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Técnica Comercial e Negociações Imobiliárias

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TÉCNICA COMERCIAL E 
NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
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 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TÉCNICA COMERCIAL E 
NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou 
distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do 
conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências 
Bibliográficas. 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
1 ORGANIZAÇÃO E TÉCNICAS COMERCIAIS 
2 O CORRETOR DE IMÓVEIS – CONCEITOS BÁSICOS 
2.1 CONHECENDO O PRODUTO 
2.2 CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS 
2.2.1 Noções de Engenharia 
2.2.2 Sistema Métrico Decimal 
2.2.2.1 Comprimento 
2.2.2.2 Medidas de superfície 
2.2.2.3 Medidas agrárias 
2.2.2.4 Medidas de volume 
2.2.2.5 Medidas de capacidade 
2.2.2.6 Quadro de equivalência 
2.2.2.7 Medidas de massa 
2.2.2.8 Comentários 
3 VAMOS TREINAR UM POUCO? 
 
 
MÓDULO II 
4 ÉTICA E CENÁRIO DA PROFISSÃO 
4.1 MERCADO 
4.2 PREÇO E VALOR 
5 LEI DA OFERTA E DA PROCURA 
5.1 CONCORRÊNCIA 
6 CARACTERÍSTICAS DE UM BOM CORRETOR 
7 ÁREAS DE ATUAÇÃO DE UM BOM CORRETOR 
8 SALÁRIOS 
9 ÉTICA 
MÓDULO III 
 
 
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 4 
10 MERCADO IMOBILIÁRIO 
11 CARACTERÍSTICAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO 
11.1 DIVISÃO DO USO IMOBILIÁRIO 
11.2 ESTRATÉGIAS 
11.2.1 Caracterização da Região 
11.2.2 Destinação do Imóvel 
11.2.3 Cadastro do Imóvel 
12 BASES JURÍDICAS: CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 
 
MÓDULO IV 
13 SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO 
13.1 SISTEMA FINANCEIRO IMOBILIÁRIO 
13.1.1 Conceitos Básicos 
13.1.2 Roteiro para Apresentação de Laudo de Avaliação 
13.1.2.1 Laudo de avaliação completo 
13.2 PONTO COMERCIAL 
13.2.1 Metodologia 
13.3 LAUDO AVALIAÇÃO PARA TERRA NUA 
13.4 ÁREA DE PROTEÇÃO 
13.5 LAUDO DE AVALIAÇÃO PARA ARBITRAMENTO DE ALUGUEL 
COMERCIAL 
13.5.1 Objeto 
13.5.2 Contrato de Locação Comercial 
13.5.2.1 Loja 
13.5.2.2 Sobreloja 
13.5.2.3 Vaga de garagem 
13.5.2.4 Prazo do contrato 
13.5.2.5 Termos do reajuste contratual 
13.5.2.6 Localização 
13.5.2.7 Acesso 
13.5.2.8 Estado de conservação 
 
 
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 5 
13.5.2.9 Destinação mercadológica 
13.5.2.10 Estacionamento para clientes 
13.6 EXEMPLO: METODOLOGIA E CRITÉRIO AVALIATÓRIO 
13.6.1 Situação Paradigma 
13.6.2 Fatores de Homogeneização 
13.6.2.1 Fator de fonte (FF) 
13.6.2.2 Fator de localização (FL) 
13.6.2.3 Solos 
13.6.2.4 Relevo 
13.6.2.5 Vegetação 
13.7 PESQUISA MERCADOLÓGICA 
13.8 DIAGNÓSTICO 
13.8.1 METODOLOGIA AVALIATÓRIA 
13.8.1.1 Terra nua 
 
 
MÓDULO V 
14 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 
14.1 METODOS DE AVALIAÇÃO DE ACORDO COM NRB 
14.2 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA 
14.2.1 Fases do Método Estatístico 
14.3 AMOSTRAGEM 
14.4 SÉRIES E TABELAS 
14.4.1 Como Fazer uma Apresentação para o Mercado Imobiliário 
14.5 MARKETING 
14.6 VENDAS 
14.7 O COMPORTAMENTO DOS CONCORRENTES 
14.8 PROSPECÇÃO 
14.8.1 Métodos de Prospecção 
14.8.2 As Objeções 
14.8.3 O Fechamento 
14.8.4 Se a Venda Não Foi Concretizada 
 
 
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 6 
14.8.5 Roteiro para Utilização das Técnicas de Vendas 
14.8.6 Princípios de Compra/Venda 
14.8.7 Venda pela Internet 
14.8.8 O Cliente On-Line 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
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 7 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 ORGANIZAÇÃO E TÉCNICAS COMERCIAIS 
 
 
FIGURA 1 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
Gestor imobiliário Gestor de imóveis 
 
 
Área de atuação 
 
 Intermediar a: 
 
 Venda de imóveis; 
 Compra de imóveis; 
 Locação de imóveis. 
 
 
 
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 Administrar bens e imóveis. 
 Vistoriar e avaliar imóveis. 
 Captar Imóveis: 
 Localizar, vistoriar e disponibilizar imóveis; 
 Realizar estudos para viabilidade técnico-comercial; 
 Avaliar o estado físico do imóvel para administração; 
 Distinguir os clientes quanto às suas características econômicas 
e sociopsicológicas; 
 Interpretar a legislação pertinente; 
 Comunicar-se com clareza de forma oral e escrita; 
 Desenvolver suas atividades com habilidade técnica, segundo os 
preceitos da ética e da legislação vigente. 
 
 Executar: 
 Administração de bens imóveis, de condomínios, contratos de locação, 
de compra e venda de imóveis; 
 Fazer a intermediação entre o cliente e a imobiliária; 
 Cadastrar o cliente e o imóvel para administração; 
 Administrar a documentação do imóvel; 
 Preencher o contrato de locação e o laudo de vistoria; 
 Receber aluguéis e encargos; 
 Emitir recibos e comprovantes de pagamentos. 
 
 Prestar assessoria e consultoria ao cliente. 
 Elaborar relatórios de vistoria e avaliação do imóvel. 
 Acompanhar a execução dos instrumentos fiscais de transação de 
compra venda e locação de imóvel. 
 Avaliar o valor futuro do aluguel. 
 Preencher contrato de locação e laudo de vistoria. 
 Fornecer prestação de contas em forma de extratos mensais aos 
proprietários. 
 Utilizar modernas técnicas de venda orientadas aos processos de 
 
 
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 9 
negociação e de atendimento ao cliente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para ser corretor é necessário se credenciar ao Conselho Regional de 
Corretores de Imóveis-CRECI. 
 
Como se credenciar ao CRECI? 
1. Fazer o Exame de Proficiência; 
2. Ter o Curso de Bacharel em Ciências Imobiliárias – Duração: quatro 
anos; 
3. Ter o Curso de Gestão Imobiliária – Duração: dois anos; 
4. Ter o Curso Técnico em Transações Imobiliárias – Duração: um ano. 
 
 
2 O CORRETOR DE IMÓVEIS – CONCEITOS BÁSICOS 
 
 
FIGURA 2 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
IMPORTANTE! 
 
 
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 10 
 
O setor imobiliário é muito complexo. Seus produtos e características 
são diversificados. Então, para melhor compreensão do curso os módulos I e II 
apresentarão conhecimentos básicos necessários para atingir o sucesso na 
profissão. 
Para começar, saiba que o corretor de imóveis deve entender várias 
áreas – técnicas e humanas, conhecer as etapas de construção do seu 
produto, o Custo Unitário Básico e normas que regem a regulação urbana e 
rural. É importante saber escrever e analisar alguns documentos. 
 
 
2.1 CONHECENDO O PRODUTO 
 
Conhecer o produto envolve o conhecimento do mercado de imóveis, 
algumas noções básicas de engenharia e matemática. 
 
 O que significa ter noções básicas de engenharia? 
Descrever e interpretar planta baixa, fachada, etc. 
 
 
FIGURA 3 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 
 
 
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 11 
2.2 CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS 
 
 
2.2.1 Noções de Engenharia 
 
 
 PLANTA: é o desenho no plano horizontal – É o objeto visto na 
sua projeção. 
 PLANTA DO PAVIMENTO: facilita a visualização de todos os 
componentes do empreendimento. É um corte horizontal feito acima do piso. 
 ELEVAÇÃO / FACHADA: é o desenho no plano vertical. 
 CORTES: Mostram as partes internas do empreendimento. 
 PERSPECTIVA: é o desenho visto sobre o plano vertical e 
horizontal. 
 PÉ-DIREITO: altura livre entre o piso e o teto. 
 ALINHAMENTO: limite do lote do terreno em relação ao 
logradouro público. 
 RECUO: distância da construção a todas as divisas. 
 PROJETO ARQUITETÔNICO: é a arte e a técnica do projeto. 
 ESCALA: é a comparação entre a medida do desenho e a 
dimensão real. 
 
De acordo com a Lei Complementar 84, de 06 de julho de 1993 (ver 
módulo 5 Legislação), toda construção, reforma, ampliação de edifícios, bem 
como demolição parcial ou total, efetuadas por particulares ou entidade pública,a qualquer título, é regulada pela presente lei complementar, obedecidas, no 
que couber, as disposições federais e estaduais relativas à matéria e as 
normas vigentes da ABNT. 
 
 Planta de situação do terreno na quadra, contendo a orientação 
Norte-Sul e a distância para a esquina mais próxima; 
 Implantação da edificação no terreno, na escala adequada, 
 
 
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devidamente cotada, com todos os elementos que caracterizam o 
terreno, suas dimensões, recuos de todos os elementos salientes, 
reentrantes, áreas e poços, além de todo elemento existente no 
passeio fronteiriço; 
 Planta de todo pavimento, na escala adequada, devidamente 
cotada, com as dimensões dos ambientes, sua destinação e área, 
vãos de iluminação e ventilação, além da indicação dos níveis dos 
pisos. 
 Cortes ou perfis, longitudinais e transversais, que contenham a 
posição da edificação a ser construída, sua altura e todos os 
elementos salientes ou reentrantes, a identificação precisa do 
número de pavimentos, com indicação dos respectivos níveis, e 
da escada, quando houver; 
 Todas as fachadas distintas do edifício com a respectiva 
indicação dos materiais a serem utilizados. 
 
 PLANTA DE LOCAÇÃO: Indica a posição da construção dentro 
do terreno. Pode-se fazer um desenho único com a locação e a 
planta de cobertura. A planta de locação não se limita a casa ou 
construção. Ela deve mostrar os muros, portões, árvores 
existentes ou a plantar, a calçada ou passeio e, se necessário, as 
construções vizinhas. 
 
 PLANTA BAIXA: Indica o destino de cada compartimento e suas 
dimensões: as áreas dos pavimentos, as dimensões e áreas dos 
vãos de iluminação, e a posição de todas as divisas do lote. As 
cotas constantes dos projetos deverão ser escritas em caracteres 
claros e facilmente legíveis. Essas medidas prevalecerão no caso 
de divergência com as medidas tomadas no desenho. 
 
 FACHADA: designação de cada face de um edifício. Frontaria ou 
frontispício é geralmente o nome que se dá à fachada da frente, a 
que dá para a rua. Na linguagem mais comum, constitui apenas, 
 
 
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esse caso, a “fachada principal”. As outras serão denominadas de 
fachada posterior, ou fachada lateral. O conjunto de fachadas e 
sua composição plástica darão, em volume, a fisionomia do 
edifício. Essa composição das fachadas é feita por meio do 
tratamento do plano, das superfícies, dos cheios e vazios, dos 
materiais, sua textura e cor. 
 
Com esses elementos o arquiteto trabalha e compõe uma fachada, 
dando expressão final à criação arquitetônica. 
 
 ELEVADORES - Segundo a Lei Complementar 387, de 13 de 
abril de 2000 (ver módulo 5), das normas técnicas das edificações 
em geral, fica estabelecido que: 
 
 É obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador nas 
edificações de mais de três pavimentos acima do térreo, e de, no 
mínimo, dois elevadores, no caso de mais de sete pavimentos acima 
do térreo. 
 
 Na contagem do número de pavimentos não é computado o último, 
quando de uso exclusivo do penúltimo, ou destinado a dependências 
de uso comum do condomínio ou, ainda, dependências de zelador. 
 
 
 
 
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2.2.2 Sistema Métrico Decimal 
 
 
FIGURA 4 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 O que devo saber de matemática? 
 
O corretor de imóveis deve conhecer bem o sistema de medidas. 
 
 É muito bom conhecer um pouco de estatística 
para o processo de avaliação de imóveis. Teremos um breve 
comentário no final do curso. 
 
O estudo do sistema de medidas faz-se necessário para que possamos 
comparar duas grandezas. Utilizamos certa unidade como padrão e 
procuramos perceber quantas dessas unidades existe naquilo que queremos 
medir. Um exemplo é verificarmos o comprimento da frente de um terreno 
comparada a uma unidade fixa arbitrariamente, como o metro, o quilômetro, ou 
outro padrão de comprimento qualquer. 
 A partir do momento que adotamos uma unidade como padrão, 
associado a ela temos seus múltiplos e submúltiplos. Por exemplo, para a 
unidade comprimento padrão, o metro, temos o quilômetro como uma de suas 
subunidades. 
 
 
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2.2.2.1 Comprimento 
 
 O sistema métrico decimal utiliza como unidade padrão o metro (m). 
Seus múltiplos e submúltiplos são: 
 
Múltiplos Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro 
Unidade km hm dam m dm cm mm 
Submúltiplos 1000 m 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m 
 
 Outros submúltiplos frequentemente usados são: 
 
 1 micrômetro (1 µm) corresponde a 1 milionésimo de um metro, ou 
 
1 µm = 1/1.000.000 m = 0,000001 m = 10-6 m 
 
 1 nanômetro (1 nm) corresponde a 1 bilionésimo de um metro, ou 
 
1 nm = 1/1.000.000.000 m = 0,000000001 m = 10-9 m 
 
Para transformar de uma unidade para outra inferior devemos observar 
que cada unidade é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. 
Assim, multiplicamos por dez para cada deslocamento de uma unidade até a 
desejada. 
Já para transformar de uma unidade para outra superior, devemos 
observar que cada unidade é dez vezes menor que a unidade imediatamente 
superior. Assim, dividimos por dez para cada deslocamento de uma unidade 
até a desejada. 
 
EXEMPLOS: 
 
 Para transformar 6,543 m para cm: 
 
6,543 m = (6,543 x 100) cm = 654,3 cm 
 
 
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Ou seja, isso é o mesmo que deslocar a vírgula duas casas para a direita. 
 
 Para transformar 235 cm para hm: 
 
235 cm = (235 : 10.000) cm = 0,0235 cm 
 
Ou seja, isso é o mesmo que deslocar a vírgula quatro casas para a esquerda. 
 
 Para transformar 0,0025 dam para km: 
 
0,0025 dam = (0,0025 : 100) km = 0,000025 km 
 
Ou seja, isso é o mesmo que deslocar a vírgula duas casas para a direita. 
 
 
2.2.2.2 Medidas de superfície 
 
 
 A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro 
quadrado (m2). Os múltiplos e submúltiplos desta unidade são: 
 
 
Múltiplos 
Quilômetro 
quadrado 
Hectômetro 
quadrado 
Decâmetro 
quadrado 
Metro 
quadrado 
Decímetro 
quadrado 
Centímetro 
Quadrado 
Milímetro 
quadrado 
Unidade km
2
 hm
2
 dam
2
 m
2
 dm
2
 cm
2
 mm
2
 
Submúltiplos 1.000.000 m
2
 10.00 km
2
 100 m
2
 1 m
2
 0,01 m
2
 0,0001 m
2
 0,000001 
m
2
 
 
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos 
observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imediatamente 
inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma 
unidade até a desejada. 
Já para transformar de uma unidade para outra superior, devemos 
 
 
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observar que cada unidade é cem vezes menor que a unidade imediatamente 
superior. Assim, dividimos por cem para cada deslocamento de uma unidade 
até a desejada. 
 
 
EXEMPLOS: 
 Para transformar 360 m2 para km2: 
 
360 m2 = (360 : 1.000.000) km2 = 0,00036 km2 
 
Ou seja, deslocando a vírgula de duas em duas casas de uma unidade 
para outra, isto é o mesmo que deslocar a vírgula seis casas para a esquerda. 
 
 Para transformar 0,028 dam2 para dm2: 
 
0,028 dam2 = (0,028 x 10.000) dm2 = 280 dm2 
 
Neste caso, a transformação corresponde a deslocar a vírgula quatro 
casas para a direita. 
 
 
2.2.2.3 Medidas agrárias 
 
 
 Em medidas extensas de terra, é comum usar as medidas agrárias. A 
unidade padrão é o are (a). Seus múltiplos e submúltiplos são: 
 
Múltiplo Unidade Submúltiplo 
hectare (há) are (a) centiare (ca) 
hm2 dam2 m2 
10.000 m2 100 m2 1 m2 
 
 
 
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EXEMPLOS: 
 
 Para transformar 360 m2 para ha: 
 
360 m2 = (360 : 10.000) hm2 = 0,036 hm2 = 0,036 ha 
 
 
Transformamos, inicialmente, de metro quadrado para hectômetro quadrado. 
Como 1 hm2 é igual a 1 ha, passamos a medida para a unidade pedida. 
 
 Para transformar 30 km2 para ha: 
 
30 km2 = (30 x 100) hm2 = 3.000hm2 = 3.000 ha 
 
Da mesma forma, transformamos a medida para hm2 e, em seguida, para ha. 
 
 
2.2.2.4 Medidas de volume 
 
 A unidade fundamental de volume é o metro cúbico (m3). Os múltiplos e 
submúltiplos desta unidade são: 
 
Múltiplos Quilômetro 
cúbico 
Hectômetro 
cúbico 
Decâmetro 
cúbico 
Metro 
cúbico 
Decímetro 
cúbico 
Centímetro 
cúbico 
Milímetro 
cúbico 
Unidade km
3
 hm
3
 dam
3
 m
3
 dm
3
 cm
3
 mm
3
 
Submúltiplos 10
9
 m
3
 1.000.000 m
3
 1.000 m
3
 1 m
3
 0,001 m
3
 0,000001 m
3
 10
9
 m
3
 
 
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos 
observar que cada unidade é mil vezes maior que a unidade imediatamente 
inferior. Assim, multiplicamos por mil para cada deslocamento de uma unidade 
até a desejada. 
Já para transformar de uma unidade para outra superior, devemos 
observar que cada unidade é mil vezes menor que a unidade imediatamente 
 
 
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superior. Assim, dividimos por mil para cada deslocamento de uma unidade até 
a desejada. 
 
EXEMPLOS: 
 
 Para transformar 0,2 m3 para dm3: 
 
0,2 m3 = (0,2 x 1.000) dm3 = 200 dm3 
 
Observe que é o mesmo que deslocar a vírgula três casas para a direita. 
 Para transformar 3600 cm3 para dam3: 
 
3600 cm3 = (3600 x 10-9) dam3 = 0,0000036 dam3 = 3,6 x 10-6 dam3 
Neste caso, a transformação corresponde a deslocar a vírgula nove casas para 
a esquerda. 
 
 
2.2.2.5 Medidas de capacidade 
 
 
 A unidade de medida padrão utilizada na medição de capacidades é o 
litro (l). Na medida de capacidade, cada unidade é dez vezes maior que a 
unidade imediatamente inferior e dez vezes menor que a unidade 
imediatamente superior. Seus múltiplos e submúltiplos são: 
 
Múltiplos Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro 
Unidade kl hl dal l dl cl ml 
Submúltiplos 1.000 l 100 l 10 l 1 l 0,1 l 0,01 l 0,001 l 
 
EXEMPLOS: 
 
 Para transformar 12 l para hl: 
 
 
 
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12 l = (12 : 100) hl = 0,12 l 
 
Observe que é o mesmo que deslocar a vírgula duas casas para a esquerda. 
 
 Para transformar 0,006 dal para cl: 
 
0,006 dal = (0,006 x 1000) cl = 6 cl 
 
Neste caso, a transformação corresponde a deslocar a vírgula três casas para 
a direita. 
 
 
2.2.2.6 Quadro de equivalência 
 
 
 O quadro abaixo mostra a equivalência entre as unidades de cada uma 
das medidas. 
 
Quilolitro Litro Mililitro 
kl l ml 
Metro cúbico Decímetro cúbico Centímetro cúbico 
m
3
 dm
3
 cm
3
 
 
Ou seja, 1 l = 1 dm3 
Assim: 
 
 1 ml = 0,001 l = 0,001 dm3 = 1 cm3 
 1 kl = 1.000 l = 1.000 dm3 = 1 m3 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2.2.7 Medidas de massa 
 
 A unidade padrão desse sistema de medida é o grama (g). Seus 
múltiplos e submúltiplos são: 
 
Múltiplos Quilograma Hectograma Decagrama Grama Decigrama Centigrama Miligrama 
Unidade kg hg dag G dg cg mg 
Submúltiplos 1.000 g 100 g 10 g 1 g 0,1 g 0,01 g 0,001 g 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
 1 tonelada (t) corresponde a 1.000 quilogramas (kg), ou 
1 t = 1.000 kg = 1.000.000 g = 106 g 
 
 1 micrograma (µg) corresponde a 1 milionésimo de um grama, ou 
1 µg = 1/1.000.000 g = 0,000001 g = 106 g 
 
Como nas medidas de comprimento e capacidade, a unidade é dez 
vezes maior que a unidade imediatamente inferior e dez vezes menor que a 
unidade imediatamente superior. Veja os exemplos: 
 
EXEMPLOS: 
 
 Para transformar 256 mg para g: 
 
256 mg = (256 : 1.000) g = 0,256 g 
 
Ou seja, isto é o mesmo que deslocar a vírgula três casas para a esquerda. 
 
 Para transformar 79 t para dag: 
 
79 t = 79.000 kg = (79.000 x 100) dag = 7.900.000 dag = 7,9 x 106 dag 
 
 
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 22 
2.2.2.8 Comentários 
 
 
 Com o desenvolvimento das ciências, houve as necessidades de se 
definir, de forma rigorosa, um conjunto de unidades que seria adotado 
globalmente. Esse conjunto foi denominado Sistema Internacional de Unidades 
(SI) e é composto por unidades básicas e unidades derivadas. 
 As unidades básicas são: metro, quilograma, segundo, ampère 
(unidade de corrente elétrica), kelvin (unidade de temperatura termodinâmica), 
mol (unidade de quantidade de matéria) e candela (unidade de intensidade 
luminosa). 
 
GRANDEZA UNIDADE SÍMBOLO 
Comprimento metro m 
Massa quilograma kg 
Tempo segundo s 
Corrente elétrica ampère A 
Temperatura termodinâmica kelvin K 
Quantidade de matéria mol mol 
Intensidade luminosa candela cd 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
 
3 VAMOS TREINAR UM POUCO? 
 
 
FIGURA 5 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
Vamos devagar.... 
 
Tente transformar: 
 
a) 67,52 m para dm. 
b) 0,481 m para mm. 
c) 5,27 dam para Km. 
 
Veja o gabarito: 
a) 675,2 dm. 
b) 481 mm. 
c) 0,0527 Km. 
 
Vamos tentar resolver os problemas abaixo: 
 
1. A distância entre duas cidades é 126 km. Determine esta distância em 
metros. 
2. A roda de uma bicicleta percorre 157,08 cm para dar uma volta 
completa. Quantas voltas a roda desta bicicleta deve dar para percorrer 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
47,124 km? 
3. Utilizando o raios-X em controle de qualidade, percebeu-se que uma 
peça tinha uma leve fissura de 43 µm. Determine a medida desta fissura 
em milímetros. 
4. O diâmetro de uma peça tem uma tolerância de 0,00728 mm. Determine 
essa tolerância em µm. 
5. Uma tampa com tubo capilar de diâmetro interno na ordem de 0,20 a 
0,25 mm é usada para ensaios de antibióticos. Determine essa variação 
em µm. 
6. Um cabo tem 3,7 mm de diâmetro. Se ele está 15,7 µm acima da 
medida desejada, determine a medida desejada em mm. 
7. Um aparelho de medição por varredura a laser tem precisão de 650 nm. 
Qual é a sua precisão em mm? 
8. Uma célula sanguínea vermelha mede, em média, 2.500 nm. Determine 
sua medida em µm. 
9. Um nanotubo de carbono mede 0,000002 mm. Determine sua medida 
em nanômetros. 
10. Uma plantação tem 5 ha. Determine a área plantada em m2. 
11. Uma fazenda tem uma plantação de laranja que ocupa 96 ha. Se cada 
pé de laranja ocupa uma área de 24 m2, determine quantos pés existem 
nessa plantação. 
12. Na superfície de uma chapa metálica de 14 m2 foram feitos 54 furos de 
78,54 cm2. Determine a área da nova superfície. 
13. A dose recomendada de certa vacina para imunização é de 3 ml por 
paciente. Quantos litros da vacina são necessários para imunizar 42,7 
milhões de habitantes? 
14. O volume de uma caixa de base retangular é dado pelo produto de seu 
comprimento, por sua largura e por sua altura. Se o comprimento da 
caixa é 28 cm, a largura é 486 dm e a altura é 0,085 m, determine seu 
volume em dm3. 
15. As medidas internas de uma caixa cúbica são 53 dm. Determine sua 
capacidade em kl. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
16. Uma pessoa pretende encher uma caixa d’água com capacidade de 
5.000 litros usando um balde cujo volume interno útil é 50.000 cm3. 
Determine quantos baldes cheios serão necessários para que a caixa 
fique completamente cheia. 
17. Um bloco de concreto tem massa de 2,3 toneladas. Determine sua 
massa em kg. 
18. Estima-se que uma baleia azul estudada por biólogos tem sua massa 
igual a 152.000 kg. Determine essa massa em toneladas. 
19. A massa de tinta externa do Airbus A380 pode ser superior a 0,53 t. 
Determine essa medida em kg. 
20. Um comprimido tem massa igual a 0,12 g. Determine sua massa em mg. 
 
Confira suas respostas: 
 
1. 126.000 m 
2. 30.000 voltas 
3. 3. 0,043 mm 
4. 7,28 
5. 200 a 250 
6. 3,6843 
7. 0,00065 
8. 2,5 
9. 2 
10. 50.000 
11. 40000 
12. 13,575884 
13. 128100 
14. 1156,68 
15. 148,877 
16. 100 
17. 2300 
18. 152 
19. 530 
20. 120 
 
 
Achou muito fácil? 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
Bem, agora vamos fazer mais alguns exercícios referentes ao assunto 
tratado neste módulo. Estude bastante. No próximo módulo vamos falar sobre 
documentosusados na administradora de imóveis e mercado de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TÉCNICA COMERCIAL E 
NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TÉCNICA COMERCIAL E 
NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
 
MÓDULO II 
 
 
4 ÉTICA E CENÁRIO DA PROFISSÃO 
 
 
FIGURA 6 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 Ofertante 
 Homens Comprador 
Mercado 
 Bens objetos que tem valor 
 
O esquema acima foi retirado do livro de Dantas (Engenharia de Avaliações: 
introdução à metodologia científica. São Paulo: Pini, 1998). 
 
Vamos estudar cada item. 
 
 
4.1 MERCADO 
 
Segundo o site http://pt.wikipedia.org, temos: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
 
Mercado imobiliário é o mercado do setor imobiliário que negocia com 
terreno, bem como qualquer coisa construída nesse dado terreno. Atuantes no 
mercado são (entre outros) as imobiliárias que agem na intermediação de venda ou 
locação de imóveis, tais como, casas e apartamentos, salas e escritórios, bem como 
procedem à administração de imóveis locados; bancos que concedem créditos 
hipotecários e créditos de risco (subprime); advogados especializados em direito 
imobiliário; órgãos públicos envolvidos no registro de imóveis e na manutenção do 
cadastro e notários que formalizam juridicamente a vontade das partes envolvidas 
em uma compra/venda de imóvel. 
Na realidade o Brasil tem modificado o cenário imobiliário. Milhões de 
pessoas ingressaram na classe C e o mercado mudou para atender essa nova 
tendência. Antigamente o setor sobrevivia atendendo apenas a classe A e B. 
 
 
FIGURA 7 - O QUE VOCÊ DEVE OBSERVAR? 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 
O Brasil tem vivenciado nos últimos cinco anos uma mobilidade social acirrada, 
com o ingresso de mais de 30 milhões de pessoas na classe C. 
 
 O tipo de imóvel solicitado no mercado muda de atributos. Antes, só eram 
construídos novos apartamentos de grande porte, hoje com a nova clientela há 
necessidade de produzir apartamentos com preço reduzido. Além do aumento de 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
rendas surgiram vários programas de governo facilitando a aquisição da casa 
própria. Um dos maiores atrativos em todo o mundo é o investimento em imóveis 
(venda aluguel, etc.). 
Os truts do mercado imobiliário são usados por empresas especializadas 
nos Estados Unidos. As taxas de atratividade são mínimas. Na Suíça, as carteiras 
de investimentos já incluem imóveis buscando maior sustentabilidade. O Brasil já 
começa a se preocupar não só com investidores brasileiros como estrangeiros. 
Assim, existe a importância de praticar os padrões internacionais para atender este 
novo público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É importante refletir sobre viabilidade, sustentabilidade e riscos. Temos 
poucas pesquisas na área. Devido à natureza física, os imóveis sofrem influência da 
região, da sociedade e ambiente do entorno. 
 
 
4.2 PREÇO E VALOR 
 
 
a) A NBR 5.676 (1989) define avaliação de imóveis como sendo a determinação 
técnica de valor de um imóvel ou de um direito sobre o imóvel. Na revisão da norma 
encontramos a definição como: “a análise técnica para identificar o valor de um bem, 
de seus custos, frutos e direitos, e/ou determinar indicadores de viabilidade de sua 
utilização econômica, para uma determinada finalidade, situação e data”. 
 
 
ATENÇÃO! 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
b) Segundo Gonzales (1997), “o valor de um bem só pode ser igual ao preço de 
mercado de concorrência perfeita”. Sabemos que na área imobiliária não há 
concorrência perfeita. 
 
A NBR 5.676 (1989) define valor como a expressão monetária de um bem, a 
data é a referência da avaliação; enquanto o preço é definido como quantidade de 
dinheiro pelo qual se efetua uma operação imobiliária. O valor é a garantia mais 
provável pela qual se negociaria voluntariamente um bem. 
 
Cuidado: Preço não é sinônimo de valor 
 
 
Preço, de acordo com a NBR 14.653-1, é a quantia pela qual se efetua, ou 
se propõe a efetuar, uma transação envolvendo um bem. 
 
5 LEI DA OFERTA E DA PROCURA 
 
A “lei da oferta e demanda” é um conceito econômico - compradores x 
vendedores. Podemos ter uma situação de equilíbrio ou desequilíbrio. 
 
 
FIGURA 8 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
Vamos analisar cada situação: 
a) Oferta > Demanda 
Há mais vendas do que compra. 
Temos muito produto no mercado, porém poucos compradores. 
 
Deflação 
 
Os preços caem 
 
b) Oferta < Demanda 
Existem mais pessoas querendo comprar o produto do que vendendo. 
Inflação 
 
Os preços sobem 
 
A lei da oferta e da demanda explica a situação de pressão do mercado. 
Quanto mais imóveis forem ofertados, mais baixos estarão os preços. Quanto menos 
imóveis, maiores os preços. Essa alteração pode ocorrer a qualquer momento no 
mercado. 
 
 
5.1 CONCORRÊNCIA 
 
FIGURA 9 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
Segundo Dantas (1998), a melhor situação é de equilíbrio entre 
compradores, vendedores e imóveis. Só assim teremos um preço justo. Nessa 
situação, denominamos o mercado de concorrência perfeita. Temos alguma 
influência embutida na concorrência: 
 
* Os desejos e necessidades das pessoas; 
* O poder de compra; 
* A disponibilidade dos serviços; 
* A capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com o nível 
tecnológico desejado. 
 
 
6 CARACTERÍSTICAS DE UM BOM CORRETOR 
 
Um bom corretor deve ter as seguintes características: 
 
 Paciência – para saber ouvir; 
 
 Capacidade para lidar com o público – comunicação; 
 
 Capacidade de convencimento – persuasão; 
 
 Carisma; 
 
 Dedicação – amar a profissão; 
 
 Boa aparência – vestir de acordo com a ocasião; 
 
 Bom humor – sempre positivo; 
 
 Discrição – a profissão exige sigilo; 
 
 Tendência para vendas – saber técnicas de vendas; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
 
 Raciocínio espacial desenvolvido – conhecer o mercado. 
 
 
Algumas características são fatores determinantes no comportamento: 
 
 Conhecimentos 
 
A corretagem é uma atividade profissional que requer conhecimento de 
variadas áreas. 
 
 Ramo imobiliário: Refere-se ao conhecimento do mercado imobiliário. 
 É preciso dominar conhecimentos de outras áreas, como a engenharia 
civil e arquitetura. 
 Saber interpretar e ler todos os elementos básicos que concretizam o 
projeto arquitetônico (planta baixa, cortes e fachadas), como 
estudamos no módulo I. 
 Conhecer um pouco de direito comercial - área jurídico-fiscal e a 
legislação que rege a profissão. 
 Conhecer os direitos, deveres, obrigações e limitações da profissão. 
 Ter noções de economia: sistema financeiro de habitação (módulo 3 do 
nosso curso). 
 Dominar operações simples de matemática básica e financeira. 
 Conhecer os tipos de moeda. 
 Situar-se nas operações imobiliárias, relacionadas com os 
procedimentos e formalidades legais da profissão. 
 
IMPORTANTE!! 
 
 
 
 
 
Mantenha-se atualizado - muita coisa que acontece 
no mundo atual afeta o mercado imobiliário. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.035 
 
 Conhecimento técnico imobiliário: 
O cliente necessita ter confiança em você. 
A acreditação é um dos principais fatores para um fechamento de sucesso. 
 
*fechamento = finalizar um negócio. 
 
Conheça bem o seu produto: 
 
 Tamanho; 
 Número de quartos; 
 Suítes; 
 Localização; 
 Zona; 
 Vias de acesso; 
 Transportes; 
 Região; 
 Acabamento e material usado na construção. 
 
 Conhecimento de técnicas de vendas: 
 
Vender é um processo 
 
 Um bom vendedor faz: 
 
Leituras sobre: 
 
 Produto; 
 Cliente; 
 Concorrentes; 
 Mercado. 
 
 Um bom vendedor saber ouvir. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
 Um excelente vendedor faz um fechamento com sucesso. 
 
Para fechar uma venda há necessidade de inicialmente criar no cliente um 
desejo de compra do produto. Depois você cria uma necessidade. Só assim o 
fechamento é possível. Segundo Verdi (1990), “vender é conduzir um processo 
interativo, no qual uma das partes – o vendedor –, utilizando a comunicação 
persuasiva, ajuda a outra parte – o comprador – a tomar a decisão de adquirir um 
bem ou serviço que satisfaça necessidades suas ou de terceiros”. 
 
 Conhecimento Empresarial: 
 
Conheça a sua empresa. A empresa que você trabalha. 
 
Áreas importantes: 
 
 Marketing: estuda a plena satisfação das necessidades do cliente; 
 Finanças: referente aos procedimentos financeiros na negociação do 
imóvel; 
 Recursos humanos: estuda as ações que têm como objetivo a 
integração do trabalhador no contexto da organização; 
 Gestão: determina os objetivos da empresa; 
 Gestão da produção: determina a logística, o processo. 
 
 Formação Complementar: 
 
São os conhecimentos adquiridos em experiências passadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
 
7 ÁREAS DE ATUAÇÃO DE UM BOM CORRETOR 
 
 
FIGURA 10 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
O corretor tem uma vasta área de trabalho: 
 
 Imobiliárias; 
 Empresas de classificados de imóveis; 
 Loteamento e planejamento imobiliário; 
 Consórcios imobiliários; 
 Leilões de imóveis; 
 Cartórios de registros de imóveis; 
 Construtoras; 
 Avaliação de imóveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
 
8 SALÁRIOS 
 
 
FIGURA 11 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
O salário geralmente não é fixo. 
 
Os valores de comissão das vendas variam de: 
 - 6% a 8% sobre imóvel urbano; 
 - 6% a 10% sobre imóvel rural; 
 - 6% a 8% sobre imóveis industriais; 
 - 5% sobre vendas judiciais. 
 
 
9 ÉTICA 
 
Segundo Dantas (1997), o termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo 
de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que 
norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio 
e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Nesse 
sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
o sentimento de justiça social. A ética é construída por uma sociedade com base nos 
valores históricos e culturais. 
 
Ética profissional: é o respeito aos valores morais dentro de um determinado 
grupo profissional. 
 
A teoria ética desenvolve critérios gerais para discernir o que é bom do que é 
ruim, certo e errado, etc. 
 
Ética agir de acordo com o coletivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÉTICA é a postura, comportamento e conduta diante de sua profissão e pessoas. 
 
A ÉTICA é indispensável ao profissional, pois na ação humana o “fazer” e o “agir” 
estão integrados. 
 
O “fazer” diz respeito à competência, à eficiência e à eficácia que todo o 
profissional deve possuir para desempenhar bem sua profissão. O “agir” refere-se à 
conduta deste profissional, ao conjunto de atitudes que este deve assumir na 
execução de sua profissão. Portanto, além do conhecimento de sua área e assuntos 
relacionados à mesma, sua conduta será de extrema importância para que alcance 
os melhores resultados. 
Para várias profissões existe o código de ética, que é um conjunto de regras 
que orientam a conduta da pessoa para a vida pessoal e profissional. Seguem 
abaixo algumas dicas que irão contribuir para que você mantenha uma postura 
profissional e que contribua para o sucesso de sua carreira: 
 
 
Então, o que é “ÉTICA PROFISSIONAL” para o 
corretor de imóveis? 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
 Nunca se esqueça de que a primeira impressão é a que fica; 
 Pontualidade é ponto de honra; 
 Tenha sempre cartões profissionais disponíveis; 
 Use roupas discretas (clássicas), sem modismo; 
 Se você for uma pessoa que gosta de perfume, use o mais suave; 
 Ao conversar olhe nos olhos das pessoas; 
 Aprenda a ouvir; 
 Não se distraia diante da conversa; 
 Receba o cliente de pé, com um sorriso, estenda a mão para cumprimentá-lo 
e mande-o assentar; 
 Não cruze os braços e não assente de qualquer maneira, procure posicionar 
de maneira ereta e elegante; 
 Nunca esqueça que você carrega o nome de uma empresa, portanto ao agir, 
seja claro e honesto com seu cliente; 
 Só prometa o que for garantido e estiver dentro da política de trabalho a que 
estiver inserido; 
 Esteja comprometido com seu cliente, portanto dê informações precisas; 
 Gentileza só acrescenta, principalmente ao lidar com seus clientes. 
 
 
 
 
 
FIM DO MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 41 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TÉCNICA COMERCIAL E 
NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TÉCNICA COMERCIAL E 
NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
 
MÓDULO III 
 
 
10 MERCADO IMOBILIÁRIO 
 
 
FIGURA 12 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
A habitação é necessidade básica do ser humano. É o local onde ele busca 
a segurança. Temos dois grandes grupos de pessoas: os que buscam um bem para 
morar e os que desejam apenas investir. A oferta e a demanda são variáveis 
importantes. Aqui vamos formar o preço. Cada pessoa elabora cenários sobre onde 
e como deve ser sua casa, atributos físicos, localização, etc. 
As avaliações ficam restritas à análise maior das características físicas do 
imóvel. (BALARINE, 1997). A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (FIBGE), em sua Síntese de Indicadores Sociais 2002 (2003, p. 143), 
para a análise das condições de habitação, textualiza: 
 
[...] a área construída do domicílio, o número médio de pessoas por 
domicílio e dormitório, o acesso à água e ao esgotamento sanitário, o 
estado de conservação e a condição de ocupação são, em linhas gerais, 
indicadores mais eficazes do nível de bem-estar das moradias do que 
propriamente o tipo de material utilizado na construção. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 44 
 
11 CARACTERÍSTICAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO 
 
 
FIGURA 13 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
Imobiliário Conjunto de atividades relacionadas com bens imóveis 
Mercado imobiliário É o espaço de materialização dessas atividades 
Corretores Mediadores entre a construção e a comercialização 
 
 
11.1 DIVISÃO DO USO IMOBILIÁRIO 
 
 
a) Indústria; 
b) Logística; 
c) Comércio; 
d) Serviços (hotéis, hospitais, etc.); 
e) Escritórios; 
f) Residencial. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.045 
 
11.2 ESTRATÉGIAS 
 
Para elaborar uma boa estratégia de negociação temos que ter qualidade nas 
informações coletadas. 
 
Exemplos de informações necessárias: 
 
 
FIGURA 14 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
11.2.1 Caracterização da Região 
 
Gerais: Análise das condições econômicas, políticas e sociais. 
Físicos: Condições de relevo e solo. Uso e ocupação do solo, regras do município, 
leis de zoneamento. 
Infraestrutura urbana: Sistema viário e de transporte coletivo. 
Equipamentos comunitários: segurança, educação, saúde e cultura. 
 
11.2.2 Destinação do Imóvel 
 
Localização: situação na região e via pública. 
Utilização atual e situação do imóvel em relação à legislação local. 
Aspectos físicos: dimensões do imóvel, forma, topografia. 
Restrições físicas e legais ao aproveitamento. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 46 
Aspectos construtivos, qualificativos, quantitativos e tecnológicos, comparados com 
a documentação do imóvel. 
 
 
11.2.3 Cadastro do Imóvel 
 
 
Além de conter informações sobre o proprietário, acrescente: 
 
 
 Terrenos Urbanos 
 
 
FIGURA 15 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 Área total; 
 Frente efetiva; 
 Localização da malha urbana; 
 Usos mais comuns da região; 
 Tipos de usos pelas posturas municipais; 
 Distância a polos efetivos; 
 Área passível de construção; 
 Topografia; 
 Condições particulares do solo; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
 Padrão das construções vizinhas; 
 Padrão da infraestrutura urbana e região; 
 Valor unitário do terreno pesquisado. 
 
 
 LOJAS 
 
 
FIGURA 16 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 Áreas de unidade; 
 Frente efetiva para logradouros; 
 Pé direito; 
 Relação frente-fundo; 
 Padrão da construção; 
 Existência de instalações especiais; 
 Facilidade de estacionamento; 
 Número de garagens; 
 Localização na malha urbana; 
 Padrão das construções vizinhas; 
 Usos mais comuns da região; 
 Distâncias a polos importantes; 
 Valor unitário da loja pesquisada. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 48 
 Salas e Andares Corridos 
 
 
FIGURA 17 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 Áreas da Unidade; 
 Padrão da construção; 
 Idade da construção; 
 Número das instalações sanitárias; 
 Existência de cobertura, terraços e assemelhados; 
 Existência de instalações especiais; 
 Número de garagens; 
 Localização de malha urbana; 
 Número de pavimentos do prédio; 
 Número de unidades por andar; 
 Posição da unidade no prédio; 
 Padrão das construções vizinhas; 
 Usos mais comuns na região; 
 Distância a polos importantes; 
 Padrão de infraestrutura; 
 Vista privilegiada ou prejudicial; 
 Valor unitário de sala ou andar corrido. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 49 
 
 GALPÕES – ARMAZÉNS 
 
 
FIGURA 18 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 Áreas da unidade – construída, descoberta, útil e total do terreno; 
 Frente efetiva para logradouro; 
 Pé direito; 
 Padrão da construção; 
 Existência de instalações especiais – ponte rolante, etc.; 
 Localização na malha urbana – qualidade de acesso ao local; 
 Padrão da infraestrutura urbana na região; 
 Distância a polos importantes – valorizante e desvalorizante; 
 Valor unitário de galpão pesquisado em relação à área construída na área total do 
terreno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 50 
 CASAS 
 
FIGURA 19 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 Área total do terreno; 
 Frente efetiva para o logradouro; 
 Profundidade do terreno; 
 Área total da construção; 
 Número de suítes; 
 Idade da construção; 
 Relação entre área construída e terreno; 
 Existência de instalações especiais; 
 Número de garagens; 
 Localização na malha urbana; 
 Padrão das construções vizinhas; 
 Usos mais comuns na região; 
 Tipo de uso incentivado pelas posturas municipais; 
 Distância a polos importantes; 
 Área passível de construção; 
 Topografia; 
 Condições particulares do solo; 
 Padrão da infraestrutura urbana; 
 Vista privilegiada ou prejudicial; 
 Valor unitário de casa pesquisada. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 51 
 
 APARTAMENTOS 
 
 
FIGURA 20 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 Áreas da Unidade; 
 Padrão da construção; 
 Idade da construção; 
 Número de quartos; 
 Número de quartos com banheiro privado; 
 Número de instalações sanitárias; 
 Existência de coberturas; 
 Existência de instalações especiais; 
 Número de garagens; 
 Localização na malha urbana; 
 Número de pavimentos por andar; 
 Posição da unidade no prédio; 
 Padrão das construções vizinhas; 
 Usos mais comuns na região; 
 Distâncias a polos importantes; 
 Padrão de infraestrutura urbana na região; 
 Vista privilegiada ou prejudicial; 
 Valor unitário de apartamento pesquisado; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 52 
 
 Glebas Urbanizáveis 
 
De acordo com ABNT NBR 14653-2:2004 - gleba urbanizável: Terreno 
passível de receber obras de infraestrutura urbana, visando o seu aproveitamento 
eficiente, por meio de loteamento, desmembramento ou implantação de 
empreendimento. 
 
 
FIGURA 21 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 Área total; 
 Áreas reservadas; 
 Frente efetiva para logradouro; 
 Localização da malha urbana; 
 Usos mais comuns na região; 
 Tipo de uso incentivado pelas posturas municipais; 
 Distância a polos importantes; 
 Área passível de construção; 
 Topografia; 
 Condições particulares do solo; 
 Padrão dos bairros vizinhos; 
 Padrão da infraestrutura urbana; 
 Vista privilegiada ou prejudicial; 
 Valor unitário de terreno; 
 Valor Unitário de lotes de bairros próximos. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 53 
 
 IMÓVEIS RURAIS 
 
 
FIGURA 22 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 Área total; 
 Área reservadas; 
 Topografia; 
 Condições particulares do solo; 
 Distância a polos importantes; 
 Tipo de exploração; 
 Acessibilidade; 
 Quantidade de água; 
 Benfeitorias reprodutivas – culturas; 
 Benfeitorias não reprodutivas – cercas, currais, casas, etc... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 54 
 
12 BASES JURÍDICAS: CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 
 
FIGURA 23 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
Sistema Financeiro da Habitação criado pela Lei 4.380, de 21 de março de 1964, 
que também criou a correção monetária nos contratos imobiliários, o BNH e as 
sociedades de créditos imobiliários. 
 
1967 - criação do FGTS (Lei nº 5.107/66) e a captação das poupanças voluntárias 
do público (por intermédio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – 
SBPE). 
 
A prestação mensal do financiamento habitacional é composta das seguintes 
parcelas: 
 
a) Amortização; 
b) Juros; 
c) Coeficiente de Equiparação Salarial (CES); 
d) Seguro; 
f) Fundo de Compensação Salarial (FCVS). 
 
 Amortização: importância paga pelo mutuário para amortizar o seu saldo 
devedor. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 55 
 Juros: juros do financiamento. 
 Seguro: prêmio do seguro habitacional (danos físicos, morte e invalidez). 
 Tabela Price - Os juros diminuem na exata medida em que o saldo devedor é 
amortizado. Desta forma, o valor de cada prestação se mantém constante. 
Logo, a ideia é que o mutuário pague cada vez menos juros e mais a dívida 
existente. 
 Sistema de Amortização Constante (SAC) - a dívida total é diluída igualmente 
entre as parcelas. 
 Sistema de Amortização Crescente (SACRE) - prevê reajustes anuais, para 
reduzir o impacto causado pelo reajuste e viabilizar a redução do saldo 
devedor existente. 
 Os contratos de mútuo não vinculados ao FCVS são amparados pelo Código 
de Defesa o Consumidor. 
 Lei nº 12.112/09, ao introduzir alterações na Lei nº 8.245/91, que dispõe 
sobre as locações de imóveis urbanos(por consequência não se aplica às 
locações regidas pelo Código Civil). 
 
 Multa pela quebra do contrato: 
 
Lei nº 8.245/91- art. 4º - Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não 
poderá o locador reaver o imóvel alugado. O locatário, todavia, poderá devolvê-lo, 
pagando a multa pactuada, proporcionalmente ao período de cumprimento do 
contrato, ou, na sua falta, a que for judicialmente estipulada. 
Parágrafo único. O locatário ficará dispensado da multa se a devolução do imóvel 
decorrer de transferência, pelo seu empregador, privado ou público, para prestar 
serviços em localidades diversas daquela do início do contrato, e se notificar, por 
escrito, o locador com prazo de, no mínimo, trinta dias de antecedência. 
 
 Responsabilidade dos fiadores 
 
Art. 12. Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução 
da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge 
ou companheiro que permanecer no imóvel. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 56 
 
Parágrafo 1º - Nas hipóteses previstas neste artigo e no art. 11, a sub-rogação será 
comunicada por escrito ao locador e ao fiador, se esta for a modalidade de garantia 
locatícia. 
 
Parágrafo 2º - O fiador poderá exonerar-se das suas responsabilidades no prazo de 
30 (trinta) dias contado do recebimento da comunicação oferecida pelo sub-rogado, 
ficando responsável pelos efeitos da fiança durante 120 (cento e vinte) dias após a 
notificação ao locador. 
 
 Duração das garantias da locação 
 
Art. 39. Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das garantias da locação 
se estende até a efetiva devolução do imóvel, ainda que prorrogada a locação por 
prazo indeterminado, por força desta Lei. 
 
Art. 40. O locador poderá exigir novo fiador ou a substituição da modalidade de 
garantia, nos seguintes casos: 
 
I - morte do fiador; 
II - ausência, interdição, recuperação judicial, falência ou insolvência do fiador, 
declaradas judicialmente; 
III - alienação ou gravação de todos os bens imóveis do fiador ou sua mudança de 
residência sem comunicação ao locador; 
IV - exoneração do fiador; 
V - prorrogação da locação por prazo indeterminado, sendo a fiança ajustada por 
prazo certo; 
VI - desaparecimento dos bens móveis; 
VII - desapropriação ou alienação do imóvel; 
VIII - exoneração de garantia constituída por quotas de fundo de investimento; 
IX - liquidação ou encerramento do fundo de investimento de que trata o inciso IV do 
art. 37 desta Lei; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 57 
X - prorrogação da locação por prazo indeterminado uma vez notificado o locador 
pelo fiador de sua intenção de desoneração, ficando obrigado por todos os efeitos 
da fiança, durante 120 (cento e vinte) dias após a notificação ao locador. 
 
Parágrafo único. O locador poderá notificar o locatário para apresentar nova garantia 
locatícia no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de desfazimento da locação. 
 
 Despejo liminar por falta de pagamento 
 
Lei nº 8.245/91 - Das Ações de Despejo 
 
Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo terão 
o rito ordinário. 
 
§ 1º Conceder-se-á liminar para desocupação em quinze dias, independentemente 
da audiência da parte contrária e desde que prestada a caução no valor equivalente 
a três meses de aluguel, nas ações que tiverem por fundamento exclusivo: 
 
I - o descumprimento do mútuo acordo (art. 9º, inciso I), celebrado por escrito e 
assinado pelas partes e por duas testemunhas, no qual tenha sido ajustado o prazo 
mínimo de seis meses para desocupação, contado da assinatura do instrumento; 
 
II - o disposto no inciso II do art. 47, havendo prova escrita da rescisão do contrato 
de trabalho ou sendo ela demonstrada em audiência prévia; 
 
III - o término do prazo da locação para temporada, tendo sido proposta a ação de 
despejo em até trinta dias após o vencimento do contrato; 
 
IV - a morte do locatário sem deixar sucessor legítimo na locação, de acordo com o 
referido no inciso I do art. 11, permanecendo no imóvel pessoas não autorizadas por 
lei; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 58 
V - a permanência do sublocatário no imóvel, extinta a locação, celebrada com o 
locatário. 
 
VI - o disposto no inciso IV do art. 9º, havendo a necessidade de se produzir 
reparações urgentes no imóvel, determinadas pelo poder público, que não possam 
ser normalmente executadas com a permanência do locatário, ou, podendo, ele se 
recuse a consenti-las; 
 
VII - o término do prazo notificatório previsto no parágrafo único do art. 40, sem 
apresentação de nova garantia apta a manter a segurança inaugural do contrato; 
 
VIII - o término do prazo da locação não residencial, tendo sido proposta a ação em 
até 30 (trinta) dias do termo ou do cumprimento de notificação comunicando o 
intento de retomada; 
 
IX - a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, 
estando o contrato desprovido de qualquer das garantias previstas no art. 37, por 
não ter sido contratada ou em caso de extinção ou pedido de exoneração dela, 
independentemente de motivo. 
 
§ 2º Qualquer que seja o fundamento da ação dar - se - á ciência do pedido aos 
sublocatários, que poderão intervir no processo como assistentes. 
 
Parágrafo 3º No caso do inciso IX do parágrafo 1º deste artigo, poderá o locatário 
evitar a rescisão da locação e elidir a liminar de desocupação se, dentro dos 15 
(quinze) dias concedidos para a desocupação do imóvel e independentemente de 
cálculo, efetuar depósito judicial que contemple a totalidade dos valores devidos, na 
forma prevista no inciso II do art. 62." 
 
 Alterações processuais nas ações de despejo 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 59 
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e 
acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente 
de quaisquer dos acessórios da locação, observar-se-á o seguinte: 
 
I - o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança 
dos aluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para 
responder ao pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao 
pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do 
valor do débito; 
 
II - o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 
15 (quinze) dias, contado da citação, o pagamento do débito atualizado, 
independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, incluídos: 
 
a) os aluguéis e acessórios da locação que vencerem até a sua efetivação; 
 
b) as multas ou penalidades contratuais, quando exigíveis; 
 
c) os juros de mora; 
 
d) as custas e os honorários do advogado do locador, fixados em dez por cento 
sobre o montante devido, se do contrato não constar disposição diversa; 
 
III - efetuada a purga da mora, se o locador alegar que a oferta não é integral, 
justificando a diferença, o locatário poderá complementar o depósito no prazo de 10 
(dez) dias, contado da intimação, que poderá ser dirigida ao locatário ou diretamente 
ao patrono deste, por carta ou publicação no órgão oficial, a requerimento do 
locador; 
 
IV - não sendo integralmente complementado o depósito, o pedido de rescisão 
prosseguirá pela diferença, podendo o locador levantar a quantia depositada; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 60 
V - os aluguéis que forem vencendo até a sentença deverão ser depositados à 
disposição do juízo, nos respectivos vencimentos, podendo o locador levantá-los 
desde que incontroversos; 
 
VI - havendo cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos 
aluguéis, a execução desta pode ter início antes da desocupação do imóvel, caso 
ambos tenham sido acolhidos. 
 
Parágrafo único. Não se admitirá a emenda da mora se o locatário já houver 
utilizado essa faculdadenos 24 (vinte e quatro) meses imediatamente anteriores à 
propositura da ação. 
 
 Expedição de mandado de despejo na sentença 
 
Art. 63. Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de 
mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação 
voluntária, ressalvado o disposto nos parágrafos seguintes. 
 
§ 1º. O prazo será de quinze dias se: 
 
a) entre a citação e a sentença de primeira instância houverem decorrido mais de 
quatro meses; ou 
 
b) o despejo houver sido decretado com fundamento no art. 9º ou no parágrafo 2º do 
art. 46. 
 
§ 2° Tratando-se de estabelecimento de ensino autorizado e fiscalizado pelo Poder 
Público, respeitado o prazo mínimo de seis meses e o máximo de um ano, o juiz 
disporá de modo que a desocupação coincida com o período de férias escolares. 
 
§ 3º Tratando-se de hospitais, repartições públicas, unidades sanitárias oficiais, 
asilos, estabelecimentos de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder 
Público, bem como por entidades religiosas devidamente registradas, e o despejo for 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 61 
decretado com fundamento no inciso IV do art. 9º ou no inciso II do art. 53, o prazo 
será de um ano, exceto no caso em que entre a citação e a sentença de primeira 
instância houver decorrido mais de um ano, hipótese em que o prazo será de seis 
meses. 
 
§ 4° A sentença que decretar o despejo fixará o valor da caução para o caso de ser 
executada provisoriamente. 
 
 Execução provisória do despejo 
 
Art. 64. Salvo nas hipóteses das ações fundadas no art. 9º, a execução provisória do 
despejo dependerá de caução não inferior a 6 (seis) meses nem superior a 12 
(doze) meses do aluguel, atualizado até a data da prestação da caução. 
 
§ 1° A caução poderá ser real ou fidejussória e será prestada nos autos da execução 
provisória. 
 
§ 2° Ocorrendo a reforma da sentença ou da decisão que concedeu liminarmente o 
despejo, o valor da caução reverterá em favor do réu, como indenização mínima das 
perdas e danos, podendo este reclamar, em ação própria, a diferença pelo que a 
exceder. 
 
 Ação revisional de aluguéis 
 
Art. 68. Na ação revisional de aluguel, que terá o rito sumário, observar-se-á o 
seguinte: 
 
I - além dos requisitos exigidos pelos arts. 276 e 282 do Código de Processo Civil, a 
petição inicial deverá indicar o valor do aluguel cuja fixação é pretendida; 
 
II - ao designar a audiência de conciliação, o juiz, se houver pedido e com base nos 
elementos fornecidos tanto pelo locador como pelo locatário, ou nos que indicar, 
fixará aluguel provisório, que será devido desde a citação, nos seguintes moldes: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 62 
 
a) em ação proposta pelo locador, o aluguel provisório não poderá ser excedente a 
80% (oitenta por cento) do pedido; 
 
b) em ação proposta pelo locatário, o aluguel provisório não poderá ser inferior a 
80% (oitenta por cento) do aluguel vigente. 
 
III - sem prejuízo da contestação e até a audiência, o réu poderá pedir seja revisto o 
aluguel provisório, fornecendo os elementos para tanto; 
 
IV - na audiência de conciliação, apresentada a contestação, que deverá conter 
contraproposta se houver discordância quanto ao valor pretendido, o juiz tentará a 
conciliação e, não sendo esta possível, determinará a realização de perícia, se 
necessária, designando, desde logo, audiência de instrução e julgamento; 
 
V - o pedido de revisão previsto no inciso III deste artigo interrompe o prazo para 
interposição de recurso contra a decisão que fixar o aluguel provisório. 
 
§1° Não caberá ação revisional na pendência de prazo para desocupação do imóvel 
(arts. 46, parágrafo 2° e 57), ou quando tenha sido este estipulado amigável ou 
judicialmente. 
 
§ 2° No curso da ação de revisão, o aluguel provisório será reajustado na 
periodicidade pactuada ou na fixada em lei. 
 
 Alterações nos requisitos da ação renovatória 
 
Lei nº 8.245/91- art. 71. Além dos demais requisitos exigidos no art. 282 do Código 
de Processo Civil, a petição inicial da ação renovatória deverá ser instruída com: 
 
I - prova do preenchimento dos requisitos dos incisos I, II e III do art. 51; 
 
II - prova do exato cumprimento do contrato em curso; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 63 
III - prova da quitação dos impostos e taxas que incidiram sobre o imóvel e cujo 
pagamento lhe incumbia; 
 
IV - indicação clara e precisa das condições oferecidas para a renovação da 
locação; 
 
V - indicação do fiador quando houver no contrato a renovar e, quando não for o 
mesmo, com indicação do nome ou denominação completa, número de sua 
inscrição no Ministério da Fazenda, endereço e, tratando-se de pessoa natural, a 
nacionalidade, o estado civil, a profissão e o número da carteira de identidade, 
comprovando, desde logo, mesmo que não haja alteração do fiador, a atual 
idoneidade financeira; 
VI - prova de que o fiador do contrato ou o que o substituir na renovação aceita os 
encargos da fiança, autorizado por seu cônjuge, se casado for; 
 
VII - prova, quando for o caso, de ser cessionário ou sucessor, em virtude de título 
oponível ao proprietário. 
 
Parágrafo único. Proposta a ação pelo sublocatário do imóvel ou de parte dele, 
serão citados o sublocador e o locador, como litisconsortes, salvo se, em virtude de 
locação originária ou renovada, o sublocador dispuser de prazo que admita renovar 
a sublocação; na primeira hipótese, procedente a ação, o proprietário ficará 
diretamente obrigado à renovação. 
 
Art. 74. Não sendo renovada a locação, o juiz determinará a expedição de mandado 
de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária, 
se houver pedido na contestação. 
 
 
 
 
 
 
 
Curiosidade!! 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 64 
 
 
Notícia publicada em 03/04/2012, às 09h50 - Município poderá usar planta de 
valores para cálculo do IPTU 
 
A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/11, do deputado 
Cláudio Puty (PT-PA), que torna obrigatória a instituição e o uso de Planta Genérica 
de Valores (PGV) para fins de apuração do valor venal dos imóveis urbanos nos 
municípios acima de 20 mil habitantes. O projeto acrescenta à nova regra a Lei de 
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/00). 
 
A PGV é uma representação cartográfica da área urbana, que fornece dados para a 
apuração do valor venal dos imóveis e, consequentemente, ao cálculo do Imposto 
Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto sobre Transmissão de Bens 
Imobiliários (ITBI). 
 
De acordo com o projeto, o município com mais de 500 mil habitantes deverá 
atualizar suas respectivas PGVs, de modo a ajustá-las ao valor real de mercado, 
pelo menos a cada quatro anos; o município entre 50 mil e 500 mil habitantes, a 
cada seis anos; e o município entre 20 mil e 50 mil habitantes, a cada oito anos. A 
proposta proíbe a realização de transferências voluntárias da União para o município 
que não observar a regra. 
 
 
Eficiência tributária 
 
Cláudio Puty afirma que a PGV é um instrumento fundamental à administração 
tributária eficiente e à efetiva progressividade na tributação patrimonial. “Sua 
atualização periódica torna possível a apuração de valores venais de bens 
imobiliários urbanos mais próximos aos valores praticados no mercado, permitindo a 
melhoria do desempenho da administração tributária municipal em termos de 
arrecadação e de promoção de equidade.” 
 
Segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a 
cobrança de IPTU ocorria em 5.211 dos 5.565 municípios brasileiros. Já o número 
de municípios que possuíam PGV totalizava 4.390. Ou seja, 1.175 ainda precisavam 
adotar o instrumento. 
 
Tramitação 
 
O projeto será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de 
Constituição e Justiça e de Cidadania. Posteriormente, será votado pelo Plenário. 
 
Fonte:Agência Câmara de Notícias 
 
 
 
FIM DO MÓDULO III 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 66 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TÉCNICA COMERCIAL E 
NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TÉCNICA COMERCIAL E 
NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou 
distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do 
conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências 
Bibliográficas. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 68 
 
MÓDULO IV 
 
13 SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO 
 
 
FIGURA 24 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
O Sistema Financeiro da Habitação foi criado pela Lei 4.380, de 21 de 
março de 1964, que também lançou a correção monetária nos contratos 
imobiliários, o Banco Nacional de Habitação (BNH) e as sociedades de créditos 
imobiliários. 
 
 
13.1 SISTEMA FINANCEIRO IMOBILIÁRIO 
 
 
FIGURA 25 
 
FONTE: Arquivo do Portal 
Educação, 2012. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 69 
Instituído pela Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997, tem por 
finalidade promover o financiamento imobiliário em geral, segundo condições 
compatíveis com as da formação dos fundos respectivos. 
 
 
13.1.1 Conceitos Básicos 
 
 
FIGURA 26 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
1. Acabamentos - pinturas, revestimentos, etc. 
2. Agência imobiliária - empresas do mercado imobiliário. 
4. Agente financeiro - instituição financeira, pública ou privada, com a qual é 
feito o financiamento. 
5. Alienação fiduciária – é a transferência do devedor para o credor do domínio 
de um bem, em garantia de pagamento. O credor conserva o domínio do bem 
alienado (posse indireta) somente até a liquidação da dívida garantida. Após a 
quitação do pagamento, o comprador adquire o direito de propriedade do 
imóvel. 
6. Apólice de seguro – contrato em que são definidas as cláusulas que regem a 
relação entre a companhia de seguros e o segurado. 
7. Apropriação - forma de aquisição de propriedade. 
8. Arbitramento - estimativa, parecer, exame ou avaliação feita por peritos para 
determinar o valor pecuniário. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 70 
9. Área de uso comum - é a área que pode ser utilizada em comum por todos 
os proprietários do prédio ou condomínio, sendo livre o acesso e o uso, de 
forma comunitária. 
10. Área privativa - é a área do imóvel da qual o proprietário tem total domínio. 
11. Área útil - é a área individual. É a soma das áreas dos pisos do imóvel, sem 
contar as paredes, ou seja, restrita aos limites. 
12. Arrematação - venda judicial de bens penhorados, feita em local público. 
13. Arrendamento - aluguel ou contrato, bilateral, pelo qual alguém cede à 
outra pessoa (arrendatário, locatário), por certo tempo e preço. 
14. Ata - registro fiel das deliberações tomadas por uma reunião. 
15. Cadastro de imóveis - registro público mantido pela prefeitura, de bens 
imóveis existentes no município. 
16. Capital - é certa soma em dinheiro que constitui parte de um patrimônio, 
isto é, o conjunto de bens que alguém possui. 
17. Cartório de notas - local onde são arquivados documentos importantes e 
onde funcionam os registros públicos, ofícios de notas e tabelionatos. 
18. Cartório de Registro de Imóveis - órgão público integrado ao Judiciário com 
a função especial de registrar o direito real de propriedade do imóvel e suas 
modificações. 
19. Certidão de Registro de Imóveis - Documento expedido pelo oficial ou 
servidor do cartório de registro de imóveis, a requerimento de qualquer pessoa, 
relativo ao que constar nos assentos feitos. 
20. Certidão negativa - é a certidão que atesta a não existência de alguma 
ação civil, criminal ou na Justiça Federal, ou se a pessoa está impedida de 
realizar qualquer ato. 
21. Cessão - ato pelo qual uma pessoa transfere para outra (gratuitamente ou 
não) um ou mais direitos, deveres ou bens de que é titular. 
22. Código de Defesa do Consumidor - é a Lei nº 8.078, de 1990. Estabelece 
direitos e obrigações de consumidores e fornecedores para evitar qualquer tipo 
de prejuízo por parte do consumidor. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 71 
23. Comodato - é um contrato unilateral pelo qual alguém (comodante) entrega 
a outra pessoa (comodatário) coisa infungível para ser usada temporariamente 
e depois restituída. 
24. Confisco de bens - é a apropriação (apreensão) punitiva que o Estado faz 
de bens particulares, sem que seja paga qualquer indenização ao proprietário. 
25. Contrato - é o acordo em que as pessoas assumem obrigações entre si a 
fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos. 
26. Contrato de compra e venda - é o contrato bilateral perfeito, oneroso e 
comutativo ou aleatório, pelo qual uma pessoa (vendedor) obriga-se a transferir 
o domínio de certa coisa à outra pessoa (comprador). 
27. Correção monetária - é a revisão estipulada pelas partes de um contrato, 
ou imposta por lei, que tem como ponto de referência a desvalorização da 
moeda. 
28. Creci - Conselho Regional de Corretores de Imóveis. 
29. Credor - o titular do crédito. 
30. Depósito caução - depósito de valores aceitos para tornar efetiva a 
responsabilidade de um encargo. É um depósito que serve de garantia ao 
adimplemento contratual ou ao cumprimento de um dever legal. 
31. Encargo fiscal - tributo a ser pago pelo contribuinte, seja ele pessoa natural 
ou jurídica. 
32. Escritura - documento que prova um contrato ou ato jurídico. 
33. Financiamento imobiliário - Custeamento das despesas de construção ou 
aquisição de um imóvel. 
34. Habite-se - autorização emitida pela prefeitura para que um imóvel recém-
construído ou reformado possa ser ocupado. Para que o documento possa ser 
emitido, é preciso uma vistoria de regularidade para ver se a obra foi executada 
conforme o projeto inicial e é necessário preencher diversos requisitos legais 
(parecer da companhia de luz, do corpo de bombeiros, da companhia de gás, 
entre outros). 
35. Imposto de transmissão - tributo sobre transmissão de bens e direitos que 
sobre eles recaem. 
 
 
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 72 
36. Indexador - indicador da variação do poder aquisitivo da moeda, usado 
para corrigir monetariamente certo valor. 
37. IPTU - Imposto Municipal sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. 
A base de cálculo para a cobrança é o valor venal do imóvel (valor de venda do 
bem, que leva em consideração a metragem, a localização, a destinação e o 
tipo do imóvel). 
38. Juros de mora - são os juros que constituem a indenização pelo 
retardamento no pagamento da dívida. 
39. Licença de construção - licença atribuída pela prefeitura, mediante a qual 
se autoriza a construção de um prédio urbano. 
40. Licença de utilização - documento emitido pela prefeitura, após a 
construção do prédio, com base em uma vistoria realizada pelos seus serviços, 
tendo em vista averiguar se foram cumpridas as condições de construção 
aprovadas para a concessão da licença de construção. 
41. Locador - é quem cede o uso e gozo de bem móvel ou imóvel ao locatário, 
mediante pagamento de aluguel. 
42. Locatário - é quem paga o aluguel. Aquele que recebe a posse da coisa 
móvel ou imóvel para utilizar e, ao término do prazo de locação, restituir ao 
proprietário. Também conhecido como inquilino. 
43. Mediadores imobiliários - empresas ou entidades que preenchem no 
mercado imobiliário a função de aproximar compradores e vendedores. 
44. Mora - é o retardamento na execução da obrigação. 
45. Mutuário - aquele que,no contrato mútuo, recebe um bem por empréstimo. 
46. Ordem de despejo - mandado judicial intimando o locatário a desocupar o 
imóvel alugado. 
47. Partilha - é a divisão dos bens da herança. 
48. Procuração - documento reconhecido no notário, por meio do qual uma 
pessoa concede a outra poder para tratar de negócios em seu nome. Na 
procuração são definidas, exatamente, quais as funções a desempenhar pelo 
procurador. 
49. Quitação - prova de pagamento da dívida mediante recibo ou devolução do 
título, recibo de pagamento, liberação de um débito. 
 
 
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 73 
50. Registro de Imóveis - poder legal de agentes do ofício público para efetuar 
todas as operações relativas a bens imóveis e a direitos a eles referentes, 
promovendo escrituras, assegurando aos requerentes a aquisição e o exercício 
do direito de propriedade e a instituição de ônus reais de garantia ou de 
aquisição. O registro de imóveis é um documento no qual estão às informações 
do imóvel, contendo todos os dados referentes à propriedade imobiliária. 
51. Rescisão contratual - extinção do vínculo contratual existente. 
52. Título caucionado - título de crédito dado em garantia que serve de objeto a 
um penhor. 
53. Usucapião de imóvel - aquisição de imóvel pela posse pacífica e 
ininterrupta pelo prazo de 20 anos, independentemente de justo título e boa-fé, 
ou pela posse contínua e incontestada. 
54. Valor nominal - valor que está expresso em um título, cuja fixação está 
certa e determinada. 
55. Valor real - é valor da coisa em si, independente de convenção ou arbítrio. 
56. Valor venal do imóvel - é o valor de venda de um bem (que leva em 
consideração a metragem, a localização, a destinação e o tipo de imóvel). 
57. Vistoria - inspeção feita pela prefeitura, para verificar se o prédio urbano 
está conforme o projeto aprovado. 
 
 
13.1.2 Roteiro para Apresentação de Laudo de Avaliação 
 
 
FIGURA 27 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 74 
O roteiro tem como objetivo ensinar a elaboração do Laudo de 
Avaliação. O laudo abaixo atende às especificações contidas na NBR 14.653-2 
e estabelece a estrutura mínima. 
 
 
13.1.2.1 Laudo de avaliação completo 
 
Os laudos de avaliação completos devem conter, no mínimo, os 
seguintes itens: 
 
 Folha resumo: 
 Identificar, de forma rápida, o bem avaliado, a data da avaliação, o 
proprietário, a metodologia utilizada e o valor final adotado. 
 
 Identificação do solicitante. 
 
 Finalidade do laudo, quando informado pelo solicitante. 
 
 As principais finalidades do Laudo de Avaliação são: 
 
 Alienação de bens; 
 Aquisição de imóveis novos ou usados; 
 Arrematação em leilão ou adjudicação (retomada do imóvel); 
 Doação; 
 Dação em pagamento, normalmente para quitação de dívidas contraídas 
em banco pela área comercial; 
 Garantia de operação comercial; 
 Locação de imóveis comerciais ou residenciais; 
 Levantamento patrimonial; 
 Permuta. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 75 
 
 Objetivo da avaliação: 
 
 O objetivo da avaliação está normalmente focado na determinação dos 
valores de mercado (venda e locação), de liquidação forçada ou 
liquidação imediata, e de outros valores definidos na NBR 14.653: valor 
em risco, valor de desmonte, custo de reprodução, custo de reedição e 
custo de reposição. 
 
 Objeto da avaliação: 
 
 Neste item deve ser incluída a descrição sumária do bem, que tem por 
finalidade descrever sucintamente o bem, visando identificar 
prontamente o(s) imóvel(s) avaliado(s), incluindo endereço completo. 
 
 
 Pressupostos, ressalvas e fatores. 
 
 Identificação e caracterização do imóvel avaliado. 
 
 Diagnóstico do mercado. 
 
 Indicação do(s) método(s) e procedimento(s) utilizado(s) – atender 
ao disposto no item 8 da NBR 14653-1:2001, indicando a(s) 
metodologia(s) empregada(s), e justificando sucintamente sua 
utilização. Os métodos tratados pela NBR 14.653 são: 
 
 Método comparativo direto de dados de mercado; 
 Método involutivo; 
 Método evolutivo; 
 Método da capitalização da renda; 
 Método comparativo direto de custo; 
 Método da quantificação de custo. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
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 Resultados da avaliação e sua data de referência. 
 
 Profissional responsável. 
 
 Local e Data do Laudo/Parecer Técnico. 
 
 Anexos. 
 
 
13.2 PONTO COMERCIAL 
 
 
FIGURA 28 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
Para que o empreendimento seja viável para ser concretizado em um 
ponto comercial é importante analisar dois aspectos explicitados na Teoria do 
Lugar Central. Para cada tipo de negócio, isto é, para cada natureza do 
empreendimento existem aspectos importantes para serem analisados com 
mais detalhes e cuidado. 
A partir disso, é necessário observar cinco princípios básicos na 
avaliação do pondo comercial: 
1. Analisar a potencialidade da área: sua área de influência, fluxo de 
pessoas, o perfil das pessoas que circulam e/ou fazem negócios, 
volume de negócios que são gerados. 
2. Analisar o acesso: a não existência de barreiras físicas, fluxo de 
carro versus capacidade para estacionamento, acesso livre para 
fluxo de pedestre. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 77 
3. Analisar o crescimento potencial: qual a tendência da localidade 
quanto a possíveis mudanças do tráfico do trânsito e dos 
aspectos de urbanização, população residente e flutuante que 
venha a garantir futuros resultados. 
4. Analisar a atração cumulativa: identificar os negócios similares 
e/ou compatíveis próximos que tendem a atrair mais negócios. 
5. Análise da infraestrutura física: a viabilidade do investimento em 
reforma para estruturação do ponto comercial. 
 
 
FIGURA 29 
 
FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 
 
 
13.2.1 Metodologia 
 
 
1º Passo: Inicialmente devemos planejar. O planejamento é constituído de: 
 
 Contato e consulta de intenção da contratante junto à contratada; 
 Apresentação de proposta preliminar para efetuar vistoria prévia no 
imóvel, com custas da contratante; 
 Aprovação da vistoria preliminar e programação da data; 
 Execução da vistoria preliminar; 
 Apresentação do resultado da vistoria preliminar; 
 Elaboração de proposta para execução dos trabalhos globais; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 78 
 Análise da proposta; 
 Aprovação da contratante; 
 Montagem da equipe de apoio de acordo com sua complexidade, 
incluindo: engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, engenheiro 
cartógrafo, biólogo, botânico, técnico agrícola, técnico em edificações, 
pessoal de apoio (peões, mateiros e foiceiros); 
 Projeção da data para o início dos trabalhos de campo; 
 Disponibilização de aerofoto na escala 1: (...) visando identificar e 
classificar o imóvel de forma ampla. 
 
2º Passo: Pré-classificação da fotografia aérea das áreas destinadas a: 
 
 Divisa; 
 Amostragem do maciço florestal passível de manejo sustentado; 
 Preservação permanente ao longo dos arroios, riachos e córregos 
existentes no imóvel; 
 Reserva legal e 
 Outros. 
 
3º Passo: Início dos Trabalhos de campo: 
 
 - Se o destino do laudo for um inventário florestal: 
 
 Efetuar amostragem da floresta em áreas de (...) m2 (... m x. m) 
escolhidos aleatoriamente com DAP ≥ a 15,00 cm e marcadas com tinta 
brilhante. 
 
 Produzir material pictórico (mapa), com a indicação dos pontos 
amostrados e suas coordenadas geográficas com apoio de GPS e 
indicação do marco do IBGE Datum no (...) localizado à (...) km da 
Rodovia (...) em frente à (...); 
 Produção de fotografias digitais das amostras; 
 
 
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 Geração de informações quantitativas e qualitativas e 
 Visitas a madeireiras de influência na região de abrangência para 
obtenção de informações mercadológicas no comércio de essências 
florestais; 
 Para a obtenção

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