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Roteiro 01 - histologia

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Histologia
Roteiro 1
 ❖ Identificar e descrever as lâminas histológicas de músculo estriado esquelético e tendão.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-
muscular.htm#:~:text=da%20publicidade%20%3B)-,Tipos%20de%20m%C3%BAsculos,card%C3%ADaco%20e%20o%20n%C3%A3o%20estriado.
Características histológicas dos três tipos de
tecido muscular. Na coluna à esquerda, o aspecto
desses tecidos em cortes longitudinais e, à direita, em
cortes transversais.
➢ O músculo esquelético é constituído por
fibras com grande diâmetro, longas e
multinucleadas. Os núcleos situam-se na
periferia da fibra.
➢ O músculo cardíaco é constituído por células
curtas e unidas pelos discos intercalares. Cada
célula tem apenas um ou dois núcleos,
localizados no centro.
➢ O tecido muscular liso é um agregado de
células fusiformes, com um núcleo na parte
mais dilatada da célula.
➔ Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores
chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente
por sua função) é caracterizado por apresentar
células distanciadas entre si, em maior ou menor
grau, responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e
sustentar os outros tecidos.
 
Organização de um músculo estriado
esquelético. Observe a disposição das fibras
musculares em feixes e sua separação por diferentes
níveis de camadas de tecido conjuntivo: epimísio,
perimísio e endomísio. À direita, o esboço de um
músculo do qual foi retirado um segmento (em
tracejado), representado na figura maior, à esquerda.
 
O tecido muscular esquelético é formado
por feixes de células muito longas, cilíndricas,
multinucleadas e com inúmeros filamentos
cilíndricos chamados miofibrilas.
O diâmetro das fibras musculares estriadas
esqueléticas varia de 10 a 100 µm. Essas fibras se
originam no embrião pela fusão de células
alongadas, os mioblastos.
Nas fibras musculares esqueléticas, os
numerosos núcleos elípticos localizam-se na
periferia, logo abaixo do sarcolema. Essa
localização nuclear característica ajuda a
distinguir o músculo esquelético do músculo
cardíaco, ambos com estriações transversais, uma
vez que, no músculo cardíaco, os núcleos são
centrais.
FIGURA 10.3 Músculo estriado esquelético observado em
várias dimensões. Em destaque, as miofibrilas que
constituem o aparelho contrátil e seus componentes
estruturais e moleculares. Observe a posição dos filamentos
finos e grossos no sarcômero. A estrutura molecular desses
elementos é mostrada à direita, embaixo. (Ilustração de
Sylvia Colard Keene. Reproduzida, com autorização, de
Bloom e Fawcett, 1968.)
 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO
As fibras musculares estriadas esqueléticas constituem o que se chama
habitualmente de músculo esquelético.
As fibras são longas células em forma de cilindros que podem chegar a
vários centímetros de comprimento. As células são multinucleadas e a
posição de seus núcleos é periférica, junto à membrana plasmática. Os
núcleos têm cromatina clara e são elípticos tendo uma forma que lembra um
charuto. A melhor maneira de reconhecer a posição periférica dos núcleos é
em cortes transversais às fibras – veja o segundo esquema.
Em cortes longitudinais das fibras se pode observar outra característica
importante deste tipo de fibra muscular – são as estriações (bandas)
transversais no citoplasma.
A imagem inferior é um aumento pequeno de um corte de músculo
esquelético no qual a maioria das fibras foi seccionada transversalmente.
Uma quantidade menor de fibras foi seccionada longitudinalmente –
ficam destacadas em azul claro. Nestas fibras se pode comprovar como são
longas. Devido ao aumento pequeno da imagem, não é possível observar a
sua estriação transversal.
Músculo estriado esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: pequeno
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 2
Estas imagens foram captadas em um aumento maior que a imagem da página
anterior.
❖ Imagem superior: Estão presentes fibras musculares estriadas esqueléticas
seccionadas longitudinalmente. Pode se observar muito bem a estriação
transversal no citoplasma de cada célula.
Alguns núcleos ficam destacados em azul após colocar o cursor ou
clicar sobre a imagem. Observe que se situam na periferia do citoplasma.
Imagem inferior: Em um aumento maior que a imagem acima, há células
musculares em corte longitudinal, nas quais se observa muito bem a sua estriação.
No canto inferior direito há fibras seccionadas transversalmente –
destacadas em azul claro e alguns núcleos periféricos destacados em azul escuro.
Músculo esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina.
Aumento: médio.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 3
Imagens em grande aumento de fibras musculares estriadas
esqueléticas seccionadas longitudinalmente.
Ao colocar o cursor ou clicar sobre a imagem ficam destacadas os
principais componentes das bandas transversais que compõem a estriação
das células.
Na imagem superior ficam destacadas algumas bandas A e trechos
de bandas I (ressaltados em azul claro), no interior dos quais se situa a o
disco Z (veja a figura inferior).
Na imagem inferior estão indicados alguns discos Z. São vistos
como linhas delgadas no interior das bandas I.
Músculo estriado esquelético. Coloração:
hematoxilina e eosina. Aumento: grande.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 4
Organização histológica dos músculos esqueléticos
As fibras musculares esqueléticas quase sempre se organizam em feixes de complexidade
crescente, conforme as dimensões do músculo.
Há uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo entre as fibras musculares. Este
tecido conjuntivo é importante pois contém os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e os nervos
destinados nutrir e inervar as fibras. Este tecido se denomina endomísio (em vermelho no desenho e
ressaltado na mesma cor na imagem do corte histológico).
Há tecido conjuntivo denso em quantidade maior que a do tipo anterior, que reúne fibras
musculares esqueléticas em grupos denominados fascículos. Sua denominação é perimísio (em
verde no desenho e ressaltado no corte).
O músculo como um todo é envolvido por uma capa de tecido conjuntivo denso modelado
denominada epimísio. Esta capa envolve todos os fascículos do músculo (em rosa no desenho).
A imagem inferior é de um corte transversal de músculo esquelético corado por um corante
tricrômico, o qual é muito útil para diferenciar e evidenciar o tecido conjuntivo (perimísio em verde,
endomísio em vermelho).
Músculo esquelético. Coloração: tricrômico de
Masson. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 1
Ao contrário das fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares estriadas cardíacas
têm forma de curtos cilindros cujas extremidades são relativamente achatadas e perpendiculares
ao eixo da fibra.
Quando vistas em cortes longitudinais seu citoplasma mostra estriação transversal
(bandas) semelhante à do músculo esquelético, porém a estriação nem sempre é tão facilmente
observável como no músculo esquelético.
Cada fibra tem um ou eventualmente dois núcleos situados no centro da fibra, ao
contrário das células musculares esqueléticas cujo núcleo é periférico. A posição dos núcleos
pode ser vista melhor em cortes transversais das fibras.
Uma estrutura característica das fibras musculares cardíacas é a existência de bandas
escuras transversais às células. São mais espessas e mais fortemente coradas que as bandas da
estriação regular. São complexos juncionais situados nas membranas celulares e que indicam os
limites das fibras. São constituídas de junções de adesão e junções comunicantes. São
denominados discos intercalares. Infelizmente não são facilmente observados em cortes
corados por hematoxilina e eosina, mas são bastante visíveis por alguns outros corantes.
No coração, as fibras se organizam em feixes de diferentes direções. Na figura inferior há
feixes de fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
Observe os núcleos – em forma de charutos – e situados no centro das células.
Músculo cardíaco. Coloração: HE. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 2
A figura superioré de fibras musculares cardíacas
seccionadas longitudinalmente e a figura inferior de fibras
seccionadas transversalmente.
As principais características histológicas das fibras
musculares cardíacas podem ser observadas nestas duas
figuras:
➔ Fibras organizadas em feixes
➔ Núcleos em posição central nas células – ressaltados
em verde após usar clicar ou usar o mouse. A posição
dos núcleos pode ser melhor observada nos cortes
transversais das fibras.
➔ Discos intercalares, transversais às fibras, mas pouco
corados após coloração por hematoxilina e eosina.
Alguns se tornam destacados em verde claro.
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: médio
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina
fosfotúngstica. Aumento: médio
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 3
❖ Discos intercalares
Os discos intercalares são vistos como barras que atravessam transversalmente as
fibras musculares cardíacas. São formadas por longos complexos juncionais e delimitam
as extremidades de cada fibra muscular cardíaca.
Estas estruturas ficam melhor evidenciadas com várias colorações, por exemplo
hematoxilina férrica e hematoxilina fosfotúngstica (que foi usada para preparar o corte
cuja imagem é vista nesta página).
★ A imagem mostra fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
★ Na imagem se observa a estriação transversal (bandas) das fibras cardíacas,
semelhante à das fibras musculares esqueléticas.
★ Além disso, há traços escuros, mais espessos e de tamanhos variados, dispostos
transversalmente às fibras. São os discos intercalares e aparecem ressaltados em
branco.
 
 Os discos intercalares não podem ser vistos em cortes transversais das fibras.
FIGURA 10.4 Corte transversal de
músculo estriado esquelético, que mostra o
epimísio, o perimísio (setas) e o endomísio
(pontas de seta). (Picrosirius-hematoxilina.
Grande aumento.)
 
 
FIGURA 10.5 Corte longitudinal de músculo
esquelético. Para demonstrar os vasos
sanguíneos, estes foram injetados com resina
plástica antes do sacrifício do animal. Observe
a extensa rede de capilares sanguíneos (setas)
em volta das fibras musculares. (Corante de
Giemsa. Fotomicrografia com luz polarizada.
Pequeno aumento.)
 
 
FIGURA 10.6 Corte transversal de músculo
esquelético submetido a técnica imuno-
histoquímica para demonstrar laminina, uma
glicoproteína presente nas lâminas basais. A
localização da laminina é vista em cor
marrom (setas). No canto superior direito, há
um pequeno nervo em corte oblíquo.
Também existe laminina em volta das fibras
nervosas. (Grande aumento.)
FIGURA 10.7 Fibras musculares
estriadas esqueléticas. Em corte
transversal das fibras musculares (parte
superior), várias estão indicadas por
asteriscos. O aspecto granuloso do
citoplasma representa miofibrilas
seccionadas transversalmente. Observe
a localização periférica dos núcleos.
Na porção inferior da figura, há três
fibras seccionadas longitudinalmente e
indicadas por barras. Note a estriação
transversal característica dessas fibras.
(Hematoxilina-eosina [HE]. Médio
aumento.)
FIGURA 10.8 Corte longitudinal de três fibras musculares
esqueléticas. Observe os limites dos sarcômeros; as bandas
A, escuras; e as bandas I, claras. As bandas I contêm os
discos Z, delgados e escuros. (Corante de Giemsa. Grande
aumento.)
 
 
Histologia
Roteiro 1
 ❖ Identificar e descrever as lâminas histológicas de músculo estriado esquelético e tendão.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-
muscular.htm#:~:text=da%20publicidade%20%3B)-,Tipos%20de%20m%C3%BAsculos,card%C3%ADaco%20e%20o%20n%C3%A3o%20estriado.
Características histológicas dos três tipos de
tecido muscular. Na coluna à esquerda, o aspecto
desses tecidos em cortes longitudinais e, à direita, em
cortes transversais.
➢ O músculo esquelético é constituído por
fibras com grande diâmetro, longas e
multinucleadas. Os núcleos situam-se na
periferia da fibra.
➢ O músculo cardíaco é constituído por células
curtas e unidas pelos discos intercalares. Cada
célula tem apenas um ou dois núcleos,
localizados no centro.
➢ O tecido muscular liso é um agregado de
células fusiformes, com um núcleo na parte
mais dilatada da célula.
➔ Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores
chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente
por sua função) é caracterizado por apresentar
células distanciadas entre si, em maior ou menor
grau, responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e
sustentar os outros tecidos.
 
Organização de um músculo estriado
esquelético. Observe a disposição das fibras
musculares em feixes e sua separação por diferentes
níveis de camadas de tecido conjuntivo: epimísio,
perimísio e endomísio. À direita, o esboço de um
músculo do qual foi retirado um segmento (em
tracejado), representado na figura maior, à esquerda.
 
O tecido muscular esquelético é formado
por feixes de células muito longas, cilíndricas,
multinucleadas e com inúmeros filamentos
cilíndricos chamados miofibrilas.
O diâmetro das fibras musculares estriadas
esqueléticas varia de 10 a 100 µm. Essas fibras se
originam no embrião pela fusão de células
alongadas, os mioblastos.
Nas fibras musculares esqueléticas, os
numerosos núcleos elípticos localizam-se na
periferia, logo abaixo do sarcolema. Essa
localização nuclear característica ajuda a
distinguir o músculo esquelético do músculo
cardíaco, ambos com estriações transversais, uma
vez que, no músculo cardíaco, os núcleos são
centrais.
FIGURA 10.3 Músculo estriado esquelético observado em
várias dimensões. Em destaque, as miofibrilas que
constituem o aparelho contrátil e seus componentes
estruturais e moleculares. Observe a posição dos filamentos
finos e grossos no sarcômero. A estrutura molecular desses
elementos é mostrada à direita, embaixo. (Ilustração de
Sylvia Colard Keene. Reproduzida, com autorização, de
Bloom e Fawcett, 1968.)
 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO
As fibras musculares estriadas esqueléticas constituem o que se chama
habitualmente de músculo esquelético.
As fibras são longas células em forma de cilindros que podem chegar a
vários centímetros de comprimento. As células são multinucleadas e a
posição de seus núcleos é periférica, junto à membrana plasmática. Os
núcleos têm cromatina clara e são elípticos tendo uma forma que lembra um
charuto. A melhor maneira de reconhecer a posição periférica dos núcleos é
em cortes transversais às fibras – veja o segundo esquema.
Em cortes longitudinais das fibras se pode observar outra característica
importante deste tipo de fibra muscular – são as estriações (bandas)
transversais no citoplasma.
A imagem inferior é um aumento pequeno de um corte de músculo
esquelético no qual a maioria das fibras foi seccionada transversalmente.
Uma quantidade menor de fibras foi seccionada longitudinalmente –
ficam destacadas em azul claro. Nestas fibras se pode comprovar como são
longas. Devido ao aumento pequeno da imagem, não é possível observar a
sua estriação transversal.
Músculo estriado esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: pequeno
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 2
Estas imagens foram captadas em um aumento maior que a imagem da página
anterior.
❖ Imagem superior: Estão presentes fibras musculares estriadas esqueléticas
seccionadas longitudinalmente. Pode se observar muito bem a estriação
transversal no citoplasma de cada célula.
Alguns núcleos ficam destacados em azul após colocar o cursor ou
clicar sobre a imagem. Observe que se situam na periferia do citoplasma.
Imagem inferior: Em um aumento maior que a imagem acima, há células
musculares em corte longitudinal, nas quais se observa muito bem a sua estriação.
No canto inferior direito há fibras seccionadas transversalmente –
destacadas em azul claro e alguns núcleos periféricos destacados em azul escuro.
Músculo esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina.
Aumento: médio.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 3
Imagens em grande aumento de fibras musculares estriadas
esqueléticas seccionadas longitudinalmente.
Ao colocar o cursor ou clicar sobrea imagem ficam destacadas os
principais componentes das bandas transversais que compõem a estriação
das células.
Na imagem superior ficam destacadas algumas bandas A e trechos
de bandas I (ressaltados em azul claro), no interior dos quais se situa a o
disco Z (veja a figura inferior).
Na imagem inferior estão indicados alguns discos Z. São vistos
como linhas delgadas no interior das bandas I.
Músculo estriado esquelético. Coloração:
hematoxilina e eosina. Aumento: grande.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 4
Organização histológica dos músculos esqueléticos
As fibras musculares esqueléticas quase sempre se organizam em feixes de complexidade
crescente, conforme as dimensões do músculo.
Há uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo entre as fibras musculares. Este
tecido conjuntivo é importante pois contém os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e os nervos
destinados nutrir e inervar as fibras. Este tecido se denomina endomísio (em vermelho no desenho e
ressaltado na mesma cor na imagem do corte histológico).
Há tecido conjuntivo denso em quantidade maior que a do tipo anterior, que reúne fibras
musculares esqueléticas em grupos denominados fascículos. Sua denominação é perimísio (em
verde no desenho e ressaltado no corte).
O músculo como um todo é envolvido por uma capa de tecido conjuntivo denso modelado
denominada epimísio. Esta capa envolve todos os fascículos do músculo (em rosa no desenho).
A imagem inferior é de um corte transversal de músculo esquelético corado por um corante
tricrômico, o qual é muito útil para diferenciar e evidenciar o tecido conjuntivo (perimísio em verde,
endomísio em vermelho).
Músculo esquelético. Coloração: tricrômico de
Masson. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 1
Ao contrário das fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares estriadas cardíacas
têm forma de curtos cilindros cujas extremidades são relativamente achatadas e perpendiculares
ao eixo da fibra.
Quando vistas em cortes longitudinais seu citoplasma mostra estriação transversal
(bandas) semelhante à do músculo esquelético, porém a estriação nem sempre é tão facilmente
observável como no músculo esquelético.
Cada fibra tem um ou eventualmente dois núcleos situados no centro da fibra, ao
contrário das células musculares esqueléticas cujo núcleo é periférico. A posição dos núcleos
pode ser vista melhor em cortes transversais das fibras.
Uma estrutura característica das fibras musculares cardíacas é a existência de bandas
escuras transversais às células. São mais espessas e mais fortemente coradas que as bandas da
estriação regular. São complexos juncionais situados nas membranas celulares e que indicam os
limites das fibras. São constituídas de junções de adesão e junções comunicantes. São
denominados discos intercalares. Infelizmente não são facilmente observados em cortes
corados por hematoxilina e eosina, mas são bastante visíveis por alguns outros corantes.
No coração, as fibras se organizam em feixes de diferentes direções. Na figura inferior há
feixes de fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
Observe os núcleos – em forma de charutos – e situados no centro das células.
Músculo cardíaco. Coloração: HE. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 2
A figura superior é de fibras musculares cardíacas
seccionadas longitudinalmente e a figura inferior de fibras
seccionadas transversalmente.
As principais características histológicas das fibras
musculares cardíacas podem ser observadas nestas duas
figuras:
➔ Fibras organizadas em feixes
➔ Núcleos em posição central nas células – ressaltados
em verde após usar clicar ou usar o mouse. A posição
dos núcleos pode ser melhor observada nos cortes
transversais das fibras.
➔ Discos intercalares, transversais às fibras, mas pouco
corados após coloração por hematoxilina e eosina.
Alguns se tornam destacados em verde claro.
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: médio
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina
fosfotúngstica. Aumento: médio
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 3
❖ Discos intercalares
Os discos intercalares são vistos como barras que atravessam transversalmente as
fibras musculares cardíacas. São formadas por longos complexos juncionais e delimitam
as extremidades de cada fibra muscular cardíaca.
Estas estruturas ficam melhor evidenciadas com várias colorações, por exemplo
hematoxilina férrica e hematoxilina fosfotúngstica (que foi usada para preparar o corte
cuja imagem é vista nesta página).
★ A imagem mostra fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
★ Na imagem se observa a estriação transversal (bandas) das fibras cardíacas,
semelhante à das fibras musculares esqueléticas.
★ Além disso, há traços escuros, mais espessos e de tamanhos variados, dispostos
transversalmente às fibras. São os discos intercalares e aparecem ressaltados em
branco.
 
 Os discos intercalares não podem ser vistos em cortes transversais das fibras.
FIGURA 10.4 Corte transversal de
músculo estriado esquelético, que mostra o
epimísio, o perimísio (setas) e o endomísio
(pontas de seta). (Picrosirius-hematoxilina.
Grande aumento.)
 
 
FIGURA 10.5 Corte longitudinal de músculo
esquelético. Para demonstrar os vasos
sanguíneos, estes foram injetados com resina
plástica antes do sacrifício do animal. Observe
a extensa rede de capilares sanguíneos (setas)
em volta das fibras musculares. (Corante de
Giemsa. Fotomicrografia com luz polarizada.
Pequeno aumento.)
 
 
FIGURA 10.6 Corte transversal de músculo
esquelético submetido a técnica imuno-
histoquímica para demonstrar laminina, uma
glicoproteína presente nas lâminas basais. A
localização da laminina é vista em cor
marrom (setas). No canto superior direito, há
um pequeno nervo em corte oblíquo.
Também existe laminina em volta das fibras
nervosas. (Grande aumento.)
FIGURA 10.7 Fibras musculares
estriadas esqueléticas. Em corte
transversal das fibras musculares (parte
superior), várias estão indicadas por
asteriscos. O aspecto granuloso do
citoplasma representa miofibrilas
seccionadas transversalmente. Observe
a localização periférica dos núcleos.
Na porção inferior da figura, há três
fibras seccionadas longitudinalmente e
indicadas por barras. Note a estriação
transversal característica dessas fibras.
(Hematoxilina-eosina [HE]. Médio
aumento.)
FIGURA 10.8 Corte longitudinal de três fibras musculares
esqueléticas. Observe os limites dos sarcômeros; as bandas
A, escuras; e as bandas I, claras. As bandas I contêm os
discos Z, delgados e escuros. (Corante de Giemsa. Grande
aumento.)
 
 
Histologia
Roteiro 1
 ❖ Identificar e descrever as lâminas histológicas de músculo estriado esquelético e tendão.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-
muscular.htm#:~:text=da%20publicidade%20%3B)-,Tipos%20de%20m%C3%BAsculos,card%C3%ADaco%20e%20o%20n%C3%A3o%20estriado.
Características histológicas dos três tipos de
tecido muscular. Na coluna à esquerda, o aspecto
desses tecidos em cortes longitudinais e, à direita, em
cortes transversais.
➢ O músculo esquelético é constituído por
fibras com grande diâmetro, longas e
multinucleadas. Os núcleos situam-se na
periferia da fibra.
➢ O músculo cardíaco é constituído por células
curtas e unidas pelos discos intercalares. Cada
célula tem apenas um ou dois núcleos,
localizados no centro.
➢ O tecido muscular liso é um agregado de
células fusiformes, com um núcleo na parte
mais dilatada da célula.
➔ Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores
chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente
por sua função) é caracterizado por apresentar
células distanciadas entre si, em maior ou menor
grau, responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e
sustentar os outros tecidos.
 
Organização de um músculo estriado
esquelético. Observe a disposição das fibras
musculares em feixes e sua separação por diferentes
níveis de camadas de tecido conjuntivo: epimísio,
perimísio e endomísio. À direita, o esboço de um
músculo do qual foi retirado um segmento (em
tracejado),representado na figura maior, à esquerda.
 
O tecido muscular esquelético é formado
por feixes de células muito longas, cilíndricas,
multinucleadas e com inúmeros filamentos
cilíndricos chamados miofibrilas.
O diâmetro das fibras musculares estriadas
esqueléticas varia de 10 a 100 µm. Essas fibras se
originam no embrião pela fusão de células
alongadas, os mioblastos.
Nas fibras musculares esqueléticas, os
numerosos núcleos elípticos localizam-se na
periferia, logo abaixo do sarcolema. Essa
localização nuclear característica ajuda a
distinguir o músculo esquelético do músculo
cardíaco, ambos com estriações transversais, uma
vez que, no músculo cardíaco, os núcleos são
centrais.
FIGURA 10.3 Músculo estriado esquelético observado em
várias dimensões. Em destaque, as miofibrilas que
constituem o aparelho contrátil e seus componentes
estruturais e moleculares. Observe a posição dos filamentos
finos e grossos no sarcômero. A estrutura molecular desses
elementos é mostrada à direita, embaixo. (Ilustração de
Sylvia Colard Keene. Reproduzida, com autorização, de
Bloom e Fawcett, 1968.)
 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO
As fibras musculares estriadas esqueléticas constituem o que se chama
habitualmente de músculo esquelético.
As fibras são longas células em forma de cilindros que podem chegar a
vários centímetros de comprimento. As células são multinucleadas e a
posição de seus núcleos é periférica, junto à membrana plasmática. Os
núcleos têm cromatina clara e são elípticos tendo uma forma que lembra um
charuto. A melhor maneira de reconhecer a posição periférica dos núcleos é
em cortes transversais às fibras – veja o segundo esquema.
Em cortes longitudinais das fibras se pode observar outra característica
importante deste tipo de fibra muscular – são as estriações (bandas)
transversais no citoplasma.
A imagem inferior é um aumento pequeno de um corte de músculo
esquelético no qual a maioria das fibras foi seccionada transversalmente.
Uma quantidade menor de fibras foi seccionada longitudinalmente –
ficam destacadas em azul claro. Nestas fibras se pode comprovar como são
longas. Devido ao aumento pequeno da imagem, não é possível observar a
sua estriação transversal.
Músculo estriado esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: pequeno
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 2
Estas imagens foram captadas em um aumento maior que a imagem da página
anterior.
❖ Imagem superior: Estão presentes fibras musculares estriadas esqueléticas
seccionadas longitudinalmente. Pode se observar muito bem a estriação
transversal no citoplasma de cada célula.
Alguns núcleos ficam destacados em azul após colocar o cursor ou
clicar sobre a imagem. Observe que se situam na periferia do citoplasma.
Imagem inferior: Em um aumento maior que a imagem acima, há células
musculares em corte longitudinal, nas quais se observa muito bem a sua estriação.
No canto inferior direito há fibras seccionadas transversalmente –
destacadas em azul claro e alguns núcleos periféricos destacados em azul escuro.
Músculo esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina.
Aumento: médio.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 3
Imagens em grande aumento de fibras musculares estriadas
esqueléticas seccionadas longitudinalmente.
Ao colocar o cursor ou clicar sobre a imagem ficam destacadas os
principais componentes das bandas transversais que compõem a estriação
das células.
Na imagem superior ficam destacadas algumas bandas A e trechos
de bandas I (ressaltados em azul claro), no interior dos quais se situa a o
disco Z (veja a figura inferior).
Na imagem inferior estão indicados alguns discos Z. São vistos
como linhas delgadas no interior das bandas I.
Músculo estriado esquelético. Coloração:
hematoxilina e eosina. Aumento: grande.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 4
Organização histológica dos músculos esqueléticos
As fibras musculares esqueléticas quase sempre se organizam em feixes de complexidade
crescente, conforme as dimensões do músculo.
Há uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo entre as fibras musculares. Este
tecido conjuntivo é importante pois contém os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e os nervos
destinados nutrir e inervar as fibras. Este tecido se denomina endomísio (em vermelho no desenho e
ressaltado na mesma cor na imagem do corte histológico).
Há tecido conjuntivo denso em quantidade maior que a do tipo anterior, que reúne fibras
musculares esqueléticas em grupos denominados fascículos. Sua denominação é perimísio (em
verde no desenho e ressaltado no corte).
O músculo como um todo é envolvido por uma capa de tecido conjuntivo denso modelado
denominada epimísio. Esta capa envolve todos os fascículos do músculo (em rosa no desenho).
A imagem inferior é de um corte transversal de músculo esquelético corado por um corante
tricrômico, o qual é muito útil para diferenciar e evidenciar o tecido conjuntivo (perimísio em verde,
endomísio em vermelho).
Músculo esquelético. Coloração: tricrômico de
Masson. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 1
Ao contrário das fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares estriadas cardíacas
têm forma de curtos cilindros cujas extremidades são relativamente achatadas e perpendiculares
ao eixo da fibra.
Quando vistas em cortes longitudinais seu citoplasma mostra estriação transversal
(bandas) semelhante à do músculo esquelético, porém a estriação nem sempre é tão facilmente
observável como no músculo esquelético.
Cada fibra tem um ou eventualmente dois núcleos situados no centro da fibra, ao
contrário das células musculares esqueléticas cujo núcleo é periférico. A posição dos núcleos
pode ser vista melhor em cortes transversais das fibras.
Uma estrutura característica das fibras musculares cardíacas é a existência de bandas
escuras transversais às células. São mais espessas e mais fortemente coradas que as bandas da
estriação regular. São complexos juncionais situados nas membranas celulares e que indicam os
limites das fibras. São constituídas de junções de adesão e junções comunicantes. São
denominados discos intercalares. Infelizmente não são facilmente observados em cortes
corados por hematoxilina e eosina, mas são bastante visíveis por alguns outros corantes.
No coração, as fibras se organizam em feixes de diferentes direções. Na figura inferior há
feixes de fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
Observe os núcleos – em forma de charutos – e situados no centro das células.
Músculo cardíaco. Coloração: HE. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 2
A figura superior é de fibras musculares cardíacas
seccionadas longitudinalmente e a figura inferior de fibras
seccionadas transversalmente.
As principais características histológicas das fibras
musculares cardíacas podem ser observadas nestas duas
figuras:
➔ Fibras organizadas em feixes
➔ Núcleos em posição central nas células – ressaltados
em verde após usar clicar ou usar o mouse. A posição
dos núcleos pode ser melhor observada nos cortes
transversais das fibras.
➔ Discos intercalares, transversais às fibras, mas pouco
corados após coloração por hematoxilina e eosina.
Alguns se tornam destacados em verde claro.
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: médio
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina
fosfotúngstica. Aumento: médio
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 3
❖ Discos intercalares
Os discos intercalares são vistos como barras que atravessam transversalmente as
fibras musculares cardíacas. São formadas por longos complexos juncionais e delimitam
as extremidades de cada fibra muscular cardíaca.
Estas estruturas ficam melhor evidenciadas com várias colorações, por exemplo
hematoxilina férrica e hematoxilina fosfotúngstica (que foi usada para preparar o corte
cuja imagem é vista nesta página).
★ A imagem mostra fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
★ Na imagem se observa a estriação transversal (bandas) das fibras cardíacas,
semelhante à das fibras musculares esqueléticas.
★ Alémdisso, há traços escuros, mais espessos e de tamanhos variados, dispostos
transversalmente às fibras. São os discos intercalares e aparecem ressaltados em
branco.
 
 Os discos intercalares não podem ser vistos em cortes transversais das fibras.
FIGURA 10.4 Corte transversal de
músculo estriado esquelético, que mostra o
epimísio, o perimísio (setas) e o endomísio
(pontas de seta). (Picrosirius-hematoxilina.
Grande aumento.)
 
 
FIGURA 10.5 Corte longitudinal de músculo
esquelético. Para demonstrar os vasos
sanguíneos, estes foram injetados com resina
plástica antes do sacrifício do animal. Observe
a extensa rede de capilares sanguíneos (setas)
em volta das fibras musculares. (Corante de
Giemsa. Fotomicrografia com luz polarizada.
Pequeno aumento.)
 
 
FIGURA 10.6 Corte transversal de músculo
esquelético submetido a técnica imuno-
histoquímica para demonstrar laminina, uma
glicoproteína presente nas lâminas basais. A
localização da laminina é vista em cor
marrom (setas). No canto superior direito, há
um pequeno nervo em corte oblíquo.
Também existe laminina em volta das fibras
nervosas. (Grande aumento.)
FIGURA 10.7 Fibras musculares
estriadas esqueléticas. Em corte
transversal das fibras musculares (parte
superior), várias estão indicadas por
asteriscos. O aspecto granuloso do
citoplasma representa miofibrilas
seccionadas transversalmente. Observe
a localização periférica dos núcleos.
Na porção inferior da figura, há três
fibras seccionadas longitudinalmente e
indicadas por barras. Note a estriação
transversal característica dessas fibras.
(Hematoxilina-eosina [HE]. Médio
aumento.)
FIGURA 10.8 Corte longitudinal de três fibras musculares
esqueléticas. Observe os limites dos sarcômeros; as bandas
A, escuras; e as bandas I, claras. As bandas I contêm os
discos Z, delgados e escuros. (Corante de Giemsa. Grande
aumento.)
 
 
Histologia
Roteiro 1
 ❖ Identificar e descrever as lâminas histológicas de músculo estriado esquelético e tendão.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-
muscular.htm#:~:text=da%20publicidade%20%3B)-,Tipos%20de%20m%C3%BAsculos,card%C3%ADaco%20e%20o%20n%C3%A3o%20estriado.
Características histológicas dos três tipos de
tecido muscular. Na coluna à esquerda, o aspecto
desses tecidos em cortes longitudinais e, à direita, em
cortes transversais.
➢ O músculo esquelético é constituído por
fibras com grande diâmetro, longas e
multinucleadas. Os núcleos situam-se na
periferia da fibra.
➢ O músculo cardíaco é constituído por células
curtas e unidas pelos discos intercalares. Cada
célula tem apenas um ou dois núcleos,
localizados no centro.
➢ O tecido muscular liso é um agregado de
células fusiformes, com um núcleo na parte
mais dilatada da célula.
➔ Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores
chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente
por sua função) é caracterizado por apresentar
células distanciadas entre si, em maior ou menor
grau, responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e
sustentar os outros tecidos.
 
Organização de um músculo estriado
esquelético. Observe a disposição das fibras
musculares em feixes e sua separação por diferentes
níveis de camadas de tecido conjuntivo: epimísio,
perimísio e endomísio. À direita, o esboço de um
músculo do qual foi retirado um segmento (em
tracejado), representado na figura maior, à esquerda.
 
O tecido muscular esquelético é formado
por feixes de células muito longas, cilíndricas,
multinucleadas e com inúmeros filamentos
cilíndricos chamados miofibrilas.
O diâmetro das fibras musculares estriadas
esqueléticas varia de 10 a 100 µm. Essas fibras se
originam no embrião pela fusão de células
alongadas, os mioblastos.
Nas fibras musculares esqueléticas, os
numerosos núcleos elípticos localizam-se na
periferia, logo abaixo do sarcolema. Essa
localização nuclear característica ajuda a
distinguir o músculo esquelético do músculo
cardíaco, ambos com estriações transversais, uma
vez que, no músculo cardíaco, os núcleos são
centrais.
FIGURA 10.3 Músculo estriado esquelético observado em
várias dimensões. Em destaque, as miofibrilas que
constituem o aparelho contrátil e seus componentes
estruturais e moleculares. Observe a posição dos filamentos
finos e grossos no sarcômero. A estrutura molecular desses
elementos é mostrada à direita, embaixo. (Ilustração de
Sylvia Colard Keene. Reproduzida, com autorização, de
Bloom e Fawcett, 1968.)
 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO
As fibras musculares estriadas esqueléticas constituem o que se chama
habitualmente de músculo esquelético.
As fibras são longas células em forma de cilindros que podem chegar a
vários centímetros de comprimento. As células são multinucleadas e a
posição de seus núcleos é periférica, junto à membrana plasmática. Os
núcleos têm cromatina clara e são elípticos tendo uma forma que lembra um
charuto. A melhor maneira de reconhecer a posição periférica dos núcleos é
em cortes transversais às fibras – veja o segundo esquema.
Em cortes longitudinais das fibras se pode observar outra característica
importante deste tipo de fibra muscular – são as estriações (bandas)
transversais no citoplasma.
A imagem inferior é um aumento pequeno de um corte de músculo
esquelético no qual a maioria das fibras foi seccionada transversalmente.
Uma quantidade menor de fibras foi seccionada longitudinalmente –
ficam destacadas em azul claro. Nestas fibras se pode comprovar como são
longas. Devido ao aumento pequeno da imagem, não é possível observar a
sua estriação transversal.
Músculo estriado esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: pequeno
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 2
Estas imagens foram captadas em um aumento maior que a imagem da página
anterior.
❖ Imagem superior: Estão presentes fibras musculares estriadas esqueléticas
seccionadas longitudinalmente. Pode se observar muito bem a estriação
transversal no citoplasma de cada célula.
Alguns núcleos ficam destacados em azul após colocar o cursor ou
clicar sobre a imagem. Observe que se situam na periferia do citoplasma.
Imagem inferior: Em um aumento maior que a imagem acima, há células
musculares em corte longitudinal, nas quais se observa muito bem a sua estriação.
No canto inferior direito há fibras seccionadas transversalmente –
destacadas em azul claro e alguns núcleos periféricos destacados em azul escuro.
Músculo esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina.
Aumento: médio.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 3
Imagens em grande aumento de fibras musculares estriadas
esqueléticas seccionadas longitudinalmente.
Ao colocar o cursor ou clicar sobre a imagem ficam destacadas os
principais componentes das bandas transversais que compõem a estriação
das células.
Na imagem superior ficam destacadas algumas bandas A e trechos
de bandas I (ressaltados em azul claro), no interior dos quais se situa a o
disco Z (veja a figura inferior).
Na imagem inferior estão indicados alguns discos Z. São vistos
como linhas delgadas no interior das bandas I.
Músculo estriado esquelético. Coloração:
hematoxilina e eosina. Aumento: grande.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 4
Organização histológica dos músculos esqueléticos
As fibras musculares esqueléticas quase sempre se organizam em feixes de complexidade
crescente, conforme as dimensões do músculo.
Há uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo entre as fibras musculares. Este
tecido conjuntivo é importante pois contém os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e os nervos
destinados nutrir e inervar as fibras. Este tecido se denomina endomísio (em vermelho no desenho e
ressaltado na mesma cor na imagem do corte histológico).
Há tecido conjuntivo denso em quantidade maior que a do tipo anterior, que reúne fibras
musculares esqueléticas em grupos denominados fascículos. Sua denominação é perimísio (em
verde no desenho e ressaltado no corte).
O músculo como um todo é envolvido por uma capa de tecido conjuntivo denso modelado
denominada epimísio. Esta capa envolve todos os fascículos do músculo (em rosa no desenho).A imagem inferior é de um corte transversal de músculo esquelético corado por um corante
tricrômico, o qual é muito útil para diferenciar e evidenciar o tecido conjuntivo (perimísio em verde,
endomísio em vermelho).
Músculo esquelético. Coloração: tricrômico de
Masson. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 1
Ao contrário das fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares estriadas cardíacas
têm forma de curtos cilindros cujas extremidades são relativamente achatadas e perpendiculares
ao eixo da fibra.
Quando vistas em cortes longitudinais seu citoplasma mostra estriação transversal
(bandas) semelhante à do músculo esquelético, porém a estriação nem sempre é tão facilmente
observável como no músculo esquelético.
Cada fibra tem um ou eventualmente dois núcleos situados no centro da fibra, ao
contrário das células musculares esqueléticas cujo núcleo é periférico. A posição dos núcleos
pode ser vista melhor em cortes transversais das fibras.
Uma estrutura característica das fibras musculares cardíacas é a existência de bandas
escuras transversais às células. São mais espessas e mais fortemente coradas que as bandas da
estriação regular. São complexos juncionais situados nas membranas celulares e que indicam os
limites das fibras. São constituídas de junções de adesão e junções comunicantes. São
denominados discos intercalares. Infelizmente não são facilmente observados em cortes
corados por hematoxilina e eosina, mas são bastante visíveis por alguns outros corantes.
No coração, as fibras se organizam em feixes de diferentes direções. Na figura inferior há
feixes de fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
Observe os núcleos – em forma de charutos – e situados no centro das células.
Músculo cardíaco. Coloração: HE. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 2
A figura superior é de fibras musculares cardíacas
seccionadas longitudinalmente e a figura inferior de fibras
seccionadas transversalmente.
As principais características histológicas das fibras
musculares cardíacas podem ser observadas nestas duas
figuras:
➔ Fibras organizadas em feixes
➔ Núcleos em posição central nas células – ressaltados
em verde após usar clicar ou usar o mouse. A posição
dos núcleos pode ser melhor observada nos cortes
transversais das fibras.
➔ Discos intercalares, transversais às fibras, mas pouco
corados após coloração por hematoxilina e eosina.
Alguns se tornam destacados em verde claro.
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: médio
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina
fosfotúngstica. Aumento: médio
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 3
❖ Discos intercalares
Os discos intercalares são vistos como barras que atravessam transversalmente as
fibras musculares cardíacas. São formadas por longos complexos juncionais e delimitam
as extremidades de cada fibra muscular cardíaca.
Estas estruturas ficam melhor evidenciadas com várias colorações, por exemplo
hematoxilina férrica e hematoxilina fosfotúngstica (que foi usada para preparar o corte
cuja imagem é vista nesta página).
★ A imagem mostra fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
★ Na imagem se observa a estriação transversal (bandas) das fibras cardíacas,
semelhante à das fibras musculares esqueléticas.
★ Além disso, há traços escuros, mais espessos e de tamanhos variados, dispostos
transversalmente às fibras. São os discos intercalares e aparecem ressaltados em
branco.
 
 Os discos intercalares não podem ser vistos em cortes transversais das fibras.
FIGURA 10.4 Corte transversal de
músculo estriado esquelético, que mostra o
epimísio, o perimísio (setas) e o endomísio
(pontas de seta). (Picrosirius-hematoxilina.
Grande aumento.)
 
 
FIGURA 10.5 Corte longitudinal de músculo
esquelético. Para demonstrar os vasos
sanguíneos, estes foram injetados com resina
plástica antes do sacrifício do animal. Observe
a extensa rede de capilares sanguíneos (setas)
em volta das fibras musculares. (Corante de
Giemsa. Fotomicrografia com luz polarizada.
Pequeno aumento.)
 
 
FIGURA 10.6 Corte transversal de músculo
esquelético submetido a técnica imuno-
histoquímica para demonstrar laminina, uma
glicoproteína presente nas lâminas basais. A
localização da laminina é vista em cor
marrom (setas). No canto superior direito, há
um pequeno nervo em corte oblíquo.
Também existe laminina em volta das fibras
nervosas. (Grande aumento.)
FIGURA 10.7 Fibras musculares
estriadas esqueléticas. Em corte
transversal das fibras musculares (parte
superior), várias estão indicadas por
asteriscos. O aspecto granuloso do
citoplasma representa miofibrilas
seccionadas transversalmente. Observe
a localização periférica dos núcleos.
Na porção inferior da figura, há três
fibras seccionadas longitudinalmente e
indicadas por barras. Note a estriação
transversal característica dessas fibras.
(Hematoxilina-eosina [HE]. Médio
aumento.)
FIGURA 10.8 Corte longitudinal de três fibras musculares
esqueléticas. Observe os limites dos sarcômeros; as bandas
A, escuras; e as bandas I, claras. As bandas I contêm os
discos Z, delgados e escuros. (Corante de Giemsa. Grande
aumento.)
 
 
Histologia
Roteiro 1
 ❖ Identificar e descrever as lâminas histológicas de músculo estriado esquelético e tendão.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-
muscular.htm#:~:text=da%20publicidade%20%3B)-,Tipos%20de%20m%C3%BAsculos,card%C3%ADaco%20e%20o%20n%C3%A3o%20estriado.
Características histológicas dos três tipos de
tecido muscular. Na coluna à esquerda, o aspecto
desses tecidos em cortes longitudinais e, à direita, em
cortes transversais.
➢ O músculo esquelético é constituído por
fibras com grande diâmetro, longas e
multinucleadas. Os núcleos situam-se na
periferia da fibra.
➢ O músculo cardíaco é constituído por células
curtas e unidas pelos discos intercalares. Cada
célula tem apenas um ou dois núcleos,
localizados no centro.
➢ O tecido muscular liso é um agregado de
células fusiformes, com um núcleo na parte
mais dilatada da célula.
➔ Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores
chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente
por sua função) é caracterizado por apresentar
células distanciadas entre si, em maior ou menor
grau, responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e
sustentar os outros tecidos.
 
Organização de um músculo estriado
esquelético. Observe a disposição das fibras
musculares em feixes e sua separação por diferentes
níveis de camadas de tecido conjuntivo: epimísio,
perimísio e endomísio. À direita, o esboço de um
músculo do qual foi retirado um segmento (em
tracejado), representado na figura maior, à esquerda.
 
O tecido muscular esquelético é formado
por feixes de células muito longas, cilíndricas,
multinucleadas e com inúmeros filamentos
cilíndricos chamados miofibrilas.
O diâmetro das fibras musculares estriadas
esqueléticas varia de 10 a 100 µm. Essas fibras se
originam no embrião pela fusão de células
alongadas, os mioblastos.
Nas fibras musculares esqueléticas, os
numerosos núcleos elípticos localizam-se na
periferia, logo abaixo do sarcolema. Essa
localização nuclear característica ajuda a
distinguir o músculo esquelético do músculo
cardíaco, ambos com estriações transversais, uma
vez que, no músculo cardíaco, os núcleos são
centrais.
FIGURA 10.3 Músculo estriado esquelético observado em
várias dimensões. Em destaque, as miofibrilas que
constituem o aparelho contrátil e seus componentes
estruturais e moleculares. Observe a posição dos filamentos
finos e grossos no sarcômero. A estrutura molecular desses
elementos é mostrada à direita, embaixo. (Ilustração de
Sylvia Colard Keene. Reproduzida, com autorização, de
Bloom e Fawcett, 1968.)
 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO
As fibras musculares estriadas esqueléticas constituem o que se chama
habitualmente de músculo esquelético.
As fibras são longas células em forma de cilindros que podem chegar a
vários centímetros de comprimento. As células são multinucleadas e a
posição de seus núcleos é periférica, juntoà membrana plasmática. Os
núcleos têm cromatina clara e são elípticos tendo uma forma que lembra um
charuto. A melhor maneira de reconhecer a posição periférica dos núcleos é
em cortes transversais às fibras – veja o segundo esquema.
Em cortes longitudinais das fibras se pode observar outra característica
importante deste tipo de fibra muscular – são as estriações (bandas)
transversais no citoplasma.
A imagem inferior é um aumento pequeno de um corte de músculo
esquelético no qual a maioria das fibras foi seccionada transversalmente.
Uma quantidade menor de fibras foi seccionada longitudinalmente –
ficam destacadas em azul claro. Nestas fibras se pode comprovar como são
longas. Devido ao aumento pequeno da imagem, não é possível observar a
sua estriação transversal.
Músculo estriado esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: pequeno
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 2
Estas imagens foram captadas em um aumento maior que a imagem da página
anterior.
❖ Imagem superior: Estão presentes fibras musculares estriadas esqueléticas
seccionadas longitudinalmente. Pode se observar muito bem a estriação
transversal no citoplasma de cada célula.
Alguns núcleos ficam destacados em azul após colocar o cursor ou
clicar sobre a imagem. Observe que se situam na periferia do citoplasma.
Imagem inferior: Em um aumento maior que a imagem acima, há células
musculares em corte longitudinal, nas quais se observa muito bem a sua estriação.
No canto inferior direito há fibras seccionadas transversalmente –
destacadas em azul claro e alguns núcleos periféricos destacados em azul escuro.
Músculo esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina.
Aumento: médio.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 3
Imagens em grande aumento de fibras musculares estriadas
esqueléticas seccionadas longitudinalmente.
Ao colocar o cursor ou clicar sobre a imagem ficam destacadas os
principais componentes das bandas transversais que compõem a estriação
das células.
Na imagem superior ficam destacadas algumas bandas A e trechos
de bandas I (ressaltados em azul claro), no interior dos quais se situa a o
disco Z (veja a figura inferior).
Na imagem inferior estão indicados alguns discos Z. São vistos
como linhas delgadas no interior das bandas I.
Músculo estriado esquelético. Coloração:
hematoxilina e eosina. Aumento: grande.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 4
Organização histológica dos músculos esqueléticos
As fibras musculares esqueléticas quase sempre se organizam em feixes de complexidade
crescente, conforme as dimensões do músculo.
Há uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo entre as fibras musculares. Este
tecido conjuntivo é importante pois contém os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e os nervos
destinados nutrir e inervar as fibras. Este tecido se denomina endomísio (em vermelho no desenho e
ressaltado na mesma cor na imagem do corte histológico).
Há tecido conjuntivo denso em quantidade maior que a do tipo anterior, que reúne fibras
musculares esqueléticas em grupos denominados fascículos. Sua denominação é perimísio (em
verde no desenho e ressaltado no corte).
O músculo como um todo é envolvido por uma capa de tecido conjuntivo denso modelado
denominada epimísio. Esta capa envolve todos os fascículos do músculo (em rosa no desenho).
A imagem inferior é de um corte transversal de músculo esquelético corado por um corante
tricrômico, o qual é muito útil para diferenciar e evidenciar o tecido conjuntivo (perimísio em verde,
endomísio em vermelho).
Músculo esquelético. Coloração: tricrômico de
Masson. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 1
Ao contrário das fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares estriadas cardíacas
têm forma de curtos cilindros cujas extremidades são relativamente achatadas e perpendiculares
ao eixo da fibra.
Quando vistas em cortes longitudinais seu citoplasma mostra estriação transversal
(bandas) semelhante à do músculo esquelético, porém a estriação nem sempre é tão facilmente
observável como no músculo esquelético.
Cada fibra tem um ou eventualmente dois núcleos situados no centro da fibra, ao
contrário das células musculares esqueléticas cujo núcleo é periférico. A posição dos núcleos
pode ser vista melhor em cortes transversais das fibras.
Uma estrutura característica das fibras musculares cardíacas é a existência de bandas
escuras transversais às células. São mais espessas e mais fortemente coradas que as bandas da
estriação regular. São complexos juncionais situados nas membranas celulares e que indicam os
limites das fibras. São constituídas de junções de adesão e junções comunicantes. São
denominados discos intercalares. Infelizmente não são facilmente observados em cortes
corados por hematoxilina e eosina, mas são bastante visíveis por alguns outros corantes.
No coração, as fibras se organizam em feixes de diferentes direções. Na figura inferior há
feixes de fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
Observe os núcleos – em forma de charutos – e situados no centro das células.
Músculo cardíaco. Coloração: HE. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 2
A figura superior é de fibras musculares cardíacas
seccionadas longitudinalmente e a figura inferior de fibras
seccionadas transversalmente.
As principais características histológicas das fibras
musculares cardíacas podem ser observadas nestas duas
figuras:
➔ Fibras organizadas em feixes
➔ Núcleos em posição central nas células – ressaltados
em verde após usar clicar ou usar o mouse. A posição
dos núcleos pode ser melhor observada nos cortes
transversais das fibras.
➔ Discos intercalares, transversais às fibras, mas pouco
corados após coloração por hematoxilina e eosina.
Alguns se tornam destacados em verde claro.
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: médio
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina
fosfotúngstica. Aumento: médio
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 3
❖ Discos intercalares
Os discos intercalares são vistos como barras que atravessam transversalmente as
fibras musculares cardíacas. São formadas por longos complexos juncionais e delimitam
as extremidades de cada fibra muscular cardíaca.
Estas estruturas ficam melhor evidenciadas com várias colorações, por exemplo
hematoxilina férrica e hematoxilina fosfotúngstica (que foi usada para preparar o corte
cuja imagem é vista nesta página).
★ A imagem mostra fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
★ Na imagem se observa a estriação transversal (bandas) das fibras cardíacas,
semelhante à das fibras musculares esqueléticas.
★ Além disso, há traços escuros, mais espessos e de tamanhos variados, dispostos
transversalmente às fibras. São os discos intercalares e aparecem ressaltados em
branco.
 
 Os discos intercalares não podem ser vistos em cortes transversais das fibras.
FIGURA 10.4 Corte transversal de
músculo estriado esquelético, que mostra o
epimísio, o perimísio (setas) e o endomísio
(pontas de seta). (Picrosirius-hematoxilina.
Grande aumento.)
 
 
FIGURA 10.5 Corte longitudinal de músculo
esquelético. Para demonstrar os vasos
sanguíneos, estes foram injetados com resina
plástica antes do sacrifício do animal. Observe
a extensa rede de capilares sanguíneos (setas)
em volta das fibras musculares. (Corante de
Giemsa. Fotomicrografia com luz polarizada.
Pequeno aumento.)
 
 
FIGURA 10.6 Corte transversal de músculo
esquelético submetido a técnica imuno-
histoquímica para demonstrar laminina, uma
glicoproteína presente nas lâminas basais. A
localização da laminina é vista em cor
marrom (setas). No canto superior direito, há
um pequeno nervo em corte oblíquo.
Também existe laminina em volta das fibras
nervosas. (Grande aumento.)
FIGURA 10.7 Fibras musculares
estriadas esqueléticas. Em corte
transversal das fibras musculares (parte
superior), várias estão indicadas por
asteriscos. O aspecto granuloso do
citoplasma representa miofibrilas
seccionadas transversalmente. Observe
a localização periférica dos núcleos.
Na porção inferiorda figura, há três
fibras seccionadas longitudinalmente e
indicadas por barras. Note a estriação
transversal característica dessas fibras.
(Hematoxilina-eosina [HE]. Médio
aumento.)
FIGURA 10.8 Corte longitudinal de três fibras musculares
esqueléticas. Observe os limites dos sarcômeros; as bandas
A, escuras; e as bandas I, claras. As bandas I contêm os
discos Z, delgados e escuros. (Corante de Giemsa. Grande
aumento.)
 
 
Histologia
Roteiro 1
 ❖ Identificar e descrever as lâminas histológicas de músculo estriado esquelético e tendão.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-
muscular.htm#:~:text=da%20publicidade%20%3B)-,Tipos%20de%20m%C3%BAsculos,card%C3%ADaco%20e%20o%20n%C3%A3o%20estriado.
Características histológicas dos três tipos de
tecido muscular. Na coluna à esquerda, o aspecto
desses tecidos em cortes longitudinais e, à direita, em
cortes transversais.
➢ O músculo esquelético é constituído por
fibras com grande diâmetro, longas e
multinucleadas. Os núcleos situam-se na
periferia da fibra.
➢ O músculo cardíaco é constituído por células
curtas e unidas pelos discos intercalares. Cada
célula tem apenas um ou dois núcleos,
localizados no centro.
➢ O tecido muscular liso é um agregado de
células fusiformes, com um núcleo na parte
mais dilatada da célula.
➔ Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores
chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente
por sua função) é caracterizado por apresentar
células distanciadas entre si, em maior ou menor
grau, responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e
sustentar os outros tecidos.
 
Organização de um músculo estriado
esquelético. Observe a disposição das fibras
musculares em feixes e sua separação por diferentes
níveis de camadas de tecido conjuntivo: epimísio,
perimísio e endomísio. À direita, o esboço de um
músculo do qual foi retirado um segmento (em
tracejado), representado na figura maior, à esquerda.
 
O tecido muscular esquelético é formado
por feixes de células muito longas, cilíndricas,
multinucleadas e com inúmeros filamentos
cilíndricos chamados miofibrilas.
O diâmetro das fibras musculares estriadas
esqueléticas varia de 10 a 100 µm. Essas fibras se
originam no embrião pela fusão de células
alongadas, os mioblastos.
Nas fibras musculares esqueléticas, os
numerosos núcleos elípticos localizam-se na
periferia, logo abaixo do sarcolema. Essa
localização nuclear característica ajuda a
distinguir o músculo esquelético do músculo
cardíaco, ambos com estriações transversais, uma
vez que, no músculo cardíaco, os núcleos são
centrais.
FIGURA 10.3 Músculo estriado esquelético observado em
várias dimensões. Em destaque, as miofibrilas que
constituem o aparelho contrátil e seus componentes
estruturais e moleculares. Observe a posição dos filamentos
finos e grossos no sarcômero. A estrutura molecular desses
elementos é mostrada à direita, embaixo. (Ilustração de
Sylvia Colard Keene. Reproduzida, com autorização, de
Bloom e Fawcett, 1968.)
 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO
As fibras musculares estriadas esqueléticas constituem o que se chama
habitualmente de músculo esquelético.
As fibras são longas células em forma de cilindros que podem chegar a
vários centímetros de comprimento. As células são multinucleadas e a
posição de seus núcleos é periférica, junto à membrana plasmática. Os
núcleos têm cromatina clara e são elípticos tendo uma forma que lembra um
charuto. A melhor maneira de reconhecer a posição periférica dos núcleos é
em cortes transversais às fibras – veja o segundo esquema.
Em cortes longitudinais das fibras se pode observar outra característica
importante deste tipo de fibra muscular – são as estriações (bandas)
transversais no citoplasma.
A imagem inferior é um aumento pequeno de um corte de músculo
esquelético no qual a maioria das fibras foi seccionada transversalmente.
Uma quantidade menor de fibras foi seccionada longitudinalmente –
ficam destacadas em azul claro. Nestas fibras se pode comprovar como são
longas. Devido ao aumento pequeno da imagem, não é possível observar a
sua estriação transversal.
Músculo estriado esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: pequeno
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 2
Estas imagens foram captadas em um aumento maior que a imagem da página
anterior.
❖ Imagem superior: Estão presentes fibras musculares estriadas esqueléticas
seccionadas longitudinalmente. Pode se observar muito bem a estriação
transversal no citoplasma de cada célula.
Alguns núcleos ficam destacados em azul após colocar o cursor ou
clicar sobre a imagem. Observe que se situam na periferia do citoplasma.
Imagem inferior: Em um aumento maior que a imagem acima, há células
musculares em corte longitudinal, nas quais se observa muito bem a sua estriação.
No canto inferior direito há fibras seccionadas transversalmente –
destacadas em azul claro e alguns núcleos periféricos destacados em azul escuro.
Músculo esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina.
Aumento: médio.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 3
Imagens em grande aumento de fibras musculares estriadas
esqueléticas seccionadas longitudinalmente.
Ao colocar o cursor ou clicar sobre a imagem ficam destacadas os
principais componentes das bandas transversais que compõem a estriação
das células.
Na imagem superior ficam destacadas algumas bandas A e trechos
de bandas I (ressaltados em azul claro), no interior dos quais se situa a o
disco Z (veja a figura inferior).
Na imagem inferior estão indicados alguns discos Z. São vistos
como linhas delgadas no interior das bandas I.
Músculo estriado esquelético. Coloração:
hematoxilina e eosina. Aumento: grande.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 4
Organização histológica dos músculos esqueléticos
As fibras musculares esqueléticas quase sempre se organizam em feixes de complexidade
crescente, conforme as dimensões do músculo.
Há uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo entre as fibras musculares. Este
tecido conjuntivo é importante pois contém os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e os nervos
destinados nutrir e inervar as fibras. Este tecido se denomina endomísio (em vermelho no desenho e
ressaltado na mesma cor na imagem do corte histológico).
Há tecido conjuntivo denso em quantidade maior que a do tipo anterior, que reúne fibras
musculares esqueléticas em grupos denominados fascículos. Sua denominação é perimísio (em
verde no desenho e ressaltado no corte).
O músculo como um todo é envolvido por uma capa de tecido conjuntivo denso modelado
denominada epimísio. Esta capa envolve todos os fascículos do músculo (em rosa no desenho).
A imagem inferior é de um corte transversal de músculo esquelético corado por um corante
tricrômico, o qual é muito útil para diferenciar e evidenciar o tecido conjuntivo (perimísio em verde,
endomísio em vermelho).
Músculo esquelético. Coloração: tricrômico de
Masson. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 1
Ao contrário das fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares estriadas cardíacas
têm forma de curtos cilindros cujas extremidades são relativamente achatadas e perpendiculares
ao eixo da fibra.
Quando vistas em cortes longitudinais seu citoplasma mostra estriação transversal
(bandas) semelhante à do músculo esquelético, porém a estriação nem sempre é tão facilmente
observável como no músculo esquelético.
Cada fibra tem um ou eventualmente dois núcleos situados no centro da fibra, ao
contrário das células musculares esqueléticas cujo núcleo é periférico. A posição dos núcleos
pode ser vista melhor em cortes transversais das fibras.
Uma estrutura característica das fibras musculares cardíacas é a existência de bandas
escuras transversais às células. São mais espessas e mais fortemente coradas que as bandas da
estriação regular. São complexos juncionais situados nas membranas celulares e que indicam os
limites das fibras. São constituídas de junções de adesão e junções comunicantes. São
denominados discos intercalares. Infelizmente não são facilmente observados em cortes
coradospor hematoxilina e eosina, mas são bastante visíveis por alguns outros corantes.
No coração, as fibras se organizam em feixes de diferentes direções. Na figura inferior há
feixes de fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
Observe os núcleos – em forma de charutos – e situados no centro das células.
Músculo cardíaco. Coloração: HE. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 2
A figura superior é de fibras musculares cardíacas
seccionadas longitudinalmente e a figura inferior de fibras
seccionadas transversalmente.
As principais características histológicas das fibras
musculares cardíacas podem ser observadas nestas duas
figuras:
➔ Fibras organizadas em feixes
➔ Núcleos em posição central nas células – ressaltados
em verde após usar clicar ou usar o mouse. A posição
dos núcleos pode ser melhor observada nos cortes
transversais das fibras.
➔ Discos intercalares, transversais às fibras, mas pouco
corados após coloração por hematoxilina e eosina.
Alguns se tornam destacados em verde claro.
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: médio
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina
fosfotúngstica. Aumento: médio
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 3
❖ Discos intercalares
Os discos intercalares são vistos como barras que atravessam transversalmente as
fibras musculares cardíacas. São formadas por longos complexos juncionais e delimitam
as extremidades de cada fibra muscular cardíaca.
Estas estruturas ficam melhor evidenciadas com várias colorações, por exemplo
hematoxilina férrica e hematoxilina fosfotúngstica (que foi usada para preparar o corte
cuja imagem é vista nesta página).
★ A imagem mostra fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
★ Na imagem se observa a estriação transversal (bandas) das fibras cardíacas,
semelhante à das fibras musculares esqueléticas.
★ Além disso, há traços escuros, mais espessos e de tamanhos variados, dispostos
transversalmente às fibras. São os discos intercalares e aparecem ressaltados em
branco.
 
 Os discos intercalares não podem ser vistos em cortes transversais das fibras.
FIGURA 10.4 Corte transversal de
músculo estriado esquelético, que mostra o
epimísio, o perimísio (setas) e o endomísio
(pontas de seta). (Picrosirius-hematoxilina.
Grande aumento.)
 
 
FIGURA 10.5 Corte longitudinal de músculo
esquelético. Para demonstrar os vasos
sanguíneos, estes foram injetados com resina
plástica antes do sacrifício do animal. Observe
a extensa rede de capilares sanguíneos (setas)
em volta das fibras musculares. (Corante de
Giemsa. Fotomicrografia com luz polarizada.
Pequeno aumento.)
 
 
FIGURA 10.6 Corte transversal de músculo
esquelético submetido a técnica imuno-
histoquímica para demonstrar laminina, uma
glicoproteína presente nas lâminas basais. A
localização da laminina é vista em cor
marrom (setas). No canto superior direito, há
um pequeno nervo em corte oblíquo.
Também existe laminina em volta das fibras
nervosas. (Grande aumento.)
FIGURA 10.7 Fibras musculares
estriadas esqueléticas. Em corte
transversal das fibras musculares (parte
superior), várias estão indicadas por
asteriscos. O aspecto granuloso do
citoplasma representa miofibrilas
seccionadas transversalmente. Observe
a localização periférica dos núcleos.
Na porção inferior da figura, há três
fibras seccionadas longitudinalmente e
indicadas por barras. Note a estriação
transversal característica dessas fibras.
(Hematoxilina-eosina [HE]. Médio
aumento.)
FIGURA 10.8 Corte longitudinal de três fibras musculares
esqueléticas. Observe os limites dos sarcômeros; as bandas
A, escuras; e as bandas I, claras. As bandas I contêm os
discos Z, delgados e escuros. (Corante de Giemsa. Grande
aumento.)
 
 
Histologia
Roteiro 1
 ❖ Identificar e descrever as lâminas histológicas de músculo estriado esquelético e tendão.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-
muscular.htm#:~:text=da%20publicidade%20%3B)-,Tipos%20de%20m%C3%BAsculos,card%C3%ADaco%20e%20o%20n%C3%A3o%20estriado.
Características histológicas dos três tipos de
tecido muscular. Na coluna à esquerda, o aspecto
desses tecidos em cortes longitudinais e, à direita, em
cortes transversais.
➢ O músculo esquelético é constituído por
fibras com grande diâmetro, longas e
multinucleadas. Os núcleos situam-se na
periferia da fibra.
➢ O músculo cardíaco é constituído por células
curtas e unidas pelos discos intercalares. Cada
célula tem apenas um ou dois núcleos,
localizados no centro.
➢ O tecido muscular liso é um agregado de
células fusiformes, com um núcleo na parte
mais dilatada da célula.
➔ Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores
chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente
por sua função) é caracterizado por apresentar
células distanciadas entre si, em maior ou menor
grau, responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e
sustentar os outros tecidos.
 
Organização de um músculo estriado
esquelético. Observe a disposição das fibras
musculares em feixes e sua separação por diferentes
níveis de camadas de tecido conjuntivo: epimísio,
perimísio e endomísio. À direita, o esboço de um
músculo do qual foi retirado um segmento (em
tracejado), representado na figura maior, à esquerda.
 
O tecido muscular esquelético é formado
por feixes de células muito longas, cilíndricas,
multinucleadas e com inúmeros filamentos
cilíndricos chamados miofibrilas.
O diâmetro das fibras musculares estriadas
esqueléticas varia de 10 a 100 µm. Essas fibras se
originam no embrião pela fusão de células
alongadas, os mioblastos.
Nas fibras musculares esqueléticas, os
numerosos núcleos elípticos localizam-se na
periferia, logo abaixo do sarcolema. Essa
localização nuclear característica ajuda a
distinguir o músculo esquelético do músculo
cardíaco, ambos com estriações transversais, uma
vez que, no músculo cardíaco, os núcleos são
centrais.
FIGURA 10.3 Músculo estriado esquelético observado em
várias dimensões. Em destaque, as miofibrilas que
constituem o aparelho contrátil e seus componentes
estruturais e moleculares. Observe a posição dos filamentos
finos e grossos no sarcômero. A estrutura molecular desses
elementos é mostrada à direita, embaixo. (Ilustração de
Sylvia Colard Keene. Reproduzida, com autorização, de
Bloom e Fawcett, 1968.)
 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO
As fibras musculares estriadas esqueléticas constituem o que se chama
habitualmente de músculo esquelético.
As fibras são longas células em forma de cilindros que podem chegar a
vários centímetros de comprimento. As células são multinucleadas e a
posição de seus núcleos é periférica, junto à membrana plasmática. Os
núcleos têm cromatina clara e são elípticos tendo uma forma que lembra um
charuto. A melhor maneira de reconhecer a posição periférica dos núcleos é
em cortes transversais às fibras – veja o segundo esquema.
Em cortes longitudinais das fibras se pode observar outra característica
importante deste tipo de fibra muscular – são as estriações (bandas)
transversais no citoplasma.
A imagem inferior é um aumento pequeno de um corte de músculo
esquelético no qual a maioria das fibras foi seccionada transversalmente.
Uma quantidade menor de fibras foi seccionada longitudinalmente –
ficam destacadas em azul claro. Nestas fibras se pode comprovar como são
longas. Devido ao aumento pequeno da imagem, não é possível observar a
sua estriação transversal.
Músculo estriado esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: pequeno
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 2
Estas imagens foram captadas em um aumento maior que a imagem da página
anterior.
❖ Imagem superior: Estão presentes fibras musculares estriadas esqueléticas
seccionadas longitudinalmente. Pode se observar muito bem a estriação
transversal no citoplasma de cada célula.
Alguns núcleos ficam destacados em azul após colocar o cursor ou
clicar sobre a imagem. Observe que se situam na periferia do citoplasma.
Imagem inferior: Em um aumento maior que a imagem acima, há células
musculares em corte longitudinal, nas quais se observamuito bem a sua estriação.
No canto inferior direito há fibras seccionadas transversalmente –
destacadas em azul claro e alguns núcleos periféricos destacados em azul escuro.
Músculo esquelético. Coloração: hematoxilina e eosina.
Aumento: médio.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 3
Imagens em grande aumento de fibras musculares estriadas
esqueléticas seccionadas longitudinalmente.
Ao colocar o cursor ou clicar sobre a imagem ficam destacadas os
principais componentes das bandas transversais que compõem a estriação
das células.
Na imagem superior ficam destacadas algumas bandas A e trechos
de bandas I (ressaltados em azul claro), no interior dos quais se situa a o
disco Z (veja a figura inferior).
Na imagem inferior estão indicados alguns discos Z. São vistos
como linhas delgadas no interior das bandas I.
Músculo estriado esquelético. Coloração:
hematoxilina e eosina. Aumento: grande.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO – 4
Organização histológica dos músculos esqueléticos
As fibras musculares esqueléticas quase sempre se organizam em feixes de complexidade
crescente, conforme as dimensões do músculo.
Há uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo entre as fibras musculares. Este
tecido conjuntivo é importante pois contém os vasos sanguíneos, vasos linfáticos e os nervos
destinados nutrir e inervar as fibras. Este tecido se denomina endomísio (em vermelho no desenho e
ressaltado na mesma cor na imagem do corte histológico).
Há tecido conjuntivo denso em quantidade maior que a do tipo anterior, que reúne fibras
musculares esqueléticas em grupos denominados fascículos. Sua denominação é perimísio (em
verde no desenho e ressaltado no corte).
O músculo como um todo é envolvido por uma capa de tecido conjuntivo denso modelado
denominada epimísio. Esta capa envolve todos os fascículos do músculo (em rosa no desenho).
A imagem inferior é de um corte transversal de músculo esquelético corado por um corante
tricrômico, o qual é muito útil para diferenciar e evidenciar o tecido conjuntivo (perimísio em verde,
endomísio em vermelho).
Músculo esquelético. Coloração: tricrômico de
Masson. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 1
Ao contrário das fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares estriadas cardíacas
têm forma de curtos cilindros cujas extremidades são relativamente achatadas e perpendiculares
ao eixo da fibra.
Quando vistas em cortes longitudinais seu citoplasma mostra estriação transversal
(bandas) semelhante à do músculo esquelético, porém a estriação nem sempre é tão facilmente
observável como no músculo esquelético.
Cada fibra tem um ou eventualmente dois núcleos situados no centro da fibra, ao
contrário das células musculares esqueléticas cujo núcleo é periférico. A posição dos núcleos
pode ser vista melhor em cortes transversais das fibras.
Uma estrutura característica das fibras musculares cardíacas é a existência de bandas
escuras transversais às células. São mais espessas e mais fortemente coradas que as bandas da
estriação regular. São complexos juncionais situados nas membranas celulares e que indicam os
limites das fibras. São constituídas de junções de adesão e junções comunicantes. São
denominados discos intercalares. Infelizmente não são facilmente observados em cortes
corados por hematoxilina e eosina, mas são bastante visíveis por alguns outros corantes.
No coração, as fibras se organizam em feixes de diferentes direções. Na figura inferior há
feixes de fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
Observe os núcleos – em forma de charutos – e situados no centro das células.
Músculo cardíaco. Coloração: HE. Aumento: pequeno.
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 2
A figura superior é de fibras musculares cardíacas
seccionadas longitudinalmente e a figura inferior de fibras
seccionadas transversalmente.
As principais características histológicas das fibras
musculares cardíacas podem ser observadas nestas duas
figuras:
➔ Fibras organizadas em feixes
➔ Núcleos em posição central nas células – ressaltados
em verde após usar clicar ou usar o mouse. A posição
dos núcleos pode ser melhor observada nos cortes
transversais das fibras.
➔ Discos intercalares, transversais às fibras, mas pouco
corados após coloração por hematoxilina e eosina.
Alguns se tornam destacados em verde claro.
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina e eosina. Aumento: médio
Músculo cardíaco. Coloração: hematoxilina
fosfotúngstica. Aumento: médio
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO – 3
❖ Discos intercalares
Os discos intercalares são vistos como barras que atravessam transversalmente as
fibras musculares cardíacas. São formadas por longos complexos juncionais e delimitam
as extremidades de cada fibra muscular cardíaca.
Estas estruturas ficam melhor evidenciadas com várias colorações, por exemplo
hematoxilina férrica e hematoxilina fosfotúngstica (que foi usada para preparar o corte
cuja imagem é vista nesta página).
★ A imagem mostra fibras musculares cardíacas seccionadas longitudinalmente.
★ Na imagem se observa a estriação transversal (bandas) das fibras cardíacas,
semelhante à das fibras musculares esqueléticas.
★ Além disso, há traços escuros, mais espessos e de tamanhos variados, dispostos
transversalmente às fibras. São os discos intercalares e aparecem ressaltados em
branco.
 
 Os discos intercalares não podem ser vistos em cortes transversais das fibras.
FIGURA 10.4 Corte transversal de
músculo estriado esquelético, que mostra o
epimísio, o perimísio (setas) e o endomísio
(pontas de seta). (Picrosirius-hematoxilina.
Grande aumento.)
 
 
FIGURA 10.5 Corte longitudinal de músculo
esquelético. Para demonstrar os vasos
sanguíneos, estes foram injetados com resina
plástica antes do sacrifício do animal. Observe
a extensa rede de capilares sanguíneos (setas)
em volta das fibras musculares. (Corante de
Giemsa. Fotomicrografia com luz polarizada.
Pequeno aumento.)
 
 
FIGURA 10.6 Corte transversal de músculo
esquelético submetido a técnica imuno-
histoquímica para demonstrar laminina, uma
glicoproteína presente nas lâminas basais. A
localização da laminina é vista em cor
marrom (setas). No canto superior direito, há
um pequeno nervo em corte oblíquo.
Também existe laminina em volta das fibras
nervosas. (Grande aumento.)
FIGURA 10.7 Fibras musculares
estriadas esqueléticas. Em corte
transversal das fibras musculares (parte
superior), várias estão indicadas por
asteriscos. O aspecto granuloso do
citoplasma representa miofibrilas
seccionadas transversalmente. Observe
a localização periférica dos núcleos.
Na porção inferior da figura, há três
fibras seccionadas longitudinalmente e
indicadas por barras. Note a estriação
transversal característica dessas fibras.
(Hematoxilina-eosina [HE]. Médio
aumento.)
FIGURA 10.8 Corte longitudinal de três fibras musculares
esqueléticas. Observe os limites dos sarcômeros; as bandas
A, escuras; e as bandas I, claras. As bandas I contêm os
discos Z, delgados e escuros. (Corante de Giemsa. Grande
aumento.)
 
 
Histologia
Roteiro 1
 ❖ Identificar e descrever as lâminas histológicas de músculo estriado esquelético e tendão.
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-
muscular.htm#:~:text=da%20publicidade%20%3B)-,Tipos%20de%20m%C3%BAsculos,card%C3%ADaco%20e%20o%20n%C3%A3o%20estriado.
Características histológicas dos três tipos de
tecido muscular. Na coluna à esquerda, o aspecto
desses tecidos em cortes longitudinais e, à direita, em
cortes transversais.
➢ O músculo esquelético é constituído por
fibras com grande diâmetro, longas e
multinucleadas. Os núcleos situam-se na
periferia da fibra.
➢ O músculo cardíaco é constituído por células
curtas e unidas pelos discos intercalares. Cada
célula tem apenas um ou dois núcleos,
localizados no centro.
➢ O tecido muscular liso é um agregado de
células fusiformes, com um núcleo na parte
mais dilatada da célula.
➔ Para lembrar: o tecido conjuntivo (alguns autores
chamam, inclusive de tecido conectivo, justamente
por sua função) é caracterizado por

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