Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AN02FREV001/REV 4.0 1 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE TÉCNICA COMERCIAL E NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 2 CURSO DE TÉCNICA COMERCIAL E NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 3 SUMÁRIO MÓDULO I 1 ORGANIZAÇÃO E TÉCNICAS COMERCIAIS 2 O CORRETOR DE IMÓVEIS – CONCEITOS BÁSICOS 2.1 CONHECENDO O PRODUTO 2.2 CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS 2.2.1 Noções de Engenharia 2.2.2 Sistema Métrico Decimal 2.2.2.1 Comprimento 2.2.2.2 Medidas de superfície 2.2.2.3 Medidas agrárias 2.2.2.4 Medidas de volume 2.2.2.5 Medidas de capacidade 2.2.2.6 Quadro de equivalência 2.2.2.7 Medidas de massa 2.2.2.8 Comentários 3 VAMOS TREINAR UM POUCO? MÓDULO II 4 ÉTICA E CENÁRIO DA PROFISSÃO 4.1 MERCADO 4.2 PREÇO E VALOR 5 LEI DA OFERTA E DA PROCURA 5.1 CONCORRÊNCIA 6 CARACTERÍSTICAS DE UM BOM CORRETOR 7 ÁREAS DE ATUAÇÃO DE UM BOM CORRETOR 8 SALÁRIOS 9 ÉTICA MÓDULO III AN02FREV001/REV 4.0 4 10 MERCADO IMOBILIÁRIO 11 CARACTERÍSTICAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO 11.1 DIVISÃO DO USO IMOBILIÁRIO 11.2 ESTRATÉGIAS 11.2.1 Caracterização da Região 11.2.2 Destinação do Imóvel 11.2.3 Cadastro do Imóvel 12 BASES JURÍDICAS: CONCEITOS E DEFINIÇÕES MÓDULO IV 13 SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO 13.1 SISTEMA FINANCEIRO IMOBILIÁRIO 13.1.1 Conceitos Básicos 13.1.2 Roteiro para Apresentação de Laudo de Avaliação 13.1.2.1 Laudo de avaliação completo 13.2 PONTO COMERCIAL 13.2.1 Metodologia 13.3 LAUDO AVALIAÇÃO PARA TERRA NUA 13.4 ÁREA DE PROTEÇÃO 13.5 LAUDO DE AVALIAÇÃO PARA ARBITRAMENTO DE ALUGUEL COMERCIAL 13.5.1 Objeto 13.5.2 Contrato de Locação Comercial 13.5.2.1 Loja 13.5.2.2 Sobreloja 13.5.2.3 Vaga de garagem 13.5.2.4 Prazo do contrato 13.5.2.5 Termos do reajuste contratual 13.5.2.6 Localização 13.5.2.7 Acesso 13.5.2.8 Estado de conservação AN02FREV001/REV 4.0 5 13.5.2.9 Destinação mercadológica 13.5.2.10 Estacionamento para clientes 13.6 EXEMPLO: METODOLOGIA E CRITÉRIO AVALIATÓRIO 13.6.1 Situação Paradigma 13.6.2 Fatores de Homogeneização 13.6.2.1 Fator de fonte (FF) 13.6.2.2 Fator de localização (FL) 13.6.2.3 Solos 13.6.2.4 Relevo 13.6.2.5 Vegetação 13.7 PESQUISA MERCADOLÓGICA 13.8 DIAGNÓSTICO 13.8.1 METODOLOGIA AVALIATÓRIA 13.8.1.1 Terra nua MÓDULO V 14 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 14.1 METODOS DE AVALIAÇÃO DE ACORDO COM NRB 14.2 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA 14.2.1 Fases do Método Estatístico 14.3 AMOSTRAGEM 14.4 SÉRIES E TABELAS 14.4.1 Como Fazer uma Apresentação para o Mercado Imobiliário 14.5 MARKETING 14.6 VENDAS 14.7 O COMPORTAMENTO DOS CONCORRENTES 14.8 PROSPECÇÃO 14.8.1 Métodos de Prospecção 14.8.2 As Objeções 14.8.3 O Fechamento 14.8.4 Se a Venda Não Foi Concretizada AN02FREV001/REV 4.0 6 14.8.5 Roteiro para Utilização das Técnicas de Vendas 14.8.6 Princípios de Compra/Venda 14.8.7 Venda pela Internet 14.8.8 O Cliente On-Line REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AN02FREV001/REV 4.0 7 MÓDULO I 1 ORGANIZAÇÃO E TÉCNICAS COMERCIAIS FIGURA 1 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Gestor imobiliário Gestor de imóveis Área de atuação Intermediar a: Venda de imóveis; Compra de imóveis; Locação de imóveis. AN02FREV001/REV 4.0 8 Administrar bens e imóveis. Vistoriar e avaliar imóveis. Captar Imóveis: Localizar, vistoriar e disponibilizar imóveis; Realizar estudos para viabilidade técnico-comercial; Avaliar o estado físico do imóvel para administração; Distinguir os clientes quanto às suas características econômicas e sociopsicológicas; Interpretar a legislação pertinente; Comunicar-se com clareza de forma oral e escrita; Desenvolver suas atividades com habilidade técnica, segundo os preceitos da ética e da legislação vigente. Executar: Administração de bens imóveis, de condomínios, contratos de locação, de compra e venda de imóveis; Fazer a intermediação entre o cliente e a imobiliária; Cadastrar o cliente e o imóvel para administração; Administrar a documentação do imóvel; Preencher o contrato de locação e o laudo de vistoria; Receber aluguéis e encargos; Emitir recibos e comprovantes de pagamentos. Prestar assessoria e consultoria ao cliente. Elaborar relatórios de vistoria e avaliação do imóvel. Acompanhar a execução dos instrumentos fiscais de transação de compra venda e locação de imóvel. Avaliar o valor futuro do aluguel. Preencher contrato de locação e laudo de vistoria. Fornecer prestação de contas em forma de extratos mensais aos proprietários. Utilizar modernas técnicas de venda orientadas aos processos de AN02FREV001/REV 4.0 9 negociação e de atendimento ao cliente. Para ser corretor é necessário se credenciar ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis-CRECI. Como se credenciar ao CRECI? 1. Fazer o Exame de Proficiência; 2. Ter o Curso de Bacharel em Ciências Imobiliárias – Duração: quatro anos; 3. Ter o Curso de Gestão Imobiliária – Duração: dois anos; 4. Ter o Curso Técnico em Transações Imobiliárias – Duração: um ano. 2 O CORRETOR DE IMÓVEIS – CONCEITOS BÁSICOS FIGURA 2 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. IMPORTANTE! AN02FREV001/REV 4.0 10 O setor imobiliário é muito complexo. Seus produtos e características são diversificados. Então, para melhor compreensão do curso os módulos I e II apresentarão conhecimentos básicos necessários para atingir o sucesso na profissão. Para começar, saiba que o corretor de imóveis deve entender várias áreas – técnicas e humanas, conhecer as etapas de construção do seu produto, o Custo Unitário Básico e normas que regem a regulação urbana e rural. É importante saber escrever e analisar alguns documentos. 2.1 CONHECENDO O PRODUTO Conhecer o produto envolve o conhecimento do mercado de imóveis, algumas noções básicas de engenharia e matemática. O que significa ter noções básicas de engenharia? Descrever e interpretar planta baixa, fachada, etc. FIGURA 3 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. AN02FREV001/REV 4.0 11 2.2 CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS 2.2.1 Noções de Engenharia PLANTA: é o desenho no plano horizontal – É o objeto visto na sua projeção. PLANTA DO PAVIMENTO: facilita a visualização de todos os componentes do empreendimento. É um corte horizontal feito acima do piso. ELEVAÇÃO / FACHADA: é o desenho no plano vertical. CORTES: Mostram as partes internas do empreendimento. PERSPECTIVA: é o desenho visto sobre o plano vertical e horizontal. PÉ-DIREITO: altura livre entre o piso e o teto. ALINHAMENTO: limite do lote do terreno em relação ao logradouro público. RECUO: distância da construção a todas as divisas. PROJETO ARQUITETÔNICO: é a arte e a técnica do projeto. ESCALA: é a comparação entre a medida do desenho e a dimensão real. De acordo com a Lei Complementar 84, de 06 de julho de 1993 (ver módulo 5 Legislação), toda construção, reforma, ampliação de edifícios, bem como demolição parcial ou total, efetuadas por particulares ou entidade pública,a qualquer título, é regulada pela presente lei complementar, obedecidas, no que couber, as disposições federais e estaduais relativas à matéria e as normas vigentes da ABNT. Planta de situação do terreno na quadra, contendo a orientação Norte-Sul e a distância para a esquina mais próxima; Implantação da edificação no terreno, na escala adequada, AN02FREV001/REV 4.0 12 devidamente cotada, com todos os elementos que caracterizam o terreno, suas dimensões, recuos de todos os elementos salientes, reentrantes, áreas e poços, além de todo elemento existente no passeio fronteiriço; Planta de todo pavimento, na escala adequada, devidamente cotada, com as dimensões dos ambientes, sua destinação e área, vãos de iluminação e ventilação, além da indicação dos níveis dos pisos. Cortes ou perfis, longitudinais e transversais, que contenham a posição da edificação a ser construída, sua altura e todos os elementos salientes ou reentrantes, a identificação precisa do número de pavimentos, com indicação dos respectivos níveis, e da escada, quando houver; Todas as fachadas distintas do edifício com a respectiva indicação dos materiais a serem utilizados. PLANTA DE LOCAÇÃO: Indica a posição da construção dentro do terreno. Pode-se fazer um desenho único com a locação e a planta de cobertura. A planta de locação não se limita a casa ou construção. Ela deve mostrar os muros, portões, árvores existentes ou a plantar, a calçada ou passeio e, se necessário, as construções vizinhas. PLANTA BAIXA: Indica o destino de cada compartimento e suas dimensões: as áreas dos pavimentos, as dimensões e áreas dos vãos de iluminação, e a posição de todas as divisas do lote. As cotas constantes dos projetos deverão ser escritas em caracteres claros e facilmente legíveis. Essas medidas prevalecerão no caso de divergência com as medidas tomadas no desenho. FACHADA: designação de cada face de um edifício. Frontaria ou frontispício é geralmente o nome que se dá à fachada da frente, a que dá para a rua. Na linguagem mais comum, constitui apenas, AN02FREV001/REV 4.0 13 esse caso, a “fachada principal”. As outras serão denominadas de fachada posterior, ou fachada lateral. O conjunto de fachadas e sua composição plástica darão, em volume, a fisionomia do edifício. Essa composição das fachadas é feita por meio do tratamento do plano, das superfícies, dos cheios e vazios, dos materiais, sua textura e cor. Com esses elementos o arquiteto trabalha e compõe uma fachada, dando expressão final à criação arquitetônica. ELEVADORES - Segundo a Lei Complementar 387, de 13 de abril de 2000 (ver módulo 5), das normas técnicas das edificações em geral, fica estabelecido que: É obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador nas edificações de mais de três pavimentos acima do térreo, e de, no mínimo, dois elevadores, no caso de mais de sete pavimentos acima do térreo. Na contagem do número de pavimentos não é computado o último, quando de uso exclusivo do penúltimo, ou destinado a dependências de uso comum do condomínio ou, ainda, dependências de zelador. AN02FREV001/REV 4.0 14 2.2.2 Sistema Métrico Decimal FIGURA 4 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. O que devo saber de matemática? O corretor de imóveis deve conhecer bem o sistema de medidas. É muito bom conhecer um pouco de estatística para o processo de avaliação de imóveis. Teremos um breve comentário no final do curso. O estudo do sistema de medidas faz-se necessário para que possamos comparar duas grandezas. Utilizamos certa unidade como padrão e procuramos perceber quantas dessas unidades existe naquilo que queremos medir. Um exemplo é verificarmos o comprimento da frente de um terreno comparada a uma unidade fixa arbitrariamente, como o metro, o quilômetro, ou outro padrão de comprimento qualquer. A partir do momento que adotamos uma unidade como padrão, associado a ela temos seus múltiplos e submúltiplos. Por exemplo, para a unidade comprimento padrão, o metro, temos o quilômetro como uma de suas subunidades. AN02FREV001/REV 4.0 15 2.2.2.1 Comprimento O sistema métrico decimal utiliza como unidade padrão o metro (m). Seus múltiplos e submúltiplos são: Múltiplos Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro Unidade km hm dam m dm cm mm Submúltiplos 1000 m 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m Outros submúltiplos frequentemente usados são: 1 micrômetro (1 µm) corresponde a 1 milionésimo de um metro, ou 1 µm = 1/1.000.000 m = 0,000001 m = 10-6 m 1 nanômetro (1 nm) corresponde a 1 bilionésimo de um metro, ou 1 nm = 1/1.000.000.000 m = 0,000000001 m = 10-9 m Para transformar de uma unidade para outra inferior devemos observar que cada unidade é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por dez para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. Já para transformar de uma unidade para outra superior, devemos observar que cada unidade é dez vezes menor que a unidade imediatamente superior. Assim, dividimos por dez para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. EXEMPLOS: Para transformar 6,543 m para cm: 6,543 m = (6,543 x 100) cm = 654,3 cm AN02FREV001/REV 4.0 16 Ou seja, isso é o mesmo que deslocar a vírgula duas casas para a direita. Para transformar 235 cm para hm: 235 cm = (235 : 10.000) cm = 0,0235 cm Ou seja, isso é o mesmo que deslocar a vírgula quatro casas para a esquerda. Para transformar 0,0025 dam para km: 0,0025 dam = (0,0025 : 100) km = 0,000025 km Ou seja, isso é o mesmo que deslocar a vírgula duas casas para a direita. 2.2.2.2 Medidas de superfície A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado (m2). Os múltiplos e submúltiplos desta unidade são: Múltiplos Quilômetro quadrado Hectômetro quadrado Decâmetro quadrado Metro quadrado Decímetro quadrado Centímetro Quadrado Milímetro quadrado Unidade km 2 hm 2 dam 2 m 2 dm 2 cm 2 mm 2 Submúltiplos 1.000.000 m 2 10.00 km 2 100 m 2 1 m 2 0,01 m 2 0,0001 m 2 0,000001 m 2 Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. Já para transformar de uma unidade para outra superior, devemos AN02FREV001/REV 4.0 17 observar que cada unidade é cem vezes menor que a unidade imediatamente superior. Assim, dividimos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. EXEMPLOS: Para transformar 360 m2 para km2: 360 m2 = (360 : 1.000.000) km2 = 0,00036 km2 Ou seja, deslocando a vírgula de duas em duas casas de uma unidade para outra, isto é o mesmo que deslocar a vírgula seis casas para a esquerda. Para transformar 0,028 dam2 para dm2: 0,028 dam2 = (0,028 x 10.000) dm2 = 280 dm2 Neste caso, a transformação corresponde a deslocar a vírgula quatro casas para a direita. 2.2.2.3 Medidas agrárias Em medidas extensas de terra, é comum usar as medidas agrárias. A unidade padrão é o are (a). Seus múltiplos e submúltiplos são: Múltiplo Unidade Submúltiplo hectare (há) are (a) centiare (ca) hm2 dam2 m2 10.000 m2 100 m2 1 m2 AN02FREV001/REV 4.0 18 EXEMPLOS: Para transformar 360 m2 para ha: 360 m2 = (360 : 10.000) hm2 = 0,036 hm2 = 0,036 ha Transformamos, inicialmente, de metro quadrado para hectômetro quadrado. Como 1 hm2 é igual a 1 ha, passamos a medida para a unidade pedida. Para transformar 30 km2 para ha: 30 km2 = (30 x 100) hm2 = 3.000hm2 = 3.000 ha Da mesma forma, transformamos a medida para hm2 e, em seguida, para ha. 2.2.2.4 Medidas de volume A unidade fundamental de volume é o metro cúbico (m3). Os múltiplos e submúltiplos desta unidade são: Múltiplos Quilômetro cúbico Hectômetro cúbico Decâmetro cúbico Metro cúbico Decímetro cúbico Centímetro cúbico Milímetro cúbico Unidade km 3 hm 3 dam 3 m 3 dm 3 cm 3 mm 3 Submúltiplos 10 9 m 3 1.000.000 m 3 1.000 m 3 1 m 3 0,001 m 3 0,000001 m 3 10 9 m 3 Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é mil vezes maior que a unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por mil para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. Já para transformar de uma unidade para outra superior, devemos observar que cada unidade é mil vezes menor que a unidade imediatamente AN02FREV001/REV 4.0 19 superior. Assim, dividimos por mil para cada deslocamento de uma unidade até a desejada. EXEMPLOS: Para transformar 0,2 m3 para dm3: 0,2 m3 = (0,2 x 1.000) dm3 = 200 dm3 Observe que é o mesmo que deslocar a vírgula três casas para a direita. Para transformar 3600 cm3 para dam3: 3600 cm3 = (3600 x 10-9) dam3 = 0,0000036 dam3 = 3,6 x 10-6 dam3 Neste caso, a transformação corresponde a deslocar a vírgula nove casas para a esquerda. 2.2.2.5 Medidas de capacidade A unidade de medida padrão utilizada na medição de capacidades é o litro (l). Na medida de capacidade, cada unidade é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior e dez vezes menor que a unidade imediatamente superior. Seus múltiplos e submúltiplos são: Múltiplos Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro Unidade kl hl dal l dl cl ml Submúltiplos 1.000 l 100 l 10 l 1 l 0,1 l 0,01 l 0,001 l EXEMPLOS: Para transformar 12 l para hl: AN02FREV001/REV 4.0 20 12 l = (12 : 100) hl = 0,12 l Observe que é o mesmo que deslocar a vírgula duas casas para a esquerda. Para transformar 0,006 dal para cl: 0,006 dal = (0,006 x 1000) cl = 6 cl Neste caso, a transformação corresponde a deslocar a vírgula três casas para a direita. 2.2.2.6 Quadro de equivalência O quadro abaixo mostra a equivalência entre as unidades de cada uma das medidas. Quilolitro Litro Mililitro kl l ml Metro cúbico Decímetro cúbico Centímetro cúbico m 3 dm 3 cm 3 Ou seja, 1 l = 1 dm3 Assim: 1 ml = 0,001 l = 0,001 dm3 = 1 cm3 1 kl = 1.000 l = 1.000 dm3 = 1 m3 AN02FREV001/REV 4.0 21 2.2.2.7 Medidas de massa A unidade padrão desse sistema de medida é o grama (g). Seus múltiplos e submúltiplos são: Múltiplos Quilograma Hectograma Decagrama Grama Decigrama Centigrama Miligrama Unidade kg hg dag G dg cg mg Submúltiplos 1.000 g 100 g 10 g 1 g 0,1 g 0,01 g 0,001 g OBSERVAÇÕES: 1 tonelada (t) corresponde a 1.000 quilogramas (kg), ou 1 t = 1.000 kg = 1.000.000 g = 106 g 1 micrograma (µg) corresponde a 1 milionésimo de um grama, ou 1 µg = 1/1.000.000 g = 0,000001 g = 106 g Como nas medidas de comprimento e capacidade, a unidade é dez vezes maior que a unidade imediatamente inferior e dez vezes menor que a unidade imediatamente superior. Veja os exemplos: EXEMPLOS: Para transformar 256 mg para g: 256 mg = (256 : 1.000) g = 0,256 g Ou seja, isto é o mesmo que deslocar a vírgula três casas para a esquerda. Para transformar 79 t para dag: 79 t = 79.000 kg = (79.000 x 100) dag = 7.900.000 dag = 7,9 x 106 dag AN02FREV001/REV 4.0 22 2.2.2.8 Comentários Com o desenvolvimento das ciências, houve as necessidades de se definir, de forma rigorosa, um conjunto de unidades que seria adotado globalmente. Esse conjunto foi denominado Sistema Internacional de Unidades (SI) e é composto por unidades básicas e unidades derivadas. As unidades básicas são: metro, quilograma, segundo, ampère (unidade de corrente elétrica), kelvin (unidade de temperatura termodinâmica), mol (unidade de quantidade de matéria) e candela (unidade de intensidade luminosa). GRANDEZA UNIDADE SÍMBOLO Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica ampère A Temperatura termodinâmica kelvin K Quantidade de matéria mol mol Intensidade luminosa candela cd AN02FREV001/REV 4.0 23 3 VAMOS TREINAR UM POUCO? FIGURA 5 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Vamos devagar.... Tente transformar: a) 67,52 m para dm. b) 0,481 m para mm. c) 5,27 dam para Km. Veja o gabarito: a) 675,2 dm. b) 481 mm. c) 0,0527 Km. Vamos tentar resolver os problemas abaixo: 1. A distância entre duas cidades é 126 km. Determine esta distância em metros. 2. A roda de uma bicicleta percorre 157,08 cm para dar uma volta completa. Quantas voltas a roda desta bicicleta deve dar para percorrer AN02FREV001/REV 4.0 24 47,124 km? 3. Utilizando o raios-X em controle de qualidade, percebeu-se que uma peça tinha uma leve fissura de 43 µm. Determine a medida desta fissura em milímetros. 4. O diâmetro de uma peça tem uma tolerância de 0,00728 mm. Determine essa tolerância em µm. 5. Uma tampa com tubo capilar de diâmetro interno na ordem de 0,20 a 0,25 mm é usada para ensaios de antibióticos. Determine essa variação em µm. 6. Um cabo tem 3,7 mm de diâmetro. Se ele está 15,7 µm acima da medida desejada, determine a medida desejada em mm. 7. Um aparelho de medição por varredura a laser tem precisão de 650 nm. Qual é a sua precisão em mm? 8. Uma célula sanguínea vermelha mede, em média, 2.500 nm. Determine sua medida em µm. 9. Um nanotubo de carbono mede 0,000002 mm. Determine sua medida em nanômetros. 10. Uma plantação tem 5 ha. Determine a área plantada em m2. 11. Uma fazenda tem uma plantação de laranja que ocupa 96 ha. Se cada pé de laranja ocupa uma área de 24 m2, determine quantos pés existem nessa plantação. 12. Na superfície de uma chapa metálica de 14 m2 foram feitos 54 furos de 78,54 cm2. Determine a área da nova superfície. 13. A dose recomendada de certa vacina para imunização é de 3 ml por paciente. Quantos litros da vacina são necessários para imunizar 42,7 milhões de habitantes? 14. O volume de uma caixa de base retangular é dado pelo produto de seu comprimento, por sua largura e por sua altura. Se o comprimento da caixa é 28 cm, a largura é 486 dm e a altura é 0,085 m, determine seu volume em dm3. 15. As medidas internas de uma caixa cúbica são 53 dm. Determine sua capacidade em kl. AN02FREV001/REV 4.0 25 16. Uma pessoa pretende encher uma caixa d’água com capacidade de 5.000 litros usando um balde cujo volume interno útil é 50.000 cm3. Determine quantos baldes cheios serão necessários para que a caixa fique completamente cheia. 17. Um bloco de concreto tem massa de 2,3 toneladas. Determine sua massa em kg. 18. Estima-se que uma baleia azul estudada por biólogos tem sua massa igual a 152.000 kg. Determine essa massa em toneladas. 19. A massa de tinta externa do Airbus A380 pode ser superior a 0,53 t. Determine essa medida em kg. 20. Um comprimido tem massa igual a 0,12 g. Determine sua massa em mg. Confira suas respostas: 1. 126.000 m 2. 30.000 voltas 3. 3. 0,043 mm 4. 7,28 5. 200 a 250 6. 3,6843 7. 0,00065 8. 2,5 9. 2 10. 50.000 11. 40000 12. 13,575884 13. 128100 14. 1156,68 15. 148,877 16. 100 17. 2300 18. 152 19. 530 20. 120 Achou muito fácil? AN02FREV001/REV 4.0 26 Bem, agora vamos fazer mais alguns exercícios referentes ao assunto tratado neste módulo. Estude bastante. No próximo módulo vamos falar sobre documentosusados na administradora de imóveis e mercado de trabalho. FIM DO MÓDULO I AN02FREV001/REV 4.0 26 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE TÉCNICA COMERCIAL E NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 27 CURSO DE TÉCNICA COMERCIAL E NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 28 MÓDULO II 4 ÉTICA E CENÁRIO DA PROFISSÃO FIGURA 6 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Ofertante Homens Comprador Mercado Bens objetos que tem valor O esquema acima foi retirado do livro de Dantas (Engenharia de Avaliações: introdução à metodologia científica. São Paulo: Pini, 1998). Vamos estudar cada item. 4.1 MERCADO Segundo o site http://pt.wikipedia.org, temos: AN02FREV001/REV 4.0 29 Mercado imobiliário é o mercado do setor imobiliário que negocia com terreno, bem como qualquer coisa construída nesse dado terreno. Atuantes no mercado são (entre outros) as imobiliárias que agem na intermediação de venda ou locação de imóveis, tais como, casas e apartamentos, salas e escritórios, bem como procedem à administração de imóveis locados; bancos que concedem créditos hipotecários e créditos de risco (subprime); advogados especializados em direito imobiliário; órgãos públicos envolvidos no registro de imóveis e na manutenção do cadastro e notários que formalizam juridicamente a vontade das partes envolvidas em uma compra/venda de imóvel. Na realidade o Brasil tem modificado o cenário imobiliário. Milhões de pessoas ingressaram na classe C e o mercado mudou para atender essa nova tendência. Antigamente o setor sobrevivia atendendo apenas a classe A e B. FIGURA 7 - O QUE VOCÊ DEVE OBSERVAR? FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. O Brasil tem vivenciado nos últimos cinco anos uma mobilidade social acirrada, com o ingresso de mais de 30 milhões de pessoas na classe C. O tipo de imóvel solicitado no mercado muda de atributos. Antes, só eram construídos novos apartamentos de grande porte, hoje com a nova clientela há necessidade de produzir apartamentos com preço reduzido. Além do aumento de AN02FREV001/REV 4.0 30 rendas surgiram vários programas de governo facilitando a aquisição da casa própria. Um dos maiores atrativos em todo o mundo é o investimento em imóveis (venda aluguel, etc.). Os truts do mercado imobiliário são usados por empresas especializadas nos Estados Unidos. As taxas de atratividade são mínimas. Na Suíça, as carteiras de investimentos já incluem imóveis buscando maior sustentabilidade. O Brasil já começa a se preocupar não só com investidores brasileiros como estrangeiros. Assim, existe a importância de praticar os padrões internacionais para atender este novo público. É importante refletir sobre viabilidade, sustentabilidade e riscos. Temos poucas pesquisas na área. Devido à natureza física, os imóveis sofrem influência da região, da sociedade e ambiente do entorno. 4.2 PREÇO E VALOR a) A NBR 5.676 (1989) define avaliação de imóveis como sendo a determinação técnica de valor de um imóvel ou de um direito sobre o imóvel. Na revisão da norma encontramos a definição como: “a análise técnica para identificar o valor de um bem, de seus custos, frutos e direitos, e/ou determinar indicadores de viabilidade de sua utilização econômica, para uma determinada finalidade, situação e data”. ATENÇÃO! AN02FREV001/REV 4.0 31 b) Segundo Gonzales (1997), “o valor de um bem só pode ser igual ao preço de mercado de concorrência perfeita”. Sabemos que na área imobiliária não há concorrência perfeita. A NBR 5.676 (1989) define valor como a expressão monetária de um bem, a data é a referência da avaliação; enquanto o preço é definido como quantidade de dinheiro pelo qual se efetua uma operação imobiliária. O valor é a garantia mais provável pela qual se negociaria voluntariamente um bem. Cuidado: Preço não é sinônimo de valor Preço, de acordo com a NBR 14.653-1, é a quantia pela qual se efetua, ou se propõe a efetuar, uma transação envolvendo um bem. 5 LEI DA OFERTA E DA PROCURA A “lei da oferta e demanda” é um conceito econômico - compradores x vendedores. Podemos ter uma situação de equilíbrio ou desequilíbrio. FIGURA 8 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. AN02FREV001/REV 4.0 32 Vamos analisar cada situação: a) Oferta > Demanda Há mais vendas do que compra. Temos muito produto no mercado, porém poucos compradores. Deflação Os preços caem b) Oferta < Demanda Existem mais pessoas querendo comprar o produto do que vendendo. Inflação Os preços sobem A lei da oferta e da demanda explica a situação de pressão do mercado. Quanto mais imóveis forem ofertados, mais baixos estarão os preços. Quanto menos imóveis, maiores os preços. Essa alteração pode ocorrer a qualquer momento no mercado. 5.1 CONCORRÊNCIA FIGURA 9 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. AN02FREV001/REV 4.0 33 Segundo Dantas (1998), a melhor situação é de equilíbrio entre compradores, vendedores e imóveis. Só assim teremos um preço justo. Nessa situação, denominamos o mercado de concorrência perfeita. Temos alguma influência embutida na concorrência: * Os desejos e necessidades das pessoas; * O poder de compra; * A disponibilidade dos serviços; * A capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com o nível tecnológico desejado. 6 CARACTERÍSTICAS DE UM BOM CORRETOR Um bom corretor deve ter as seguintes características: Paciência – para saber ouvir; Capacidade para lidar com o público – comunicação; Capacidade de convencimento – persuasão; Carisma; Dedicação – amar a profissão; Boa aparência – vestir de acordo com a ocasião; Bom humor – sempre positivo; Discrição – a profissão exige sigilo; Tendência para vendas – saber técnicas de vendas; AN02FREV001/REV 4.0 34 Raciocínio espacial desenvolvido – conhecer o mercado. Algumas características são fatores determinantes no comportamento: Conhecimentos A corretagem é uma atividade profissional que requer conhecimento de variadas áreas. Ramo imobiliário: Refere-se ao conhecimento do mercado imobiliário. É preciso dominar conhecimentos de outras áreas, como a engenharia civil e arquitetura. Saber interpretar e ler todos os elementos básicos que concretizam o projeto arquitetônico (planta baixa, cortes e fachadas), como estudamos no módulo I. Conhecer um pouco de direito comercial - área jurídico-fiscal e a legislação que rege a profissão. Conhecer os direitos, deveres, obrigações e limitações da profissão. Ter noções de economia: sistema financeiro de habitação (módulo 3 do nosso curso). Dominar operações simples de matemática básica e financeira. Conhecer os tipos de moeda. Situar-se nas operações imobiliárias, relacionadas com os procedimentos e formalidades legais da profissão. IMPORTANTE!! Mantenha-se atualizado - muita coisa que acontece no mundo atual afeta o mercado imobiliário. AN02FREV001/REV 4.035 Conhecimento técnico imobiliário: O cliente necessita ter confiança em você. A acreditação é um dos principais fatores para um fechamento de sucesso. *fechamento = finalizar um negócio. Conheça bem o seu produto: Tamanho; Número de quartos; Suítes; Localização; Zona; Vias de acesso; Transportes; Região; Acabamento e material usado na construção. Conhecimento de técnicas de vendas: Vender é um processo Um bom vendedor faz: Leituras sobre: Produto; Cliente; Concorrentes; Mercado. Um bom vendedor saber ouvir. AN02FREV001/REV 4.0 36 Um excelente vendedor faz um fechamento com sucesso. Para fechar uma venda há necessidade de inicialmente criar no cliente um desejo de compra do produto. Depois você cria uma necessidade. Só assim o fechamento é possível. Segundo Verdi (1990), “vender é conduzir um processo interativo, no qual uma das partes – o vendedor –, utilizando a comunicação persuasiva, ajuda a outra parte – o comprador – a tomar a decisão de adquirir um bem ou serviço que satisfaça necessidades suas ou de terceiros”. Conhecimento Empresarial: Conheça a sua empresa. A empresa que você trabalha. Áreas importantes: Marketing: estuda a plena satisfação das necessidades do cliente; Finanças: referente aos procedimentos financeiros na negociação do imóvel; Recursos humanos: estuda as ações que têm como objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização; Gestão: determina os objetivos da empresa; Gestão da produção: determina a logística, o processo. Formação Complementar: São os conhecimentos adquiridos em experiências passadas. AN02FREV001/REV 4.0 37 7 ÁREAS DE ATUAÇÃO DE UM BOM CORRETOR FIGURA 10 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. O corretor tem uma vasta área de trabalho: Imobiliárias; Empresas de classificados de imóveis; Loteamento e planejamento imobiliário; Consórcios imobiliários; Leilões de imóveis; Cartórios de registros de imóveis; Construtoras; Avaliação de imóveis. AN02FREV001/REV 4.0 38 8 SALÁRIOS FIGURA 11 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. O salário geralmente não é fixo. Os valores de comissão das vendas variam de: - 6% a 8% sobre imóvel urbano; - 6% a 10% sobre imóvel rural; - 6% a 8% sobre imóveis industriais; - 5% sobre vendas judiciais. 9 ÉTICA Segundo Dantas (1997), o termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Nesse sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com AN02FREV001/REV 4.0 39 o sentimento de justiça social. A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Ética profissional: é o respeito aos valores morais dentro de um determinado grupo profissional. A teoria ética desenvolve critérios gerais para discernir o que é bom do que é ruim, certo e errado, etc. Ética agir de acordo com o coletivo ÉTICA é a postura, comportamento e conduta diante de sua profissão e pessoas. A ÉTICA é indispensável ao profissional, pois na ação humana o “fazer” e o “agir” estão integrados. O “fazer” diz respeito à competência, à eficiência e à eficácia que todo o profissional deve possuir para desempenhar bem sua profissão. O “agir” refere-se à conduta deste profissional, ao conjunto de atitudes que este deve assumir na execução de sua profissão. Portanto, além do conhecimento de sua área e assuntos relacionados à mesma, sua conduta será de extrema importância para que alcance os melhores resultados. Para várias profissões existe o código de ética, que é um conjunto de regras que orientam a conduta da pessoa para a vida pessoal e profissional. Seguem abaixo algumas dicas que irão contribuir para que você mantenha uma postura profissional e que contribua para o sucesso de sua carreira: Então, o que é “ÉTICA PROFISSIONAL” para o corretor de imóveis? AN02FREV001/REV 4.0 40 Nunca se esqueça de que a primeira impressão é a que fica; Pontualidade é ponto de honra; Tenha sempre cartões profissionais disponíveis; Use roupas discretas (clássicas), sem modismo; Se você for uma pessoa que gosta de perfume, use o mais suave; Ao conversar olhe nos olhos das pessoas; Aprenda a ouvir; Não se distraia diante da conversa; Receba o cliente de pé, com um sorriso, estenda a mão para cumprimentá-lo e mande-o assentar; Não cruze os braços e não assente de qualquer maneira, procure posicionar de maneira ereta e elegante; Nunca esqueça que você carrega o nome de uma empresa, portanto ao agir, seja claro e honesto com seu cliente; Só prometa o que for garantido e estiver dentro da política de trabalho a que estiver inserido; Esteja comprometido com seu cliente, portanto dê informações precisas; Gentileza só acrescenta, principalmente ao lidar com seus clientes. FIM DO MÓDULO II AN02FREV001/REV 4.0 41 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE TÉCNICA COMERCIAL E NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 42 CURSO DE TÉCNICA COMERCIAL E NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 43 MÓDULO III 10 MERCADO IMOBILIÁRIO FIGURA 12 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. A habitação é necessidade básica do ser humano. É o local onde ele busca a segurança. Temos dois grandes grupos de pessoas: os que buscam um bem para morar e os que desejam apenas investir. A oferta e a demanda são variáveis importantes. Aqui vamos formar o preço. Cada pessoa elabora cenários sobre onde e como deve ser sua casa, atributos físicos, localização, etc. As avaliações ficam restritas à análise maior das características físicas do imóvel. (BALARINE, 1997). A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE), em sua Síntese de Indicadores Sociais 2002 (2003, p. 143), para a análise das condições de habitação, textualiza: [...] a área construída do domicílio, o número médio de pessoas por domicílio e dormitório, o acesso à água e ao esgotamento sanitário, o estado de conservação e a condição de ocupação são, em linhas gerais, indicadores mais eficazes do nível de bem-estar das moradias do que propriamente o tipo de material utilizado na construção. AN02FREV001/REV 4.0 44 11 CARACTERÍSTICAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO FIGURA 13 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Imobiliário Conjunto de atividades relacionadas com bens imóveis Mercado imobiliário É o espaço de materialização dessas atividades Corretores Mediadores entre a construção e a comercialização 11.1 DIVISÃO DO USO IMOBILIÁRIO a) Indústria; b) Logística; c) Comércio; d) Serviços (hotéis, hospitais, etc.); e) Escritórios; f) Residencial. AN02FREV001/REV 4.045 11.2 ESTRATÉGIAS Para elaborar uma boa estratégia de negociação temos que ter qualidade nas informações coletadas. Exemplos de informações necessárias: FIGURA 14 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 11.2.1 Caracterização da Região Gerais: Análise das condições econômicas, políticas e sociais. Físicos: Condições de relevo e solo. Uso e ocupação do solo, regras do município, leis de zoneamento. Infraestrutura urbana: Sistema viário e de transporte coletivo. Equipamentos comunitários: segurança, educação, saúde e cultura. 11.2.2 Destinação do Imóvel Localização: situação na região e via pública. Utilização atual e situação do imóvel em relação à legislação local. Aspectos físicos: dimensões do imóvel, forma, topografia. Restrições físicas e legais ao aproveitamento. AN02FREV001/REV 4.0 46 Aspectos construtivos, qualificativos, quantitativos e tecnológicos, comparados com a documentação do imóvel. 11.2.3 Cadastro do Imóvel Além de conter informações sobre o proprietário, acrescente: Terrenos Urbanos FIGURA 15 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Área total; Frente efetiva; Localização da malha urbana; Usos mais comuns da região; Tipos de usos pelas posturas municipais; Distância a polos efetivos; Área passível de construção; Topografia; Condições particulares do solo; AN02FREV001/REV 4.0 47 Padrão das construções vizinhas; Padrão da infraestrutura urbana e região; Valor unitário do terreno pesquisado. LOJAS FIGURA 16 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Áreas de unidade; Frente efetiva para logradouros; Pé direito; Relação frente-fundo; Padrão da construção; Existência de instalações especiais; Facilidade de estacionamento; Número de garagens; Localização na malha urbana; Padrão das construções vizinhas; Usos mais comuns da região; Distâncias a polos importantes; Valor unitário da loja pesquisada. AN02FREV001/REV 4.0 48 Salas e Andares Corridos FIGURA 17 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Áreas da Unidade; Padrão da construção; Idade da construção; Número das instalações sanitárias; Existência de cobertura, terraços e assemelhados; Existência de instalações especiais; Número de garagens; Localização de malha urbana; Número de pavimentos do prédio; Número de unidades por andar; Posição da unidade no prédio; Padrão das construções vizinhas; Usos mais comuns na região; Distância a polos importantes; Padrão de infraestrutura; Vista privilegiada ou prejudicial; Valor unitário de sala ou andar corrido. AN02FREV001/REV 4.0 49 GALPÕES – ARMAZÉNS FIGURA 18 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Áreas da unidade – construída, descoberta, útil e total do terreno; Frente efetiva para logradouro; Pé direito; Padrão da construção; Existência de instalações especiais – ponte rolante, etc.; Localização na malha urbana – qualidade de acesso ao local; Padrão da infraestrutura urbana na região; Distância a polos importantes – valorizante e desvalorizante; Valor unitário de galpão pesquisado em relação à área construída na área total do terreno. AN02FREV001/REV 4.0 50 CASAS FIGURA 19 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Área total do terreno; Frente efetiva para o logradouro; Profundidade do terreno; Área total da construção; Número de suítes; Idade da construção; Relação entre área construída e terreno; Existência de instalações especiais; Número de garagens; Localização na malha urbana; Padrão das construções vizinhas; Usos mais comuns na região; Tipo de uso incentivado pelas posturas municipais; Distância a polos importantes; Área passível de construção; Topografia; Condições particulares do solo; Padrão da infraestrutura urbana; Vista privilegiada ou prejudicial; Valor unitário de casa pesquisada. AN02FREV001/REV 4.0 51 APARTAMENTOS FIGURA 20 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Áreas da Unidade; Padrão da construção; Idade da construção; Número de quartos; Número de quartos com banheiro privado; Número de instalações sanitárias; Existência de coberturas; Existência de instalações especiais; Número de garagens; Localização na malha urbana; Número de pavimentos por andar; Posição da unidade no prédio; Padrão das construções vizinhas; Usos mais comuns na região; Distâncias a polos importantes; Padrão de infraestrutura urbana na região; Vista privilegiada ou prejudicial; Valor unitário de apartamento pesquisado; AN02FREV001/REV 4.0 52 Glebas Urbanizáveis De acordo com ABNT NBR 14653-2:2004 - gleba urbanizável: Terreno passível de receber obras de infraestrutura urbana, visando o seu aproveitamento eficiente, por meio de loteamento, desmembramento ou implantação de empreendimento. FIGURA 21 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Área total; Áreas reservadas; Frente efetiva para logradouro; Localização da malha urbana; Usos mais comuns na região; Tipo de uso incentivado pelas posturas municipais; Distância a polos importantes; Área passível de construção; Topografia; Condições particulares do solo; Padrão dos bairros vizinhos; Padrão da infraestrutura urbana; Vista privilegiada ou prejudicial; Valor unitário de terreno; Valor Unitário de lotes de bairros próximos. AN02FREV001/REV 4.0 53 IMÓVEIS RURAIS FIGURA 22 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Área total; Área reservadas; Topografia; Condições particulares do solo; Distância a polos importantes; Tipo de exploração; Acessibilidade; Quantidade de água; Benfeitorias reprodutivas – culturas; Benfeitorias não reprodutivas – cercas, currais, casas, etc... AN02FREV001/REV 4.0 54 12 BASES JURÍDICAS: CONCEITOS E DEFINIÇÕES FIGURA 23 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Sistema Financeiro da Habitação criado pela Lei 4.380, de 21 de março de 1964, que também criou a correção monetária nos contratos imobiliários, o BNH e as sociedades de créditos imobiliários. 1967 - criação do FGTS (Lei nº 5.107/66) e a captação das poupanças voluntárias do público (por intermédio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE). A prestação mensal do financiamento habitacional é composta das seguintes parcelas: a) Amortização; b) Juros; c) Coeficiente de Equiparação Salarial (CES); d) Seguro; f) Fundo de Compensação Salarial (FCVS). Amortização: importância paga pelo mutuário para amortizar o seu saldo devedor. AN02FREV001/REV 4.0 55 Juros: juros do financiamento. Seguro: prêmio do seguro habitacional (danos físicos, morte e invalidez). Tabela Price - Os juros diminuem na exata medida em que o saldo devedor é amortizado. Desta forma, o valor de cada prestação se mantém constante. Logo, a ideia é que o mutuário pague cada vez menos juros e mais a dívida existente. Sistema de Amortização Constante (SAC) - a dívida total é diluída igualmente entre as parcelas. Sistema de Amortização Crescente (SACRE) - prevê reajustes anuais, para reduzir o impacto causado pelo reajuste e viabilizar a redução do saldo devedor existente. Os contratos de mútuo não vinculados ao FCVS são amparados pelo Código de Defesa o Consumidor. Lei nº 12.112/09, ao introduzir alterações na Lei nº 8.245/91, que dispõe sobre as locações de imóveis urbanos(por consequência não se aplica às locações regidas pelo Código Civil). Multa pela quebra do contrato: Lei nº 8.245/91- art. 4º - Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, não poderá o locador reaver o imóvel alugado. O locatário, todavia, poderá devolvê-lo, pagando a multa pactuada, proporcionalmente ao período de cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a que for judicialmente estipulada. Parágrafo único. O locatário ficará dispensado da multa se a devolução do imóvel decorrer de transferência, pelo seu empregador, privado ou público, para prestar serviços em localidades diversas daquela do início do contrato, e se notificar, por escrito, o locador com prazo de, no mínimo, trinta dias de antecedência. Responsabilidade dos fiadores Art. 12. Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel. AN02FREV001/REV 4.0 56 Parágrafo 1º - Nas hipóteses previstas neste artigo e no art. 11, a sub-rogação será comunicada por escrito ao locador e ao fiador, se esta for a modalidade de garantia locatícia. Parágrafo 2º - O fiador poderá exonerar-se das suas responsabilidades no prazo de 30 (trinta) dias contado do recebimento da comunicação oferecida pelo sub-rogado, ficando responsável pelos efeitos da fiança durante 120 (cento e vinte) dias após a notificação ao locador. Duração das garantias da locação Art. 39. Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das garantias da locação se estende até a efetiva devolução do imóvel, ainda que prorrogada a locação por prazo indeterminado, por força desta Lei. Art. 40. O locador poderá exigir novo fiador ou a substituição da modalidade de garantia, nos seguintes casos: I - morte do fiador; II - ausência, interdição, recuperação judicial, falência ou insolvência do fiador, declaradas judicialmente; III - alienação ou gravação de todos os bens imóveis do fiador ou sua mudança de residência sem comunicação ao locador; IV - exoneração do fiador; V - prorrogação da locação por prazo indeterminado, sendo a fiança ajustada por prazo certo; VI - desaparecimento dos bens móveis; VII - desapropriação ou alienação do imóvel; VIII - exoneração de garantia constituída por quotas de fundo de investimento; IX - liquidação ou encerramento do fundo de investimento de que trata o inciso IV do art. 37 desta Lei; AN02FREV001/REV 4.0 57 X - prorrogação da locação por prazo indeterminado uma vez notificado o locador pelo fiador de sua intenção de desoneração, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante 120 (cento e vinte) dias após a notificação ao locador. Parágrafo único. O locador poderá notificar o locatário para apresentar nova garantia locatícia no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de desfazimento da locação. Despejo liminar por falta de pagamento Lei nº 8.245/91 - Das Ações de Despejo Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo, as ações de despejo terão o rito ordinário. § 1º Conceder-se-á liminar para desocupação em quinze dias, independentemente da audiência da parte contrária e desde que prestada a caução no valor equivalente a três meses de aluguel, nas ações que tiverem por fundamento exclusivo: I - o descumprimento do mútuo acordo (art. 9º, inciso I), celebrado por escrito e assinado pelas partes e por duas testemunhas, no qual tenha sido ajustado o prazo mínimo de seis meses para desocupação, contado da assinatura do instrumento; II - o disposto no inciso II do art. 47, havendo prova escrita da rescisão do contrato de trabalho ou sendo ela demonstrada em audiência prévia; III - o término do prazo da locação para temporada, tendo sido proposta a ação de despejo em até trinta dias após o vencimento do contrato; IV - a morte do locatário sem deixar sucessor legítimo na locação, de acordo com o referido no inciso I do art. 11, permanecendo no imóvel pessoas não autorizadas por lei; AN02FREV001/REV 4.0 58 V - a permanência do sublocatário no imóvel, extinta a locação, celebrada com o locatário. VI - o disposto no inciso IV do art. 9º, havendo a necessidade de se produzir reparações urgentes no imóvel, determinadas pelo poder público, que não possam ser normalmente executadas com a permanência do locatário, ou, podendo, ele se recuse a consenti-las; VII - o término do prazo notificatório previsto no parágrafo único do art. 40, sem apresentação de nova garantia apta a manter a segurança inaugural do contrato; VIII - o término do prazo da locação não residencial, tendo sido proposta a ação em até 30 (trinta) dias do termo ou do cumprimento de notificação comunicando o intento de retomada; IX - a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, estando o contrato desprovido de qualquer das garantias previstas no art. 37, por não ter sido contratada ou em caso de extinção ou pedido de exoneração dela, independentemente de motivo. § 2º Qualquer que seja o fundamento da ação dar - se - á ciência do pedido aos sublocatários, que poderão intervir no processo como assistentes. Parágrafo 3º No caso do inciso IX do parágrafo 1º deste artigo, poderá o locatário evitar a rescisão da locação e elidir a liminar de desocupação se, dentro dos 15 (quinze) dias concedidos para a desocupação do imóvel e independentemente de cálculo, efetuar depósito judicial que contemple a totalidade dos valores devidos, na forma prevista no inciso II do art. 62." Alterações processuais nas ações de despejo AN02FREV001/REV 4.0 59 Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente de quaisquer dos acessórios da locação, observar-se-á o seguinte: I - o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito; II - o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da citação, o pagamento do débito atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, incluídos: a) os aluguéis e acessórios da locação que vencerem até a sua efetivação; b) as multas ou penalidades contratuais, quando exigíveis; c) os juros de mora; d) as custas e os honorários do advogado do locador, fixados em dez por cento sobre o montante devido, se do contrato não constar disposição diversa; III - efetuada a purga da mora, se o locador alegar que a oferta não é integral, justificando a diferença, o locatário poderá complementar o depósito no prazo de 10 (dez) dias, contado da intimação, que poderá ser dirigida ao locatário ou diretamente ao patrono deste, por carta ou publicação no órgão oficial, a requerimento do locador; IV - não sendo integralmente complementado o depósito, o pedido de rescisão prosseguirá pela diferença, podendo o locador levantar a quantia depositada; AN02FREV001/REV 4.0 60 V - os aluguéis que forem vencendo até a sentença deverão ser depositados à disposição do juízo, nos respectivos vencimentos, podendo o locador levantá-los desde que incontroversos; VI - havendo cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos aluguéis, a execução desta pode ter início antes da desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido acolhidos. Parágrafo único. Não se admitirá a emenda da mora se o locatário já houver utilizado essa faculdadenos 24 (vinte e quatro) meses imediatamente anteriores à propositura da ação. Expedição de mandado de despejo na sentença Art. 63. Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária, ressalvado o disposto nos parágrafos seguintes. § 1º. O prazo será de quinze dias se: a) entre a citação e a sentença de primeira instância houverem decorrido mais de quatro meses; ou b) o despejo houver sido decretado com fundamento no art. 9º ou no parágrafo 2º do art. 46. § 2° Tratando-se de estabelecimento de ensino autorizado e fiscalizado pelo Poder Público, respeitado o prazo mínimo de seis meses e o máximo de um ano, o juiz disporá de modo que a desocupação coincida com o período de férias escolares. § 3º Tratando-se de hospitais, repartições públicas, unidades sanitárias oficiais, asilos, estabelecimentos de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, bem como por entidades religiosas devidamente registradas, e o despejo for AN02FREV001/REV 4.0 61 decretado com fundamento no inciso IV do art. 9º ou no inciso II do art. 53, o prazo será de um ano, exceto no caso em que entre a citação e a sentença de primeira instância houver decorrido mais de um ano, hipótese em que o prazo será de seis meses. § 4° A sentença que decretar o despejo fixará o valor da caução para o caso de ser executada provisoriamente. Execução provisória do despejo Art. 64. Salvo nas hipóteses das ações fundadas no art. 9º, a execução provisória do despejo dependerá de caução não inferior a 6 (seis) meses nem superior a 12 (doze) meses do aluguel, atualizado até a data da prestação da caução. § 1° A caução poderá ser real ou fidejussória e será prestada nos autos da execução provisória. § 2° Ocorrendo a reforma da sentença ou da decisão que concedeu liminarmente o despejo, o valor da caução reverterá em favor do réu, como indenização mínima das perdas e danos, podendo este reclamar, em ação própria, a diferença pelo que a exceder. Ação revisional de aluguéis Art. 68. Na ação revisional de aluguel, que terá o rito sumário, observar-se-á o seguinte: I - além dos requisitos exigidos pelos arts. 276 e 282 do Código de Processo Civil, a petição inicial deverá indicar o valor do aluguel cuja fixação é pretendida; II - ao designar a audiência de conciliação, o juiz, se houver pedido e com base nos elementos fornecidos tanto pelo locador como pelo locatário, ou nos que indicar, fixará aluguel provisório, que será devido desde a citação, nos seguintes moldes: AN02FREV001/REV 4.0 62 a) em ação proposta pelo locador, o aluguel provisório não poderá ser excedente a 80% (oitenta por cento) do pedido; b) em ação proposta pelo locatário, o aluguel provisório não poderá ser inferior a 80% (oitenta por cento) do aluguel vigente. III - sem prejuízo da contestação e até a audiência, o réu poderá pedir seja revisto o aluguel provisório, fornecendo os elementos para tanto; IV - na audiência de conciliação, apresentada a contestação, que deverá conter contraproposta se houver discordância quanto ao valor pretendido, o juiz tentará a conciliação e, não sendo esta possível, determinará a realização de perícia, se necessária, designando, desde logo, audiência de instrução e julgamento; V - o pedido de revisão previsto no inciso III deste artigo interrompe o prazo para interposição de recurso contra a decisão que fixar o aluguel provisório. §1° Não caberá ação revisional na pendência de prazo para desocupação do imóvel (arts. 46, parágrafo 2° e 57), ou quando tenha sido este estipulado amigável ou judicialmente. § 2° No curso da ação de revisão, o aluguel provisório será reajustado na periodicidade pactuada ou na fixada em lei. Alterações nos requisitos da ação renovatória Lei nº 8.245/91- art. 71. Além dos demais requisitos exigidos no art. 282 do Código de Processo Civil, a petição inicial da ação renovatória deverá ser instruída com: I - prova do preenchimento dos requisitos dos incisos I, II e III do art. 51; II - prova do exato cumprimento do contrato em curso; AN02FREV001/REV 4.0 63 III - prova da quitação dos impostos e taxas que incidiram sobre o imóvel e cujo pagamento lhe incumbia; IV - indicação clara e precisa das condições oferecidas para a renovação da locação; V - indicação do fiador quando houver no contrato a renovar e, quando não for o mesmo, com indicação do nome ou denominação completa, número de sua inscrição no Ministério da Fazenda, endereço e, tratando-se de pessoa natural, a nacionalidade, o estado civil, a profissão e o número da carteira de identidade, comprovando, desde logo, mesmo que não haja alteração do fiador, a atual idoneidade financeira; VI - prova de que o fiador do contrato ou o que o substituir na renovação aceita os encargos da fiança, autorizado por seu cônjuge, se casado for; VII - prova, quando for o caso, de ser cessionário ou sucessor, em virtude de título oponível ao proprietário. Parágrafo único. Proposta a ação pelo sublocatário do imóvel ou de parte dele, serão citados o sublocador e o locador, como litisconsortes, salvo se, em virtude de locação originária ou renovada, o sublocador dispuser de prazo que admita renovar a sublocação; na primeira hipótese, procedente a ação, o proprietário ficará diretamente obrigado à renovação. Art. 74. Não sendo renovada a locação, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária, se houver pedido na contestação. Curiosidade!! AN02FREV001/REV 4.0 64 Notícia publicada em 03/04/2012, às 09h50 - Município poderá usar planta de valores para cálculo do IPTU A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/11, do deputado Cláudio Puty (PT-PA), que torna obrigatória a instituição e o uso de Planta Genérica de Valores (PGV) para fins de apuração do valor venal dos imóveis urbanos nos municípios acima de 20 mil habitantes. O projeto acrescenta à nova regra a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/00). A PGV é uma representação cartográfica da área urbana, que fornece dados para a apuração do valor venal dos imóveis e, consequentemente, ao cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto sobre Transmissão de Bens Imobiliários (ITBI). De acordo com o projeto, o município com mais de 500 mil habitantes deverá atualizar suas respectivas PGVs, de modo a ajustá-las ao valor real de mercado, pelo menos a cada quatro anos; o município entre 50 mil e 500 mil habitantes, a cada seis anos; e o município entre 20 mil e 50 mil habitantes, a cada oito anos. A proposta proíbe a realização de transferências voluntárias da União para o município que não observar a regra. Eficiência tributária Cláudio Puty afirma que a PGV é um instrumento fundamental à administração tributária eficiente e à efetiva progressividade na tributação patrimonial. “Sua atualização periódica torna possível a apuração de valores venais de bens imobiliários urbanos mais próximos aos valores praticados no mercado, permitindo a melhoria do desempenho da administração tributária municipal em termos de arrecadação e de promoção de equidade.” Segundo dados de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cobrança de IPTU ocorria em 5.211 dos 5.565 municípios brasileiros. Já o número de municípios que possuíam PGV totalizava 4.390. Ou seja, 1.175 ainda precisavam adotar o instrumento. Tramitação O projeto será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Posteriormente, será votado pelo Plenário. Fonte:Agência Câmara de Notícias FIM DO MÓDULO III AN02FREV001/REV 4.0 66 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE TÉCNICA COMERCIAL E NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 67 CURSO DE TÉCNICA COMERCIAL E NEGOCIAÇÕES IMOBILIÁRIAS MÓDULO IV Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 68 MÓDULO IV 13 SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO FIGURA 24 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. O Sistema Financeiro da Habitação foi criado pela Lei 4.380, de 21 de março de 1964, que também lançou a correção monetária nos contratos imobiliários, o Banco Nacional de Habitação (BNH) e as sociedades de créditos imobiliários. 13.1 SISTEMA FINANCEIRO IMOBILIÁRIO FIGURA 25 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. AN02FREV001/REV 4.0 69 Instituído pela Lei nº 9.514, de 20 de novembro de 1997, tem por finalidade promover o financiamento imobiliário em geral, segundo condições compatíveis com as da formação dos fundos respectivos. 13.1.1 Conceitos Básicos FIGURA 26 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 1. Acabamentos - pinturas, revestimentos, etc. 2. Agência imobiliária - empresas do mercado imobiliário. 4. Agente financeiro - instituição financeira, pública ou privada, com a qual é feito o financiamento. 5. Alienação fiduciária – é a transferência do devedor para o credor do domínio de um bem, em garantia de pagamento. O credor conserva o domínio do bem alienado (posse indireta) somente até a liquidação da dívida garantida. Após a quitação do pagamento, o comprador adquire o direito de propriedade do imóvel. 6. Apólice de seguro – contrato em que são definidas as cláusulas que regem a relação entre a companhia de seguros e o segurado. 7. Apropriação - forma de aquisição de propriedade. 8. Arbitramento - estimativa, parecer, exame ou avaliação feita por peritos para determinar o valor pecuniário. AN02FREV001/REV 4.0 70 9. Área de uso comum - é a área que pode ser utilizada em comum por todos os proprietários do prédio ou condomínio, sendo livre o acesso e o uso, de forma comunitária. 10. Área privativa - é a área do imóvel da qual o proprietário tem total domínio. 11. Área útil - é a área individual. É a soma das áreas dos pisos do imóvel, sem contar as paredes, ou seja, restrita aos limites. 12. Arrematação - venda judicial de bens penhorados, feita em local público. 13. Arrendamento - aluguel ou contrato, bilateral, pelo qual alguém cede à outra pessoa (arrendatário, locatário), por certo tempo e preço. 14. Ata - registro fiel das deliberações tomadas por uma reunião. 15. Cadastro de imóveis - registro público mantido pela prefeitura, de bens imóveis existentes no município. 16. Capital - é certa soma em dinheiro que constitui parte de um patrimônio, isto é, o conjunto de bens que alguém possui. 17. Cartório de notas - local onde são arquivados documentos importantes e onde funcionam os registros públicos, ofícios de notas e tabelionatos. 18. Cartório de Registro de Imóveis - órgão público integrado ao Judiciário com a função especial de registrar o direito real de propriedade do imóvel e suas modificações. 19. Certidão de Registro de Imóveis - Documento expedido pelo oficial ou servidor do cartório de registro de imóveis, a requerimento de qualquer pessoa, relativo ao que constar nos assentos feitos. 20. Certidão negativa - é a certidão que atesta a não existência de alguma ação civil, criminal ou na Justiça Federal, ou se a pessoa está impedida de realizar qualquer ato. 21. Cessão - ato pelo qual uma pessoa transfere para outra (gratuitamente ou não) um ou mais direitos, deveres ou bens de que é titular. 22. Código de Defesa do Consumidor - é a Lei nº 8.078, de 1990. Estabelece direitos e obrigações de consumidores e fornecedores para evitar qualquer tipo de prejuízo por parte do consumidor. AN02FREV001/REV 4.0 71 23. Comodato - é um contrato unilateral pelo qual alguém (comodante) entrega a outra pessoa (comodatário) coisa infungível para ser usada temporariamente e depois restituída. 24. Confisco de bens - é a apropriação (apreensão) punitiva que o Estado faz de bens particulares, sem que seja paga qualquer indenização ao proprietário. 25. Contrato - é o acordo em que as pessoas assumem obrigações entre si a fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos. 26. Contrato de compra e venda - é o contrato bilateral perfeito, oneroso e comutativo ou aleatório, pelo qual uma pessoa (vendedor) obriga-se a transferir o domínio de certa coisa à outra pessoa (comprador). 27. Correção monetária - é a revisão estipulada pelas partes de um contrato, ou imposta por lei, que tem como ponto de referência a desvalorização da moeda. 28. Creci - Conselho Regional de Corretores de Imóveis. 29. Credor - o titular do crédito. 30. Depósito caução - depósito de valores aceitos para tornar efetiva a responsabilidade de um encargo. É um depósito que serve de garantia ao adimplemento contratual ou ao cumprimento de um dever legal. 31. Encargo fiscal - tributo a ser pago pelo contribuinte, seja ele pessoa natural ou jurídica. 32. Escritura - documento que prova um contrato ou ato jurídico. 33. Financiamento imobiliário - Custeamento das despesas de construção ou aquisição de um imóvel. 34. Habite-se - autorização emitida pela prefeitura para que um imóvel recém- construído ou reformado possa ser ocupado. Para que o documento possa ser emitido, é preciso uma vistoria de regularidade para ver se a obra foi executada conforme o projeto inicial e é necessário preencher diversos requisitos legais (parecer da companhia de luz, do corpo de bombeiros, da companhia de gás, entre outros). 35. Imposto de transmissão - tributo sobre transmissão de bens e direitos que sobre eles recaem. AN02FREV001/REV 4.0 72 36. Indexador - indicador da variação do poder aquisitivo da moeda, usado para corrigir monetariamente certo valor. 37. IPTU - Imposto Municipal sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. A base de cálculo para a cobrança é o valor venal do imóvel (valor de venda do bem, que leva em consideração a metragem, a localização, a destinação e o tipo do imóvel). 38. Juros de mora - são os juros que constituem a indenização pelo retardamento no pagamento da dívida. 39. Licença de construção - licença atribuída pela prefeitura, mediante a qual se autoriza a construção de um prédio urbano. 40. Licença de utilização - documento emitido pela prefeitura, após a construção do prédio, com base em uma vistoria realizada pelos seus serviços, tendo em vista averiguar se foram cumpridas as condições de construção aprovadas para a concessão da licença de construção. 41. Locador - é quem cede o uso e gozo de bem móvel ou imóvel ao locatário, mediante pagamento de aluguel. 42. Locatário - é quem paga o aluguel. Aquele que recebe a posse da coisa móvel ou imóvel para utilizar e, ao término do prazo de locação, restituir ao proprietário. Também conhecido como inquilino. 43. Mediadores imobiliários - empresas ou entidades que preenchem no mercado imobiliário a função de aproximar compradores e vendedores. 44. Mora - é o retardamento na execução da obrigação. 45. Mutuário - aquele que,no contrato mútuo, recebe um bem por empréstimo. 46. Ordem de despejo - mandado judicial intimando o locatário a desocupar o imóvel alugado. 47. Partilha - é a divisão dos bens da herança. 48. Procuração - documento reconhecido no notário, por meio do qual uma pessoa concede a outra poder para tratar de negócios em seu nome. Na procuração são definidas, exatamente, quais as funções a desempenhar pelo procurador. 49. Quitação - prova de pagamento da dívida mediante recibo ou devolução do título, recibo de pagamento, liberação de um débito. AN02FREV001/REV 4.0 73 50. Registro de Imóveis - poder legal de agentes do ofício público para efetuar todas as operações relativas a bens imóveis e a direitos a eles referentes, promovendo escrituras, assegurando aos requerentes a aquisição e o exercício do direito de propriedade e a instituição de ônus reais de garantia ou de aquisição. O registro de imóveis é um documento no qual estão às informações do imóvel, contendo todos os dados referentes à propriedade imobiliária. 51. Rescisão contratual - extinção do vínculo contratual existente. 52. Título caucionado - título de crédito dado em garantia que serve de objeto a um penhor. 53. Usucapião de imóvel - aquisição de imóvel pela posse pacífica e ininterrupta pelo prazo de 20 anos, independentemente de justo título e boa-fé, ou pela posse contínua e incontestada. 54. Valor nominal - valor que está expresso em um título, cuja fixação está certa e determinada. 55. Valor real - é valor da coisa em si, independente de convenção ou arbítrio. 56. Valor venal do imóvel - é o valor de venda de um bem (que leva em consideração a metragem, a localização, a destinação e o tipo de imóvel). 57. Vistoria - inspeção feita pela prefeitura, para verificar se o prédio urbano está conforme o projeto aprovado. 13.1.2 Roteiro para Apresentação de Laudo de Avaliação FIGURA 27 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. AN02FREV001/REV 4.0 74 O roteiro tem como objetivo ensinar a elaboração do Laudo de Avaliação. O laudo abaixo atende às especificações contidas na NBR 14.653-2 e estabelece a estrutura mínima. 13.1.2.1 Laudo de avaliação completo Os laudos de avaliação completos devem conter, no mínimo, os seguintes itens: Folha resumo: Identificar, de forma rápida, o bem avaliado, a data da avaliação, o proprietário, a metodologia utilizada e o valor final adotado. Identificação do solicitante. Finalidade do laudo, quando informado pelo solicitante. As principais finalidades do Laudo de Avaliação são: Alienação de bens; Aquisição de imóveis novos ou usados; Arrematação em leilão ou adjudicação (retomada do imóvel); Doação; Dação em pagamento, normalmente para quitação de dívidas contraídas em banco pela área comercial; Garantia de operação comercial; Locação de imóveis comerciais ou residenciais; Levantamento patrimonial; Permuta. AN02FREV001/REV 4.0 75 Objetivo da avaliação: O objetivo da avaliação está normalmente focado na determinação dos valores de mercado (venda e locação), de liquidação forçada ou liquidação imediata, e de outros valores definidos na NBR 14.653: valor em risco, valor de desmonte, custo de reprodução, custo de reedição e custo de reposição. Objeto da avaliação: Neste item deve ser incluída a descrição sumária do bem, que tem por finalidade descrever sucintamente o bem, visando identificar prontamente o(s) imóvel(s) avaliado(s), incluindo endereço completo. Pressupostos, ressalvas e fatores. Identificação e caracterização do imóvel avaliado. Diagnóstico do mercado. Indicação do(s) método(s) e procedimento(s) utilizado(s) – atender ao disposto no item 8 da NBR 14653-1:2001, indicando a(s) metodologia(s) empregada(s), e justificando sucintamente sua utilização. Os métodos tratados pela NBR 14.653 são: Método comparativo direto de dados de mercado; Método involutivo; Método evolutivo; Método da capitalização da renda; Método comparativo direto de custo; Método da quantificação de custo. AN02FREV001/REV 4.0 76 Resultados da avaliação e sua data de referência. Profissional responsável. Local e Data do Laudo/Parecer Técnico. Anexos. 13.2 PONTO COMERCIAL FIGURA 28 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. Para que o empreendimento seja viável para ser concretizado em um ponto comercial é importante analisar dois aspectos explicitados na Teoria do Lugar Central. Para cada tipo de negócio, isto é, para cada natureza do empreendimento existem aspectos importantes para serem analisados com mais detalhes e cuidado. A partir disso, é necessário observar cinco princípios básicos na avaliação do pondo comercial: 1. Analisar a potencialidade da área: sua área de influência, fluxo de pessoas, o perfil das pessoas que circulam e/ou fazem negócios, volume de negócios que são gerados. 2. Analisar o acesso: a não existência de barreiras físicas, fluxo de carro versus capacidade para estacionamento, acesso livre para fluxo de pedestre. AN02FREV001/REV 4.0 77 3. Analisar o crescimento potencial: qual a tendência da localidade quanto a possíveis mudanças do tráfico do trânsito e dos aspectos de urbanização, população residente e flutuante que venha a garantir futuros resultados. 4. Analisar a atração cumulativa: identificar os negócios similares e/ou compatíveis próximos que tendem a atrair mais negócios. 5. Análise da infraestrutura física: a viabilidade do investimento em reforma para estruturação do ponto comercial. FIGURA 29 FONTE: Arquivo do Portal Educação, 2012. 13.2.1 Metodologia 1º Passo: Inicialmente devemos planejar. O planejamento é constituído de: Contato e consulta de intenção da contratante junto à contratada; Apresentação de proposta preliminar para efetuar vistoria prévia no imóvel, com custas da contratante; Aprovação da vistoria preliminar e programação da data; Execução da vistoria preliminar; Apresentação do resultado da vistoria preliminar; Elaboração de proposta para execução dos trabalhos globais; AN02FREV001/REV 4.0 78 Análise da proposta; Aprovação da contratante; Montagem da equipe de apoio de acordo com sua complexidade, incluindo: engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, engenheiro cartógrafo, biólogo, botânico, técnico agrícola, técnico em edificações, pessoal de apoio (peões, mateiros e foiceiros); Projeção da data para o início dos trabalhos de campo; Disponibilização de aerofoto na escala 1: (...) visando identificar e classificar o imóvel de forma ampla. 2º Passo: Pré-classificação da fotografia aérea das áreas destinadas a: Divisa; Amostragem do maciço florestal passível de manejo sustentado; Preservação permanente ao longo dos arroios, riachos e córregos existentes no imóvel; Reserva legal e Outros. 3º Passo: Início dos Trabalhos de campo: - Se o destino do laudo for um inventário florestal: Efetuar amostragem da floresta em áreas de (...) m2 (... m x. m) escolhidos aleatoriamente com DAP ≥ a 15,00 cm e marcadas com tinta brilhante. Produzir material pictórico (mapa), com a indicação dos pontos amostrados e suas coordenadas geográficas com apoio de GPS e indicação do marco do IBGE Datum no (...) localizado à (...) km da Rodovia (...) em frente à (...); Produção de fotografias digitais das amostras; AN02FREV001/REV 4.0 79 Geração de informações quantitativas e qualitativas e Visitas a madeireiras de influência na região de abrangência para obtenção de informações mercadológicas no comércio de essências florestais; Para a obtenção
Compartilhar