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Instrumentador Cirúrgico

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do 
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são 
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
 
1 NOÇÕES DE ANATOMIA HUMANA 
1.1 DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
1.2 CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO 
1.3 SISTEMAS DO CORPO HUMANO 
1.3.1 Sistema tegumentar 
1.4 SISTEMA ESQUELÉTICO 
1.5 SISTEMA MUSCULAR 
1.6 SISTEMA NERVOSO 
1.7 SISTEMA ENDÓCRINO 
1.8 SISTEMA CIRCULATÓRIO 
1.9 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
1.10 SISTEMA DIGESTIVO 
1.11 SISTEMA URINÁRIO 
1.12 SISTEMA GENITAL FEMININO 
1.13 SISTEMA GENITAL MASCULINO 
1.14 PLANOS DE INSCRIÇÃO 
1.15 EIXOS ORTOGONAIS E PLANOS DE SECÇÃO 
1.16 PLANOS DE SECÇÃO DO CORPO 
1.17 TERMOS DE POSIÇÃO 
1.18 TERMOS DE DIREÇÃO 
1.19 TERMOS DE SITUAÇÃO 
1.20 OUTROS TERMOS DA DESCRIÇÃO ANATÔMICA 
2 NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA 
2.1.1 Digestão 
2.1.2 Excreção 
2.1.3 Respiração 
2.1 FUNÇÕES FISIOLÓGICAS 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
2.1.4 Circulação 
3 NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA HUMANA 
3.1 DEFINIÇÃO 
3.2 IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA 
3.3 HISTÓRICO DA IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA 
3.4 CADEIA DE TRANSMISSÃO DOS AGENTES INFECCIOSOS 
3.5 CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS 
3.6 A MICROBIOLOGIA ATUALMENTE 
3.7 PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS MICRO-ORGANISMOS NA NATUREZA 
3.8 MICRORGANISMOS COMO AGENTES DE DOENÇAS 
4 NOÇÕES DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS 
5 NOÇÕES DE ANESTESIOLOGIA 
5.1.1 
5.1 TIPOS DE ANESTESIA 
Anestesia local 
5.1.2 Bloqueios regionais 
5.1.3 Anestesia raquidiana 
5.1.4 Anestesia Epidural 
5.1.5 Anestesia caudal 
5.1.6 Anestesia Geral 
5.1.7 
5.2 COMPLICAÇÕES 
6 NOÇÕES DE HEMATOLOGIA 
6.1 SANGUE 
6.1.1 Funções do sangue 
6.1.2 Composição 
6.1.3 Doenças do sangue 
6.2 HEMOSTASIA E COAGULAÇÃO 
6.2.1 Grupos sanguíneos 
6.2.2 Sistema Rh 
6.2.3 Transfusão de sangue 
6.2.4 Transplante de medula óssea 
7 NOÇÕES DE INFECÇÃO HOSPITALAR 
7.1 DEFINIÇÃO 
Anestésico ideal 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
7.2 PRINCIPAIS SINTOMAS 
7.3 TRATAMENTO 
7.4 PREVENÇÃO 
7.5 CONTROLE 
7.6 POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DA INCISÃO CIRÚRGICA 
7.8 RISCO DE UM INDIVÍDUO ADQUIRIR INFECÇÃO HOSPITALAR 
7.9 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR 
8 ÉTICA PROFISSIONAL 
7.7 NOSSAS DEFESAS CONTRA AS INFECÇÕES 
8.1 FUNDAMENTOS DA ÉTICA E DA MORAL 
8.2 FUNDAMENTOS DA ÉTICA 
8.3 FUNDAMENTOS DA MORAL 
8.4 ÉTICA PROFISSIONAL 
8.5 CÓDIGO DE ÉTICA DO INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO 
8.6 JURAMENTO DO INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO 
 
MÓDULO II 
9 ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR 
10 O CENTRO CIRÚRGICO 
10.1 MONTAGEM DA SALA CIRÚRGICA 
10.2 CIRCULAÇÃO NA SALA CIRÚRGICA 
10.3 DESMONTAGEM DA SALA CIRÚRGICA 
11 EQUIPAMENTOS DA SALA CIRÚRGICA 
11.1 BISTURI ELÉTRICO 
11.2 BISTURI BIPOLAR 
11.3 BISTURI HARMÔNICO 
11.4 BISTURI DE ARGÔNIO 
11.5 ASPIRADOR CIRÚRGICO 
11.6 FOCO CIRÚRGICO DE TETO 
11.7 FOCO CIRÚRGICO PORTÁTIL 
11.8 APARELHO DE ANESTESIA 
11.9 MESA CIRÚRGICA 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
11.10 BOMBA DE INFUSÃO 
11.11 DESFIBRILADOR CARDÍACO 
11.12 MONITOR MULTIPARAMÉTRICO 
11.13 EQUIPAMENTOS DE VIDEOCIRURGIA 
11.13.1 Fonte de Luz 
11.13.2 Câmeras de vídeo 
11.13.3 Insufladores 
11.13.4 Pneumoperitônio 
11.13.5 Morcelador 
11.13.6 Shaver 
 
12 CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO 
12.1 ASPECTOS HISTÓRICOS 
12.2 DEFINIÇÃO 
12.3 VANTAGENS E ATIVIDADES 
12.4 LOCALIZAÇÃO 
12.5 FLUXO DE MATERIAIS 
12.6 RECURSOS HUMANOS 
12.7 CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS 
12.8 REPROCESSAMENTO E REESTERILIZAÇÃO 
12.9 LIMPEZA DOS ARTIGOS 
12.10 OBJETIVOS DA LIMPEZA DOS MATERIAIS 
12.11 PRODUTOS DE LIMPEZA 
12.11.1 Limpadores enzimáticos 
12.11.2 Detergentes e desincrustantes 
12.11.3. Lubrificante 
12.12 MÉTODOS EMPREGADOS NA LIMPEZA DE ARTIGOS 
12.12.1 Limpeza manual dos artigos 
12.12.2 Limpeza mecânica dos artigos 
12.12.3 Lavadora ultrassônica 
12.12.4 Lavadora desinfetadora e esterilizadora 
12.12.5 Lavadora de descarga 
12.12.6 Lavadora pasteurizadora 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
12.13 INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 
12.14 ARTIGOS ENDOSCÓPICOS 
12.15 DESINFECÇÃO 
12.16 PASTEURIZAÇÃO 
12.17 EMPACOTAMENTO DOS ARTIGOS E INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 
12.17.1 Tecido de algodão 
12.17.2 Papel grau cirúrgico 
12.17.3 Papel Crepado 
12.17.4 Papel Kraft 
12.17.5 Filmes Transparentes 
12.17.6 Tyvek 
12.17.7 Lâminas de Alumínio e Caixas Metálicas 
12.17.8 Contêineres Rígidos 
12.17.9 Vidros refratários 
12.18 PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS 
12.18.1 Esterilização por vapor saturado sob pressão 
12.18.2 Esterilização rápida (flash sterilation) 
12.18.3 Esterilização por óxido de etileno (ETO) 
12.18.4 Esterilização por ácido peracético 
12.19 CONTROLE DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO 
12.19.1 Controles químicos 
12.19.2 Controles microbiológicos 
13 ASSEPSIA E ANTISSEPSIA 
 
 
MÓDULO III 
 
14 PREPARO E FUNÇÃO DO INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO 
15 TEMPO CIRÚRGICO 
15.1 DIÉRESE 
15.2 HEMOSTASIA 
15.3 SÍNTESE 
15.4 EXÉRESE 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
16 TERMINOLOGIA CIRÚRGICA 
16.1 PREFIXOS E SUFIXOS 
17 PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
18 ESCOVAÇÃO 
18.1 CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS ANTISSÉPTICOS 
18.1.1 Alcoóis 
18.1.2 Gluconato de Clorohexidina (GCH) 
18.1.3 Polivinilperrolidona 10% iodo 1% 
19 ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA PROPRIAMENTE DITA 
20 DEGERMAÇÃO 
21 INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 
21.1 DIÉRESE CIRÚRGICA 
21.2 PINÇAS HEMOSTÁTICAS 
21.3 EXÉRESE CIRÚRGICA 
21.4 EXAURIMENTO CIRÚRGICO 
21.5 INSTRUMENTAIS PARA PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
21.6 INSTRUMENTAIS PARA DIVERSOS FINS 
21.7 CUIDADOS NO MANUSEIO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO 
21.8 CONTAGEM DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 
22 AGULHAS E FIOS CIRÚRGICOS 
22.1 PARTES DAS AGULHAS 
23 TÉCNICA DE MONTAGEM DE CAIXAS CIRÚRGICAS 
24 APRESENTAÇÃO DO MATERIAL QUE COMPÕE A MESA DO 
INSTRUMENTADOR 
24.1 BISTURI 
24.2 PINÇAS DE DISSECAÇÃO 
24.3 PINÇAS HEMOSTÁTICAS 
24.3.1 Pinças hemostáticas traumáticas 
24.3.2 Pinças hemostáticas não traumáticas 
24.3.3 Pinças de tecidos 
24.4 TESOURAS 
24.5 AFASTADORES 
24.6 PORTA-AGULHAS 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
25 MONTAGEM DA MESA BÁSICA 
26 MONTAGEM DA MESA AUXILIAR 
 
MÓDULO IV 
 
 
27 TÉCNICAS DE INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA EM DIVERSOS 
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 
28 ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO 
28.1 CONCEITOS BÁSICOS 
29 DRENOS 
29.1 DRENO DE PENROSE 
29.2 DRENO DE SUCÇÃO (PORTOVAC) 
29.3 DRENO DE ABRAMSOM 
29.4 DRENO DE KERR 
30 CURATIVOS 
30.1 DEFINIÇÃO 
30.2 A ESCOLHA DOS CURATIVOS 
30.3 TIPOS DE CURATIVOS 
30.4 VANTAGENS DO MEIO ÚMIDO 
30.5 NORMAS DE ASSEPSIA 
30.6 NORMAS TÉCNICAS PARA REALIZAÇÃO DOS CURATIVOS 
30.7 LAVAGEM DAS MÃOS 
30.8 MATERIAL PARA CURATIVOS 
30.8.1 Pacote de curativo 
30.8.2 Soro fisiológico 0,9% ou água destilada 
30.8.3 Técnica do jato de soro 
30.8.4 Fita adesiva 
30.9 TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS 
30.9.1 Princípios básicos para a realização dos curativos 
30.9.2 Curativos das feridas limpas 
30.9.3 Feridas cirúrgicas e traumáticas 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
30.9.4 Curativos das feridas contaminadas ou infectadas 
30.9.5 Úlceras de estase venosa 
30.9.6 Curativo de úlcera plantar 
31 NOÇÕES DE PRIMEIROS-SOCORROS 
31.1 SINAIS VITAIS 
31.1.1 Pulso 
31.1.2 Respiração 
31.1.3 Pressão arterial 
31.1.4 Temperatura 
31.2 ABORDAGEM INICIAL A VÍTIMA 
31.3 AVALIAÇÃO DA CENA 
31.4 CABD PRIMÁRIO 
31.4.1. Circulation (pulso e compressões torácicas) 
31.4.2 Liberação de vias aéreas31.4.3 Ventilação boca a máscara 
31.4.4 Ventilação Boca a Nariz 
31.4.5 Ventilação Boca a Estoma 
31.4.6 Ventilação bolsa-valva-máscara 
31.4.7 Defibrillation (desfibrilação FV/TV sem pulso) 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 NOÇÕES DE ANATOMIA HUMANA 
 
 
A anatomia é a ciência que estuda a constituição e o desenvolvimento dos 
seres vivos e o corpo humano em todas as suas estruturas. Podemos ainda definir a 
anatomia como o estudo da estrutura de um organismo e das relações entre suas 
partes. 
Pode ser considerada também a parte da biologia que estuda a forma e a 
estrutura dos seres organizados, bem como as relações entre os órgãos que se 
constituem. 
Anatomia é uma palavra de origem grega que significa cortar em partes e na 
língua portuguesa podemos traduzir com a palavra “dissecação”. A dissecação é 
uma palavra derivada do latim (dis = separar e secare = cortar). 
O estudo da anatomia humana é realizado desde os primórdios da 
humanidade, porém inicialmente era limitada apenas a observação a olho nu e pela 
manipulação dos corpos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
 
 
FIGURA 1 – HISTÓRIA DA ANATOMIA HUMANA 
 
 FONTE: Disponível em: <http://files.cienciasmorfologicas.webnode.pt/200000037-
31f5932ef8/I-D-2-13.jpg>. Acesso em: 21 jun. 2011. 
 
 
Atualmente com a evolução das tecnologias, o estudo da anatomia tornou-se 
mais qualificado, empolgante e claro. 
O estudo da anatomia hoje é subdividido em três grandes áreas: 
 Anatomia macroscópica; 
 Anatomia de desenvolvimento; 
 Anatomia microscópica. 
A anatomia macroscópica é o estudo das estruturas observadas a olho nu, 
podendo ou não utilizar os recursos tecnológicos. 
A anatomia microscópica é aquela que está relacionada com as estruturas 
corporais que não podem ser visualizadas a olho nu e ainda requer equipamentos 
que aumentem as estruturas como, por exemplo, microscópios eletrônicos ou até 
mesmos ópticos. 
A anatomia de desenvolvimento estuda o desenvolvimento do ser humano a 
partir da fertilização até a fase adulta. Essa área engloba ainda a embriologia, que é 
a ciência que estuda o desenvolvimento até o nascimento. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
A posição anatômica do corpo humano é uma posição de referência para o 
estudo da anatomia, dando significado aos termos empregados na descrição das 
partes e regiões do corpo. 
Esta posição serve como base para discussões sobre o corpo, sobre o modo 
como o corpo se movimenta, sua postura e a relação entre cada área corporal. 
Dessa forma, quando os anatomistas escrevem os textos científicos, referem-se ao 
objeto descrito considerando o indivíduo na posição anatômica. 
A descrição da posição anatômica é o corpo em pé, ou seja, em posição 
ortostática, com os membros superiores estendidos ao lado do tronco e as palmas 
das mãos voltadas para frente. O posicionamento da cabeça e dos pés é para frente 
e o olhar direcionado para o horizonte. 
A posição anatômica considera que a região anterior do corpo humano seja 
o indivíduo com os braços ao longo do corpo e as palmas das mãos voltadas para 
frente. 
 
 
FIGURA 2 – POSIÇÃO ANATÔMICA 
 
FONTE: Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/_sUwC3qG-
2a0/S_cPAdg0sjI/AAAAAAAAAAU/caN0vRFP0v8/s1600/Posi%C3%A7%C3%A3o+anatomica.jpg>. 
Acesso em: 21 jun. 2011. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
 
 
1.2 DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
 
 
O corpo humano é dividido nas seguintes partes: 
 Cabeça e crânio; 
 Pescoço; 
 Tronco= tórax, pelve, abdômen; 
 Membros Superiores = ombro, braço, antebraço, mão; 
 Inferiores = quadril, coxa, perna, pé. 
 
 
1.2 CONSTITUIÇÃO DO CORPO HUMANO 
 
 
O corpo humano é constituído por células e substâncias intracelulares 
líquidas. São eles: 
 Célula: É a menor unidade formadora dos tecidos do corpo humano. 
Ela é microscópica e constitui-se de uma membrana externa, citoplasma e um 
núcleo. Essas estruturas são imersas no citoplasma que é líquido. No núcleo 
encontra-se o material genético da célula. 
 Tecido: É um grupo de células que possuem a mesma função e 
estrutura interna. O corpo humano é formado por tecidos nos quais podemos dividi-
los. 
 Tecido epitelial: É formado por células justapostas e reveste o 
organismo externamente e internamente, ou seja, a pele e as mucosas. Os tecidos 
epiteliais são divididos em germinativos, glandulares e de absorção. 
 Tecido conjuntivo: É formado por células separadas com muita 
substância intercelular, na qual se encontram fibras elásticas e conjuntivas. Sua 
função é de proteger os órgãos de armazenar gorduras. 
 Tecido adiposo: É o tecido que contém energia em forma de gordura, 
localizado logo abaixo da pele. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
 Tecido cartilaginoso: Este tecido é formado por células afastadas 
entre as quais fica uma substância intercelular rígida, porém flexível. É o que forma 
a cartilagem encontrada na traqueia, na orelha, nos tendões, septo nasal e nas 
extremidades ósseas. 
 Tecido ósseo: É formado por células chamadas de osteócitos, com 
muitas substâncias intercelulares formada por sais de cálcio deixando-a rígida, 
formando assim, os ossos do corpo humano. 
 Tecido hematopoiético: É o tecido encontrado em determinados 
pontos dos organismos que é responsável pela produção de elementos do sangue 
 Tecido muscular: É o tecido que forma os músculos do corpo 
humano. Possui células que têm a propriedade de se contrair e se alongar 
chamados de fibras musculares. O tecido muscular pode ainda ser subdividido 
conforme veremos abaixo. 
 Musculatura lisa: Não apresentam estrias e são responsáveis pela de 
contração involuntária. 
 Musculatura estriada: As células possuem estrias transversais e são 
responsáveis pela contração voluntária. Apresentam-se na cor vermelha. O tecido 
muscular cardíaco é estriado, mas sua contração é involuntária. 
 Tecido nervoso: É formado por células nervosas chamadas neurônio. 
Sua função é transmitir os estímulos através de suas células. 
 
 
1.3 SISTEMAS DO CORPO HUMANO 
 
 
O corpo humano é dividido em sistemas e o instrumentador cirúrgico deve 
ter conhecimento básico sobre estes sistemas para que possa atuar em qualquer 
tipo de cirurgia. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
 
1.3.1 Sistema tegumentar 
 
 
Este sistema é representado pela pele e seus anexos. A pele é o 
responsável pelo revestimento do corpo. Sua função é proteger o corpo contra a 
entrada ou saída exagerada de líquidos, manterem a temperatura interna estável, 
defender o organismo das agressões ambientais, sejam essas, de ordem química, 
física ou biológica, além de desempenhar um grande papel sensitivo e contribuir na 
produção da vitamina D. 
É composta pela derme, epiderme e tecido subcutâneo. Abaixo 
descreveremos os detalhes de cada camada e seus anexos. São eles: 
 Epiderme: Formada por cinco camadas de células sobrepostas, não 
possui irrigação sanguíneas nem terminações nervosas! É ela que dá resistência à 
pele, pois possui grande quantidade de queratina. A epiderme que confere a pela a 
elasticidade e a flexibilidade. 
 Derme: Encontra-se logo abaixo da epiderme, é irrigada por vasos 
sanguíneos e aloja as terminações nervosas, o que confere a sensibilidade à pele 
como um todo. Nesta camada também se localizam os vasos linfáticos, as glândulas 
sebáceas e as sudoríparas. 
 Subcutâneo: é uma camada de tecido conjuntivo frouxo localizado 
abaixo da derme, a camada profunda da pele, unindo-a de maneira pouco firme aos 
órgãos adjacentes 
A pele possui os seus anexos, são eles: 
 Pelos; 
 Cabelos; 
 Unhas; 
 Glândulas sebáceas: São responsáveis pela lubrificação da pele e 
possui poder bactericida. Formam-se junto à raiz dos pelos, havendo geralmente 
várias glândulas para cada pelo. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
 Glândulas sudoríparas: Existentesem toda a extensão do corpo, porém 
concentrando-se em algumas áreas específicas, como por exemplo, na região das 
axilas, produzindo o suor. 
 
 
1.4 SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
 
Esse sistema é formado pelos ossos, cartilagens e articulações. Sua função 
é dar sustentação ao corpo, proteger os órgãos internos localizados em cavidades 
por ele limitados, como por exemplo, a caixa torácica e o crânio. 
É um elemento fundamental para a inserção dos musculosqueléticos, alguns 
deles possuem em seu interior tecido hematopoiético. São de forma variada e no 
adulto são em número de 206. 
Podemos destacar os seguintes tipos de ossos: 
 Longos: No comprimento predomina sobre a largura e espessura. 
Podemos citar como exemplo os ossos dos membros superiores; 
 Curtos: São os que se equivalem nas três dimensões. São exemplos, 
rótula, ossos do carpo e vértebra. 
 Planos: Comprimento e largura predominam sobre a espessura. 
Podemos citar como exemplos os ossos de crânio; 
 Pneumáticas: Apresentam ar em seu interior e são bastante leves. 
Como exemplo, temos os ossos do maxilar. 
Temos ainda outras estruturas que estão relacionadas com o sistema 
esquelético. São elas: 
 Esqueleto cefálico: É formado por uma parte superior, o crânio e uma 
parte inferior, a face. Os ossos do crânio formam uma caixa resistente protegendo o 
cérebro. Os ossos da face por sua vez protegem os órgãos do sentido como a visão, 
olfato e gustação. 
 Articulação: É a união de dois ou mais ossos. 
 Coluna vertebral: Possui 33 vértebras em sua extensão, dispostas nas 
regiões cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
 Costelas: São formadas por doze pares de ossos alongados que 
delimitam a cavidade torácica. Sua função é de proteção do órgão e dar sustentação 
do corpo. 
 Esterno: É o osso achatado ímpar e ocupa a parte anterior do tórax. 
 Membros superiores: São formados pela cintura escapular, braço, 
antebraço e mão. 
 Membros inferiores: São formados pela cintura pélvica, coxa, perna e 
pé. 
 
 
1.5 SISTEMA MUSCULAR 
 
 
O sistema muscular é responsável por dar sustentação, movimento ao corpo 
humano, auxiliar na produção de calor e nutrir o organismo em algumas situações 
extremas. 
É composto por músculos e tendões. Encontramos no corpo humano dois 
tipos de músculos, o estriado e o liso. 
O músculo estriado é formado por fibras que visualizadas no microscópio 
apresentam estrias transversais, são chamados de músculos da vida, pois permitam 
que nos relacionemos com o ambiente em que vivemos. 
Tem a cor avermelhada e sempre estão ligados aos ossos através de dois 
tendões laterais, por isso são também chamados de musculosqueléticos e se 
contraem por ação da nossa vontade. 
O músculo liso se encontra nas paredes de órgãos ocos, tais como os vasos 
sanguíneos, na bexiga, no útero e no trato gastrointestinal. O músculo liso está 
presente nestes órgãos, pois, por contrações peristálticas controladas 
automaticamente pelo Sistema Nervoso Autônomo, tem o papel preponderante de 
impulsionar sangue, urina, esperma, bile. 
As propriedades dos músculos são: 
 Elasticidade: permite ao músculo retornar a sua forma natural. 
 Contratilidade: propriedade de se contrair por um impulso nervoso. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
Existem músculos que auxiliam em importantes funções vitais, como por 
exemplo, o diafragma, que separa a cavidade abdominal da caixa torácica e 
contraem quando respiramos. 
Há ainda músculos que utilizamos também para aplicação de medicações 
pela via intramuscular, como é o caso do deltoide e do glúteo. 
 
 
1.6 SISTEMA NERVOSO 
 
 
É composto pelo sistema nervoso central, dividido em encéfalo e medula e o 
sistema nervoso periférico. 
Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, 
bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas 
que adaptem a essas condições. Tem ainda uma função Sensorial, Integrativa e 
Motora. 
 
 
1.7 SISTEMA ENDÓCRINO 
 
 
É composto pela epífese, hipófise, tireoide, paratireoide, glândulas 
suprarrenais, pâncreas, ovários e testículos. 
Suas principais funções são juntamente com o sistema nervoso, promover a 
manutenção do equilíbrio do organismo, ou seja, a homeostase, por meio do 
controle das funções biológicas. 
 
 
1.8 SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
 
Esse sistema é composto pelo coração e vasos sanguíneos como as 
artérias, veias e capilares. 
Suas principais funções: 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
 
 
Transporte de oxigênio, nutrientes, hormônios para as células; 
Remoção de 
 
produtos indesejáveis; 
Defesa do organismo por meio do transporte de antitoxinas e 
 
glóbulos 
brancos; 
 
 
1.9 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
Suas principais funções são: 
 
Auxilia na manutenção da temperatura corporal. 
 
 
É composto pelas
Efetuar trocas gasosas, ou seja, captar oxigênio e remover gás 
carbônico. 
 cavidades ou fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, 
brônquios, alvéolos e pulmões. 
 
 
1.10 SISTEMA DIGESTIVO 
 
 
Suas principais funções estão relacionadas com a digestão, realizando a 
quebra de alimentos, a absorção dos componentes nutritivos e eliminação de 
substâncias indesejáveis. 
Seus principais componentes são: boca, língua, dentes, faringe, esôfago, 
estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui glândulas anexas 
como as glândulas salivares, fígado e pâncreas. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
 
 
1.11 SISTEMA URINÁRIO 
 
 
É composto pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. Suas principais funções 
estão relacionadas com a excreção de substâncias tóxicas, manter o equilíbrio 
hídrico e controlar os íons. 
 
 
1.12 SISTEMA GENITAL FEMININO 
 
 
É composto pelos ovários, trompas, útero e vagina. Sua principal função 
está relacionada com a reprodução da espécie humana. 
 
 
1.13 SISTEMA GENITAL MASCULINO 
 
 
É composto pela bolsa escrotal, testículos, epidídimo, canal deferente, 
uretra, vesículas seminais, próstata e pênis. 
Sua função é a mesma do sistema reprodutor feminino, ou seja, a 
reprodução. 
 
 
1.14 PLANOS DE INSCRIÇÃO 
 
 
São denominados também de planos de delimitação, pois delimitam o corpo 
humano por planos tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções, 
determinam a formação de um sólido geométrico, um paralelepípedo. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
Têm-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos 
correspondentes: 
 Ventral ou anterior:
 
 plano vertical tangente ao ventre; 
 
Dorsal ou posterior: plano vertical tangente ao dorso; 
 
Lateral direito: plano vertical tangente ao lado do corpo; 
 
Lateral esquerdo: plano vertical tangente ao lado do corpo; 
 
Cranial ou superior: plano horizontal tangente à cabeça; 
Podal ou inferior: plano horizontal tangente à planta dos
 
 
1.15 EIXOS ORTOGONAIS E PLANOS DE SECÇÃO 
 
 
 pés. 
A partir destes planos de inscrição são determinados eixos e planos que são 
utilizados como pontos de referência para descrever a situação, posição e direção 
de 
 
órgãos ou segmentos do corpo. 
Unindo o centro de dois planos de inscrição opostos obtêm-se três eixos: 
Eixo longitudinal ou craniocaudal
 
; 
 
Eixo anteroposterior, dorsoventral ou sagital; 
Eixo laterolateral
 
O deslocamento de um 
. 
eixo sobre o outro define um plano que secciona o 
corpo em duas partes. Estes planos, perpendiculares entre si são chamados de 
planos de secção medianos ou sagitais, frontais ou coronais, transversais e 
horizontais. 
 
 
1.16 PLANOS DE SECÇÃO DO CORPO 
 
 
Os planos de secção são “cortes” feitos no corpo em posição anatômica. 
São eles: 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
 Mediano ou sagital: planos de secção paralelos aos planos laterais que 
divide o corpo em metade, direita e esquerda.
 Frontal ou coronal: planos de secção 
 
paralelos aos planosventral e 
dorsal, que divide o corpo de forma a separar os planos, ventral e dorsal.
 Transversal ou horizontal: planos de secção paralelos aos planos 
cranial e podal, que divide o corpo horizontalmente. 
 
 
 
1.17 TERMOS DE POSIÇÃO 
 
 
Os termos de posição indicam proximidade aos planos de inscrição ou ao 
plano de secção mediano. São termos comparativos e indicam que uma estrutura é, 
por exemplo, mais cranial que outra. 
Nenhum órgão ou estrutura é simplesmente cranial ou ventral, pois estes 
planos são tangentes e, portanto estão fora do corpo e surgem apenas como 
referência.
 Medial
 
Destacamos como termos de posição: 
 
: A estrutura que se situa mais próxima ao plano mediano em 
relação à outra. Por exemplo, dedo
 Lateral: A
 mínimo em relação ao polegar. 
 estrutura que se situa mais próxima ao plano lateral, direito 
ou esquerdo, em relação à
 Ventral ou Anterior:
 outra. 
 Estrutura que se situa mais próxima ao plano 
ventral em relação à outra
 Dorsal ou Posterior: E
. 
strutura que se situa mais próxima ao plano 
dorsal em relação à outra.
 Cranial ou Superior:
 
 Estrutura que se situa mais próxima ao plano 
cranial em relação à outra
 Podal ou Inferior: E
. 
strutura que se situa mais próxima ao plano podal 
em relação à outra.
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
 
 
1.18 TERMOS DE DIREÇÃO 
 
 
Acompanham os eixos ortogonais, ou seja, longitudinal ou craniocaudal, 
anteroposterior ou dorsoventral e laterolateral. Como exemplo, podemos citar as 
falanges estão alinhadas em direção craniocaudal, os ossos do carpo na direção 
laterolateral, a traqueia e o esôfago estão 
 Mediano: S
alinhados na direção anteroposterior. 
 
 
1.19 TERMOS DE SITUAÇÃO 
 
 
São eles: 
 
 Médio e intermédio: São termos que indicam situação de uma 
estrutura entre outras duas, ou seja, médio 
ituada exatamente ao longo do plano de secção mediano. 
quando as estruturas estão alinhadas na 
direção craniocaudal ou anterodorsal e intermédio 
 
 
quando as estruturas estão em 
alinhamento laterolateral. 
1.20 OUTROS TERMOS DA DESCRIÇÃO ANATÔMICA 
 
 
Os termos, proximal e distal são usados para comparar a distância de 
pelo menos duas estruturas 
 
em relação: 
 
 
A raiz do membro; 
 
Ao coração; 
 
Ao encéfalo e medula espinhal. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
Proximal é a estrutura que se encontra mais próxima da raiz dos membros 
(tronco), do coração ou do encéfalo e medula espinhal. Distal é a estrutura que se 
encontra mais distante da raiz dos membros, do coração ou do encéfalo e medula 
espinhal. 
Palmar ou volar é a face anterior da mão. A face posterior das mãos é 
chamada dorsal. 
Plantar é a face inferior do pé. A face superior dos pés é chamada dorsal. 
Oral e aboral são termos restritos ao tubo digestivo e indicam estruturas 
mais próximas ou distantes da boca, respectivamente. 
Aferente e eferente indicam direção e são usados em anatomia para vasos e 
nervos. Aferente significa que impulsos nervosos ou o sangue são conduzidos da 
periferia para o centro, eferente se refere à condução do centro para a periferia. 
Eferente é a localização do centro para a periferia e aferente é a periferia 
para o centro. 
Fáscias são tecidos conjuntivos fibrosos que revestem ou delimitam órgãos 
e músculos. 
Os termos, superficial e profundo indicam as distâncias relativas entre as 
estruturas e a superfície do corpo. São também termos de situação que indicam 
estar contido nos planos superficiais ou nos planos profundos. 
Nesse caso, o limite entre superficial e profundo é a fáscia muscular. 
Estruturas superficiais são aquelas contidas no tegumento e estruturas profundas 
estão abaixo do tegumento. Lesões limitadas ao tegumento são superficiais, e 
lesões que atingem a fáscia muscular já são consideradas profundas. 
Interno e externo se referem às faces dos órgãos ocos ou de cavidades e 
também se referem às faces das costelas. Interno mais próximo do centro de um 
órgão ou cavidade e externo mais afastado do centro de um órgão ou cavidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
 
 
2 NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA 
 
 
A fisiologia é um ramo da Biologia que estuda os processos, atividades e 
fenômenos característicos dos seres vivos. Observa o funcionamento e os 
mecanismos que os regulam e regem. 
A fisiologia humana baseia-se na anatomia para explicar a estrutura de 
nosso corpo, na bioquímica para conhecer os processos químicos que nele ocorrem, 
na biofísica para estudar os fenômenos físicos produzidos no corpo, e na genética 
para explicar a herança e a variabilidade das características hereditárias. 
Podemos ainda definir a fisiologia, que do grego significa "physis", natureza, 
e "logos", conhecimento, como a ciência que estuda as funções dos seres vivos. 
Muitos dos aspectos da fisiologia humana estão intimamente relacionados 
com a fisiologia animal, em que muitas das informações disponíveis hoje têm sido 
conseguidas graças à experimentação animal. 
A anatomia e a fisiologia são campos de estudo estreitamente relacionados 
onde a primeira incide sobre o conhecimento da forma e a segunda dedica-se ao 
estudo da função de cada parte do corpo, sendo ambas áreas de vital importância 
para o conhecimento médico geral. 
 
 
 
 
2.1.1 Digestão 
 
 
2.1 FUNÇÕES FISIOLÓGICAS 
A digestão é um processo químico e mecânico onde ocorre a quebra das 
moléculas dos nutrientes. Esses nutrientes são os lípidos, as proteínas, os 
carboidratos e os ácidos nucleicos. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Natureza�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimento�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia_animal�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anatomia�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Processo_qu%C3%ADmico&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nutriente�
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADpido�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carboidrato�
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cidos_nucleicos�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
 
 
O caminho do alimento é o seguinte: 
 Boca; 
 Faringe; 
 Esôfago; 
 Estômago; 
 Duodeno; 
 Intestino delgado; 
 Intestino grosso; 
 Reto; 
 Ânus. 
A bílis, produzida pelo fígado, emulsifica gorduras, facilitando a ação das 
lipases. Os hormônios envolvidos na digestão são: gastrina, secretina, 
colecistocinina e enterogastrona. Todos secretados por células epiteliais do trato 
digestivo. 
As pregas intestinais ou vilosidades são formadas por vasos sanguíneos e 
linfáticos, tecido conjuntivo e tecido epitelial com microvilosidades, que aumentam a 
superfície de absorção. 
As enzimas gástricas não quebram carboidratos, mas apenas proteínas, 
pela ação da pepsina, que é ativada pelo ácido clorídrico do suco gástrico. A tripsina 
e a quimiotripisna estão inicialmente na forma de tripsinogênio e quimiotripsinogênio, 
que são ativados pela enteroquinase no duodeno, quando o suco pancreático ali é 
lançado. 
Os monossacarídeos são obtidos a partir de dissacarídeos no intestino 
delgado pela ação das enzimas entéricas: maltase, lactase e sacarase. 
Todo o alimento é utilizado como fonte de energia ou construção da matéria 
viva. O que estiver em excesso será armazenado na forma de lipídios, nos 
adipócitos. Quando há carência de nutrientes, as gorduras começam a ser 
mobilizadas como fonte de energia e a pessoa emagrece. 
Alguns problemas do trato digestivo são a úlcera péptica, causada por 
medicamentos ou pela bactéria Helicobacter pylori. Há falha na defesa do 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alimento�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Boca�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Faringe�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Es%C3%B4fago�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%B4mago�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Duodeno�http://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_grosso�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reto�
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADlis�
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gordura�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lipases�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nios�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Digest%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gastrina�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Secretina�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Colecistocinina�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enterogastrona�
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulas_epiteliais�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pregas_intestinais&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vilosidades�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaso_sangu%C3%ADneo�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Linf%C3%A1ticos&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_conjuntivo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_epitelial�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Microvilosidades�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Absor%C3%A7%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Enzimas_g%C3%A1stricas&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carboidratos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pepsina�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Suco_g%C3%A1strico�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tripsina�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Quimiotripisna&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tripsinog%C3%AAnio�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Quimiotripsinog%C3%AAnio&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Duodeno�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Suco_pancre%C3%A1tico�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monossacar%C3%ADdeos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dissacar%C3%ADdeos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Enzimas_ent%C3%A9ricas&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maltase�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lactase�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sacarase�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alimento�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mat%C3%A9ria_viva&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mat%C3%A9ria_viva&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Mat%C3%A9ria_viva&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lip%C3%ADdios�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adip%C3%B3citos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nutrientes�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gordura�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_digestivo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%9Alcera_p%C3%A9ptica�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Helicobacter_pylori�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
revestimento do estômago ou duodeno e a acidez gástrica ataca este revestimento e 
surgem lesões e buracos, que ocasionam dores e azia. 
A prisão de ventre ocorre quando os movimentos peristálticos do intestino 
estão muito lentos e os resíduos ficam muito tempo no intestino, onde endurecem 
devido à grande reabsorção de água. 
A diarreia ocorre quando o intestino delgado fica irritado e os movimentos 
peristálticos ficam muito lentos. 
O fígado tem a função de armazenar glicose na forma de glicogênio, 
armazenar algumas vitaminas, transformar glicídios em lipídios e proteínas, produzir 
a bile. 
 
 
2.1.2 Excreção 
 
 
A excreção é a eliminação dos resíduos metabólicos resultantes das reações 
químicas das células do organismo. Tais excretas nitrogenadas não podem 
permanecer na circulação sanguínea por serem tóxicas. 
Essas excretas podem ser a amônia, a ureia e o ácido úrico. Os animais 
amoniotélicos excretam a amônia por ser uma substância muito solúvel em água. Os 
animais uricotélicos excretam ácido úrico, que é muito pouco solúvel e não precisa 
de quantidade relevante de água. Já os animais uriotélicos excretam ureia, que 
requer pouca quantidade de água e é bem adaptada à excreção humana, pois 
precisamos economizar o máximo de água possível. 
A excreção do ser humano é feita pelos néfrons, que são a unidade filtradora 
dos rins. Existem cerca de um milhão de néfrons em cada rim. Nosso rim é do tipo 
metanefro, pois retira todos os metabólitos direto do sangue. 
Aproximadamente 99% da água é reabsorvida e no ducto coletor é formada 
a urina, armazenada na bexiga e liberada pela uretra. 
Dois hormônios atuam na excreção humana: a aldosterona e o hormônio 
antidiurético (ADH). O ADH é liberado pela hipófise e facilita a reabsorção de água 
nos néfrons. O álcool inibe o ADH, produzindo urina mais diluída e abundante. A 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Revestimento_do_est%C3%B4mago&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Duodeno�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Acidez_g%C3%A1strica&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Azia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pris%C3%A3o_de_ventre�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimentos_perist%C3%A1lticos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diarreia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Excretas�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Nitrogenado&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circula%C3%A7%C3%A3o_sangu%C3%ADnea�
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%B3xicos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%B4nia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ureia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_%C3%BArico�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amoniot%C3%A9licos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%B4nia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sol%C3%BAvel�
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Uricot%C3%A9licos&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_%C3%BArico�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Uriot%C3%A9licos&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ureia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9frons�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rins�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Metanefro&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Urina�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bexiga�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Uretra�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nio�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldosterona�
http://pt.wikipedia.org/wiki/ADH�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3fise�
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lcool�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
aldosterona, das suprarrenais, aumenta a reabsorção de íons nos túbulos do néfron 
e atua, portanto, no controle osmótico do sangue. 
Podemos citar alguns problemas do trato urinário. São eles: 
 Uremia: Elevação da taxa de ureia no sangue; 
 Glomerulonefrite: Inflamação dos glomérulos; 
 Cálculos renais: Acumulação de cristais de sais minerais nos rins. 
 
 
2.1.3 Respiração 
 
 
A respiração é representada pelos processos de inspiração e expiração. O 
sistema respiratório é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. 
O ar inspirado, rico em oxigênio, enche os pulmões ao nível dos alvéolos 
com o sangue. Os pulmões são protegidos pela caixa torácica, formada pelo Esterno 
e pelas costelas. 
Os movimentos são feitos pelo músculo diafragma e pelos músculos 
intercostais. Quando inspiramos, a caixa se expande e o diafragma desce, entrando 
o ar. 
Quando expiramos, a caixa volta ao normal e o diafragma sobe novamente, 
expelindo o ar, cheio de gás carbônico. O sangue deve nutrir os tecidos e por isso 
leva os nutrientes e os gases respiratórios. 
Quando chega às células dos tecidos diversos, ocorre uma troca entre eles e 
o sangue arterial, que libera o oxigênio e recebe o gás carbônico, que é carregado 
principalmente sob a forma de íons Bicarbonato, mas também é levado dissolvido no 
plasma e ligados à hemoglobina. 
A anidrase carbônica é a enzima que vai catalisar a reação da água com o 
dióxido de carbono no sangue. A hemoglobina é o pigmento das hemáceas que lhes 
dá a coloração característica e através dos seus íons Ferro, carregam o oxigênio 
inspirado para todas as célulasdo corpo. 
Tal oxigênio será utilizado para a respiração celular, com um saldo 
energético de 38 ATPs para cada molécula de glicose. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Supra-renais�
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dons�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_urin%C3%A1rio�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Uremia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Glomerulonefrite�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Glom%C3%A9rulos&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lculo_renal�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristal�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sal_mineral&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inspira%C3%A7%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Expira%C3%A7%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vias_respirat%C3%B3rias�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pulm%C3%B5es�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ar�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alv%C3%A9olos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa_tor%C3%A1cica�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esterno�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Costelas�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diafragma�
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculos_intercostais�
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculos_intercostais�
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculos_intercostais�
http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_carb%C3%B4nico�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bicarbonato�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plasma�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemoglobina�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anidrase_carb%C3%B4nica�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Di%C3%B3xido_de_carbono_no_sangue&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hem%C3%A1ceas�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Respira%C3%A7%C3%A3o_celular�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
O monóxido de carbono, um gás inodoro, faz uma ligação altamente estável 
com a hemoglobina, incapacitando-a de transportar o oxigênio. Se o indivíduo for 
exposto ao gás carbônico por um período prolongado pode chegar à morte por 
asfixia. 
Em altitudes mais elevadas, o ar é mais rarefeito e a disponibilidade de 
oxigênio, mais baixa. As pessoas que vivem ao nível do mar, ao subirem a tais 
altitudes sentem o impacto da carência de oxigênio. 
O organismo, para suprir tal carência, começa a produzir mais hemáceas na 
medula óssea, pela ação do hormônio eritropoetina e, portanto, vai haver maior 
número de moléculas de hemoglobina para captarem mais oxigênio. 
Alguns problemas do trato respiratório são: 
 Gripe e resfriado: Causados por vírus, que atacam as vias 
respiratórias, os seios nasais e o ouvido; 
 Tuberculose e pneumonia: Causadas por bactérias. A traqueia e os 
brônquios podem ficar inflamados, podendo ocasionar a bronquite aguda, podendo 
chegar aos pulmões causando a broncopneumonia. 
 A bronquite crônica ocorre devido à irritação constante das vias aéreas 
por ação do fumo, alergias e poluição do ar. 
 O enfisema é uma destruição progressiva dos alvéolos, causada 
principalmente pelo fumo. 
 A asma é uma reação inflamatória nos brônquios, com edema, 
hipersecreção de muco e contração da contração da musculatura lisa, provocando 
falta de ar. 
 
 
2.1.4 Circulação 
 
 
A circulação é realizada através do tecido sanguíneo. O sangue circula por 
vasos, as artérias, as veias e os capilares. A circulação humana é dupla, fechada e 
completa. 
O sangue passa duas vezes pelo coração em um circuito completo que dura 
cerca de 1 minuto. O coração é composto de quatro cavidades: dois átrios e dois 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mon%C3%B3xido_de_carbono�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Morte_por_asfixia&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Morte_por_asfixia&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Morte_por_asfixia&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Medula_%C3%B3ssea�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eritropoetina�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culas�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_respirat%C3%B3rio�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resfriado�
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vias_respirat%C3%B3rias�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vias_respirat%C3%B3rias�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vias_respirat%C3%B3rias�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouvido�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumonia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Traqueia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Br%C3%B4nquio�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inflamado�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bronquite�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Broncopneumonia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bronquite_cr%C3%B4nica�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vias_a%C3%A9reas&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fumo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alergia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_do_ar�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enfisema�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alv%C3%A9olos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Asma�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hipersecre%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Muco�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Musculatura_lisa�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Falta_de_ar�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_sangu%C3%ADneo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vasos&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9rias�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veias�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Capilares�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Circula%C3%A7%C3%A3o_humana&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aur%C3%ADcula�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
ventrículos. O átrio direito recebe sangue venoso do corpo através das veias cavas. 
O ventrículo direito bombeia este sangue para os pulmões, onde ocorre a hematose, 
através da artéria pulmonar. 
O sangue arterial entra no átrio esquerdo e é bombeado para o corpo 
através da sístole do ventrículo esquerdo e sai do coração para o corpo através das 
artérias aorta e carótidas. 
As cavidades são separadas por válvulas e há também válvulas entre os 
ventrículos e os vasos por onde o sangue sai. 
O miocárdio é o músculo cardíaco e este possui certa independência em 
relação ao sistema nervoso, pois permite os batimentos cardíacos através de feixes 
de células que transmitem um impulso elétrico permitindo os movimentos de sístole 
e diástole de ambos os átrios e ambos os ventrículos. Esse feixe de células são o 
nódulo sinoatrial, o nódulo atrioventricular, o feixe de Hiss e as fibras de Purkinje. 
O sangue arterial leva nutrientes, gases respiratórios e hormônios para os 
tecidos e recolhe excretas e gás carbônico. A troca ocorre ao nível dos capilares, 
vasos bem finos e o que extravasa e não retorna devido à diferença de pressão na 
parte arterial e na parte venosa do capilar, é recolhido pela circulação linfática, que 
também transporta linfócitos, células de defesa do organismo. 
O que é recolhido é mais tarde levado de volta ao sangue através das veias 
subclávias. 
A veia é todo vaso que entra no coração, não possui fibra elástica, é 
complacente e localiza-se em regiões superficiais. A artéria é todo vaso que sai do 
coração, independente do tipo de sangue que transporta, tem fibra elástica, parede 
larga e rígida, redonda. Localiza-se em regiões profundas. 
Alguns problemas do trato circulatório são: 
 Aterosclerose: Endurecimento dos vasos sanguíneos pela deposição 
de placas de gordura; 
 Isquemia: Dificuldade de transporte de oxigênio e oxigenação das 
células em geral; 
 Trombose: Entupimento de um vaso, impedindo a passagem do 
sangue; 
 Acidente vascular cerebral: Rompimento de uma artéria do cérebro 
devido a uma elevação brusca da pressão arterial; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo�http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81trio_direito�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue_venoso�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Veias_cavas&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_direito�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hematose�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria_pulmonar�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue_arterial�
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81trio_esquerdo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADstole�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ventr%C3%ADculo_esquerdo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9rias�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aorta�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Car%C3%B3tida�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mioc%C3%A1rdio�
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Batimentos_card%C3%ADacos&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADstole�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1stole�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sino-atrial&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Feixe_de_Hiss&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibras_de_Purkinje�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Circula%C3%A7%C3%A3o_linf%C3%A1tica&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3citos�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_subcl%C3%A1via�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_subcl%C3%A1via�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_subcl%C3%A1via�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%A9ria�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aterosclerose�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Placas_de_gordura&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Isquemia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trombose�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acidente_vascular_cerebral�
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9rebro�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_arterial�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
 Infarto Agudo do Miocárdio: Morte do miocárdio devido ao entupimento 
das artérias que irrigam o coração, as coronárias. Os pincipais sintomas são dor no 
peito esquerdo que irradia para o braço, dor na nuca, sudorese e dificuldade 
respiratória. Entre as causas dos problemas cardíacos e circulatórios estão o 
sedentarismo, obesidade, alimentação rica em gordura animal e gordura trans, fumo, 
estresse, depressão e uso de anabolizantes. 
 
 
3 NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA HUMANA 
 
 
3.1 DEFINIÇÃO 
 
 
A microbiologia é o ramo da biologia que estuda os microrganismos, 
incluindo eucariontes unicelulares e procariontes, como as bactérias, fungos e vírus. 
Atualmente, a maioria dos trabalhos em microbiologia é feita com métodos de 
bioquímica e genética. Também é relacionada com a patologia, já que muitos 
organismos são patogênicos. 
Foi descoberta a origem das bactérias, tendo sido anterior a origem de 
outros corpos, tais como protozoários, eucariotes e vírus. Dentre os citados, o último 
a se desenvolver foram os protozoários, por tratar-se de seres com uma 
complexidade maior: 
 São muito pequenos, então eles não consomem muitos recursos; 
 Alguns possuem ciclos de vida bastante curtos; 
 Células podem sobreviver facilmente em isolamento das outras células; 
 Eles podem-se reproduzir por divisão mitótica, permitindo a 
propagação de clones idênticos em populações; 
 Eles podem ser congelados por longos períodos de tempo. Mesmo se 
90% das células são mortas pelo processo de congelamento, há milhões de células 
em um mililitro da cultura líquida. 
A grande caracterização dos micróbios tem nos permitido o uso deles como 
ferramentas em outras linhas da biologia, como podemos citar logo abaixo: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Infarto�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sudorese�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sedentarismo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alimenta%C3%A7%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Gordura_animal&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gordura_trans�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fumo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estresse�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o_nervosa�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anabolizante�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Microrganismo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eukaryota�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Unicelular�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Procarionte�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi�
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bioqu%C3%ADmica�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patologia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitose�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Clone�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
 Bactérias, principalmente a Escherichia coli, podem ser usadas para 
reduplicar DNA na forma de um plasmídeo. Este DNA é frequentemente modificado 
quimicamente in vitro e então inserido em bactérias para selecionar traços 
desejados e isolar o produto desejado de derivados da reação. Após o crescimento 
da bactéria e deste modo a replicação do DNA, o DNA pode ser adicionalmente 
modificado e inserido em outros organismos. 
 Bactérias também podem ser utilizadas para a produção de grandes 
quantidades de proteínas usando genes codificados em um plasmídeo. 
 Genes de bactérias têm sido constantemente inseridos em outros 
organismos como genes repórteres. 
 O sistema de hibridação em levedura combina genes de bactérias com 
genes de outros organismos já estudados e os insere em uma célula de levedura 
para estudar interações proteicas em um ambiente celular. E também vista na área 
da computação. 
 
A Microbiologia é classicamente definida como a área da ciência que se 
dedica ao estudo de organismos que somente podem ser visualizados ao 
microscópio. 
Tendo como base esse conceito, a microbiologia aborda um vasto e diverso 
grupo de organismos unicelulares de dimensões reduzidas, que podem ser 
encontrados como células isoladas ou agrupados em diferentes arranjos. 
Portanto, a microbiologia envolve o estudo de organismos procarióticos, 
como as bactérias e organismos eucarióticos, como as algas, protozoários, fungos, 
não podendo esquecer também seres acelulares, como os vírus. 
É uma área do conhecimento que teve seu início com os relatos de Robert 
Hooke e Antony van Leeuwenhoek, que desenvolveram microscópios que 
possibilitaram as primeiras observações de bactérias e outros microrganismos a 
partir da análise de diversos espécimes biológicos. 
Embora van Leeuwenhoek seja considerado o "pai" da microbiologia, os 
relatos de Hooke, descrevendo a estrutura de um bolor, foram publicados 
anteriormente aos de Leeuwenhoek. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_coli�
http://pt.wikipedia.org/wiki/DNA�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plasm%C3%ADdeo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gene�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Gene_rep%C3%B3rter&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_de_hibrida%C3%A7%C3%A3o_em_levedura&action=edit&redlink=1�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura�
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
Portanto, embora Leeuwnhoek tenha fornecido importantes informações 
sobre a morfologia bacteriana, esses dois pesquisadores devem ser considerados 
como pioneiros nesta ciência. 
Nas últimas décadas, houve certa revolução no campo da microbiologia, 
sendo acometida por profundas modificações, especialmente nos conhecimentos 
sobre ecologia e classificação dos microrganismos. 
Antigamente, os microrganismos, principalmente os procarióticos, eram 
considerados seres unicelulares de comportamento independente, mesmo que 
fossem encontrados em agrupamentos contendo diversas células. 
Assim, a maior parte dos conhecimentos foi obtida a partir de culturas puras,ou seja, o microrganismo era isolado da natureza e, após ser afastado dos demais 
microrganismos, era cultivado em laboratório, gerando populações contendo um 
único tipo celular. 
Hoje, sabemos que a maioria dos microrganismos vive em comunidades na 
natureza, compostas muitas vezes por inúmeros gêneros e espécies distintos, que 
cooperam entre si, como em uma cidade microbiana. Tais associações são 
denominadas biofilmes e exercem importantes atividades em nosso planeta. 
Outra área que sofreu grandes modificações nas últimas décadas foi a 
classificação dos microrganismos. Esta área ainda vem sendo muito debatida, mas 
para os especialistas em microbiologia, é primordial destacar um novo grupo, o qual 
foi por muito tempo foi considerado um ancestral das bactérias. 
Esse grupo corresponde ao domínio Archaea
3.2 IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA 
 
 
A microbiologia é uma área da Biologia que tem grande importância seja 
como ciência básica ou aplicada. 
, que consiste em um grupo 
bastante peculiar de células procarióticas. Assim, é importante que tal tema seja 
mais bem discutido. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
Quando destacamos como ciência básica, podemos incluir os estudos 
fisiológicos, bioquímicos e moleculares, denominada assim de microbiologia 
molecular. 
Quando consideramos como ciência aplicada, podemos destacar os 
processos industriais, controle de doenças, de pragas, produção de alimentos, 
dentre outras. 
Podemos destacar como áreas de estudo: 
 Odontologia: Estudo de microrganismos associados à placa dental, 
cárie e doenças periodontais. Há estudos com abordagem preventiva. 
 Medicina, Enfermagem e Instrumentação Cirúrgica: Doenças 
infecciosas e infecções hospitalares. 
 Nutrição: Doenças transmitidas por alimentos, controle de qualidade 
de alimentos e produção de alimentos. 
 Biologia: Produção de antibióticos, hormônios, enzimas, insumos, 
despoluição, dentre outros. 
 Biotecnologia: Uso de microrganismos com finalidades industriais, 
como agentes de biodegradação, de limpeza ambiental, etc. 
 
 
3.3 HISTÓRICO DA IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA 
 
 
Podemos considerar que um dos aspectos mais negligenciados quando se 
estuda a microbiologia referem-se às profundas mudanças que ocorreram no curso 
das civilizações, decorrentes das doenças infecciosas. 
De forma geral, as doenças provocavam um abatimento físico e moral da 
população e dos exércitos, muitas vezes influenciando negativamente no desenrolar 
e no próprio resultado da guerra. 
A mobilização de tropas, resultando em uma aglomeração de soldados, 
muitas vezes longa, em ambientes onde a condição de higiene e de alimentação 
precária colaborava de forma importante na disseminação de doenças infecciosas, 
para as quais não havia recursos terapêuticos na época. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
Ao mesmo tempo, em áreas urbanas em franca expansão, os problemas 
mencionados acima eram também de grande importância, pois rapidamente as 
cidades cresciam, sendo que as instalações sanitárias geralmente não 
acompanhavam este crescimento da população. 
Com a prática do comércio entre as diferentes nações emergentes, passou a 
haver a disseminação dos organismos para outras populações, muitas vezes 
susceptíveis a aqueles agentes infecciosos. 
O declínio do Império Romano, com Justiniano (565 aC), foi acelerado por 
epidemias de peste bubônica e varíola. Muitos habitantes de Roma foram mortos, 
deixando a cidade com menos poder para suportar os ataques dos bárbaros, que 
terminaram por destruir o Império. 
Na Idade Média, várias epidemias novas se sucederam, sendo algumas 
amplamente disseminadas pelos diferentes continentes e outras mais localizadas. 
Dentre as principais moléstias podemos citar o tifo, varíola, sífilis, cólera e peste. 
Em 1346, a população da Europa, Norte da África e Oriente Médio era de 
cerca de 100 milhões de habitantes. Nesta época houve uma grande epidemia da 
peste, que se disseminou através da “rota da seda”, que era a principal rota 
mercante para a China, provocando um grande número de mortes na Ásia e 
posteriormente espalhando-se pela Europa, onde resultou em um total de cerca de 
25 milhões de pessoas, em poucos anos. 
Outras epidemias da peste ocorreram nos séculos XVI e XVII, sendo que no 
século XVIII, entre os anos de 1720 e 1722, uma última grande epidemia ocorreu na 
França, matando cerca de 60% da população de Marselha, de Toulon. 
A epidemia mais recente de peste originou-se na China, em 1892, 
disseminando-se pela Índia, atingindo Bombaim em 1896, sendo responsável pela 
morte de cerca de seis milhões de indivíduos, somente na Índia. 
Antes da segunda Guerra Mundial, o resultado das guerras era definido 
pelas armas, estratégias e “pestilência”, sendo esta última decisiva. 
Na guerra dos 30 anos (1618-1648), onde protestantes se revoltaram contra 
a opressão dos católicos, além do desgaste decorrente da longa duração do 
confronto, as doenças foram determinantes no resultado final. 
No período de Napoleão, em 1812, seu exército foi quase que 
completamente dizimado pelo tifo, disenteria e pneumonia, durante campanha de 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
retirada de Moscou. No ano seguinte, Napoleão havia recrutado um exército de 
500.000 jovens soldados, que foram reduzidos a 170.000, sendo cerca de 105.000 
mortes decorrentes das batalhas e 220.000 decorrentes de doenças infecciosas. 
No ano de 1892, outra epidemia de peste bubônica, na China e Índia, foi 
responsável pela morte de mais seis milhões de pessoas. 
Até a década de 30, este era quadro, quando Alexander Fleming, 
incidentalmente, descobriu um composto produzido por um fungo do gênero 
Penicillium, que eliminava bactérias do gênero Staphylococcus. 
Esse microrganismo pode produzir uma vasta gama de doenças no homem 
e este composto, chamado de penicilina, teve um papel fundamental no desfecho da 
Segunda Guerra Mundial, porque passou a ser administrado às tropas aliadas, 
enquanto o exército alemão continuava a sofrer pesadas baixas no campo de 
batalha. 
Além destas epidemias, vale ressaltar a importância das diferentes 
epidemias de gripe que assolaram o mundo e que continuam a manifestar-se de 
forma bastante intensa até hoje. 
Atualmente temos o problema mundial envolvendo a AIDS, o retorno da 
tuberculose como doença oportunista, e o aumento progressivo dos níveis de 
resistência aos agentes antimicrobianos que vários grupos de bactérias vêm 
apresentando atualmente. 
 
 
3.4 CADEIA DE TRANSMISSÃO DOS AGENTES INFECCIOSOS 
 
 
Para que ocorram infecções parasitárias é fundamental que haja elementos 
básicos expostos e adaptados às condições do meio. 
Os elementos básicos da cadeia de transmissão das infecções parasitárias 
são o hospedeiro, o agente infeccioso e o meio ambiente. No entanto, em muitos 
casos, temos a presença de vetores, isto é, insetos que transportam os agentes 
infecciosos de um hospedeiro parasitado a outro, até então sadio, ou seja, não 
infectado, como podemos citar nos casos da febre amarela, da leishmaniose e 
outras doenças. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
São elementos básicos da cadeia de transmissão: 
 Hospedeiro: Em uma cadeia de transmissão, o hospedeiro pode ser o 
homem ou um animal, sempre exposto ao parasito ou ao vetor transmissor. Na 
relação parasito-hospedeiro, esse pode comportar-se como um portador que não 
apresenta sintomas ou como um indivíduo que apresente sintomas, sendo que os 
dois são capazes de transmitir a doença. O hospedeiro pode ser chamado de 
intermediário quando os parasitas nele existentes se reproduzem de forma 
assexuada, ou ainda podem ser considerados como definitivo, quando os parasitas 
alojados nele se reproduzem de modo sexuado. 
 Agente infeccioso: É um ser vivo capaz de reconhecer seu 
hospedeiro, penetrar, desenvolver-se, multiplicar-se neste ser vivo e, mais tarde, sair 
para alcançar novos hospedeiros. 
 Meio ambiente:É o espaço constituído pelos fatores físicos, químicos 
e biológicos, cujo intermédio são influenciados o parasito e o hospedeiro. 
 Tipos de doenças: Destacam-se as doenças transmissíveis, são 
causadas somente por seres vivos, chamados de agentes infecciosos ou parasitos. 
E as doenças não transmissíveis, que podem ter várias causas, tais como 
deficiências metabólicas, acidentes, traumatismos ou ainda ser de origem genética. 
 Vírus: Os vírus são considerados partículas ou fragmentos celulares 
capazes de se cristalizar até alcançar o novo hospedeiro. Por serem tão pequenos, 
só podem ser vistos com o auxílio de microscópios eletrônicos. São formados 
apenas pelo material genético, que pode ser o DNA ou RNA, e uma membrana 
proteica. Não dispõem de metabolismo próprio e são incapazes de se reproduzir fora 
de uma célula. Podem causar doenças no homem, animais e plantas. 
 Bactérias: São micro-organismos muito pequenos, porém maiores que 
os vírus, mas visíveis somente ao microscópio. Apresentam formas variadas e 
pertencem ao reino Monera, sendo considerados como seres unicelulares, ou seja, 
procariontes. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
 
 
3.5 CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS 
 
 
Embora não tenha sido o primeiro a tentar classificar os seres vivos, 
Linnaeus é considerado o "pai" da taxonomia moderna. Seus estudos são 
considerados os pilares da taxonomia botânica e zoológica, pois foi o primeiro 
estudioso a utilizar o sistema binomial de classificação. 
Haeckel em 1866 incluiu o reino Protista, para classificar "animais" e 
"vegetais" unicelulares. Haeckel apresentou um esquema que representaria a árvore 
da vida, classificando os seres vivos em três reinos. 
Whittaker em 1969 propôs um novo sistema de classificação, em que os 
seres vivos seriam agrupados em cinco reinos, sendo separados principalmente 
pelas características morfológicas e fisiológicas, tais como: 
 Monera: Procariotos; 
 Protista: Eucariotos unicelulares, protozoários sem parede celular e 
algas com parede celular; 
 Fungi: Eucariotos aclorofilados; 
 Plantae: Vegetais; 
 Animalia: Animais. 
Embora extremamente úteis tais sistemas de classificação não refletiam a 
história evolutiva dos seres vivos, uma vez que se baseavam exclusivamente em 
características fenotípicas dos organismos. 
Sua utilização trouxe um conceito profundamente errôneo e ainda difundido, 
atualmente que é o de seres "menos evoluídos" e "mais evoluídos". Tais termos, 
quando analisados por uma perspectiva mais moderna deveriam ser extintos, uma 
vez que todos os seres estão em constante evolução e esses se modificam por 
diversificação e não por progressão. 
No entanto, esta questão foi abordada pelos estudos pioneiros de Carl 
Woese e colaboradores, inicialmente publicados no final da década de 70. 
De acordo com Woese, as moléculas registrariam a história da vida e, assim, 
o DNA poderia ser considerado um fóssil molecular. A partir desta premissa, Woese 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
e colaboradores propuseram um novo e revolucionário sistema de classificação 
baseado principalmente em aspectos evolutivos (filogenéticos), pela comparação 
das sequência de genes que codificavam o rRNA de diferentes organismos. 
Dessa forma, Woese acreditava que organismos filogeneticamente próximos 
exibiriam maiores semelhanças (menor diversificação) nas sequências que 
organismos filogeneticamente distantes. 
Esta nova proposta de classificação subdivide os seres vivos em três 
domínios: 
 Archaea: Composto por micro-organismos procariotos; 
 Bactéria: Composto também por micro-organismos procariotos; 
 Eukarya: Composto por micro-organismos eucariotos. 
A princípio, acredita-se que estes três domínios divergiram a partir de um 
ancestral comum. 
As algas caracterizam-se por apresentarem clorofila, além de outros 
pigmentos, sendo encontradas basicamente nos solos e águas. 
Os protozoários correspondem a células eucarióticas, não pigmentados, 
geralmente móveis e sem parede celular, nutrindo-se por ingestão e podendo ser 
saprófitas ou parasitas. 
Os fungos são também células sem clorofila, que apresentam parede 
celular, realizam metabolismo heterotrófico e nutrem-se por absorção. 
Os vírus são também abordados pela microbiologia, embora sejam 
entidades acelulares, que não apresentam metabolismo próprio, sendo dependentes 
de uma célula hospedeira. 
 
 
3.6 A MICROBIOLOGIA ATUALMENTE 
 
 
A definição clássica de microbiologia mostra-se bastante imprecisa, e até 
mesmo inadequada, frente aos dados da literatura publicados nestas últimas 
décadas. 
 
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 41 
Podemos citar duas premissas que já não podem mais ser consideradas 
como verdade absoluta na conceituação desta área de conhecimento, são elas: as 
dimensões dos microrganismos e a natureza independente destes seres. 
No ano de 1985 foi descoberto um organismo, denominado Epulopiscium 
fischelsoni que, a partir de 1991, foi definido como sendo o maior procarioto já 
descrito, exibindo cerca de 500 µm de comprimento. 
Esta bactéria foi isolada do intestino de um peixe marinho, encontrado nas 
águas da Austrália e do Mar Vermelho. Além de apresentar dimensões nunca vistas, 
tal bactéria mostra-se totalmente diferente das demais quanto ao processo de 
divisão celular, que ao invés de ser por fusão binária, envolve um provável tipo de 
reprodução vivípara, levando à formação de pequenos “glóbulos”, que 
correspondem às células filhas. 
Recentemente, em 1999, outro relato descreve o isolamento de uma 
bactéria ainda maior, isolada na costa da Namíbia. Esta, denominada Thiomargarita 
namibiensis, pode ser visualizada a olho nu, atingindo aproximadamente 0,8 mm de 
comprimento e 0,1 a 0,3 mm de largura. 
 
 
3.7 PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS MICRO-ORGANISMOS NA NATUREZA 
 
 
Como sabemos, os micro-organismos possuem um importante papel como 
componentes da flora residente de animais e plantas e em nosso dia a dia 
convivemos com os mais diversos produtos microbiológicos naturais, como por 
exemplo, o vinho, a cerveja, o queijo, dentre outros. 
Paralelamente, não podemos deixar de lado a importância dos processos 
biotecnológicos, envolvendo engenharia genética, que permitem a criação de novos 
microrganismos, com as mais diversas capacidades metabólicas. 
Os microrganismos desempenham também um importante papel nos 
processos geoquímicos, tais como o ciclo do carbono e do nitrogênio, sendo 
genericamente importantes nos processos de decomposição de substratos e sua 
reciclagem. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 42 
O carbono encontra-se na atmosfera primariamente como CO2, sendo 
utilizado pelos organismos fotossintetizantes, para sua nutrição. Virtualmente, a 
energia para o desenvolvimento da vida na Terra é derivada, em última análise, a 
partir de luz solar. 
A luz é captada pelas plantas e microrganismos fotossintetizantes, como por 
exemplo, algas e bactérias, que convertem o CO2
 
 
Os microrganismos podem provocar eventualmente doenças no homem, 
outros animais e plantas. Apesar dos enormes avanços em relação ao tratamento de 
doenças infecciosas, essas vêm se tornando novamente um tema preocupante, em 
virtude do crescente surgimento de linhagens bacterianas cada vez mais resistentes 
às drogas. 
 em compostos orgânicos. 
Os animais herbívoros alimentam-se de plantas e os carnívoros alimentam-
se dos herbívoros. 
Em termos de ciclo global, há um balanço entre o consumo de CO2 na 
fotossíntese e sua produção por intermédio da mineralização e respiração. Esse 
balanço, no entanto, vem sendo fortemente alterado por atividades humanas, tais 
como a queima de combustíveis fósseis, promovendo um aumento da quantidade de 
CO2 atmosférico, resultando efeito estufa. 
A celulose existente nas plantas, embora seja um substrato extremamente 
abundante na Terra, não é utilizável pela vasta maioria dos animais. 
Por outro lado, vários microrganismos,incluindo fungos, bactérias e 
protozoários a utilizam, como fonte de carbono e energia. Destes microrganismos, 
muitos se encontram no trato intestinal de vários herbívoros e nos cupins. 
Outra abordagem que tem se mostrado de grande valia para o homem 
refere-se à introdução de genes bacterianos em outros organismos, chamados de 
transgênicos, tais como plantas. Assim, está em franco desenvolvimento a obtenção 
de plantas transgênicas resistentes a pesticidas ou ao ataque de insetos. 
 
 
3.8 MICRORGANISMOS COMO AGENTES DE DOENÇAS 
 
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 43 
Hoje, a Organização Mundial da Saúde vem demonstrando crescente 
interesse nas doenças emergentes e re-emergentes, de origem infecciosa. 
 
 
4 NOÇÕES DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS 
 
 
Na área médica, uma doença infecciosa ou doença transmissível é qualquer 
doença causada por um agente biológico, como por exemplo, um vírus, bactéria ou 
parasita, em contraste com causa física, como uma grave queimadura, uma fratura 
exposta ou ainda uma intoxicação química. 
Exemplos de doenças infecciosas: 
 Malária; 
 Dengue; 
 Febre amarela; 
 Leptospirose; 
 Hepatite A; 
 Hepatite E; 
 Febre tifoide; 
 Cólera; 
 Poliomielite; 
 Sarampo; 
 Rubéola; 
 Caxumba; 
 Tétano; 
 Difteria; 
 Antraz; 
 Sars; 
 Varicela; 
 Tuberculose; 
 Doença meningocócica; 
 Gripe; 
 Estafilococcias; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia�
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Queimadura�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intoxica%C3%A7%C3%A3o�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dengue�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_amarela�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leptospirose�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hepatite�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_tif%C3%B3ide�
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lera�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poliomielite�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarampo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9ola�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caxumba�
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9tano�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Difteria�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carb%C3%BAnculo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sars�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Varicela�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuberculose�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meningococo�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Staphylococcus�
 
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 44 
 Estreptococcias; 
 Gripe suina; 
 AIDS (HIV). 
 
As doenças infectocontagiosas, de forma bem simples, são doenças 
causadas por diferentes agentes, bactérias ou vírus, em sua maioria, que podem ser 
transmitidas diretamente de uma pessoa doente para outra pessoa, estando esta 
doente ou não. 
As principais doenças infectocontagiosas são as transmitidas pela via 
denominada fecal-oral por meio de água e alimentos contaminados, por via 
respiratória, como no caso de secreções respiratórias, pelo contato sexual, atingindo 
pessoas que são sexualamente ativas. 
Várias dessas afecções podem ser prevenidas por meio da vacinação. É o 
caso de doenças como Hepatite B, HPV, sarampo, tuberculose, varicela, gripe, entre 
outras. 
Geralmente, medidas básicas de saúde e bem-estar são sempre indicadas 
para controle da transmissão de agentes infecciosos, como alimentação equilibrada, 
uma noite adequada de sono adequado e ventilação nos ambientes da casa. 
Os cuidados variam conforme a via de transmissão preferencial, como por 
exemplo, as pessoas sexualmente ativas devem evitar ter relações sexuais sem 
preservativos, evitando assim, adquirir uma doença sexualmente transmissível. 
Com relação às doenças transmitidas na forma fecal-oral, um cuidado 
importante a ser levado em conta é a correta manipulação dos alimentos e bebidas e 
as boas condições sanitárias. 
Portanto, beber água somente filtrada e/ou fervida, higienizar bem os 
alimentos antes do consumo e dar atenção ao acondicionamento e às condições de 
temperatura a que são submetidos. 
Se a doença a ser evitada tem transmissão pelas secreções respiratórias, é 
aconselhável o uso de máscaras e o isolamento do paciente. Ensine-o a usar um 
lenço de papel para tapar a boca e o nariz sempre que espirrar ou tossir e a jogá-lo 
diretamente no lixo. Deve-se evitar o uso de toalhas e substituí-las por lenços de 
papel, e fazer sempre a desinfecção de mobílias e equipamentos de higiene 
utilizados. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Streptococcus�
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe_suina�
http://pt.wikipedia.org/wiki/AIDS�
http://pt.wikipedia.org/wiki/HIV�
 
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 45 
A lavagem das mãos é a forma mais eficaz de prevenir as infecções 
transmitidas pelo contato e pela via fecal-oral, como gripes, conjuntivites e diarreias 
infecciosas e ainda auxilia na prevenção daquelas transmitidas por via respiratória. 
O instrumentador cirúrgico não pode nunca se esquecer deste princípio 
básico, pois estará trabalhando com o paciente em uma condição frágil, portanto 
propenso a adquirir e transmitir infecções. 
O simples ato de lavar as mãos previne até 80% a transmissão das doenças 
infecciosas. A lavagem das mãos é o procedimento de mais fácil acesso a todos os 
profissionais e instituições hospitalares, ou seja, é barato, prático e de alta eficácia. 
Essa medida deve ser estimulada ainda mais no ambiente hospitalar, com a 
disponibilização de lavabos, sabonete líquido. É importante também que os 
profissionais de saúde sejam orientados e treinados para evitar a transmissão 
cruzada entre os pacientes. 
Como já citamos anteriormente, mas estaremos reforçando aqui, as doenças 
infecciosas podem ser causadas por vírus, como a hepatite, a rubéola e o sarampo, 
ou por bactérias, como o tétano e a meningite. 
Contra os vírus, o único tratamento, na maioria dos casos, é a vacina. Se 
esta não existir, o organismo ou vence a infecção com os seus próprios anticorpos 
ou entra em sofrimento. 
Se o responsável for uma bactéria, no caso de não ter sido efetuada uma 
prevenção com uma vacina, ou de esta não existir, a infecção será combatida com 
antibióticos. 
Às vezes, porém, a doença consegue provocar lesões graves ou 
completamente irreparáveis, antes que se consiga intervir com o antibiótico, como é 
o caso, por exemplo, do tétano. 
O instrumentador cirúrgico deve lembrar que as doenças infecciosas são 
contagiosas, ou seja, podem ser transmitidas de uma pessoa para outra. Elas 
podem ser transmitidas por contato com a pele, através de fluidos corporais, em 
alimentos ou bebidas contaminados ou por partículas do ar que contenham micro-
organismos, embora os caminhos e facilidade de transmissão variem de uma 
doença para outra. 
Outra forma de transmissão muito comum em nosso país são as picadas de 
insetos ou mordidas de animais. Se um inseto picar uma pessoa infectada, ele pode 
 
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 46 
transmitir o micro-organismo e passar a doença para outra por meio de uma nova 
picada. 
 
 
5 NOÇÕES DE ANESTESIOLOGIA 
 
 
De todas as especialidades médicas aquela que envolve mais mistério é a 
anestesia. Envolta numa bruma de falsos conceitos e antigos dogmas, o 
desconhecimento do que é a anestesia quando o paciente é anestesiado é o grande 
responsável por este medo. 
Sem contar que muitos casos de intercorrências relacionadas às cirurgias 
são creditados ao procedimento anestésico, porém nem sempre essa é a causa da 
intercorrência. 
A palavra anestesia deriva do grego e significa “ausência de sensações”. 
Trata-se de um estado induzido por medicamentos, que torna possível a execução 
de procedimentos terapêuticos e diagnósticos sem dor. 
A maioria das pessoas associa a palavra anestesia a anestesia geral, porém 
a anestesia pode ser geral, regional, local ou sedação. Muitas vezes, esses tipos de

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