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Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 É a formação de trombo em veias profundas, com obstrução parcial ou oclusão. O TEV , incluindo a TVP e EP são a principal causa de óbito evitável em ambiente hospitalar no mundo. Incidência EUA 56/100.000 (TVP) 122/100.000 (TEV) TVP é mais comum em MMII (80%) Pode evoluir para: • Insuficiência Venosa Crônica (Sd pós trombótica) • Tromboembolismo Pulmonar • TVP proximal – veias iliacas, femorais e poplíteas (maior probabilidade de EP) • TVP distal – veias tibiais, fibulares, gastrocnemias e soleares • TVP provocada – Aquelas em que existe um fator de risco definido. • TVP não provocada – Aquelas em que não se identifica com clareza um fator de risco *possibilidade de doença oculta e maior índice de recorrência. Fatores de Risco: •Idade >40 anos / Ainda mais >60 • HPP e HF de TEV / Trombofilias Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 • Anticoncepção e TRH ( Principalmente nos 4 primeiros meses de uso ) • Gravidez e puerpério (imobilidade, compressão, hiperfibrinogenemia) • IVC / obesidade / tabagismo / Grupo sanguíneo A,B e AB • Imobilidade / Cirurgia, Ortopédicas ( prótese quadril/joelho), abdominais e pélvicos • Lesão medular / trauma grave / Câncer / Quimioterapia • IAM / ICC / Viagem prolongada Estase sanguínea: Idade avançada, Imobilização prolongada, AVC, Lesão medular, Anestesia, ICC, Hiperviscosidade, Varizes Hipercoagulabilidade: Câncer, Estrogênio, Trombofilias, Trombocitopenia por Heparina, Sépsis Lesão endotelial: Trauma, Cirurgia, Antecedentes de TVP, Acessos venosos, Sépsis, Vasculites A hemostasia visa manter o equilíbrio entre os eventos trombóticos e hemorrágicos • Sangue • Endotélio • Matriz extracelular O Endotélio - capacidade de secretar substâncias tais como a prostaciclina (PGI2) — um potente vasodilatador com atividade antiagregante plaquetária. O que é Hemostasia? É o mecanismo da parada de sangramento por meio da formação de tampão hemostático e da remoção deste quando restaurada a integridade vascular Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 Quais são as fases da hemostasia ? • Hemostasia primária (plaquetas) • Hemostasia Secundária (cascata de coagulação) • Fibrinólise O que é uma plaqueta? Fragmentos celulares derivados de megacariócito com função de adesão e meia vida de 10 dias. O que é um Fator Ativador de coagulação ? Fator da coagulação é uma pró-enzima / fator de coagulação ativado é uma enzima. O que é o Fator de Von Willebrand (VWF)? Proteína do plasma produzido pelo endotélio e megacariócitos, tem como função participar da adesão plaquetária para formar o trombo plaquetário. Porque chama-se cascata: Porque a ativação de um fator atua sobre o outro de forma consecutiva e sequencial Qual é o objetivo final da cascata? Transformar o fibrinogênio em fibrina O que é fibrina? É o produto final da cascata de coagulação (fibrina ou fator IIa) e tem como uma de suas funções participar do tampão plaquetário aumentado a aderência entre as plaquetas. Hemostasia primária • Remoção do endotélio e exposição da matriz extracelular • Adesão plaquetária: Sangue em contato com a matriz extra-cular atrai plaquetas que se aderem a superfície na presença do Fator de Von Willebrand (FVW) • Ativação plaquetária: Alteração da forma discóide para esférica além de surgimento de pseudópodes • Agregação plaquetária: Plaquetas ativadas vão se agregar umas às outras formando um tampão fornecendo uma superfície adequada para o processo de coagulação do sangue, produzindo um coágulo resistente. Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 Hemostasia secundária Haverá a conversão de uma proteína solúvel do plasma, o fibrinogênio, em um polímero insolúvel, a fibrina, por ação de uma enzima denominada trombina. A fibrina forma uma rede de fibras elásticas que consolida o tampão plaquetário e o transforma em tampão hemostático Fator I - Fibrinogênio Fator II - Protrombina Fator III - Fator Tecidual Fator IV - Cálcio V - pró calicreína VII – Pró convertina VIII – Fator anti-hemofílico IX – Fator Christmas X – Fator Stuart XI – precurssor da Tromboplastina plasmatica XII – Fator estabilizador da fibrina Fibrinólise • É o processo de solubilização do coágulo de fibrina desitegrando-a em produtos solúveis comumente por ação de enzimas. T-PA: Alteplase U-PA: Uroquinase PAI-1: Inibidor do ativador de Plasminogênio tipo 1 Alfa2 Antiplasmina SINTOMAS • Dor • Edema • Aumento da consistência muscular Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 • Dor a palpação muscular • Dor no trajeto venoso • Sinal de Homans Dor a dorsiflexão passiva do pé • Dilatação das veias superficiais • Cianose ( casos graves avançados). Edema assimétrico Assimetria entre as panturrilhas > 3cm Empastamento da panturrilha Aumento de volume devido a infiltração tecidual Sinal de Moses Dor a palpação da panturrilha contra o plano ósseo Sinal de Pratt Ingurgitamento venoso superficial por oclusão do SVP Trombose venosa maciça Se muito proximal-sindrome compartimental Tributarias(superficiais)= colaterais Perfurantes só em MMII Fasciotemia FLEGMASIA CERULEA DOLENS :Grave enfermidade causada por TVP maciça caracterizada por edema importante, cianose e dor acompanhado de espasmo arterial acentuado podendo evoluir para gangrena úmida FLEGMASIA ALBA DOLENS : Similar a anterior porém provocando edema importante, palidez e dor • Neoplasia maligna últimos 6 meses • Edema assimétrico ( >=3cm) • Paresia, paralisia ou Imobilização recente do membro • Cirurgia grande porte nas últimas 12 semanas • Desconforto trajeto venoso • Edema de todo o membro • Sinal de Godet (edema cacifo + unilateral) • Veias tributárias superficiais turgidas • TVP prévia documentada • Diagnóstico alternativo Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 +1 ponto para cada ítem -2 pontos se provável diagnóstico alternativo D-Dímero (se >500 = não sei / se <500 Não é TVP) • Alta sensibilidade e baixa especificidade. • Fruto da degradação da fibrina. Eco Doppler colorido: Alta sensibilidade e especificidade. Menor acurácia em vasos distais ou MS ou assintomáticos. Dilatação da veia • Incompressibilidade venosa total ou parcial com transdutor • Imagem hipoecóica intraluminal Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 • Ausência de fluxo ao modo Doppler pulsado ou color • Perda da fasicidade respiratória O Eco Doppler colorido (EDC) venoso é o método diagnóstico de escolha para o diagnóstico de TVP em pacientes sintomáticos. A venografia/flebografia com contraste é o exame padrão-ouro, porém, devido a várias limitações (custo, reações adversas ao contraste, ser desconfortável para o paciente, contraindicado a pacientes com insuficiência renal), não é o exame de rotina utilizado na suspeita de TVP. A ressonância nuclear magnética ou tomografia computadorizada (TC) é útil na avaliação das veias cavas e ilíacas em pacientes obesos que não é possível ver na USG. A TC pode ser útil para avaliar embolia pulmonar. Suas principais desvantagens são o alto custo e a dificuldade de acesso aos métodos. Então, se liga só, em pacientes pelo escore de Wells com probabilidade baixa, recomenda-se: dosagem do DD e o EDC. Em pacientes com escore de Wells com probabilidade moderada e alta recomenda-se iniciar a investigação com EDC e depois DD. Objetivo evitar que o trombo migre, evitar a formação de novos trombos!!! • Prevenir progressão do trombo • Prevenir ocorrência de TEP. • Alívio dos sintomas • Evitar a recorrência e diminuir chance de Síndrome pós trombótica *em nenhuma forma a anticoagulação visa a fibrinólise/remoção do trombo Medicamentos• Anticoagulação ( Todas as TVP proximais ) E as distais???) Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 • Sintomáticos - AINES, analgésicos, repouso, compressa morna local (TVS)e repouso. ANTICOAGULAÇÃO: • Heparina Não Fracionada (HNF) • Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) • Antagonista da Vit K (Cumarínicos – Varfarina ) • DOACS Tratamento ambulatorial ou hospitalar? • A indicação passa pela clínica do paciente, comorbidades associadas, condição social e escolha do anticoagulante: Candidatos a regime ambulatorial: • TVP não complicada e sem evento trombótico • Estável clinicamente / IRC com ClCr > 15ml • Baixo risco de sangramento domiciliar • Nível e condição adequados para uso e seguimento Candidatos a regime hospitalar: • TVP extensa (ileofemoral) ou complicada (Phlegmasias) • TEP associado • Alto risco para sangramento • Necessidade de ponte com anticoagulante parenteral Heparina Não Fracionada – HNF • Ação – Prioritária sobre a Antitrombina III formando complexo H-AT • Tempo de meia vida e dose - 60 a 90 minutos / 1mg = 100UI • Dose - 80UI/Kg de peso em Bolus (ataque) e 18UI/Kg/h em BIC (manutenção) ajustada a cada 6h de acordo com valor do PTTa • Uso em gestantes / IRC / Hepatopatas / trombofilias - Permitido ( Não atravessa a barreira placentária) • Antagonista - Sulfato de Protamina (meia vida de 7 minutos) – 5ml:1ml de HNF Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 • Complicações: Sangramento; Tombocitopenia induzida por heparina ; Necrose cutânea ; Oteoporose(>6 meses) • Monitorização PTTa ( alvo 1,5 a 2,5 x a média do controle) Níveis plasmáticos de Heparina Contagem de plaquetas ( Risco de trombocitopenia induzida por heparina) *Eficácia comprometida devido ao alto nível de dificuldade na sua administração intra-venosa (60% dos pacientes tratados falham em alcançar um PTTa alargado) Heparina de Baixo Peso Molecular – HBPM – Enoxaparina • Ação – Inativam o fator Xa , mas também sobre IIa e complexo H-AT • Tempo de meia vida – 3 a 6 horas • Dose ataque: 1mg/Kg a cada 12/12h SC • Uso em gestantes / Hepatopatas / trombofilias – Permitido ( Não atravessa a barreira placentária) • Na IRC – Ajuste da dose de acordo com o Clcr (Se < 10mg/min = usar HNF) • Antagonista – A Protamina reverte apenas 60% a 75% do efeito • Complicações: Igual a HNH porém com menor risco de complicações hemorrágicas ou imunomediadas. • Monitorização - Não alargam o PTTa / Não é necessário Varfarina sódica – Marevan* • Ação – Fatores II, VII, IX, X, PTN C e PTN S • Tempo de meia vida e dose – 36h a 42h / Variável • Interação medicamentosa – Muitas, decorar as principais • Uso em gestantes – Contraindicado categoria D (teratogênica) • Uso em IRC e Hepatopata – Adequar a dose conforme o RNI • Uso em trombofilias – permitido • Antagonista – Vit K e PFC • Modo de uso – Exige ponte com Heparina Rivaroxabana – Xarelto * BAYER • Ação – Fator Xa • Tempo de meia vida e dose – 7 a 13h / Fixa • Interação medicamentosa – Fenobarbital, fenitoína, carbamazepina • Uso em gestantes – Contraindicado categoria C • Uso em IRC e Hepatopata – Contraindicado se ClCr < 15mL/min (Se ClCr<50, adequar a dose de manutenção para 15mg 1x/dia) • Uso em trombofilias – sem estudos Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 • Antagonista – Sim, Andexexanet Alfa • Modo de uso – Não exige ponte com Heparina Apixabana – Eliquis * PFIZER • Ação – Fator Xa • Tempo de meia vida e dose – 8 a 15h / Fixa • Interação medicamentosa – • Uso em gestantes – Contra indicado categoria C • Uso em IRC e Hepatopata – Contra indicado se ClCr < 15mL/min • Uso em trombofilias – sem estudos • Antagonista – Sim, Andexanet Alfa • Modo de uso – Não exige ponte com Heparina GRUPOS ESPECÍFICOS Neoplasia Ativa Dabigatrana – Recover I trial Edoxabana – Etudo Hokusai câncer Rivaroxabana – Estudo select D Apixabana – Estudo Caravaggio Nos DOACS liberados atenção para as neoplasias gastrointestinais Gestantes Utilizar apenas HNF ou HBPM DOACS não estão liberados e AVK está contra indicado (teratogênico), em especial entre a 6° e 12° semana Puerpério Não possui contra indicação ao uso de AVK, a paciente pode receber Marevan imediatamente após o parto DOACS – Não pode – atravessam a barreira hematocefálica Obesidade Adequação apenas na profilaxia Não tem adequação na anticoagulação Atenção apenas com a dose máxima possível de enoxaparina CONTRA-INDICAÇÃO A ANTICOAGULAÇÃO AVC-H Pré operatório em paciente com TVP Sangramento ativo (HDA, HDB, retroperitônio...) Plaquetopenia severa <50.000 Lesões do SNC de alto risco para hemorragia (CA) Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 Hipertensão grave não controlada Cirurgia de grande porte < 72h Cirurgia oftalmológica / Trauma ocular Tumor cerebral com edema – não utilizar anticoagulante, colocar filtro de Veia Cava TEMPO DE ANTICOAGULAÇÃO O tratamento de manutenção tem como objetivo evitar a retrombose Deve levar em consideração a localização e extensão da trombose, etiologia e fatores de risco associados USG seriado Pacientes que possuem fatores de risco irreverssíveis ou que apresentem TEV recorrente sem etiologia definida são candidatos a anticoagulação perene 3 meses: TVP distal, etiologia conhecida e revertida e sem fator de risco adicional 6 meses: TVP proximal, etiologia desconhecida e sem fator de risco adicional (neoplasida, trobofilia, acamado...) Extendida ou Perene: TEV em fator de risco permanente e/ou TEV recorrente TVS participa da TEV com a mesma fisiopatologia das demais doenças. A TVS acomete as veias do SVS com carcterísticas próprias. A TVS pode estar associada a TVP em até 44% dos casos. A TVS pode estar associada a TEP em até 33% dos casos. Pode ocorrer em qualquer veia do corpo. 80% dos casos ocorrem nos MMII O uso das veias periféricas para acesso aumenta a ocorrência de TVS. A TVS pode ter etiologia: • Mecânica - Ex: Cateter plástico no interior da veia • Química - Ex: Medicamento hiperosmolar no endotélio • Biológica - Ex: Estase venosa em veia varicosa EM ASSOCIAÇÃO COM SÍNDROMES: Síndrome de Trousseau – Tromboflebite migratória superficial recorrente em MMSS e MMII associado a Adenocarcinoma produtor de mucina. Sindrome de Mondor – Tromboflebite de parede do tórax secundária a trauma local ou neoplasia de mama. Sindrome de Lemierre – Tromboflebite séptica de VJI por infecção de orofaringe Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 Doença de Buerger – Tromboflebite migratória superficial associada a TAO. Doença de Mondor – flebite superficial da veia dorsal do pênis. A TVS pode se apresentar de diversas formas a depender da topografia acometida. ➢ De forma geral os casos se apresentam: • Cordão palpável endurado no trajeto da veia. • Dor, Hiperemia e aumento da temperatura • Visível a ectoscopia. • Ausência de edema em MMII / Habitualmente estão simétricos • Diagnóstico é primariamente clinico mas o USV é Mandatório Exames complementares – Ultrassonografia venosa (USV) USV da JSF – Trombo da VSM mergulhante no SVP Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 Outros exames de imagem Flebografia: não apresenta acurácia e nem risco benefício adequados para sua utilização rotineira nos casos de TS e TVP, exame invasivo, com exposição à radiação e uso de contraste iodado; indicado em casos excepcionais como estudo de refluxo em vasos pélvicos e da compressão da veia ilíaca comum esquerda; Cintilografia de ventilação/perfusão: em casos de pacientes com suspeita de TS com sintomas respiratórios concomitantes, dor torácica, dispneia, sinais de TEP ou síncope, a cintilografia de ventilação/perfusão do pulmão pode ser usada para o diagnóstico de TEP. Angiotomografiapulmonar: escolha para pacientes estáveis com suspeita de TEP, a Angio-TC de tórax é o padrão-ouro atual no diagnóstico para a detecção de TEP. Importante: Rastrear neoplasia quando os pacientes com TS não associada a veias varicosas, tromboflebite extensa da veia safena, com ou sem TVP ou TEP concomitante, ou com TS recorrente ou idiopática São fatores de risco para desenvolvimento de TVS 1. Hipercoagulabilidade – Trombofilias, desidratação... 2. Estase venosa – restrição no leito, Cirurgia, Varizes de MMII (66%) 3. Lesão endotelial – aplicação de polidocanol, glicose hipertônica O tratamento tem como objetivo: • Alívio dos sintomas • Impedir a extensão do trombo para SVP • Impedir a evolução para complicações (TVP e EP). TRATAMENTO DA TVS (BRITO 4° Ed.) • Meia elástica • Deambulação regular / calor local com compressa úmida • AINE – sintomático • Anticoagulação – Recomenda em todas as TVS extensas de coxa. TRATAMENTO DA TVS (Maffei 5° Ed.) Tratamento sintomático – Varicotromboflebite, TVS de perna e 1/3 distal de coxa Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 Anticoagulação por 6 semanas – TVS 1/3 proximal de coxa ou em progressão. Danieli G Giacomin – Angiologia Aula 3,4 e 5 – 24/08 a 02/09 Investigar trombofilia, se: TS inexplicável em veias não varicosas (após exclusão de câncer); Progressão do trombo apesar de anticoagulação adequada; TEV em pessoas com idade inferior a 40-45 anos; TVP ou TS recorrentes; Trombose em sítios não usuais (veias mesentéricas, seio cerebral); Trombose neonatal inexplicável; Necroses de pele, principalmente em uso de cumarina; Trombose arterial antes dos 30 anos; Parentes de pacientes com anormalidade trombofílica; Pacientes com história familiar de TVP; Tempo de tromboplastina parcial ativado prolongado inexplicado (sugere anticoagulante lúpico); Perda fetal recorrente, púrpura trombocitopênica imune ou lúpus eritematoso sistêmico. CIRÚRGICO • O objetivo é ligar a veia proximalmente evitando a progressão e migração. • Opções de técnicas: - Ligadura da JSF ou JSP - Trombectomia venosa superficial - Safenectomia • Esta em desuso, não evita a progressão distal ou para perfurantes e acaba somando fatores risco. • Não existe indicação rotineira para ligadura de JSF e JSP em TVS de safena. • Única indicação ainda aceita (exceção) é a ligadura de JSF e JSP para trombose a menos de 3cm do SVP. • No caso de varicotromboflebite o procedimento de cirurgia pode ser indicado caso o paciente possua IVC • O implante de FVCi também não está indicado, apenas USV seriada.