Buscar

Literatura Brasileira e Moderninade- A2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

18/07/22, 09:37 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7223234/936716fc-7de1-11eb-9d6a-061c8bffc327/ 1/7
Local: Sala 1 - TJ - Prova On-line / Andar / Polo Tijuca / POLO UVA TIJUCA 
Acadêmico: EAD-IL80044.-20222A
Aluno: BRUNA MAYARA OLMO PEREIRA 
Avaliação: A2-
Matrícula: 20211300731 
Data: 30 de Junho de 2022 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 7,00/10,00
1  Código: 35835 - Enunciado: “Difícil é classificar a personalidade artística desse poeta, narrador,
crítico e ensaísta, que criou, com a argúcia paciente de um pesquisador, e que pesquisou a
realidade brasileira, com o ímpeto luminoso de um criador. Terá sido ele o nosso primeiro
scholar, surgido antes das Universidades — um singular scholar autodidata, oposto ao
diletantismo. Enquanto os seus companheiros de geração vinham, na grande maioria, das
Faculdades de Direito, Mário de Andrade tinha, como título de estudos superiores, um curso de
piano no Conservatório de São Paulo, que lhe deu a inusitada condição, àquela época, de
musicólogo, avis rara entre bacharéis de arribação em Letras Jurídicas. A esse poeta, que assinou
ensaios capitais sobre música brasileira, e lançou os fundamentos de nossa historiografia
artística — a esse musicólogo, inseparável do poeta, deve-se a poesia matricial do modernismo.
Refiro-me a Pauliceia desvairada, publicado após a Semana de Arte Moderna, ainda em 22, e em
que, pela primeira vez, frutificou, e até com certo atraso, em nossas letras e artes.” (Fonte:
NUNES, B. Mário de Andrade: as enfibraturas do Modernismo. Revista Iberoamericana, n. 50, v.
126, p. 63-75, jan.-mar. 1984. Disponível em: http://revista-
iberoamericana.pitt.edu/ojs/index.php/Iberoamericana/article/viewFile/3861/4030. Acesso em: 8
jul. 2019). 
Segundo a crítica especializada, a obra de Mário de Andrade traduz as perspectivas de uma
época porque:
 a) O autor não deixou uma obra tão vasta como seus contemporâneos, mas garantiu seu
renome ao participar da Semana de Arte Moderna de 1922.
 b) Pauliceia desvairada é o principal livro de Mário de Andrade, que se dedicou, no campo
literário, exclusivamente à produção poética.
 c) A personalidade literária de Mário de Andrade não correspondia à sua postura como
pesquisador, pois aqui ele foi menos denso e crítico.
 d) Mário de Andrade estudou e aprendeu sobre domínios vastos porque frequentou
importantes universidades europeias e norte-americanas.
 e) O autor foi um escritor modernista, que se lançou em pesquisas estéticas empenhadas, e
um grande estudioso de múltiplos temas brasileiros.
Alternativa marcada:
e) O autor foi um escritor modernista, que se lançou em pesquisas estéticas empenhadas, e um
grande estudioso de múltiplos temas brasileiros.
Justificativa: Resposta correta: O autor foi um escritor modernista, que se lançou a pesquisas
estéticas empenhadas, e um grande estudioso de múltiplos temas brasileiros. Mário de Andrade
foi um escritor de múltiplas facetas, além de realizar importantes estudos em outras áreas, como
música e etnografia. Essas vertentes diversas, conectadas à criação artística e literária, justificam
que consideremos sua obra "empenhada" ou comprometida do ponto de vista social e
intelectual. 
Distratores:O autor não deixou uma obra tão vasta como seus contemporâneos, mas garantiu seu
renome ao participar da Semana de Arte Moderna de 1922. Incorreta. A participação da Semana
de Arte Moderna de 1922 foi um marco na biografia do autor, mas sua importância vai muito além
do evento.Mário de Andrade estudou e aprendeu sobre domínios vastos porque frequentou
importantes universidades europeias e norte-americanas. Incorreta. Mário de Andrade fez toda a
sua formação do Brasil e, inclusive, foi um importante estudioso de temas brasileiros em
perspectivas várias.Pauliceia desvairada é o principal livro de Mário de Andrade, que se dedicou,
no campo literário, exclusivamente à produção poética. Incorreta. Mário de Andrade dedicou-se a
0,50/ 0,50
18/07/22, 09:37 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7223234/936716fc-7de1-11eb-9d6a-061c8bffc327/ 2/7
muitos outros gêneros literários, como romance, conto, ensaio literário, diário etc., além de
estudos especializados.A personalidade literária de Mário de Andrade não correspondia à sua
postura como pesquisador, pois aqui ele foi menos denso e crítico. Incorreta. Mário de Andrade
foi um autor de grande densidade e criticidade nos vastos domínios aos quais se dedicou,
inclusive poesia e romance.
2  Código: 35838 - Enunciado: “Rebelde e de inteligência fulgurante, Oswald de Andrade estimulou
(a favor e contra) a criação de mitos em torno de sua figura: ʻMas esse Oswald lendário e
anedótico tem razão de ser: a sua elaboração pelo público manifesta o que o mundo burguês de
uma cidade provinciana enxergava de perigoso e negativo para os seus valores artísticos e
sociais. Ele escandalizava pelo fato de existir, porque a sua personalidade poderosa atulhava o
meio com a simples presença ,̓ testemunha Antonio Candido em ʻDigressão sentimental sobre
Oswald de Andrade .̓ E, na visão desse mesmo crítico, num homem como Oswald ʻa existência é
tão importante quanto a obra .̓” (Fonte: FONSECA, M. A. Por que ler Oswald de Andrade. São
Paulo: Globo, 2008. E-book). 
Considerando a apreciação crítica de Maria Augusta Fonseca, que cita, inclusive, Antonio
Candido, pode-se inferir sobre a produção de Oswald de Andrade:
 a) Embora a produção de Oswald de Andrade seja bastante original, normalmente seus
intérpretes observam a pouca densidade crítica, visto que o autor preferia se orientar por um
cânone do absurdo, do grotesco e do insólito.
 b) Sua produção periférica, bastante original, pode justificar que o chamemos de poeta das
margens, pois não estabeleceu conexões profundas com o vanguardismo que se tornou
conhecido no Brasil e no mundo.
 c) A presença de Oswald de Andrade foi rechaçada pela elite paulista, pois sua experiência
operária se chocava com as bases de uma educação oferecida segundo os eruditos moldes
clássicos e aristocráticos.
 d) Seu renome foi alçando sobretudo porque travou uma luta contra os modernistas, vindo
a tornar-se uma importante voz de contraste aos grandes nomes presentes na Semana de Arte
Moderna de 1922, como Mário de Andrade.
 e) Sua obra foi reconhecida como uma das mais importantes do Modernismo brasileiro,
contribuindo para estabelecer contatos profícuos, inovadores e significativos, embora não
organizados segundo uma lógica cartesiana.
Alternativa marcada:
e) Sua obra foi reconhecida como uma das mais importantes do Modernismo brasileiro,
contribuindo para estabelecer contatos profícuos, inovadores e significativos, embora não
organizados segundo uma lógica cartesiana.
Justificativa: Resposta correta: Sua obra foi reconhecida como uma das mais importantes do
Modernismo brasileiro, contribuindo para estabelecer contatos profícuos, inovadores e
significativos, embora não organizados segundo uma lógica cartesiana. Oswald de Andrade —
reconhecido por sua irreverência, não havendo uma lógica ou uma proposta literária, em
princípio, clara para seu público — foi um dos grandes articuladores dos modernistas paulistas. 
Distratores:Seu renome foi alçando sobretudo porque travou uma luta contra todos os
modernistas e seus princípios, vindo a tornar-se uma importante voz de contraste aos nomes
presentes na Semana de Arte Moderna de 1922. Incorreta. Oswald de Andrade foi irreverente,
mas isso não permite afirmar que levou as disputas às últimas consequências.Sua produção
periférica, bastante original, pode justificar que o chamemos de poeta das margens, pois não
estabeleceu conexões profundas com o vanguardismo que se tornou conhecido no Brasil e no
mundo. Incorreta. Oswald de Andrade foi um autor central, não periférico, no Brasil. Sua
proposta antropofágica ficou muito conhecida no exterior.A presença de Oswald de Andrade foi
rechaçada pela elite paulista, poissua experiência operária se chocava com as bases de uma
educação oferecida segundo os eruditos moldes clássicos e aristocráticos. Incorreta. Oswald de
Andrade foi um representante da elite paulista, um importante ponto de contato com a
1,50/ 1,50
18/07/22, 09:37 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7223234/936716fc-7de1-11eb-9d6a-061c8bffc327/ 3/7
burguesia.Embora a produção de Oswald de Andrade seja bastante original, normalmente seus
intérpretes observam a pouca densidade crítica, visto que o autor preferia se orientar por um
cânone do absurdo, do grotesco e do insólito. Incorreta. Oswald de Andrade tinha alta densidade
crítica, apesar de lidar em uma face risível e insólita.
3  Código: 35960 - Enunciado: “Ao escrever o romance, marcado pelo signo da ambiguidade,
Guimarães Rosa mitifica esse grande espaço interior do Brasil que é o sertão, recolhendo as sagas
dos guerreiros que o habitaram. Um espaço sem fronteiras interiores nem exteriores, tendo por
pontos de fuga no horizonte, aludidos mas nunca mostrados, a cidade e o mar. Um espaço onde
o maravilhoso e o fantástico fazem parte da vida cotidiana.” (GALVÃO, W. N. Guimarães Rosa. São
Paulo: Publifolha, 2000, p. 30). 
Identifique qual obra de Guimarães Rosa se refere à descrição de autoria de Walnice Nogueira
Galvão.
 a) Sagarana.
 b) Vidas secas.
 c) Primeiras estórias.
 d) Grande sertão: veredas.
 e) Fogo morto.
Alternativa marcada:
d) Grande sertão: veredas.
Justificativa: Resposta correta: Grande sertão: veredas. A alternativa é a correta porque se refere
a um romance, embora haja elementos que apareçam em Sagarana e em Primeiras estórias,
como a estreita relação entre o maravilhoso e o cotidiano, bem como a inexistência de fronteiras
entre o exterior e o interior (o "grande sertão"). 
Distratores:Vidas secas. O romance Vidas secas (1938) é de autoria de Graciliano Ramos.Fogo
morto. O romance Fogo morto (1943) é de autoria de José Lins do Rego.Primeiras estórias. O livro
Primeiras estórias (1962) reúne contos de Guimarães Rosa.Sagarana. O livro Sagarana (1946)
reúne contos de Guimarães Rosa.
0,50/ 0,50
4  Código: 35812 - Enunciado: “O dispositivo literário capta e dramatiza a estrutura do país,
transformada em regra da escrita. E, com efeito, a prosa narrativa machadiana é das raríssimas
que, pelo seu mero movimento, constituem um espetáculo histórico-social complexo, do mais
alto interesse, importando pouco o assunto de primeiro plano. Neste aspecto caberiam
comparações com a prosa de Chateaubriand, Henry James, Marcel Proust ou Thomas
Mann.” (SCHWARZ, R. Prefácio. In: ______. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de
Assis. São Paulo: Ed. 34, 2000, p. 11). 
A apreciação crítica acima, de autoria do crítico literário brasileiro Roberto Schwarz, pode ser
conectada à seguinte obra de Machado de Assis:
 a) Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).
 b) Ressurreição (1872).
 c) A mão e a luva (1874).
 d) Crisálidas (1864).
 e) Tu, só tu, puro amor (1880).
Alternativa marcada:
a) Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).
Justificativa: Resposta correta: Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). O livro Memórias
póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis, constitui um marco da prosa narrativa
rumo à complexificação, com sua ácida ironia e inovação formal. Possui, portanto, alto grau de
complexidade. 
0,50/ 0,50
18/07/22, 09:37 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7223234/936716fc-7de1-11eb-9d6a-061c8bffc327/ 4/7
Distratores:A mão e a luva (1874). Incorreta. O romance A mão e a luva (1874), de Machado de
Assis, é o segundo livro do gênero escrito pelo autor, ainda com clara presença de elementos
românticos, apesar da linguagem límpida, com tendência realista. Não possui alto grau de
complexidade.Crisálidas (1864). Incorreta. O livro Crisálidas (1864), de Machado de Assis, é o
primeiro livro de poesia de Machado de Assis. Desse modo, não pode ser comparado à prosa de
autores supramencionados, como Chateaubriand, Henry James, Marcel Proust ou Thomas
Mann.Tu, só tu, puro amor (1880). Incorreta. A peça de teatro Tu, só tu, puro amor, de Machado de
Assis, não possui um teor realista como sua prosa começava a desenvolver. Sua matéria principal
são amores do escritor Camões, suas ilusões e desilusões, por uma jovem da alta
nobreza.Ressurreição (1872). Incorreta. O romance Ressurreição, de Machado de Assis, foi
publicado em 1872. Considerado da primeira fase do autor, apresenta traços românticos, apesar
de não lançar mão de procedimentos como peripécias sentimentais e descrição idealizada de
personagens.
5  Código: 35816 - Enunciado: “Velho vento vagabundo!/ No teu rosnar sonolento/ Leva ao longe
este lamento,/ Além do escárnio do mundo. // Tu que erras dos campanários/ Nas grandes torres
tristonhas/ E és o fantasma que sonhas/ Pelos bosques solitários.// Tu que vens lá de tão longe/
Com o teu bordão das jornadas/ Rezando pelas estradas/ Sombrias rezas de monge. [...] Que a
tua sombra me envolva,/ Que o teu vulto me console/ E o meu Sentimento role/ E nos astros se
dissolva...// Que eu me liberte das ânsias,/ De ansiedades me liberte,/ Pairando no espasmo
inerte/ Das mais longínquas distâncias.// Eu quero perder-me a fundo/ No teu segredo
nevoento,/ Ó velho e velado vento,/ Velho vento vagabundo!”(Fonte: CRUZ E SOUSA, J. da. Obra
completa: poesia. Jaraguá do Sul: Avenida, 2008. v. 1. p. 293-296. Adaptado. Disponível em:
https://estdaliteratura.files.wordpress.com/2017/05/9-10-e2809cacrobata-da-dore2809d-
e2809csinfonias-do-acasoe2809d-e28093-cruz-e-sousa.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019. ) 
Com base na leitura do início e do fim do poema Velho Vento, de 30 estrofes, de autoria de Cruz e
Sousa, pode-se inferir que:
 a) O Simbolismo de Cruz e Souza pode ser sistematicamente conectado ao cotidiano, ao
prosaico e aos versos livres.
 b) As imagens do poema são fracamente colocadas, de modo que é débil a associação do
poema com o Simbolismo.
 c) A proposta poética de Mallarmé fica patente na positividade discursiva, que exalta a
liberdade poética e a imaginação.
 d) Forma e conteúdo afastam-se, sem que uma relação estreita entre eles possa ser
poeticamente construída.
 e) Há aliterações e assonâncias, sugerindo uma estreita relação entre forma e conteúdo,
elemento marcadamente simbolista.
Alternativa marcada:
a) O Simbolismo de Cruz e Souza pode ser sistematicamente conectado ao cotidiano, ao prosaico
e aos versos livres.
Justificativa: Resposta correta: Há aliterações e assonâncias, sugerindo uma estreita relação
entre forma e conteúdo, elemento marcadamente simbolista.As aliterações e as assonâncias do
poema, com repetições de consoantes e vogais, são recursos muito presentes no Simbolismo. 
Distratores:A proposta poética de Mallarmé fica patente na positividade discursiva, que exalta a
liberdade poética e a imaginação. Incorreta. O simbolismo de linhagem que remete à Mallarmé
busca reforçar a musicalidade, o apuro formal e a negatividade.Forma e conteúdo afastam-se,
sem que uma relação estreita entre eles possa ser poeticamente construída. Incorreta. A
musicalidade do poema, fortemente trabalhada pelo poeta, demonstra que forma e conteúdo se
aproximam fortemente.As imagens do poema são fracamente colocadas, de modo que é débil a
associação do poema com o Simbolismo. Incorreta. As imagens do poema são muito presentes,
procedimento poético que também se torna marca simbolista e moderna.O Simbolismo de Cruz
0,00/ 1,50
18/07/22, 09:37 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7223234/936716fc-7de1-11eb-9d6a-061c8bffc327/ 5/7
e Souza pode ser sistematicamente conectado ao cotidiano, ao prosaico e aos versos
livres. Incorreta. As modernas características nesta alternativa mencionadas — o cotidiano, o
prosaico e os versos livres — não são simbolistas.
6  Código: 35962 - Enunciado: "Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo nʼágua, proava para cá,
concordado. E eu tremi,profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito
um saudar de gesto — o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia… Por
pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado. Porquanto
que ele me pareceu vir: da parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão."(Fonte:
GUIMARÃES ROSA, J. A terceira margem do rio. In: ______. Primeiras estórias. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1988, p. 32). 
“Contrapõem-se aí com força duas imagens literárias: o rio, simbolizando a continuidade, e a
canoa, a descontinuidade. Ambas se espelham, modificadas, no tempo, que é lentíssimo como o
fluir ininterrupto do rio, e na duração de uma vida humana, que é extremamente curta. E uma
nova oposição entre a fixidez das margens e o movimento das águas remete a uma terceira
margem, que nunca é mencionada, a não ser no título e que abre o relato para uma outra
dimensão, a da finitude.” (Fonte: GALVÃO, W. N. Guimarães Rosa. São Paulo: Publifolha, 2000, p.
59). 
Com base nos excertos acima, do conto A terceira margem do Rio, de Guimarães Rosa, e da
apreciação crítica de Walnice Nogueira Galvão, pode-se concluir que as relações humanas
presentes na narrativa apontam para:
 a) O remorso infindável ou a libertação do filho, que se manifesta quando este se afasta, ao
não corresponder ao gesto final do pai para que trocassem de lugar na canoa.
 b) O desencontro de todos os elementos da família da família pós-moderna, pois o conto
apresenta, em seu enredo, filhos órfãos em busca vã por seus pais.
 c) A prodigalidade do filho, que gasta tudo o que a família tem e, por isso, é abandonado por
todos logo no início da trama, impulsionando o movimento de toda a narrativa.
 d) O encontro final e definitivo entre pai e filho, visto que o segundo atende o pedido do
primeiro na canoa, reforçando o peso da linhagem paterna e, portanto, familiar.
 e) Uma infinita circularidade de elementos sempre voláteis, de modo que o rio poderia ser
melhor descrito como lago estanque e circular, que não permite à canoa se movimentar.
Alternativa marcada:
d) O encontro final e definitivo entre pai e filho, visto que o segundo atende o pedido do primeiro
na canoa, reforçando o peso da linhagem paterna e, portanto, familiar.
Justificativa: Resposta correta: O remorso infindável ou a libertação do filho, que se manifesta
quando este se afasta, ao não corresponder ao gesto final do pai para que trocassem de lugar na
canoa. Quando o pai faz gesto positivo para a troca, o filho recua, o que pode ser interpretado de
modo duplo: como remorso e lamento até o fim da vida; ou como libertação final da imagem
paterna. 
Distratores:O desencontro de todos os elementos da família da família pós-moderna, pois o
conto apresenta, em seu enredo, filhos órfãos em busca vã por seus pais. Incorreta. Os filhos da
família abordada no conto têm pai (que segue para uma canoa para ficar no meio do rio) e mãe, a
qual aparece, de qualquer modo, lateralmente no conto.Uma infinita circularidade de elementos
sempre voláteis, de modo que o rio poderia ser melhor descrito como lago estanque e circular,
que não permite à canoa se movimentar. Incorreta. O formato do rio não pode ser circular, como
depreendemos pela narrativa, pois está em uma terceira margem, no meio, entre dois pontos.A
prodigalidade do filho, que gasta tudo o que a família tem e, por isso, é abandonado por todos
logo no início da trama, impulsionando o movimento de toda a narrativa. Incorreta. O filho não
abandona a família; pelo contrário, fica como elo entre aqueles que habitam a casa e o pai, que
segue, sem explicação, para a canoa.O encontro final e definitivo entre pai e filho, visto que o
segundo atende o pedido do primeiro na canoa, reforçando o peso da linhagem paterna e,
portanto, familiar. Incorreta. O filho oferece-se, mas não cumpre o chamado diante do gesto
0,00/ 1,50
18/07/22, 09:37 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7223234/936716fc-7de1-11eb-9d6a-061c8bffc327/ 6/7
positivo do pai; de qualquer modo, há uma ambiguidade relativa ao peso da família em sua
identidade.
7  Código: 35964 - Enunciado: “O brilho de sua intricada tessitura linguística, a poesia intrínseca de
sua prosa, dificulta e mesmo amesquinha qualquer aproximação aos componentes políticos ou
ideológicos de um Grande sertão: veredas ou de um Sagarana. Porém não podemos nos furtar de
indagar em que grau esse brilho e essa poesia nascem da política do texto, ou aos menos são por
ela condicionados. De modo sintético, podemos dizer que a ficção de Rosa, no plano político e no
plano ideológico, como nos demais, é essencialmente dinâmica, transitiva, isto é, parece-nos
como instância de passagem ou, numa expressão mais pertinente, de travessia.” 
(STERZI, E. Formas residuais do trágico. Alguns apontamentos. In: FINAZZI-AGRÒ, E.; VECCHI, R.
Formas e mediações do trágico. São Paulo: Unimarco, 2004, p. 106). 
Elabore um texto dissertativo analisando criticamente o conto A terceira margem do Rio, do livro
Primeiras estórias (1962), de Guimarães Rosa. O texto deve seguir os seguintes critérios:-
Caracterização de algum elemento narrativo (personagem, espaço ou tempo, por exemplo).-
Conexão entre o elemento narrativo e o conceito de “travessia”, na acepção defendida por
Eduardo Sterzi.
Resposta:
É instigador pensarmos que o conto em análise conta a história de um homem e sua família. O
tema central é a reclusão de um homem em uma canoa, que se movimenta, ao longo do rio sem
direção. Ele decide fugir da convivência com a sociedade e irá viver sozinho, remando com uma
canoa no rio. Nesse contexto, há a travessia que significa que ao passar pelo rio, é caracterizado
como mudança e transformação, o que pode ser relacionado à ideia de modernidade como uma
 multiplicidade de caminhos possíveis. Em vista disso, apesar de o homem ser visto como
desequilibrado, essa fuga é vista como uma forma de de existir em um completo isolamento. 
Além disso, Guimarães Rosa elabora, sobretudo, narrativas entre o passado e o futuro. Assim
como em A Terceira margem do Rio é cercada, principalmente, de neologismo e pela oralidade
do sertanejo capturando particularidades da fala e inovações sintáticas, Guimarães relata em seu
texto modernidade, tradição entre o clássico e o experimental, colocando diálogos do romance
burguês e, ao mesmo tempo, ecoando um sentido atemporal. 
Portanto, a história passa por toda a vida do narrador que é o filho, há a passagem do rio que é o
tema central na trama onde emanam magia e transcedentalismo já que é o ir e vir da vida. Sendo
assim, o rio é a terceira margem que é comparado ao pai que personifica o movimento incessante
das aguas a circunscrever o silencio, solidão à margem da sociedade. 
Comentários: Muito bem, Bruna!
Justificativa: Expectativa de resposta:A resposta deve elaborar o conceito de “travessia”,
articulando-o a elementos da narrativa, significando passagem, mudança e transformação, o que
pode ser relacionado à ideia de modernidade como uma multiplicidade de caminhos possíveis,
sem que nenhum deles receba uma primazia diante do outro. Guimarães Rosa elabora narrativas
que se colocam no meio do caminho entre o passado e o futuro, entre a tradição e a
modernidade, entre o clássico e o experimental, pondo em diálogo as matrizes reveladoras do
romance burguês, mas, ao mesmo tempo, ecoando um sentido atemporal, como uma
estabilidade relativa que se sustenta a despeito do fluir do tempo e da matéria. Dentre vários
caminhos possíveis, pode-se mencionar o núcleo familiar esfacelado pela “viagem” do pai; ou
pode-se afirmar esse deslocamento para uma terceira margem inexistente, entre duas margens
tangíveis: “Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de
se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não
saltar, nunca mais” (ROSA, J. G. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: José Olympio; Civilização
Brasileira;Três, 1974, p. 51). É interessante — frise-se — que o elemento mencionado esteja bem
coeso do ponto de vista crítico.
2,50/ 2,50
8  1,50/ 1,50
18/07/22, 09:37 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7223234/936716fc-7de1-11eb-9d6a-061c8bffc327/ 7/7
Código: 35844 - Enunciado: “Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente.
Filosoficamente. / Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de
todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. / Tupi, or not tupi, that
is the question. / Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos. / Só me interessa o que
não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.” (ANDRADE, O. de. Manifesto Antropófago e outros
textos. São Paulo: Penguin; Companhia das Letras, 2017. E-book). 
Com base em trecho do Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade, apresente características
modernas da linguagem do autor. Em sua resposta também devem ser mencionados os
seguintes procedimentos literários de Oswald de Andrade ao se propor a assimilação da cultura
do outro, do estrangeiro ou do Ocidente: * Valorização do elemento primitivo.* Busca da
originalidade estética do ponto de vista formal.
Resposta:
É importante chamar atenção que antropofagia oswaldiana deve ser vista como uma estratégia
criativa, cujo intuito era questionar as bases politicos-economico-culturais impostas pelo
colonizador em nosso meio artístico e intelectual. Nesse contexto, Oswaldo retoma as discussões
sobre a língua brasileira, pois defendia para representá-la localmente, pois as manifestações
buscavam incluir tudo que está "marginalizado" em nossa vivência cultural. Além disso, Ao
defender um novo mito formador, Oswaldo retoma muitas discussões iniciadas ao romantismo,
propõe, sobretudo, a inclusão da lábia brasileira, da malandragem, da língua coloquial na
literatura nacional. Além disso, A Antropofagia nivela as vanguardas europeias, cujas diferenças
são anuladas localmente, misturando-se todas em vista de um projeto de desidealizar a
representação do Brasil. Portanto, a ideia era assimilar outras culturas, mas não copiar. Assim,
ele pretendia celebrar o multiculturalismo e a miscigenação já que aclamava originalidade e
criatividade dos artistas brasileiros desde que passasse por um processo de ressignificação. 
Comentários: Ótimo, Bruna!
Justificativa: Expectativa de resposta:Oswald de Andrade defende, por meio de uma linguagem
ágil e permeada pelo contraste e pelo humor, a importância de se valorizar a cultura nacional,
com as pouco conhecidas àquela época matrizes indígenas e africanas. O autor relativiza os
elementos da cultura europeia dita civilizada, destacando a necessidade de se mergulhar em
nossa herança polifônica, de facetas diversas. O manifesto é um convite à assimilação original do
outro; portanto, sua modernidade pressupõe devorar aquilo que lhe é estranho, criando novas
formas, não comprometidas com a coerência ou com a lógica cartesiana.

Continue navegando