhadas ao propósito. PARTE II DISTRITO 100 SUPER CEOs45 Ao longo deste material, podemos averiguar alguns fatores predominantes nas trajetórias dos CEOs das 100 startups selecionadas para esta pesquisa. Enxergamos no levantamento de tais informações, uma possibilidade de mapear possíveis caminhos para quem deseja trilhar a jornada de liderança em inovação. Por isso, gostaríamos de reafirmar alguns dos pontos vistos durante este percurso, como a de que o setor financeiro e de TI, por exemplo, são as áreas de maior origem destes líderes, devido sobretudo ao desafio de lidar com os investimentos e ao background tecnológico necessário para colocar de pé e acelerar uma startup. Também é visível que, para alcançarem o cargo de CEOs, os líderes passaram por cursos acadêmicos, com foco nos segmentos de administração, engenharia e cursos relacionados a gestão e resolução de problemas. Além da graduação, a maioria continuou a se capacitar ao longo da vida, seja através de pós-graduações ou cursos executivos no exterior, sempre com o propósito de elevar seus conhecimentos nas áreas de gestão e liderança, soft skills essenciais para a boa condução dos cargos de liderança das empresas. Outro ponto comum a estes profissionais é que grande parte empreendeu em algum momento da vida, o que lhes garantiu uma visão ampliada do setor onde atuam. Ao olharmos para a as idades dos CEOs analisados neste material, podemos entender que para assumir essa posição a idade não é um critério, pois elas variam de 20 até 60+. Portanto, a experiência, qualificações e skills acabam tendo um peso maior na hora de ocupar esse cargo. Já quanto à diversidade, percebemos que este é o maior gap do setor: 90% dos profissionais constituídos apenas pelo gênero masculino. Apesar disso, vimos em nossa pesquisa qualitativa que o número de mulheres no cargo vem aumentando ao longo dos anos, trazendo a esperança de que o cenário mude futuramente e reforçando a necessidade de ações que promovam esta diversidade. Esperamos que as palavras e trajetórias destes líderes te leve cada vez mais longe na trilha da inovação! Conclusão QUEM SOMOS DISTRITO 100 SUPER CEOs46 Autores Bárbara Fortes, Leonardo Mori, Matheus Cordeiro e Natália Figueiredo Revisão Natália Figueiredo e Bárbara Fortes Planejamento Amarilis Virgínia Ferreira e Eduardo Bayer Projeto Gráfico Kauan Machado Design Fernanda Moraes Visualização de dados Carolina Menezes EQUIPE TÉCNICA O Distrito é uma plataforma de inovação que exponencializa resultados de negócios por meio de novas tecnologias. Capacitamos executivos para a nova economia, conectamos eles às novas soluções resolvendo desafios concretos das empresas. Em 5 anos, construímos um avançado sistema de inteligência e banco de dados mapeando a performance de cerca de 36 mil startups, produzindo umconhecimento único sobre o impacto das tecnologias e novos modelos de negócio. Hoje, nossa plataforma SaaS atende mais de 60 corporações clientes e 800 startups residentes. Saiba mais em distrito.me Você encontrou as informações que precisava? Não foi útilÚtilMuito útil https://br.linkedin.com/company/distrito.me https://www.instagram.com/distrito.me/ http://distrito.me http://www.distrito.me https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeGbe-U02OdiU7Dyvv_mrZgPdoUFJAmWSMFrI68OAY-XSb27A/viewform?pli=1 https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeGbe-U02OdiU7Dyvv_mrZgPdoUFJAmWSMFrI68OAY-XSb27A/viewform?pli=1 https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeGbe-U02OdiU7Dyvv_mrZgPdoUFJAmWSMFrI68OAY-XSb27A/viewform?pli=1
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