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TRATAMENTO DA HAS

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TRATAMENTO DA HAS 
- Graus de recomendação e níveis de evidência
- Classe III: procedimento contraindicado 
- Equipe multiprofissional 
- Importância: cuidados tomados por equipes e decisões tomadas de forma compartilhada 
estão associados à redução de custos e a melhores resultados no tratamento da HA.
- Formação da equipe: médico, enfermeiro, nutricionista, profissional de educação física/
fisioterapeuta, psicólogo, farmacêutico.
- Ações: cada profissional tem seu papel específico, sendo possível a sobreposição de 
ações em alguns cenários.
- Mensagens principais:
- Paciente controlado: consulta apenas 2x ao ano; paciente descompensado: consulta 
quantas vezes for necessário 
- Há sobreposição de tarefas
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO 
- Medidas: tabagismo; padrão alimentar; sódio na dieta; potássio; laticínios; chocolate; café e 
produtos com cafeína; vitamina D; suplementos e substituto; perda de peso; álcool; exercício 
físico; respiração lenta; controle de estresse; espiritualidade e religiosidade 
- Medicamentos mais utilizados para auxiliar o indivíduo a parar de fumar: ansiolíticos (ex 
bupropiona) e adesivo de nicotina.
- Pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana
- Atividade moderada: pelo menos a 60-70% da FC máxima. 
- Macete: FC máxima -> 220 - idade
- Exercício aeróbico auxilia muito na redução da PA e perda de peso
- Ideal: IMC < 25 e circunferência da cintura < 90 cm em homens e 80 cm em mulheres
- IMC > 25 aumenta em 31% o risco de morte prematura e 49% de risco cardiovascular 
- FC treino: (FC máxima - FC repouso) x % (porcentagem que quer atingir) + FC repouso 
- FC deve ser adaptada ao tipo de esporte
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
- Objetivos:
- Objetivo principal: proteção cardiovascular (CV).
- Redução da pressão arterial: reduções de 10 mmHg de PAS e 5 mmHg de PAD com fár-
macos se acompanham de diminuição significativa do risco de desfechos maiores:
- 37% AVE; 22% DAC; 46% IC; 20% mortalidade CV; 12% mortalidade total
- Metas terapêuticas:
- Meta deve ser definida individualmente, consi-
derando idade, presença de DCV e de fatores 
de risco (FR).
- De forma geral: reduzir a PA visando alcançar 
valores menores que 140/90 mmHg e não infe-
riores a 120/70 mmHg.
- Em Indivíduos mais jovens e sem fator de risco, 
pode-se tentar valores inferiores a 130/80 
mmHg.
- Observação: diabético -> risco alto
- Principais drogas utilizadas: 
- Pode ser realizada a monoterapia ou combinação de fármacos. Para a maioria dos hiper-
tensos a combinação será a estratégia preferencial 
- Classes de anti-hipertensivos mais usados em monoterapia
- Diuréticos tiazídicos ou similares
- Bloqueadores de canais de cálcio (BCC)
- Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA)
- Bloqueadores de receptores de angiotensina II (BRA)
- Atenção: beta-bloqueadores, vasodilatadores diretos e os de atuação central com 
indicações especificas para alguns casos 
- Efeitos adversos:
- IECA: tosse seca
- BCC: edema de tornozelo
- Tiazídicos: hiperuricemia. Atenção em pacientes com gota.
- Diurético de alça: cãibra por depleção de potássio.
- Observações: 
- Não utilizar IECA e BRA (antagonistas do sistema renina-angiotensina) juntos, pois 
aumentam o potássio no sangue.
- Não utilizar atenolol em grávidas: teratogênico 
- Beta-bloqueador nao é anti-hipertensivo
- Anti-hipertensivos: IECA, BRA, diuréticos, BCC
- Combinações fixas: menos comprimidos, já que reunem em um mesmo
CRISES HIPERTENSIVAS 
- Urgências hipertensivas (UH): situações clínicas sintomáticas onde 
há elevação acentuada da PA (PAS ≥ 180 mmHg e/ou PAD ≥ 120 
mmHg), sem lesão aguda e progressiva em órgãos alvo (LOA) e 
sem risco iminente de morte.
- Não é necessário reduzir tão rapidamente a PA
- Emergências hipertensivas (EH): idem acima, com LOA aguda ou 
progressiva e risco iminente de morte.
- A EH não é definida pelo nível da PA, mas principalmente pelo 
status clínico do paciente. Pode manifestar-se como: evento 
cardiovascular, cerebrovascular, renal, envolvimento de múlti-
plos órgãos, eclampsia/pré-eclampsia.
- Necessário reduzir rapidamente a PA
- Pseudocrise hipertensiva: não há LOA ou risco de morte. Medidas 
de PA elevadas em hipertensos tratados e não controlados, ou em 
hipertensos não tratados, oligo ou assintomáticos.
- A CH responde por 0,45%-0,59% de todos os atendimentos de emergência e a EH por 25% 
de todos os casos de CH. O AVEI e o EAP são os eventos mais comuns nas EH.
SITUAÇÕES ESPECIAIS - HIPERTENSÃO ARTERIAL DURANTE A GESTAÇÃO 
- Definições:
- Eclampsia: convulsões tônico-clônicas na ausência de outras condições basais.
- Prevenção: 
- AAS em baixas doses (75 a 100 mg) ao final do 1° trimestre em gestantes com risco mo-
derado e aumentado de pré-eclâmpsia. Não recomendado em paciente com ausência de 
risco. Iniciar antes de 16 semanas.
- Suplementação de cálcio (> 1g ao dia) em gestantes com baixa ingestão de cálcio e em 
risco moderado/alto de pré-eclâmpsia.
- Fazer predição de risco no 1º trimestre, avaliando: história clínica materna e ultrassono-
grafia com Doppler das artérias uterinas (verificar se há resistência ao fluxo)
- Medicamentos:
- Urgente em caso de HA grave
- Objetivo: manter a PA entre 120-160/80-100 mmHg.
- Uso de IECA, BRA e IDR estão contraindicados pelo risco de malformação fetal.
- Medicamentos mais usados: metildopa, nifedipina de ação prolongada e betabloqueado-
res (exceto atenolol).
- EH: nifedipina (10 mg, até 3 doses) via oral ou hidralazina EV (5 mg a cada 20-30 min até 
15 mg).
- Nitroprussiato de sódio em casos resistentes
- Sulfato de magnésio para prevenção e tratamento da eclampsia.

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