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Comunicação com deficientes

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REVISÃO DE HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO 
 
 
Comunicação com deficientes 
 
O que é deficiência (Impairments)? 
É definido como a ​perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, 
fisiológica ou anatômica. Em princípio, as deficiências representam distúrbios no 
nível do órgão. 
 
“A deficiência é qualquer disfunção estrutural, psicológica, fisiológica ou anatômica 
que representam algum distúrbio no órgão, geneticamente anormal ou que foi 
perdido” - Rayanni 
 
 
O que incapacidade (Disabilities)? 
Reflete as ​conseqüências da deficiência em termos de qualquer ​restrição ou 
falta ​de habilidade para se realizar uma atividade de uma maneira ou dentro da 
amplitude normal para o ser humano. 
 
“A incapacidade refere-se a falta ou restrição de habilidades para realização de 
atividades com a amplitude padrão para o ser humano devido a deficiência” 
- Rayanni 
 
 
O que é desvantagem (Handicaps)? 
As desvantagens refletem, desta forma, a ​discordância entre o desempenho do 
indivíduo e as expectativas sociais​, incluindo as familiares, em relação a esse 
indivíduo ou grupo de pessoas no qual ele ou ela é membro 
 
 
“A desvantagem é quando o desempenho do indivíduo deficiente não corresponde 
às expectativas sociais, como a relação familiar ou com outros grupos sociais dos 
quais ele é membro” - Rayanni 
 
 
Pacientes surdos 
Mitos sobre a comunicação com o paciente surdo 
● A leitura labial é uma habilidade universal dos surdos; 
● A escrita é sempre um método eficaz de se comunicar com pacientes surdos; 
● O intérprete de língua de sinais deve ser seu interlocutor 
Em relação às características comunicativas os surdos podem ser divididos em 3 
categorias: 
 
1. Pessoas com dificuldades de audição que linguisticamente ainda se beneficiam 
com o código verbal; 
2. Pessoas surdas que se comunicam oralmente (surdos oralizados). 
 
a. adultos que perderam a audição; 
b. crianças surdas que foram educadas numa linha oralista. 
 
 
3. Pessoas surdas que se comunicam pela língua de sinais (surdos pré-oralizados) 
que perderam a audição antes dos 3 anos de idade, ou seja, no período da 
aquisição da linguagem verbal e que foram educadas pela língua de sinais 
 
 
O que fazer na comunicação com paciente surdo? 
➔ Se você souber alguma ​linguagem de sinais​, tente usá-la. Se a pessoa 
surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, suas tentativas 
serão apreciadas e estimuladas. 
➔ Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando 
atenção em você, ​acene para ela ou toque​, levemente, em seu braço. 
➔ Quando estiver conversando com uma pessoa surda, fale de ​maneira clara​, 
pronunciando bem as palavras, mas não exagere. 
➔ Use a sua ​velocidade normal​, a não ser que lhe peçam para falar mais 
devagar. 
➔ Use um tom de voz normal​, a não ser que lhe peçam para falar mais alto. 
Não grite. 
➔ Faça com que a sua boca esteja ​bem visível. Gesticular ou segurar algo em 
frente à boca torna impossível a leitura labial. 
➔ Seja ​expressivo ​ao falar. 
➔ Enquanto estiver conversando, mantenha sempre ​contato visual​. 
➔ Não se acanhe em pedir para que ​repita​. 
➔ Dirija-se à pessoa surda, ​não ao intérprete​. 
 
 
Pacientes cegos 
● Quando relacionar-se com pessoas cegas ou com deficiência visual, 
identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela e ofereça seu 
auxílio. 
 
● Caso seja necessária sua ajuda como guia, coloque a mão da pessoa no seu 
cotovelo dobrado ou em seu ombro, conforme a preferência da pessoa a ser 
guiada. Além disso, é sempre bom ​avisar antecipadamente a existência de 
degraus, escadas rolantes, pisos escorregadios, buracos e obstáculos 
durante o trajeto. 
 
● Médicos devem ​se dirigir a pessoa cega​, mesmo quando essa estiver 
sendo acompanhada por outra pessoa. O médico não pode simplesmente 
assumir que o acompanhante da pessoa cega é o responsável por ela ou 
pela saúde dela. 
 
● O médico deve ​identificar ao cego todas as pessoas que entram no 
consultório durante a consulta, umas vez que pessoas cegas não são 
capazes de realizar essa identificação sozinhas 
 
● É preciso ​comunicar com antecedência os procedimentos físicos que vão 
ser realizados, por exemplo: uso de termômetros e retirada de sangue 
 
● Como os pacientes não podem ler o receituário, médicos devem permitir que 
os pacientes deficientes visuais gravem a consulta para se lembrar quando, 
como e por quanto tempo tomar os remédios 
 
 
Pacientes com deficiência cognitiva 
● Não as ignore. Cumprimente e despeça-se delas normalmente, como faria 
com qualquer pessoa. Dê atenção, converse e seja gentil. 
● Não superproteja​. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que 
puder. 
● Não subestime sua inteligência​. As pessoas com deficiência intelectual 
podem levar mais tempo, mas adquirem habilidades intelectuais e sociais. 
● Não confunda deficiência intelectual com doença mental​. As pessoas 
com deficiência intelectual possuem déficit no desenvolvimento, enquanto 
que a doença mental se refere aos transtornos de ordem psicológica ou 
psiquiátrica. 
 
 
Pacientes com deficiência física 
● Uma das coisas importantes a saber é que, para uma pessoa sentada, é 
incômodo ficar olhando para cima por muito tempo. Portanto, ao conversar 
por mais tempo que alguns minutos com uma pessoa em cadeira de rodas, 
sente-se, para que você e ela fiquem ​no mesmo nível​. 
● A cadeira de rodas (assim como as bengalas e muletas) é ​parte do espaço 
corporal da pessoa​, quase uma extensão do seu corpo. Não se deve 
agarrar ou apoiar-se nela 
● Nunca movimente a cadeira de rodas ​sem antes pedir permissão ​para a 
pessoa. 
● Quando estiver conduzindo uma cadeira de rodas e parar para conversar 
com alguém, lembre-se de ​virar a cadeira de frente ​para que a pessoa 
também possa participar da conversa. 
● Ao conduzir uma pessoa em cadeira de rodas, faça-o com cuidado​. Preste 
atenção para não bater nas pessoas que caminham à frente. Para subir 
degraus, incline a cadeira para trás para levantar as rodinhas da frente e 
apoiá-las sobre a elevação. Para descer um degrau, é mais seguro fazê-lo de 
marcha à ré, sempre apoiando para que a descida seja sem solavancos. 
● Mantenha as muletas ou bengalas ​sempre próximas à pessoa com 
deficiência. 
● Pessoas com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar, falar e 
podem fazer movimentos involuntários com pernas e braços. Se a pessoa 
tiver dificuldade na fala e você não compreender imediatamente o que ela 
está dizendo, peça para que ​repita​. 
 
 
Comunicação de Más Notícias 
 
O que é uma má notícia? 
O termo “má notícia” designa qualquer informação transmitida ao paciente ou a seus 
familiares que implique, direta ou indiretamente, alguma alteração negativa na vida 
destes. É importante que seja definido do ponto de vista do paciente: a notícia 
recebida por este é considerada​ desagradável em seu contexto​. 
Dessa forma, embora normalmente associada à transmissão de diagnóstico de 
doenças terminais​, a má notícia pode tratar de patologias menos dramáticas​, 
mas também traumatizantes para o paciente. Por exemplo, inclui um diagnóstico 
que imporá mudanças na vida do paciente, como diabetes num adolescente ou 
cardiopatia num atleta, uma resposta inadequada a determinada terapêutica, uma 
necessidade de tratamento ou procedimentoem ​momento inoportuno na vida do 
paciente. 
 
O que é o Protocolo Spikes? 
É um mecanismo com algumas orientações gerais sobre como sistematizar a 
transmissão de uma má notícia, tornando-a menos traumática para o médico e ao 
mesmo tempo focalizando a atenção no paciente. 
 
 
O protocolo Spikes descreve seis passos de maneira didática para comunicar más 
notícias. 
 
Setting up 
O primeiro passo se refere à ​preparação do médico e do espaço físico para o 
evento. 
 
Perception 
O segundo verifica até que ponto o paciente tem ​consciência de seu estado​. 
 
Invitation 
O terceiro procura entender quanto o paciente​ deseja saber sobre sua doença​. 
 
Knowledge 
O quarto será a ​transmissão da informação ​propriamente dita. Neste ponto, são 
ressaltadas algumas recomendações, como: 
● utilizar frases introdutórias que indiquem ao paciente que más notícias virão; 
● não fazê-lo de forma brusca ou usar palavras técnicas em excesso; 
● checar a compreensão do paciente. 
 
Emotions 
O quinto passo é reservado para ​responder empaticamente à reação 
demonstrada pelo paciente. 
 
Strategy and Summary 
O sexto ​diminui a ansiedade do paciente ao lhe revelar o ​plano terapêutico ​e o 
que pode vir a acontecer. 
 
 
 
 
 
 
Cuidados Paliativos 
 
O que são cuidados paliativos? 
Abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e de seus familiares, ao 
enfrentarem ​doenças que ameacem a continuidade da vida​, por meio da 
prevenção e do alívio do sofrimento. Requer identificação precoce, avaliação e 
tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. 
 
A doença interrompe o projeto de vida ​da pessoa, gerando a necessidade de uma 
provisão de cuidados no sentido de ​recuperar sua capacidade para viver o mais 
próximo possível do “normal” ao longo da experiência da doença. 
 
 
Cuidados Paliativos auxiliam pacientes e familiares a: 
● lidar com questões físicas, psicológicas, sociais, espirituais e de ordem 
prática, com seus medos, suas expectativas, necessidades e esperanças; 
● preparar-se para a ​autodeterminação no manejo do processo de morrer e 
do final da vida; 
● lidar com as ​perdas ​durante a doença e o período de luto; 
● alcançar o seu ​potencial máximo​, mesmo diante da adversidade. 
 
Quais são os profissionais da equipe? 
É uma ​equipe interdisciplinar​, com médicos, enfermeiros, assistentes sociais, 
psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, 
capelães e voluntários que sejam competentes e habilidosos em todos os aspectos 
do processo de cuidar relacionados à sua área de atuação. 
 
Terapias Complementares 
São as terapias que se utilizam de todos os recursos de ​métodos terapêuticos​, 
não dispensando a importância da medicina convencional e sempre colocando as 
necessidades individuais do paciente em primeiro lugar e empregando técnicas 
seguras, com o pleno conhecimento e consentimento do interagente. 
 
As terapias complementares promovem: 
● relaxamento; 
● oferecimento de oportunidade de contato com o paciente; 
● estabelecimento de uma relação entre profissional – paciente; 
● evitam o isolamento e depressão; 
● facilitam a interação entre paciente e família; 
● proporcionam uma melhora da qualidade de vida; 
● potencializam o efeito dos medicamentos no controle da dor; 
● alívio de sintomas 
O principal objetivo é o ​alívio dos sintomas e por ​não produzir efeitos colaterais​, 
além de proporcionar uma melhora da qualidade de vida e potencializar o efeito dos 
medicamentos no controle da dor. 
 
 
Em fevereiro de 2005, foi fundada a ​Academia Nacional de Cuidados Paliativos 
(ANCP)​, a qual empenha-se no incentivo à educação, assistência e pesquisa sobre 
Cuidado Paliativo em instituições de saúde em todo o Brasil. 
O Conselho Federal de Medicina (CFM) incluiu em seu novo Código de ética 
médica, os Cuidados Paliativos como princípio fundamental. 
 
Alguns princípios estabelecidos pela DCN (Diretrizes Curriculares Nacionais) e 
relacionados ao CP: 
● Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida; 
● Não acelerar nem adiar a morte; 
● Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente; 
● Oferecer um sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença 
do paciente e ao enfrentar o luto; 
● Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e 
seus familiares, incluindo acompanhamento no luto; 
● Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença; 
● Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis; 
 
 
Diretivas Antecipadas de Vontade 
As diretivas antecipadas de vontade são reconhecidas pelo Conselho Federal de 
Medicina (Resolução CFM 1.995/2012) e representam um suporte ético e legal para 
que os profissionais da saúde respeitem a vontade da pessoa que designa um 
representante para a tomada de decisões. 
O seu objetivo é permitir que a pessoa ​faça suas escolhas sobre tratamentos 
futuros e a assistência que deseja receber, ou não, caso haja um momento em que 
ela​ se encontre incapaz de se comunicar​ ou de expressar sua vontade. 
 
O que é Hospice? 
Hospice é uma ​filosofia do cuidado​;, que trata-se da aplicação de cuidados 
paliativos de modo intensivo​,direcionado a pacientes em estágio de doenças 
avançadas, compreendendo também apoio aos familiares. 
Pacientes indicados ao atendimento no estilo hospice, possuem estimativa de vida 
de 6 meses ou menos e os cuidados incluem a assistência durante o processo de 
morrer, e se estende o acolhimentos de familiares em luto. 
 
 
Tem como objetivo permitir: 
● Morte segura e confortável ​– visa a promoção da qualidade de vida durante 
os últimos meses do paciente garantindo-o que ele morra da melhor forma 
possível; 
● Autodeterminação no gerenciamento do processo de morrer – facilitar a 
resolução de pendências; 
● Luto eficaz – auxiliando pacientes e familiares a lidarem com perdas e 
sofrimento e ajudando famílias a se reorganizarem após a morte do ente 
querido.

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