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História de Mato Grosso Docente: Ariel Costa dos Santos Formação • Graduado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso (2015) • Mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso (2017) • Doutorado em Geografia pela Universidade Federal da Grande Dourados (2022) Organização durante o período colonial e imperial • Revisitando a história do Brasil para compreender a história do estado de Mato Grosso • Período pré-colonial: 1500 - 1530 • Período colonial: 1530 - 1822 • Período imperial: 1822 – 1889 Os Bandeirantes: escravidão indígena e exploração do ouro • No período colonial, com base nas delimitações do Tratado de Tordesilhas, o território do Estado de Mato Grosso pertenceu à Espanha. Foram os jesuítas os primeiros responsáveis por criar os primeiros núcleos urbanos, assegurando os domínios espanhóis sobre o território. • É a partir de 1718 com a descoberta de minas de ouro que o processo de povoamento se dá de forma efetiva. Com o propósito de assegurar a fronteira, em 1748 o governo português cria a capitania de Mato Grosso. • O atual território mato-grossense só veio a ser reconhecido como português pelo Tratado de Madri, em 1750. • Durante o bandeirantismo, em 1718 uma expedição de bandeirantes organizada por Pascoal Moreira Cabral Leme chegou ao Rio Coxipó em busca dos índios coxiponés e logo descobriu ouro nas margens do rio, alterando assim o objetivo da expedição (inicialmente com o objetivo de aprisionar e escravizar os índios). • Em 8 de abril de 1719, foi fundado o Arraial da Forquilha às margens dos rios dos Peixes, Coxipó e Mutuca. O nome "forquilha" vem do fato de que, neste ponto de encontro dos rios, era formado o desenho de uma forquilha. Esse núcleo deu origem à atual cidade de Cuiabá. • Com a fundação do Arraial da Forquilha, região que em 1719 torna-se arraial de Cuiabá, o povo elegeu como Guarda- Mor o bandeirante Pascoal Moreira Cabral. No entanto, o governo metropolitano repudiou o nome de Pascoal Moreira Cabral e resolveu nomear Fernão Dias Falcão para ser o representante da Coroa na região de Mato Grosso e poder fiscalizar os impostos cobrados. • Pouco tempo depois, também morreu Pascoal Moreira Cabral, em Cuiabá. • É importante lembrar que esta área estava sob a jurisdição da capitania de São Paulo. Fernão Dias não conseguiu exercer o poder de fato, pois se deparou com a existência de um poder paralelo, exercido por Moreira Cabral e os Irmãos Lemes (João e Lourenço). Diante disso, o Governador de São Paulo, Rodrigo Cesar de Menezes resolveu mudar-se para Cuiabá. Mas antes, ordenou a morte dos irmãos Lemes, sendo armada uma emboscada onde eles foram mortos. • As conquistas dos bandeirantes, na região de Mato Grosso, foram reconhecidas pelo Tratado de Madrid, em 1750. • Em 1752, o então capitão-general do Mato Grosso, Antônio Rolim de Moura Tavares, fundou, à margem do rio Guaporé, a Vila Bela da Santíssima Trindade. • Entre 1761 e 1766, ocorreram disputas territoriais entre portugueses e espanhóis. Depois daquele período as missões espanholas e os espanhóis se retiraram daquela região, mas o Mato Grosso somente passou a ser definitivamente território brasileiro depois que os conflitos por fronteira com os espanhóis deixaram de acontecer, em 1802. Localização de Vila Bela da Santíssima Trindade A fundação de Cuiabá: tensões políticas entre os fundadores e a administração colonial • É importante destacarmos que a partir de 1719, o abastecimento das minas foi feito através das Monções, que eram expedições de comércio ou de abastecimento, que saiam de São Paulo e chegavam até Cuiabá pela navegação dos rios da Bacia Platina. Havia dois tipos de monções: as fluviais (através das navegações) e as terrestres. • Assim como a mineração foi propulsora para o surgimento de núcleos urbanos nesse período, a agricultura de subsistência também foi importante para o desenvolvimento de algumas localidades • Em 1724 é nomeado capitão-mor Fernão Dias. Com a nomeação de Fernão Dias, houve um enfraquecimento do poder local e maior controle e cobrança de impostos nas minas. • No ano de 1727, o arraial de Cuiabá foi elevado à categoria de Vila Real por ato do Capitão General de São Paulo, Dom Rodrigo César de Menezes. Mas a presença da bandeira de Pascoal Moreira Cabral naquele local incomodou os índios aripoconé, que acabaram atacando os paulistas. • Rodrigo Cesar de Menezes muda-se para o Arraial de Cuiabá e, em 1727, eleva o arraial à categoria de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá. A administração de Rodrigo de Menezes foi marcada pela cobrança exagerada de impostos e intensa fiscalização das Minas: • 1- cobrança de impostos como o Quinto (20% da produção era remetida para a Coroa); • 2- a Capitação (cobrança feita pela quantidade de pessoas trabalhando nas minas – por cabeça); • 3- as Entradas (cobrança para se entrar na área explorada). • A economia no Período Colonial da capitania de Mato Grosso era denominada agroexportadora onde predominava a pecuária extensiva paralela à atividade mineradora. Quando o ouro deixou de ser o principal produto da economia mato-grossense, boa parte do contingente populacional passou a dedicar-se a lavoura e criação de gado. Ao mesmo tempo em que permitiam a integração, a agricultura e a pecuária movimentavam o mercado inter-regional, no qual o gado era moeda de troca bastante utilizada. • Essas atividades foram as grandes responsáveis pelo povoamento do estado de Mato Grosso, o que desencadeou a ocupação urbana na área de Cuiabá, e que proporcionou também, a partir de 1736, a criação de outros pequenos povoados como Diamantino, São Francisco, Santana, Rosário, Coxim e Camapuã, por exemplo. • Em 1734, estando já quase despovoada a Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, os irmãos Fernando e Artur Paes de Barros, atrás dos índios Parecis, descobriram outro veio aurífero o qual resolveram denominar de Minas do Mato Grosso, situadas nas margens do rio Galera, no vale do Guaporé. • As Minas de Mato Grosso foram descobertas e batizadas ainda em 1734 pelos irmãos Paes de Barros, impressionados com a exuberância das 7 léguas de mato espesso, dois séculos depois, mantendo ainda a denominação original, se transformaram no Estado de Mato Grosso A fundação de Vila Bela da Santíssima Trindade e a criação da Capitania de Mato Grosso • Até então, a região conhecida como Mato Grosso era subordinada à capitania de São Paulo; no entanto, com a entrada das bandeiras, e a descoberta do ouro em Cuiabá, foi que a Metrópole Portuguesa, por meio da carta Régia de 9 de maio de 1748 criava a então capitania do Mato Grosso. Essa capitania foi criada por uma questão de segurança devido à relação de divergência na fixação dos limites da região, por isso a capital da Capitania foi Vila Bela da Santíssima Trindade, que ficava nas margens do rio Guaporé e não em Cuiabá como queria o primeiro Governador Antônio Rolim de Moura Tavares. • Capital de Mato Grosso de 1752 a 1820, Vila Bela da Santíssima Trindade teve grande destaque político e econômico, garantindo a expansão e preservação do território fronteiriço. • • A partir de 1820, dividiu com Cuiabá a administração provincial. Foi o ano da descentralização política e Vila Bela passou a denominar-se cidade de Mato Grosso. Em 1835, a capital de Mato Grosso passa a ter sede em Cuiabá. A cidade de Mato Grosso recuperou o nome definitivo de Vila Bela da Santíssima Trindade pela Lei Estadual no 4.014, de 29 de novembro de 1978. A escravidão negra em Mato Grosso • De acordo com Barros (1989), a escravidão negra em Mato Grosso teve início com as atividades mineradoras, em 1719. Os negros eram trazidos, inicialmente, pelas monções fluviais e depois através do caminho terrestre que ligava Cuiabá a Goiás, aberto em 1736. Posteriormente, vinham também do Grão-Pará, fornecidos pela Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão. Nasprimeiras décadas desse século, os negros representavam 85% da população de Mato Grosso. • A resistência contra a escravidão assumiu várias modalidades, entre elas o suicídio, a fuga e a organização de quilombos. A fuga, inclusive para as colônias espanholas, atingiu um índice tão alto em 1751, que chegou a preocupar o então Governador e Capitão-General da Capitania, Antônio Rolim de Moura. • A organização em quilombos constituiu o movimento de maior envergadura contra o regime de trabalho compulsório e a violência da sociedade escravocrata. Sobre o uso da mão de obra escrava em Mato Grosso, destacam-se os seguintes aspectos: • Os escravos eram tratados como mercadoria de troca. Ter escravos representava uma ascensão colonial visto que não era uma mercadoria barata. • As principais atividades desempenhadas pelos escravos em Mato Grosso foram: a mineração, agricultura e criação de gado extensiva, e atividades domésticas nas vilas e fazendas. • Os escravos fugidos em Mato Grosso fundaram vários quilombos, dentre eles destacam-se: o quilombo do Piolho, o quilombo do Rio Manso, o Mutuca, entre outros. • Devido às péssimas condições de trabalho, principalmente na extração do ouro, muitos escravos morriam vítimas de epidemias, como a malária. A crise da mineração e as alternativas econômicas da Província • O processo de decadência das minas de ouro começa a ser registrado por volta de 1728 devido a vários fatores (cobrança de vários impostos pela Coroa e pelo movimento migratório de volta para São Paulo, por exemplo). • Além dos fatores de ordem natural, a crise da atividade mineradora pode ser explicada pelo próprio conjunto de ações políticas estabelecidas pelas autoridades portuguesas através da regulamentação e fiscalização da produção. • Por conta de sua constante debilidade econômica, as autoridades lusitanas entendiam que a diminuição do metal arrecadado era simples fruto do contrabando. Por isso, ampliavam paulatinamente os impostos, e não se preocupavam em aprimorar os métodos de prospecção e extração de metais preciosos. • Somado a esses fatores, o uso de ferramentas rudimentares e a falta de investimentos capitais na produção também foram decisivos para o declínio da exploração. • No final do século XVIII, a crise das jazidas de ouro foi seguida pela recuperação das atividades no setor agrícola, sobretudo com a agricultura e pecuária de subsistência. • Quando o ouro deixou de ser o principal produto da economia mato-grossense, boa parte do contingente populacional passou a dedicar-se a lavoura e criação de gado. • A crise da mineração deslocou os capitais utilizados na mineração para outros setores, ou seja, Mato Grosso passava, no começo do século XIX, por uma fase de transição da economia mineradora para a agropastoril. RUSGA • O período Regencial no Brasil, que durou de 1831 a 1840, foi uma consequência da abdicação de D. Pedro I. Durante esse período, dois grupos políticos dominavam a vida pública nacional, embora, na verdade essa predominância tenha se estendido durante todo o Segundo Reinado, até 1889, quando houve a proclamação da República. • De um lado os progressistas (mais tarde, Partido Liberal) aliados do regente padre Feijó, e do outro os regressistas (depois, Partido Conservador) facção política composta na maioria por portugueses que desejavam a volta do ex-imperador. Ideologicamente, essas duas correntes políticas tinham pouca diferença entre si, mas a ambição pelo poder as mantinha separadas, em constante disputa. • No período Colonial, os maiores quilombos em Mato Grosso estavam localizados no Vale do Guaporé, sendo um dos mais famosos o Quilombo do Piolho ou Quariterê, que era composto por negros, índios, crioulos e caburés. • Nesses quilombos era adotada como forma de Governo a Monarquia, que foi exercida primeiramente por José Piolho e após a sua morte pela sua mulher, a Rainha Tereza de Benguela. • O mais importante deles, assim como do Estado de Mato Grosso como um todo, foi o quilombo de Quariterê, conhecido também por quilombo do Piolho. O quilombo do Quariterê situava-se às margens do rio Quarité ou Piolho, • Outros, de menor porte, situavam-se ao norte do Arraial de São Vicente e nas vertentes dos rios Galera, Sararé, Piolho e Pindaituba. OS QUILOMBOS • O Quilombo do Piolho foi destruído pelo capitão-general Luis Albuquerque De Melo Pereira e Cáceres, além da ajuda de brancos que queriam recuperar seus escravos fugitivos. Este capitão-general também instituiu a Aldeia de Carlota, nas proximidades do Quilombo do Piolho • A criação tinha por objetivo povoar e controlar a fronteira contra possíveis ataques espanhóis. Na aldeia, foram introduzidas a agricultura e pecuária de subsistência, onde trabalhavam os escravos alforriados (principalmente negros idosos) e em troca de sua alforria, deveriam proteger a fronteira para o governo português da ameaça espanhola. • Já no período imperial, o quilombo que mais se destacou foi o “Quilombo do Rio Manso”, na região de Chapada dos Guimarães, já que trouxe grande medo para a população de Cuiabá, pois era composto de negros, criminosos e desertores da Guerra do Paraguai. Eles invadiam propriedades rurais da região para roubar mulheres. • De acordo com Barros (1989) como estratégia, os quilombos eram localizados em lugar de difícil acesso, alguns deles o mais próximo possível dos domínios espanhóis para facilitar a fuga, no caso de ataque pelo poder constituído. A Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai e a participação de Mato Grosso • A origem da Guerra do Paraguai está relacionada à política expansionista do presidente paraguaio Francisco Solano Lopes (1864-1870). Havia o desejo de alcançar uma saída para o mar, o implicava na dominação de parte dos territórios dos países vizinhos: Argentina, Brasil e Uruguai. Ao mesmo tempo, o crescimento econômico do qual desfrutava o Paraguai incomodava profundamente a Inglaterra, que exercia seu poder imperialista sobre os demais países da América do Sul. • Estando ameaçados e com um inimigo comum, Argentina, Brasil e Uruguai assinaram no dia primeiro de maio de 1865, sob a forte influência da Inglaterra, o Tratado da Tríplice Aliança em Buenos Aires. Segundo o mesmo, as tropas aliadas ficariam sob o comando do então presidente da Argentina, Bartolomeu Mitre. • O fato que dá início a guerra da Tríplice Aliança é o aprisionamento da embarcação “Marquês de Olinda”, que saiu de São Paulo a caminho de Cuiabá, trazendo a bordo o novo presidente da Província de Mato Grosso, Frederico Carneiro de Campos. Com o sequestro, Solano Lopes deu motivo que o Brasil, Uruguai e Argentina precisavam para desencadear a guerra. • As forças paraguaias tomaram a cidade de Corumbá e, consequentemente, bloquearam a Bacia Platina, isolando Mato Grosso das demais províncias brasileiras. A população de Mato Grosso padecia de medo dos paraguaios, dos desertores, dos negros do quilombo do Rio Manso e, mais tarde, da chegada da varíola, que alastrou grande epidemia e causou incontável número de mortos. • Em 1867, com a retomada de Corumbá, as tropas de Solano Lopes começaram a perder forças e em 1870 o Brasil derrotou o exército paraguaio. Em relação à participação e as consequências para o estado de Mato Grosso, destacam-se os seguintes aspectos: • A província tem seu cotidiano alterado com o medo das forças paraguaias em território mato-grossense. • Houve um isolamento da província com a tomada da Bacia Platina, o que configurou num aumento do preço dos alimentos. • Uma epidemia de varíola assolou a província dizimando centenas de pessoas. • Os soldados desertores da guerra abrigavam-se no quilombo do Rio Manso, sendo um local bastante temido. • Com a guerra, registrou-se um aumento da insegurança em Cuiabá e próximo a Chapada dos Guimarães devido à falta de soldados na região. • O estado de Mato Grosso nesse períodoserviu de base militar para as tropas brasileiras em conflito. • Outra consequência do fim da guerra foi o aumento territorial da província, pois com a vitória no conflito, Brasil e Argentina anexaram algumas áreas do Paraguai aos seus territórios. • Há um incremento populacional na província provocado por vários fluxos migratórios. • É registrado um crescimento desordenado da cidade de Cuiabá, principalmente com o registro de migrações dos Paraguaios. A economia mato-grossense após a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai • Com o fim da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai foi a reaberta a Bacia Platina, permitindo a exportação dos produtos do extrativismo vegetal, como látex, a poaia, a erva-mate e o açúcar. Isso provocou o desenvolvimento dos portos de Corumbá, Cáceres e Cuiabá. • Registou-se também a ascensão de uma classe burguesa comercial que detinha casas de comércio (nas cidades de Cuiabá, Cáceres, Corumbá, Ponta Porã, Bela Vista). • A principal consequência na economia mato-grossense após a Guerra contra o Paraguai foi a integração do estado ao capitalismo internacional, pois, com a retomada das navegações na Bacia Platina há um aumento das exportações da produção da província (principalmente oriundos da pecuária e extrativismo vegetal) além da importação de outras mercadorias industrializadas. O fim do Império em Mato Grosso • O fim da guerra do Paraguai contribuiu também para o fortalecimento do ideal abolicionista. Muitos dos soldados brasileiros haviam sido recrutados entre a escravaria, com a promessa de alforria ao final do conflito. A volta dos "soldados libertos" intensificou a campanha abolicionista em todo o país, descontentando a elite tradicional, base social de apoio à monarquia • No aspecto social, Mato Grosso registra uma gradativa substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre nas atividades de extração da poaia, borracha e erva-mate. Com a promulgação da Lei Eusébio de Querioz muitos escravos foram relocados para a atividade canavieira, ocorrendo uma diminuição de escravos em Cuiabá. • Nos últimos anos do período Imperial, foi registrado um lento desenvolvimento da província - sobretudo devido seu isolamento territorial e descaso do governo português - governada de outubro de 1884 a novembro e 1885 pelo general Floriano Peixoto. • Em 9 de agosto de 1889, assumiu a presidência o coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos, sob cujo governo se realizou a eleição de que saíram vitoriosos os liberais — triunfo celebrado em Cuiabá com um pomposo baile em 7 de dezembro, pouco antes de chegar à cidade a notícia da queda da monarquia. Transferência da capital • A transferência da antiga capital de Vila Bela da Santíssima Trindade para Cuiabá ocorreu na data de 20 de Agosto de 1821 (período da independência do Brasil - momento em que se rompiam definitivamente os laços coloniais com Portugal). No início do século XIX, tomou posse no governo da capitania João Carlos Augusto D’Oeynhausen e Gravemberg (conhecido como Marques de Aracati). Dentre os fatores que marcaram sua administração, temos: • Transferiu órgãos públicos de Vila Bela para Cuiabá. Sua administração foi marcada por grande quantidade de comemorações e festas, com a intenção de mascarar a pobreza e a miséria da população, aumentando ainda mais o endividamento dos cofres públicos. (seu governo foi muito popular e de grande aceitação pela população). • Construiu a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital São João dos Lázaros, que servia para abrigar os leprosos. • Assinale a opção em que se identifica o principal fato decorrente da descoberta do ouro em Mato • Grosso, na primeira metade do século XVIII. • a) Pacificação dos povos indígenas que habitavam a área. • b) Chegada das expedições bandeirantes na região. • c) Consolidação dos limites do Tratado de Tordesilhas. • d) Efetivo início do povoamento de Mato Grosso. A sempre conflituosa relação entre índios e não-índios, ao longo do processo de ocupação de Mato Grosso, adquiriu conotação diferenciada após a descoberta de ouro na região. Com relação a esse fato, assinale a opção correta. • a) Moveu-se guerra contra os índios com o intuito de ser-lhes tomada a terra para que nela se efetivasse o • povoamento branco. • b) Os índios passaram a ser objeto de captura para que servissem de mão- de-obra escravizada. • c) Os indígenas foram deslocados para o litoral da colônia, onde desempenharam papel central na agroindústria • açucareira. • d) Os indígenas de Mato Grosso associaram-se aos espanhóis na guerra para impedir o adensamento da presença • portuguesa na porção oeste da colônia. • Em meio a muitos atos de violência, um episódio sangrento notabilizou-se na história de Mato Grosso. Trata-se da rusga, nome pelo qual ficaram conhecidos os sangrentos acontecimentos de 30 de maio de 1834, quando: • a) espanhóis vindos da Bolívia, em sua maior parte, atacaram Mato Grosso para reaver o território que consideravam pertencer-lhes de direito. • b) guerreiros paiaguás invadiram a capital da província e encontraram inesperada e poderosa reação por parte da • população local. • c) brasileiros de Mato Grosso se lançaram armados contra portugueses que viviam na província, os chamados • adotivos, o que, para alguns, foi gesto típico de revanche à tirania lusa. • d) as tropas enviadas pelo governo regencial atacaram Cuiabá com o objetivo de desalojar do poder o presidente da província. • Considere as seguintes proposições sobre a história de Cuiabá. • I. Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá foi, desde sua oficialização como vila, a capital da Província de Mato • Grosso. • II. A partir da fundação do primeiro povoado pelo bandeirante Manuel de Campos Bicudo, a vila de Cuiabá teve • crescimento tímido porém contínuo ao longo do período colonial. • III. O primeiro nome da cidade de Cuiabá, que surgiu como um posto de exploração e controle do ouro, foi Vila Nossa • Senhora da Conceição de Albuquerque. • IV. Antes da criação da Capitania do Mato Grosso, em 1748, Cuiabá e toda a região mato-grossense estiveram • vinculadas à Capitania de São Paulo. • Está correto o que se afirma APENAS em • a) I. • b) II e IV. • c) IV. • d) I, II e III. • A presença de escravos africanos, em Mato Grosso, é decorrente do desenvolvimento da mineração, a partir da primeira metade do século XVIII. Desde o começo, a escravidão foi acompanhada por diversas modalidades de resistência ao trabalho compulsório, entre as quais a fuga e a organização de quilombos. Assinale a opção que indica os dois quilombos mato-grossenses mais importantes dos séculos XVIII e XIX. • a) Piolho e Carucango. • b) Quariterê e Rio Manso. • c) Palmares e Piolho. • d) Carucango e Quariterê. • e) Aldeia da Carlota e Palmares.
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