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ANATOMIA DO SISTEMA VENOSO DOS MEMBROS INFERIORES INTRODUÇÃO O sistema venoso é composto por estruturas tubulares mais delgadas e menos elásticas que as artérias. Apresentem três camadas: a íntima, que é a camada mais interna e tem importante atividade anti-trombogênica, produzindo prostaglandinas I2, glicosaminoglicanos cofatores da antitrombina, trombomodulina, e fator ativador tecidual do plasminogenio;1 a camada média, que contém fibras musculares lisas, colágeno e elastina; e a adventícia, que é a camada mais espessa da veia, formado por tecido conectivo frouxo onde estão os vasa vasorum e as fibras nervosas simpáticas.2 O sistema venoso dos membros inferiores é dividido em sistema superficial, profundo e o sistema perfuro-comunicante ou perfurante. Estes sistemas contém válvulas bicúspides mais numerosas na periferia decrescendo em número próximo à pelve. A função das válvulas é dividir a coluna de sangue em segmentos menores, especialmente quando o indivíduo está em posição ortostática.1 Figura 1 – Localização das válvulas no sistema venoso profundo fêmoro-poplíteo. ST: triângulo de Scarpa 1-4 válvulas; FE: Femoral 5-8 válvulas; PO: Poplíteo 9-13 válvulas; CQ: tronco venoso circunflexo e quadricipital; GS: arco da veia safena magna. Editora: favor verificar se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de: Anatomy of the veno-muscular pumps of the lower limb. Jean-François Uhl and Claude Gillot. Phlebology 2014 0(0) 1-14. No sistema venoso profundo, as veias apresentam relação de 1:1 em relação às artérias proximais aos joelhos e relação de 2:1 nos vasos distais ao joelho (Figuras 1 e 2).3 No sistema venoso superficial não há correlação evidente entre artérias e veias. FIGURA 1 – Relação veia/artéria em nível de coxa Editora: favor verificar se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído: Anatomy Learning Resources – Duke University Medical School - https://web.duke.edu/anatomy/Lab14/Lab14.html FIGURA 2 – Relação veia/artéria em nível de perna Editora: favor verificar se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de https://medwrite.biz/55786_gastrocnemius_muscle_cross_sectional_anatomy_cross/ A divisão do sistema venoso ocorre através das fáscias. O sistema venoso superficial geralmente está acima da fáscia muscular e abaixo da derme.4 O sistema venoso profundo abaixo da fáscia muscular e o perfurante, como o próprio nome diz, perfura e atravessa a fáscia (Figura 3). O tronco principal da veia safena costuma estar em uma região peculiar, o compartimento safênico, entre a fáscia muscular profunda e a fáscia safênica. Desta forma, podemos encontrar três compartimentos distintos (Figuras 4 e 5). No sistema venoso profundo, as veias estão localizados entre os alojamentos musculares, ao lado das artérias homônimas, cobertas por uma bainha vascular. Recebem tributárias musculares e veias perfurantes e formam a parte passiva da bomba muscular da panturrilha.5 Figura 3 – Disposição das veias no membro inferior. Editora: favor verificar se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de Kachlik et al. Superficial venous system of the lower extremity - Phlebology 2010;25:113–1236 O transporte do sangue no sistema venoso superficial ocorre dos capilares para as vênulas, destas para as tributárias, arcos venosos ou safenas magnas e parvas acessórias, e, finalmente, para safenas magnas e parvas e veias perfurantes.7 Neste ponto podemos encontrar as micro-vênulas <0,01mm; as vênulas de drenagem que tem diâmetro entre 0,01 a 0,1mm, que juntas formam conexões não-valvuladas. Apresentam-se dispostas em camadas: subcutânea, sujeitas à influência térmica, traumas e compressões. É o componente ativo e dinâmico do sistema venoso dos membros inferiores. Possuem receptores adrenérgicos e hormonais (progesterona).5 As veias superficiais podem ser classificadas de acordo com o diâmetro e a localização na derme. As telangiectasias são as mais superficiais e costumam ter menos que 1mm e não são palpáveis. As veias reticulares são veias alongadas e tortuosas, em geral menores que 3mm. As tributárias são mais alongadas, dilatadas e tortuosas quando comparadas às veias reticulares, e geralmente são maiores que 3mm.7 Tanto as veias reticulares e quanto as tronculares causam impressão na pele permitindo a palpação. FIGURA 4 – Compartimentos do sistema venoso do membro inferior. Compartimento safênico (SaphC) é delimitado superficialmente pela fascia safênica (SF) e ao fundo pela fascia muscular (MF) e contém as veias safenas (SV) e o nervo safeno (SN). As veias safenas acessórias (ASV) encontram-se fora do compartimento, próxim o à derme (D). SC – compartimenro superficial. DC – compartimento profundo. Editora: favor verificar se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de Caggiati et al. Nomenclature of the veins of the lower limbs: An international interdisciplinary consensus statement. J Vasc Surg 2002;36:416-228 O sistema venoso superficial apresenta como principal característica o fato dos seus dois maiores troncos terem origem em um arco comum: a veia safena magna e parva com sua origem no arco dorsal do pé (ADP). O ADP, por sua vez, promove a drenagem venosa dos pododáctilos, onde cada dedo tem 4 veias, duas dorsais e duas ventrais, todas conectando-se ao arco (Figura 5). 7 Embora as premissas anteriores sejam quase sempre verdadeiras, um dado relevante é a grande variabilidade anatômica que ocorre em ambos os sistemas superficial e profundo, principalmente nos quesitos duplicações e terminações venosas. Figura 5 - Veias do membro inferior – face ventral e dorsal Editora: favor verificar se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de Kachlik et al; Information on the changes in the revised anatomical nomenclature of the lower limb veins; Biomed Pap Med Fac Univ Palacky Olomouc Czech Repub. 2010 Mar; 154(1):93–98 SISTEMA VENOSO PROFUNDO VEIA FEMORAL COMUM (VFC) A veia femoral comum (VFC) é o principal vaso da coxa na maioria dos pacientes (anatomia modal ou anatomia habitual). Em alguns casos pode ser substituído por um sistema axial venoso ou um tronco femoral profundo.9 Segundo Uhl et al, em 336 membros de cadáver estudados por dissecção após injeção de látex, 88% apresentavam anatomia modal (“normal”), 1% apresentavam tronco axiofemoral e a VFC fica hipoplásica. 2% apresentavam tronco femoral profundo, onde a veia femoral comum também encontra-se hipoplásica e a veia femoral profunda se torna a principal via de drenagem da coxa. Configuração bi-troncular ocorreram em 9% dos membros. Veias bifurcadas ocorreram em 5% dos casos. Cockett identificou somente 18% dos membros com anatomia modal.10 Gordon et al11 através da análise de flebografias, identificaram 25% de variações, Quinlan et al12 32% e Screaton et al 46%.13 Dona et al identificaram duplicações em 15% das ultrassonografias venosas.14 Quando comparados os membros direito e esquerdo, 48% tinham discrepâncias anatômicas segundo Quinlan et al.12 VEIA FEMORAL (VF) Antigamente conhecida como veia femoral superficial, termo abandonado por se tratar de uma veia do sistema profundo, tem seu trajeto delimitado inferiormente pelo canal dos adutores da coxa e superiormente pela junção com a veia femoral profunda.3 É a veia com maior número de anomalias do sistema venoso profundo, sendo a principal a duplicação, podendo chegar até 46% dos casos (Quinlan et al).12 Gordon et al encontraram 25% das VF duplicadas. Nas figuras 6 a 10, estão demonstradas as principais variações anatômicas da VF. 11 Quando ocorre a duplicação, é comum a redução no diâmetro das veias (9 a 14 mm) quando comparadas ao tronco único (28 mm). Figura 6: As 3 configurações monotronculares da VF: A: anatomia modal (88%); B: tronco axiofemoral (1%); C:tronco femoral profundo (2%). Figura 7: As 4 configurações bitronculares da VF: A: duplicação da veia femoral (1%); B: veia femoral plexiforme (1%); C: bifurcação alta (veia femoral profunda mais femoral – 2%); D: bifurcação baixa (axiofemoral mais femoral - 4.8%). cc: canal colateral; AFT: tronco axiofemoral; CF: veia femoral comum; Cm: veia circunflexa merial; DF: veia femoral profunda; DFT: tronco femoral profundo; FV: veia femoral; vein; IG: Veia glutea inferior; Po: veia poplítea; SNA: arcada do nervo ciático. P3: terceira perfurante. Editora: favor verificar se é possível usar a imagem original ou se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de Uhl et al. Anatomical variations of the femoral vein – J Vasc Surg, 2010;52:714-9 9 Figura 8 – Modelo anatômico em com injeção de látex - Tronco femoral profundo A veia poplítea (P) divide-se em 2 ramos: uma pequena veia femoral medial (F) e o tronco femoral profundo (D), mais lateral e maior. A união dos dois mais acima forma a veia femoral comum. Figura 9 – Modelo anatômico em com injeção de látex - Tronco axiofemoral A veia poplítea (P) ve de dois troncos: medial (azul) e lateral (verde). Divide-se em dois ramos: uma veia femoral medial, pequena (FV) duplicada em dois ramos ao longo da artéria femoral e outro ramo axial maior (A, vermelho) DF: veia femoral profunda Editora: favor verificar se é possível usar a imagem original ou se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de Uhl et al. Anatomical variations of the femoral vein – J Vasc Surg, 2010;52:714-9 9 Figura 10 – Angiotomografia com reconstrução em 3D - Mulher de 50 anos de idade com posição normal da veia fêmoro-poplítea direita e rotação anterior da veia fêmoro-poplítea esquerda. Abaixo do hiato do adutor, setas da veia fêmoro-poplítea esquerda gira em torno da artéria anteriormente. A veia fêmoro-poplítea direita (ponta de seta) está localizada lateralmente no nível do hiato adutor (D) e posterior na fossa poplítea. O cisto de Baker (*) foi visualizado incidentalmente na fossa poplítea direita. As linhas A e D indicam o nível de hiato do adutor. F = pé, H = cabeça, L = esquerda, P = posterior, R = direito. Editora: favor verificar se é possível usar a imagem original ou se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de Park et al. Anatomy and Variation of Femoral and Popliteal Veins on 3D CT Venography Korean J Radiol 12(3), May/Jun 2011 VEIA FEMORAL PROFUNDA (VFP) A veia femoral profunda drena todo compartimento interno da coxa, com trajeto mais superficial e medial quando comparado com a artéria femoral profunda. Recebe tributárias numerosas da musculatura da coxa. Estabelece comunicação abaixo com a veia poplítea e acima com as veias glúteas. Recebe também as veias femorais circunflexas medial e lateral. Próximo à tuberosidade isquiática junta-se à veia femoral para formar a veia femoral comum. VEIA POPLÍTEA (VP) A veia poplítea (VP) inicia com a junção das veias tibiais anteriores ao tronco tíbiofibular venoso (Figura 10). Dona et al 14 avaliaram 248 membros inferiores. 19,2% apresentavam duplicações. Somente 5% envolviam exclusivamente a veia poplítea. Neste mesmo trabalho, também constataram que o diâmetro médio da VP foi 9,2mm. Nos casos onde a veia era duplicada, o diâmetro médio foi menor: cerca de 7,2mm VEIAS TIBIAIS POSTERIORES (VTP) As veias tibiais posteriores (VTP) acompanham a artéria correspondente, recebendo tributárias do grupo posterior de músculos da panturrilha (músculos tríceps sural, músculo tibial posterior, músculo flexor longo dos dedos e músculo flexor longo do hálux), especialmente comunicações das veias soleares, das veias perfurantes e do terço proximal das veias fibulares. Posteriormente, as VTP passam por baixo do arco tendíneo do músculo sóleo, juntamente com o nervo tibial. Estas veias contém 8-19 vávulas.29 Figura 11 – Imagem ultrassonográfica das veias profundas na metade distal da panturrilha. MS, músculo sóleo; T, tíbia; VFi, veias fibulares; VTP, veias tibiais posteriores. Extraído de D. Kachlik et al. Deep venous system of the lower extremity: new nomenclature. Phlebology 2012;27:48-58 Figura 12 – Imagem ultrassonográfica das veias profundas na metade distal da panturrilha. AFi, artéria fibular; ATP, artéria tibial posterior; MS, músculo sóleo; T, tíbia; VFi, veias fibulares; VTP, veias tibiais posteriores. Extraído de D. Kachlik et al. Deep venous system of the lower extremity: new nomenclature. Phlebology 2012;27:48-58 VEIAS TIBIAIS ANTERIORES (VTA) Estas veias são a continuação proximal das veias dorsais do pé após passarem por baixo do retináculo inferior dos músculos extensores. As veias tibiais anteriores (VTA) então continuam juntamente com a artéria correspondente e o nervo fibular profundo, primeiramente na superfície anterior da tíbia e posteriormente na superfície anterior da membrana interóssea tíbiofibular. Na porção proximal da perna, os vasos tibiais anteriores (sem o nervo fíbular profundo) perfuram a membrana dorsalmente para penetrar no compartimento posterior ou flexor. Aqui, as VTA se unem com as VTP e formam a VP, em nível da porção distal do músculo poplíteo. Estas veias contém 8-11 válvulas. 29 VEIAS FIBULARES (VF) Estas veias ascendem juntamente com a artéria correspondente dentro de um canal entre o músculo flexor longo do hálux e a fíbula, recebendo a drenagem das veias soleares e veias perfurantes. Finalmente, elas drenam nas VTP, em nível de segmento proximal da panturrilha, abaixo do arco tendíneo do músculo sóleo (figuras 11 e 12). As veias fibulares (VF) contém 8- 11 vávulas.29 VEIAS MUSCULARES GASTROCNÊMIAS Segundo J.A.Aragão et.al.3187% dos troncos venosos gastrocnêmios drenam para a VP, e os demais 13% drenam nas VTP, VF e tronco venoso tíbio-fibular. Raramente, veias gastrocnêmias podem drenar na veia safena parva. A observação da drenagem das veias gastrocnêmias pode ser dividida em quatro tipos: 31 Tipo 1- caracterizado por veias que emergem das cabeças medial e lateral do músculo gastrocnêmio, convergindo num eixo venoso axial que continua proximalmente em direção ao tronco gastrocnêmio principal Tipo 2 – caracterizado por veias emergindo das cabeças lateral e medial do músculo gastrocnêmio, porém drenando em troncos colaterais, convergindo num tronco venoso axial e então em direção ao tronco gastrocnêmio principal Tipo 3 – caracterizado por veias emergindo das cabeças lateral e medial do músculo gastrocnêmio, convergindo diretamente em direção ao tronco gastrocnêmio principal Tipo 4 – caracterizado por veias emergindo das cabeças lateral e medial do músculo gastrocnêmio, sem conversão para nenhum tronco gastrocnêmio. Os tipos mais comuns de drenagem das veias gastrocnêmias são os tipos 1 e 2. Figura 13 – Diagrama mostrando a distribuição da rede venosa gastrocnêmia em tipos 1,2,3 e 4. A, veia poplítea; B, tronco venoso gastrocnêmio principal; C, tronco venoso gastrocnêmio axial; D, veias gastrocnêmias; E, veias soleares; F, veia safena parva; G, tronco venoso gastrocnêmio colateral. Extraído de J.A. Aragão et. Al. Anatomical study fo the gastrocnemius venous network and proposal for a classification of the veins. Editora, favor verificar se é possível usar a imagem original ou redesenhar. VEIAS MUSCULARES SOLEARES As veias soleares mediais são menores do que as veias laterais e estão orientadas horizontalmente na parte periférica do músculo e verticalmente na parte central. Estas veias verticais e centrais unem-se na linha média na parte proximal do músculo para conectar as VF mais lateralmente. As veias soleares laterais apresentam maior calibre e direção vertical. Elas unem-se em vários troncos terminando nas VF, acima da arcada do músculo flexor longo do hálux. Isto explica porquê as VF são mais calibrosas acima desta arcada. Abaixo,as VF estão contidas no canal fibular, fibroso e não distensível. Acima, as VF são dilatadas pela drenagem das grandes veias soleares laterais. Em resumo, a drenagem das veias soleares no músculo sóleo é dividida em duas partes: as veias mediais horizontalmente nas VTP, e as veias laterais verticalmente nas VF. Figura 14 – Dissecção anatômica das veias soleares. Esta é uma segmentação colorida após injeção de látex e dissecção da perna direita (visão lateral). As grandes veias laterais do músculo sóleo (1) estão coloridas em verde: elas drenam para as veias fibulares (2, em rosa). As veias mediais menos calibrosas (3) são coloridas em azul, e drenam para as veias tibiais posteriores (em azul claro). Por favor, observe os níveis de perfurantes na perna (8,10 e 14cm do maléolo medial à esquerda – 9,12 e 18cm da articulação do joelho à direita). 5: veia poplítea; 6: veia dorsal superior do sóleo; 7: tendão do músculo plantar. Extraído de Anatomy of the veno-muscular pumps of the lower limb. Jean-François Uhl and Claude Gillot. Phlebology 2014 0 (0) 1-14. Editora , favor verificar se é possível utilizar esta foto sem modificações VEIAS GENICULARES O termo plexo venoso genicular deve substituir o termo veias geniculares. No joelho, as veias profundas não correspondem exatamente aos ramos da artéria Poplítea (artérias articulares). Estas veias ficam organizadas num plexo de veias interconectadas. 8 VEIAS PLANTARES Formam a bomba plantar do pé, localizadas profundamente entre os músculos quadrado plantar e o flexor longo do hálux. O pedículo medial é menor, em torno de 5cm, composto por 2 a 3 veias em forma de plexo com várias anastomoses. O pedículo lateral é mais longo, com 12cm, e mais largo. É localizado entre as duas camadas musculares da planta do pé, sendo comprimidas durante a fase sistólica da bomba venosa do pé. É composta de 2 a 3 veias também conectadas por várias anastomoses, também em forma de plexo. Ambas as veias drenam posteriormente para as veias tibiais posteriores.15 SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL ARCO DORSAL DO PÉ (ADP) VEIA SAFENA MAGNA (VSM) A nomenclatura atual da veia safena magna (“great saphenous vein”) surgiu em 2002,8 sendo o objetivo primário da escolha as possíveis confusões nas abreviaturas de “long saphenous vein – LSV” ser facilmente confundida com “lesser saphenous vein – LSV”. Um dos fatos mais marcantes quanto à anatomia da VSM é o fato de ter uma íntima relação com o compartimento safênico, estrutura delimitada por duas fáscias: uma abaixo da safena – a fáscia muscular – e outra acima - a fáscia safênica, que é parte membranosa da tela subcutânea.3,7 A VSM é ancorada neste compartimento pelo ligamento safênico, desde a adventícia da veia até a camada membranosa e a fáscia muscular (Figura 4).7 O compartimento safênico costuma ser bem delimitado na coxa e na perna. Nos exames de ultrassom de membro inferior o compartimento safênico é comparado a um “olho egípcio”.1 O conhecimento deste espaço é de suma importância nos procedimentos termo-ablativos, onde ocorre a injeção de solução tumescente.3 Neste espaço, a partir do nível do canal dos adutores, temos a presença do nervo safeno,16 e em nível de perna, este nervo está em uma posição anterior à VSM.1 A VSM é a maior veia do corpo humano. Origina-se da junção das veias dorsais do pé no lado medial do arco dorsal do pé, em direção ascendente, percorre a borda anterior do maléolo medial. Continua na borda ântero-medial da perna até a região póstero-medial do joelho, seguindo para região medial e ântero-medial da coxa até a junção safenofemoral. O mergulho da safena através da fáscia profunda para conectar-se na veia femoral recebe o nome de crossa (Figura 11).7 Figuras 15 – Modelo anatômico da veia safena magna com injeção de látex Editora: favor verificar se é possível usar a imagem original ou se possuem figura semelhante. Extraído de Genovese G. Venous anatomy of the lower limb - https://www.societaitalianaflebologia.it/wpcontent/uploads/2016/11/genovesecapitolo-1- 1.pdf Nesta região, antes de mergulhar através do hiato safeno, a VSM recebe cerca de 4 a 6 tributárias (Figura 12), sendo as mais próximas da croça (1 a 2cm da VFC): veia pudenda externa (90 - 100%), veia circunflexa ilíaca superficial (83 - 99%), veia epigástrica superficial (78-100%), veia safena acessória anterior (51-94%); e a mais distante: a veia safena acessória posterior, geralmente a 7cm da VFC (20 - 68%).17,18 Figura 16 – Anatomia da veia safena magna na coxa. HS: hiatus saphenus; LI: ligamentum inguinale; VCIS: vena circumflexa ilium superficialis; VES: vena epigástrica superficialis; VFC: vena femoralis communis; VPES: vena pudenda externa superficialis; VSM: vena saphena magna; VSMAA: vena saphena magna accessoria anterior; VSMAP: vena saphena magna accessoria posterior; vis: valvula infrasaphenica; vp: valvula preterminalis; vt: valvula terminalis; vss: valvula suprasaphenica. Editora: favor verificar se é possível usar a imagem original ou se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de Kachlik et al. Superficial venous system of the lower extremity. Phlebology, 2010;25:113–123.6 Existem variações anatômicas da crossa da veia safena (Figura 13): crossa em Y invertido; crossa dupla; crossa plexiforme e crossa em “H”. A crossa em “Y” invertido é formada por duas veias safenas magnas que ao penetrar no hiato safeno formam um tronco comum. A crossa dupla é formada por duas safenas magnas que se unem à veia femoral comum de maneira independente. Este tipo de junção ocorre em 7,9% a 10,8% dos casos. A crossa plexiforme é formada por troncos safenos menores, que podem se reunir em um único tronco ou desembocar de maneira independente. A crossa em “H” é formada pela junção da safena duplicada com a parte terminal do arco safênico, próximo à junção safeno-femoral. É comum também a ocorrência de ectasia na JSF: tipos 1, 2 e 3, com prevalências de 2,3%, 1,2% e 1,7% respectivamente. Figura 17 – Variações da junção safeno-femoral Editora: favor verificar se é possível usar a imagem original ou se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de Cirocchi et al. Systematic review and meta-analysis of the anatomic variants of the saphenofemoral junction. J Vasc Surg: Venous and Lym Dis 2019;7:128-38. 19 Além da própria VSM, duas válvulas tem grande importância hemodinâmica e recebem nomenclatura especial: a válvula terminal, presente em 94 a 100% das VSMs e a válvula pré- terminal, 3 a 5cm da terminação da VSM. 3 Em geral, o tronco principal da VSM costuma ter pelo menos 6 válvulas.1 Segundo estudo de Albricker et al16, em 422 membros avaliados, 8,8% apresentavam variação anatômica da VSM. Os diâmetros médios das VSMs competentes, segundo Engelhorn et al:20 6,5mm na JSF; 4,0mm na coxa proximal; 3,0mm no joelho; 2,5mm na perna. Segundo Mendoza et al,21 a VSM pode estar fora do compartimento safênico em 15% das pessoas, principalmente entre a região média da coxa e o joelho. Em muitos destes casos, uma veia calibrosa superficial costuma estar presente e recebe o nome de veia safena magna funcional.7 As duplicações verdadeiras da VSM, onde ambas estão em contato com a fáscia profunda e depois reagrupam em direção à croça ocorrem em 8% das coxas e 25% das pernas.1 Caggiati et al22 encontraram hipoplasia da VSM em 20% dos casos (quando o diâmetro interno da veia tem menos de 3mm) e aplasia em 12% das pernas saudáveis. A VSM é provavelmente uma das veias mais susceptíveis à doenças.17 VEIA SAFENA MAGNA ACESSÓRIA ANTERIOR (VSMAA) A veia safena magna acessória anterior costuma cursar próximo à fáscia muscular da coxa, assim como a VSM. A diferença maior está no trajeto da VSMAA, que é mais anterior, seguindo quase o mesmo trajeto anatômico da veia femoral, porém, separadas pela fásciamuscular.23 As principais diferenças entre a VSMAA e a VSM é que a primeira está mais lateral e superficial. É comum a presença de linfonodos próximo á junção destas duas veias, que ocorre a cerca de 1cm da junção safeno-femoral em 41% dos casos. As VSMAA tem em média 2 a 5mm de diâmetro e está presente de maneira evidente em 67% dos pacientes. 6 VEIA SAFENA MAGNA ACESSÓRIA POSTERIOR (VSMAP) A VSMAP pode conectar-se à safena em praticamente qualquer ponto da coxa, sendo mais comum no trajeto a cerca de 7 centímetros da junção safenofemoral. É um ponto importante de conexão, causador de hematomas em safenectomia e de recidivas em ablações térmicas. O caminho da VSMAP ocorre posteriormente à VSM, podendo ocorrer na coxa e eventualmente na perna, onde é conhecida por arco posterior da VSM ou veia de Leonardo. A importância da VSMAP, especialmente na perna, são as conexões com as veias perfurantes de Cockett e destas para as veias tibiais posteriores. Sua presença é estimada em 8 a 20% dos casos. VEIA SAFENA MAGNA ACESSÓRIA SUPERFICIAL (VSMAS) Designa-se uma VSMAS qualquer veia que acompanha a VSM mas está fora do compartimento safênico em uma posição superficial, acima da fascia safênica. VEIA CIRCUNFLEXA FEMORAL ANTERIOR (VCFA) É uma veia que drena o sangue da região lateral da coxa, ascende obliquamente pela coxa e termina diretamente na VSM ou na VSMAA. VEIA CIRCUNFLEXA FEMORAL POSTERIOR (VCFP) Drena a parte posterior e medial da coxa. Em alguns casos, é uma continuação da VSP, sendo chamada de veia de Giacomini. Termina na VSM ou ns VSMAS ou VSMAP. VEIA SAFENA PARVA (VSP) A VSP também repousa em seu compartimento safênico, acompanhada pelo nervo sural lateralmente.1 Aproximadamente 60% das VSP terminam na veia poplítea em até 8cm da linha articular do joelho, 20% terminam na VSM através de tributárias anteriores ou posteriores e 20% terminam na veia femoral profunda ou veia ilíaca interna.1 Possui algum tipo de extensão cranial presente em até 95% dos casos e quando termina na VSM através da veia circunflexa posterior da coxa (53% dos casos), recebendo neste caso, o nome de veia de Giacomini, pertencente ao grupo intersafênico.3 O arco lateral da VSP é a maior tributária deste segmento e mantém conexões com as veias peroneiras através das veias perfurantes laterais da perna. A anatomia da veia safena parva apresenta consideráveis variações em seu trajeto e principalmente na sua terminação (Figura 14).24 Giacomini em 1893 e Kosinski em 1926 foram os primeiros a fornecer informações detalhadas sobre a terminação da veia safena parva em estudos de dissecção de cadáveres. Subsequentemente, com o advento da flebografia e, mais tarde, da ultrassonografia Doppler, novos estudos confirmaram os resultados por eles reportados. No Brasil, os primeiros estudos anatômicos da veia safena parva foram publicados pelos professores Alcino Lázaro da Silva a e Emil Burihan. Ambos autores confirmaram a grande variação anatômica da terminação. 24 Oliveira et al descreveram os principais tipos de variações da veia safena parva, utilizando como referência a classificação de Kosinski:25 • Tipo I – terminação na veia poplítea, sendo dividida em dois subtipos: (a) quando termina exclusivamente na veia poplítea; ou (b) dividida em dois ramos, um para veia poplítea e outro para safena magna; • Tipo II – terminação em veias da coxa ou em veias profundas (veia femoral/veias da musculatura posterior da coxa) e/ou na veia safena magna. É subdividida em três tipos: (a) em veias profundas da coxa; (b) em dois ramos, um para veias profundas da coxa e outro para veia safena magna; e (c) terminando diretamente na veia safena magna; • Tipo III – terminação na perna, não atingindo a região poplítea. Subdivide-se em dois tipos: (a) termina na veia safena magna na perna; ou (b) em veias gastrocnêmias. Extraído de Oliveira A et al. Variações anatômicas da terminação da veia safena parva, J Vasc Br 2004, Vol. 3, Nº3 24 Figura 18 – variações anatômicas da terminação da veia safena parva. Extraído de Oliveira A et al. Variações anatômicas da terminação da veia safena parva, J Vasc Br 2004, Vol. 3, Nº3 24 A VSP também costuma ter duas válvulas com importância hemodinâmica e recebem a mesma nomenclatura da VSM: a válvula terminal e a válvula pré-termninal.3 O tronco principal da VSP possui entre 7 a 10 válvulas. VEIA DE GIACOMINI (VG) Descrita pela primeira vez por Carlo Giacomini em 1873, 6 é uma conexão da extensão cranial da VSP com a veia circunflexa femoral posterior (53% dos casos), pertencente ao grupo intersafênico.3 Inicia na junção safeno-poplítea, subfascial, ascendendo pela coxa onde direciona-se medial e anteriormente, passando a adotar um trajeto sobre a fáscia muscular e conectando a VSM ou a veia safena magna acessória posterior. Em 14% dos casos a veia de Giacomini é a própria VSP que adentra a coxa e conecta-se com a VSM. 6 Seu diâmetro é três vezes menor que o do veia safena magna. Zierau et al 26 observaram 5000 flebografias e encontraram veias de Giacomini 2.5% dos casos. No entanto, em pacientes com doença venosa superficial – incompetência de VSM e VSP – a presença da veia de Giacomini sobe para 55 a 80%. 27 VEIA SAFENA PARVA ACESSÓRIA SUPERFICIAL (VSPAS) Pode acompanhar a VSP no 1/3 distal da perna em alguns pacientes.3 SISTEMA PERFURO-COMUNICANTE OU VEIAS PERFURANTES (VPC) Existem cerca de 95 a 155 veias perfurantes descritas nos membros inferiores, no entanto, somente cerca de 40 são encontradas com regularidade (Figura 15).3 Em um estudo com cadáveres foi encontrado uma média de 64 perfurantes entre o tornozelo e a virilha.1 As VPCs podem terminar nas veias profundas axiais (perfurantes diretas) ou em veias da panturrilha (perfurantes indiretas) e geralmente são acompanhadas de uma artéria. Existem quatro grupos de perfurantes com maior relevância clínica: as VPCs do pé, VPCs mediais e laterais da panturrilha e VPCs da coxa. As VPC do pé costumam ter fluxo da profundidade para superfície. Todas as demais, a direção do fluxo ocorre da superfície para profundidade. 28 Figura 19 – Localização das principais veias perfurantes do membro inferior Editora: favor verificar se é possível usar a imagem original ou se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de http://www.misodor.com/INSUVENCRO.html VEIAS PERFURANTES DO PÉ Conectam as veias plantares às veias safenas. São divididos em dois sistemas maiores: o medias e o lateral; e dois menores: o anterior e o calcâneo (Figura 16). O sistema medial, composto por três VPCs, conecta as veias plantares mediais à VSM, possuem em média 4mm de diâmetro e estão próximas ao primeiro espaço intermetatarsiano. O sistema lateral, composto por duas VPCs, conecta as veias plantares laterais à VSP, cruzando os tendões fibulares. Ainda existem as veias perfurantes anteriores do pé, em número de três, que conectam o arco dorsal do pé às veias tibiais anteriores e fibulares. A VPC posterior ou perfurante do calcâneo, conecta as veias plantares laterais e a VSP. Está localizada medial ao tendão de Aquiles.15 Figura 20: Veias perfurantes do pé. LPV: veias plantares laterais; PArch: arco plantar; MPVs: veias plantares laterais; P1: perfurante do primeiro metatarso; P: perfurante retrotendinosa e perfurante anterior; Mp: perfurante maleolar; Np: perfurante navicular; 3rd sp: perfurante do terceiro espaço. GSV: veia safena magna; PTVs: veias tibiais posteriores; MMV: veia marginal medial. Editora: favor verificar se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de : Uhl JF, Gillot C. Embryology and three-dimensional anatomy of the superficial venous system of the lower limbs. Phlebology,2007:22(5):194-206.28 PERFURANTE DE COCKETT PERFURANTE DE DODD PERFURANTE DE MAY PERFURANTE DE HUNTER PLEXO VENOSO LATERAL Formam um sistema de drenagem da porção lateral da coxa (Figura 16) e perna com conexões evidentes com a VCF. Podem ser formadas por remanescentes embrionários da veia marginal lateral, que em situações peculiares, como na Síndrome de Klippel Trenaunay, são responsáveis por agravar o quadro de insuficiência venosa crônica.1 Figura 21 - Sistema venoso lateral. VF: vena femoralis; VP: vena poplitea; VPeG: vena perforans genus Editora: favor verificar se possuem figura semelhante ou redesenhar. Extraído de Kachlik et al. Superficial venous system of the lower extremity - Phlebology 2010;25:113–1236 VEIAS DA PELVE VEIAS SUPRAPÚBICAS Veias de pequeno calibre da região púbica que conectam os plexos venosos das veias epigástricas inferiores direita e esquerda. VEIAS PÚBICAS: Estão entre a veia epigástrica inferior e a veia obturatória, com um trajeto anterior ao osso da púbis. Tem importância grande nas cirurgias de hérnia femoral. 3 PLEXO VENOSO RETAL EXTERNO Localizado na adventícia retal. 3 PLEXO VENOSO RETAL INTERNO Localizado na tela submucosa e também é conhecido como plexo hemorroidário. 3 PLEXO PUDENDO Antigamente conhecido com plexo de Santorini, é uma rede venosa presente na parte ínfero-posterior da sínfise púbica, adjacente à próstata e à bexiga urinária, no espaço retropúbico ou de Retzius. VEIA DO LIGAMENTO UTERINO São veias finas ao longo do ligamento redondo do útero, conectando o plexo venoso uterino e a veia safena magna. VEIAS PERINEAIS Veias da região superficial do períneo. VEIA CIÁTICA É um sistema de drenagem da parte posterior da coxa decorrente da não involução da veia ciática primitiva, tendo como resultado a formação de varizes posteriores e desenvolvimento da insuficiência venosa crônica.1 Tabela 2 – nomenclatura das veias dos membros inferiores. Nomenclatura das veias profundas Nomenclatura das veias superficiais COXA Veia femoral comum Veia femoral Veia femoral profunda Veias femorais profundas comunicantes Veia femoral circunflexa medial Veia femoral circunflexa lateral Veia ciática JOELHO Veia poplítea Plexo venoso genicular PERNA Veias surais ● Veias soleares ● Veias gastrocnêmias Veias gastrocnêmias mediais Veias gastrocnêmias laterais Veia intergemelar Veias tibiais anteriores Veias tibiais posteriores Veias fibulares PÉ Veias plantares mediais Veias plantares laterais Arco venoso plantar profundo Veias metatarsais profundas (plantares e dorsais) Veias digitais profundas (plantares e dorsais) Veias podais Veia safena magna Junção safeno-femoral Válvula terminal Válvula pré-terminal Veia pudenda externa Veia ilíaca circunflexa superficial Veia epigástrica superficial Veia dorsal superficial do clitóris ou pênis Veia labial anterior Veia escrotal anterior Veia safena magna acessória anterior Veia safena magna acessória posterior • Arco posterior na perna (Leonardo) Veia safena magna acessória superficial Veia safena parva Junção safeno-poplítea Válvula terminal Válvula pré-terminal Extensão cranial da veia safena parva Veia safena parva acessória superficial Veia circunflexa anterior da coxa Veia circunflexa posterior da coxa (Giacomini) Veias intersafênicas Sistema venoso lateral Rede venosa dorsal do pé Arco dorsal venoso do pé Veias metatarsianas superficiais (dorsal e plantares) Rede venosa plantar subcutânea Veias digitais superficiais (dorsal e plantar) Veia marginal lateral Veia marginal medial Editora: favor verificar se é possível usar a tabela nesta forma ou redesenhar. Extraído de Caggiati et al; Nomenclature of the veins of the lower limb: Extensions, refinements, and clinical application - J Vasc Surg 2005;41:719-24. 23 Tabela 3 – nomenclatura das veias dos membros inferiores. Nomenclatura das veias perfurantes (VP) PÉ VP dorsal do pé ou veias intercapitulares VP medial do pé VP lateral do pé VP plantar do pé TORNOZELO VP medial do tornozelo VP lateral do tornozelo VP anterior do tornozelo PERNA VP medial da perna • VP paratibial (Sherman, Boyd) • VP tibial posterior (Cockett) VP anterior da perna VP lateral da perna VP posterior da perna (May) VP gastrocnêmia medial VP gastrocnêmia lateral VP intergemelar VP para-aquileana JOELHO VP medial do joelho VP suprapatelar VP lateral do joelho VP infrapatelar VP da fossa poplítea COXA VP medial da coxa • VP do canal femoral (Dodd) • VP inguinal VP anterior da coxa VP lateral da coxa VP posterior da coxa • Póstero-medial • Ciática • Póstero-lateral VP pudendas GLÚTEOS VP glútea superior VP glútea média VP glútea inferior Editora: favor verificar se é possível usar a tabela nesta forma ou redesenhar. Extraído de Caggiati et al; Nomenclature of the veins of the lower limb: Extensions, refinements, and clinical application - J Vasc Surg 2005;41:719-24. 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Meissner MH. Lower extremity venous anatomy. Semin Intervent Radiol 2005;22:147-56. 2. Rezakhaniha R, Stergiopulos N. A structural model of the venous wall considering elastin anisotropy. J Biomech Eng 2008;130:031017. 3. Kachlik D, Pechacek V, Musil V, Baca V. Information on the changes in the revised anatomical nomenclature of the lower limb veins. Biomed Pap Med Fac Univ Palacky Olomouc Czech Repub 2010;154:93-7. 4. Reich-Schupke S, Stucker M. Nomenclature of the veins of the lower limbs - current standards. J Dtsch Dermatol Ges 2011;9:189-94. 5. Calota F, Mogoanta S, Intorcaciu M, et al. The venous system of the lower limbs. Rom J Morphol Embryol 2007;48:355-60. 6. Kachlik D, Pechacek V, Baca V, Musil V. The superficial venous system of the lower extremity: new nomenclature. 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