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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO ******************************************************* Olá, Pessoal! Hoje prosseguiremos com nossos exercícios e, ao final de nossa aula, você terá dado mais um importante passo para sua aprovação. Sem dúvida, em um campo tão competitivo como é o dos concursos públicos, a resolução de questões anteriores é um grande diferencial. Sendo assim, motive-se, para adquirir mais conhecimento! Bons estudos! ******************************************************* EXERCÍCIOS 1. (Analista Judiciário - TRE-PR / 2012) Os crimes que encerram dois ou mais tipos em uma única descrição legal denominam-se crimes A) de mão própria B) complexos. C) plurissubjetivos. D) qualificados. E) de ação múltipla. COMENTÁRIOS: Classifica-se o crime como complexo quando este encerra dois ou mais tipos em uma única descrição legal (ex.: roubo = furto + ameaça) ou quando, em uma figura típica, abrange um tipo simples acrescido de fatos ou circunstâncias que, em si, não são típicos (ex.: constrangimento ilegal = crime de ameaça + outro fato, que é a vítima fazer o que não quer ou não fazer o que deseja). AULA 02 - DO CRIME / CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO (PARTE 01) CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 2 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Gabarito: B 2. (Analista Judiciário - TRE-RN / 2011) Quando o agente dá início à execução de um delito e desiste de prosseguir em virtude da reação oposta pela vítima, ocorre a) arrependimento eficaz. b) crime consumado. c) fato penalmente irrelevante. d) desistência voluntária. e) crime tentado. COMENTÁRIOS: No caso em tela o agente desiste da ação por circunstâncias alheias a sua vontade. Assim, trata-se de crime tentado. Gabarito: E 3. (Defensor - DPE-RS / 2011) Miro, em mera discussão com Geraldo a respeito de um terreno disputado por ambos, com a intenção de matá-lo, efetuou três golpes de martelo que atingiram seu desafeto. Imediatamente após o ocorrido, no entanto, quando encerrados os atos executórios do delito, Miro, ao ver Geraldo desmaiado e perdendo sangue, com remorso, passou a socorrer o agredido, levando-o ao hospital, sendo que sua postura foi fundamental para que a morte do ofendido fosse evitada, pois foi providenciada a devida transfusão de sangue. Geraldo sofreu lesões graves, uma vez que correu perigo de vida, segundo auto de exame de corpo de delito. Nesse caso, é correto afirmar: CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 3 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO a) Miro responderá pelo crime de lesão corporal gravíssima previsto no art. 129, § 2o, do Código Penal, em vista da sua vontade inicial de matar a vítima e da quantidade de golpes, circunstâncias que afastam a validade do auto de exame de corpo de delito. b) Incidirá a figura do arrependimento eficaz e Miro responderá por lesões corporais graves. c) Incidirá a figura do arrependimento posterior, com redução de eventual pena aplicada. d) Incidirá a figura da desistência voluntária e Miro responderá por lesões corporais graves. e) Miro responderá por tentativa de homicídio simples, já que o objetivo inicial era a morte da vítima. COMENTÁRIOS: Questão interessante e que exige do candidato o conhecimento do art. 15 do CP que define, inclusive, o arrependimento eficaz: Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Gabarito: B 4. (Juiz - TJ-SP / 2011) Antônio, durante a madrugada, subtrai, com o emprego de chave falsa, o automóvel de Pedro. Depois de oferecida a denúncia pela prática de crime de furto qualificado, mas antes do seu recebimento, por ato voluntário de Antônio, o automóvel furtado é devolvido à vítima. Nesse caso, pode-se afirmar a ocorrência de a) arrependimento posterior. b) desistência voluntária. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 4 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO c) arrependimento eficaz. d) circunstância atenuante. e) causa de extinção da punibilidade. COMENTÁRIOS: Trata-se de exemplo de Arrependimento Posterior já que o autor, não tendo empregado violência ou grave ameaça, antes do recebimento da denúncia/queixa, restituiu o objeto furtado por ato voluntário. A pena neste caso será reduzida de 1/3 a 2/3. Gabarito: A 5. (TRE-AM / 2010) Quando o agente não quer diretamente a realização do tipo, mas a aceita como possível, ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado, há: A) preterdolo. B) dolo direto de segundo grau. C) dolo imediato. D) dolo mediato. E) dolo eventual. COMENTÁRIOS: Também denominado dolo determinado, o dolo direto ocorre quando o agente quer atingir um resultado específico com a conduta. É o caso, por exemplo, do matador profissional que, após receber uma determinada quantia em dinheiro, mata a vítima com um tiro certeiro. Diferentemente, o dolo indireto ou indeterminado é aquele que não se dirige a um resultado certo. Subdivide-se em DOLO ALTERNATIVO E DOLO EVENTUAL. A partir de agora redobre a sua atenção, pois estamos tratando de um ponto que é questão recorrente em PROVA. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 5 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO DOLO ALTERNATIVO � Verifica-se quando o agente não possui previsão de um resultado específico, satisfazendo-se com um ou outro, indistintamente. Dá-se o dolo alternativo, por exemplo, quando a namorada ciumenta surpreende seu amado conversando com outra e, revoltada, joga uma granada no casal, querendo matá-los ou feri-los. Perceba que ela quer produzir um resultado e não “o” resultado. No exemplo acima, se o resultado for a morte, responderá a agente por homicídio. Mas e se o resultado for ferimentos? Responderá por lesão corporal ou tentativa de homicídio? Em caso de dolo alternativo, o agente sempre responderá pelo resultado mais grave, ou seja, pela tentativa de homicídio. DOLO EVENTUAL � No dolo eventual, o sujeito prevê o resultado e, embora não o queira propriamente atingir, pouco se importa com a sua ocorrência (“eu não quero, mas se acontecer, para mim tudo bem; não é por causa desse risco que vou parar de praticar minha conduta; não quero, mas também não me importo com a sua ocorrência”). Seria o exemplo do indivíduo que coleciona armas e, em determinado dia, resolve testar seu armamento. Prosseguindo no intento, aponta um fuzil na direção de uma estrada na qual “quase nunca passa alguém”. Pensa: “Aqui quase nunca passa alguém, então, se passar bem na hora que eu atirar, azar de quem estava no lugar errado na hora errada”. Perceba que o indivíduo assumiu o risco. Efetua o disparo e acerta uma pessoa, matando-a. Neste caso, responderá o indivíduo porhomicídio doloso, pois presente se encontra o dolo eventual. Observe o interessante julgado do STF sobre o tema: CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 6 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Cabe o dolo eventual a todos os delitos que com ele tenham compatibilidade. Digo isto porque em alguns casos, como na previsão do artigo 180 do Código Penal, só é cabível o dolo direto, não sendo possível o eventual. Observe: Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: (grifo nosso) A expressão “que sabe” traz a obrigatoriedade da vontade imediata de cometer o delito, ou seja, o dolo direto. Gabarito: E HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2.9.2008. (HC-91159) Salientou-se que, no Direito Penal contemporâneo, além do dolo direto — em que o agente quer o resultado como fim de sua ação e o considera unido a esta última — há o dolo eventual, em que o sujeito não deseja diretamente a realização do tipo penal, mas a aceita como possível ou provável (CP, art. 18, I, in fine). Relativamente a este ponto, aduziu-se que, dentre as várias teorias que buscam justificar o dolo eventual, destaca-se a do assentimento ou da assunção, consoante a qual o dolo exige que o agente aquiesça em causar o resultado, além de reputá-lo como possível. Observou-se que para a configuração do dolo eventual não é necessário o consentimento explícito do agente, nem sua consciência reflexiva em relação às circunstâncias do evento, sendo imprescindível, isso sim, que delas (circunstâncias) se extraia o dolo eventual e não da mente do autor. SSEENNDDOO AASSSSIIMM,, PPAARRAA SSUUAA PPRROOVVAA,, NNÃÃOO SSEE EESSQQUUEEÇÇAA:: AAPPAARREECCEEUU AA EEXXPPRREESSSSÃÃOO ““QQUUEE SSAABBEE””,, VVOOCCÊÊ JJÁÁ SSAABBEE QQUUEE NNÃÃOO ÉÉ CCAABBÍÍVVEELL OO DDOOLLOO EEVVEENNTTUUAALL.. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 7 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO 6. (Analista - Senado / 2008) Relativamente ao Direito Penal Brasileiro, analise as afirmativas a seguir: I. Os crimes unissubsistentes, habituais próprios, comissivos e permanentes na forma omissiva não admitem tentativa. II. Considera-se desistência voluntária ou arrependimento posterior a conduta do agente que, depois de consumado o crime, repara o dano causado respondendo o agente somente pelos fatos praticados. III. Considera-se impossível o crime quando o meio utilizado pelo agente é relativamente incapaz de alcançar o resultado. IV. Nos crimes tentados, aplica-se a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/3 a 2/3, ao passo que no arrependimento eficaz se aplica a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/6 a 1/3. Assinale: A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. D) se nenhuma afirmativa estiver correta. E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. COMENTÁRIOS: Questão interessante que abrange diversos pontos importantes da teoria do crime. Analisando as afirmativas: Afirmativa I � Realmente os delitos unissubsistentes (Ex: injúria oral), habituais (Ex: curandeirismo) e permanentes na forma omissiva (Ex: cárcere privado praticado por quem não libera aquele que está em seu poder) não admitem tentativa. Entretanto, o erro da assertiva está em afirmar que os delitos comissivos por omissão (omissivos impróprios) não aceitam a forma tentada. Nos crimes omissivos impróprios ou COMISSIVOS POR OMISSÃO, admite-se a tentativa. Exemplo: A mãe que, desejando a morte do filho recém-nascido, CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 8 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO deixa de alimentá-lo, sendo a vítima socorrida por terceiro, pratica tentativa de infanticídio. Afirmativa II � Na desistência voluntária, o agente, embora tenha iniciado a execução, não a leva adiante, desistindo da realização típica. O delito não chega a se consumar. Além disso, no arrependimento posterior, o agente não responde apenas pelos atos já praticados, mas adquire uma redução da penalização. Assertiva incorreta. Afirmativa III � O Código Penal, ao caracterizar o crime impossível no art. 17, exige que o meio utilizado seja ABSOLUTAMENTE INCAPAZ de alcançar o resultado, e não relativamente, como apresentado na assertiva. Afirmativa IV � A primeira parte da afirmativa, que trata da redução de pena no crime tentado, está correta e encontra embasamento no art. 14, do Código Penal. Todavia, a afirmativa torna-se errada ao tratar do arrependimento eficaz, pois o Código Penal, em seu art. 15, não prevê redução de pena, mas leciona que o agente responde pelos atos já praticados. Como todas as afirmativas apresentadas pela banca estão incorretas, a resposta da questão é a alternativa “D”. 7. (MPE-SE / 2009) No estado de necessidade, A) o agente pode responder pelo excesso doloso, mas não pelo culposo. B) a situação de perigo não pode ter sido provocada por vontade do agente. C) a reação contra agressão humana deve ser atual. D) a ameaça só pode ser a direito próprio. E) há extinção da punibilidade. COMENTÁRIOS: O estado de necessidade encontra-se disposto no art. 24, do Código Penal, e para caracterizá-lo devemos ter: CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 9 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO • PERIGO ATUAL; • PERIGO NÃO PROVOCADO VOLUNTARIAMENTE; • AMEAÇA A DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO; • AUSÊNCIA DE DEVER LEGAL DE ACEITAR O PERIGO; • INEVITABILIDADE DO PERIGO POR OUTRO MODO; • PROPORCIONALIDADE. Analisando as alternativas, verifica-se que a que se enquadra dentro dos requisitos é a alternativa “B”, deixando claro que não há caracterização do estado de necessidade quando o agente cria a situação de perigo. É importante ressaltar que o estado de necessidade extingue a ILICITUDE, pode ser alegado para direito próprio ou de terceiro e a AGRESSÃO deve ser atual. 8. (MPE-RS / 2008) Quem, supondo por erro plenamente justificável pelas circunstâncais, que está sendo injustamente agredido, repele moderadamente e usando dos meios necessários a suposta agressão, age: A) em legítima defesa putativa. B) em estado de necessidade. C) em estado de necessidade putativo. D) no exercício regular de um direito. E) no estrito cumprimento de um dever legal. COMENTÁRIOS: A legítima defesa está regulada no art. 25, do Código Penal: Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 10 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL– EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO A análise deste mesmo artigo revela que a legítima defesa deve atender, CUMULATIVAMENTE, aos seguintes requisitos: • AGRESSÃO INJUSTA; • AGRESSÃO ATUAL OU IMINENTE; • DEFESA DE DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO; • REAÇÃO COM OS MEIOS NECESSÁRIOS; • USO MODERADO DOS MEIOS NECESSÁRIOS. A legítima defesa putativa é aquela em que, devido a um erro, o agente acredita existir injusta agressão, atual ou iminente a direito seu ou de outrem, mas, na verdade, não há. É, por exemplo, o caso em que Mévio coloca a mão no bolso para pegar um lenço e Tício, achando que ele vai retirar uma arma, efetua disparos. Diante do exposto, podemos afirmar que, nos termos do enunciado apresentado pela banca, quem, supondo por erro plenamente justificável pelas circunstâncias, que está sendo injustamente agredido, repele moderadamente e usando dos meios necessários a suposta agressão, age em legítima defesa putativa e, portanto, está correta a alternativa “A”. 9. (Juiz Substituto – TJ-RR / 2008) No estado de necessidade: A) o perigo sempre deve ser iminente. B) há necessariamente reação contra agressão humana. C) é cabível a modalidade putativa. D) o agente responderá pelo excesso culposo, ainda que inexistente previsão legal de delito da espécie. E) há extinção da punibilidade. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 11 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: Este tipo de questão é bem típica em provas em geral. Percebe-se claramente que a banca exige do candidato o conhecimento das principais diferenças entre o estado de necessidade e a legítima defesa. São elas: 1. No estado de necessidade, há um conflito entre dois bens jurídicos expostos a perigo; na legítima defesa, uma repulsa a ataque; 2. No estado de necessidade, o bem jurídico é exposto a perigo atual; na legítima defesa, o direito sofre uma agressão atual ou iminente; 3. No estado de necessidade, o perigo pode ou não advir da conduta humana; na legítima defesa, a agressão só pode ser praticada por pessoa humana; 4. No estado de necessidade, a conduta pode ser dirigida contra terceiro inocente; na legítima defesa, somente contra o agressor; 5. No estado de necessidade, a agressão não precisa ser injusta; na legítima defesa, por outro lado, só existe se houver injusta agressão (exemplo: dois náufragos disputando a tábua de salvação. Um agride o outro para ficar com ela, mas nenhuma agressão é injusta). Analisando as alternativas: Alternativa “A” � Está incorreta, pois no estado de necessidade o perigo deve ser ATUAL embora, em alguns casos, a jurisprudência venha aceitando também, perigo iminente para esta excludente de ilicitude. Para efeito de prova, caso a ESAF questione “nos termos do Código Penal” deve-se considerar que o perigo deve ser ATUAL, somente. Diferentemente, caso a banca trate de maneira geral: “Para o estado de necessidade é admitido o perigo atual e eminente”, pelo entendimento majoritário, deve-se considerar a alternativa correta. Alternativa “B” � Está errada, pois no estado de necessidade, o perigo pode ou não advir da conduta humana. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 12 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Alternativa “C” � É a resposta da questão. Realmente, existem situações em que o indivíduo imagina haver um perigo que, na verdade, não existe. Nestes casos, temos a caracterização do estado de necessidade putativo. Alternativa “D” � Há determinados casos nos quais o agente, baseado em uma excludente de ilicitude, age com excesso, ou seja, ultrapassa as barreiras do aceitável. Seria o caso, por exemplo, do indivíduo que, tentando fugir do ataque de um cão feroz, quebra o vidro de um carro, quando podia resguardar-se em uma casa que tinha à sua disposição. Sendo assim, o Código Penal, depois de apresentar as excludentes de ilicitude, dispõe, no parágrafo único, do art. 23, que: Art.23 [...] Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. A expressão “em qualquer das hipóteses deste artigo” indica a penalização do excesso, doloso ou culposo, em todas as causas legais genéricas de exclusão de ilicitude. É importante ressaltar que para ser passível de penalização o EXCESSO CULPOSO, há a necessidade do delito ser punível a título de CULPA, logo, incorreta a alternativa. Alternativa “E” � Essa alternativa está incorreta, pois o estado de necessidade exclui a ILICITUDE e não a PUNIBILIDADE. 10. (Promotor de Justiça – Ceará / 2008) A tentativa é incompatível com o crime: A) permanente B) instantâneo C) de dano CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 13 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO D) de perigo E) complexo COMENTÁRIOS: O crime permanente não admite tentativa. É só pensar: existe maneira de uma tentativa de seqüestro se prolongar no tempo? Claro que não. Gabarito: A 11. (TCE-PI / 2008) Segundo a teoria finalista, em sua versão hoje dominante, a classificação técnica e analítica mais rigorosa dos elementos subjetivos do crime dispõe que o : (A) dolo integra o tipo a culpa integra a culpabilidade (B) dolo e culpa integram o tipo (C) dolo e a culpa integram a culpabilidade (D) dolo integra a antijuridicidade e dolo integra a culpa integra o tipo. (E) dolo e a culpa integram a antijuridicidade. COMENTÁRIOS: Segundo a teoria finalista, o crime classifica-se em fato típico e ilícito, sendo a culpabilidade presuposto de aplicação da pena. Conforme vimos, os elementos subjetivos culpa e dolo inserem-se no tipo penal, especificamente quanto à conduta. Gabarito: B 12. (TJ – PE / 2007) Em tema de relação de causalidade, é INCORRETO afirmar que: A) concausa superveniente absolutamente independente é aquela que nenhuma ligação tem com o procedimento inicial do agente. B) a omissão é penalmente irrelevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado, tornando-se uma "não causa" a isentar o agente de responsabilidade. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 14 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO C) concausa superveniente relativamente independente que, por si só, produziu o resultado, é a que forma novo processo casual, que se substitui ao primeiro, não estando em posição de homogeneidade com o comportamento do agente. D) caso fortuito equivale a uma "não causa", pois impede a tipificação de qualquer fato humano a que o resultado lesivo poderia prender-se, por ser causa independente. E) o Código Penal adotou a teoria da equivalência dos antecedentes causais, pelo qual tudo quanto concorre para o evento é causa. COMENTÁRIOS: A omissão, diferentemente do exposto no item “B”, é penalmente RELEVANTE quando o omitente podia e devia agir para evitar o resultado. 13. (Promotor / 2007) A respeito da relação de causalidade, é certo que A) nem todos os fatos que concorrem para a eclosão do evento devem ser considerados como causadeste. B) a causa superveniente relativamente independente só exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado. C) a causa superveniente totalmente independente exclui a imputação e o agente não responde sequer pelos fatos anteriores. D) o resultado, de que depende a existência do crime, pode ser imputado a quem não lhe deu causa. E) a causa superveniente totalmente independente não exclui a imputação e o agente responde pelo resultado. COMENTÁRIOS: Alternativa “A” ��� Incorreta ��� O Código Penal adota a teroria da Equivalência dos Antecedentes. Para esta teoria, causa é TODO fato humano CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 15 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO sem o qual o resultado não teria ocorrido, ou seja, causa são todos os fatos que concorrem para a eclosão do evento. Alternativa “B“ ��� Correta ��� Traz regra prevista no parágrafo 1º do artigo 13. § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. Alternativa “C” ��� Incorreta ��� O agente responde pelos fatos anteriores. Alternativa “D” ��� Incorreta ��� Contraria o artigo 13 do Código Penal que dispõe: Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (grifo nosso) Alternativa “E” ��� Incorreta ��� O agente não responde pelo resultado, mas sim pelos fatos já praticados. 14. (AGU / 2000) "A", imputável, inicia atos de execução de um crime; antes de ocorrer o resultado, deixa de praticar os demais atos para atingir a consumação. A consumação não acontece. A hipótese configura: A) tentativa B) arrependimento posterior C) desistência voluntária D) arrependimento eficaz E) crime impossível CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 16 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: O agente interrompe a execução por vontade própria antes do término da execução, logo, é caso de desistência voluntária. Para relembrar a relação entre a desistência voluntária, o arrependimento eficaz e o arrependimento posterior, observe o gráfico abaixo: Gabarito: “C” 15. (BACEN / 2002) No que se refere ao arrependimento posterior pode-se afirmar que: A) para que haja a redução da pena, exige-se a completa reparação do dano ou a restituição da coisa, além da necessidade da voluntariedade do ato realizado pelo agente. B) se trata de causa facultativa de diminuição de pena. C) só é aplicável caso a reparação do dano ou a restituição da coisa ocorra após o recebimento da denúncia ou da queixa. D) a redução da pena neste caso atinge todos os crimes, inclusive aqueles cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa. E) a reparação feita por um dos acusados não aproveita aos demais. COMENTÁRIOS: INÍCIO DA EXECUÇÃO FIM DA EXECUÇÃO CONSUMAÇÃO DO CRIME RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU QUEIXA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA ARREPENDIMENTO EFICAZ ARREPENDIMENTO POSTERIOR CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 17 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Alternativa “A” ��� É a resposta da questão. Traz os requisitos obrigatórios para a caracterização do arrependimento posterior, nos termos do artigo 16. Observe: Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Alternativa “B” ��� O arrependimento posterior é causa OBRIGATÓRIA de redução de pena. Alternativa “C” ��� Não é após o recebimento, e sim antes do RECEBIMENTO da denúncia ou queixa. Alternativa “D” ��� O artigo 16 deixa claro só ser cabível o arrependimento posterior aos delitos cometidos SEM violência ou grave ameaça. Alternativa “E” ��� No arrependimento posterior, o importante é a reparação do dano. Sendo assim, se dois indivíduos cometeram o delito, a reparação feita por um deles pode ser aproveitada pelo outro. Este tema não é pacífico, havendo muita divergência doutrinária. 16. (Fiscal trabalho / 2003) Assinale a opção cujo instituto jurídico não seja comum ao crime e à contravenção penal. A) tentativa B) pena C) resultado D) consumação E) execução COMENTÁRIOS: Como tratamos, uma das hipóteses de impossibilidade de tentativa são as contravenções penais. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 18 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO 17. (Analista - TRE-CE / 2012) Sobre o crime, de acordo com o Código Penal, é correto afirmar: a) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado dolosamente. b) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta ou relativa do meio, é impossível consumar-se o crime. c) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena e, se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. d) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena e serão consideradas, neste caso, também, as condições ou qualidades da vítima. e) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, ainda que não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. COMENTÁRIOS: Questão que exige a literalidade do art. 21 do Código Penal: "O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço." Gabarito: C 18. (Delegado - PC-BA / 2008) Por iter criminis compreende-se o conjunto de a) atos de execução do delito. b) atos preparatórios antecedentes ao delito. C) atos de consumação do delito. d) fases pelas quais passa o delito. e) atos de cogitação. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 19 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: Iter criminis é uma expressão em latim, que significa "caminho do delito", utilizada no direito penal para se referir ao processo de evolução do delito, ou seja, descrevendo as etapas que se sucederam desde o momento em que surgiu a idéia do delito até a sua consumação. Gabarito: D 19. (Técnico - TJ-PE / 2012)No que concerne aos elementos do crime, é correto afirmar que a) não há crime sem ação. b) os animais irracionais podem ser sujeitos ativos de crimes. c) o sujeito passivo material de um delito é o titular do bem jurídico diretamente lesado pela conduta do agente. d) não há crime sem resultado. e) só os bens jurídicos de natureza corpórea podem ser objeto material de um delito. COMENTÁRIOS: Vamos analisar: Alternativa “A” ��� Incorreta ���O crime pode ser cometido por ação (crimes comissivos) ou por omissão (crimes omissivos próprios ou crimes omissivos impróprios - também denominados comissivos por omissão). Alternativa “B” ��� Incorreta ��� Apenas as pessoas podem ser sujeitos ativos de crimes Alternativa “C” ��� Correta ��� O sujeito passivo material de um delito é o titular do bem jurídico diretamente lesado pela conduta do agente. Alternativa “D” ��� Incorreta ��� Não há crime sem RESULTADO JURÍDICO, tendo em vista que é completamente possível que, em um crime formal ou em um crime de mera conduta, o resultado material não se verifique. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 20 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Alternativa “E” ��� Incorreta ��� Também pode ser incorpóreo como, por exemplo, no caso de violação de direito autoral (art. 184 do CP). Gabarito: C 20. (Juiz - TJ-PI / 2007) Acerca da teoria do crime, assinale a opção incorreta a) Crime bipróprio é aquele que exige uma especial qualidade, tanto do sujeito ativo como do sujeito passivo do delito. b) Crime vago é aquele que tem como sujeito passivo pessoa jurídica não- identificada. c) O crime de ímpeto é o delito praticado sem premeditação. d) O crime gratuito e o crime praticado por motivo fútil são tipos de crimes diferentes. e) Crime transeunte é aquele que não deixa vestígios. COMENTÁRIOS: A alternativa "B" está incorreta, pois crimes vagos, ou multivitimários, ou de vítimas difusas são aqueles que não possuem sujeito passivo determinado, sendo este a coletividade, sem personalidade jurídica. Exemplo: Violação de sepultura. ************************************************************* A partir de agora adentraremos a parte especial do Código Penal e começaremos a tratar dos delitos em espécie. Para facilitar seus estudos, começarei apresentando um quadro esquemático a fim de que você possa fazer uma breve revisão do tema. Nesta aula, CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 21 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO apresentarei o esquema dos crimes praticados por funcionário público contra a Administração. Na próxima aula abordarei os demais. Após o quadro, apresentarei alguns exercícios e, na próxima aula, consolidaremos o assunto com diversas questões sobre TODOS os delitos. CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL CRIME CONDUTA CONSUMAÇÃO TENTATIVA PECULATO DIVIDE-SE EM: PECULATO- APROPRIAÇÃO E PECULATO-DESVIO Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. A consumação no peculato-apropriação ocorre quando o indivíduo age como se fosse dono do objeto. Por sua vez, no peculato-desvio ocorre quando o indivíduo desvia o bem, sendo irrelevante se consegue ou não proveito próprio ou alheio. PECULATO-FURTO O funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem o subtrai ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Ocorre quando o funcionário público subtrai ou concorre para que seja subtraído. PECULATO CULPOSO Quanto aos delitos acima, se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem. A reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Refere-se aos delitos acima. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 22 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. O crime se consuma não no momento em que o funcionário recebe a coisa, mas no momento em que, tendo sua posse, dela se apropria. INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública, com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano. O crime é FORMAL, atingindo a consumação no momento em que as informações falsas passam a fazer parte do sistema de informações. MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO AUTORIZADA DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado. Crime de MERA CONDUTA, consumando- se com a alteração ou modificação. EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO Extraviar livro oficial ou qualquer documento de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente. Trata-se de crime de MERA CONDUTA. Consuma-se o delito com a realização das condutas definidas na norma incriminadora, sendo irrelevante a ocorrência de dano para a administração pública. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 23 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei. O crime é consumado com a aplicação irregular de rendas e verbas públicas, não bastando a simples indicação sem execução. CONCUSSÃO Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. A concussão é um delito FORMAL e a consumação ocorre com a exigência, no momento que esta chega ao conhecimento do sujeito passivo. EXCESSO DE EXAÇÃO Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso que a lei não autoriza; OU se desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos. Trata-se de crime Formal e o delito se consuma no momento da exigência ou do emprego do meio vexatório ou gravoso. CORRUPÇÃO PASSIVA Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. A pena é aumentada de um terço se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. Trata-se de crime Formal e o delito se consuma no momento em que a solicitação chega ao conhecimento do terceiro ou quando o funcionário recebe a vantagem ou aceita a promessa de sua entrega. CURSOON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 24 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho. Consuma-se o delito com a realização da conduta de facilitação, seja ela comissiva (Ex: Aconselhar) ou omissiva (Ex: Não criar obstáculos). PREVARICAÇÃO Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Consuma-se o delito com a omissão, retardamento ou realização do ato. PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo. O crime se consuma com o acesso do preso ao aparelho telefônico, ainda que não consiga utilizá- lo. CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. É CRIME OMISSIVO PRÓ- PRIO, consumando-se com a simples conduta negativa. ADVOCACIA ADMINISTRATIVA Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. Há agravante se o interesse é ILEGÍTIMO. Consuma-se o delito com a realização do primeiro ato de patrocínio, independentemente da obtenção do resultado pretendido. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 25 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO ABANDONO DE FUNÇÃO Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei. Delito OMISSIVO PRÓPRIO. Consuma-se com o afastamento do cargo por tempo juridicamente relevante. EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso. Consuma-se o delito no momento em que o funcionário pratica o primeiro ato de ofício. VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo, e que deva permanecer em segredo, ou facilitar- lhe a revelação. O delito é consumado no momento do ato da revelação do segredo. Por ser um crime formal, independe da real ocorrência de dano, bastando a potencialidade. VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; Utilizar, indevidamente, o acesso restrito. O delito é consumado no momento da permissão ou facilitação. VIOLAÇÃO DO SIGILO DE PROPOSTA DE CONCORRÊNCIA Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo. A consumação ocorre no momento em que o funcionário ou o terceiro toma conhecimento do conteúdo da proposta. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 26 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la Consuma-se o delito com a prática da violência. 21. (TRE-PI / 2009) O policial que se apropria de quantia em dinheiro encontrada em poder de traficante preso em flagrante, produto da venda de drogas, A) comete crime de corrupção passiva. B) não comete crime contra a administração pública. C) comete crime de peculato culposo. D) comete crime de concussão. E) comete crime de peculato doloso. COMENTÁRIOS: O peculato é o delito em que o funcionário público, arbitrariamente, faz sua ou desvia em proveito próprio ou de terceiro a coisa móvel que possui em razão do cargo, seja ela pertencente ao Estado ou a particular, ou esteja sob sua guarda ou vigilância. Está definido assim no Código Penal: Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. A definição do PECULATO DOLOSO está prevista no art. 312 e possui duas espécies: CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 27 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO 1. PECULATO-APROPRIAÇÃO � Definido na 1ª parte, do art. 312. Ocorre quando o funcionário público APROPRIA-SE. 2. PECULATO-DESVIO � Previsto na 2ª parte, do art. 312. Recebe esta denominação quando o funcionário público DESVIA. No caso apresentado pela banca, claramente o funcionário público se APROPRIA de dinheiro de que tem a posse em razão do cargo. Deste modo, fica caracterizado o peculato doloso. Correta a alternativa “E”. Observação: Alguns candidatos ainda se confundem com este tipo de questão por pensar que o peculato só se caracteriza quando a apropriação recai sobre bens públicos, o que não é correto. Gabarito: E 22. (TCE-GO / 2009) João, funcionário público, exigiu de Paulo a quantia de R$ 10.000,00 para dar andamento a processo administrativo de seu interesse. Paulo recusou-se a pagar a referida quantia e comunicou o ocorrido ao superior hierárquico de João. Nesse caso, João cometeu: A) crime de corrupção passiva consumada. B) apenas ilícito administrativo. C) crime de tentativa de concussão. D) crime de concussão consumado. E) crime de tentativa de corrupção passiva. COMENTÁRIOS: A concussão é um delito FORMAL e encontra-se tipificado no art. 316, do Código Penal. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 28 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. A consumação ocorre com a exigência, no momento em que esta chega ao conhecimento do sujeito passivo. Desta forma, não há qualquer necessidade de que a exigência seja atendida para a consumação do delito. Correta, portanto, a alternativa “D”. Gabarito: D 23. (Analista Judiciário – TJ-PI / 2009) O funcionário que solicita vantagem para si, a pretexto de influir em ato praticado por outro funcionário, comete o crime de: A) improbidade administrativa. B) corrupção ativa. C) tráfico de influência. D) advocacia administrativa. E) excesso de exação. COMENTÁRIOS: O tráfico de influência é um crime praticado por particular contra a AdministraçãoPública, no qual determinada pessoa, usufruindo de sua influência sobre ato praticado por funcionário público no exercício de sua função, solicita, exige, cobra ou obtêm vantagem ou promessa de vantagem para si ou para terceiros. Apresenta a seguinte redação típica: Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 29 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Para ficar mais claro, pode-se dizer que este delito caracteriza uma forma de fraude, em que o sujeito, alegando ter prestígio junto a funcionário público, engana a vítima através da promessa de poder alterar algum ato praticado pelo poder público. Assim, a alternativa correta é a “C”. Complementando, a expressão “a pretexto” significa “com a desculpa”, no sentido de que o agente FAZ UMA SIMULAÇÂO. É importante ressaltar que mesmo que haja prestígio frente ao funcionário público, persistirá o delito, pois o que caracteriza o tráfico de influência é a FRAUDE, ou seja, ele promete que vai influenciar ato com a idéia de não fazer nada. Gabarito: C 24. (TCE-GO / 2009) Luiz foi visitado por um fiscal, que encontrou irregularidades na escrituração de sua empresa. Pedro, pessoa de grande prestígio na cidade, companheiro de clube e amigo do fiscal, solicitou de Luiz a quantia de R$ 5.000,00 a pretexto de influir o fiscal a deixar de multá-lo pelas irregularidades constatadas. O fiscal, no entanto, autuou a empresa e aplicou as multas cabíveis. Nesse caso, Pedro: A) não cometeu nenhum delito, pois não evitou a autuação. B) responderá por crime de tráfico de influência. C) responderá por crime de exploração de prestígio. D) responderá por crime de corrupção ativa. E) responderá por crime de corrupção passiva. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 30 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: No caso em tela, responderá Pedro pelo crime de tráfico de influência, o que torna a alternativa “B” correta. O crime de tráfico de influência em nenhum momento exige resultado nas modalidades “solicitar”, “exigir” ou “cobrar”. Desta forma, pode-se afirmar que se trata de CRIME FORMAL e a consumação opera-se com a simples ação do sujeito. OBS: Com relação ao verbo obter, trata-se de CRIME MATERIAL e a consumação ocorre no momento em que o sujeito obtém a vantagem (ou a promessa). Gabarito: B 25. (Agente Fiscal de Rendas – SEFAZ-SP / 2009) O particular que, em concurso com funcionário público e em razão da função por este exercida, exige vantagem indevida para ambos, embora não cheguem a recebê-la, pratica o crime de: A) tentativa de concussão. B) corrupção passiva consumada. C) concussão consumada. D) tentativa de corrupção passiva. E) corrupção ativa consumada. COMENTÁRIOS: Esta questão associa o assunto “concurso de pessoas” com os crimes contra a Administração Pública. A conduta descrita na questão consiste em exigir vantagem indevida, o que caracteriza a concussão, delito previsto no art. 316, do Código Penal: Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 31 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Em outros termos, o crime de concussão é uma espécie de extorsão praticada pelo funcionário público, com abuso de autoridade, contra particular que cede ou virá a ceder em face do metu publicae potestatis (medo do poder público). A concussão é um delito FORMAL e a consumação ocorre com a exigência, no momento em que esta chega ao conhecimento do sujeito passivo. Logo, o fato de o indivíduo não chegar a receber a vantagem não caracteriza a concussão na sua forma tentada, o que torna correta a alternativa “C”. Complementando a questão: O fato de o particular conhecer a qualidade de funcionário público do outro agente e atuar em virtude da função exercida por este faz com que ele também responda pela concussão. Segundo o art. 30, do Código Penal, não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime e, no crime de concussão, o “ser funcionário público” é uma elementar. Gabarito: C 26. (Analista Judiciário - TRE-AP / 2011) No que concerne aos crimes contra a Administração Pública praticados por funcionário público é correto afirmar: a) Equipara-se a funcionário público, para efeitos penais, quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. b) Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo, cometerá crime de condescendência criminosa. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 32 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO c) Não comete crime, mas sim infração administrativa, o funcionário que modificar ou alterar, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente. d) Comete crime de corrupção passiva o funcionário público que patrocina indiretamente interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. e) Comete crime de concussão aquele que se apropriar de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem. COMENTÁRIOS: Analisando Alternativa “A” ��� Correta ��� Segundo o art. 327 do CP, considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. Alternativa “B” ��� Incorreta ��� No caso cometerá o crime de prevaricação, previsto no art. 319-A, do CP. Alternativa “C” ��� Incorreta ��� É crime previsto no art. 313-B do CP a conduta de modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente. Alternativa “D” ��� Incorreta ��� No caso, o agente comete o crime de advocacia administrativa previsto no art. 321, do CP. Alternativa “E” ��� Incorreta ��� Comete o crime de peculato mediante erro de outrem (Art. 313, do CP). Gabarito: A CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 33 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO 27. (Analista Judiciário-TRT /2004) Maria é sub-chefe de um Departamento da Prefeitura Municipal de sua cidade e descobriu que uma funcionária, subordinada sua, havia desviado valores em dinheiro da municipalidade em proveito próprio. Como sabia que essa funcionária passava por dificuldades financeiras e como não tinha competência para puni-la, ficou penalizada e não adotou nenhuma providência, tendo o fato sido descoberto em auditoria realizada um ano depois. Nesse caso, Maria: A) não cometeu crime contra a administração pública, porque não tinha competência para punir a funcionária que cometeu a infração. B) cometeu crime de condescendência criminosa, pois deixou de levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. C) cometeu crime de prevaricação, pois deixou de praticar ato de ofício por sentimento pessoal. D) cometeu crime de peculato doloso, porque, mesmo sabendo do desvio de valores, deixou de responsabilizar a funcionária que cometeu a infração. E) cometeu crime de peculato culposo, porque, por negligência e omissão, possibilitou a concretização do desvio. COMENTÁRIOS: No caso em questão, Maria não toma nenhuma providência por clemência, indulgência. Sendo assim, correta está a alternativa “B”, pois a conduta de Maria caracteriza o delito de condescendência criminosa previsto no art. 320, do Código Penal. Gabarito: B 28. (AFT / 2010) Os fins da Administração Pública resumem-se em um único objetivo: o bem comum da coletividade administrativa. Toda atividade deve ser orientada para este objetivo; sendo que todo ato administrativo que não for praticado no interesse da coletividade CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 34 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO será ilícito e imoral. Assim, temos no Código Penal o título XI – Dos crimes contra a Administração Pública. Analise a conduta abaixo, caracterizando-a com um dos tipos de crime contra a Administração Pública. Sebastião, policial militar, exige dinheiro de Caio, usuário de maconha, para que este não seja preso. Caio, com medo da função de policial exercida pelo funcionário público militar, dá R$ 4.000,00 (quatro mil reais) a Sebastião, conforme exigido por ele. Com base nessa informação e na legislação penal especial , é correto afirmar que: a) Sebastião comete o crime de corrupção ativa. b) Sebastião comete o crime de prevaricação. c) Sebastião comete o crime de excesso de exação. d) Sebastião comete o crime de concussão. e) Sebastião comete o crime de patrocínio infiel. COMENTÁRIOS: No caso apresentado pela banca, Sebastião EXIGE dinheiro de Caio. Ao realizar esta conduta comete o crime de concussão e, portanto, está correta a alternativa “D”. A concussão encontra-se prevista no art. 316 do Código Penal e caracteriza- se, justamente, pela EXIGÊNCIA de vantagem indevida. Observe o texto legal: Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi- la, mas em razão dela, vantagem indevida. Gabarito: D CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 35 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO 29. (AFRFB / 2009) À luz da aplicação da lei penal, julgue as afirmações abaixo relativas ao fato de Marcos, funcionário público concursado, ao chegar na sua nova repartição, pegar computador da sua sala de trabalho e levar para casa junto com a impressora e resmas de papel em uma sacola grande com o fim de usá-los em casa para fins recreativos: I. Na hipótese, Marcos comete crime contra a Administração Pública. II. Marcos comete crime contra a Administração da Justiça. III. Marcos comete o crime de peculato-furto, previsto no § 1º do art. 312 do Código Penal Brasileiro, pois se valeu da facilidade que proporciona a qualidade de funcionário. IV. Marcos não cometeria o crime de peculato, descrito no enunciado do problema, se o entregasse para pessoa da sua família utilizar, pois o peculato caracteriza-se pelo proveito próprio dado ao bem. a) Todas estão incorretas. b) I e III estão corretas. c) I e IV estão corretas. d) Somente I está correta. e) II e IV estão corretas. COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas: Assertiva I � Está correta, pois, no caso apresentado, Marcos comete o delito de PECULATO. Trata-se de um crime contra a Administração Pública que se encontra previsto no “caput” do artigo 312 do Código Penal: Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 36 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Assertiva II � Está incorreta, pois, conforme apresentado acima, Marcos comete crime contra a Administração Pública e não contra a Administração da Justiça. Assertiva III � Para a configuração do peculato-furto o agente não detém a posse da coisa (valor, dinheiro ou outro bem móvel) em razão do cargo que ocupa, mas sua qualidade de funcionário público propicia facilidade para a ocorrência da subtração devido ao trânsito que mantém no órgão público em que atua ou desempenha suas funções (STF, HC 86.717/DF, DJ 22.08.2008). Como na situação apresentado Marcos detêm a posse dos bens, está incorreta a assertiva. Assertiva IV � Está incorreta, pois para a caracterização do crime de peculato é irrelevante se o desvio foi para o bem do próprio indivíduo ou alheio. Tal ensinamento é encontrado no final do já apresentado art. 312. Gabarito: D 30. (Auditor Fiscal - SEPLAG-DF / 2011) Um funcionário público que, sem apor assinatura e sem receber diretamente vantagem indevida, no exercício do cargo de fiscalização, confecciona uma defesa administrativa em favor de pessoa autuada pela fiscalização comete a) crime de advocacia administrativa. b) crime de prevaricação. c) crime de exercício funcional ilegal. d) crime de concussão. e) crime de corrupção ativa. COMENTÁRIOS: Caracteriza-se a advocacia administrativa pelo patrocínio (valendo-se da qualidade de funcionário) de interesse privado alheio perante a Administração Pública. Patrocinar corresponde a defender, pleitear, CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 37 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO advogar junto a companheiros e superiores hierárquicos, o interesse particular (TJSP - RJTJESP 13/443-445). Gabarito: A 31. (Promotor – MPE-CE / 2011) O fiscal da Fazenda Pública, aprovado em concurso, nomeado, mas ainda não empossado, que comparece em estabelecimento comercial e a pretexto de exercer fiscalização sobre livros fiscais exige importância em dinheiro para livrar o comerciante da autuação, a) pratica crime de corrupção ativa. b) pratica crime de corrupção passiva. c) pratica crime de excesso de exação. d) pratica crime de concussão. e) o fato é atípico. COMENTÁRIOS: No caso apresentado o agente EXIGE importância em dinheiro. Assim, caracterizada está a CONCUSSÃO. Gabarito: D 32. (Auditor – TCE-AL/ 2007) Para efeitos penais, A) considera-se funcionário público quem trabalha para empresa prestadora de serviços conveniada para a execução de atividade típica da administração pública. B) não se considera funcionário público quem exerce função pública transitória, apesar de remunerada. C) não se considera funcionário público quem exerce cargo público não remunerado. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 38 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO D) não se considera funcionário público quem exerce emprego público transitório e não remunerado. E) considera-se funcionário público apenas quem exerce função em entidade paraestatal. COMENTÁRIOS: A definição de funcionário público para fins penais encontra-se disposta no art. 327, do Código Penal, nos seguintes termos: Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. O supracitado artigo pode ser resumido da seguinte forma: • FUNCIONÁRIO PÚBLICO � Pessoa física que exerce função pública, a qualquer título, com ou sem remuneração. (Administração Direta ou Indireta) • FUNCIONÁRIO PÚBLICO POR EQUIPARAÇÃO � Pessoa física que atua em entidade paraestatal ou em empresa privada, contratada ou conveniada, para a execução de atividade TÍPICA. • Observação 01 � A equiparação aplica-se ao SUJEITO ATIVO do delito. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 39 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO • Observação 02 � No caso de ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da Administração direta ou indireta, a pena será aumentada da terça parte. Analisando as alternativas: Alternativa “A” ��� Está em perfeita consonância com o disposto no final do parágrafo 1º, do art. 327. É a resposta da questão. Alternativa “B” ��� Está incorreta, pois não importa para a definição de funcionário público para fins penais se exerce a função pública de forma transitória ou não. Alternativa “C” ��� Também não importa para o enquadramento como funcionário público se o trabalho é remunerado ou não. Incorreta a alternativa. Alternativa “D” ��� As regras acima citadas valem tanto para cargos quanto para empregos públicos o que torna incorreta a alternativa. Alternativa “E” ��� Contraria claramente o caput, do art. 327, pois não se considera funcionário público APENAS quem atua em entidades paraestatais. Gabarito: A 33. (Analista Judiciário – TJ-PA / 2009) Quem patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário público, A) responderá no máximo por crime culposo. B) não pratica nenhuma infração, se advogado. C) pratica o crime de Advocacia Administrativa. D) não pratica nenhum crime, posto que tinha pleno conhecimento da legalidade do ato. E) não responderá pela prática se ocupante de cargo de comissão ou função de direção. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 40 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: A conduta de patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública, valendo-se da qualidade de funcionário, caracteriza o crime de advocacia administrativa, previsto no art. 321, do Código Penal. Correta, portanto, a alternativa “C”. Gabarito: C 34. (Auditor – TCE-SP / 2008 - Adaptada) O crime de advocacia administrativa previsto no art. 321 do Código Penal: A) exige que o sujeito ativo seja advogado. B) ocorre unicamente no caso de o agente patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, valendo-se da qualidade de funcionário público. C) consuma-se o delito com a realização do primeiro ato de patrocínio, independentemente da obtenção do resultado pretendido. D) ocorre no caso de o agente patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário. E) exige que o interesse patrocinado seja ilegítimo. COMENTÁRIOS: O crime de advocacia administrativa está presente no Código Penal nos seguintes termos: Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário. Analisando as alternativas: CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 41 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO Alternativa “A” � A advocacia administrativa é crime próprio, devendo ser praticado por funcionário público. Embora pareça, pelo nome, não tem nenhuma relação com o exercício da advocacia (realizada pelo profissional da área de Direito) e, portanto, está incorreta a alternativa. Alternativa “B” � Contraria o art. 321, pois este abrange toda a Administração Pública, e não apenas a Administração Fazendária. Alternativa “C” ��� É a alternativa correta. A advocacia administrativa consuma-se com a realização do primeiro ato de patrocínio, independentemente da obtenção do resultado pretendido. Alternativa “D” � Nesta alternativa, a banca coloca incorretamente como resultado necessário o fato de dar causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato. Tal delito encontra-se previsto na lei nº. 8.666/93 e não se confunde com a advocacia administrativa. Alternativa “E” � O delito de advocacia administrativa independe de o interesse patrocinado ser legítimo ou ilegítimo. Caso ilegítimo, o crime é qualificado. Gabarito: C 35. (OAB-ES / 2005) Paulo foi surpreendido por um Policial Rodoviário dirigindo seu veículo em excesso de velocidade, conforme constatado por radar. Ao ser abordado, Paulo ofereceu ao Policial a quantia de R$ 50,00 (cinqüenta reais) para convencê-lo a deixar de lavrar a multa correspondente à infração praticada. Paulo cometeu crime de: A) corrupção passiva. B) corrupção ativa. C) concussão. D) exploração de prestígio. E) N.R.A. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 42 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO COMENTÁRIOS: O importante nesta questão é não confundir a corrupção passiva com a corrupção ativa, abaixo reproduzida: Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, paradeterminá-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. Como no caso apresentado pela banca Paulo oferece vantagem indevida a funcionário público, caracterizada está a corrupção ativa e, portanto, correta a alternativa “B” Gabarito: B CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 43 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO LISTA DOS EXERCÍCIOS APRESENTADOS 1. (Analista Judiciário - TRE-PR / 2012) Os crimes que encerram dois ou mais tipos em uma única descrição legal denominam-se crimes A) de mão própria B) complexos. C) plurissubjetivos. D) qualificados. E) de ação múltipla. 2. (Analista Judiciário - TRE-RN / 2011) Quando o agente dá início à execução de um delito e desiste de prosseguir em virtude da reação oposta pela vítima, ocorre a) arrependimento eficaz. b) crime consumado. c) fato penalmente irrelevante. d) desistência voluntária. e) crime tentado. 3. (Defensor - DPE-RS / 2011) Miro, em mera discussão com Geraldo a respeito de um terreno disputado por ambos, com a intenção de matá-lo, efetuou três golpes de martelo que atingiram seu desafeto. Imediatamente após o ocorrido, no entanto, quando encerrados os atos executórios do delito, Miro, ao ver Geraldo desmaiado e perdendo sangue, com remorso, passou a socorrer o agredido, levando-o ao hospital, sendo que sua postura foi fundamental para que a morte do ofendido fosse evitada, pois foi providenciada a devida transfusão de sangue. Geraldo sofreu lesões graves, uma vez CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 44 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO que correu perigo de vida, segundo auto de exame de corpo de delito. Nesse caso, é correto afirmar: a) Miro responderá pelo crime de lesão corporal gravíssima previsto no art. 129, § 2o, do Código Penal, em vista da sua vontade inicial de matar a vítima e da quantidade de golpes, circunstâncias que afastam a validade do auto de exame de corpo de delito. b) Incidirá a figura do arrependimento eficaz e Miro responderá por lesões corporais graves. c) Incidirá a figura do arrependimento posterior, com redução de eventual pena aplicada. d) Incidirá a figura da desistência voluntária e Miro responderá por lesões corporais graves. e) Miro responderá por tentativa de homicídio simples, já que o objetivo inicial era a morte da vítima. 4. (Juiz - TJ-SP / 2011) Antônio, durante a madrugada, subtrai, com o emprego de chave falsa, o automóvel de Pedro. Depois de oferecida a denúncia pela prática de crime de furto qualificado, mas antes do seu recebimento, por ato voluntário de Antônio, o automóvel furtado é devolvido à vítima. Nesse caso, pode-se afirmar a ocorrência de a) arrependimento posterior. b) desistência voluntária. c) arrependimento eficaz. d) circunstância atenuante. e) causa de extinção da punibilidade. 5. (TRE-AM / 2010) Quando o agente não quer diretamente a realização do tipo, mas a aceita como possível, ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado, há: CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 45 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO A) preterdolo. B) dolo direto de segundo grau. C) dolo imediato. D) dolo mediato. E) dolo eventual. 6. (Analista - Senado / 2008) Relativamente ao Direito Penal Brasileiro, analise as afirmativas a seguir: I. Os crimes unissubsistentes, habituais próprios, comissivos e permanentes na forma omissiva não admitem tentativa. II. Considera-se desistência voluntária ou arrependimento posterior a conduta do agente que, depois de consumado o crime, repara o dano causado respondendo o agente somente pelos fatos praticados. III. Considera-se impossível o crime quando o meio utilizado pelo agente é relativamente incapaz de alcançar o resultado. IV. Nos crimes tentados, aplica-se a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/3 a 2/3, ao passo que no arrependimento eficaz se aplica a pena do crime consumado reduzindo-a de 1/6 a 1/3. Assinale: A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. C) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas. D) se nenhuma afirmativa estiver correta. E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 7. (MPE-SE / 2009) No estado de necessidade, A) o agente pode responder pelo excesso doloso, mas não pelo culposo. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 46 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO B) a situação de perigo não pode ter sido provocada por vontade do agente. C) a reação contra agressão humana deve ser atual. D) a ameaça só pode ser a direito próprio. E) há extinção da punibilidade. 8. (MPE-RS / 2008) Quem, supondo por erro plenamente justificável pelas circunstâncais, que está sendo injustamente agredido, repele moderadamente e usando dos meios necessários a suposta agressão, age: A) em legítima defesa putativa. B) em estado de necessidade. C) em estado de necessidade putativo. D) no exercício regular de um direito. E) no estrito cumprimento de um dever legal. 9. (Juiz Substituto – TJ-RR / 2008) No estado de necessidade: A) o perigo sempre deve ser iminente. B) há necessariamente reação contra agressão humana. C) é cabível a modalidade putativa. D) o agente responderá pelo excesso culposo, ainda que inexistente previsão legal de delito da espécie. E) há extinção da punibilidade. 10. (Promotor de Justiça – Ceará / 2008) A tentativa é incompatível com o crime: A) permanente B) instantâneo C) de dano CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL PROFESSOR: PEDRO IVO Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 47 CURSO ON-LINE – DIREITO PENAL – EXERCÍCIOS - AFRFB PROFESSOR: PEDRO IVO D) de perigo E) complexo 11. (TCE-PI / 2008) Segundo a teoria finalista, em sua versão hoje dominante, a classificação técnica e analítica mais rigorosa dos elementos subjetivos do crime dispõe que o : (A) dolo integra o tipo a culpa integra a culpabilidade (B) dolo e culpa integram o tipo (C) dolo e a culpa integram a culpabilidade (D) dolo integra a antijuridicidade e dolo integra a culpa integra o tipo. (E) dolo e a culpa integram a antijuridicidade. 12. (TJ – PE / 2007) Em tema de relação de causalidade, é INCORRETO afirmar que: A) concausa superveniente absolutamente independente é aquela que nenhuma ligação tem com o procedimento inicial do agente. B) a omissão é penalmente irrelevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado, tornando-se uma "não causa" a isentar o agente de responsabilidade. C) concausa superveniente relativamente independente que, por si só, produziu o resultado, é a que forma novo processo
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