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MATTOS, Delmo. Ética, valores humanos e transdisciplinaridade; revisão de Lívia Antunes Faria Maria e Walter P. Valverde Junior. 2. ed. – Niterói, RJ: UNIVERSO, 2011. Unidade 1 Ética, Valores Humanos e Transdisciplinaridade Unidade 1 – Fundamentos da Ética e da Moral: contexto histórico e social, conceitos e definições fundamentais. DISTINGUINDO ÉTICA DA MORAL. O CARÁTER HISTÓRICO E SOCIAL DA MORAL. O CARÁTER HISTÓRICO E SOCIAL DA ÉTICA. Distinguindo Ética da Moral. No sentido geral, a palavra ética origina-se do grego antigo ήθική [ήθικήφιλοσοφία] "filosofia moral" e do adjetivo ήθος (ēthos) que quer dizer "costume, hábito". Conexo ao conceito de ética está o conceito de moral, também originado de uma palavra grega “mores” (ήθος = mos) possui aparentemente um significado semelhante ao de ética. Distinguindo Ética da Moral. No entanto, se atentarmos como os gregos realmente usavam a grafia e a pronúncia do termo ēthos, nota-se uma nítida diferença de significado entre ambas. São elas: εθος (pronunciado como êtos) = para designar “costume”. ήθος (pronunciado como étos) = para designar a índole, no sentido de caráter e temperamento natural da pessoa. Diferentemente dos gregos, os romanos utilizavam a palavra latina mos(mores) para designar o costume ou costumes. Foi a partir deste termo romano que surge o modo como entendemos o significado de moral na Língua Portuguesa. Sendo assim, na nossa Língua, os dois termos, ética e moral, implicam, simultaneamente, de alguma forma, nos dois significados diferentes antigos e, de fato, tanto a ética quanto a moral, incidem sobre estas duas dimensões, ou seja, uma valoração do homem como tal e do seu agir em conformidade ou não com os costumes e a tradição. Vejamos como o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda as define: ÉTICA: refere-se ao "estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto" (HOLANDA, 1999, p. 848-849). 2. MORAL: refere-se ao "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada" (HOLANDA, 1999, p. 978- 979). Comparando a distinção conceitual entre ética e moral, por Vázquez e Valls: 1. a ética relaciona-se com a ciência (o conhecimento científico); 2. a ética relaciona-se com avaliação da conduta humana; 3. a ética é uma ciência normativa; 4. a ética, pelo contrário, é uma reflexão filosófica, logo puramente racional; 5. a ética possui um caráter universalista opostamente ao caráter restrito da moral. Embora sejam temas de natureza teórica, as definições construídas pela ética podem interferir substancialmente nas práticas morais. Por isso, Vázquez afirma que teoria ética e a prática moral, ainda que distintas, devem viver entrelaçadas ou, nas suas palavras, em “retroalimentação” permanente. Neste sentido, a ética estudaria os comportamentos “prático morais”, trazendo-lhes depois questionamentos e proposições. Diante disso, é possível perceber que uma mudança radical na estrutura social acarreta uma mudança fundamental de moral. Em cada indivíduo, entrelaça-se, de modo particular, uma série de relações sociais próprias ou particulares de sua época ou da sua sociedade, o que demonstra que a sua individualidade possui também um caráter social. Percebe-se, por outro lado, que existe uma gama de padrões que, em cada sociedade, modelam o comportamento individual, o seu modo de trabalhar, o seu modo de se vestir, sentir, amar, etc No entanto, ainda segundo Vázquez: A função fundamental da ética é a mesma de toda teoria: explicar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes. Por outro lado, a realidade moral varia historicamente e, com ela, variam os seus princípios e as suas normas (VÁZQUEZ, 2001, p. 10). Com base na definição de moral em Vázquez, delinearemos um quadro comparativo entre ética e moral. Vejamos a seguir: O caráter histórico e social da Moral Mesmo considerando a origem divina das ideias morais, por intermédio das quais os indivíduos teriam adquirido a consciência dos meios adequados à sua elevação ao plano espiritual dos valores perenes, a investigação do problema da moral não pode desprezar os processos históricos responsáveis pelos mecanismos de criação, funcionamento e aplicação dos padrões e das regras morais. Todas as sociedades humanas possuem valores padrões, normas de conduta e sistemas que garantem a aplicação e o funcionamento das mesmas. O caráter histórico e social da Moral O pensamento de São Tomás de Aquino e afirma que o homem é dotado de um senso moral natural, "no sentido de que possui uma infalibilidade resultante da própria natureza da inteligência" (Cf. ARANHA, 2003, p. 67). O senso moral, segundo Tomás de Aquino, é o "sentimento imediato e absoluto da lei reguladora do conhecimento e da ação práticos", define-se "adequada e essencialmente pelo princípio de que é preciso fazer o bem e evitar o mal". Desta forma, a vontade humana tende necessariamente para o bem. Por esta razão, os sentimentos morais, considerados componentes da consciência moral, manifestem uma tendência ao bem e uma repulsa ao mal, o respeito do dever e a antipatia pela má conduta. As teorias historicistas, por outro lado, defendem que a moral de uma comunidade encontra-se essencialmente em seus costumes. Em outras palavras, para estes os costumes dizem como cada homem deve agir em situações concretas em função daquilo que a comunidade considera como sendo o bem e o mal. Mas o que é imoral e amoral? No sentido geral, o termo imoral significa algo que é contrário à moral. Especificamente, diz respeito a uma conduta ou regra que contraria a moral prescrita pela sociedade. De outra forma, o termo amoral significa propriamente ausência de moral, ou seja, é o instante que não se pode avaliar ou emitir um juízo de valor de natureza moral ou imoral sobre o agir de um indivíduo ou mesmo um grupo de indivíduos pertencentes a uma determinada sociedade. Não é somente o critério científico que a moral justifica-se. Ela pode ainda ser justificada pelos seguintes critérios: critério de justificação social critério de justificação prática critério de justificação lógica Critério de justificação social: na medida em que a moral desempenha a função social de garantir o comportamento dos indivíduos de uma comunidade numa determinada direção, toda norma corresponderá aos interesses e necessidades sociais. Em suma, em uma comunidade em que se verifica a necessidade de um indivíduo ou o interesse de um indivíduo particular, justifica-se uma norma que exige o seu comportamento adequado; Critério de justificação prática uma norma moral somente pode ser justificada se forem verificadas as condições reais para que a sua aplicação não se ponha às necessidades sociais da comunidade. Sendo assim, em uma determinada comunidade na qual se verificam as condições necessárias, justifica-se a norma que corresponde a tais condições; Critério de justificação lógica a justificação lógica das normas satisfaz plenamente a função social de toda moral, pois impede que uma comunidade determinada elabore normas arbitrárias ou caprichosas que, precisamente, por não se integrarem no respectivo sistema normativo, entrariam em contradição com os interesses e necessidades da comunidade. Neste contexto, uma norma se justifica logicamente se demonstrada a sua coerência e nãocontraditoriedade com respeito às demais normas do código moral do qual faz parte. Século das Luzes O movimento intelectual do século XVIII conhecido como Iluminismo, Ilustração ou Aujklärung e que caracteriza o chamado Século das Luzes exalta a capacidade humana de conhecer e agir pela "luz da razão". Esta critica a religião que submete ohomem à heteronomia, que o subjuga a preconceitos e o conduz ao fanatismo. Rejeita toda tutela que resulta do princípio de autoridade. Em contraposição, defende o ideal de tolerância e autonomia. O Il u m in is m o No lugar das explicações religiosas, a Ilustração fornece três tipos de justificação para a norma moral: aquela se funda na lei natural (teses jusnaturalistas), no interesse (teses empiristas, que explicam a ação humana como busca do prazer e evitação da dor) e na própria razão (tese kantiana). O Iluminismo A máxima expressão do pensamento iluminista encontra-se em Kant (1724-1804) que, além da Crítica da razão pura escreveu a Crítica da razão prática e Fundamentação da metafísica dos costumes, nas quais desenvolve a sua teoria moral e ética. A tradição da moral ocidental encontrou no pensamento do filósofo alemão do século XVIII um momento de aparente resolução do antagonismo histórico entre as fontes judaicas e helênicas da moralidade. Para este, uma ação moralmente justificável deve ser pública e, como tal, não pode estar a serviço de qualquer intenção ou interesse particular ou egoísta. Deve-se, portanto, agir somente na medida em que a nossa ação possa ser imitada por todos sem prejuízo a ninguém. Ou seja, a norma a que obedeço é a norma que eu próprio me dou, mas que deve poder ser defendida publicamente, para que possa ser seguida por toda a humanidade como um “lei universal” ou , no mínimo, não ser rejeitada por esta. A reflexão ética de Kant foi importante para fornecer as categorias da moral iluminista racional, laica, acentuando o caráter pessoal da liberdade. Mas, a partir do final do século XIX e ao longo do século XX, os filósofos começam a se posicionar contra a moral formalista kantiana fundada na razão universal, abstrata, e tentam encontrar o homem concreto da ação moral. De acordo com Nietzsche (1987, p. 45): Qual a genealogia da moral, isto é, a origem do conceito “bom”?] (...) O juizo “bom” nao provém daqueles aos quais se fez o “bem”! Foram os “bons” mesmos, isto é, os nobres, poderosos, superiores em posição e em pensamento, que sentiram e estabeleceram a si e a seus atos como bons, ou seja, de primeira ordem, em oposição a tudo o que era baixo, de pensamento baixo, vulgar e plebeu (...). Segundo Hamlyn (1990 p. 25): A ética propriamente dita começou com Sócrates, embora os sofistas lhe tenham dado um estímulo importante. Isto a despeito do fato de que Sócrates, a julgar pelas indicações que nos dá Platão, se opunha a eles. Para seus contemporâneos, de qualquer maneira, eles provavelmente pareciam mais próximos a ele do que nos parece hoje. Os sofistas eram mestres ambulantes que davam cursos ou aulas individuais sobre vários assuntos e cobravam por esse privilégio. Alguns deles, pelo menos, parecem ter ganho bom dinheiro com essas atividades. É tentador atribuir a esse fato o desfavor em que são hoje tidos, embora seja duvidoso que cobrar honorários por serviços prestados tenha sido motivo de desaprovação para o ambiente ateniense típico de meados do século V a.C. Sócrates censurava-os porque achava que eles alegavam fornecer mais do que realmente davam. Em especial, alegava que eles diziam que podiam ensinar virtude ao homem e achava que não faziam nada disso. Os pontos de vistas éticos apresentados não são os únicos existentes e nem representam a totalidade dos problemas relativos a ética. Existem várias doutrinas que se debruçaram sobre o tema da ética apresentado e refletindo sobre seus fundamentos e aplicações. Cabe neste momento, apresentar as principais teorias ou doutrinas de ética e suas respectivas especificidades teóricas: Egoísmo ético: pressupõe que devemos agir apenas em função do nosso interesse pessoal. A única obrigação moral é promovermos o nosso próprio bem estar. Critério moral: são as consequências que as ações têm para nós próprios que as tornam certas ou erradas. O egoísmo ético é, portanto, uma teoria consequencialista: o que conta são as consequências que as ações têm para nós próprios. Regra moral básica: “age sempre e apenas em função do teu próprio bem-estar”; Utilitarismo ético: pressupõe que devemos agir com a finalidade de promover o máximo de bem-estar a um maior número possível de pessoas, numa perspectiva imparcial. O utilitarismo é também uma teoria consequencialista: o que conta são as consequências que as ações têm para a generalidade das pessoas (e não já apenas para nós próprios). Critério moral: são as consequências que as ações têm para o maior número de pessoas que as tornam certas ou erradas. Sendo assim, uma ação está moralmente certa apenas quando maximiza o bem- estar, ou seja, quando promove tanto quanto possível o bem estar e está errada quando não o promove. Regra moral básica: “age de tal modo que as tuas ações possam proporcionar o maior bem possível ao maior número de pessoas, imparcialmente consideradas”; Ética deontológica: pressupõe que devemos agir de acordo com o Dever e não pensar nas consequências das nossas ações. A pergunta a fazer é: toda as pessoas deveriam fazer o mesmo em idênticas circunstâncias? A ética deontológica é, portanto, uma teoria anticonsequencialista. O critério moral desta é a relação das ações com os deveres universais (são os esmos para todos os seres humanos) que as tornam certas ou erradas. Há, portanto, ações intrinsecamente más (ou seja, são más em si mesmas), ainda que tenham consequências boas. Desse modo, uma ação está moralmente certa quando não infringe os nossos deveres e está errada quando infringe intencionalmente algum desses deveres. Regra moral básica: “age de tal modo que as tuas ações possam valer para todo o ser racional, sem nunca infringir os deveres universais”. GUIMARÃES, José Augusto Chaves et al. Ética nas atividades informativas: aspectos teóricos. PontodeAcesso – Revista do instituto de ciência da informação da UFBA. v. 13, n. 2 (2019) A ÉTICA PROFISSIONAL Com o desenvolvimento da sociedade capitalista, a questão da produção passa pela vertente dos segmentos profissionais (em muitos casos, herdando elementos das corporações de ofício medievais), o que leva à necessidade de se averiguar não apenas as questões técnicas e operacionais relativas às profissões (como fazer), mas também os objetivos e a inserção social dessas profissões (por quê e para que fazer), dando lugar à denominada ética profissional que, em última análise, reflete uma dimensão cotidiana da ética, no ambiente do desenvolvimento das relações de trabalho. A ÉTICA PROFISSIONAL Dessa maneira, a ética profissional tem por objeto o conjunto de valores morais que uma determinada classe profissional deve se orientar e seguir para alcançar um agir profissional correto e adequado para com a sociedade em que se insere e, no mais das vezes, materializa-se por meio de regras, expressas em códigos de ética, orientadores da conduta profissional de um dado segmento. A ÉTICA NAS ATIVIDADES INFORMATIVAS A sociedade da informação como um todo e, no âmbito acadêmico, a Ciência da Informação, têm sofrido significativos impactos na atualidade, tais como a globalização (propiciando a ruptura das barreiras territoriais e culturais), a inserção e crescimento de novas tecnologias, o aumento em progressão geométrica do volume, da especificidade e do fluxo da informação e a presença de usuários cada vez mais exigentes, o que tem levado à necessidade de estudos sobre o perfil do profissional da informação, principalmente no que se refere às posturas necessárias a sua atuação profissional. https://youtu.be/VLNb- 3Yt46E Ética e Economia MATTOS, Delmo. Ética, valores humanos e transdisciplinaridade; revisão de Lívia Antunes Faria Maria e Walter P. Valverde Junior. 2. ed. – Niterói, RJ: UNIVERSO, 2011. Unidade 4 Ética, Valores Humanos e Transdisciplinaridade - Unidade 4 vídeo: https://youtu.be/FeWu6Jg6ZL8 Ética profissional: os valores sociais da profissão. O desempenho ético-profissional: ambiência e relações pessoais.Ética e responsabilidade social nos negócios. Decisões morais racionais. O termo ‘profissão’ origina-se do latim professione, mais especificamente do substantivo professio, que teve diversas acepções ao longo dos tempos. O conceito de profissão, na época atual, diz respeito ao trabalho que se pratica com habilidade a serviço de terceiros, isto é, “uma prática constante de um ofício” (Cf. SÁ, 2001). Toda profissão possui, além de sua utilidade para o indivíduo, uma expressão moral e social. De fato, se acompanharmos a vida de um profissional, desde a sua formação escolar, percebemos, claramente, o quanto ele produz e recebe de utilidade da sua profissão. Citemos alguns exemplos: é pela profissão que o indivíduo se destaca e se realiza plenamente, provando a sua capacidade, habilidade e inteligência comprovando a sua personalidade em relação aos obstáculos encontrados; mediante o exercício profissional, todos conseguem elevar o seu nível moral e ético; pela profissão que todo indivíduo pode ser útil a sua comunidade e nela elevar-se e destacar-se na prática pelos seus valores e reconhecimentos. Portanto, a ética profissional deve estar em sintonia com os pressupostos que incidem na “pessoa humana” e a sua dignidade. Respeitar a “pessoa humana” implica também combater toda a prática que a diminua. A “pessoa humana”, em sua totalidade, é muito mais que um simples corpo ou uma simples “máquina”, que pretende ter suas peças trocadas ou desmontadas. A pessoa é, sobretudo, uma interseção de valores e de relações. Ela é um fim em si mesmo, um centro de autonomia e complexidade que lhe torna única, indivisível e não-intercambiável. Por essas razões, a pessoa possui dignidade e respeito. A “ética da responsabilidade” não converte princípios ou ideais em práticas do cotidiano, nem aplica normas ou crenças sobre virtudes filosóficas, religiosas ou máximas morais aplicando-as nos termos da ética dos negócios. Os valores do mundo econômico só podem ser compreendidos como instrumentais e de acordo com as práticas empresariais aos quais são requeridos. Para Ashley (2002, p. 173): Ser socialmente responsável implica, para a empresa, valorizar seus empregados, respeitar os direitos dos acionistas, manter relações de boa conduta com seus clientes e fornecedores, manter ou apoiar programas de preservação ambiental, atender à legislação pertinente à sua atividade, recolher impostos, apoiar ou manter ações que visem diminuir ou eliminar problemas sociais nas áreas de saúde e educação e fornecer informações sobre sua atividade. Sendo assim, as responsabilidades éticas correspondem a atividades, práticas, políticas e comportamentos esperados por membros da sociedade apesar de não codificado em leis que envolvem uma série de normas, padrões e expectativas de comportamento para entender o que os diversos públicos (stakeholders) com as quais a empresa se relaciona consideram legítimo, correto, justo ou de acordo com seus direitos morais e expectativas. Podemos afirmar que o conceito de “responsabilidade social” agrupa, em seu núcleo central, as seguintes ideias: - consciência maior sobre as questões culturais, ambientais e de gênero; - antecipação, evitando regulações restritivas à ação empresarial pelo governo; - diferenciação de seus produtos diante de seus competidores menos responsáveis socialmente; - promoção de valores e comportamentos morais que respeitem os padrões universais de direitos humanos e de cidadania e participação da sociedade. Vejamos brevemente algumas destas concepções a respeito do que é bem e do que mau ao longo da história da filosofia: O hedonismo: doutrina que foi pregada desde a Grécia Antiga por filósofos como Górgias, Cálicles e Arístipo. Defende que o bem é tudo aquilo capaz de oferecer prazer imediato. Por sua vez, o mal é aquilo que gera sofrimento; O epicurismo: doutrina elaborada por Epicuro, que procurava aperfeiçoar o hedonismo. Defendia que o bem não era qualquer prazer, mas os prazeres devidamente selecionados. Assim, Epicuro construiu uma espécie de hierarquia dos prazeres, considerando superiores, por exemplo, os prazeres naturais em vez dos artificiais; os prazeres calmos, em vez dos violentos. O supremo prazer era, entretanto, o prazer intelectual, obtido mediante o domínio das paixões pela razão; O estoicismo: o filósofo Zenão é considerado o fundador da escola estoica, que pregava um espírito de total renúncia aos desejos, considerados como a fonte de todo sofrimento humano. O bem consistia na aceitação da ordem universal, que deve ser compreendida pela razão; O formalismo kantiano: o filósofo alemão Kant defende a concepção moral que identifica o bem ao cumprimento puro e simples do dever. A fonte do dever é a razão humana que elabora normas orientadoras de nossa conduta moral; O tomismo: o filósofo cristão Santo Tomás de Aquino postula que o bem consiste nas ações capazes de aproximar o homem de Deus. Tomás de Aquino reconhece que a razão humana possui condições de estabelecer deveres morais, mas procura harmonizar esses deveres à ordem de Deus, revelada ao homem pela fé cristã;O humanismo: Os pensadores contemporâneos da tradição humanística defendem que somente o homem deve determinar, para si próprio, o que seja bem ou mal. E o que é bem? É tudo o que é bom para a natureza humana; tudo o que impulsiona a vida dessa natureza; tudo o que colabora para a realização das potencialidades humanas. Assim, para determinarmos o bem, devemos estudar e conhecer a natureza humana em profundidade, tarefa da qual se ocupam ciências como a Psicologia, a Antropologia, a História, etc. As principais condições de decisão são decisão em condições de certeza: ocorre quando a decisão é feita com pleno conhecimento de todos os estados da natureza do processo decisório. Existe a certeza do que irá ocorrer durante o período em que a decisão é tomada. É possível atribuir probabilidade 100% a um estado específico da natureza da decisão. A probabilidade estatística e pragmática do processo decisório pode indicar que a posição de 0% será a completa incerteza e a posição de 100% ou 1 indica a certeza da tomada de decisão; decisão em condições de risco: ocorre quando não são conhecidas as probabilidades associadas a cada um dos estados da natureza do processo decisório. Ao contrário do item anterior, que dispunha de quase 100% de certeza no resultado final, aqui essa certeza irá variar entre 0% e 100%; As principais condições de decisão são • decisão em condições de incerteza ou em condições de ignorância: ocorre quando não se obteve informações e dados sobre o estados da natureza do processo decisório, ou mesmo em relação à parcela desses estados. A empresa possui dados e informações parciais, obtidos com probabilidade incerta ou é desconhecida a probabilidade associada aos eventos que estão provocando a decisão; • decisão em condições de competição ou em condições de conflito: ocorre quando estratégia e estados da natureza do processo decisório são determinados pela ação de competidores. Existem, obrigatoriamente, dois ou mais gestores externos — outras empresas concorrentes — envolvidos e o resultado vai depender da escolha de cada um dos decisores nesse ambiente competitivo. GUIMARÃES, Rogério. Autoconhecimento e Liderança; revisão de Walter P. Valverde Júnior. 1. ed. – Niterói, RJ: EAD/UNIVERSO, 2011., p. 71 – 97 Auto conhecimento e Liderança: Unidade 3: Desvendando a Liderança O que é a Liderança? Motivação Humana “Não há maus regimentos, mas apenas maus coronéis.” Napoleão Bonaparte O que é liderança? Nunca um assunto foi e é tão debatido e estudado pelos acadêmicos e gestores organizacionais como a liderança. Muitos a perseguem como uma ferramenta capaz de influenciar as pessoas e manter- se no comando. O que é liderança? Segundo Motta (1996), a atração pela liderança emana basicamente de duas noções: a primeira associada à ideia de grandespersonalidades da história, a segunda relativa à utilização hábil de algumas qualidades inatas que são capazes de transformar pessoas, chefes ou gestores em grandes e respeitáveis líderes. O que é liderança? Contudo, no processo de definição da liderança devemos nos atentar para três focos básicos, a saber: indivíduo, grupo e situação. Qualquer que seja a teoria sobre liderança não se pode deixar de considerar esses três pilares que são complementares e indispensáveis para o estudo dessa matéria. Liderança como função do indivíduo A liderança como função do indivíduo alinha-se às ideias já aventadas desde os primórdios da Antiguidade. Nessa concepção, o estudo da liderança aborda o homem como elemento principal, o que vem em primeiro lugar, ou seja, que se sobressai na sociedade. Como afirma Aristóteles, citado por Penteado (1978, p.5), “... uns nascem para mandar, e outros nascem para obedecer”. Liderança como função do indivíduo Liderança como função do indivíduo Durante muitos anos, a liderança baseou-se somente na corrente individualista. Tornava- se líder o homem capaz de se destacar na sociedade por meio de sua força coercitiva, influenciando grupos de pessoas. Liderança como função do indivíduo Essa situação começou a mudar com o advento do Liberalismo, no qual se começou a observar que a liderança poderia ser exercida por qualquer indivíduo. Isto é, não era mais algo que se passava de pai para filho (hereditária). Liderança como função do indivíduo Só a título de exemplificação, Charles Bird, em 1940, identificou 79 qualidades para o exercício da liderança, isto é, uma infinidade de características que no final não garantiria o desempenho satisfatório de uma pessoa na função de liderança. Liderança como função do grupo O homem sozinho não pode ser líder. Para ser líder o homem precisa se destacar, exercer a influência sobre outrem. Caso não exista uma outra pessoa ou um grupo para exercer essa proeminência, a figura do líder desaparece. Portanto, a existência do grupo se torna imperiosa para o surgimento do líder. Liderança como função do grupo A mudança de foco do indivíduo para o grupo deveu-se à Era das Relações Humanas, principalmente pelas pesquisas realizadas por Elton Mayo e seus colaboradores na fábrica da Western Eletric, em Hawthorne, no ano de 1927. Liderança como função do grupo Mayo e sua equipe identificaram na Western Eletric a figura do grupo como unidade de trabalho. Essa descoberta muito influenciou as novas linhas de pesquisa sobre o estudo da liderança. Esta passou a ser encarada não mais como uma exclusividade do indivíduo, mas como uma função do grupo. Liderança como função do grupo Liderança como função da situação Os estudiosos que atribuem à situação as habilidades e qualidades que o líder deve possuir para exercer a liderança são conhecidos como situacionistas. Um dos nomes mais respeitáveis dessa corrente, Stogdill, afirma o seguinte: “as qualidades, características e habilidades exigidas de um líder são largamente determinadas pela situação em que ele deve agir como líder” (Penteado, p. 9, 1978). Liderança como função da situação Liderança como função da situação Ao observamos a trajetória dos grandes líderes da humanidade – Alexandre, César, Gandhi, Hitler, dentre outros – verificamos que cada um liderou conforme as circunstâncias da época. Isto é, o período e o ambiente que se desenvolveram os fatos motivaram as tomadas de decisão e o modo de liderar dessas pessoas. Liderança como função da situação Por essa teoria, o líder rude pode ser eficaz num ambiente que exige pronta resposta, como por exemplo, no campo de batalha, local em que as decisões devem ser tomadas com rapidez e cumpridas a risca. Por outro lado, esse mesmo líder pode revelar-se um introvertido em situações nas quais suas habilidades não são adequadas ao ambiente considerado. GUIMARÃES, Rogério. Autoconhecimento e Liderança; revisão de Walter P. Valverde Júnior. 1. ed. – Niterói, RJ: EAD/UNIVERSO, 2011., p. 71 – 97 Auto conhecimento e Liderança: Unidade 3: Desvendando a Liderança O que é a Liderança? Motivação Humana “Não há maus regimentos, mas apenas maus coronéis.” Napoleão Bonaparte O que é liderança? Nunca um assunto foi e é tão debatido e estudado pelos acadêmicos e gestores organizacionais como a liderança. Muitos a perseguem como uma ferramenta capaz de influenciar as pessoas e manter- se no comando. O que é liderança? Segundo Motta (1996), a atração pela liderança emana basicamente de duas noções: a primeira associada à ideia de grandes personalidades da história, a segunda relativa à utilização hábil de algumas qualidades inatas que são capazes de transformar pessoas, chefes ou gestores em grandes e respeitáveis líderes. O que é liderança? Contudo, no processo de definição da liderança devemos nos atentar para três focos básicos, a saber: indivíduo, grupo e situação. Qualquer que seja a teoria sobre liderança não se pode deixar de considerar esses três pilares que são complementares e indispensáveis para o estudo dessa matéria. Liderança como função do indivíduo A liderança como função do indivíduo alinha-se às ideias já aventadas desde os primórdios da Antiguidade. Nessa concepção, o estudo da liderança aborda o homem como elemento principal, o que vem em primeiro lugar, ou seja, que se sobressai na sociedade. Como afirma Aristóteles, citado por Penteado (1978, p.5), “... uns nascem para mandar, e outros nascem para obedecer”. Liderança como função do indivíduo Liderança como função do indivíduo Durante muitos anos, a liderança baseou-se somente na corrente individualista. Tornava- se líder o homem capaz de se destacar na sociedade por meio de sua força coercitiva, influenciando grupos de pessoas. Liderança como função do indivíduo Essa situação começou a mudar com o advento do Liberalismo, no qual se começou a observar que a liderança poderia ser exercida por qualquer indivíduo. Isto é, não era mais algo que se passava de pai para filho (hereditária). Liderança como função do indivíduo Só a título de exemplificação, Charles Bird, em 1940, identificou 79 qualidades para o exercício da liderança, isto é, uma infinidade de características que no final não garantiria o desempenho satisfatório de uma pessoa na função de liderança. Liderança como função do grupo O homem sozinho não pode ser líder. Para ser líder o homem precisa se destacar, exercer a influência sobre outrem. Caso não exista uma outra pessoa ou um grupo para exercer essa proeminência, a figura do líder desaparece. Portanto, a existência do grupo se torna imperiosa para o surgimento do líder. Liderança como função do grupo A mudança de foco do indivíduo para o grupo deveu-se à Era das Relações Humanas, principalmente pelas pesquisas realizadas por Elton Mayo e seus colaboradores na fábrica da Western Eletric, em Hawthorne, no ano de 1927. Liderança como função do grupo Mayo e sua equipe identificaram na Western Eletric a figura do grupo como unidade de trabalho. Essa descoberta muito influenciou as novas linhas de pesquisa sobre o estudo da liderança. Esta passou a ser encarada não mais como uma exclusividade do indivíduo, mas como uma função do grupo. Liderança como função do grupo Liderança como função da situação Os estudiosos que atribuem à situação as habilidades e qualidades que o líder deve possuir para exercer a liderança são conhecidos como situacionistas. Um dos nomes mais respeitáveis dessa corrente, Stogdill, afirma o seguinte: “as qualidades, características e habilidades exigidas de um líder são largamente determinadas pela situação em que ele deve agir como líder” (Penteado, p. 9, 1978). Liderança como função da situação Liderança como função da situação Ao observamos a trajetória dos grandes líderes da humanidade – Alexandre, César, Gandhi, Hitler, dentre outros – verificamos que cada um liderou conforme ascircunstâncias da época. Isto é, o período e o ambiente que se desenvolveram os fatos motivaram as tomadas de decisão e o modo de liderar dessas pessoas. Liderança como função da situação Por essa teoria, o líder rude pode ser eficaz num ambiente que exige pronta resposta, como por exemplo, no campo de batalha, local em que as decisões devem ser tomadas com rapidez e cumpridas a risca. Por outro lado, esse mesmo líder pode revelar-se um introvertido em situações nas quais suas habilidades não são adequadas ao ambiente considerado. FERRAZ, Monique Liderança: um desafio para gestores do século XXI?. XI Congresso Nacional de Excelência em Gestão, 13 e 14 de agosto de 2015. “Um bom líder deve ser capaz de influenciar as pessoas a algum objetivo, Jesus era assim, sabemos que ele tinha discípulos, ou seguidores, alguns até mesmo largaram suas atividades para acompanhá-lo em sua obra. ” Marcos 1:10-20: Liderança: um desafio para gestores do século XXI Há diversas teorias e definições de liderança, mas todas concordam que liderar é desenvolver a visão do que é realmente possível e ser capaz de influenciar as outras pessoas a desenvolver estes objetivos, bem como realizar e atingir seus próprios desejos e ideais como líder. Sendo a liderança uma influência interpessoal, cabe aqui explicar o que é influência: “uma força psicológica, uma transação interpessoal na qual uma pessoa age de modo a modificar o comportamento de uma outra, de algum modo intencional” (Medeiros, 2000, pág. 55). Cultura Organizacional Robbins (2002) afirma que a cultura nada mais é do que um conjunto de características fundamentais valorizadas pela organização, que as distingue das outras, e traz um outro enfoque de características básicas que, em conjunto captam a essência da cultura de uma organização. Numa época de revolução tecnológica e mudanças crescentes, a liderança se torna cada vez mais crucial à medida que representa o elemento propulsor de mudanças e a força básica por trás da mudança bem sucedida. Sem liderança, a probabilidade de ocorrência de erros aumenta muito e as chances de êxito reduzem-se na mesma proporção (KOTTER, 2002). Tanto Schein (1996) quanto Heifetz (1999) e Goleman (1999) repetem o quão importante é a capacidade emocional de um líder, porque ele deve ter uma força emocional muito presente para tolerar a incerteza, a frustração a angústia e a dor, mais do que os seus subordinados, pois estes esperam um gesto significativo do líder em momentos como esse, para poderem se pronunciar. Segundo Chiavenatto (1999, pág. 54 e 55) temos três tipos de liderança, onde destacam-se: a autocrática, a democrática, a liberal. • Na autocrática o líder exerce um nível elevado de poder sobre os subordinados; • Já na democrática, ainda é ele que toma a decisão final, mas os subordinados são incentivados a contribuir; • Na liberal, também conhecida como laissez-faire, que significa “deixa andar”, o líder deixa os colegas prosseguirem com o que fazem, funciona em equipes maduras, com indivíduos pró-ativos e comprometidos. Mas, para completar, temos a Teoria Situacional, defendida por Paul Hersey e Ken Blanchard (1986), Ela é baseada em duas variáveis: o comportamento do líder e a maturidade dos seus subordinados, sendo que a maturidade consiste na capacidade de estabelecer metas, aceitar as responsabilidades e a aptidão para desempenhar a tarefa solicitada. Não existe liderança sem comunicação. Peter Drucker afirma que “Setenta por cento de todos os problemas administrativos resultam da ineficácia da comunicação” e, muitos destes problemas se devem aos líderes que possuem uma comunicação ineficaz, pois no processo da comunicação sabemos que o resultado obtido é de responsabilidade exclusiva daquele que emite uma mensagem. Saber comunicar é um dos requisitos principais para uma liderança efetiva e que gere resultados positivos em uma organização. Histórico da concepção de liderança Gaspar e Portásio (2009) informam que os primeiros estudos relativos à liderança ocorreram antes mesmo da época da burguesia Nos trabalhos de Taylor e, posteriormente à estrutura organizacional, nos de Fayol, foi somente por volta da década de 1930, com o advento da Teoria das Relações Humanas, Histórico da concepção de liderança Gaspar e Portásio (2009) esclarecem que os anos 1980 marcaram o momento em que a filosofia e os princípios de qualidade e produtividade iniciaram seu processo de expansão, ameaçando pirâmides organizacionais e as práticas administrativas apoiadas no princípio da autoridade/subordinação a elas associadas. Chiavenato (2003) também lembra que foi nessa ocasião que o coaching, um misto de recursos e técnicas que funcionam em ciências do comportamento (psicologia, sociologia, neurociências), surgiu nos Estados Unidos para ocupar o lugar da gestão arrogante. O líder do futuro (1996), Peter Ducker, diz: “A única definição de líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas são pensadoras, outros profetas. Os dois papéis são importantes e muitos necessários, mas, sem seguidores, não pode existir líderes...(...) um líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é liderança, resultados sim.” (pág. 13) Bem vindos alunos!! Gestão de Negócios e Liderança Prof. Jader Costa Mendes ROMERO, Sonia Mara Thater; Kops, Lucia Maria Horn; Costa e Silva, Selma França da; revisão de Terezinha Tarcitano. – Niterói, RJ: UNIVERSO, 2011, p. 13 - 29 O novo gestor de pessoas: https://www.youtube.com/watch?v=KezS2QxMajg Visão Geral e Evolução da Gestão de Pessoas Inicialmente, é importante identificar a diferença entre organizações e empresas. Neste trabalho é aplicado sempre o termo organização, ao invés de empresa. Conceitualmente, a palavra organização é muito mais completa, uma vez que empresas dividem-se somente em públicas e privadas, já organizações envolvem todo o tipo de instituições sociais. Visão Geral e Evolução da Gestão de Pessoas A área de Gestão de Pessoas, GP, antigamente denominada de Administração de Recursos Humanos, ARH, pode ser considerada como uma área contingente e situacional, que mantém uma interação entre o ambiente interno e externo da organização. Essa área envolve conceitos de várias Ciências Sociais e Humanas, como a Psicologia Organizacional, Medicinado Trabalho, Sociologia, Educação, entre outras, cada uma contribuindo com aspectos que envolvem a plena gestão de pessoas. Adaptando o conceito de Milkovich e Boudreau, pode-se conceituar a gestão de pessoas como: “Gestão de pessoas é o conjunto de decisões integradas sobre as relações de emprego que influenciam a eficácia dos funcionários/servidores e das organizações”. Uma nova visão é a denominação desta área como Gestão de Pessoas. Esta denominação envolve não somente as práticas e políticas, mas também uma visão estratégica de pessoas, ligada ao negócio da organização, sendo o novo papel da área de pessoas nas organizações. Este novo papel implica em perceber as pessoas como parceiras da organização e não mais como recurso. Gestão de Pessoas como Recursos Humanos e Parceiras da Organização. Elton Mayo O início dos estudos sobre pessoas pode ser atribuído às pesquisas realizadas, em 1924, por Elton Mayo na fábrica da Western Electric Company (SHULTZ e SHULTZ10; CHIAVENATO). Conhecidos como as Experiências de Hawthorne, esses estudos semearam as bases da Teoria das Relações Humanas Com o desenvolvimento da Teoria das Relações Humanas, surge a Escola das Relações Humanas por meio dos estudos de Kurt Lewin, com a ênfase no grupo, nas influências sociais e no comportamento. O movimento foi tão grande que ganha o nome de Escola da Dinâmica de Grupo. A Teoria Comportamental ou Teoria Behaviorista Surge como um movimento de encontroà forma prescritiva das teorias anteriores, principalmente à visão burocrática de organização de Max Weber, procurando adotar uma postura explicativa e descritiva. Iniciada na década de 40, com base no clássico estudo de Chester Barnard, “As Funções do Executivo”, concentra-se nos processos motivacionais e nos estilos gerenciais, tentando sempre melhorar a qualidade devida das pessoas nas organizações. Desenvolvimento Organizacional Um dos significativos resultados da Teoria Comportamental para a Gestão de Pessoas é o modelo de Desenvolvimento Organizacional, DO, surgido no final da década de 60; salientando a importância da cultura e da mudança organizacional. O modelo utiliza pesquisa e planejamento com estratégia educacional e procura promover mudanças nas atitudes, valores e estruturas das organizações para que elas possam adaptar-se às mudanças do ambiente. Existem também duas outras teorias organizacionais importantes para a área de Gestão de Pessoas: a sistêmica e a contingencial. A abordagem sistêmica de organização surge entre os anos de 50 e 68 com os estudos do biólogo alemão Irwing Von Bertalanffy sobre a Teoria Geral de Sistemas, TGS (CHIAVENATO e MAXIMIANO). Teoria Geral de Sistemas A TGS apresenta uma visão ampla, complexa e integrada da organização, entendida como um sistema social aberto, composto por sistemas internos, interdependentes e interrelacionados que fazem trocas com o ambiente. O foco da TGS caracteriza-se pela capacidade de conciliar as necessidades dos trabalhadores com a eficácia Abordagem Contingencial Surge na década de 60, inicialmente, por meio dos estudos de Burns e Stalker em indústrias inglesas. As pesquisas verificam a relação diferente que existe entre as práticas administrativas e a influência do ambiente externo. Assim, emergem os conceitos de organizações mecanísticas: baseadas no taylorismo, controladas, centralizadoras e burocráticas, apropriadas para um ambiente relativamente estável; e as organizações orgânicas: flexíveis, com ênfase nos princípios da Teoria das Relações Humanas, descentralizadas, com alto grau de comunicação; indicadas para um ambiente instável. O século XX trouxe grandes mudanças e transformações que influenciam o comportamento das pessoas nas organizações. Pode- se visualizar, ao longo do século XX, três eras organizacionais distintas: • a era industrial clássica; • a era industrial; • neoclássica e a era da informação. Era da Industrialização Clássica Surge logo após a Revolução Industrial e que se estende até meados de 1950: As organizações passam a adotar a estrutura burocrática, piramidal e centralizador, com ênfase na departamentalização, na centralização das decisões hierárquicas e na valorização de regulamentos para disciplinar e padronizar o comportamento das pessoas. As mudanças são lentas e o ambiente conservador. A eficiência é a meta, por meio de padronizações e simplificações, bem como especialização das pessoas para produzir mais com menores custos. Era da Industrialização Neoclássica Envolve o período que se estende entre as décadas de 1950 e 1990, A velocidade da mudança aumenta progressivamente, o mercado passa de local para regional e internacional, acentuado a competitividade entre as organizações. A concepção de Relações Industriais é substituída por uma nova maneira de administrar pessoas, a Administração de Recursos Humanos, ARH. Os departamentos de recursos humanos visualizam as pessoas como recursos vivos e inteligentes e fatores determinantes do sucesso empresarial. A tecnologia passa por um intenso desenvolvimento e começa a influenciar o comportamento das organizações e das pessoas. Era da Informação Período que começa no início da década de 1990 até a atualidade, caracteriza-se pelas mudanças rápidas, imprevistas, turbulentas e inesperadas. A tecnologia da informação, integrando televisão, telefone e computador, define o mundo globalizado. A economia internacional transforma-se em economia mundial e global, tornando a competitividade intensa entre as organizações. Era da Informação Os escritórios ficam como locais coletivos de trabalhos, enquanto a administração é realizada em home-office, em organização interligada eletronicamente, com valorização do conhecimento e foco no cliente interno e externo. História da Gestão de Pessoas no Brasil De 1890 a 1930. O século XX se inicia com cerca de 80% da população brasileira habitando o campo. De 1930 a 1950. A partir de 1930, o cenário se altera pelo Governo de Getúlio Vargas, que valoriza as relações de trabalho e os trabalhadores. No início do primeiro ano de Governo, surge o Departamento Nacional do Trabalho, com melhorias na previdência social e nas condições de trabalho História da Gestão de Pessoas no Brasil De 1950 a 1964. Este período apresenta mudanças importantes nas relações de trabalho. Há um grande desenvolvimento industrial, principalmente na área automobilística. Estas mudanças exigem nova postura da área de gestão de pessoas, passando a profissionalizar-se. Acontece, então, de 1968 a 1973, o “milagre brasileiro”, pelo grande desenvolvimento da economia do País e da modernização e crescimento das organizações. Naquela época, começa a ser valorizado o profissional de Recursos Humanos e o Administrador de Empresas. História da Gestão de Pessoas no Brasil Depois de 1978. Neste momento, as relações entre capital e trabalho ficam extremamente tensas, a abertura política, iniciada pelo presidente Geisel, em 1974, estimula os trabalhadores a reivindicar salários e condições de trabalho, de forma bem mias organizada do que no passado. Anos 80 e 90. Década crítica para o mundo e também para o Brasil, marcada pela recessão e desemprego. As organizações até desativam setores de RH, terceirizando serviços. Administração de conflitos: Os conflitos existem desde o início da humanidade, fazem parte da evolução dos seres humanos e são necessários para o desenvolvimento e o crescimento de qualquer sistema; familiar, social, político e organizacional. Antigamente: Era comum o uso do poder quando acontecia um descordo ou um conflito. A solução era imposta, à força, pela parte que detivesse o poder suficiente para fazer valer a sua vontade, à outra parte só restava, submeter-se, estando resolvido momentaneamente o conflito. Atualmente: Admite-se que nem sempre os conflitos devem ser considerados negativos, em alguns momentos e em determinados níveis, o conflito pode ser considerado necessário, se não se quiser entrar num processo de estagnação. • TIPOS DE CONFLITOS • RAZÕES PARA CONFLITOS • FONTES GERADORAS DE CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES • COMO ADMINISTRAR OS CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES Administração de conflitos: https://www.youtube.com/watch?v=Ie5ILj5nshg ROMERO, Sonia Mara Thater; Kops, Lucia Maria Horn; Costa e Silva, Selma França da; revisão de Terezinha Tarcitano. – Niterói, RJ: UNIVERSO, 2011, Unidade 3.1 • O sistema agregar envolve várias atividades: recrutamento, seleção, integração de novos colaboradores, rotatividade, absenteísmo e desligamentos. Este sistema representa a entrada somente para aqueles colaboradores que unem os requisitos do cargo às suas competências e que são capazes de se adaptarem à cultura da organização por meio do processo seletivo. Recrutamento é o processo de atrair pessoas até a organização, objetivando atingir candidatos, em potencial, que se identifi quem com a organização e com o trabalho. O recrutamento tem como objetivo, conforme Chiavenato, “divulgar no mercado as oportunidades que a organização pretende oferecer para as pessoas que possuam determinadas características desejadas” O recrutamento pode ser interno ou externo. No recrutamento interno as vagas são preenchidas pelos próprios colaboradores atuais, sendo promovidos ou transferidos. Já o recrutamento externo busca candidatos de fora da organização. Carvalho e Nascimeto definem que o recrutamento interno focalizaa movimentação de pessoas dentro das organizações e pode ser feito por meio de: “transferência de empregados, promoções de colaboradores, programas de desenvolvimento de RH e planos de carreira funcional”. Vantagens do recrutamento interno As principais vantagens do recrutamento interno, segundo Carvalho e Nascimento e Chiavenato, são: a proximidade, gerando maior probabilidade de êxito na seleção, uma vez que o candidato já é conhecido e está próximo; economia e rapidez; conhecimento, pelas indicações sobre o candidato; promoção, uma vez que os candidatos reconhecem as oportunidades e o aumento do moral. Desvantagens do recrutamento interno Entre as desvantagens do recrutamento interno, podem ser citadas: insuficiência de pessoas para as necessidades das vagas; difi culdades em conseguir aprovação dos gestores para liberar seus colaboradores e frustração dos não escolhidos, prejudicando a produtividade. Ainda pode bloquear a entrada de novas ideias, experiências e expectativas; manter quase inalterado o capital intelectual da organização; conserva a cultura organizacional e funcionar como um sistema fechado. Vantagens do recrutamento externo As vantagens do recrutamento externo, de acordo com Chiavenato, são: introduz sangue novo na organização: talentos, habilidades e expectativas; enriquece o patrimônio humano, pelo aporte de novos talentos e habilidades; aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimentos e destrezas; renova e enriquece a cultura organizacional. Incentiva a interação da organização com o mercado e é indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o capital intelectual. Desvantagens do recrutamento externo As principais desvantagens do recrutamento externo são: afeta a motivação dos atuais colaboradores da organização; reduz a fidelidade ao oferecer oportunidades a outros; requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos candidatos externos; exige esquemas de socialização organizacional para os novos colaboradores é mais demorado, oneroso e inseguro que o recrutamento interno. Seleção de Pessoas Seleção é o processo de escolha do candidato que apresenta maior adequação ao cargo, conforme as exigências e requisitos. Incorpora, também, o projeto de vida do candidato, principalmente em cargos mais elevados. As técnicas diversificadas, aplicadas no processo seletivo, buscam diminuir a imprevisibilidade e minimizar as incertezas inerentes ao preenchimento dos cargos. A seleção tem por objetivo eleger apenas algumas pessoas, dentre aquelas recrutadas, que apresentam o maior número de competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) adequadas às exigências do cargo. A seleção visa atender a necessidade de ambas as partes, de um lado a organização que seleciona o candidato recrutado que melhor preenche o perfi l de sua busca e, do outro, a do colaborador que teve a oportunidade de preencher estes requisitos. Existem algumas técnicas mais aplicadas nos processos seletivos, entre elas podem-se citar: • Entrevistas; • Provas de Conhecimento ou Capacidade: Capacidade Física; Conhecimento, (escritos, orais e práticos); • Testes Psicométricos ou de Capacidade Mental (aptidões mentais, fluência verbal, raciocínio, visuais, percepção espacial, psicomotoras e outras); Testes de Personalidade e Levantamento de Interesses (psicólogo, testes projetivos e grafologia); • Técnicas de Simulação ou Dinâmicas de Grupo (profi ssional habilitado, vivências e situacionais). Integração de Novos Colaboradores A integração é o processo de receber o novo colaborador que ingressa na organização, propiciando uma série de informações e conhecimentos fundamentais para sua nova vida profissional. Divide-se em: a) integração geral: informações sobre a organização; b) integração no setor: visita, contato com novos colegas e chefias; c) integração no cargo: informações e/ou treinamento sobre as atividades que serão desempenhadas. Integração de Novos Colaboradores Geralmente, os programas de integração são encontros de duração variável, nos quais são apresentados vários temas sobre a cultura, estrutura e funcionamento da organização. Também é entregue o Manual de Integração de Novos Colaboradores, são projetados filmes e realizam-se visitas aos locais, encerrando com um almoço. Desligamento de Pessoal É o processo de acompanhamento realizado durante o desligamento do colaborador da organização. Efetivado pela Entrevista de Desligamento, utilizada para detectar as razões da saída do funcionário, previne a rotatividade e identifi ca focos de problemas internos. Desligamento de Pessoal A entrevista de desligamento deve registrar as razões do desligamento: se foi por iniciativa do funcionário (qual a razão predominante para isso) ou se foi por iniciativa da empresa (e qual foi a razão oferecida para isso). Os resultados tratados por área ou seção e por motivos devem oferecer um diagnóstico sobre os principais motivos que levam à rotatividade na empresa, bem como oferecer meios para ações corretivas ou preventivas no sentido de reduzi- la. Rotatividade e Absenteísmo A rotatividade ou turnover designa a saída de funcionários ou a flutuação de pessoal entre uma organização e seu ambiente. As causas podem ser externas ou internas: políticas de GP deficientes, problemas de relacionamento interpessoal e c/ gestores, baixo moral do grupo. É importante salientar que a rotatividade é o efeito de variáveis e gera custos para a organização. Rotatividade e Absenteísmo Estes custos envolvem gastos diretos e indiretos com registro e documentação, programas de integração, reflexos na produtividade e na própria imagem da empresa, repercutindo até em perdas de negócios e clientes. Os autores apontam que uma rotatividade média até 3% ao ano é considerada ainda sob controle. Absenteísmo ou ausentismo O absenteísmo ou ausentismo são os atrasos ou faltas ao trabalho, é a soma dos períodos em que os colaboradores estão ausentes do trabalho. As principais causas podem envolver: doença comprovada ou não comprovada; razões familiares diversas; atrasos involuntários por motivos de força maior; faltas voluntárias por motivos pessoais ou profissionais; problemas financeiros; problemas de deslocamento e transportes; baixa motivação para trabalhar; problemas com gestores ineficazes; políticas inadequadas de gestão de pessoas e busca de melhores oportunidades. ROMERO, Sonia Mara Thater; Kops, Lucia Maria Horn; Costa e Silva, Selma França da; revisão de Terezinha Tarcitano. – Niterói, RJ: UNIVERSO, 2011, p. 65 - 69 Avaliação de Desempenho O processo de avaliação de desempenho envolve alguns conceitos básicos: avaliar é interpretar comportamentos observáveis em relação a um desempenho. Desempenho é a atuação do colaborador em relação ao cargo/função ocupado, envolvendo responsabilidades, atividades e tarefas atribuídas. Como explica Chiavenato, “na realidade, a avaliação do desempenho é um processo dinâmico que envolve o avaliado e seu gerente, representando uma técnica de direção imprescindível na atividade administrativa de hoje”. Já Carvalho e Nascimento descrevem que avaliação de desempenho faz parte da estratégia da organização na busca dos objetivos, ressaltando que “a avaliação de desempenho constitui-se numa série de técnicas com a fi nalidade de obter informações sobre o comportamento profi ssional do avaliado durante o seu desempenho no trabalho”. Os principais objetivos e resultados da avaliação de desempenho são: analisar a performance organizacional, criar Banco de Talentos (competências e habilidades), identificar problemas de gestão de pessoas, obter subsídio para o treinamento e desenvolvimento e contribuir para a adequação salarial. Para o avaliado, é a oportunidade de conhecer seu desempenho, discutir seu progresso profi ssional e obter melhor aperfeiçoamento e qualifi cação. Para o avaliador, também é uma oportunidade de conhecer o desempenho formal de sua equipe; administrarconfl itos; adquirir maior comprometimento das pessoas e gerar planos de capacitação. Sistema Recompensar O sistema recompensar abrange a administração salarial do corpo funcional. Chiavenato aborda que o sistema recompensar proporciona incentivos e motivação “tendo em vista de um lado os objetivos organizacionais a serem alcançados e, de outro lado, os objetivos individuais a serem satisfeitos” A política de remuneração de uma organização deve atender aos custos laborais, mas, por outro lado, também deve considerar que esta é uma forma de reter os colaboradores. A remuneração total é composta por três elementos: a) remuneração básica: salário; b) incentivos salariais: bônus, participação em lucros e resultados e, c) benefícios. Remuneração e Incentivos • As pessoas trabalham e investem nas organizações em função do alcance de determinadas expectativas. A dedicação ao trabalho e o comprometimento são investidos em função de um retorno que os colaboradores acreditam ser signifi cativo, retorno este financeiro e não financeiro. Todas as pessoas aplicam tempo e esforço no trabalho, portanto, recebem uma remuneração que representa a troca entre direitos e responsabilidades. Benefícios e Serviços Não basta somente remunerar as pessoas por suas tarefas produzidas, é preciso incentivá-las a darem o melhor de si. A remuneração fi xa, representada somente pelo salário, satisfaz alguns fatores higiênicos, difi cilmente motivando os colaboradores para a melhoria contínua. Neste aspecto, os benefícios e incentivos desempenham papel de extrema relevância, uma vez que podem atender às necessidades motivacionais. Benefícios e Serviços De acordo com Chiavenato, os benefícios têm como principais objetivos: a) individuais: atender as necessidades dos colaboradores proporcionando uma vida pessoal e profissional com maior qualidade e tranquilidade; b) econômicos: reduzir a rotatividade de pessoas e minimizar os custos das horas trabalhadas; funciona como uma maneira de atrair e reter pessoas na organização; c) sociais: melhorar a qualidade de vida no trabalho, oferecendo ao colaborador serviços como refeitório, transporte, lazer, gratificações, prêmios por produtividade, atividades esportivas etc. DIAS, André Costa. Fundamentos de Contabilidade; revisão de Andréa Jardim de Sá Mello, Tatiane Rodrigues de Souza e Walter P. Valverde Junior. 2. ed. – Niterói, RJ: EAD/UNIVERSO, 2011. Unidade 1 Fund. Da Contabilidade: Unidade 1: https://youtu.be/esdrllfllJo Conceitos “É a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a informações sobre sua composição e variações” (Hilário Franco). “Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registros relativos aos altos e fatos da administração econômica” (conceito oficial, 1° Congresso Brasileiro de Contabilistas – RJ – Ago/1924). A Contabilidade é um dos principais sistemas de controle de dados das empresas, destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto da Contabilidade. Campo de Aplicação da Contabilidade O campo de aplicação da Contabilidade é bastante amplo. Ela atua onde estiver o Patrimônio. Este está presente em qualquer empresa, seja ela constituída para fins lucrativos ou não; também está presente nas instituições de Direito Público. Muitas pessoas físicas possuem Patrimônio que justificam plenamente a utilização da Contabilidade para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar suas variações. Campo de Aplicação da Contabilidade • Contabilidade Comercial: Desenvolvida em empresas que se dedicam à compra e venda de mercadorias; • Contabilidade Pública: Aplicada nas entidades ligadas ao poder público (União, Estados e Municípios). • Contabilidade Bancária: Adotada para o controle do patrimônio das Instituições Financeiras (Bancos Comerciais e de Investimentos, Financeiras ligadas ao sistema financeiro, sujeitas às normas estabelecidas pelo Banco Central – BACEN). Campo de Aplicação da Contabilidade • Contabilidade Industrial: Aplicada nas empresas que têm a finalidade de produzir bens (bens de consumo, veículos, móveis). Também conhecida como Contabilidade de Custos. • Contabilidade Agropecuária: Exercida para o controle do Patrimônio das entidades agrícolas e pecuárias. Técnicas Contábeis Escrituração Contábil: É a técnica de efetuar os registros dos fatos que afetam o Patrimônio da entidade, passíveis de valorização monetária. Deve ser efetuada em ordem cronológica através dos lançamentos em livros próprios (comerciais e fiscais). Demonstrações Contábeis: Destinada ao repasse das informações aos usuários da Contabilidade, no que diz respeito à situação patrimonial e suas variações. Também conhecida como “Técnica de Demonstração”, pois de forma sintética as informações são divulgadas mediante demonstrações padronizadas, quais sejam: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos; Demonstrações dos Lucros e Prejuízos ou Mutações do Patrimônio Líquido e Notas Explicativas. Técnicas Contábeis Auditoria Contábil: Consiste no exame de livros, documentos, relatórios e no levantamento de informações para verificar se as demonstrações financeiras representam de fato a situação econômica e patrimonial da empresa e se foram elaboradas de acordo com os princípios fundamentais da Contabilidade. Trata-se de uma revisão contábil que pode ser feia por: σ Auditores internos: Funcionários da empresa que verificam internamente se as normas estão sendo seguidas pelos departamentos; σ Auditores externos (independentes): Profissionais liberais ou empresas especializadas que verificam os procedimentos executados para atestar a veracidade das informações contidas nas demonstrações contábeis. Técnicas Contábeis Análise de Balanços: Permite a análise e interpretação das Demonstrações Contábeis, visando avalizar o desempenho das entidades em determinados períodos. E também o estudo das situações econômico- financeiras das empresas, que visa à elaboração de relatórios detalhados, interpretados e escritos em uma linguagem acessível aos usuários das informações. Princípios Fundamentais de Contabilidade CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA. CAPÍTULO II – DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO. Formas de Sociedades Firma Individual - Quando a empresa é de um só proprietário, diz-se que é individual. Os bens e direitos da pessoa cível, incorporados ou não ao Patrimônio da empresa individual, respondem por todas suas obrigações. Sociedades Mercantis - Se a empresa pertencer a duas ou mais pessoas, ela assumirá a forma jurídica de sociedade mercantil ou comercial. Sociedade em Nome Coletivo - Sua principal característica é a de seus sócios responderem ilimitadamente pelas obrigações da empresa, comprometendo solidariamente os compromissos da sociedade. Formas de Sociedades Sociedade de Capital e Indústria - É formada por dois tipos de sócios: De capital, com responsabilidade solidária e ilimitada. São os que contribuem com os bens e direitos para a formação do patrimônio; De indústria, não respondem pelas obrigações da empresa. Contribuem com o seu trabalho especializado e experiência na atividade e participam dos lucros da sociedade. Formas de Sociedades Sociedade em Conta de Participação - É constituída na forma de sociedade de fato, ao contrário das outras, de direito. Duas ou mais pessoas se reúnem, sem que seja constituída uma empresa, para exercerem, em comum, a prática de operações mercantis, quando a sociedade em nome de um deles, necessariamente comerciante, denominado sócio ostensivo queresponde solidária e ilimitadamente perante terceiros. Os demais sócios são denominados de ocultos. Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada - Constituída por duas ou mais pessoas, com responsabilidade solidária, porém limitada ao montante do capital social. Formas de Sociedades Sociedade em Comodata Simples - É constituída por duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma comerciante, esta responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, são chamados de sócios comanditados. Os outros sócios chamados de comanditários somente respondem até o valor de suas quotas que fazem parte do capital social. Formas de Sociedades Sociedade em Comandita por Ações - Tem a mesma característica de sociedade em comandita simples, diferenciando-se apenas quanto à forma de constituição do capital social. O capital social é dividido em ações. Os sócios comanditados respondem solidária e ilimitadamente, os sócios comanditários são os demais acionistas, com responsabilidade não solidária e limitada ao valor do capital subscrito Sociedade por Ações - É também denominada de sociedade anônima ou companhia. É uma sociedade de capital, regida por estatutos, capital dividido em ações. A responsabilidade do acionista é limitada ao valor da emissão da ação subscrita, é sempre considerada comercial qualquer que seja seu objetivo. FIM
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