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Direito Penal Em Exercícios Pedro IvoAula 02

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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
 
******************************************************* 
Olá, Pessoal! 
 
Hoje prosseguiremos com nossos exercícios e, ao final de nossa aula, você 
terá dado mais um importante passo para sua aprovação. 
Sem dúvida, em um campo tão competitivo como é o dos concursos 
públicos, a resolução de questões anteriores é um grande diferencial. 
 
Sendo assim, motive-se, para adquirir mais conhecimento! 
Bons estudos! 
******************************************************* 
EXERCÍCIOS 
 
1. (Analista Judiciário - TRE-PR / 2012) Os crimes que encerram dois 
ou mais tipos em uma única descrição legal denominam-se crimes 
 
A) de mão própria 
B) complexos. 
C) plurissubjetivos. 
D) qualificados. 
E) de ação múltipla. 
 
COMENTÁRIOS: Classifica-se o crime como complexo quando este encerra 
dois ou mais tipos em uma única descrição legal (ex.: roubo = furto + 
ameaça) ou quando, em uma figura típica, abrange um tipo simples 
acrescido de fatos ou circunstâncias que, em si, não são típicos (ex.: 
constrangimento ilegal = crime de ameaça + outro fato, que é a vítima fazer 
o que não quer ou não fazer o que deseja). 
AULA 02 - DO CRIME / CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO (PARTE 01) 
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Gabarito: B 
 
2. (Analista Judiciário - TRE-RN / 2011) Quando o agente dá início à 
execução de um delito e desiste de prosseguir em virtude da reação 
oposta pela vítima, ocorre 
 
a) arrependimento eficaz. 
b) crime consumado. 
c) fato penalmente irrelevante. 
d) desistência voluntária. 
e) crime tentado. 
 
COMENTÁRIOS: No caso em tela o agente desiste da ação por 
circunstâncias alheias a sua vontade. Assim, trata-se de crime tentado. 
 
Gabarito: E 
 
3. (Defensor - DPE-RS / 2011) Miro, em mera discussão com Geraldo 
a respeito de um terreno disputado por ambos, com a intenção de 
matá-lo, efetuou três golpes de martelo que atingiram seu desafeto. 
Imediatamente após o ocorrido, no entanto, quando encerrados os 
atos executórios do delito, Miro, ao ver Geraldo desmaiado e 
perdendo sangue, com remorso, passou a socorrer o agredido, 
levando-o ao hospital, sendo que sua postura foi fundamental para 
que a morte do ofendido fosse evitada, pois foi providenciada a 
devida transfusão de sangue. Geraldo sofreu lesões graves, uma vez 
que correu perigo de vida, segundo auto de exame de corpo de 
delito. Nesse caso, é correto afirmar: 
 
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a) Miro responderá pelo crime de lesão corporal gravíssima previsto no art. 
129, § 2o, do Código Penal, em vista da sua vontade inicial de matar a 
vítima e da quantidade de golpes, circunstâncias que afastam a validade do 
auto de exame de corpo de delito. 
b) Incidirá a figura do arrependimento eficaz e Miro responderá por lesões 
corporais graves. 
c) Incidirá a figura do arrependimento posterior, com redução de eventual 
pena aplicada. 
d) Incidirá a figura da desistência voluntária e Miro responderá por lesões 
corporais graves. 
e) Miro responderá por tentativa de homicídio simples, já que o objetivo 
inicial era a morte da vítima. 
 
COMENTÁRIOS: Questão interessante e que exige do candidato o 
conhecimento do art. 15 do CP que define, inclusive, o arrependimento 
eficaz: 
 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir 
na execução ou impede que o resultado se produza, só 
responde pelos atos já praticados. 
 
Gabarito: B 
 
4. (Juiz - TJ-SP / 2011) Antônio, durante a madrugada, subtrai, com 
o emprego de chave falsa, o automóvel de Pedro. Depois de oferecida 
a denúncia pela prática de crime de furto qualificado, mas antes do 
seu recebimento, por ato voluntário de Antônio, o automóvel furtado 
é devolvido à vítima. Nesse caso, pode-se afirmar a ocorrência de 
 
a) arrependimento posterior. 
b) desistência voluntária. 
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c) arrependimento eficaz. 
d) circunstância atenuante. 
e) causa de extinção da punibilidade. 
 
COMENTÁRIOS: Trata-se de exemplo de Arrependimento Posterior já que o 
autor, não tendo empregado violência ou grave ameaça, antes do 
recebimento da denúncia/queixa, restituiu o objeto furtado por ato 
voluntário. A pena neste caso será reduzida de 1/3 a 2/3. 
 
Gabarito: A 
 
5. (TRE-AM / 2010) Quando o agente não quer diretamente a 
realização do tipo, mas a aceita como possível, ou até provável, 
assumindo o risco da produção do resultado, há: 
 
A) preterdolo. 
B) dolo direto de segundo grau. 
C) dolo imediato. 
D) dolo mediato. 
E) dolo eventual. 
 
COMENTÁRIOS: Também denominado dolo determinado, o dolo direto 
ocorre quando o agente quer atingir um resultado específico com a conduta. 
É o caso, por exemplo, do matador profissional que, após receber uma 
determinada quantia em dinheiro, mata a vítima com um tiro certeiro. 
Diferentemente, o dolo indireto ou indeterminado é aquele que não se dirige 
a um resultado certo. Subdivide-se em DOLO ALTERNATIVO E DOLO 
EVENTUAL. 
A partir de agora redobre a sua atenção, pois estamos tratando de um ponto 
que é questão recorrente em PROVA. 
 
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DOLO ALTERNATIVO � Verifica-se quando o agente não possui previsão 
de um resultado específico, satisfazendo-se com um ou outro, 
indistintamente. 
Dá-se o dolo alternativo, por exemplo, quando a namorada ciumenta 
surpreende seu amado conversando com outra e, revoltada, joga uma 
granada no casal, querendo matá-los ou feri-los. 
Perceba que ela quer produzir um resultado e não “o” resultado. 
No exemplo acima, se o resultado for a morte, responderá a agente por 
homicídio. Mas e se o resultado for ferimentos? Responderá por lesão 
corporal ou tentativa de homicídio? 
Em caso de dolo alternativo, o agente sempre responderá pelo resultado 
mais grave, ou seja, pela tentativa de homicídio. 
 
DOLO EVENTUAL � No dolo eventual, o sujeito prevê o resultado e, 
embora não o queira propriamente atingir, pouco se importa com a sua 
ocorrência (“eu não quero, mas se acontecer, para mim tudo bem; não é por 
causa desse risco que vou parar de praticar minha conduta; não quero, mas 
também não me importo com a sua ocorrência”). 
Seria o exemplo do indivíduo que coleciona armas e, em determinado dia, 
resolve testar seu armamento. Prosseguindo no intento, aponta um fuzil na 
direção de uma estrada na qual “quase nunca passa alguém”. 
Pensa: “Aqui quase nunca passa alguém, então, se passar bem na hora que 
eu atirar, azar de quem estava no lugar errado na hora errada”. 
Perceba que o indivíduo assumiu o risco. 
Efetua o disparo e acerta uma pessoa, matando-a. 
Neste caso, responderá o indivíduo porhomicídio doloso, pois presente se 
encontra o dolo eventual. Observe o interessante julgado do STF sobre o 
tema: 
 
 
 
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Cabe o dolo eventual a todos os delitos que com ele tenham compatibilidade. 
Digo isto porque em alguns casos, como na previsão do artigo 180 do Código 
Penal, só é cabível o dolo direto, não sendo possível o eventual. Observe: 
 
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, 
em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de 
crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba 
ou oculte: (grifo nosso) 
 
A expressão “que sabe” traz a obrigatoriedade da vontade imediata de 
cometer o delito, ou seja, o dolo direto. 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: E 
HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2.9.2008. (HC-91159) 
Salientou-se que, no Direito Penal contemporâneo, além do dolo 
direto — em que o agente quer o resultado como fim de sua ação e o 
considera unido a esta última — há o dolo eventual, em que o sujeito 
não deseja diretamente a realização do tipo penal, mas a aceita 
como possível ou provável (CP, art. 18, I, in fine). 
Relativamente a este ponto, aduziu-se que, dentre as várias teorias 
que buscam justificar o dolo eventual, destaca-se a do assentimento 
ou da assunção, consoante a qual o dolo exige que o agente 
aquiesça em causar o resultado, além de reputá-lo como possível. 
Observou-se que para a configuração do dolo eventual não é 
necessário o consentimento explícito do agente, nem sua consciência 
reflexiva em relação às circunstâncias do evento, sendo 
imprescindível, isso sim, que delas (circunstâncias) se extraia o dolo 
eventual e não da mente do autor. 
SSEENNDDOO AASSSSIIMM,, PPAARRAA SSUUAA PPRROOVVAA,, NNÃÃOO SSEE EESSQQUUEEÇÇAA:: 
AAPPAARREECCEEUU AA EEXXPPRREESSSSÃÃOO ““QQUUEE SSAABBEE””,, VVOOCCÊÊ JJÁÁ SSAABBEE QQUUEE 
NNÃÃOO ÉÉ CCAABBÍÍVVEELL OO DDOOLLOO EEVVEENNTTUUAALL.. 
 
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6. (Analista - Senado / 2008) Relativamente ao Direito Penal 
Brasileiro, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. Os crimes unissubsistentes, habituais próprios, comissivos e 
permanentes na forma omissiva não admitem tentativa. 
II. Considera-se desistência voluntária ou arrependimento posterior 
a conduta do agente que, depois de consumado o crime, repara o 
dano causado respondendo o agente somente pelos fatos praticados. 
III. Considera-se impossível o crime quando o meio utilizado pelo 
agente é relativamente incapaz de alcançar o resultado. 
IV. Nos crimes tentados, aplica-se a pena do crime consumado 
reduzindo-a de 1/3 a 2/3, ao passo que no arrependimento eficaz se 
aplica a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/6 a 1/3. 
 
Assinale: 
A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
C) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
D) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
COMENTÁRIOS: Questão interessante que abrange diversos pontos 
importantes da teoria do crime. Analisando as afirmativas: 
Afirmativa I � Realmente os delitos unissubsistentes (Ex: injúria oral), 
habituais (Ex: curandeirismo) e permanentes na forma omissiva (Ex: cárcere 
privado praticado por quem não libera aquele que está em seu poder) não 
admitem tentativa. 
Entretanto, o erro da assertiva está em afirmar que os delitos comissivos por 
omissão (omissivos impróprios) não aceitam a forma tentada. 
Nos crimes omissivos impróprios ou COMISSIVOS POR OMISSÃO, admite-se 
a tentativa. Exemplo: A mãe que, desejando a morte do filho recém-nascido, 
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deixa de alimentá-lo, sendo a vítima socorrida por terceiro, pratica tentativa 
de infanticídio. 
Afirmativa II � Na desistência voluntária, o agente, embora tenha iniciado 
a execução, não a leva adiante, desistindo da realização típica. O delito não 
chega a se consumar. Além disso, no arrependimento posterior, o agente 
não responde apenas pelos atos já praticados, mas adquire uma redução da 
penalização. Assertiva incorreta. 
Afirmativa III � O Código Penal, ao caracterizar o crime impossível no art. 
17, exige que o meio utilizado seja ABSOLUTAMENTE INCAPAZ de alcançar o 
resultado, e não relativamente, como apresentado na assertiva. 
Afirmativa IV � A primeira parte da afirmativa, que trata da redução de 
pena no crime tentado, está correta e encontra embasamento no art. 14, do 
Código Penal. 
Todavia, a afirmativa torna-se errada ao tratar do arrependimento eficaz, 
pois o Código Penal, em seu art. 15, não prevê redução de pena, mas leciona 
que o agente responde pelos atos já praticados. 
 
Como todas as afirmativas apresentadas pela banca estão incorretas, a 
resposta da questão é a alternativa “D”. 
 
7. (MPE-SE / 2009) No estado de necessidade, 
 
A) o agente pode responder pelo excesso doloso, mas não pelo culposo. 
B) a situação de perigo não pode ter sido provocada por vontade do agente. 
C) a reação contra agressão humana deve ser atual. 
D) a ameaça só pode ser a direito próprio. 
E) há extinção da punibilidade. 
 
COMENTÁRIOS: O estado de necessidade encontra-se disposto no art. 24, 
do Código Penal, e para caracterizá-lo devemos ter: 
 
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• PERIGO ATUAL; 
• PERIGO NÃO PROVOCADO VOLUNTARIAMENTE; 
• AMEAÇA A DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO; 
• AUSÊNCIA DE DEVER LEGAL DE ACEITAR O PERIGO; 
• INEVITABILIDADE DO PERIGO POR OUTRO MODO; 
• PROPORCIONALIDADE. 
 
Analisando as alternativas, verifica-se que a que se enquadra dentro dos 
requisitos é a alternativa “B”, deixando claro que não há caracterização do 
estado de necessidade quando o agente cria a situação de perigo. 
É importante ressaltar que o estado de necessidade extingue a ILICITUDE, 
pode ser alegado para direito próprio ou de terceiro e a AGRESSÃO deve ser 
atual. 
 
8. (MPE-RS / 2008) Quem, supondo por erro plenamente justificável 
pelas circunstâncais, que está sendo injustamente agredido, repele 
moderadamente e usando dos meios necessários a suposta agressão, 
age: 
 
A) em legítima defesa putativa. 
B) em estado de necessidade. 
C) em estado de necessidade putativo. 
D) no exercício regular de um direito. 
E) no estrito cumprimento de um dever legal. 
 
COMENTÁRIOS: A legítima defesa está regulada no art. 25, do Código 
Penal: 
 
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
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A análise deste mesmo artigo revela que a legítima defesa deve atender, 
CUMULATIVAMENTE, aos seguintes requisitos: 
 
• AGRESSÃO INJUSTA; 
• AGRESSÃO ATUAL OU IMINENTE; 
• DEFESA DE DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO; 
• REAÇÃO COM OS MEIOS NECESSÁRIOS; 
• USO MODERADO DOS MEIOS NECESSÁRIOS. 
 
A legítima defesa putativa é aquela em que, devido a um erro, o agente 
acredita existir injusta agressão, atual ou iminente a direito seu ou de 
outrem, mas, na verdade, não há. 
É, por exemplo, o caso em que Mévio coloca a mão no bolso para pegar um 
lenço e Tício, achando que ele vai retirar uma arma, efetua disparos. 
Diante do exposto, podemos afirmar que, nos termos do enunciado 
apresentado pela banca, quem, supondo por erro plenamente justificável 
pelas circunstâncias, que está sendo injustamente agredido, repele 
moderadamente e usando dos meios necessários a suposta agressão, age 
em legítima defesa putativa e, portanto, está correta a alternativa “A”. 
 
9. (Juiz Substituto – TJ-RR / 2008) No estado de necessidade: 
 
A) o perigo sempre deve ser iminente. 
B) há necessariamente reação contra agressão humana. 
C) é cabível a modalidade putativa. 
D) o agente responderá pelo excesso culposo, ainda que inexistente previsão 
legal de delito da espécie. 
E) há extinção da punibilidade. 
 
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COMENTÁRIOS: Este tipo de questão é bem típica em provas em geral. 
Percebe-se claramente que a banca exige do candidato o conhecimento das 
principais diferenças entre o estado de necessidade e a legítima defesa. São 
elas: 
1. No estado de necessidade, há um conflito entre dois bens jurídicos 
expostos a perigo; na legítima defesa, uma repulsa a ataque; 
2. No estado de necessidade, o bem jurídico é exposto a perigo atual; na 
legítima defesa, o direito sofre uma agressão atual ou iminente; 
3. No estado de necessidade, o perigo pode ou não advir da conduta 
humana; na legítima defesa, a agressão só pode ser praticada por 
pessoa humana; 
4. No estado de necessidade, a conduta pode ser dirigida contra terceiro 
inocente; na legítima defesa, somente contra o agressor; 
5. No estado de necessidade, a agressão não precisa ser injusta; na 
legítima defesa, por outro lado, só existe se houver injusta agressão 
(exemplo: dois náufragos disputando a tábua de salvação. Um agride o 
outro para ficar com ela, mas nenhuma agressão é injusta). 
 
Analisando as alternativas: 
Alternativa “A” � Está incorreta, pois no estado de necessidade o perigo 
deve ser ATUAL embora, em alguns casos, a jurisprudência venha aceitando 
também, perigo iminente para esta excludente de ilicitude. 
Para efeito de prova, caso a ESAF questione “nos termos do Código Penal” 
deve-se considerar que o perigo deve ser ATUAL, somente. Diferentemente, 
caso a banca trate de maneira geral: “Para o estado de necessidade é 
admitido o perigo atual e eminente”, pelo entendimento majoritário, deve-se 
considerar a alternativa correta. 
Alternativa “B” � Está errada, pois no estado de necessidade, o perigo 
pode ou não advir da conduta humana. 
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Alternativa “C” � É a resposta da questão. Realmente, existem situações 
em que o indivíduo imagina haver um perigo que, na verdade, não existe. 
Nestes casos, temos a caracterização do estado de necessidade putativo. 
Alternativa “D” � Há determinados casos nos quais o agente, baseado em 
uma excludente de ilicitude, age com excesso, ou seja, ultrapassa as 
barreiras do aceitável. 
Seria o caso, por exemplo, do indivíduo que, tentando fugir do ataque de um 
cão feroz, quebra o vidro de um carro, quando podia resguardar-se em uma 
casa que tinha à sua disposição. 
Sendo assim, o Código Penal, depois de apresentar as excludentes de 
ilicitude, dispõe, no parágrafo único, do art. 23, que: 
 
Art.23 
[...] 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste 
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
 
A expressão “em qualquer das hipóteses deste artigo” indica a penalização 
do excesso, doloso ou culposo, em todas as causas legais genéricas de 
exclusão de ilicitude. É importante ressaltar que para ser passível de 
penalização o EXCESSO CULPOSO, há a necessidade do delito ser 
punível a título de CULPA, logo, incorreta a alternativa. 
Alternativa “E” � Essa alternativa está incorreta, pois o estado de 
necessidade exclui a ILICITUDE e não a PUNIBILIDADE. 
 
10. (Promotor de Justiça – Ceará / 2008) A tentativa é incompatível 
com o crime: 
 
A) permanente 
B) instantâneo 
C) de dano 
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D) de perigo 
E) complexo 
 
COMENTÁRIOS: O crime permanente não admite tentativa. É só pensar: 
existe maneira de uma tentativa de seqüestro se prolongar no tempo? Claro 
que não. Gabarito: A 
 
11. (TCE-PI / 2008) Segundo a teoria finalista, em sua versão hoje 
dominante, a classificação técnica e analítica mais rigorosa dos 
elementos subjetivos do crime dispõe que o : 
 
(A) dolo integra o tipo a culpa integra a culpabilidade 
(B) dolo e culpa integram o tipo 
(C) dolo e a culpa integram a culpabilidade 
(D) dolo integra a antijuridicidade e dolo integra a culpa integra o tipo. 
(E) dolo e a culpa integram a antijuridicidade. 
 
COMENTÁRIOS: Segundo a teoria finalista, o crime classifica-se em fato 
típico e ilícito, sendo a culpabilidade presuposto de aplicação da pena. 
Conforme vimos, os elementos subjetivos culpa e dolo inserem-se no tipo 
penal, especificamente quanto à conduta. Gabarito: B 
 
12. (TJ – PE / 2007) Em tema de relação de causalidade, é 
INCORRETO afirmar que: 
 
A) concausa superveniente absolutamente independente é aquela que 
nenhuma ligação tem com o procedimento inicial do agente. 
B) a omissão é penalmente irrelevante quando o omitente devia e podia agir 
para evitar o resultado, tornando-se uma "não causa" a isentar o agente de 
responsabilidade. 
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C) concausa superveniente relativamente independente que, por si só, 
produziu o resultado, é a que forma novo processo casual, que se substitui 
ao primeiro, não estando em posição de homogeneidade com o 
comportamento do agente. 
D) caso fortuito equivale a uma "não causa", pois impede a tipificação de 
qualquer fato humano a que o resultado lesivo poderia prender-se, por ser 
causa independente. 
E) o Código Penal adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais, 
pelo qual tudo quanto concorre para o evento é causa. 
 
COMENTÁRIOS: A omissão, diferentemente do exposto no item “B”, é 
penalmente RELEVANTE quando o omitente podia e devia agir para evitar o 
resultado. 
 
13. (Promotor / 2007) A respeito da relação de causalidade, é certo 
que 
 
A) nem todos os fatos que concorrem para a eclosão do evento devem ser 
considerados como causadeste. 
B) a causa superveniente relativamente independente só exclui a imputação 
quando, por si só, produziu o resultado. 
C) a causa superveniente totalmente independente exclui a imputação e o 
agente não responde sequer pelos fatos anteriores. 
D) o resultado, de que depende a existência do crime, pode ser imputado a 
quem não lhe deu causa. 
E) a causa superveniente totalmente independente não exclui a imputação e 
o agente responde pelo resultado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa “A” ��� Incorreta ��� O Código Penal adota a teroria da 
Equivalência dos Antecedentes. Para esta teoria, causa é TODO fato humano 
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sem o qual o resultado não teria ocorrido, ou seja, causa são todos os fatos 
que concorrem para a eclosão do evento. 
Alternativa “B“ ��� Correta ��� Traz regra prevista no parágrafo 1º do 
artigo 13. 
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a 
imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, 
entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
Alternativa “C” ��� Incorreta ��� O agente responde pelos fatos anteriores. 
Alternativa “D” ��� Incorreta ��� Contraria o artigo 13 do Código Penal que 
dispõe: 
 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do 
crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. 
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado 
não teria ocorrido. (grifo nosso) 
 
Alternativa “E” ��� Incorreta ��� O agente não responde pelo resultado, 
mas sim pelos fatos já praticados. 
 
14. (AGU / 2000) "A", imputável, inicia atos de execução de um 
crime; antes de ocorrer o resultado, deixa de praticar os demais atos 
para atingir a consumação. A consumação não acontece. A hipótese 
configura: 
 
A) tentativa 
B) arrependimento posterior 
C) desistência voluntária 
D) arrependimento eficaz 
E) crime impossível 
 
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COMENTÁRIOS: O agente interrompe a execução por vontade própria antes 
do término da execução, logo, é caso de desistência voluntária. Para 
relembrar a relação entre a desistência voluntária, o arrependimento eficaz e 
o arrependimento posterior, observe o gráfico abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: “C” 
 
15. (BACEN / 2002) No que se refere ao arrependimento posterior 
pode-se afirmar que: 
 
A) para que haja a redução da pena, exige-se a completa reparação do dano 
ou a restituição da coisa, além da necessidade da voluntariedade do ato 
realizado pelo agente. 
B) se trata de causa facultativa de diminuição de pena. 
C) só é aplicável caso a reparação do dano ou a restituição da coisa ocorra 
após o recebimento da denúncia ou da queixa. 
D) a redução da pena neste caso atinge todos os crimes, inclusive aqueles 
cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa. 
E) a reparação feita por um dos acusados não aproveita aos demais. 
 
COMENTÁRIOS: 
 
INÍCIO DA 
EXECUÇÃO 
FIM DA 
EXECUÇÃO 
CONSUMAÇÃO 
DO CRIME 
RECEBIMENTO 
DA DENÚNCIA 
OU QUEIXA 
DESISTÊNCIA 
VOLUNTÁRIA 
ARREPENDIMENTO 
EFICAZ 
ARREPENDIMENTO 
POSTERIOR 
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Alternativa “A” ��� É a resposta da questão. Traz os requisitos obrigatórios 
para a caracterização do arrependimento posterior, nos termos do artigo 16. 
Observe: 
 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça 
à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o 
recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do 
agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
 
Alternativa “B” ��� O arrependimento posterior é causa OBRIGATÓRIA de 
redução de pena. 
Alternativa “C” ��� Não é após o recebimento, e sim antes do 
RECEBIMENTO da denúncia ou queixa. 
Alternativa “D” ��� O artigo 16 deixa claro só ser cabível o arrependimento 
posterior aos delitos cometidos SEM violência ou grave ameaça. 
Alternativa “E” ��� No arrependimento posterior, o importante é a reparação 
do dano. Sendo assim, se dois indivíduos cometeram o delito, a reparação 
feita por um deles pode ser aproveitada pelo outro. Este tema não é pacífico, 
havendo muita divergência doutrinária. 
 
16. (Fiscal trabalho / 2003) Assinale a opção cujo instituto jurídico 
não seja comum ao crime e à contravenção penal. 
 
A) tentativa 
B) pena 
C) resultado 
D) consumação 
E) execução 
 
COMENTÁRIOS: Como tratamos, uma das hipóteses de impossibilidade de 
tentativa são as contravenções penais. 
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17. (Analista - TRE-CE / 2012) Sobre o crime, de acordo com o 
Código Penal, é correto afirmar: 
 
a) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente 
que o houver causado dolosamente. 
b) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta ou relativa do 
meio, é impossível consumar-se o crime. 
c) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena e, se 
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
d) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de 
pena e serão consideradas, neste caso, também, as condições ou qualidades 
da vítima. 
e) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a 
ordem, ainda que não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é 
punível o autor da coação ou da ordem. 
 
COMENTÁRIOS: Questão que exige a literalidade do art. 21 do Código 
Penal: "O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do 
fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um 
sexto a um terço." 
 
Gabarito: C 
 
18. (Delegado - PC-BA / 2008) Por iter criminis compreende-se o 
conjunto de 
 
a) atos de execução do delito. 
b) atos preparatórios antecedentes ao delito. 
C) atos de consumação do delito. 
d) fases pelas quais passa o delito. 
e) atos de cogitação. 
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COMENTÁRIOS: Iter criminis é uma expressão em latim, que significa 
"caminho do delito", utilizada no direito penal para se referir ao processo de 
evolução do delito, ou seja, descrevendo as etapas que se sucederam desde 
o momento em que surgiu a idéia do delito até a sua consumação. 
 
Gabarito: D 
 
19. (Técnico - TJ-PE / 2012)No que concerne aos elementos do 
crime, é correto afirmar que 
 
a) não há crime sem ação. 
b) os animais irracionais podem ser sujeitos ativos de crimes. 
c) o sujeito passivo material de um delito é o titular do bem jurídico 
diretamente lesado pela conduta do agente. 
d) não há crime sem resultado. 
e) só os bens jurídicos de natureza corpórea podem ser objeto material de 
um delito. 
 
COMENTÁRIOS: Vamos analisar: 
 
Alternativa “A” ��� Incorreta ���O crime pode ser cometido por ação 
(crimes comissivos) ou por omissão (crimes omissivos próprios ou crimes 
omissivos impróprios - também denominados comissivos por omissão). 
Alternativa “B” ��� Incorreta ��� Apenas as pessoas podem ser sujeitos 
ativos de crimes 
Alternativa “C” ��� Correta ��� O sujeito passivo material de um delito é o 
titular do bem jurídico diretamente lesado pela conduta do agente. 
Alternativa “D” ��� Incorreta ��� Não há crime sem RESULTADO JURÍDICO, 
tendo em vista que é completamente possível que, em um crime formal ou 
em um crime de mera conduta, o resultado material não se verifique. 
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Alternativa “E” ��� Incorreta ��� Também pode ser incorpóreo como, por 
exemplo, no caso de violação de direito autoral (art. 184 do CP). 
 
Gabarito: C 
 
20. (Juiz - TJ-PI / 2007) Acerca da teoria do crime, assinale a opção 
incorreta 
 
a) Crime bipróprio é aquele que exige uma especial qualidade, tanto do 
sujeito ativo como do sujeito passivo do delito. 
b) Crime vago é aquele que tem como sujeito passivo pessoa jurídica não-
identificada. 
c) O crime de ímpeto é o delito praticado sem premeditação. 
d) O crime gratuito e o crime praticado por motivo fútil são tipos de crimes 
diferentes. 
e) Crime transeunte é aquele que não deixa vestígios. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa "B" está incorreta, pois crimes vagos, ou 
multivitimários, ou de vítimas difusas são aqueles que não possuem sujeito 
passivo determinado, sendo este a coletividade, sem personalidade jurídica. 
Exemplo: Violação de sepultura. 
 
************************************************************* 
 
A partir de agora adentraremos a parte especial do Código Penal e 
começaremos a tratar dos delitos em espécie. 
 
Para facilitar seus estudos, começarei apresentando um quadro esquemático 
a fim de que você possa fazer uma breve revisão do tema. Nesta aula, 
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apresentarei o esquema dos crimes praticados por funcionário público 
contra a Administração. Na próxima aula abordarei os demais. 
Após o quadro, apresentarei alguns exercícios e, na próxima aula, 
consolidaremos o assunto com diversas questões sobre TODOS os delitos. 
 
CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CONTRA A 
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 
CRIME CONDUTA CONSUMAÇÃO TENTATIVA 
PECULATO 
DIVIDE-SE EM: 
PECULATO-
APROPRIAÇÃO 
E 
PECULATO-DESVIO 
 
Apropriar-se o funcionário 
público de dinheiro, valor 
ou qualquer outro bem 
móvel, público ou 
particular, de que tem a 
posse em razão do cargo, 
ou desviá-lo, em proveito 
próprio ou alheio. 
A consumação no 
peculato-apropriação 
ocorre quando o indivíduo 
age como se fosse dono 
do objeto. Por sua vez, 
no peculato-desvio ocorre 
quando o indivíduo desvia 
o bem, sendo irrelevante 
se consegue ou não 
proveito próprio ou 
alheio. 
 
 
PECULATO-FURTO 
O funcionário público, 
embora não tendo a posse 
do dinheiro, valor ou bem 
o subtrai ou concorre para 
que seja subtraído, em 
proveito próprio ou alheio, 
valendo-se de facilidade 
que lhe proporciona a 
qualidade de funcionário. 
Ocorre quando o 
funcionário público 
subtrai ou concorre para 
que seja subtraído. 
 
PECULATO CULPOSO 
Quanto aos delitos acima, 
se o funcionário concorre 
culposamente para o crime 
de outrem. 
A reparação do dano, se 
precede à sentença 
irrecorrível, extingue a 
punibilidade; se lhe é 
posterior, reduz de 
metade a pena imposta. 
Refere-se aos delitos 
acima. 
 
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PECULATO MEDIANTE 
ERRO DE OUTREM 
Apropriar-se de dinheiro 
ou qualquer utilidade que, 
no exercício do cargo, 
recebeu por erro de 
outrem. 
O crime se consuma não 
no momento em que o 
funcionário recebe a 
coisa, mas no momento 
em que, tendo sua posse, 
dela se apropria. 
 
INSERÇÃO DE DADOS 
FALSOS EM SISTEMA DE 
INFORMAÇÕES 
Inserir ou facilitar, o 
funcionário autorizado, a 
inserção de dados falsos, 
alterar ou excluir 
indevidamente dados 
corretos nos sistemas 
informatizados ou bancos 
de dados da Administração 
Pública, com o fim de 
obter vantagem indevida 
para si ou para outrem ou 
para causar dano. 
 
 
 
O crime é FORMAL, 
atingindo a consumação 
no momento em que as 
informações falsas 
passam a fazer parte do 
sistema de informações. 
 
 
MODIFICAÇÃO OU 
ALTERAÇÃO NÃO 
AUTORIZADA DE 
SISTEMA DE 
INFORMAÇÕES 
Modificar ou alterar, o 
funcionário, sistema de 
informações ou programa 
de informática sem 
autorização ou solicitação 
de autoridade competente. 
As penas são aumentadas 
de um terço até a metade 
se da modificação ou 
alteração resulta dano 
para a Administração 
Pública ou para o 
administrado. 
Crime de MERA 
CONDUTA, consumando-
se com a alteração ou 
modificação. 
 
 
EXTRAVIO, SONEGAÇÃO 
OU INUTILIZAÇÃO DE 
LIVRO OU DOCUMENTO 
Extraviar livro oficial ou 
qualquer documento de 
que tem a guarda em 
razão do cargo; sonegá-lo 
ou inutilizá-lo, total ou 
parcialmente. 
Trata-se de crime de 
MERA CONDUTA. 
Consuma-se o delito com 
a realização das condutas 
definidas na norma 
incriminadora, sendo 
irrelevante a ocorrência 
de dano para a 
administração pública. 
 
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EMPREGO IRREGULAR 
DE VERBAS OU RENDAS 
PÚBLICAS 
Dar às verbas ou rendas 
públicas aplicação diversa 
da estabelecida em lei. 
O crime é consumado 
com a aplicação irregular 
de rendas e verbas 
públicas, não bastando a 
simples indicação sem 
execução. 
CONCUSSÃO 
Exigir, para si ou para 
outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão 
dela, vantagem indevida. 
A concussão é um delito 
FORMAL e a consumação 
ocorre com a exigência, 
no momento que esta 
chega ao conhecimento 
do sujeito passivo. 
EXCESSO DE EXAÇÃO 
Se o funcionário exige 
tributo ou contribuição 
social que sabe ou deveria 
saber indevido ou, quando 
devido, emprega na 
cobrança meio vexatório 
ou gravoso que a lei não 
autoriza; OU se desvia, 
em proveito próprio ou de 
outrem, o que recebeu 
indevidamente para 
recolher aos cofres 
públicos. 
Trata-se de crime Formal 
e o delito se consuma no 
momento da exigência ou 
do emprego do meio 
vexatório ou gravoso. 
 
 
CORRUPÇÃO PASSIVA 
Solicitar ou receber, para 
si ou para outrem, direta 
ou indiretamente, ainda 
que fora da função, ou 
antes de assumi-la, mas 
em razão dela, vantagem 
indevida, ou aceitar 
promessa de tal 
vantagem. 
A pena é aumentada de 
um terço se, em 
conseqüência da 
vantagem ou promessa, o 
funcionário retarda ou 
deixa de praticar qualquer 
ato de ofício ou o pratica 
infringindo dever 
funcional. 
Trata-se de crime Formal 
e o delito se consuma no 
momento em que a 
solicitação chega ao 
conhecimento do terceiro 
ou quando o funcionário 
recebe a vantagem ou 
aceita a promessa de sua 
entrega. 
 
 
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FACILITAÇÃO DE 
CONTRABANDO OU 
DESCAMINHO 
Facilitar, com infração de 
dever funcional, a prática 
de contrabando ou 
descaminho. 
Consuma-se o delito com 
a realização da conduta 
de facilitação, seja ela 
comissiva (Ex: 
Aconselhar) ou omissiva 
(Ex: Não criar 
obstáculos). 
 
 
PREVARICAÇÃO 
Retardar ou deixar de 
praticar, indevidamente, 
ato de ofício, ou praticá-lo 
contra disposição expressa 
de lei, para satisfazer 
interesse ou sentimento 
pessoal. 
Consuma-se o delito com 
a omissão, retardamento 
ou realização do ato. 
 
 
PREVARICAÇÃO 
IMPRÓPRIA 
Deixar o Diretor de 
Penitenciária e/ou agente 
público de cumprir seu 
dever de vedar ao preso o 
acesso a aparelho 
telefônico, de rádio ou 
similar, que permita a 
comunicação com outros 
presos ou com o ambiente 
externo. 
O crime se consuma com 
o acesso do preso ao 
aparelho telefônico, ainda 
que não consiga utilizá-
lo. 
 
CONDESCENDÊNCIA 
CRIMINOSA 
Deixar o funcionário, por 
indulgência, de 
responsabilizar 
subordinado que cometeu 
infração no exercício do 
cargo ou, quando lhe falte 
competência, não levar o 
fato ao conhecimento da 
autoridade competente. 
É CRIME OMISSIVO PRÓ-
PRIO, consumando-se 
com a simples conduta 
negativa. 
 
ADVOCACIA 
ADMINISTRATIVA 
Patrocinar, direta ou 
indiretamente, interesse 
privado perante a 
administração pública, 
valendo-se da qualidade 
de funcionário. 
Há agravante se o 
interesse é ILEGÍTIMO. 
 
Consuma-se o delito com 
a realização do primeiro 
ato de patrocínio, 
independentemente da 
obtenção do resultado 
pretendido. 
 
 
 
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ABANDONO DE FUNÇÃO 
Abandonar cargo público, 
fora dos casos permitidos 
em lei. 
Delito OMISSIVO 
PRÓPRIO. Consuma-se 
com o afastamento do 
cargo por tempo 
juridicamente relevante. 
 
 
EXERCÍCIO FUNCIONAL 
ILEGALMENTE 
ANTECIPADO OU 
PROLONGADO 
Entrar no exercício de 
função pública antes de 
satisfeitas as exigências 
legais ou continuar a 
exercê-la, sem 
autorização, depois de 
saber oficialmente que foi 
exonerado, removido, 
substituído ou suspenso. 
Consuma-se o delito no 
momento em que o 
funcionário pratica o 
primeiro ato de ofício. 
 
VIOLAÇÃO DE SIGILO 
FUNCIONAL 
Revelar fato de que tem 
ciência em razão do cargo, 
e que deva permanecer 
em segredo, ou facilitar-
lhe a revelação. 
O delito é consumado no 
momento do ato da 
revelação do segredo. Por 
ser um crime formal, 
independe da real 
ocorrência de dano, 
bastando a 
potencialidade. 
 
 
 
VIOLAÇÃO DE SIGILO 
FUNCIONAL DE 
SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO 
 
Permitir ou facilitar, 
mediante atribuição, 
fornecimento e 
empréstimo de senha ou 
qualquer outra forma, o 
acesso de pessoas não 
autorizadas a sistemas de 
informações ou banco de 
dados da Administração 
Pública; 
Utilizar, indevidamente, o 
acesso restrito. 
O delito é consumado no 
momento da permissão 
ou facilitação. 
 
VIOLAÇÃO DO SIGILO 
DE PROPOSTA DE 
CONCORRÊNCIA 
Devassar o sigilo de 
proposta de concorrência 
pública ou proporcionar a 
terceiro o ensejo de 
devassá-lo. 
A consumação ocorre no 
momento em que o 
funcionário ou o terceiro 
toma conhecimento do 
conteúdo da proposta. 
 
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VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA 
Praticar violência, no 
exercício de função ou a 
pretexto de exercê-la 
Consuma-se o delito com 
a prática da violência. 
 
 
 
 
21. (TRE-PI / 2009) O policial que se apropria de quantia em 
dinheiro encontrada em poder de traficante preso em flagrante, 
produto da venda de drogas, 
 
A) comete crime de corrupção passiva. 
B) não comete crime contra a administração pública. 
C) comete crime de peculato culposo. 
D) comete crime de concussão. 
E) comete crime de peculato doloso. 
 
COMENTÁRIOS: O peculato é o delito em que o funcionário público, 
arbitrariamente, faz sua ou desvia em proveito próprio ou de terceiro a coisa 
móvel que possui em razão do cargo, seja ela pertencente ao Estado ou a 
particular, ou esteja sob sua guarda ou vigilância. 
Está definido assim no Código Penal: 
 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor 
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que 
tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito 
próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
A definição do PECULATO DOLOSO está prevista no art. 312 e possui duas 
espécies: 
 
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1. PECULATO-APROPRIAÇÃO � Definido na 1ª parte, do art. 312. 
Ocorre quando o funcionário público APROPRIA-SE. 
2. PECULATO-DESVIO � Previsto na 2ª parte, do art. 312. Recebe esta 
denominação quando o funcionário público DESVIA. 
 
No caso apresentado pela banca, claramente o funcionário público se 
APROPRIA de dinheiro de que tem a posse em razão do cargo. Deste modo, 
fica caracterizado o peculato doloso. Correta a alternativa “E”. 
Observação: Alguns candidatos ainda se confundem com este tipo de 
questão por pensar que o peculato só se caracteriza quando a apropriação 
recai sobre bens públicos, o que não é correto. 
 
Gabarito: E 
 
22. (TCE-GO / 2009) João, funcionário público, exigiu de Paulo a 
quantia de R$ 10.000,00 para dar andamento a processo 
administrativo de seu interesse. Paulo recusou-se a pagar a referida 
quantia e comunicou o ocorrido ao superior hierárquico de João. 
Nesse caso, João cometeu: 
 
A) crime de corrupção passiva consumada. 
B) apenas ilícito administrativo. 
C) crime de tentativa de concussão. 
D) crime de concussão consumado. 
E) crime de tentativa de corrupção passiva. 
 
COMENTÁRIOS: A concussão é um delito FORMAL e encontra-se tipificado 
no art. 316, do Código Penal. 
 
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Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, 
mas em razão dela, vantagem indevida. 
 
A consumação ocorre com a exigência, no momento em que esta chega ao 
conhecimento do sujeito passivo. Desta forma, não há qualquer necessidade 
de que a exigência seja atendida para a consumação do delito. Correta, 
portanto, a alternativa “D”. 
 
Gabarito: D 
 
23. (Analista Judiciário – TJ-PI / 2009) O funcionário que solicita 
vantagem para si, a pretexto de influir em ato praticado por outro 
funcionário, comete o crime de: 
 
A) improbidade administrativa. 
B) corrupção ativa. 
C) tráfico de influência. 
D) advocacia administrativa. 
E) excesso de exação. 
 
COMENTÁRIOS: O tráfico de influência é um crime praticado por particular 
contra a AdministraçãoPública, no qual determinada pessoa, usufruindo de 
sua influência sobre ato praticado por funcionário público no exercício de sua 
função, solicita, exige, cobra ou obtêm vantagem ou promessa de 
vantagem para si ou para terceiros. 
Apresenta a seguinte redação típica: 
 
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para 
outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de 
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influir em ato praticado por funcionário público no exercício da 
função: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
Para ficar mais claro, pode-se dizer que este delito caracteriza uma forma de 
fraude, em que o sujeito, alegando ter prestígio junto a funcionário público, 
engana a vítima através da promessa de poder alterar algum ato praticado 
pelo poder público. Assim, a alternativa correta é a “C”. 
Complementando, a expressão “a pretexto” significa “com a desculpa”, no 
sentido de que o agente FAZ UMA SIMULAÇÂO. 
É importante ressaltar que mesmo que haja prestígio frente ao funcionário 
público, persistirá o delito, pois o que caracteriza o tráfico de influência é a 
FRAUDE, ou seja, ele promete que vai influenciar ato com a idéia de não 
fazer nada. 
 
Gabarito: C 
 
24. (TCE-GO / 2009) Luiz foi visitado por um fiscal, que encontrou 
irregularidades na escrituração de sua empresa. Pedro, pessoa de 
grande prestígio na cidade, companheiro de clube e amigo do fiscal, 
solicitou de Luiz a quantia de R$ 5.000,00 a pretexto de influir o 
fiscal a deixar de multá-lo pelas irregularidades constatadas. O fiscal, 
no entanto, autuou a empresa e aplicou as multas cabíveis. Nesse 
caso, Pedro: 
 
A) não cometeu nenhum delito, pois não evitou a autuação. 
B) responderá por crime de tráfico de influência. 
C) responderá por crime de exploração de prestígio. 
D) responderá por crime de corrupção ativa. 
E) responderá por crime de corrupção passiva. 
 
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COMENTÁRIOS: No caso em tela, responderá Pedro pelo crime de tráfico de 
influência, o que torna a alternativa “B” correta. 
O crime de tráfico de influência em nenhum momento exige resultado nas 
modalidades “solicitar”, “exigir” ou “cobrar”. Desta forma, pode-se afirmar 
que se trata de CRIME FORMAL e a consumação opera-se com a simples 
ação do sujeito. 
OBS: Com relação ao verbo obter, trata-se de CRIME MATERIAL e a 
consumação ocorre no momento em que o sujeito obtém a vantagem (ou a 
promessa). 
 
Gabarito: B 
 
25. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP / 2009) O particular que, 
em concurso com funcionário público e em razão da função por este 
exercida, exige vantagem indevida para ambos, embora não 
cheguem a recebê-la, pratica o crime de: 
 
A) tentativa de concussão. 
B) corrupção passiva consumada. 
C) concussão consumada. 
D) tentativa de corrupção passiva. 
E) corrupção ativa consumada. 
 
COMENTÁRIOS: Esta questão associa o assunto “concurso de pessoas” com 
os crimes contra a Administração Pública. 
A conduta descrita na questão consiste em exigir vantagem indevida, o que 
caracteriza a concussão, delito previsto no art. 316, do Código Penal: 
 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, 
mas em razão dela, vantagem indevida. 
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Em outros termos, o crime de concussão é uma espécie de extorsão 
praticada pelo funcionário público, com abuso de autoridade, contra 
particular que cede ou virá a ceder em face do metu publicae potestatis 
(medo do poder público). 
A concussão é um delito FORMAL e a consumação ocorre com a exigência, no 
momento em que esta chega ao conhecimento do sujeito passivo. Logo, o 
fato de o indivíduo não chegar a receber a vantagem não caracteriza a 
concussão na sua forma tentada, o que torna correta a alternativa “C”. 
Complementando a questão: 
O fato de o particular conhecer a qualidade de funcionário público do outro 
agente e atuar em virtude da função exercida por este faz com que ele 
também responda pela concussão. Segundo o art. 30, do Código Penal, não 
se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime e, no crime de concussão, o “ser funcionário 
público” é uma elementar. 
 
Gabarito: C 
 
26. (Analista Judiciário - TRE-AP / 2011) No que concerne aos crimes 
contra a Administração Pública praticados por funcionário público é 
correto afirmar: 
 
a) Equipara-se a funcionário público, para efeitos penais, quem trabalha para 
empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de 
atividade típica da Administração Pública. 
b) Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu 
dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, 
que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo, 
cometerá crime de condescendência criminosa. 
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c) Não comete crime, mas sim infração administrativa, o funcionário que 
modificar ou alterar, sistema de informações ou programa de informática 
sem autorização ou solicitação de autoridade competente. 
d) Comete crime de corrupção passiva o funcionário público que patrocina 
indiretamente interesse privado perante a administração pública, valendo-se 
da qualidade de funcionário. 
e) Comete crime de concussão aquele que se apropriar de dinheiro ou 
qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. 
 
COMENTÁRIOS: Analisando 
Alternativa “A” ��� Correta ��� Segundo o art. 327 do CP, considera-se 
funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente 
ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em 
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço 
contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da 
Administração Pública. 
Alternativa “B” ��� Incorreta ��� No caso cometerá o crime de prevaricação, 
previsto no art. 319-A, do CP. 
Alternativa “C” ��� Incorreta ��� É crime previsto no art. 313-B do CP a 
conduta de modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou 
programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade 
competente. 
Alternativa “D” ��� Incorreta ��� No caso, o agente comete o crime de 
advocacia administrativa previsto no art. 321, do CP. 
Alternativa “E” ��� Incorreta ��� Comete o crime de peculato mediante erro 
de outrem (Art. 313, do CP). 
 
Gabarito: A 
 
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27. (Analista Judiciário-TRT /2004) Maria é sub-chefe de um 
Departamento da Prefeitura Municipal de sua cidade e descobriu que 
uma funcionária, subordinada sua, havia desviado valores em 
dinheiro da municipalidade em proveito próprio. Como sabia que 
essa funcionária passava por dificuldades financeiras e como não 
tinha competência para puni-la, ficou penalizada e não adotou 
nenhuma providência, tendo o fato sido descoberto em auditoria 
realizada um ano depois. Nesse caso, Maria: 
 
A) não cometeu crime contra a administração pública, porque não tinha 
competência para punir a funcionária que cometeu a infração. 
B) cometeu crime de condescendência criminosa, pois deixou de levar o fato 
ao conhecimento da autoridade competente. 
C) cometeu crime de prevaricação, pois deixou de praticar ato de ofício por 
sentimento pessoal. 
D) cometeu crime de peculato doloso, porque, mesmo sabendo do desvio de 
valores, deixou de responsabilizar a funcionária que cometeu a infração. 
E) cometeu crime de peculato culposo, porque, por negligência e omissão, 
possibilitou a concretização do desvio. 
 
COMENTÁRIOS: No caso em questão, Maria não toma nenhuma providência 
por clemência, indulgência. Sendo assim, correta está a alternativa “B”, pois 
a conduta de Maria caracteriza o delito de condescendência criminosa 
previsto no art. 320, do Código Penal. 
 
Gabarito: B 
 
28. (AFT / 2010) Os fins da Administração Pública resumem-se em 
um único objetivo: o bem comum da coletividade administrativa. 
Toda atividade deve ser orientada para este objetivo; sendo que todo 
ato administrativo que não for praticado no interesse da coletividade 
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será ilícito e imoral. Assim, temos no Código Penal o título XI – Dos 
crimes contra a Administração Pública. Analise a conduta abaixo, 
caracterizando-a com um dos tipos de crime contra a Administração 
Pública. 
Sebastião, policial militar, exige dinheiro de Caio, usuário de 
maconha, para que este não seja preso. Caio, com medo da função de 
policial exercida pelo funcionário público militar, dá R$ 4.000,00 
(quatro mil reais) a Sebastião, conforme exigido por ele. Com base 
nessa informação e na legislação penal especial , é correto afirmar 
que: 
 
a) Sebastião comete o crime de corrupção ativa. 
b) Sebastião comete o crime de prevaricação. 
c) Sebastião comete o crime de excesso de exação. 
d) Sebastião comete o crime de concussão. 
e) Sebastião comete o crime de patrocínio infiel. 
 
COMENTÁRIOS: No caso apresentado pela banca, Sebastião EXIGE dinheiro 
de Caio. Ao realizar esta conduta comete o crime de concussão e, portanto, 
está correta a alternativa “D”. 
A concussão encontra-se prevista no art. 316 do Código Penal e caracteriza-
se, justamente, pela EXIGÊNCIA de vantagem indevida. Observe o texto 
legal: 
 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida. 
 
Gabarito: D 
 
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29. (AFRFB / 2009) À luz da aplicação da lei penal, julgue as 
afirmações abaixo relativas ao fato de Marcos, funcionário público 
concursado, ao chegar na sua nova repartição, pegar computador da 
sua sala de trabalho e levar para casa junto com a impressora e 
resmas de papel em uma sacola grande com o fim de usá-los em casa 
para fins recreativos: 
 
I. Na hipótese, Marcos comete crime contra a Administração Pública. 
II. Marcos comete crime contra a Administração da Justiça. 
III. Marcos comete o crime de peculato-furto, previsto no § 1º do art. 312 do 
Código Penal Brasileiro, pois se valeu da facilidade que proporciona a 
qualidade de funcionário. 
IV. Marcos não cometeria o crime de peculato, descrito no enunciado do 
problema, se o entregasse para pessoa da sua família utilizar, pois o 
peculato caracteriza-se pelo proveito próprio dado ao bem. 
 
a) Todas estão incorretas. 
b) I e III estão corretas. 
c) I e IV estão corretas. 
d) Somente I está correta. 
e) II e IV estão corretas. 
 
COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: 
Assertiva I � Está correta, pois, no caso apresentado, Marcos comete o 
delito de PECULATO. Trata-se de um crime contra a Administração Pública 
que se encontra previsto no “caput” do artigo 312 do Código Penal: 
 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor 
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que 
tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito 
próprio ou alheio 
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Assertiva II � Está incorreta, pois, conforme apresentado acima, Marcos 
comete crime contra a Administração Pública e não contra a Administração 
da Justiça. 
Assertiva III � Para a configuração do peculato-furto o agente não detém a 
posse da coisa (valor, dinheiro ou outro bem móvel) em razão do cargo que 
ocupa, mas sua qualidade de funcionário público propicia facilidade para a 
ocorrência da subtração devido ao trânsito que mantém no órgão público em 
que atua ou desempenha suas funções (STF, HC 86.717/DF, DJ 22.08.2008). 
Como na situação apresentado Marcos detêm a posse dos bens, está 
incorreta a assertiva. 
Assertiva IV � Está incorreta, pois para a caracterização do crime de 
peculato é irrelevante se o desvio foi para o bem do próprio indivíduo ou 
alheio. Tal ensinamento é encontrado no final do já apresentado art. 312. 
 
Gabarito: D 
 
30. (Auditor Fiscal - SEPLAG-DF / 2011) Um funcionário público que, 
sem apor assinatura e sem receber diretamente vantagem indevida, 
no exercício do cargo de fiscalização, confecciona uma defesa 
administrativa em favor de pessoa autuada pela fiscalização comete 
 
a) crime de advocacia administrativa. 
b) crime de prevaricação. 
c) crime de exercício funcional ilegal. 
d) crime de concussão. 
e) crime de corrupção ativa. 
 
COMENTÁRIOS: Caracteriza-se a advocacia administrativa pelo patrocínio 
(valendo-se da qualidade de funcionário) de interesse privado alheio perante 
a Administração Pública. Patrocinar corresponde a defender, pleitear, 
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advogar junto a companheiros e superiores hierárquicos, o interesse 
particular (TJSP - RJTJESP 13/443-445). 
 
Gabarito: A 
 
31. (Promotor – MPE-CE / 2011) O fiscal da Fazenda Pública, 
aprovado em concurso, nomeado, mas ainda não empossado, que 
comparece em estabelecimento comercial e a pretexto de exercer 
fiscalização sobre livros fiscais exige importância em dinheiro para 
livrar o comerciante da autuação, 
 
 a) pratica crime de corrupção ativa. 
 b) pratica crime de corrupção passiva. 
 c) pratica crime de excesso de exação. 
 d) pratica crime de concussão. 
 e) o fato é atípico. 
 
COMENTÁRIOS: No caso apresentado o agente EXIGE importância em 
dinheiro. Assim, caracterizada está a CONCUSSÃO. 
 
Gabarito: D 
 
32. (Auditor – TCE-AL/ 2007) Para efeitos penais, 
 
A) considera-se funcionário público quem trabalha para empresa prestadora 
de serviços conveniada para a execução de atividade típica da administração 
pública. 
B) não se considera funcionário público quem exerce função pública 
transitória, apesar de remunerada. 
C) não se considera funcionário público quem exerce cargo público não 
remunerado. 
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D) não se considera funcionário público quem exerce emprego público 
transitório e não remunerado. 
E) considera-se funcionário público apenas quem exerce função em entidade 
paraestatal. 
 
COMENTÁRIOS: A definição de funcionário público para fins penais 
encontra-se disposta no art. 327, do Código Penal, nos seguintes termos: 
 
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos 
penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, 
exerce cargo, emprego ou função pública. 
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, 
emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha 
para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada 
para a execução de atividade típica da Administração Pública. 
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os 
autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes 
de cargos em comissão ou de função de direção ou 
assessoramento de órgão da administração direta, sociedade 
de economia mista, empresa pública ou fundação instituída 
pelo poder público. 
 
O supracitado artigo pode ser resumido da seguinte forma: 
• FUNCIONÁRIO PÚBLICO � Pessoa física que exerce função pública, a 
qualquer título, com ou sem remuneração. (Administração Direta ou 
Indireta) 
• FUNCIONÁRIO PÚBLICO POR EQUIPARAÇÃO � Pessoa física que atua 
em entidade paraestatal ou em empresa privada, contratada ou 
conveniada, para a execução de atividade TÍPICA. 
• Observação 01 � A equiparação aplica-se ao SUJEITO ATIVO do delito. 
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• Observação 02 � No caso de ocupantes de cargos em comissão ou de 
função de direção ou assessoramento de órgão da Administração direta 
ou indireta, a pena será aumentada da terça parte. 
 
Analisando as alternativas: 
Alternativa “A” ��� Está em perfeita consonância com o disposto no final do 
parágrafo 1º, do art. 327. É a resposta da questão. 
Alternativa “B” ��� Está incorreta, pois não importa para a definição de 
funcionário público para fins penais se exerce a função pública de forma 
transitória ou não. 
Alternativa “C” ��� Também não importa para o enquadramento como 
funcionário público se o trabalho é remunerado ou não. Incorreta a 
alternativa. 
Alternativa “D” ��� As regras acima citadas valem tanto para cargos quanto 
para empregos públicos o que torna incorreta a alternativa. 
Alternativa “E” ��� Contraria claramente o caput, do art. 327, pois não se 
considera funcionário público APENAS quem atua em entidades paraestatais. 
 
Gabarito: A 
 
33. (Analista Judiciário – TJ-PA / 2009) Quem patrocinar, direta ou 
indiretamente, interesse privado perante a administração pública, 
valendo-se da qualidade de funcionário público, 
 
A) responderá no máximo por crime culposo. 
B) não pratica nenhuma infração, se advogado. 
C) pratica o crime de Advocacia Administrativa. 
D) não pratica nenhum crime, posto que tinha pleno conhecimento da 
legalidade do ato. 
E) não responderá pela prática se ocupante de cargo de comissão ou função 
de direção. 
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COMENTÁRIOS: A conduta de patrocinar, direta ou indiretamente, interesse 
privado perante a Administração Pública, valendo-se da qualidade de 
funcionário, caracteriza o crime de advocacia administrativa, previsto no art. 
321, do Código Penal. Correta, portanto, a alternativa “C”. 
 
Gabarito: C 
 
34. (Auditor – TCE-SP / 2008 - Adaptada) O crime de advocacia 
administrativa previsto no art. 321 do Código Penal: 
 
A) exige que o sujeito ativo seja advogado. 
B) ocorre unicamente no caso de o agente patrocinar, direta ou 
indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, 
valendo-se da qualidade de funcionário público. 
C) consuma-se o delito com a realização do primeiro ato de patrocínio, 
independentemente da obtenção do resultado pretendido. 
D) ocorre no caso de o agente patrocinar, direta ou indiretamente, interesse 
privado perante a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à 
celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder 
Judiciário. 
E) exige que o interesse patrocinado seja ilegítimo. 
 
COMENTÁRIOS: O crime de advocacia administrativa está presente no 
Código Penal nos seguintes termos: 
 
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse 
privado perante a administração pública, valendo-se da 
qualidade de funcionário. 
 
Analisando as alternativas: 
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Alternativa “A” � A advocacia administrativa é crime próprio, devendo ser 
praticado por funcionário público. Embora pareça, pelo nome, não tem 
nenhuma relação com o exercício da advocacia (realizada pelo profissional da 
área de Direito) e, portanto, está incorreta a alternativa. 
Alternativa “B” � Contraria o art. 321, pois este abrange toda a 
Administração Pública, e não apenas a Administração Fazendária. 
Alternativa “C” ��� É a alternativa correta. A advocacia administrativa 
consuma-se com a realização do primeiro ato de patrocínio, 
independentemente da obtenção do resultado pretendido. 
Alternativa “D” � Nesta alternativa, a banca coloca incorretamente como 
resultado necessário o fato de dar causa à instauração de licitação ou à 
celebração de contrato. Tal delito encontra-se previsto na lei nº. 8.666/93 e 
não se confunde com a advocacia administrativa. 
Alternativa “E” � O delito de advocacia administrativa independe de o 
interesse patrocinado ser legítimo ou ilegítimo. Caso ilegítimo, o crime é 
qualificado. 
 
Gabarito: C 
 
35. (OAB-ES / 2005) Paulo foi surpreendido por um Policial 
Rodoviário dirigindo seu veículo em excesso de velocidade, conforme 
constatado por radar. Ao ser abordado, Paulo ofereceu ao Policial a 
quantia de R$ 50,00 (cinqüenta reais) para convencê-lo a deixar de 
lavrar a multa correspondente à infração praticada. Paulo cometeu 
crime de: 
 
A) corrupção passiva. 
B) corrupção ativa. 
C) concussão. 
D) exploração de prestígio. 
E) N.R.A. 
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COMENTÁRIOS: O importante nesta questão é não confundir a corrupção 
passiva com a corrupção ativa, abaixo reproduzida: 
 
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a 
funcionário público, paradeterminá-lo a praticar, omitir ou 
retardar ato de ofício. 
 
Como no caso apresentado pela banca Paulo oferece vantagem indevida a 
funcionário público, caracterizada está a corrupção ativa e, portanto, correta 
a alternativa “B” 
 
Gabarito: B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DOS EXERCÍCIOS APRESENTADOS 
 
1. (Analista Judiciário - TRE-PR / 2012) Os crimes que encerram dois 
ou mais tipos em uma única descrição legal denominam-se crimes 
 
A) de mão própria 
B) complexos. 
C) plurissubjetivos. 
D) qualificados. 
E) de ação múltipla. 
 
2. (Analista Judiciário - TRE-RN / 2011) Quando o agente dá início à 
execução de um delito e desiste de prosseguir em virtude da reação 
oposta pela vítima, ocorre 
 
a) arrependimento eficaz. 
b) crime consumado. 
c) fato penalmente irrelevante. 
d) desistência voluntária. 
e) crime tentado. 
 
3. (Defensor - DPE-RS / 2011) Miro, em mera discussão com Geraldo 
a respeito de um terreno disputado por ambos, com a intenção de 
matá-lo, efetuou três golpes de martelo que atingiram seu desafeto. 
Imediatamente após o ocorrido, no entanto, quando encerrados os 
atos executórios do delito, Miro, ao ver Geraldo desmaiado e 
perdendo sangue, com remorso, passou a socorrer o agredido, 
levando-o ao hospital, sendo que sua postura foi fundamental para 
que a morte do ofendido fosse evitada, pois foi providenciada a 
devida transfusão de sangue. Geraldo sofreu lesões graves, uma vez 
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que correu perigo de vida, segundo auto de exame de corpo de 
delito. Nesse caso, é correto afirmar: 
 
a) Miro responderá pelo crime de lesão corporal gravíssima previsto no art. 
129, § 2o, do Código Penal, em vista da sua vontade inicial de matar a 
vítima e da quantidade de golpes, circunstâncias que afastam a validade do 
auto de exame de corpo de delito. 
b) Incidirá a figura do arrependimento eficaz e Miro responderá por lesões 
corporais graves. 
c) Incidirá a figura do arrependimento posterior, com redução de eventual 
pena aplicada. 
d) Incidirá a figura da desistência voluntária e Miro responderá por lesões 
corporais graves. 
e) Miro responderá por tentativa de homicídio simples, já que o objetivo 
inicial era a morte da vítima. 
 
4. (Juiz - TJ-SP / 2011) Antônio, durante a madrugada, subtrai, com 
o emprego de chave falsa, o automóvel de Pedro. Depois de oferecida 
a denúncia pela prática de crime de furto qualificado, mas antes do 
seu recebimento, por ato voluntário de Antônio, o automóvel furtado 
é devolvido à vítima. Nesse caso, pode-se afirmar a ocorrência de 
 
a) arrependimento posterior. 
b) desistência voluntária. 
c) arrependimento eficaz. 
d) circunstância atenuante. 
e) causa de extinção da punibilidade. 
 
5. (TRE-AM / 2010) Quando o agente não quer diretamente a 
realização do tipo, mas a aceita como possível, ou até provável, 
assumindo o risco da produção do resultado, há: 
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A) preterdolo. 
B) dolo direto de segundo grau. 
C) dolo imediato. 
D) dolo mediato. 
E) dolo eventual. 
 
6. (Analista - Senado / 2008) Relativamente ao Direito Penal 
Brasileiro, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. Os crimes unissubsistentes, habituais próprios, comissivos e 
permanentes na forma omissiva não admitem tentativa. 
II. Considera-se desistência voluntária ou arrependimento posterior 
a conduta do agente que, depois de consumado o crime, repara o 
dano causado respondendo o agente somente pelos fatos praticados. 
III. Considera-se impossível o crime quando o meio utilizado pelo 
agente é relativamente incapaz de alcançar o resultado. 
IV. Nos crimes tentados, aplica-se a pena do crime consumado 
reduzindo-a de 1/3 a 2/3, ao passo que no arrependimento eficaz se 
aplica a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/6 a 1/3. 
 
Assinale: 
A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
C) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
D) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
7. (MPE-SE / 2009) No estado de necessidade, 
 
A) o agente pode responder pelo excesso doloso, mas não pelo culposo. 
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B) a situação de perigo não pode ter sido provocada por vontade do agente. 
C) a reação contra agressão humana deve ser atual. 
D) a ameaça só pode ser a direito próprio. 
E) há extinção da punibilidade. 
 
8. (MPE-RS / 2008) Quem, supondo por erro plenamente justificável 
pelas circunstâncais, que está sendo injustamente agredido, repele 
moderadamente e usando dos meios necessários a suposta agressão, 
age: 
 
A) em legítima defesa putativa. 
B) em estado de necessidade. 
C) em estado de necessidade putativo. 
D) no exercício regular de um direito. 
E) no estrito cumprimento de um dever legal. 
 
9. (Juiz Substituto – TJ-RR / 2008) No estado de necessidade: 
 
A) o perigo sempre deve ser iminente. 
B) há necessariamente reação contra agressão humana. 
C) é cabível a modalidade putativa. 
D) o agente responderá pelo excesso culposo, ainda que inexistente previsão 
legal de delito da espécie. 
E) há extinção da punibilidade. 
 
10. (Promotor de Justiça – Ceará / 2008) A tentativa é incompatível 
com o crime: 
 
A) permanente 
B) instantâneo 
C) de dano 
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CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB 
PROFESSOR: PEDRO IVO 
 
D) de perigo 
E) complexo 
 
11. (TCE-PI / 2008) Segundo a teoria finalista, em sua versão hoje 
dominante, a classificação técnica e analítica mais rigorosa dos 
elementos subjetivos do crime dispõe que o : 
 
(A) dolo integra o tipo a culpa integra a culpabilidade 
(B) dolo e culpa integram o tipo 
(C) dolo e a culpa integram a culpabilidade 
(D) dolo integra a antijuridicidade e dolo integra a culpa integra o tipo. 
(E) dolo e a culpa integram a antijuridicidade. 
 
 
12. (TJ – PE / 2007) Em tema de relação de causalidade, é 
INCORRETO afirmar que: 
 
A) concausa superveniente absolutamente independente é aquela que 
nenhuma ligação tem com o procedimento inicial do agente. 
B) a omissão é penalmente irrelevante quando o omitente devia e podia agir 
para evitar o resultado, tornando-se uma "não causa" a isentar o agente de 
responsabilidade. 
C) concausa superveniente relativamente independente que, por si só, 
produziu o resultado, é a que forma novo processo

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