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ORCAMENTO DO ESTADO MOCAMBICANO

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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema: Orçamento do Estado em Moçambique, num cotexto em que, o Orçamento do Estado é um instrumento de gestão de maior relevância e provavelmente o mais antigo da administração pública e se constitui num importante instrumento para a gestão das finanças governamentais. É através do orçamento que o Governo elabora seu plano de trabalho, anuncia à sociedade as ações que serão realizadas, controla a execução dessas ações e avalia o grau de sucesso nas suas operações. Partindo da intenção inicial de controle, o orçamento público tem evoluído e vem incorporando novas instrumentalidades ou componentes legais.
1.1. Objectivos 
1.1.1. Objectivo geral
· Compreender o Orçamento do estado em Moçambique.
1.1.2. Objectivos específicos
· Conceituar e caracterizar o Orçamento do estado;
· Explicar os componentes do Orçamento do estado em Moçambique;
· Descrever as Dimensões e funções do orçamento;
· Identificar a Lei de Enquadramento do Orçamento do Estado (LEOE)
· Descrever o processo de Conceituar o Orçamento do estado em Moçambique;
1.2. Metodologia
A pesquisa bibliográfica visa a um levantamento dos trabalhos realizados anteriormente sobre o mesmo tema estudado no momento, podendo identificar e selecionar os métodos e técnicas a serem utilizadas, ou seja, este trabalho tem por objetivo, o enriquecimento científico que trará a muitos.
Este trabalho científico, teve como técnica de colecta de dados o apoio e o embasamento na pesquisa bibliográfica que abrangiu toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, tais como livros, artigos cientificos, monografias ou teses disponíveis em formato físico, electrónico ou da internet, com a finalidade de colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito ou dito ou sobre o assunto, garantindo desta forma o alcance dos objectivos definidos.
2. Conceitos gerais 
2.1. O orçamento
De acordo com Welsch (1973, citado em Lunkes, 2010):
“O orçamento é um plano administrativo que abrange todas as fases das operações para um período futuro definido. Segundo o mesmo autor, orçamento é a expressão formal das políticas, planos, objectivos e metas estabelecidas pela alta administração para a empresa como um todo, bem como para uma das suas subdivisões” (p.27).
Para Xavier (2008), o orçamento é um instrumento de planeamento que espelha as decisões políticas, estabelecendo as acções prioritárias para o atendimento das demandas da sociedade, em face da escassez de recursos.
Boisvert (1999, citado em Lunkes, 2010), sustenta que o orçamento é um meio eficaz de efectuar a continuação dos planos. Ele fornece as medidas para avaliar a performance da organização. Welsch (1973, citado em Lunkes, 2010) associa o orçamento às funções administrativas, abrangendo o panejamento, execução, controle, avaliação, motivação e coordenação. Segundo Boisvert (1999, citado em Lunkes, 2010),“a execução do orçamento contribui para assegurar a eficácia da organização e o comando que vai possibilitar a difusão dos planos”. (p.29).
Segundo Aliomar Baleeiro citado por Salacuchepa (2012, p.118), o Orçamento é o ato pelo qual o Poder Legislativo prevê autorizar o Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política económica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei.
2.2. Orçamento do Estado
O Orçamento do Estado é o documento no qual estão previstas as receita a arrecadar e fixadas as despesas a realizar num determinado exercício económico e tem por objecto a prossecução da política financeira do Estado.
Orçamento Público como um documento legal que contém a previsão de receitas e estimativa de despesas que deverão ser realizadas por um Governo em um determinado período de tempo (geralmente um ano civil que deve coincidir com um exercício financeiro). (Gama e Martins, 2011, 23 ) 
3. O Orçamento do Estado Moçambicano
IESE, 2012, p.27, O Orçamento de Estado (OE) é um documento único, apresentado sob a forma de lei, que comporta uma descrição detalhada de todas as receitas e despesas do Estado, propostas pelo Governo e autorizadas pela Assembleia da República (AR), e antecipadamente previstas para um horizonte temporal de um ano. O OE é um elemento económico, político e jurídico. Enquanto elemento económico, corresponde à actividade financeira com impacto sobre a economia e sendo também aquela influenciada pela própria economia. Enquanto elemento jurídico, corresponde a uma autorização política concedida pelo parlamento mediante a aprovação da proposta elaborada e submetida pelo Governo. Enquanto elemento jurídico, é um instrumento, sob a forma de lei, que condiciona os poderes financeiros do Estado, no que diz respeito à realização de despesas e à obtenção de receitas.
IESE, 2012, p.27Os governos enfrentam os mesmos tipos de problemas como quaisquer cidadãos quando elaboram o seu orçamento. Eles usam recursos limitados e fazem decisões difíceis quando decidem como gastar o dinheiro. Governos precisam prestar atenção nos seus gastos. Precisam planear para despesas imprevistas que podem resultar de desastres naturais ou não.
“ O Orçamento do Estado é uma previsão, em regra anual, que fixa as despesas à realizar pelos Estado, as receitas para sua cobertura e incorpora a autorização e os limites dos exercícios dos poderes financeiros pela Administração”. IESE, 2012, p.27[footnoteRef:1] [1: Esta definição inspirada na do Professor Sousa Franco (ob. Cit., p. 336) e Pereira de Sousa (ob. Cit., 86)] 
Importa referir que existem três (3) tipos de orçamento a citar: 
· Orçamento de exercício - se as receitas e despesas são inscritas no orçamento tendo em conta o momento em que a obrigação e/ou o direito nasce.
· Orçamento de gerência – quando este inscreve aqueles dos dois instrumentos financeiro (receitas e despesas), no momento em que devem ser cumpridas as obrigações ou exercícios dos direitos correspetivos.
· Orçamento de tesouraria - é aquele que permite a programação dos pagamentos e recebimentos, pode estar presente quer num orçamento de gerência quer no de exercício.
3.1. Composição do orçamento
(IESE, 2012, p.27). O orçamento de Estado pode ser dividido em três componentes:
Receitas: Esta componente diz respeito a todos os recursos financeiros cujo beneficiário é o Estado, e tem em vista o financiamento de despesas públicas. No sentido restrito são consideradas receitas do Estado as obtidas através do pagamento de impostos ou de obrigações ao Estado pela provisão de determinados bens e serviços, vendas patrimoniais, portanto todos os recursos resultantes da própria actividade do Estado. No sentido mais amplo, as receitas públicas incluem para além destes itens os recursos provenientes de donativos e empréstimos.
Despesas: Esta é a componente dos gastos do governo e também se designam por “despesas públicas” ou “gastos públicos”. Governos podem gastar seus recursos, por exemplo, no procurement (aquisições) de bens e provisão de serviços, para pagar o serviço de dívidas, fazer investimento, e outras despesas com vista a satisfazer as necessidades públicas.
Saldo Orçamental: este poderá ser um superavit ou um deficit. O superávit orçamental ocorre quando as receitas do Estado são maiores que as despesas. Um deficit no orçamento ocorre quando as despesas do governo são maiores que as receitas, e neste caso deverão ser encontradas alternativas de financiamento às despesas não cobertas.
3.1. Dimensões e funções do orçamento
	
	DIMENSÃO
	FUNÇÃO
	
Política
	Autorização política do plano
financeiro do Estado
	- Tributação e despesas dependentes da aprovação pela AR.
 - Assegurar equilíbrio e separação de poderes
	Jurídica
	Limitação dos poderes financeiros o Estado
	- (De) limitação dos poderes políticos do Estado
	
Económica
	Previsão da gestão orçamental e uma exposição do plano financeiro do Estado
	- Gestão racional e eficiente de fundos públicos
- Definir e executar a política económica e social do governo3.2. Os modelos de Orçamento
3.2.1. Orçamento tradicional
Salacuchepa (2012, p.118), Orçamento tradicional era o instrumento utilizado pelo Estado para demonstrar as previsões de receitas e autorizações de despesas, classificando estas últimas, apenas, por objecto de gasto, sem se preocupar com as necessidades reais da administração pública e da população. Um dos seus objectivos principais era o de possibilitar os órgãos do Legislativo um controle político sobre os gastos públicos, mantendo o equilíbrio financeiro entre as receitas e as despesas, evitando, assim, a expansão da despesa pública.
O orçamento tradicional se preocupava, basicamente, com as questões tributárias, deixando de lado os aspectos económicos e sociais, e considerava a despesa publica, apenas, como meio necessário para se alcançarem os fins pretendidos. Esse tipo de orçamento mantinha duas classificações orçamentais clássicas para possibilitar o controle das despesas, a saber Salacuchepa (2012, p.119),:
 por unidade administrativa;
 por objecto ou item de despesa.
3.2.2. O orçamento de desempenho
(Gama e Martins, 2011, 23). O orçamento tradicional evoluiu para o orçamento de desempenho, também conhecido como orçamento de realizações. Neste tipo de orçamento, o gestor começa a se preocupar com o que o governo realiza e não com o que compra, ou seja, preocupa-se agora em saber “as coisas que o governo faz e não as coisas que o governo compra”.
O orçamento de desempenho é o processo orçamentário que se caracteriza por apresentar duas dimensões do orçamento: o objeto de gasto e um programa de trabalho, contendo as ações desenvolvidas.
Salacuchepa (2012, p.119), Apesar de ser um passo importante, o orçamento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do governo, ou seja, embora já interligue os objetos de gastos aos objetivos, não poderia, ainda, ser considerado um orçamento-programa, visto que lhe faltava uma característica essencial: a vinculação ao Sistema de Planejamento.
Salacuchepa (2012, p.119 ), Na era moderna podemos destacar dois tipos de orçamento:
1. orçamento de base zero ou por estratégia;
2. orçamento-programa.
3.2.3. Orçamento-programa: 
Gama e Martins, 2011, 23O orçamento– programa pode ser entendido como um plano de trabalho, um instrumento de planejamento da ação do governo, através da identificação dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, além do estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados, bem como a previsão dos custos relacionados.
São características básicas do orçamento-programa:
 recursos orçamentários necessários para atingir objectivos e metas;
 instrumento de planeamento que permite acompanhar, avaliar e controlar a execução dos programas governamentais;
 fixação de metas para as receitas e despesas com o fim de atender às necessidades económicas e sociais da população;
 identificação dos meios insumos (pessoal, material, equipamento, serviços, etc) necessários para a obtenção dos resultados;
 principal critério de classificação-funcional-programática.
O orçamento-programa se caracteriza por ser o instrumento que faz a ligação entre o planeamento e as funções administrativas de execução, acompanhamento, avaliação e controle Gama e Martins, 2011, 23.
3.3. A Lei de Enquadramento do Orçamento do Estado em Mocambique 
A aprovação da Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro (Lei do Sistema da Administração Financeira do Estado, SISTAFE), surgiu da constatação de que existia em Moçambique uma acentuada falta de transparência e rigor na planificação orçamental, e uma certa dose de improviso na captação e afectação dos dinheiros públicos. Tal não é compatível com um bom desempenho do Estado em matéria de política económica e social (Malemuane, 2006).
Segundo Malemuane (2006), o outro inconveniente detectado prendia-se com a separação entre o orçamento corrente e de investimento, que assentavam em diferentes classificadores orçamentais e diferentes períodos fiscais. Tal dificultava enormemente a análise da afectação de recursos públicos e a sua associação a objectivos de política económica e social, bem como a avaliação da sustentabilidade das despesas públicas.
A Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro, e toda a legislação que lhe é complementar, veio criar um quadro orçamental mais adequado às necessidades de uma intervenção pública moderna, eficaz e eficiente, que cumpre com as exigências de uma economia de mercado funcional e uma democracia parlamentar.
A sua introdução constitui um passo preponderante para que o orçamento do Estado passe a cumprir de forma mais satisfatória as funções que lhe competem, sejam elas de natureza económica ou politica. É já sabido que o orçamento tem a natureza jurídica de lei formal, posição de decorre, alias, do nº. 1 Artigo 26 da Lei do SISTAFE que estabelece que a Assembleia da Republica delibera a proposta de Lei do orçamento do Estado[footnoteRef:2]. [2: Em sentido idêntico estabelecia a Lei nº. 15/97, de 10 de Julho, de Enquadramento do
Orçamento do Estado, no seu artigo 12, nº. 2, alínea a).] 
Em Moçambique à luz do disposto no artigo 130 da CRM:
1. O Orçamento do Estado é unitário, especifica as receitas e as despesas, respeitando sempre as regras da anualidade e da publicidade, nos termos da lei.
2. O Orçamento do Estado pode ser estruturado por programas ou projectos plurianuais, devendo neste caso inscrever-se no orçamento os encargos referentes ao ano a que dizem respeito.
3. A proposta de Lei do Orçamento do Estado é elaborada pelo Governo e submetida à Assembleia da República e deve conter informação fundamentadora sobre as previsões de receitas, os limites das despesas, o financiamento do défice e todos os elementos que fundamentam a política orçamental.
4. A lei define as regras de execução do orçamento e os critérios que devem presidir à sua alteração, período de execução, bem como estabelece o processo a seguir sempre que não seja possível cumprir os prazos de apresentação ou votação do mesmo.
3.3.1. Princípios do Orçamento do Estado em Mocambique
Segundo o Artigo 13 (Princípios), da Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro, o orçamento do estado, (numero 1), na sua preparação e execução, o Orçamento do Estado observa, de entre outros, os seguintes princípios e regras: 
a) anualidade, nos termos do qual o Orçamento tem um período de validade e de execução anual, sem prejuízo da existência de programas que impliquem encargos plurianuais; 
b) unidade, na base do qual o Orçamento é apenas um; 
c) universalidade, pelo qual todas as receitas e todas as despesas que determinem alterações ao património do Estado, devem nele ser obrigatoriamente inscritas; 
d) especificação, segundo o qual cada receita e cada despesa deve ser suficientemente individualizada; 
e) não compensação, através do qual as receitas e as despesas devem ser inscritas de forma ilíquida; 
f) não consignação, por força do qual o produto de quaisquer receitas não pode ser afectado à cobertura de determinadas despesas específicas, ressalvadas as excepções previstas no n.º 2 seguinte; 
g) equilíbrio, com fundamento no qual todas as despesas previstas no Orçamento devem ser efectivamente cobertas por receitas nele inscritas; 
h) publicidade, em conformidade com o qual a Lei Orçamental, as tabelas de receitas e as tabelas de despesas e bem assim as demais informações económicas e financeiras julgadas pertinentes devem ser publicadas em Boletim da República
3.4. Processo orçamental em Moçambique
O processo orçamental tem sido, ao longo das últimas cinco décadas e um pouco por todo o mundo, alvo de uma constante evolução, esta que é resultado de entre outros factores das mudanças operadas nos sistemas políticos nas teorias económicas, nas abordagens de gestão orçamental, nos princípios contabilísticos e na conduta da Administração Publica. 
O processo orçamental em Moçambique, tal como descrito na LEOE, compreende cinco (5) fases distintas:
Fase 1 - a começar com a elaboração da proposta de Lei do Orçamento;
Fase 2 - a seguir apresentada à ARpara a sua aprovação.
Fase 3 - Tendo sido aprovado, o orçamento é executado (fase 3) podendo ser sujeito a alterações previstas na lei.
Fase 4 e 5 - Findado o ano económico, procede-se ao enceramento das contas (fase 4), as quais são depois fiscalizadas (fase 5).
Compete ao Ministério do Plano e Finanças (MPF) efectuar a programação orçamental, executar e contabilizar os meios financeiros do orçamento do Estado, inspecionar e controlar a utilização dos fundos do Estado.
Na execução de tais funções o MPF apoia-se nos restantes órgãos da Administração Publica, quer ao nível central quer ao nível das províncias.
De referir que pela sua natureza política existem ainda outras instituições externas ao governo que também participam no processo orçamental, tais como a AR (nas fases de aprovação e fiscalização) e o Tribunal Administrativo (na fase de fiscalização).
4. Conclusão 
Depois da abordagem feita sobre orçamento de estado em mocambique, conclui-se que, O Orçamento do Estado é o instrumento de gestão de maior relevância e provavelmente o mais antigo da administração pública. É um instrumento que os governos usam para organizar os seus recursos financeiros. 
Quanto aos seus componentes, envolve: Receitas, que diz respeito a todos os recursos financeiros cujo beneficiário é o Estado, e tem em vista o financiamento de despesas públicas; Despesas: Esta é a componente dos gastos do governo e também se designam por “despesas públicas” ou “gastos públicos”. E Saldo Orçamental: este poderá ser um superavit ou um deficit. 
Percebeu-se que, o orcamneto do estado possue dimensoe e funções politicas, jurídicas e económicas. 
Quanto ao enquadramento legal, percebeu-se que, O Rocamento do estado moçambicano enquadra-se na Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro (Lei do Sistema da Administração Financeira do Estado, SISTAFE), que surgiu da constatação de que existia em Moçambique uma acentuada falta de transparência e rigor na planificação orçamental, e uma certa dose de improviso na captação e afectação dos dinheiros públicos.
5. Referências bibliográficas
ENAP Escola Nacional de Administração Pública. Curso Orçamento Público: Elaboração e Execução. 2011. Programa Orçamentário e Financeiro.
Gama, Fernando; MARTINS, Cristina. Aula de Orçamento. 2011. 
IESE (2012). Instituto de Estudos Sociais e Económicos. Monitoria e Advocacia da Governação com base no Orçamento de Estado. Manual de ForMação Maputo.
Lei No 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema da Administração Financeira do Estado (SISTAFE);
Lunkes, R.J. (2010). Manual de orçamento. (2.ª ed.). São Paulo: Atlas S.A.
Malemuane, Júlio, Finanças Públicas, Maputo, ICM, 2006.
Salacuchepa, M. B. (2012). Finanças Publicas. UCM, Instituto De Ensino A Distancia – IEDA, Beira.
Xavier, I. (2008). Orçamento, planeamento e custos de obras. São Paulo.
https://www.academia.edu/29361926/O_Orcamento_do_Estado_Mocambicano
https://www.iese.ac.mz/lib/publication/cad_iese/IESE_Cad13_Port.pdf

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