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RESUMO CICLO MENSTRUAL - Guyton - Ciclo Básico

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FISIOLOGIA DO CICLO 
MENSTRUAL 
Maria Amanda Ximenes Rios – T31 
OOGÊNESE 
 
➢ Evolução do oócito em um óvulo 
maduro. 
➢ Etapas: 
1. Células germinativas primordiais 
sofrem mitose e migram para o 
epitélio germinativo do córtex 
ovariano. 
2. Essas células adentram na 
substância do córtex ovariano e 
são convertidas em ovogônias ou 
ovócitos primordiais. 
3. Cada ovócito primordial se 
encontra envolto por células 
fusiformes do estroma ovariano 
(sustentação) fazendo com que 
adquiram características 
epitelióides – as células da 
granulosa. 
4. O ovócito primordial circundado 
por camada única de células da 
granulosa é chamado de folículo 
primordial. 
5. O ovócito primordial completa a 
replicação mitótica e a primeira 
fase da meiose (prófase I) no 5 mês 
de gestação. 
6. No nascimento, o ovário contém 1 
a 2 mi de ovócitos primários. 
7. A formação do ovócito secundário 
só ocorre após a puberdade – 
primeira divisão meiótica. 
Juntamente com o ovócito 
secundário é formado um corpo 
polar. 
8. Na ocorrência da ovulação, o 
ovócito secundário se encontra na 
metáfase II, configurando-se em 
uma paralisação da meiose. 
9. Caso esse seja fecundado ocorre 
uma meiose final e a formação de 
um segundo corpo polar. 
 
➢ Uma grande parte dos ovócitos 
ovarianos não atingem a maturidade e 
se degeneram. 
➢ Apenas 400 a 500 folículos primordiais 
se desenvolvem o bastante para expelir 
seus óvulos (um por mês). 
➢ Os folículos que não desenvolvem se 
tornam atrésicos (se degeneram). 
➢ Menopausa: muitos folículos atrésicos. 
 
SISTEMA HORMONAL FEMININO 
 
➢ O GNRH (hormônio gonadotrópico) é 
um hormônio peptídico encontrado no 
hipotálamo que influencia na liberação 
de LH e FSH na adenohipófise. 
➢ A liberação de GNRH mediada no 
hipotálamo requer secreção em pulsos 
– 5 a 25 minutos de duração em cada 1 
a 2 horas. 
➢ A liberação pulsátil de GNRH promove 
produção intermitente de LH a cada 90 
min. 
➢ A liberação de GnRH acontece nos 
núcleos arqueados do hipotálamo 
médio-basal. 
➢ Esses núcleos sofrem influência do 
sistema límbico, de controle psíquico, o 
qual controla a intensidade de liberação 
e a frequência de pulsos de GnRH. 
 
➢ FSH e LH são glicoproteínas 
responsáveis pela secreção dos 
hormônios ovarianos. 
➢ Na ausência deles, os ovários 
permanecem inativos até que, entre os 
9 e 12 anos, a hipófise começa a 
secretar progressivamente mais LH e 
FSH (puberdade) levando o início dos 
ciclos menstruais normais. 
➢ Durante cada ciclo menstrual há picos 
e reduções na liberação desses 
hormônios. 
➢ O FSH e LH atuam mediante o sistema 
de segundo mensageiro da 
adenililciclase-AMPc (formação da 
proteína cinase) e apresentam 
receptores nas células foliculares 
(granulosa e teca). 
➢ O FSH atua na célula da granulosa, a 
qual libera primordialmente 
estrogênios. 
➢ O LH atua tanto na granulosa, como na 
teca, atuando primordialmente na 
liberação de progesterona. 
FASE FOLICULAR DO CICLO 
OVARIANO 
 
1. Folículo primordial, formado pelo ovócito 
primário e uma camada de células da 
granulosa o envolvendo, permanece inativo 
durante toda a infância. As células da 
granulosa liberam um fator inibidor da 
maturação do ovócito que mantém o óvulo 
em seu estado primordial. 
2. Na puberdade, há a liberação de FSH 
(especialmente) e LH na adenohipófise, há 
a continuação do desenvolvimento 
ovariano, com crescimento do ovário e de 
seus folículos – o óvulo aumenta de duas a 
três vezes e há a formação de outras 
camadas de células da granulosa – 
formação dos folículos primários. 
3. Em cada ciclo ovariano desse período, nos 
primeiros dias há o aumento gradual na 
concentração dos hormônios FSH (maior) 
e LH liberados na adenohipófise. 
4. FSH proporciona o crescimento acelerado 
de 6 a 12 folículos primários por mês, 
resultando na rápida proliferação das 
células da granulosa e na formação da teca 
(agrupamento de células fusiformes do 
interstício ovariano em volta das células da 
granulosa). Na teca interna, as células 
apresentam aspecto epitelioide, assim 
como as da granulosa, desenvolvendo a 
capacidade secretora de hormônios 
(estrogênio e progesterona). Já a teca 
externa, forma uma cápsula de tecido 
conjuntivo muito vascularizada. 
5. Após a fase proliferativa, as células da 
granulosa secretam o líquido folicular 
composto principalmente por estrogênio, 
formando o antro (acúmulo de líquido 
dentro da massa de células da granulosa). 
6. O estrogênio secretado atua nas células da 
granulosa promovendo up-regulation – 
aumento no número de receptores de FSH. 
Isso ocasiona uma ainda maior sensibilidade 
dessas células ao FSH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRESCIMENTO FOLICULAR FINAL 
 
1. O FSH e os estrogênios em conjunto 
promovem o aparecimento de 
receptores de LH nas células da 
granulosa, permitindo além do efeito do 
FSH, a atuação desse hormônio e o 
aumento exacerbado na secreção 
folicular (rica em estrogênio). 
2. O estrogênio e o LH promovem, em 
conjunto, a proliferação das células da 
teca e o aumento de suas secreções. 
3. Esses três últimos passos, causam o 
crescimento muito acelerado 
(explosivo) dos folículos, tornando os 
folículos antrais em folículos 
vesiculares. O óvulo permanece 
incrustado na massa de células da 
granulosa. 
4. Após cerca de uma semana de 
crescimento, um dos folículos começa a 
crescer mais que os outros. Os 5 a 11 
folículos que não crescem se tornam 
atrésicos. Isso se deve ao feedback 
negativo ocasionado pela concentração 
elevada de estrogênio, a qual reprime a 
secreção mais intensa de FSH na 
adenohipófise, bloqueando o 
crescimento desses folículos menos 
desenvolvidos. *A atresia é importante 
para evitar que mais de uma criança se 
desenvolva por gravidez. 
5. Já o folículo maior continua a crescer 
mediante seus mecanismos de feedback 
intrínsecos. Os dois hormônios, tanto 
FSH e LH, agem na dilatação do folículo 
nos últimos dias antes da ovulação. 
 
 
OVULAÇÃO 
 
1. Dois dias antes da ovulação, por 
feedback positivo do estrogênio, a 
secreção de LH pela adenohipófise 
aumenta muito e sofre um pico 16 
horas antes da ovulação. O LH, em 
ênfase nos dois últimos dias, faz com 
que as células granulosas e tecais 
secretem bem mais progesterona, 
juntamente com a queda na secreção 
de estrogênio (após longo período 
secretado excessivamente) comece a 
cair 1 dia antes da ovulação. 
2. A alta na progesterona apresenta 
efeitos: 
 
➢ Liberação, pela teca externa, 
de enzimas proteolíticas dos 
lisossomos – promove 
dissolução da parede capsular 
do folículo (estigma). 
➢ Crescimento de novos vasos 
sanguíneos na parede folicular 
e a secreção de 
prostaglandinas (hormônio 
local vasodilatador). 
➢ Os efeitos supracitados em 
conjunto promovem o 
direcionamento de plasma 
para o folículo, causando sua 
dilatação, bem como sua 
ruptura e liberação do óvulo. 
 
3. No 14° dia de ciclo, ocorre a ovulação: 
a parede externa protuberante do 
folículo incha rapidamente formando 
um bico. A secreção folicular (líquido 
viscoso) começa a se esvair e após 
algum tempo ocorre a saída do óvulo 
com a corona radiata (aglomerado de 
células da granulosa). 
 
CORPO LÚTEO – FASE LÚTEA 
 
1. Após a ovulação, as células da granulosa 
e da teca remanescentes se 
transformam em células luteínicas – 
aumento do tamanho e aparecimento 
de inclusões lipídicas que promovem 
aspecto amarelado – luteinização 
(formação do corpo lúteo). 
2. As células da granulosa no corpo lúteo 
desenvolvem grandes retículos 
endoplasmáticos lisos intracelulares, 
que formam grandes quantidades de 
hormônios femininos - progesterona 
(mais abundante na fase lútea) e 
estrogênio. 
3. As células tecais formam os 
androgênios – androstenediona e 
testosterona. 
➢ A maioria desses hormônios é 
convertida pela enzima 
aromatase,nas células da 
granulosa, em estrogênios. 
4. O corpo lúteo cresce até 1,5 cm até o 
7° a 8° dia após a ovulação. 
5. Após o 8° dia, esse começa a involuir, 
perdendo suas funções secretoras e sua 
característica lipídica amarelada. 
➢ Essa involução é causada pela baixa 
nos hormônios adenohipofisários – 
FSH e LH – causada pelo forte 
feedback negativo dos altos níveis 
de estrogênio (em especial) e 
progesterona secretados. 
➢ Também há a ação do hormônio 
inibina secretado pelas células 
luteínicas que inibe a secreção de 
FSH pela hipófise anterior. 
➢ Assim, há a uma notória queda de 
FSH e LH circulantes, promovendo 
a involução do corpo lúteo. 
6. No 12° dia após a ovulação, na 
continuação desse processo, o corpo 
lúteo vira o copus albicans. 
➢ 26° dia do ciclo – 2 dias antes de 
começar a menstruação. 
7. Quando o corpo lúteo se degenera, há 
uma baixa muito grande nos 
hormônios: progesterona, estrogênio e 
inibina – secreção das células luteínicas 
interrompida. Isso faz com que a 
menstruação aconteça e também o 
novo aumento na secreção de FSH e 
LH, induzindo o crescimento de novos 
folículos e dando início à um novo ciclo. 
8. O corpo albicans é substituído por 
tecido conjuntivo nas semanas 
remanescentes e absorvido ao longo 
dos meses. 
➢ O LH é o hormônio responsável pela 
alteração das células da granulosa e 
tecais em células luteínicas. No entanto, 
sua ação é controlada pelo fator 
inibidor da luteinização (hormônio 
local) até o fim da ovulação. 
➢ Assim, a luteinização é dependente da 
extrusão do óvulo do folículo. 
➢ O corpo lúteo tem uma capacidade 
secretória elevadíssima, produzindo 
uma grande quantidade de 
progesterona e estrogênio. As células 
luteínicas, sob ação do LH e durante os 
12 dias de duração do corpo lúteo, 
realizam etapas coordenadas: 
✓ Proliferação; 
✓ Aumento; 
✓ Secreção; 
✓ Degeneração. 
➢ A gonadotropina coriônica secretada 
pela placenta durante a gravidez 
apresenta quase as mesmas 
propriedades que o LH, agindo no 
corpo lúteo e prolongando sua vida até 
o 4° mês de gestação. 
 
HORMÔNIOS SEXUAIS 
 
 
➢ Hormônios esteroides sinterizados nos 
ovários. 
➢ Sua matéria prima base é, 
principalmente, o colesterol derivado 
do sangue. 
➢ A acetil coenzima A apresenta múltiplas 
moléculas que podem se combinar 
formando o núcleo esteroide 
apropriado, contribuindo também na 
formação desses hormônios. 
➢ Os estrogênios e progesterona são 
transportados no sangue 
principalmente ligados à albumina. 
➢ A ligação desses hormônios com as 
proteínas plasmáticas é fraca. 
➢ Esses são rapidamente liberados 
nos tecidos (30 minutos). 
SINTESE 
 
 
1. A progesterona e os androgênios 
(testosterona e androstenediona) são 
sintetizados primeiro. 
2. Durante a fase folicular do ciclo 
ovariano, quase todos os androgênios e 
parte da progesterona são convertidos 
em estrogênio pela enzima aromatase 
encontrada nas células da granulosa. 
➢ As células da teca não podem fazer 
essa conversão, pois não possuem 
a enzima aromatase. 
➢ Os androgênios produzidos na 
teca se difundem para as células da 
granulosa e são convertidos em 
estrogênios pela aromatase. 
➢ A atividade da enzima aromatase é 
estimulada pelo FSH. (folículos 
maduros). 
➢ Durante a fase lútea, os níveis de 
secreção de progesterona são tão 
elevados, que ela não consegue ser 
ao todo convertida em estrogênio. 
➢ 1/15 a mais de progesterona é 
secretado no plasma da mulher 
pelos ovários, do que é secretado 
no plasma masculino pelos 
testículos. 
 
ESTROGÊNIOS 
 
➢ Secretados principalmente pelos ovários. 
➢ Em menor quantidade no córtex 
adrenal. 
➢ Secretados em grandes quantidades 
pela placenta na gravidez. 
➢ Durante a infância, a secreção de 
estrogênios é mínima, mas, na puberdade, 
com o aumento do FSH e do LH, a 
secreção desses hormônios é cerca de 20 
vezes maior. 
➢ O principal estrogênio excretado pelos 
ovários é o b-estradiol, que apresenta 
potencia 12 vezes maior que a estrona e 
80 vezes maior que o estriol. A estrona 
também é secretada em pequenas 
quantidades. 
➢ A estrona é formada, em sua maioria, nos 
tecidos periféricos de androgênios 
secretados pelos córtex adrenal e pelas 
células tecais ovarianas. Apesar de ser 
mais fraca, seus efeitos não são 
desprezíveis. 
➢ O estriol é um estrogênio fraco 
(impotente), é um produto oxidativo 
derivado do estradiol e da estrona, sua 
conversão acontece principalmente no 
fígado. 
➢ A redução da função hepática 
aumenta a atividade dos 
estrogênios, causando 
hiperestrinismo. 
➢ A degradação do estrogênio acontece no 
fígado, o qual promove a formação de 
gliconurídeos e sulfatos. 
➢ 1/5 desses produtos é excretado 
na bile e o grande parte do 
restante na urina. 
 
➢ Funções: efeitos nas 
características sexuais femininas 
primárias e secundárias 
 
1. Proliferação celular e crescimento 
dos tecidos dos órgãos sexuais e 
outros tecidos relacionados com a 
reprodução. 
2. Maturação dos órgãos sexuais (de 
criança para adulto) na puberdade. 
3. Aumento de tamanho dos ovários, 
das tubas uterinas, do útero e da 
vagina. 
4. Aumento da genitália externa: 
➢ Deposição de gordura no monte 
do púbis e nos grandes lábios. 
➢ Aumento dos pequenos lábios. 
5. Alteração do epitélio vaginal do tipo 
cuboide para estratificado – maior 
resistência a traumas e infecções. 
6. Proliferação acentuada do estroma 
endometrial e grande 
desenvolvimento das glândulas 
endometriais (nutrição do óvulo 
implantado). 
7. Proliferação dos tecidos glandulares 
das tubas uterinas – produção de 
muco – e aumento no número de 
células ciliadas que revestem esse 
órgão – batimento ciliar a favor do 
útero, ajudando a propelir o óvulo 
fertilizado. 
8. Nas mamas, os estrogênios dão 
início ao crescimento dessas e do 
aparato produtor de leite, bem como 
são responsáveis pela aparência 
externa característica da mama 
feminina adulta, há o 
desenvolvimento de: 
➢ Tecidos estromais; 
➢ Crescimento de um vasto sistema 
de ductos; 
➢ Depósito de gordura nas mamas. 
➢ Desenvolvimento limitado dos 
lóbulos e alvéolos – a progesterona 
e a prolactina que determinam o 
crescimento e a função final dessas 
estruturas. 
9. Os estrogênios inibem a atividade 
osteoclástica nos ossos, estimulando 
o crescimento ósseo – estimulação 
de osteoprogerina (fator inibidor da 
osteoclastogênese – citocina que 
inibe a reabsorção óssea). 
➢ Crescimento exacerbado dos 
ossos longos – fechamento 
precoce das epífises. 
➢ Efeito maior que o da testosterona. 
➢ Deficiência de estrogênio na 
menopausa causa osteoporose 
(maior atividade osteoclástica, 
destruição da matriz óssea, menos 
depósito de cálcio e fosfato). 
10. Leve aumento no depósito de 
proteínas (bem menor e mais 
específico que o da testosterona) – 
órgãos sexuais, ossos e alguns 
poucos tecidos. 
11. Aumento do metabolismo e 
depósito de gordura nos tecidos 
subcutâneos, nas mamas, nos glúteos 
e nas coxas. 
12. Pouco efeito na distribuição de pelos 
– atuação maior feita pelos 
hormônios androgênios adrenais. 
13. Na pele, desenvolvimento de textura 
lisa e macia, maior vascularização 
(pele mais quente e maior 
sangramento em cortes). 
14. Os hormônios estrogênios causam 
retenção de sódio e água nos túbulos 
renais (brando, com exceção no 
período gestacional). 
 
 
PROGESTINAS 
 
➢ A principal progestina é a progesterona. 
➢ A 17-a-hidroxiprogesterona apresenta os 
mesmos efeitos, mas é secretada em 
quantidades muito reduzidas juntamente 
com a progesterona. 
➢ A secreção de progesterona é 
significativa apenas durante a fase lútea 
(secreção exacerbada pelas células 
luteínicas). 
➢ A placenta, após o 4° mês gestacional, 
também secreta progesterona. 
➢ A progesterona é degradada, 
principalmente no fígado, poucos 
minutos após ser secretada. 
➢ Conversãoem outros esteroides 
sem efeito progestacional. 
➢ O principal produto é o 
pregnanediol – 10% excretados na 
urina – estimar a formação a partir 
da excreção. 
 
➢ Funções 
 
1. Promove alterações secretoras no 
endométrio uterino, preparando o 
útero para a implantação do óvulo 
fertilizado. 
2. Diminui a frequência e a intensidade das 
contrações uterinas, evitando a 
expulsão do óvulo implantado. 
3. Aumento da secreção pelo 
revestimento mucoso das tubas 
uterinas (nutrição do óvulo fertilizado e 
em divisão). 
4. Nas mamas, desenvolvimento dos 
lóbulos e alvéolos mamares: 
➢ Causam proliferação, aumento e 
desenvolvimento da capacidade 
secretora nas células alveolares. 
➢ Não faz com que os alvéolos 
secretem leite – ação da prolactina. 
➢ Causam inchaço das mamas – 
desenvolvimento secretor nos 
lóbulos e alvéolos/ aumento de 
líquido no tecido. 
 
 
CICLO ENDOMETRIAL MENSAL E 
MENSTRUAÇÃO 
 
 
FASE PROLIFERATIVA 
 
1. No início de cada ciclo menstrual, 
grande parte do endométrio foi 
descamada pela menstruação. 
➢ Permanência de apenas uma 
pequena camada de estroma 
endometrial. 
➢ As únicas células epiteliais 
restantes são as localizadas nas 
porções remanescentes profunda 
das glândulas e criptas do 
endométrio. 
2. Na primeira parte do ciclo ovariano 
mensal, há uma exacerbada secreção 
ovariana de estrogênios, os quais 
promovem a rápida proliferação das 
células do estroma e das células 
epiteliais. 
➢ A superfície endometrial é 
reepitelizada de 4 a 7 dias após a 
menstruação. 
3. Em seguida, antes de ocorrer a 
ovulação, a espessura endometrial 
aumenta bastante – crescente número 
de células estromais, crescimento 
progressivo das glândulas endometriais, 
formação de novos vasos sanguíneos no 
endométrio. 
➢ As glândulas endometriais da 
porção cervical secretam um muco 
fino e pegajoso que auxilia na 
passagem do espermatozoide na 
direção correta da vagina até o 
útero. 
 
FASE SECRETORA 
 
1. Após a ovulação, com a formação do 
corpo lúteo, há a liberação exagerada 
de progesterona e estrogênio. 
2. Os estrogênios causam leve 
proliferação celular adicional do 
endométrio. 
3. A progesterona causa inchaço e 
desenvolvimento secretor acentuados 
no endométrio. 
➢ Um excesso de substâncias 
secretoras se acumula nas células 
epiteliais glandulares. 
➢ O citoplasma das células estromais 
aumenta – depósito elevado de 
lipídios e de glicogênio. 
➢ Aumento da vascularização em 
proporção ao aumento da função 
secretora. 
4. Uma semana após a ovulação, há o pico 
da fase secretora. 
➢ Espessura de 5 a 6 mm. 
➢ Formação de um endométrio 
altamente secretor com grande 
quantidade de nutrientes 
armazenados – condições 
apropriadas para a implantação do 
óvulo fertilizado. 
- O leite uterino (secreções 
uterinas) fornece nutrição ao 
óvulo em suas divisões iniciais. 
- As células trofoblásticas da 
superfície do óvulo implantado 
digerem o endométrio e absorvem 
as substâncias armazenadas. 
- Distribuição de grandes 
quantidades de nutrientes para o 
embrião implantado. 
 
MENSTRUAÇÃO 
 
➢ Se o óvulo não for fertilizado, dois dias 
antes do final do ciclo, há a involução 
do corpo lúteo e a diminuição brusca 
na secreção de estrogênio e 
progesterona. 
➢ A menstruação é causada pela redução 
desses hormônios – principalmente a 
progesterona – no final do ciclo 
ovariano mensal. 
➢ Efeitos: 
 
1. Redução da estimulação das células 
endometriais pelo estrogênio e 
pela progesterona. 
2. Involução do endométrio – fica em 
volta de 65% da espessura da fase 
secretora. 
3. Os vasos sanguíneos tortuosos, 
que irrigam as camadas mucosas do 
endométrio, ficam vasoespáticos – 
liberação de prostalglandinas 
vasoconstritoras por efeito da 
involução. 
4. Esses efeitos (vasoespasmo, 
diminuição de nutrientes e perda 
de estimulação hormonal) causam 
a necrose dos vasos sanguíneos e 
do endométrio. 
5. A camada vascular do endométrio 
é a primeira a sofrer hemorragia. 
As áreas hemorrágicas crescem 
rapidamente (em 24 a 36 h). 
6. As camadas necróticas do 
endométrio em locais de 
hemorragia se separam do útero – 
gradativamente até que todas as 
camadas superficiais tenham 
descamado. 
7. O endométrio descamado segue 
na cavidade uterina com o auxílio 
dos efeitos contráteis das 
prostaglandinas e de outras 
substâncias do descamado – início 
das contrações que expelem os 
conteúdos uterinos. 
8. Aproximadamente, 40 ml de 
sangue e 35 ml de líquido seroso 
são eliminados na menstruação. 
Normalmente não há coagulação 
do líquido menstrual por ação da 
fibrinolisina. 
➢ Se houver sangramento excessivo, 
a quantidade de fibrinolisina pode 
não ser suficiente. 
➢ Coágulos na menstruação indicam 
doença uterina. 
➢ Grandes quantidades de leucócitos 
são liberadas na menstruação – 
causa possível: substância liberada 
pela necrose endometrial – 
promovendo resistência uterina à 
infecções, mesmo que a superfície 
endometrial esteja desprotegida. 
9. A menstruação dura 4 a 7 dias. 
 
MECANISMOS DE FEEDBACK 
 
EFEITOS DE FEEDBACK NEGATIVO 
DO ESTROGÊNIO E DA 
PROGESTERONA 
 
➢ Em pequenas quantidades, o estrogênio 
tem forte efeito de inibir a produção de 
LH e FSH. 
➢ Quando existe progesterona, o efeito 
inibidor do estrogênio é multiplicado. 
➢ A progesterona em si tem pouco efeito 
no feedback negativo. 
➢ O feedback negativo atua 
majoritariamente na hipófise (alça 
curta) e de modo direto. 
➢ Há também atuação no hipotálamo 
(alça longa), porém em menor extensão 
– alteração (diminuição) na frequência 
de pulsos de GnRH. 
INIBINA NO FEEDBACK NEGATIVO 
 
➢ Secretada pelas células da granulosa do 
corpo lúteo em conjunto com os 
hormônios esteroides sexuais. 
➢ Inibe a secreção de FSH e de LH 
(menor extensão). 
➢ Secreção no final do ciclo. 
 
FEEDBACK POSITIVO DO 
ESTROGÊNIO ANTES DA OVULAÇÃO 
 
 
➢ O estrogênio apresenta efeito de 
feedback positivo na adenohipófise logo 
antes da ovulação. 
➢ Com esse feedback há o pico de LH 
(aumento de 6 a 8 vezes) responsável 
pela ovulação. 
➢ O FSH também sofre aumento, mas em 
menos proporção (2 vezes). 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
1. Fase lútea (pós-ovulatória): secreção de 
grandes quantidades de progesterona e 
estrogênio (e inibina), causando efeito 
de feedback negativo na adenohipófise 
e no hipotálamo – diminuição da 
secreção de FSH e LH (níveis mais 
baixos) – 3 a 4 dias antes da 
menstruação. 
2. Fase folicular (pós-lútea): 3 dias antes 
da menstruação ocorre a involução do 
corpo lúteo (formação do corpo 
albicans) – acontece devido à redução 
nos níveis de LH e FSH. Essa involução 
provoca redução da secreção de 
estrogênio, progesterona e inibina – 
liberando a hipófise dos efeitos de 
feedback negativo (no início da 
menstruação, a secreção de estrogênio 
aumenta em até o dobro e, dias depois, 
acontece o aumento na secreção de 
LH). Esses hormônios iniciam o 
crescimento de novos folículos. 
➢ Pico de estrogênio: 12,5 a 13° dia. 
➢ Efeito de feedback negativo do 
estrogênio novamente na secreção 
de FSH e LH. 
3. Ovulação (pico pré-ovulatório de LH e 
FSH): Pico de LH causado por alto nível 
de estrogênio ou o inicio da secreção 
de progesterona pelos folículos – efeito 
de feedback positivo na adenohipófise. 
O excesso de LH leva à ovulação e ao 
desenvolvimento subsequente do 
corpo lúteo e de suas secreções 
(progesterona e estrogênio). 
 
CICLOS ANOVULATÓRIOS 
 
➢ Ocorrem, na puberdade, quando o pico 
de LH não é suficiente para provocar 
uma ovulação. 
➢ As fases do ciclo continuam, mas são 
alteradas: 
• Não desenvolvimento do corpo 
lúteo – quase nenhuma secreção 
de progesterona durante a última 
porção do ciclo. 
• Encurtamento do ciclo (menor 
número de dias). 
➢ Os ciclos que ocorrem alguns meses a 
anos antes da menopausa também são 
anovulatórios.

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