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LISTA DE EXERCICIOS - REALISMO

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LISTA DE EXERCÍCIOS - Realismo/Naturalismo 
01. (FAAP) "Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu desvairado 
em busca do dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a morte do cão narrada em capítulo 
especial, é provável que me perguntes se ele, se o seu defunto homônimo é que dá o título ao livro, e por que antes 
um que outro, - questão prenhe de questões, que nos levariam longe... Eia! chora os dous recentes mortos, se tens 
lágrimas. Se só tens riso, ri-te! É a mesma cousa. O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, 
está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens." 
 
Machado de Assis Machado de Assis filia-se (e o trecho é exemplo disso) ao estilo de época do: 
a) arcadismo 
b) romantismo 
c) realismo 
d) simbolismo 
e) modernismo. 
 
02. (Mack) Vocês mulheres têm isso de comum com as flores, que umas são filhas da sombra e abrem com a noite, 
e outras são filhas da luz e carecem do Sol. Aurélia é como estas; nasceu para a riqueza. Quando admirava a sua 
formosura naquela salinha térrea de Santa Tereza, parecia-me que ela vivia ali exilada. Faltava o diadema, o trono, 
as galas, a multidão submissa; mas a rainha ali estava em todo o seu esplendor. Deus a destinara à opulência. Do 
texto depreende-se que 
a) romances românticos regionalistas, como Senhora, exaltam a beleza natural feminina. 
b) os romances realistas de Aluísio Azevedo denunciam o artificialismo da beleza feminina. 
c) as obras modernistas têm, entre outros, o objetivo de criticar a submissão da mulher à riqueza material. 
d) a linguagem descritiva dos escritores naturalistas caracteriza a sensualidade e a espiritualidade da mulher. 
e) a personagem feminina foi caracterizada sob a perspectiva idealizadora típica dos autores românticos. 
 
03. (UFRGS-RS) No romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, a sintonia com os ideais naturalistas é acentuada pela 
seguinte característica básica da história. 
a) personagem sobrepõe-se ao ambiente. 
b) coletivo sobrepõe-se ao individual. 
c) psicológico sobrepõe-se ao social. 
d) trabalho sobrepõe-se ao capital 
e) A força sobrepõe-se à razão. 
 
04. (UFPA) Os personagens realistas-naturalistas têm seus destinos marcados pelo determinismo. Identifica-se esse 
determinismo: 
a) pela preocupação dos autores em criar personagens perfeitos, sem defeitos físicos ou morais. 
b) pelas forças atávicas e/ou sociais que condicionam a conduta dessas criaturas. 
c) por ser fruto, especificamente, da imaginação e da fantasia dos autores. 
d) por se notar a preocupação dos autores de voltarem para o passado ou para o futuro ao criarem seus 
personagens. 
e) por representarem a tentativa dos autores nacionais de reabilitar uma faculdade perdida do homem: o senso do 
mistério. 
 
05. (FMTM) Assinale a alternativa em que se encontram características da prosa do Realismo. 
a)Objetivismo; subordinação dos sentimentos a interesses sociais; críticas às instituições decadentes da sociedade 
burguesa. 
b) Idealização do herói; amor visto como redenção; oposição aos valores sociais. 
c) Casamento visto como arranjo de conveniência; descrição objetiva; idealização da mulher. 
d) Linguagem metafórica; protagonista tratado como anti-herói; sentimentalismo. 
e) Espírito de aventura; narrativa lenta; impasse amoroso solucionado pelo final feliz. 
 
06. (UCBA) Os romances Memórias póstumas de Brás Cubas e O mulato, do último quartel do século XIX, 
inauguram concepções estéticas e filosóficas que se opõem ao: 
a) Romantismo. 
b) Realismo. 
c) Arcadismo. 
d) Naturalismo. 
e) Simbolismo. 
 
07. (FGV-SP) Machado de Assis, a rigor, não foi seguidor fiel de nenhuma escola literária. No entanto, temos de 
convir que o autor não deixou de aceitar concepções próprias do: 
a) Neoclassicismo. 
b) Ultra-romantismo. 
c) Realismo. 
d) Futurismo. 
e) Modernismo. 
 
08. (E.E. Mauá-SP) Sobre o romance Memórias póstumas de Brás Cubas, não é correto afirmar que: 
a) é uma obra inovadora do processo narrativo, que introduz o Realismo no Brasil. 
b) Brás Cubas atua como defunto-narrador, capaz de alterar a sequência do tempo cronológico. 
c) memorialismo exacerbado acaba por conferir à obra um caráter de crônica. 
d) constitui um romance de crítica ao Romantismo, deixando entrever muita ironia em vários momentos da narrativa. 
e) revela crítica intensa aos valores da sociedade e ao próprio público leitor da época. 
 
09. (CEFET-PR) Assinale a alternativa que melhor caracteriza o Realismo: 
 
a) Preocupação em justificar, à luz da razão, as reações das personagens, seus procedimentos e os problemas 
sentimentais e metafísicos apresentados. 
b) A apresentação do homem como um ser dominado pelos instintos, taras, pela carga hereditária, em detrimento da 
razão. 
c) A preocupação em retratar a realidade como ela é, sem transformá-la. O autor, ao relatar, deverá estar baseado 
na documentação e observação da realidade. 
d) amor é visto unicamente sob o aspecto da sexualidade e apresentado como uma mera satisfação de instintos 
animais. 
e) Aspectos descritivos e minuciosos, sempre que possível, baseados na observação da realidade e do subjetivismo 
e sentimentalismo do autor. 
 
10. (CEFET-PR) Assinale a alternativa que não diz respeito ao Realismo: 
a) Finalidade subjetiva da emoção na prosa. 
b) Causa e efeito é preocupação do autor. 
c) As causas e circunstâncias são importantes. 
d) Atitude mais contida que a do Romantismo. 
e) empenho na defesa de opiniões. 
 
11. (PUC-RJ) Estão relacionadas abaixo uma série de características de movimentos literários. Delas apenas uma 
não se refere ao Naturalismo. Qual é? 
a) Busca da objetividade científica. 
b) Idealização da natureza. 
c) Determinismo biológico. 
d) Tematização do patológico. 
e) Aplicação do método experimental. 
 
12. (EU-BA) A respeito da ficção de Machado de Assis, pode-se afirmar que 
a) se desenvolveu do Romantismo para o Naturalismo, consagrando-se sobretudo nas crônicas políticas e nos 
contos satíricos. 
b) amadureceu sob a influência de José de Alencar, de quem tomou os temas e o estilo, tal como se vê em Quincas 
Borba. 
c) é exemplo típico da literatura naturalista, sendo apenas superada pela obra-prima O Cortiço, de seu mestre Aluísio 
Azevedo. 
d) representa a conquista da maturidade da literatura nacional a partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas. 
e) atingiu com Ressurreição e A mão e a luva o plano mais alto de nossa literatura de expressão realista. 
 
13. (FCC-BA) Memórias Póstumas de Brás Cubas é considerado romance divisor de águas da obra machadiana 
porque, a partir dele, o autor 
a) assume de vez a visão romântica da realidade, apenas esboçada nos romances da chamada primeira fase. 
b) se insere na estética naturalista, ao denunciar as mazelas sociais, os casos patológicos e os aspectos mais 
repugnantes da sociedade. 
c) procede a uma retificação da própria obra, através da voz de personagens por meio das quais renega os valores 
da primeira fase. 
d) antecede as conquistas modernistas, com uma postura crítica diante da civilização industrial e uma atitude de 
denúncia das misérias do mundo rural. 
e) desmitifica as idealizações românticas e assume uma visão crítica que, despindo as aparências que encobrem a 
realidade, busca as razões últimas das ações humanas. 
 
14. (FEI-SP) Leia atentamente: 
 
I. "Segunda Revolução Industrial, o cientificismo, o progresso tecnológico, o socialismo utópico, a filosofia positivista 
de Auguste Comte, o evolucionismo formam o contexto sociopolítico-econômico-filosófico-científico em que se 
desenvolveu a estética realista." 
II. "O escritor realista acerca-se dos objetos e das pessoas de um modo pessoal, apoiando-se na intuição e nos 
sentimentos." 
III. "Os maiores representantes da estética realista/naturalista no Brasil foram: Machado de Assis, Aluísio Azevedo e 
Raul Pompéia." 
IV. "Poderíamos citar como característica da estética realista: o individualismo, a linguagem erudita e a visãofantasiosa da sociedade." 
 
Verificamos que em relação ao Realismo/naturalismo está (estão) correta (corretas): 
a) apenas I e II. 
b) apenas I e III. 
c) apenas II e IV. 
d) apenas II e III. 
e) apenas III e IV. 
 
15. (USF-SP) Pode-se entender o Naturalismo como uma particularização do Realismo que: 
a) se volta para a Natureza a fim de analisar-lhe os processos cíclicos de renovação. 
b) pretende expressar com naturalidade a vida simples dos homens rústicos nas comunidades primitivas. 
c) defende a arte pela arte, isto é, desvinculada de compromissos com a realidade social. 
d) analisa as perversões sexuais, condenando-as em nome da moral religiosa. 
e) estabelece um nexo de causa e efeito entre alguns fatores sociológicos e biológicos e a conduta das personagens. 
 
16. (MACK-SP) Assinale a alternativa incorreta sobre a prosa naturalista: 
a) As personagens expressam a dependência do homem às leis naturais. 
b) estilo caracteriza-se por um descritivismo intenso, capaz de refletir a visualização pictórica dos ambientes. 
c) Os tipos são muito bem delimitados, física e moralmente, compondo verdadeiras representações caricaturais. 
d) Tem como objetivo maior aprofundar a dimensão psicológica das personagens. 
e) comportamento das personagens e sua movimentação no espaço determinam-lhe a condição narrativa. 
 
17. (FEI-SP) "Desnudam-se as mazelas da vida pública e os contrastes da vida íntima; e buscam-se para ambas 
causas naturais (raça, clima, temperamento) ou culturais (meio e educação), que lhes reduzem de muito a área de 
liberdade. O escritor tomará a sério as suas personagens e se sentirá no dever de descobrir-lhes a verdade, no 
sentido positivista de dissecar os móveis do seu comportamento." (Alfredo Bosi) 
O texto refere-se ao: 
a) Romantismo 
b) Realismo. 
c) Simbolismo. 
d) Parnasianismo. 
e) Modernismo. 
 
18. (F. Objetivo-SP) Analise o seguinte fragmento e responda: 
 
"A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, por alcunha a Machona, portuguesa feroz, berradora, pulsos 
cabeludos e grossos..." (Aluísio Azevedo) 
 
 Descrição de personagens pela acentuação de caracteres biológicos e raciais é característica do: 
a) Romantismo. 
b) Realismo. 
c) Modernismo. 
d) Impressionismo. 
e) Naturalismo. 
 
19. (MACK-SP) Várias características do Realismo estão intimamente ligadas ao momento histórico, refletindo, dessa 
forma, as posturas: 
a) nacionalista e positivista. 
b) positivista e evolucionista. 
c) evolucionista e sentimentalista. 
d) neoclassicista e socialista. 
e) bucólica e antropocêntrica. 
 
20. (FESP) Identifique o movimento literário, o autor e a obra que traz como dedicatória a seguinte frase: 
 
"Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como lembrança estas..." 
 
a) Realismo, Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas 
b) Naturalismo, Aluísio Azevedo, O mulato. 
c) Naturalismo, Júlio Ribeiro, A carne. 
d) Pré-Modernismo, Lima Barreto, Triste fim de Policarpo Quaresma. 
e) Romantismo, Álvares de Azevedo, Lembrança de morrer. 
 
21. (Enem 2017) 
-- Recusei a mão de minha filha, porque o senhor é... filho de uma escrava. 
-- Eu? 
-- O senhor é um homem de cor!... Infelizmente esta é a verdade... 
Raimundo tornou-se lívido. Manoel prosseguiu, no fim 
de um silêncio: 
-- Já vê o amigo que não é por mim que lhe recusei Ana Rosa, mas é por tudo! A família de minha mulher 
sempre foi muito escrupulosa a esse respeito, e como ela é toda a sociedade do Maranhão! Concordo que seja uma 
asneira; concordo que seja um prejuízo tolo! O senhor porém não imagina o que é por cá a prevenção contra os 
mulatos!... Nunca me perdoariam um tal casamento; além do que, para realizá-lo, teria que quebrar a promessa que 
fiz a minha sogra, de não dar a neta senão a um branco de lei, português ou descendente direto de portugueses! 
AZEVEDO, A. O mulato. São Paulo: Escala, 2008 
 
Influenciada pelo ideário cientificista do Naturalismo, a obra destaca o modo como o mulato era visto pela sociedade 
de fins do século XIX. Nesse trecho, Manoel traduz uma concepção em que a 
A miscigenação racial desqualificava o indivíduo. 
B condição econômica anulava os conflitos raciais. 
C discriminação racial era condenada pela sociedade. 
D escravidão negava o direito da negra à maternidade. 
E união entre mestiços era um risco à hegemonia dos brancos. 
 
22. (Enem 2017) 
Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as feições 
defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que 
Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro 
adúltero [...]. 
Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo 
rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor 
calado, e irremediável desespero. Fortunado, á porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral 
que foi longa, muito longa, deliciosamente longa. 
ASSIS, M. A causa secreta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 9 out. 2015. 
 
No fragmento, o narrador adota um ponto de vista que acompanha a perspectiva de Fortunato. O que singulariza 
esse procedimento narrativo é o registro do(a) 
A indignação face à suspeita do adultério da esposa. 
B tristeza compartilhada pela perda da mulher amada. 
C espanto diante da demonstração de afeto de Garcia. 
D prazer da personagem em relação ao sofrimento alheio. 
E superação do ciúme pela comoção decorrente da morte. 
 
23. (Enem 2016) 
Esaú e Jacó 
Ora, aí está justamente a epígrafe do livro, se eu lhe quisesse pôr alguma, e não me ocorresse outra. Não é 
somente um meio de completar as pessoas da narração com as ideias que deixarem, mas ainda um par de lunetas 
para que o leitor do livro penetre o que for menos claro ou totalmente escuro. 
Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da minha história colaborando nela, ajudando o autor, por 
uma lei de solidariedade, espécie de troca de serviços, entre o enxadrista e os seus trebelhos. 
Se aceitas a comparação, distinguirás o rei e a dama, o bispo e o cavalo, sem que o cavalo possa fazer de 
torre, nem a torre de peão. Há ainda a diferença da cor, branca e preta, mas esta não tira o poder da marcha de cada 
peça, e afinal umas e outras podem ganhar a partida, e assim vai o mundo. 
ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964 (fragmento). 
 
O fragmento do romance Esaú e Jacó mostra como o narrador concebe a leitura de um texto literário. Com base 
nesse trecho, tal leitura deve levar em conta 
A o leitor como peça fundamental na construção dos sentidos. 
B a luneta como objeto que permite ler melhor. 
C o autor como único criador de significados. 
D o caráter de entretenimento da literatura. 
E a solidariedade de outros autores. 
 
24. (Enem 2016) 
BONS DIAS! 
14 de junho de 1889 
Ó doce, ó longa, ó inexprimível melancolia dos jornais velhos! Conhece-se um homem diante de um deles. 
Pessoa que não sentir alguma coisa ao ler folhas de meio século, bem pode crer que não terá nunca uma das mais 
profundas sensações da vida, — igual ou quase igual à que dá a vista das ruínas de uma civilização. Não é a 
saudade piegas, mas a recomposição do extinto, a revivescência do passado. 
ASSIS, M. Bons dias! (Crônicas 1888-1889). Campinas: Editora da Unicamp; São Paulo: Hucitec, 1990. 
 
O jornal impresso é parte integrante do que hoje se compreende por tecnologias de informação e comunicação. 
Nesse texto, o jornal é reconhecido como 
A objeto de devoção pessoal. 
B elemento de afirmação da cultura. 
C instrumento de reconstrução da memória. 
D ferramenta de investigação do ser humano. 
E veículo de produção de fatos da realidade. 
 
25. (Enem 2015) 
Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos e 
eu parti. 
Duas vezesfora visitar o Ateneu antes da minha instalação. 
Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido reclame, mantido por um diretor 
que de tempos a tempos reformava o estabelecimento, pintando-o jeitosamente de novidade, como os negociantes 
que liquidam para recomeçar com artigos de última remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado crédito na 
preferência dos pais, sem levar em conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo vistoso dos 
anúncios. 
O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império 
com o seu renome de pedagogo. Eram boletins de propaganda pelas províncias, conferências em diversos pontos da 
cidade, a pedidos, à substância, atochando a imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares, 
fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido concurso de professores prudentemente anônimos, caixões e 
mais caixões de volumes cartonados em Leipzig, inundando as escolas públicas de toda a parte com a sua invasão 
de capas azuis, róseas, amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-se ao pasmo venerador dos 
esfaimados de alfabeto dos confins da pátria. Os lugares que os não procuravam eram um belo dia surpreendidos 
pela enchente, gratuita, espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a farinha daquela marca para o pão do 
espírito. 
POMPÉIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005. 
 
Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o narrador revela um olhar sobre a inserção social do colégio 
demarcado pela 
A ideologia mercantil da educação, repercutida nas vaidades pessoais. 
B interferência afetiva das famílias, determinantes no processo educacional. 
C produção pioneira de material didático, responsável pela facilitação do ensino. 
D ampliação do acesso à educação, com a negociação dos custos escolares. 
E cumplicidade entre educadores e famílias, unidos pelo interesse comum do avanço social. 
 
26. (Enem 2014) 
Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi-lhe que me 
levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-
se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. 
Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. 
Conceição padecera, a princípio, com a existência da comborça; mas, afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou 
achando que era muito direito. 
ASSIS, M. et al. Missa do galo: variações sobre o mesmo tema. São Paulo: Summus, 1977 (fragmento). 
 
No fragmento desse conto de Machado de Assis, “ir ao teatro” significa “ir encontrar-se com a amante”. O uso do 
eufemismo como estratégia argumentativa significa 
A exagerar quanto ao desejo em “ir ao teatro”. 
B personificar a prontidão em “ir ao teatro”. 
C esclarecer o valor denotativo de “ir ao teatro”. 
D reforçar compromisso com o casamento. 
E suavizar uma transgressão matrimonial. 
 
27. (Enem 2014) 
Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um caráter ferozmente 
honrado. Eu mesmo fui injusto com ele durante os anos que se seguiram ao inventário de meu pai. Reconheço que 
era um modelo. Arguíam-no de avareza, e cuido que tinham razão; mas a avareza é apenas a exageração de uma 
virtude, e as virtudes devem ser como os orçamentos: melhor é o saldo que o déficit. Como era muito seco de 
maneiras, tinha inimigos que chegavam a acusá-lo de bárbaro. O único fato alegado neste particular era o de mandar 
com frequência escravos ao calabouço, donde eles desciam a escorrer sangue; mas, além de que ele só mandava os 
perversos e os fujões, ocorre que, tendo longamente contrabandeado em escravos, habituara-se de certo modo ao 
trato um pouco mais duro que esse gênerode negócio requeria, e não se pode honestamente atribuir à índole original 
de um homem o que é puro efeito de relações sociais. A prova de que o Cotrim tinha sentimentos pios encontrava-se 
no seu amor aos filhos, e na dor que padeceu quando morreu Sara, dali a alguns meses; prova irrefutável, acho eu, e 
não única. Era tesoureiro de uma confraria, e irmão de várias irmandades, e até irmão remido de uma destas, o que 
não se coaduna muito com a reputação da avareza; verdade é que o benefício não caíra no chão: a irmandade (de 
que ele fora juiz) mandara-lhe tirar o retrato a óleo. 
ASSIS, M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. 
 
Obra que inaugura o Realismo na literatura brasileira, Memórias Póstumas de Brás Cubas condensa uma 
expressividade que caracterizaria o estilo machadiano: a ironia. Descrevendo a moral de seu cunhado, Cotrim, o 
narrador-personagem Brás Cubas refina a percepção irônica ao 
A acusar o cunhado de ser avarento para confessar-se injustiçado na divisão da herança paterna. 
B atribuir a “efeito de relações sociais” a naturalidade com que Cotrim prendia e torturava os escravos. 
C considerar os “sentimentos pios” demonstrados pelo personagem quando da perda da filha Sara. 
D menosprezar Cotrim por ser tesoureiro de uma confraria e membro remido de várias irmandades. 
E insinuar que o cunhado era um homem vaidoso e egocêntrico, contemplado com um retrato a óleo. 
 
28. (Enem 2011) 
Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se 
concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, 
romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o 
sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E 
seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos que 
soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa floresta 
incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de 
fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo. 
AZEVEDO, A. O Cortiço. São Paulo: Ática, 1983 (fragmento). 
 
No romance O Cortiço (1890), de Aluízio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos 
caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e 
portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois 
A destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas. 
B exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo. 
C mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português. 
D destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses. 
E atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais. 
 
29. (Enem 2010) 
 
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e 
ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, 
Francisco Jose de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país 
e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao 
menino e o matricula na escola pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis. 
Disponível em: http://www.passeiweb.com. Acesso em: 1 maio 2009. 
Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de 
A fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor. 
B representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana. 
C explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa,destacando como tema seus principais 
feitos. 
D questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em 
detrimento de seus feitos públicos. 
E apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo 
marcado por linguagem objetiva. 
 
30. (Enem 2010) 
Capítulo III 
Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquanto lhe deitava açúcar, ia disfarçadamente mirando a 
bandeja, que era de prata lavrada. Prata, ouro, eram os metais que amava de coração; não gostava de bronze, mas o 
amigo Palha disse-lhe que era matéria de preço, e assim se explica este par de figuras que aqui está na sala: um 
Mefistófeles e um Fausto. Tivesse, porém, de escolher, escolheria a bandeja, – primor de argentaria, execução fina e 
acabada. O criado esperava teso e sério. Era espanhol; e não foi sem resistência que Rubião o aceitou das mãos de 
Cristiano; por mais que lhe dissesse que estava acostumado aos seus crioulos de Minas, e não queria línguas estrangeiras 
em casa, o amigo Palha insistiu, demonstrando-lhe a necessidade de ter criados brancos. Rubião cedeu com pena. O seu 
bom pajem, que ele queria pôr na sala, como um pedaço da província, nem o pôde deixar na cozinha, onde reinava um 
francês, Jean; foi degradado a outros serviços. 
ASSIS, M. Quincas Borba. In: Obra completa. V.1. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993 (fragmento). 
 
Quincas Borba situa-se entre as obras-primas do autor e da literatura brasileira. No fragmento apresentado, a peculiaridade 
do texto que garante a universalização de sua abordagem reside 
A no conflito entre o passado pobre e o presente rico, que simboliza o triunfo da aparência sobre a essência. 
B no sentimento de nostalgia do passado devido à substituição da mão de obra escrava pela dos imigrantes. 
C na referência a Fausto e Mefistófeles, que representam o desejo de eternização de Rubião. 
D na admiração dos metais por parte de Rubião, que metaforicamente representam a durabilidade dos bens produzidos 
pelo trabalho. 
E na resistência de Rubião aos criados estrangeiros, que reproduz o sentimento de xenofobia. 
 
 
 GABARITO 
 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 
C A B B A A C D C A 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
B D E B E D B E B A 
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
A D A C A E B C E A

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