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6. GESTAO E GOVERNACAO PARTICIPATIVA

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Instituto de Educação à Distancia
Regina Simone Marcos Matola, Código: 708208888
Curso: Licenciatura em Administração Publica
Frequência: 3° Ano
Disciplina: Gestão e Governação Participativa
Docente: Mcs: Alice Ferro
Nampula, Julho, 2022
Folha de feedback
	Categorias
	Indicadores
	Padrões
	Classificação
	
	
	
	Pontuação máxima
	Nota do tutor
	Subtotal
	Estrutura
	Aspectos organizacionais
	· Índice
	0.5
	
	
	
	
	· Introdução
	0.5
	
	
	
	
	· Discussão
	0.5
	
	
	
	
	· Conclusão
	0.5
	
	
	
	
	· Bibliografia
	0.5
	
	
	Conteúdo
	Introdução
	· Contextualização (Indicação clara do problema)
	2.0
	
	
	
	
	· Descrição dos objectivos
	1.0
	
	
	
	
	· Metodologia adequada ao objecto do trabalho
	2.0
	
	
	
	Análise e discussão
	· Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual)
	3.0
	
	
	
	
	· Revisão bibliográfica nacional e internacional relevante na área de estudo
	2.0
	
	
	
	
	· Exploração dos dados
	2.5
	
	
	
	Conclusão
	· Contributos teóricos práticos
	2.0
	
	
	Aspectos gerais
	Formatação 
	· Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, espaçamento entre linhas
	1.0
	
	
	Referências Bibliográficas
	Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia
	· Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas
	2.0
	
	
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Índice
Introdução	5
1. A capacitação dos funcionários para participar não exige um curso ou um programa de capacitação ou formação específica	6
2. Diferença do pensamento do Homem tradicional do Homem Moderno	6
3. Conteúdos das dimensões do papel do administrador ou gestor	7
4. Importância do trabalho humano nas Organizações	7
5. Gestão como uma questão além da legalidade e da lealdade	8
6. Boa governação e suas características	9
As principais características da boa governação	10
7. Os Meios necessários para se realizar a boa governação	12
8. Exemplo de uma organização que obedece a governação Participativa	12
Conclusão	13
Bibliografia	5
3
Introdução 
O presente trabalho da cadeira de Gestão e governação Participativa, aborta diferentes temáticas, portanto falar da gestão participativa é o mesmo referir aos processos de diálogo que procuram incluir todos os sectores e grupos que estão envolvidos em uma questão, seja para compartilhar conhecimentos sobre um tema, seja para a identificação colectiva de desafios, seja para planejar acções e tomar decisões colectivamente.
A participação deve ser entendida como um processo, pois é continuada. Não porque devemos estar o tempo todo envolvidos, mas sim porque ela é parte de uma vivência política e social que não se esgota em um evento ou em um objectivo alcançado.
Em termos metodológicos, o trabalho resulta de uma pesquisa bibliografia baseada em módulos e outras fontes consultadas. E o mesmo está estruturado em diversos títulos e subtítulos que corporizam os aspectos mais candentes conforme as recomendações deixadas pelo tutor. Importa referenciar no entanto que, não trata de um trabalho acabado, havendo por isso espaço para críticas e acréscimos.
1. A capacitação dos funcionários para participar não exige um curso ou um programa de capacitação ou formação específica
Olhando para essa questão importa salientar que o processo de participar não exige um curso ou um programa de capacitação ou formação específica, porque esse aprendizado se viabiliza no momento em que se introduz o funcionário no exercício da participação. Como em outros processos sociais, podese aprender a participar integrando uma equipa que, colectivamente, colabora na gestão da unidade ou da instituição. A aprendizagem da participação pode constituir-se um longo processo. Por essa razão, o dirigente não deve alimentar a ilusão de resultados imediatos. Não deve alimentar, também, a ilusão que todos os problemas de eficiência e eficácia se resolvam com essa forma de administrar. Ao contrário, deverá preparar-se para enfrentar problemas, ainda que de natureza diferente dos vividos na prática da administração tradicional. Apesar de tudo isso, os efeitos surgem e costumam ser dos mais favoráveis.
2. Diferença do pensamento do Homem tradicional do Homem Moderno 
O homem moderno é possuidor de um novo modo de ser, diferente daqueles que foram seus ancestrais, os homens primitivos. Esta oposição encontrasse principalmente pela forma de percepção da realidade, isto é, de como o ser humano compreende o mundo em sua volta. Para o homem primitivo a realidade tem seu início a partir do surgimento de um ser supra-humano. Esse ser, ou seres, é o princípio de todas as coisas criadas no mundo, ou seja, não há possibilidade de conceber uma realidade senão a partir de seres míticos que foram responsáveis pela origem de toda a realidade. 
O universo existencial do mundo arcaico conservou-se através dos mitos, dos símbolos e costumes que, mesmo com transformações no decorrer do tempo, deixam ver ainda claramente o seu sentido. Dessa forma, compreendemos que o homem primitivo se comportava como mais uma criatura que fazia parte do cosmos ordenado por seres sobrenaturais. Percebe-se,então, que a experiência do tempo é primordial para o homem primitivo manter-se em contacto com o universo sagrado. (Cassirer, 1977).
De acordo com o filósofo romeno Mircea Eliade nomeou esse modo de viver como homo religiosus. Por outro lado, encontramos o homem moderno, ou não religioso, que fundamenta sua existência em sua própria razão. Aquele que afirmar a historicidade. Quer dizer, este homem não religioso procura estabelecer sua existência dessacralizando, sempre que necessário, sua realidade. Em outras palavras, na tentativa de compreender o mundo pelo meio racional o homem moderno se esforça em negar as superstições de seus antepassados. Porém, se o homem areligioso colocou-se em posição de se esvaziar das referências existenciais de seus antepassados, significa dizer que se reconhece ainda sobreviver raízes do homem religioso no mundo moderno.
3. Conteúdos das dimensões do papel do administrador ou gestor 
Actualmente o papel do questor é uma questão de extrema importante, visto que estar à frente de uma equipe leva o gestor a exercer princípios como planejamento, organização, liderança e controle. Planejar é definir o futuro da empresa ou projecto, os recursos que serão utilizados, as pessoas que participarão do desenvolvimento do projecto e os caminhos para alcançar os objectivos com sucesso.
Desta feita as dimensões do papel do gestor ou do dirigente são resumidas da seguinte forma, veja o quadro:
	DIMENSÕES
	CONTEÚDOS 
	Dimensão formal: Político-institucional e Técnico-administrativo 
	Estrutura, funções, cargos, leis, regulamentos normativos, recursos, informações, tecnologias, actividades, procedimentos 
	Dimensão informal ou psicossocial 
	Cultura: valores, crenças, ritos, símbolos, comunicação informal e personalidades, necessidades, expectativas, sentimentos, vocações e talentos, preferências, interessem, etc.
4. Importância do trabalho humano nas Organizações
O trabalho humano é de extrema importância para o sucesso de uma organização, pois são as pessoas que gerenciam e comandam a empresa; são elas que executam, controlam actividades e processos, são as pessoas também que consomem os produtos de uma determinada empresa. 
Um funcionário é importante em um ambiente corporativo. Qualquer empresa que deseja obter sucesso precisa caminhar cada vez mais rumo à conscientização. É preciso se conscientizar a respeito da importância de valorizar o colaborador na empresa.
Além disso, é necessário enxergar a ligação entre o ato de trabalhar e o adoecimento, levando em consideração que muitos trabalhadores passam parte do dia em sua jornada de trabalho. As pessoas vão querer dar o seu melhor por uma organização quando estiverem motivadas e engajadas com o seu propósito. Para isso, as organizações precisam compreender a importância do colaborador na organização. Continue a leitura para entender.
5. Gestão como uma questão além da legalidade e da lealdade 
Uma Questão além da Legalidade e da Lealdade No contexto da Administração Pública enfatiza-se a legalidade como fonte principal do poder gerencial, além, é claro, da conhecida lealdade ao superior (daí as chamadas “funções de 130 confiança”). Por outro lado, nas empresas privadas valoriza-se, acima de tudo, a competência técnica e administrativa, com uma certa dose de habilidade para lidar com pessoas. Identifica-se, no primeiro caso, uma das maiores deficiências da Administração Pública – o baixo nível de profissionalização dos seus gestores. É o que ocorre, sem dúvida, porém não é tudo. 
Esquece-se, tanto nas organizações públicas quanto nas privadas, a questão da legitimidade do poder gerencial, isto é, até que ponto, poder desempenhado pelo gestor tem o seu respaldo no consentimento do grupo gerido. Até então, este tema tem ficado restrito às incursões da ciência política no macro cenário das sociedades com os seus líderes políticos. Ainda estamos muito longe de assistirmos aqui, em Moçambique, casos em que se possa exigir a legitimidade como requisito para a ocupação de funções de direcção. 
Há, sabemos, restrições à aplicação da legitimidade como critério para a ocupação da função de gestor – mas são restrições de cunho operacional, resultantes da própria inexperiência no exercício da democracia nas organizações sociais. Entretanto, só se aprende a nadar, caindo na água, do mesmo modo que a democracia organizacional precisa sair do discurso para a prática. Afinal como poderá conviver uma sociedade, que se pretende em pleno processo de democratização, com as suas inúmeras organizações ainda vivendo nos tempos do totalitarismo, paternalismo, afilhadismo, nepotismo entre outros “ismos” infelizmente tão encontrados, não só em Moçambique; pois conforme assinala Bertrand Russell, “na indústria, como observa Gillespie, muito pouco se faz nesse sentido, e a gestão é, com raras excepções, francamente monárquica ou oligárquica. É um mal que, se não for contornado tende a aumentar com o crescimento das organizações”. 
Esta situação deve-se ao facto de que nas organizações tenha havido um processo contínuo de despolitização do homem, transformando-o em objecto de produção, tão somente. Nesse sentido, os valores capitalistas que privilegiam a produtividade a qualquer preço, precisam de ser revistos. É necessário resgatarmos a consciência política do indivíduo empregado numa organização. A tão falada apatia do trabalhador e o seu desinteresse pelos objectivos organizacionais, constituem sintomas eloquentes da greve psicológica que os empregados mantêm em resposta às condições desumanas de trabalho e às relações do poder onde estão inseridos, alienados da sua influência sobre os rumos, as condições e os métodos de trabalho que implementam. 
A reversão dessa situação passa necessariamente pelo exercício da legitimidade nas organizações, isto é, pela democratização das relações de trabalho. E “a politização da personalidade pode ser destacada como uma característica de importância particular para a manutenção da democracia (…). O desinteresse pelas relações e práticas políticas é uma abdicação da auto-responsabilidade”. 
É óbvio que os programas de desenvolvimento gerencial não podem ignorar esta realidade, sob pena de continuarem a repetir modelos meramente comerciais, desprovidos de maiores compromissos para com o real desenvolvimento das gerências das organizações sociais. Nesse sentido, precisam abordar a gestão como uma questão que transcende a competência técnica, administrativas e psicossocial, alcançando, além da legalidade (outorgada pelo regimento) e da lealdade (resultante da amizade ao superior hierárquico) a legitimidade do poder exercido pelo gestor. Desse novo posicionamento poderá surgir, de facto, o aprimoramento do desempenho gerencial, e, com isso a eficácia e efectividade organizacionais tão almejados. 
Visto isto, passaremos resumir alguns aspectos do fenómeno da liderança, não só porque a liderança tem sido confundido com a administração (gestão), sobretudo pela sua importância para administração ou gestão de que também é estreitamente relacionada e do facto. Apesar de ser do conhecimento de muitos de que a liderança e administração não são o mesmo conceito. Porém, os bons gestores têm se servido da arte de liderar para lograrem os seus intentos.
6. Boa governação e suas características 
A Boa Governação é toda a acção política que visa alcançar os melhores resultados possíveis, atendendo os meios disponíveis para a realização dos fins do Estado, de justiça, segurança e do bem-estar de todos os cidadãos de um País. 
Segundo Viegas (200) A Boa Governação é também considerada a habilidade de: garantir a transparência e participação, providenciar a eficácia e eficiência na prestação de serviços ao público, promover o bem-estar e de criar um clima favorável para o crescimento económico.
A boa governação descreve o processo de tomada de decisões e de implementação ou não das decisões tomadas. É sabido que as instituições públicas conduzem os negócios públicos, administram recursos públicos e buscam garantir a realização dobem-estar de todos os cidadãos. A boa governação só pode realizar os seus objectivos quando estiver livre de abusos e de corrupção e com devido respeito à lei 
As principais características da boa governação 
· Participação - Participação significa que homens e mulheres devem participar igualmente das actividades do governo; A participação deve contemplar a possibilidade de participação directa ou indirecta através de instituições ou representantes legítimos. 
· Estado de Direito - A boa governação requer uma estrutura legal justa que se aplica a todos os cidadãos do Estado independentemente da sua riqueza financeira, do seu poder político, da sua classe social, da sua profissão, da sua raça, etnia ou do seu sexo. A boa governação deve garantir a protecção dos direitos humanos, mesmo que pertençam as maiorias ou minorias sociais, sexuais, religiosas, étnicas ou tribais. A boa governação deve garantir que o poder judiciário seja independente dos poderes executivo e legislativo. A boa governação deve garantir que as forças policiais sejam imparciais e incorruptíveis. 
· Transparência - As decisões tomadas e sua fiscalização são feitas através de mecanismos, de regras e de regulamentos conhecidos. Toda a informação governamental é livremente disponível e directamente acessível para as pessoas que serão afectadas por tais decisões e pelos trabalhos de fiscalização. 
· Responsabilidade - As instituições governamentais e a forma com que elas procedem são desenhadas para servir os membros da sociedade como um todo e não apenas para as pessoas privilegiadas. 146 Os processos das instituições governamentais são desenhados para responder as demandas dos cidadãos dentro de um período de tempo razoável. 
· Decisões orientadas para o consenso As decisões são tomadas levando-se em conta que os diferentes grupos da sociedade necessitam de mediar ou de proteger os seus diferentes interesses. O objectivo da boa governação na busca de consenso nas relações socais deve ser obtenção de uma concordância sobre qual é o melhor caminho para a sociedade como um todo. Além disso, as decisões também devem ser tomadas levando em conta a forma como tal caminho pode ser trilhado. Essa forma de obter decisões requer uma perspectiva de longo prazo para que ocorra um desenvolvimento humano sustentável. Essa perspectiva também é necessária para conseguir atingir os objectivos desse desenvolvimento.
· Igualdade e inclusividade - A boa governação deve assegurar igualdade de todos os grupos perante os objectivos da sociedade (do Estado). O caminho proposto pelo governante deve visar a promoção do desenvolvimento económico de todos os grupos sociais. As decisões devem assegurar que todos os membros da sociedade se sintam que fazem parte dela e não se sintam excluídos do seu progresso e desenvolvimento para o futuro. Esta abordagem requer que todos os grupos, especialmente os mais vulneráveis, tenham oportunidade de manter e melhorar o seu bem-estar, isto é, as suas condições de vida. 
· Efectividade e eficiência - A boa governação deve garantir que os processos e instituições governamentais devem produzir resultados que vão ao encontro das necessidades da sociedade, fazendo, ao mesmo tempo, o melhor uso possível dos recursos à sua disposição. Veja a Lei do Óptimo do Pareto (na Economia). Isso também implica que recursos naturais sejam usados de maneira sustentável e que o ambiente seja protegido. 
· Suporte a auditoria fiscalizadora/accountibility. - As instituições do governo, as instituições do sector privado e as organizações da sociedade civil devem abrir espaço de modo a permitir a sua fiscalização por pessoas da sociedade e pelos seus próprios colaboradores institucionais. De forma geral, elas devem 147 ser fiscalizáveis por todas aquelas pessoas que serão afectadas pelas suas decisões, actos e actividades. A implementação destas características assegura que a corrupção seja minimizada e as necessidades e visões das maiorias sejam lavadas em conta. As vozes das pessoas mais vulneráveis na sociedade também passam a ser ouvidas nos processos de tomada de decisões governamentais.
7. Os Meios necessários para se realizar a boa governação
· Capacidade de trabalho e o factor humano dos governados e governantes;
· Os recursos materiais disponíveis e a conjuntura política, económica, social e cultural de momento; 
· Uma boa planificação e programação;
· Educação para todas as camadas sociais; 
· A visão de que o desenvolvimento humano sustentável só é possível com as boas práticas de governação, e, que estas não são uma mera assistência caritativa, tão pouco simples actos de bondade das entidades públicas.
8. Exemplo de uma organização que obedece a governação Participativa 
Um exemplo que pode se dar de uma organização que obedece a governação Participativa, pode citar-se como Município de Nampula que e uma instituição que deixar o cidadão na tomada de decisões. Ora vejamos quando Speer (2012) nos fala da governação participativa diz que é um conjunto de arranjos institucionais que têm por objectivo facilitar a participação de cidadãos comuns no processo das políticas públicas. Eles envolvem os cidadãos, por exemplo, na tomada de decisões sobre a distribuição dos fundos públicos entre as comunidades e o desenho de políticas públicas, bem como a avaliação e monitoramento dos gastos do governo (p. 2379).
Conclusão
Desta feita conclui-se que a gestão organizacional é o planejamento de todas as ações que contribuem para o pleno funcionamento de um sistema, o que resulta na efetivação de tarefas, metas e/ou objetivos gerais. Nada mais é do que a administração de um negócio, empresa ou organização, com o objetivo de alcançar metas e conquistar resultados positivos e rentáveis
A governação diz respeito à capacidade do Estado para servir os seus cidadãos. Remete para as regras, os processos e os comportamentos de acordo com os quais os interesses são articulados, os recursos são geridos e o poder é exercido na sociedade. A boa governação assenta em princípios universais: uma democracia inclusiva, participativa, transparente e responsável; respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais; Estado de direito e garantia de igualdade de acesso a serviços sociais de base.
Bibliografia 
A Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos (O. U. A. – Julho/1981).
A Declaração Universal dos Direitos do Homem (N.U.-10.12.1948).
Cassirer, Ernst. (1977). Antropologia Filosófica ensaio sobre o homem: introdução a
uma filosofia da cultura humana. São Paulo: Editora Mestre Jou – 2º Ed.
Chiavenato, I. (2002). Recursos Humanos (edição compacta), 7ª ed., Editora Atlas S.A.,
São Paulo. 
Bordenave. J. D. (1986). “O que é participação”. Brasiliense Editora, 4ª edição. São
Paulo. 
Speer, J. (2012). Participatory governance reform: A good strategy for increasing
government responsiveness and improving public services?. World Development.
Vargas, C. R. (2007). Democracia Participativa e o Desenvolvimento Humano nos
Municípios Brasileiros: uma Análise a partir de Amartya Sem. Porto Alegre. 193 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia.
Vasconcelos, J. (1970). Democracia Pura, editora Nobel, São Paulo, 2007; 17. Michel
Croizer. “La Societé bloquée”. Editions du Seuil, Parisf.
14

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