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1 www.portaleducacao.com.br 2 www.portaleducacao.com.br 3 www.portaleducacao.com.br 4 www.portaleducacao.com.br 5 www.portaleducacao.com.br 6 www.portaleducacao.com.br Tabela 3 - Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D. Fonte: NBR 5410: 2004. 1 www.portaleducacao.com.br Condutores: cobre e alumínio Isolação: PVC Temperatura no condutor: 70°C Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo) Tabela 2 - Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D. Fonte: NBR 5410: 2004. 2 www.portaleducacao.com.br Condutores: cobre e alumínio Isolação: EPR ou XLPE Temperatura no condutor: 90°C Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo) 3 www.portaleducacao.com.br A escolha do condutor certo deve levar em consideração a maneira como ele será instalado. A ABNT codifica essa maneira de instalação, usando letras e números, como A2, B1, etc. São os “métodos de referência”. Tipos de linhas elétricas (NBR 5410). Tabela 5 – Tipos de linhas elétricas 4 www.portaleducacao.com.br Tabela 5.1 - Tipos de linhas elétricas (NBR 5410) 5 www.portaleducacao.com.br Tabela 5.2 - Tipos de linhas elétricas (NBR 5410) 6 www.portaleducacao.com.br Tabela 5.3 - Tipos de linhas elétricas (NBR 5410) 7 www.portaleducacao.com.br Tabela 5.4 - Tipos de linhas elétricas (NBR 5410) 8 www.portaleducacao.com.br Tabela 5.5 - Tipos de linhas elétricas (NBR 5410) Pelas tabelas apresentadas acima fica claro que na escolha do condutor é preciso considerar seu método de instalação e sua temperatura normal de operação para que possamos consultar sua capacidade de condução de corrente. 9 www.portaleducacao.com.br Tabela 6 - Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência E, F e G. (NBR 5410) Condutores: cobre e alumínio Isolação: PVC Temperatura no condutor: 70°C Temperatura ambiente de referência: 30°C 10 www.portaleducacao.com.br Tabela 6.1 - Continuação... Tabela 7 - Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência E, F e G (NBR 5410). Condutores: cobre e alumínio Isolação: EPR ou XLPE Temperatura no condutor: 90°C Temperatura ambiente de referência: 30°C www.portaleducacao.com.br Tabela 7.1 - Continuação... www.portaleducacao.com.br FIGURA 91 FONTE: Niskier (2005). Na figura abaixo temos o esquema de um ponto de luz ligado a um interruptor de uma seção e uma tomada. Como no exemplo anterior, ao interruptor vai apenas à fase. Na tomada é ligado a fase e o neutro. FIGURA 92 FONTE: Niskier (2005). www.portaleducacao.com.br Na imagem abaixo temos uma arandela e um ponto de luz no teto, ligados a interruptor de duas seções: FIGURA 93 FONTE: Niskier (2005). Um interruptor simples comandando dois pontos de luz: FIGURA 94 FONTE: Niskier (2005). www.portaleducacao.com.br Um interruptor de duas seções comandando dois pontos de luz: FIGURA 95 FONTE: Niskier (2005). Duas lâmpadas acionadas com um interruptor de duas seções e uma tomada. Ou seja, mesma situação da imagem anterior, porém acrescentamos uma tomada no circuito: FIGURA 96 FONTE: Niskier (2005). www.portaleducacao.com.br Uma lâmpada ligada a um interruptor de duas seções (alimentação pelo interruptor): FIGURA 97 FONTE: Niskier (2005). Duas lâmpadas comandadas e alimentadas por um interruptor de duas seções: FIGURA 98 FONTE: Niskier (2005). www.portaleducacao.com.br Dois interruptores independentes comandam duas lâmpadas também independentes: FIGURA 99 FONTE: Niskier (2005). Ligação Three-Way, lâmpadas ligadas com interruptores paralelos. Esse tipo de ligação possibilita ligar e desligar uma ou mais lâmpadas a partir de pontos diferentes. Perceba que a lâmpada está apagada, pois o circuito está aberto. Veja: FIGURA 100 FONTE: Niskier (2005). www.portaleducacao.com.br Ligação Three-Way, com lâmpada ligada: FIGURA 101 FONTE: Niskier (2005). Interruptores paralelos alimentando uma lâmpada: FIGURA 102 FONTE: Niskier (2005). Você poderá ainda fazer a ligação Three-Way (dois interruptores paralelos) com um interruptor intermediário (Four-Way). Veja como na figura abaixo: www.portaleducacao.com.br FIGURA 103 FONTE: Niskier (2005). Na figura acima o interruptor (Four-Way) tem dois terminais de entrada e dois de saída. Ao acioná-lo podemos ligar (posição A) ou desligar (posição B) a lâmpada pouco importando qual a posição dos outros interruptores. Dessa forma, ele possibilita ligar ou desligar a lâmpada, estando os demais interruptores ligados ou desligados. www.portaleducacao.com.br TABELA 12 - CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA. www.portaleducacao.com.br Os esquemas de ligação dos DR da Siemens são mostrados abaixo: FIGURA 155 Abaixo os esquemas de ligação dos DR no padrão ABNT. FIGURA 156 1 www.portaleducacao.com.br Dutos e distribuição. Fonte: NBR 5444: 1989. 2 www.portaleducacao.com.br Tabela de Tomadas. NBR 5444: 1989. 3 www.portaleducacao.com.br Tabela de Luminárias, refletores e lâmpadas. NBR 5444: 1989. 4 www.portaleducacao.com.br Quadros de distribuição. Fonte: NBR 5444: 1989. Dutos de distribuição. Fonte: NBR 5444:1989. 5 www.portaleducacao.com.br Interruptores. Fonte: NBR 5444: 1989. 6 www.portaleducacao.com.br Motores e transformadores. Fonte: NBR 5444: 1989. 1 www.portaleducacao.com.br http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/seguranca-de- maquinas/interfaces-de- seguranca/3rk3/Documents/Cat%C3%A1logo%20Safety%20Integrated.pdf http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/dispositivos-baixa- tensao/Pages/dispositivos-baixa-tensao.aspx http://www.automation.siemens.com/mcms/programmable-logic- controller/en/Pages/Default.aspx http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/Pages/automacao.aspx http://www.industry.siemens.com.br/automation/br/pt/automacao-e- controle/softwares/sw-control/Pages/Default.aspx http://www.scantech.ind.br/ http://www.impac.com.br/controlador-logico-programavel.htm http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Drives/CLPs-e-Controle-de-Processos http://www.eaton.com.br/EatonBR/ProdutosampServiccedilos/ProdutosporCategoria/ ElectricalPDO/Automa%C3%A7%C3%A3oeControle/index.htmSaiba mais sobre os assuntos tratados nesse módulo: 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O Princípio da Atração e Repulsão diz que cargas de mesmo sinal se repelem, e as de sinais contrários se atraem. FIGURA 14 FONTE: (Saber Elétrico, 2012). O Princípio da Conservação da Carga Elétrica diz que um sistema eletricamente isolado é constante a soma das cargas positivas e negativas. FIGURA 15 FONTE: (Brasil Escola, 2010). No exemplo acima, a soma das cargas da direita é igual a soma das cargas da esquerda. www.portaleducacao.com.br 1 PROF: RAQUEL TINOCO Treinamento Funcional | Portal Educação ElEtrotécnica www.portaleducacao.com.br www.portaleducacao.com.br 2 Treinamento Funcional | Portal Educação Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. ElEtrotécnica www.portaleducacao.com.br SUMÁRIO MÓDULO I 1 INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE 1.1 O QUE É ELETROTÉCNICA 1.2 MATÉRIA E ELETRIZAÇÃO 1.3 TIPOS DE ENERGIA 1.4 CONDUTORES, ISOLANTES E SEMICONDUTORES 1.5 ELETROSTÁTICA 1.6 ELETRIZAÇÃO 1.6.1 Entendendo a Eletrização 1.7 CARGA ELÉTRICA 1.8 ELETRIZAÇÃO DE UM CORPO NEUTRO 2 LEI DE COULOMB 2.1 CAMPO ELÉTRICO 2.2 LINHAS DE FORÇA 3 PODER DAS PONTAS 4 ELETRODINÂMICA 4.1 CÉLULA VOLTAICA 5 CÉLULA TÉRMICA OU TERMO ELEMENTO 5.1 CÉLULA FOTOELÉTRICA 5.2 ELETRICIDADE PIEZOELÉCTRICA 5.3 ELETRICIDADE DE ORIGEM MECÂNICA 6 CIRCUITOS ELÉTRICOS 6.1 TIPOS DE CIRCUITOS 7 CONDUTORES ELÉTRICOS 8 GRANDEZAS ELÉTRICAS 9 CARGA ELÉTRICA 10 CORRENTE ELÉTRICA 11 TENSÃO ELÉTRICA OU FORÇA ELETROMOTRIZ (F.E.M.) 12 RESISTÊNCIA ELÉTRICA 13 LEI DE OHM 14 CIRCUITOS COM MÚLTIPLAS RESISTÊNCIAS 15 MAGNETISMO 16 ELETROMAGNETISMO 17 SOLENOIDE 18 GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 18.1 ALTERNADORES MONOFASICOS 18.2 ALTERNADORES TRIFÁSICOS 19 TRANSFORMADORES MÓDULO II 20 ANEEL E PRIVATIZAÇÕES 20.1 PRINCIPAIS DEFINIÇÕES DA RN 414 DE 2010 20.2 ABNT NBR 5410 DE 2004 21 LIGAÇÕES ELÉTRICAS 22 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO 23 CÁLCULO DE CARGA 23.1 TOMADAS 23.1.1 Tomadas de uso geral em residências 23.1.2 Tomadas de uso específico (TUEs) 23.2 POTÊNCIA INSTALADA X POTÊNCIA DEMANDADA 23.2.1 Fator de potência 23.3 CÁLCULO DA CORRENTE MÓDULO III 24 CONDUTORES ELÉTRICOS: FIOS E CABOS 24.1 SEÇÃO DOS CONDUTORES 24.1.1 Seção do condutor neutro 25 TIPOS DE CONDUTORES 25.1 CONDUTORES E SUAS CORES 25.5.1 Dimensionamento 25.5.2 Condutores e queda de tensão. 25.2 ATERRAMENTO 25.2.1 Esquemas de aterramento 26 CHOQUE ELÉTRICO 26.1 SPDA:SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGA ATMOSFÉRICA 26.1.2 Classificação dos para-raios 26.1.2.1 Componentes dos SPDA 27 DISPOSITIVOS DE CONTROLE E PROTEÇÃO 27.1 DISPOSITIVOS DE COMANDO 27.1.1 Contatores 27.1.2 Pressostato 27.1.3 Termostato 27.1.4 Relé térmico 27.1.5 Dispositivos de proteção 27.1.6 Fusíveis 27.1.7 Fusíveis Cilíndricos 27.1.8 Fusíveis Diazed 27.1.9 Fusíveis Neozed 27.1.10 Fusíveis NH 27.1.11 Fusível SITOR 27.1.12 Fusível SILIZED 27.1.13 Disjuntores 27.1.14 Relé de subtensão e sobrecorrente 27.2 RELÉ DE TEMPO 27.3 RELÉS DE PARTIDA 27.4 CÉLULAS FOTOELÉTRICAS 27.4.1 Chave-mestra (Master switch) 27.4.2 Atenuadores ou Dimmers 27.4.3 Variador de Potência 27.4.4 Dispositivo Diferencial-Residual (DR) 28 ECONOMIZE ENERGIA 28.1 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA 28.2 CAPACIDADE DE CARGA E FATOR DE POTÊNCIA MÓDULO IV 29 AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL E PREDIAL 29.1 ALARMES ANTIFURTO 29.2 DETECTORES DE FOGO, FUMAÇA E GASES 29.3 SENSORES AUTOMÁTICOS 29.4 CENTRAL DE INCÊNDIO 29.5 SUPERVISÃO E CONTROLE 30 EXECUÇÃO DOS PROJETOS 30.1 ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO 30.2 CANALETA 30.3 BANDEJAS 30.4 PERFILADO 30.5 LEITO 30.6 CONDUTOS 30.7 ELETRODUTOS 30.8 CONEXÕES E ACESSÓRIOS 30.9 DUTOS 30.10 INSTALAÇÕES DE CALHAS E CANALETAS 31 LINHAS AÉREAS 31.1 CAIXAS, TIPOS E USOS 31.2 CONDULETES 33 PROJETO RESIDENCIAL E PREDIAL 33.1 MEMORIAL DESCRITIVO 31.2 ORÇAMENTO MÓDULO V 32 FUNDAMENTOS DE ELETRÔNICA 32.1 DIODOS 32.2 TIPOS DE DIODO 32.2.1 Capacitores 32.2.2 Transistores 32.2.2.1 Transistor como Amplificador (Neves, 2009) 32.2.2.2 Transistor como chave 33 GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 33.1 ENERGIA HIDRELÉTRICA 33.2 ENERGIA TERMELÉTRICA 33.3 ENERGIA NUCLEAR 33.4 TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 34 SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) 35 INTRODUÇÃO À AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 35.1 VARIÁVEIS ANALÓGICAS E DIGITAIS 35.2 TIPOS DE ENTRADAS E SAÍDAS 35.3 ENTRADAS DIGITAIS 35.3.1 Entradas multi-bits 35.3.2 Entradas analógicas 35.3.3 Saídas discretas 35.3.4 Saídas multi-bits 35.3.5 Saída analógica 36 DISPOSITIVOS DE MANOBRA E COMANDOS ELÉTRICOS 37 INTRODUÇÃO AOS CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS (CLP) 38 O QUE É UM CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL? 38.1 PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DO CLP 38.1.1 Estrutura básica de um CLP REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MÓDULO I 1 INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE A ciência, ao longo dos anos, vem demonstrando que a eletricidade aparenta se comportar de maneira constante e previsível em muitas situações, ou quando submetidas a certas condições. Cientistas como Faraday, Ohm, Lenz e Kirchhof observaram e descreveram as características previsíveis da eletricidade e da corrente elétrica e estabeleceram regras, também conhecidas como “Leis”. Ao conhecer as regras ou leis fundamentais você terá aprendido muito sobre a eletricidade. O propósito deste primeiro módulo é apresentar algumas das principais leis da eletricidade. 1.1 O QUE É ELETROTÉCNICA A eletrotécnica é uma ciência que estuda os fenômenos elétricos e magnéticos com um caráter prático. Preocupa-se, portanto, com as aplicações da eletricidade desde a produção, distribuição, transmissão até o consumo final. 1.2 MATÉRIA E ELETRIZAÇÃO Matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Massa nada mais é que a quantidade de matéria que existe em um corpo. Como sabemos, a matéria é composta de pequenas partículas chamadas átomos. Um conjunto de átomos com as mesmas massas e tamanhos constitui um elemento químico. Por outro lado, elementos químicos diferentes apresentam átomos com massas, tamanhos e propriedades diferentes. Um átomo é tão pequeno que ao colocarmos 100 milhões deles alinhados, formam uma reta de 1 cm de extensão. O átomo está presente em toda a matéria que existe no Universo. Até o início do século passado pensava- se que os átomos eram as menores partículas indivisíveis do Universo. Depois, constatou-se que ele é constituído por partículas ainda menores, as partículas subatômicas: prótons, nêutrons e elétrons. Todo átomo é constituído por prótons, nêutrons e elétrons. Os elétrons são partículas de carga elétrica negativa; os prótons possuem carga elétrica positiva; e os nêutrons não possuem cargas elétricas. Os prótons e nêutrons estão localizados no núcleo, ou seja, no centro do átomo, já os elétrons localizam-se na eletrosfera. A eletrosfera é formada por camadas ou órbitas de elétrons que se movimentam em trajetórias circulares ao redor do núcleo. Figura 1 FONTE: (Algo Sobre, 2011) A eletrosfera, por sua vez, é composta por camadas identificadas pelas letras maiúsculas K, L, M, N, O, P e Q. A figura abaixo mostra a disposição das camadas, bem como a quantidade máxima de elétrons por camada. Figura 2 FONTE: (Til, 2010) O número de camadas que um átomo pode ter é dependente do número de elétrons desse átomo. O que diferencia um material do outro é exatamente a distribuição de prótons, nêutrons e elétrons. Pode-se dizer que quanto mais elétrons: Maior é o número de camadas um átomo possui; Menor é a força de atração exercida pelo núcleo; Mais livre ficam os elétrons da cama de valência (última camada); Menor a estabilidade elétrica; Maior o grau de condutibilidade é o material. Contrariamente, quanto menos elétrons: Menor o número de camadas; Maior a força de atração exercida pelo núcleo sobre os elétrons; Menos elétrons livres; Maior estabilidade elétrica; Mais isolante o material. As informações acima explicam por que alguns materiais são condutores e outros são isolantes. Os condutores possuem elétrons livres em sua última camada, sendo também conhecida como camada de valência. Figura 3 1.3 TIPOS DE ENERGIA Não há uma definição consensual de energia. Mas, podemos afirmar que este conceito está diretamente relacionado à capacidade de realização de trabalho, ao fato de provocar modificações na matéria e de ser conversível em suas várias formas. A energia elétrica é a mais utilizada e pode ser obtida de diferentes formas: Em uma hidrelétrica, quando a água contida na represa passa pelas tubulações e faz girar turbinas ligadas a um gerador que produz energia elétrica. Trata-se de uma fonte renovável, entretanto seu funcionamento depende do volume mínimo de água represada. Figura 4 FONTE: (Wikipédia, 2013). A energia eólica (ar em movimento), que antigamente era utilizada para produzir energia mecânica nos moinhos, atualmente é usada para gerar energia elétrica com auxílio de turbinas. Figura 5 FONTE: (Netto, 2010). Diversos processos químicos (reações químicas), que são estudados em eletroquímica, geram e armazenam energia elétrica. Figura 6 FONTE: (Motitsuki, 2010). FIGURA 7 FONTE: (Motitsuki, 2010). Figura 7 FONTE: (Galileu, 2011). As células fotoelétricas, muito utilizadas em painéis solares, transformam energia luminosa em energia elétrica, sendo uma fonte de energia praticamente inesgotável e não gera impactos no meio ambiente. As células fotoelétricas, muito utilizadas em painéis solares, transformam energia luminosa em energia elétrica, sendo uma fonte de energia praticamente inesgotável e não gera impactos no meio ambiente. Figura 8 Fonte: (Rodolfo Typepad, 2010). Figura 9 FONTE: (Borges B. A., 2009). Em usinas nucleares, de forma semelhante nas termoelétricas, produz-se por meio de processos físico-químicos, energia térmica, que é transformada emenergia elétrica. Figura 10 Fonte:. (comissão nacional de energia nuclear, 2011) Ao chegar ao seu destino, ou seja, nas casas e nas empresas a energia elétrica é convertida em energia mecânica, térmica, química, etc. 1.4 CONDUTORES, ISOLANTES E SEMICONDUTORES Alguns átomos possuem elétrons livres em suas últimas camadas, o que permite a movimentação de cargas elétricas pelo material. São exemplos disso os metais. Outros materiais como a cerâmica e o grafite também possuem elétrons com a capacidade de se libertar e se movimentar pelo material. Chamamos esses materiais de condutores elétricos, pois, são capazes de conduzir eletricidade. Outros materiais, contrariamente, possuem elétrons fortemente ligados ao núcleo, o que impede a condução de eletricidade. Chamamos esses materiais de isolantes ou dielétricos, pois não permitem o deslocamento de eletricidade. São exemplos de dielétricos o vidro, a borracha, a seda, a porcelana, etc. Os semicondutores não são bons isolantes e também não são bons condutores. O silício e o germânio são exemplos de substâncias semicondutoras. Os semicondutores possuem estrutura cristalina e, sob certas condições, podem se comportar como condutores ou isolantes. 1.5 ELETROSTÁTICA Eletrostática estuda os campos elétricos e cargas elétricas em repouso. Trata ainda as interações entre as cargas elétricas, bem como as ações exercidas por elas (campos elétricos). 1.6 ELETRIZAÇÃO Em nosso dia a dia provocamos a eletrização de diversos objetos: apagando com borracha uma palavra escrita, varrendo o chão, passando esponja no corpo durante o banho, ou mesmo penteando o cabelo. Nessas situações os objetos adquirem a propriedade de atrair ou repelir outros objetos. Dizemos que eles adquiriram cargas elétricas. O primeiro a observar esse fenômeno foi o filósofo e matemático Thales de Mileto (580-546 a.C.). Ele esfregou um pedaço de âmbar (uma pedra de coloração amarela que se origina da solidificação de resinas extraídas de árvores de madeira macia) com uma pele de animal, o âmbar adquiria a capacidade de atrair pedaços de palha e sementes de grama. Aproximadamente 2000 anos depois foram feitas as primeiras observações organizadas e criteriosas sobre os fenômenos elétricos. Willian Gilbert (1544-1603) observou que muitos corpos ao serem atritados (esfregados uns nos outros) se comportavam como o âmbar, atraindo outros objetos, ainda que esses não fossem tão pequenos e leves. Em grego, a palavra correspondente a âmbar é eléctron. Gilbert passou a chamar de “eletrizado” aqueles objetos que se comportavam como o âmbar, o que explica a origem dos termos eletrização e eletricidade. Atualmente, sabemos que todas as substâncias são eletrizadas ao serem atritadas com outra substância. Por exemplo: o pente se eletriza ao ser atritado com o cabelo; o vidro eletriza-se ao ser atritado com a seda e a caneta eletriza-se ao ser atritada com o papel, etc. Mais tarde, no início do século XVII Charles François Du Fay (1698- 1739) percebeu que a eletrização poderia ser repulsiva ou atrativa. Posteriormente, Benjamin Franklin (1706-1790) convencionou para as cargas elétricas os sinais + e -. Franklin esfregou um bastão de vidro com um pedaço de seda e o deixou suspenso em um fio de modo que pudesse oscilar. Chamou a carga do bastão de positiva (+) e a da sega de negativa (-). Figura 11 Fonte: (Jeneci, 2011). Ao atritar um segundo bastão de vidro na seda e aproximá-lo do bastão suspenso, Franklin percebe que os bastões de carga positiva repelem-se como na figura abaixo. Figura 12 FONTE: (Web, 2010). Por outro lado, ao aproximar a seda do bastão, ambos se atraem. Figura 13 FONTE: (Zanatto, 2012). Ao repetir o mesmo experimento com a seda, percebe-se que ambas se repelem. Como sabemos a seda quando atritada com o vidro se eletriza negativamente. Com base nesses experimentos, Franklin concluiu que cargas iguais (positivas ou negativas) se repelem, e cargas opostas (positivas e negativas) se atraem. Princípios da eletrostática As cargas elétricas podem ser positivas ou negativas. O Princípio da Atração e Repulsão diz que cargas de mesmo sinal se repelem, e as de sinais contrários se atraem. Figura 14 FONTE: (Saber Elétrico, 2012). O Princípio da Conservação da Carga Elétrica diz que um sistema eletricamente isolado é constante a soma das cargas positivas e negativas. Figura 15 FONTE: (Brasil Escola, 2010). No exemplo acima, a soma das cargas da direita é igual a soma das cargas da esquerda. 10 + 5 − 6 = 5 + 2 + 2 1.6.1 Entendendo a Eletrização Para entendermos o processo de eletrização, é preciso entender a constituição da matéria. Desde tempos bem remotos sabe-se que toda a matéria é constituída por átomos. Um átomo, por sua vez é composto por diversas partículas, entre as quais as principais são: prótons, nêutrons e elétrons. Neste trabalho utilizaremos o modelo proposto por Rutheford a título de simplificação. Segundo Ernest Rutheford (1871-1937), o sistema atômico se assemelha ao sistema planetário. No sistema planetário o sol está no centro e os planetas giram ao seu redor. No sistema atômico, os prótons e nêutrons estão no centro e os elétrons giram ao redor desse núcleo. Figura 16 FONTE: (Zanguitu, 2012). Nesse modelo os prótons e nêutrons compõem o núcleo do átomo e os elétrons giram ao redor do núcleo. Ficou estabelecido que: a) os prótons têm carga elétrica positiva; b) os elétrons têm carga elétrica negativa; c) e os nêutrons não possuem carga elétrica. Quando o numero de prótons é igual ao número de elétrons, em um átomo, dizemos que ele é eletricamente neutro. Neles, os elétrons não escapam a orbita atômica devido à atração exercida pelos prótons. Por outro lado, os prótons e nêutrons estão fortemente ligados ao núcleo por uma força nuclear que surge em distâncias muito pequenas (10−13cm). As forças nucleares em pequenas distâncias são muito mais intensas que a força de repulsão dos prótons presentes no núcleo do átomo. Isso explica por que o núcleo não se desintegra com tantos prótons de mesma carga elétrica. Nos metais, os elétrons das ultimas camadas do átomo podem se libertar tornando-se elétrons livres. Aqueles átomos que perdem elétrons passam a ser íons positivos, por que o numero de cargas positivas (prótons) passa a ser maior que o numero de cargas negativas (elétrons). Os átomos que recebem elétrons tornam-se íons negativos. Ao perder ou ganhar elétrons tem-se a ionização. Quando um corpo está carregado negativamente, significa que ele adquiriu elétrons, ao passo que quando um corpo está carregado positivamente, ele perdeu elétrons. Agora ficou fácil entender a eletrização por atrito. No nosso exemplo, o vidro antes de ser esfregado era eletricamente neutro (número de prótons igual ao número de elétrons). Quando o vidro é esfregado na seda, a seda ganha elétrons, assumindo carga negativa, e o vidro perde elétrons assumindo carga positiva. Mas por que o vidro atrai a seda? Para recuperar os elétrons perdidos e, assim, ser neutro novamente. Os elétrons são sempre mais fáceis de serem retirados de um corpo para serem colocados em outro corpo. Os prótons, contrariamente, são difíceis de serem retirados, pois se localizam no núcleo atômico. Qualquer substância quando atritada com outra assumirá carga elétrica, que poderá ser negativa ou positiva. 1.7 CARGA ELÉTRICA Cada próton possui uma unidade de carga positiva; cada elétron possui uma unidade de carga negativa. Ambas são iguaisem valores absolutos e são conhecidas como cargas elementares (e), sendo, até o momento, a menor carga elétrica encontrada na natureza. Sua Intensidade: 𝒆 = 𝟏, 𝟔 ∙ 𝟏𝟎−𝟏𝟗𝑪 C, no Sistema Internacional de Unidades representa a unidade de carga elétrica, recebendo essa denominação em homenagem a Charles Coulomb, primeiro cientista a mensurar com precisão a intensidade da força elétrica entre corpos eletrizados. O valor de (e) foi obtido por Robert Millikan, em 1909, de forma experimental. Como a menor carga possível é a do elétron, a carga (q) é um múltiplo inteiro da carga elementar (e): 𝒒 = 𝒏 ∙ 𝒆 n = 1, 2, 3, 4, etc. A carga elementar nada mais é que a quantidade mínima (quantum) de carga. Esse quantum é indivisível. O Coulomb, por ser uma unidade muito grande, é usado em seus submúltiplos: microcoulomb (𝟏𝛍𝐂 = 𝟏𝟎−𝟔𝐂) e nanocoulomb (𝟏𝐧𝐂 = 𝟏𝟎−𝟗𝐂 ). 1.8 ELETRIZAÇÃO DE UM CORPO NEUTRO A eletrização de um corpo neutro pode ocorrer por atrito, por contato ou por indução. Na eletrização por atrito dois corpos são atritados e ambos ficam carregados eletricamente. Os corpos adquirem cargas elétricas opostas e equivalentes. Figura 17 Fonte: (Pereira, 1999). Na eletrização por contato um corpo eletrizado entra em contato com um corpo neutro e ocorre a eletrização por contato. Figura 18 Fonte: (Pereira, 1999). Já na eletrização por indução ocorre quando aproximamos um corpo carregado eletricamente a um corpo neutro. Ao aproximá-los, o corpo eletrizado produz uma separação de cargas no corpo neutro. Nesse caso, o corpo induzido (corpo neutro) eletriza-se com carga de sinal contrário ao corpo indutor. Figura 19 Fonte: (Pereira, 1999) 2 LEI DE COULOMB Por que uma caneta eletrizada atrai pequenos pedaços de papel? Porque a caneta aplica uma força sobre os pedaços de papel. Essa força, que atrai o papel e age a distância é denominada força elétrica. A força elétrica é muito semelhante à força gravitacional. A força gravitacional depende da intensidade da gravidade e da distância entre os corpos. A força elétrica, de maneira similar, depende da intensidade da carga elétrica, bem como de suas distâncias. A atração que um corpo exerce sobre outro é como a atração que um imã exerce sobre uma barra de ferro. Quanto menor a distância entre o imã e a barra de ferro, maior será à força de atração, à medida que se distancia o imã da barra de ferro a força que os une fica cada vez menor. Por outro lado, quanto mais potente o imã, maior será a tração exercida sobre o ferro. A força gravitacional é proporcional ao produto das massas e inversamente proporcional ao quadrado das distâncias. Figura 20 FONTE: (Frasson, 2012). Fg = G ∙ M ∙ m d2 Onde: Fg: intensidade da força gravitacional G: constante de gravitação universal M e m: massas dos corpos que se atraem D: distância entre os centros dos corpos A comparação foi feita por que: a interação elétrica também ocorre à distância; a intensidade da interação diminui à medida que as cargas são afastadas umas das outras; a intensidade da interação elétrica aumenta a medida que as cargas são aproximadas umas das outras. A força gravitacional depende das massas envolvidas, a força elétrica depende do valor das cargas de que atraem ou se repelem. Coulomb, sabendo dessas semelhanças, em 1785 formula sua famosa lei, a Lei de Coulomb: “desprezando-se o volume dos corpos que contêm as cargas, a intensidade da força entre duas cargas puntiformes ou pontuais varia com o inverso do quadrado da distância entre elas e é diretamente proporcional ao produto dos valores das cargas”. Figura 21 Fonte: (Ralile, 2009). Lembrando que as forças elétricas podem ser tanto de atração (cargas opostas), como de repulsão (cargas iguais). Desta forma: 𝐅 = 𝐤 ∙ |𝐪𝟏| ∙ |𝐪𝟐| 𝐝𝟐 Em que |q1| e |q2| são valores absolutos das cargas q1 e q2. A constante de proporcionalidade k depende do meio que envolve as cargas e do sistema de unidades adotado. Quando o meio é vácuo, k é denominado constante eletrostática e seu valor é determinado experimentalmente, valendo: k = 9 ∙ 109unidades do SI A constante k se diferencia da constante G, pois: k depende do meio que envolve as cargas e G não depende do meio que envolve as massas; k = 9 ∙ 109N ∙ m2/C2 e G ≅ 6,7 ∙ 10−11N ∙ m2/kg2; esses valores mostram que a força elétrica é bem mais forte que a força gravitacional. 2.1 CAMPO ELÉTRICO Como sabemos, a Terra cria um campo gravitacional à sua volta e cada ponto desse campo é caracterizado por um vetor campo gravitacional 𝐠 →. Assim, um corpo colocado em um ponto qualquer desse campo fica sujeito à força de atração gravitacional. Veja a figura abaixo: Figura 22 Fonte: (fácil, 2010). Assim como a Terra tem um campo gravitacional ao seu redor, um corpo eletrizado cria um campo elétrico no espaço que o circunda, como uma aura envolvendo a carga elétrica. Cada ponto desse campo caracteriza-se por um vetor campo elétrico �⃗� , semelhante ao vetor 𝑔 da gravitação. Qualquer carga colocada num desses pontos ficará submetida a uma força elétrica. Os pontos A e B pertencem ao campo elétrico criado pelo corpo que possui carga Q. Cada ponto possui um vetor campo elétrico �⃗� , cujo sentido depende do sinal da carga Q. No caso da Figura, Como Q>0, o campo elétrico em cada ponto é de afastamento. A existência do vetor campo elétrico em cada ponto faz com que apareça uma força em uma carga de prova q, colocada nesse ponto, como mostra a figura por meio da carga de prova q>0 colocada no ponto A. Figura 23 Fonte: Arquivo Pessoal do Autor. A ideia de trabalhar com os problemas de Eletrostática introduzindo o conceito de campo elétrico mostrou-se de grande utilidade prática, simplificando o raciocínio que muitas vezes era dificultado usando apenas a Lei de Coulomb. O campo elétrico poderá atrair ou repelir o corpo de prova, dependendo de sua carga elétrica. Nesse modelo, a carga de prova cria um campo elétrico que está sendo considerado desprezível. Não se deve esquecer de que: O vetor campo elétrico é característica de um ponto do campo elétrico, que possibilita o aparecimento, em carga de prova colocada nesse ponto, de uma força elétrica. Com a noção de campo elétrico, passamos a dizer que, quando uma força elétrica é aplicada em um corpo, isso ocorre devido à ação de um campo sobre o corpo, não ação direta de um corpo sobre o outro. Q A B 2.2 LINHAS DE FORÇA Michael Faraday começou a analisar o campo elétrico em termos de linhas de força, o que virou uma representação geométrica do campo elétrico. As linhas de força nascem em cargas positivas e morrem em cargas negativas. Pela configuração das linhas de força, podemos visualizar o campo elétrico de uma forma simplificada: onde as linhas de força estão mais próximas, sabemos que o campo elétrico é mais intenso; onde as linhas de força são mais afastadas, o campo elétrico é mais fraco. A figura abaixo ilustra esse fato: Figura 24 Fonte: (Braga, Conheça os Núcleos Magnéticos, 2012). Para traçar as linhas de força, devemos considerar que o vetor campo elétrico E⃗⃗ é sempre tangente a um determinado ponto da linha de força. Figura 25 Fonte: (Ferraro, 2012). Nas imagens abaixo podemos observar o comportamento das linhas de força e do vetor campo elétrico em dois sistemas diferentes: Figura 26 Fonte: (Ferraro, 2012). A figura abaixo mostra um sistema formado por duas esferas carregadas com cargas demesmo módulo e sinais diferentes. Figura 27 Fonte: (Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada, 2010). A figura a seguir mostra um sistema formado por duas esferas carregadas com cargas de mesmo módulo e mesmo sinal. Figura 28 Fonte: (Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada, 2010). Linhas de força em torno de esferas carregadas eletricamente: Figura 29 Fonte: (Lila, 2009). Quando um corpo, eletrizado ou não, é colocado em um campo elétrico, ele sofre uma atração ou repulsão segundo a qualidade de sua carga e da origem do campo e, consequentemente, ele se deslocará descrevendo uma determinada trajetória a qual é representada por uma linha de força. Diferença de potencial ou voltagem Veja a figura abaixo: Figura 30 Fonte: (Geocities, Trabalho e Diferença de Potencial, 2010). Colocando-se uma carga q no ponto A de um campo elétrico E⃗⃗ , temos uma energia potencial elétrica armazenada no sistema. Se ocorrer um deslocamento espontâneo dessa carga, significa que a força elétrica realizou um trabalho, isto é, entre dois pontos desse deslocamento houve uma variação de energia potencial elétrica. Esse fato leva a uma constatação: os pontos de um campo elétrico possuem uma característica escalar, denominada potencial elétrico U. Logo, se uma carga em repouso desloca-se espontaneamente em um campo elétrico, podemos dizer que entre dois pontos quaisquer desse campo existe uma diferença de potencial (ddp) ou voltagem. Podemos definir a diferença de potencial (ddp) entre dois pontos de um campo elétrico uniforme como o trabalho pela força elétrica ao deslocar a carga q entre os dois pontos de carga considerados por unidade de carga. Podemos entender a diferença de potencial como a força que movimenta os elétrons. Essa força pode ser mais bem compreendida 3 PODER DAS PONTAS De forma genérica, a eletricidade não se apresenta uniformemente distribuída sobre as superfícies dos condutores eletrizados, o que depende de presença de outros condutores, bem como de seu formato. Em outras palavras, a distribuição da eletricidade sobre a superfície de cada condutor depende da forma e posição de todos os condutores, isto é, da configuração geométrica do sistema como um todo. Em outras palavras, nos condutores eletrizados, separados no espaço e longe uns dos outros, a eletricidade se torna mais densa (concentrada) nos locais (pontos) de maior curvatura. Nesses pontos, o campo elétrico e a pressão eletrostática assumem os máximos valores. Figura 31 Fonte: (Furukawa, 2010). A figura acima mostra que a pressão eletrostática sobre a superfície dos condutores é maior nos pontos de maior curvatura, neles o campo elétrico e a pressão eletrostática podem assumir valores elevadíssimos. 4 ELETRODINÂMICA 4.1 CÉLULA VOLTAICA Em 1790, Luigi Galvani havia descoberto a eletricidade produzida pelo contato de materiais distintos, como por exemplo: o ferro e o latão ao entrarem em contato com os músculos de uma rã. Alessandro Volta, em 1799, conseguiu enunciar o princípio da teoria dos contatos: “Entre dois corpos heterogêneos, sejam eles condutores ou isolantes, colocados em contato, estabelece-se uma diferença de potencial”. Depois de sucessivas experiências, Volta estabeleceu para os metais mais comuns, a seguinte ordem de sucessão: zinco – chumbo- estanho – ferro – cobre – platina, segundo a qual cada um desses metais fica positivo quando em contato com qualquer um dos que o seguem, e negativo quando em contato com qualquer um dos que o antecedem. Posteriormente, Volta descobriu que ao mergulhar uma placa de zinco e uma de cobre em água acidulada, obtém-se uma diferença de potencial diferente da que se obtém pelo contato direto do cobre com o zinco. A diferença de potencial é invertida. Figura 32 Imagem adaptada. Fonte: (Paraná, 2010). Ao descobrir a célula voltaica (voltaica em homenagem a Alessandro Volta), percebeu-se que por meio da ligação em série com outras células voltaicas, poderia chegar-se a grandes diferenças de potencial. Dessa forma, a célula voltaica foi à precursora de todos os tipos de células elétricas, inclusive pilhas e baterias. 5 CÉLULA TÉRMICA OU TERMO ELEMENTO Ao unir dois metais diferentes a aplicar calor no ponto de contato entre eles, em função de uma agitação térmica, surge uma diferença de potencial nas extremidades dos metais. Figura 33 Fonte: (Daily, 2011). Em uma célula térmica obtém-se energia elétrica à custa de calor. Essa célula é também conhecida como Termocouple, termo elemento ou Bimetal. Possui amplas aplicações na indústria, principalmente no pirômetro, no qual se podem medir variações na temperatura de fornos. 5.1 CÉLULA FOTOELÉTRICA Algumas substâncias emitem elétrons quando submetidas a raios de luz, sendo utilizadas nas células fotoelétricas. Figura 34 Fonte: (Russo, 2010). 5.2 ELETRICIDADE PIEZOELÉCTRICA Alguns cristais quando comprimidos apresentam em sua estrutura atômica uma movimentação unidirecional de elétrons, tal movimentação faz com que uma das faces do cristal fique eletrizada negativamente e a outra positivamente, o que gera uma diferença de potencial. Figura 35 Fonte: (Gerais, 2011). A corrente elétrica produzida pelo efeito piezoelétrico pode ser utilizada em circuitos especiais, como nos microfones, que necessitam de amplificadores. Recentemente, há o surgimento de projetos para o aproveitamento da energia cinética de automóveis nas grandes cidades por meio do efeito piezoelétrico. Pesquisas indicam que se fossem instaladas células piezoelétricas sob o asfalto de uma cidade como São Paulo, seria suficiente para manter 16 trens funcionando 24 horas por dia. 5.3 ELETRICIDADE DE ORIGEM MECÂNICA Quando se deseja produzir uma grande quantidade de eletricidade, o meio mais utilizado é obtê-la pela transformação da energia mecânica. Os geradores elétricos são acoplados a motores de explosão, motores diesel, turbinas hidráulicas, turbinam a vapor, etc. Nas hidrelétricas, explora-se a energia mecânica em estado potencial, nas águas represadas nos reservatórios nas regiões montanhosas. Utiliza-se também a energia dos ventos para movimentar os geradores em parques eólicos. A energia nuclear pode ser usada para aquecer turbinas de vapor que movimentem os geradores. A produção da energia por meio da energia mecânica baseia-se no fato de se produzir corrente elétrica todas as vezes que um circuito fechado for deslocado num campo magnético. O deslocamento desses circuitos depende da energia mecânica para movimentá-los. Em outro módulo veremos detalhadamente o funcionamento dos geradores. 6 CIRCUITOS ELÉTRICOS Circuito representa o percurso (caminho) fechado que a corrente elétrica segue para ligar um aparelho. Observe a imagem abaixo: Figura 36 Fonte: Adaptado de: (Albuquerque, 2001). Nesse circuito a corrente elétrica sai da bateria, passa pelo condutor (fio) de saída, passa pelo interruptor, passa pelo condutor, ascende à lâmpada, retorna a bateria e o processo continua. Notem que a corrente percorre o mesmo caminho, continuamente. É um caminho fechado, um circuito elétrico. Circuito elétrico Todo circuito elétrico é composto por três elementos: 1. Fonte (gerador) de eletricidade: podem ser pilhas, baterias, geradores, um termoelemento, uma célula fotoelétrica, etc. 2. Receptor (consumidor) de eletricidade: pode ser uma lâmpada, um ferro de passar roupas, um chuveiro, motor, etc. 3. Condutores de eletricidade (ligam a fonte com o receptor de eletricidade):
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