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Neoplasias
- As neoplasias compreendem um conjunto de mais de cem doenças que compartilham em comum
uma proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma;
- No uso médico comum, as neoplasias são denominadas “tumores”;
- Possuem causas multifatoriais, mas alterações genéticas adquiridas espontaneamente ou
induzidas podem estar relacionadas à sua origem e comportamento;
- Os cânceres geralmente mostram alterações epigenéticas, como alterações na metilação do
DNA e na modificação das histonas;
- As células neoplásicas são referidas como células “transformadas”. Estas continuam a se
replicar com independência dos reguladores de crescimento (autonomia de crescimento);
- Os neoplasmas também são caracterizados pela “progressividade”. Dessa forma, tendem a
aumentar de tamanho;
- As neoplasias, ou tumores, possuem dois componentes básicos: o parênquima, constituído por
células neoplásicas (transformadas) que proliferam. E o estroma, constituído principalmente por
tecido conjuntivo fibroso, vasos sanguíneos e células inflamatórias.
- O parênquima determina o comportamento biológico;
- O estroma tem papel no crescimento da neoplasia, uma vez que possui o suprimento sanguíneo
e dá suporte ao crescimento das células transformadas;
- O aspecto microscópico ou histomorfológico, leva em consideração o tipo de tecido ou célula
proliferante;
- O critério histogenético indica se a neoplasia deriva de um tecido epitelial, mesenquimal ou
embrionário;
Neoplasias benignas
As neoplasias benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de forma organizada, geralmente
lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos. Apesar de não invadirem os tecidos vizinhos, podem
comprimir os órgãos e tecidos adjacentes. O lipoma (que tem origem no tecido gorduroso), o mioma (que
tem origem no tecido muscular liso) e o adenoma (tumor benigno das glândulas) são exemplos de tumores
benignos.
- Características micro e macroscópicas relativamente inocentes;
- Permanece localizadas;
- Tratável com remoção cirúrgica;
- Bom prognóstico;
- São nomeados com o acréscimo do sufixo OMA ao tipo celular do qual ele surge:
1. Tumores benignos que surgem de origem mesenquimal, como o tecido adiposo, são
denominados lipomas;
2. Neoplasias benignas que originam-se em epitélios, possuem seu nome baseado no
padrão microscópico ou macroscópico. No caso do epitélio ser glandular, ou possuir
padrão glandular, denomina-se adenoma, como o adenoma do cólon. Quando a
proliferação neoplásica epitelial adquirir um padrão papilar (em forma de dedos),
denomina-se papiloma, como o papiloma intraductal da mama.
- ATENÇÃO: Algumas neoplasias malignas recebem o sufixo OMA. Ex: Linfoma, glioblastoma e
melanoma.
- tumor benigno no músculo liso - leiomioma
- tumor benigno no tecido conjuntivo - fibroma
- tumor benigno no revestimento cerebral - meningioma
- tumor benigno do tecido cartilaginoso – condroma;
- tumor benigno do tecido gorduroso – lipoma;
- tumor benigno do tecido glandular – adenoma.
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Conceitos gerais
Tumores benignos: Formado por células bem diferenciadas (semelhantes às do tecido normal); estrutura
típica do tecido de origem;
Crescimento progressivo; pode regredir; mitoses normais e raras;
Massa bem delimitada, expansiva; não invade nem infiltra tecidos adjacentes;
Não ocorre metástase.
Tumores malignos: Formado por células anaplásicas (diferentes das do tecido normal); atípico; falta
diferenciação;
Crescimento rápido; mitoses anormais e numerosas;
Massa pouco delimitada, localmente invasivo; infiltra tecidos adjacentes;
Metástase frequentemente presente.
A nomenclatura dos diferentes tipos de câncer está relacionada ao tipo de célula que deu origem ao
tumor. Como o corpo humano possui diferentes tipos de células que formam os tecidos, o nome dado aos
tumores depende do tipo de tecido que lhes deu origem.
Nos tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo -oma (tumor) ao termo que designa o tecido que
os originou.
Exemplos:
• Tumor benigno do tecido cartilaginoso: condroma.
• Tumor benigno do tecido gorduroso: lipoma.
• Tumor benigno do tecido glandular: adenoma.
Nos tumores malignos, considera-se a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor:
• Tumores malignos originados dos epitélios de revestimento externo e interno são denominados
carcinomas; quando o epitélio de origem é glandular, passam a ser chamados adenocarcinomas.
Exemplos: carcinoma de células escamosas, carcinoma basocelular, carcinoma sebáceo.
• Tumores malignos originados dos tecidos conjuntivos (mesenquimais) têm o acréscimo de sarcoma ao
final do termo que corresponde ao tecido. Exemplo: tumor do tecido ósseo – osteossarcoma.
Ainda sobre a nomenclatura dos tumores, cabe ressaltar que, geralmente, além do tipo histológico,
acrescenta-se a topografia. Por exemplo:
• Adenocarcinoma de pulmão.
• Adenocarcinoma de pâncreas.
• Osteossarcoma de fêmur.
Entretanto, há exceções. A nomenclatura dos tumores pode ser feita também das seguintes formas:
• Utilizando o nome dos cientistas que os descreveram pela primeira vez (ou porque sua origem celular
demorou a ser esclarecida, ou porque os nomes ficaram consagrados pelo uso). Exemplos: linfoma de
Burkitt, sarcoma de Kaposi e tumor de Wilms.
• Utilizando nomes sem citar que são tumores, como por exemplo: doença de Hodgkin; mola Hida-
tiforme e micose fungoide.
Embora os nomes não sugiram sequer neoplasia, trata-se de tumores do sistema linfático, de tecido
placentário e da pele, respectivamente.
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Neoplasias malignas (câncer)
As neoplasias malignas ou tumores malignos manifestam um maior grau de autonomia e são capazes de
invadir tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser resistentes ao tratamento e causar a
morte do hospedeiro.
Quanto aos tumores malignos, é necessário considerar a origem embrionária dos tecidos de que deriva o
tumor. Quando sua origem for dos tecidos de revestimento externo e interno, os tumores são
denominados carcinomas. Quando o epitélio de origem for glandular, passam a ser chamados de
adenocarcinomas. Já os tumores malignos originários dos tecidos conjuntivos ou mesenquimais será
feito o acréscimo de "sarcoma" ao vocábulo que corresponde ao tecido. Por sua vez, os tumores de
origem nas células blásticas, que ocorrem mais frequentemente na infância, têm o sufixo "blastoma"
acrescentado ao vocábulo que corresponde ao tecido original.
Exemplos:
Carcinoma basocelular de face – tumor maligno da pele;
Adenocarcinoma de ovário – tumor maligno do epitélio do ovário;
Condrossarcoma - tumor maligno do tecido cartilaginoso;
Lipossarcoma - tumor maligno do tecido gorduroso;
Leiomiossarcoma - tumor maligno do tecido muscular liso;
Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido hepático jovem;
Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem.
Câncer in situ x Câncer invasivo
O câncer não invasivo ou carcinoma in situ é o primeiro estágio em que o câncer pode ser classificado
(essa classificação não se aplica aos cânceres do sistema sanguíneo). Nesse estágio (in situ), as células
cancerosas estão somente na camada de tecido na qual se desenvolveram e ainda não se espalharam
para outras camadas do órgão de origem. A maioria dos cânceres in situ é curável se for tratada antes
de progredir para a fase de câncer invasivo. Tumor original Célula tumoral Capilares Tecido normal
Célula imune Metástase Eliminação da célula tumoral Vasos tumorais
No câncer invasivo, as células cancerosas invadem outras camadas celulares do órgão, ganham a
corrente sanguínea ou linfática e têm a capacidade de se disseminar para outras partes do corpo. Essa
capacidade de invasão e disseminação que os tumores malignos apresentam de produzir outros tumores,
em outras partes do corpo, a partir de um já existente, é a principal característica do câncer. Esses
novos focos de doençasão chamados de metástases.
Formação do câncer
O câncer pode se formar através de alterações genéticas. Uma vez com o DNA alterado, as células
passam a receber instruções alteradas.
Independentemente da exposição a agentes cancerígenos ou carcinógenos, as células sofrem processos
de mutação espontânea, que não alteram seu desenvolvimento normal.
- As alterações podem surgir em genes especiais, denominados protooncogenes, inicialmente
inativos em células normais. Caso sejam ativados, os protooncogenes transformam-se em
oncogenes. Estes são responsáveis pela malignização das células normais.
Oncogênese
A oncogênese ou carcinogênese, é o processo responsável pela formação do câncer. Tal processo
ocorre lentamente, e os efeitos cumulativos de diversos agentes carcinógenos são os responsáveis pelo
início, promoção, progressão e inibição do tumor. A carcinogênese surge pela exposição de tais agentes
e pela interação dos mesmos.
Esse processo é composto por três estágios:
• Estágio de iniciação, no qual os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos.
• Estágio de promoção, no qual os agentes oncopromotores atuam na célula já alterada.
• Estágio de progressão, caracterizado pela multiplicação descontrolada e irreversível da célula.
- Características micro e macroscópicas indicam capacidade de invasão;
- Destruição de estruturas adjacentes;
- Metástase (capaz de disseminar-se para locais distantes);
- Sarcomas são neoplasias malignas com origens em tecidos mesenquimais ou derivados
acrescidos do tipo celular de que são compostos. Nesse sentido um câncer com origem no
tecido ósseo é um osteosarcoma;
- As neoplasias malignas que se originam em tecidos epiteliais são denominadas carcinomas.
Assim um câncer que surge nas passagens respiratórias é denominado carcinoma broncogênico;
- Se a neoplasia maligna apresentar células escamosas, é denominado carcinoma de células
escamosas ou carcinoma epidermóide. Ex: carcinoma de células escamosas de colo de útero;
- Quando o tumor maligno de origem epitelial apresenta um padrão glandular, aplica-se o termo
adenocarcinoma, como o adenocarcinoma gástrico.
- Quando a neoplasia apresenta componentes neoplásicos epiteliais e mesenquimais, recebe a
denominação de tumor misto. Ex: adenoma pleomórfico (tumor misto de glândula salivar);
- Quando a neoplasia se origina no tecido embrionário, utiliza-se o sufixo -BLASTOMA. Ex:
nefroblastoma e neuroblastoma.
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● Neoplasias que possuem tecido oriundo de mais de um folheto embrionário, são denominadas
teratoma, que podem ser maduros (cisto dermóide), ou imaturos (teratocarcinoma) —> Obs:
Teratomas podem ser tumores benignos ou malignos e originam-se sobretudo nas gônadas
(testículos ou ovários). Além disso, originam-se de células germinativas neoplásicas que se
diferenciam em células somáticas derivadas dos três folhetos embrionários. Dessa forma,
podemos encontrar uma heterogênea coleção de tecidos e estruturas, como pelos, tecido
neural, ilhas de cartilagem, feixes musculares.
● Em Teratomas benignos a diferenciação de tecidos que formam estruturas organóides.
Observa-se a presença de pelos e dentes e o aspecto histológico demonstra a presença de
pele, anexos cutâneos e cartilagem madura.
● Em Teratomas malignos a diferenciação celular é limitada, por isso são imaturos. Encontram-se
apenas raros esboços organóides de permeio com as células que sofrem transformação maligna.
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Diferenciação das neoplasias malignas e benignas
As neoplasias apresentam dois componentes básicos: um parênquima, composto por células em
proliferação, as quais determinam o comportamento e as consequências da doença, e um estroma,
formado por tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, os quais definem o crescimento e a evolução da
neoplasia. É importante destacar aqui que nem toda neoplasia é um câncer.
A diferenciação de neoplasias malignas x benignas, é determinada a partir de critérios clínicos,
anatômicos e algumas características fundamentais.
1. Diferenciação e anaplasia: O processo de diferenciação compreende a proliferação e maturação
das células progenitoras em células especializadas.
Diferenciação: extensão em que células do parênquima tumoral se assemelham (morfologia e
função) às células normais.
Anaplasia: falta de diferenciação. —> CARACTERÍSTICA DE MALIGNIDADE.
- Ambas as características citadas acima são observadas apenas em células proliferantes do
parênquima, que constituem os elementos transformados das neoplasias;
- As células do parênquima das neoplasias benignas são todas semelhantes e reproduzem o
aspecto das células do tecido de origem. Além disso são denominadas bem diferenciadas;
- As células de neoplasias malignas, guardam pouca semelhança com as células que a
originaram, denominam-se pouco diferenciadas ou indiferenciadas;
Anaplasia
- Como característica morfológica, as células de tumores anaplásicos mostram acentuado
pleomorfismo, ou seja, variação no tamanho e em sua forma;
- As mitoses são numerosas e atípicas;
- Núcleo celular hipercromático;
- Aumento da relação núcleo/citoplasma.
2. Velocidade e crescimento: tumores benignos possuem crescimento lento, baixa taxa de divisão
celular (baixo índice mitótico). Além disso, as células crescem unidas entre si, não se infiltram em
tecidos vizinhos e formam uma massa esférica.
O lento crescimento do tumor permite o desenvolvimento adequado de vasos sanguíneos,
assegurando boa nutrição celular. Assim, degenerações, necroses e hemorragias são pouco
comuns. Todavia, algumas neoplasias benignas podem crescer muito como os leiomiomas
uterinos.
É importante ressaltar que a localização da neoplasia é importante em uma avaliação. O
crescimento expansivo de neoplasias benignas pode provocar a compressão de estruturas
adjacentes importantes. Os meningiomas (tumores predominantemente benignos) podem
comprimir o cérebro dependendo do grau de expansão, todavia não o invade.
Os tumores malignos, possuem alta velocidade de crescimento, alta taxa de divisão celular (alto
índice mitótico), são mal diferenciados e necroses isquêmicas podem ser comuns, pois o
suprimento sanguíneo é insuficiente para atender a demanda de oxigênio da massa celular em
expansão.
3. Tipo de crescimento: As neoplasias benignas, permanecem localizadas em seu sítio de origem e
são bem delimitadas (possuem limites bem nítidos definidos). Não obstante, grande parte dos
tumores benignos desenvolvem uma cápsula fibrosa envoltória que mantém a lesão separada do
tecido do hospedeiro, como o fibroadenoma de mama e o adenoma de tireoide. Se houver
invasão da cápsula a neoplasia é classificada como maligna.
Tipo de crescimento: As neoplasias malignas crescem por meio de infiltrações, invasões,
destruição e penetração do tecido circundante. Além disso possuem limites imprecisos, como o
carcinoma ductal invasivo e o osteossarcoma. Neste sentido, o modo infiltrativo de crescimento
torna necessário a remoção de ampla margem de tecido normal circunjacente ao realizar
excisão cirúrgica de uma neoplasia maligna. Margens comprometidas indicam que parte do tumor
permaneceu no paciente, influenciando o tratamento.

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