Buscar

SEMIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DE CÃES E GATOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SEMIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DE CÃES E GATOS 
O trato respiratório ANTERIOR é formado por: narinas, fossas nasais, nasofaringe, 
orofaringe, laringe. 
O trato respiratório POSTERIOR é formado por: traqueia, brônquios, bronquíolos, ductos 
alveolares e alvéolos. 
A pleura é uma estrutura formada pelos folhetos parietal e visceral. A pleura visceral recobre 
a superfície dos pulmões e a parietal está em contato com os outros órgãos da cavidade 
torácica. O espaço entre essas pleuras é a cavidade pleural, que é normalmente preenchido por 
uma quantidade PEQUENA de líquido pleural para permitir um melhor deslizamento durante 
o movimento respiratório. 
 
Na EFUSÃO PLEURAL, há presença de muito líquido na cavidade pleural – é percebido uma 
hipofonese pois diminui o alcance de auscultação. É possível DRENAR esse líquido. 
No EDEMA PULMONAR, o líquido está no parênquima pulmonar, tornando impossível a 
drenagem deste. Deve lançar mão de diuréticos. 
EXAME CLÍNICO GERAL 
TODOS os pacientes devem passar pela ordem lógica e sequencial do exame clínico geral: 
identificação, anamnese, histórico médico atual, revisão dos sistemas, histórico médico 
pregresso, história do ambiente, manejo, familiar e exame físico geral (inspeção, palpação, 
percussão e auscultação). 
• Espécie: 
o Felinos – Complexo respiratório felino (herpes vírus felino tipo 1 e calicivirus), PIF, 
asma felina. 
o Cães – colapso de traqueia, bronquite crônica. 
• Raça: 
o Doença brônquica felina – siameses. 
o Bronquiectasia e recidivas infecções respiratórias –cocker spaniel. 
o Síndrome respiratória do cão braquicefálico: estenose congênita das narinas, 
prolongamento de palato e hipoplasia traqueal –– buldogue, pug, boxer, pequinês. 
o Hipoplasia de traqueia – buldogue inglês. 
o Neoplasia nasal – comum em cães dolicocefálicos (focinho comprido). 
o Colapso de traqueia – cães de raças toys (poodle, pinscher, lulu). 
o Endocardiose de mitral, com ICCE, com compressão brônquica pelo AE – cães de 
pequeno porte. 
o Doença brônquica crônica com tosse persistente – cães de pequeno porte. 
o Fibrose pulmonar, acarretando cianose pós exercício e dispneia – cães de pequeno 
porte. 
• Idade: animais jovens são mais predispostos às infecções de trato respiratório e filhotes, 
alterações congênitas, já os adultos e idosos apresentam com maior frequência bronquite, 
doenças neoplásicas e degenerativas. 
• Sexo: em cadelas, a neoplasia mamaria pode ser fonte de metástase pulmonar. 
• Anamnese: avaliação de toda a história médica, correlacionando com os outros sistemas 
orgânicos. Considerar a queixa principal, HMR, HMP e história ambiental, familiar e, baseado 
nisso, fazer o interrogatório completo. 
 
• Exame físico geral: essa etapa, provavelmente, será decisiva para a realização do 
exame específico do sistema respiratório do animal. 
SINAIS E SINTOMAS DE DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS 
• Secreção nasal: pode estar associada com disfunções na cavidade nasal e seios 
paranasais ou com distúrbios do trato respiratório posterior. Nem sempre o tutor 
consegue notar a secreção nasal, pois o animal lambe o focinho constantemente. 
o Unilateral: neoplasias, traumas. 
o Bilateral: doenças sistêmicas. 
 
• Epistaxe: sangramento nasal espontâneo, pode ser proveniente do TRI ou TRS. 
Deve-se determinar se é bilateral ou unilateral. Sempre fazer inspeção direta da pele e 
mucosas em busca de petéquias, que pode caracterizar tendencias hemorrágicas 
sistêmicas. 
o Rinorragia: sangramento nasal provém da cavidade nasal, sai somente pela 
narina, geralmente é unilateral. 
o Hemoptise: sangramento provém de alterações intratorácicas, o sangue sai 
pelas duas narinas e cavidade oral – sangue mais claro. 
 
• Espirro: reflexo protetor manifestado pela liberação forçada do ar dos pulmões pelo 
TRS que visa remoção de agentes irritantes na cavidade nasal. 
o Corpos estranhos – grama, terreno com farpas. 
o Exposição a poeira e poluentes. 
o Felinos – infecção viral no TRS (herpesvirus). 
 
• Espirro reverso: esforço inspiratório rápido observado em cães, principalmente de 
pequeno porte. Geralmente, são crises de curta duração e associa-se a processos 
envolvendo a nasofaringe (massas em nasofaringe) OU pode ser idiopático. 
Animal parece que está rosnando ou puxando o ar pra dentro, no momento da 
INSPIRAÇÃO. 
Fazer diferencial de COLAPSO DE TRAQUEIA – principalmente os que ocorrem após 
momentos de excitação. 
• Deformidades faciais: fazer palpação na região dos seios nasais. 
o Fenda palatina, neoplasias, granulomas. 
o Gatos – neoplasias, criptococose, esporotricose causam granuloma em região 
de plano nasal, aumento de volume e deformidade facial. 
 
• Ronco: som alto e grosseiro. 
o Cães braquicefálicos com prolongamento de palato mole e animais obesos. 
o Massas na região retro faríngea. 
 
• Estridor: som inspiratório agudo (assovio fino) indicativo de distúrbios de laringe. 
o Paralisia de laringe em cães, geralmente acompanhado de angústia respiratória. 
 
• Disfonia: mudança no latido ou miado. 
 
• Tosse: reflexo protetor deflagrado pelo centro da tosse – mais comum em cães. 
Em felinos é menos comum, quando ocorre deve-se pensar em doença brônquica, parasitose 
pulmonar e dirofilariose. 
o Produtiva ou improdutiva? Se produtiva, tem liberação de muco, exsudato, 
líquido, sangue pela cavidade oral? 
o Tosse é alta? Quando ocorre? Após exercício ou excitação? Como é a coleira 
do animal? Exerce pressão no pescoço? Contactantes estão com tosse? 
▪ Tosse alta (sonora) que piora com excitação e exercício ou com a 
pressão da coleira pode indicar colapso de traqueia ou 
traqueobronquite infecciosa. 
o Tempo de evolução e duração? 
▪ Colapso de traqueia – a tosse MANTÉM por um tempo após a 
agitação/exercício. 
▪ Traqueobronquite infecciosa – é autolimitante, a tosse melhor sozinha 
em até 2 semanas. Contagiosa. 
o Piora durante o dia ou a noite? 
▪ Doença brônquica crônica – tosse piora durante o DIA, tem progressão 
lenta por meses a anos. 
▪ Tosse de origem cardíaca – piora à NOITE. 
• Colapso de traqueia: é um achamento dos anéis cartilaginosos e flacidez, que resulta 
no estreitamento do lúmen traqueal – comum em cães toys, braquicefálicos, de meia 
idade ou idosos. Desconhece-se a etiologia e esta é considerada uma multifatorial. 
o Sintoma primário: tosse seca, sonora (alta) - assemelha-se a um grasnar de 
ganso - que piora ao exercício, excitação, estresse, calor, umidade, ingestão 
de alimentos e líquidos ou pressão externa da traqueia (coleira apertando). 
o Os sintomas clínicos progridem com a idade e incluem: ruídos respiratórios 
anormais, sensibilidade traqueal, intolerância ao exercício, síncope, cianose e 
dispneia – causada pela obstrução do fluxo de ar. 
o Alguns animais nunca sofrem desconforto respiratório, outros morrem de 
asfixia. 
o À palpação da traqueia cervical, ficam evidentes ocasionalmente cartilagens 
traqueais flácidas com bordas laterais proeminentes – a palpação pode disparar 
tosse paroxísmica. 
o Avaliação radiográfica DV e LL. 
o Comum: poodle, Yorkshire, maltês, lulu da Pomerânia e pinscher. 
 
• Regurgitação: a queixa principal do tutor geralmente é confundida com vomito. 
o Pneumonia aspirativa: regurgitação, histórico de apatia, tosse e secreção nasal 
mucopurulenta bilateral. 
o Megaesôfago: regurgitação, tosse, caquexia ou subnutrição, perda de apetite e 
febre. 
 
• Hemoptise: eliminação de sangue pela boca e narinas, proveniente do TRI. 
o Hipertensão pulmonar – ICC, tromboembolismo pulmonar, dirofilariose. 
o Perda da integridade vascular – neoplasias, inflamação, traumatismo. 
o DIFERENCIAR hemoptise de hematêmese (vômito com sangue). 
 
• Dispneia: dificuldade respiratória, pode ser de natureza inspiratória ou expiratória. 
o Inspiratória – TRS – alterações extratorácicas – dificuldade em colocar o ar 
para DENTRO. 
o Expiratória – TRI –alterações intratorácicas – dificuldade de expansão 
torácica e de colocar o ar pra FORA. 
 
• Ortopneia: quadro extremo de dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o 
obriga a assumir posições de alivio que favoreçam a expansão torácica e 
diafragmática. 
o Animal andando ou sentado com o tronco inclinado, abdução dos membros 
torácicos, pescoço esticado, respiração pela boca, a língua pode estar para fora 
e cianótica. 
 
• Cianose: coloração azulada da pele e mucosas causada por níveis excessivos de 
hemoglobina desoxigenada no sangue. 
 
• Hipertermia: a maior prevalência de hipertermia em cães e gatos é decorrente de 
agentes infecciosos. Também pode ocorrer em doenças imunomediadas (cães adultos), 
neoplasias e traumatismos teciduais. 
 
Taquipneia: Animais com anemia severa podem apresentar taquipneia por mecanismo 
compensatório, já que estes possuem poucas hemácias para transportar O². Dependendo do 
grau de severidade, pode chegar a ter dispneia. 
EXAME FÍSICO ESPECÍFICO 
➔ INSPEÇÃO e PALPAÇÃO 
A inspeção é complementada pela palpação. 
• Inspeção de longe: alteração ao caminhar, postura ortopneica, fadiga. 
• Face: 
o Deformidades faciais, exoftalmia, neoplasias, edema, palatosquise, 
queilosquise. 
o Palpação dos seios nasais – comprometimento ósseo, dor, massas, edema. 
• Narinas: 
o Estenose das narinas. 
o Secreção nasal uni ou bilateral – unilateral (processo intranasal, neoplasia) 
bilateral (processos sistêmicos e em TRI). 
▪ Serosa: aquosa, líquida, translúcida – pode ser comum dependendo da 
duração e intensidade. 
▪ Mucoide: viscosa/pegajosa, translúcida a amarelada clara. 
▪ Purulenta: viscosa, espessa, amarelada ou esverdeada (pus) – indicativo 
de quadro inflamatório ou infeccioso ancenturado. 
▪ Purulento hemorrágico: pus + sangue – neoplasias, infecções fúngicas 
crônicas. 
▪ Epistaxe: puramente hemorrágico – traumatismo, processos agressivos 
focais na cavidade nasal, hipertensão sistêmica, distúrbios 
hemorrágicos sistêmicos. Pode ocorrer melena em decorrência da 
deglutição do sangue. 
• Pescoço: 
o Palpação da traqueia desde a laringe até entrada do tórax – massas, 
deformidades. 
o Reflexo de tosse – fricção dos anéis traqueais na entrada no tórax: observar 
características da tosse, duração. 
▪ Diferenciar de engasgo, espirro reverso, mimica de vomito. 
▪ Na bronquite e pneumonia o flexo de tosse fica aumentado, o animal 
tosse por mais tempo que o normal. 
• Tórax: 
o Palpação de todo o tórax – detectar ferimentos, fraturas de costela, dor, 
enfisema subcutâneo (ruptura de traqueia). 
 
• Frequência respiratória: observar a expansão torácica e contar o número de 
respirações por minuto. 
o Bradipneia ↓ FR 
o Normal 
o Taquipneia ↑ FR 
o Apneia – ausência total de respiração. 
 
• Ritmo respiratório: o ritmo normal é constituído por inspiração, pequena pausa, 
expiração, pausa maior e nova inspiração. As durações da expiração e inspiração são 
semelhantes. 
Qualquer alteração no ritmo respiratório é chamada de arritmia respiratória. 
o Eupneia: ritmo normal. 
o Dispneia: dificuldade respiratória – caracterizar o tipo de dispneia: 
▪ INSPIRATÓRIA: associada a alterações extratorácicas - relacionada a 
alterações das vias respiratórias anteriores por estenoses, corpos 
estranhos ou inflamações que diminuem o lúmen das vias respiratórias, 
dificultando a entrada de ar. 
• Dispneia inspiratória + ronco ou estridor – indica disfunção em 
região de retro faringe ou laringe, respectivamente. 
o Gato que ronca – pólipo na região faríngea. 
o Braquicefálicos. 
o Interferência na movimentação das cartilagens da 
laringe. 
o Estenose de narina. 
▪ EXPIRATÓRIA: associada a alterações intratorácicas - relacionada a 
processos que diminuem a elasticidade de retorno pulmonar ou que 
provoque obstrução das pequenas vias respiratória, dificultando a saída 
do ar → Fazer a auscultação para perceber os ruídos. 
• Ruídos aumentados (restritiva) – respiração rápida e superficial, 
indica lesão de parênquima pulmonar: 
o Edema pulmonar, pneumonia, fibrose pulmonar. 
• Ruídos diminuídos – inspiração vigorosa com expiração 
demorada (parece que está prendendo a respiração), indica 
efusão pleural. 
▪ MISTA: ocorre no edema pulmonar e broncopneumonia, o pulmão 
terá dificuldade de expansão pela presença de líquido (d. inspiratória) e 
com a saída de líquido de dentro dos vasos sanguíneos para o interior 
de bronquíolos, haverá dificuldade de saída de ar dos alvéolos (d. 
expiratória). 
▪ Trepopneia: dispneia que aparece em determinado decúbito lateral – 
efusão pleural unilateral deitada do lado acometido. 
o Hiperpneia: aumento na amplitude respiratória, geralmente é simétrica – 
relacionada com processos que dificultam a expansão pulmonar – 
pneumotórax. 
o Hipopneia: diminuição na amplitude respiratória. 
 
• Tipo respiratório: observa-se a movimentação do tórax e do abdômen, para 
reconhecer em que região os movimentos são mais amplos. 
o Costoabdominal: normal. 
o + Costal: indica alterações abdominais – dor, obstrução intestinal, ascite. 
o + Abdominal: alterações torácicas – fratura de costela, efusão pleural, 
pneumonia. 
Em felinos, o movimento e tipo respiratório é sutil, quase imperceptível e é INCOMUM 
ficarem com a boca aberta. Se o gato estiver com movimentos torácicos evidentes e respiração 
com a boca aberta está gravemente acometido. 
 
➔ AUSCULTAÇÃO 
Apesar de ser possível avaliar a FR somente pela inspeção, é importante fazer a auscultação 
de TODA a região do tórax para identificar possíveis alterações de ruídos respiratórios. 
O ronronar dos gatos pode atrapalhar a auscultação pulmonar, pra isso, pode-se usar algodão 
com álcool próximo as narinas do gato, para fazê-lo parar de ronronar por estimulo 
desagradável leve. 
Uma vez sobre o tórax, é possível ouvir ruídos nasais, laríngeos, traqueais e pulmonares. 
 Sala silenciosa, animal tranquilo. 
 Animal em estação sobre a mesa, delimitar o campo pulmonar a ser auscultado – fazer 
um triângulo imaginário no tórax, delimitado pelo 12º, 9º e 5º EIC – posicionar o 
estetoscópio nos ESPAÇOS INTERCOSTAIS, evitando alteração de ruido pela 
costela. 
 Auscultar o tórax de frente pra trás e de cima pra baixo, fazendo linhas imaginárias 
por todo o campo pulmonar e auscultar, pelo menos, 2 movimentos respiratórios em 
cada ponto de auscultação 
 Fazer auscultação COMPARATIVA, em que os ruídos de um lado são comparados 
àqueles da mesma região do lado oposto. 
 Toda área de anormalidade deverá ser auscultada novamente e comparada com áreas 
normais. 
 
• Ruídos respiratórios 
As características dos ruídos respiratórios NORMAIS variam de acordo com a idade, 
espessura da parede torácica, padrão respiratório e local de auscultação. A intensidade e o 
volume do ruído podem variar. 
Em um paciente hígido, ausculta-se somente a entrada do ar, diz que este apresenta ruídos 
respiratórios normais e CAMPOS PULMONARES LIMPOS. 
Quanto à audibilidade: 
• Aumento: maior facilidade para auscultar os ruídos respiratórios em todo o campo 
pulmonar, sons altos e claros. 
o Parede torácica mais delgada em animais magros. 
o Aumento da velocidade de entrada de ar – taquipneia e dispneia. 
o Hiperventilação - exercício físico, febre, temperatura ambiental elevada, 
ansiedade. 
o Anemia grave. 
• Diminuição: redução da transmissão do ruído, sons abafados. 
o Obesos - aumento da espessura da parede torácica. 
o Estado de repouso do animal. 
o Efusão pleural – o líquido na cavidade pleural abafa o som, dificulta auscultar. 
o Ruptura diafragmática. 
 
Ruídos patológicos: 
São encontrados em pacientes com alteração de TRI (brônquios, bronquíolos, ductos 
alveolares e alvéolos), podem ser auscultados em toda a extensão torácica. 
• Sibilos 
Sons CONTÍNUOS e agudos, de alta sonoridade, com característica musical – lembra um 
assovio. Ocorre quando o ar flui através de viasrespiratórias estreitadas e provoca uma 
vibração de suas paredes, sendo mais audível no início da expiração. 
O sibilo expiratório indica obstrução parcial das vias respiratórias intratorácicas, como em 
doenças bronqueais crônicas, broncoespasmo, edema de mucosa - processos inflamatórios 
bronquiais que levam ao estreitamento da luz bronquial - quando o ar flui no interior dos 
brônquios, a vibração das paredes produz o sibilo. 
O sibilo inspiratório é chamado estridor – é um sibilo alto associado a obstrução grave das 
vias respiratórias extratorácicas. 
• Crepitação 
Sons DESCONTÍNUOS, de curta duração e não-musical – assemelha a um estourar de 
bolhas. Mais audível na inspiração. Em geral, é auscultado em todo o parênquima pulmonar, 
principalmente na presença de líquido/secreção no interior das vias aéreas – edema pulmonar, 
pneumonias com secreção. Decorre da abertura súbita e sucessiva das vias respiratórias. 
Crepitações grossas decorrem de reabertura das vias respiratórias maiores – estourar de 
bolhas grandes. 
Crepitações finas estão associadas a vias aéreas menores (periféricas) – estourar de pequenas 
bolhas ou roçar cabelo na orelha. 
• Roce pleural 
Som que lembra o esfregar de 2 folhas de papel. Ocorre pelo atrito entre as pleuras parietal e 
visceral quando há um processo inflamatório local com presença de fibrina (pleurite). 
 
➔ PERCUSSÃO TORÁCICA 
A percussão torácica consiste em produzir vibrações na parede torácica que se transmitem aos 
tecidos subjacentes. Traz informações importantes que podem complementar a auscultação. 
O tórax é composto por: pele, subcutâneo, musculatura, arcabouço ósseo, tecido pulmonar e 
parênquima pulmonar preenchido por ar. Portanto, na percussão torácica de um animal hígido, 
todas essas estruturas, em proporções adequadas, produzem SONS CLAROS. O som 
produzido resulta do equilíbrio na relação normal ar:tecidos. 
Percussão dígito digital → delimitar a área da percussão – fazendo um triangulo imaginário 
delimitado pelos 12º, 9º e 5º EIC – posicionar-se do lado oposto da área a ser percutida e 
apoiar a mão direita totalmente espalmada no tórax do animal. Com o dedo médio da mão 
esquerda, aplicar 2 golpes seguidos, rápidos e firmes na falange distal do dedo médio da mão 
espalmada, retirando instantaneamente o dedo, para não abafar o som. Evitar fazer a 
percussão em cima da costela, sempre fazer nos EIC. 
A percussão deve ser sistemática, iniciando na face craniodorsal do tórax e movendo-se no 
sentido dorsal para ventral dentro de cada espaço intercostal. Deve-se fazer o procedimento 
BILATERAL. Pode ser que 1 só lobo pulmonar esteja com som diferente na percussão (lesão 
focal). 
• Sons claros: normal. 
• Hipersonoro: excesso da quantidade de ar em relação à quantidade de tecido, som 
claro muito intenso e de duração maior – tórax delgado (magros), pneumotórax. 
• Timpânico: som exageradamente ressonante – hérnia diafragmática quando o 
conteúdo é o intestino. 
• Submaciço ou maciço: relação ar:tecido muito reduzida, som curto e seco, como se 
fosse um órgão sólido – pneumonias com secreção preenchendo as vias áreas, 
abscessos, hérnia diafragmática quando o conteúdo é fígado ou baço. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Hemogasometria: mensuração das pressões parciais de O² e CO² no sangue arterial. 
• Oximetria de pulso: método não invasivo de monitorar a saturação de oxigênio 
sanguíneo. 
• Broncoscopia: técnica de diagnóstico por imagem para avaliação das vias 
respiratórias. Permite coleta para avaliação citológica. 
• Radiografia torácica: avalia parênquima pulmonar – edema, pneumonias, doenças 
bronquiais. 
• Radiografia cervical e cervicotorácica: colapso de traqueia. 
• Biópsia por punção aspirativa transtorácica: indicada para diagnóstico citológico 
de massas intratorácicas em contato com a parede torácica. 
• TORACOCENTESE: pode ser feita para remoção de líquidos na efusão pleural, para 
remoção de ar quando há acúmulo deste na cavidade torácica fora das vias áreas (afeta 
a pressão negativa). A drenagem pode ser para diagnóstico ou para alivio do 
desconforto do animal. 
o Animal posicionado em decúbito lateral ou esternal. 
o É realizada entre o 7º e 8º EIC, sendo este local submetido a tricotomia ampla 
+ antissepsia. 
o Utilizar um escalpe acoplado a uma torneira de 3 vias e seringa e, do outro 
lado, um equipo para dispensar o conteúdo drenado. Ir alterando a passagem da 
torneira de 3 vias para comunicar com o tórax + seringa para puxar o líquido e, 
comunicar a seringa + equipo para dispensar o conteúdo. 
o Sempre verificar se no momento de dispensar a comunicação da seringa + 
tórax está FECHADA.

Continue navegando