Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* * PATOLOGIA GERAL Dra. Eliane de Sousa Costa * * NECROSE NECROSE – morte celular localizada em qualquer tecido do organismo, durante a vida. PRIMEIRO SINAL (área de necrose): mudança de cor – torna-se esbranquiçada, às vezes amarelada e pálida; AVANÇO DA NECROSE: o tecido perde a elasticidade, diminuindo sua resistência; PRÓXIMO PASSO: lise das células pelas enzimas proteolíticas liberadas logo após a morte celular. * * NECROSE ETIOLOGIA – varia quanto a natureza, origem e intensidade TÓXICOS: químicos, toxinas de micro-organismos, de plantas tóxicas, veneno de cobra e outros animais, acúmulo de radicais livres; SUPRIMENTO SANGUÍNEO INADEQUADO: por obstrução, torsão, compressão, ergotismo e outros = hipóxia e isquemia; FALTA DE INERVAÇÃO: falta de estímulos tróficos provocando hipotrofia; TRAUMATISMO: lesões mecânicas em geral; ALTAS VARIAÇÕES DE TEMPERATURAS: calor-queimadura, frio-congelamento; RADIAÇÃO: raio solar, raio X, demais elementos radioativos; ALTERAÇÃO NA SÍNTESE PROTEÍCA, LESÃO NO DNA DA CÉLULA. * * NECROSE CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS: Acidofilia citoplasmática – citoplasma cora mais avermelhado Citoplasmólise ou lise do citoplasma – total ou parcial Perda dos limites celulares – a membrana está sendo destruída (inicia-se o processo de perda de parte do citoplasma) PICNOSE – é a condensação da cromatina nuclear (o núcleo diminui de tamanho, torna-se arredondado e bem corado em azul) CARIORREXE – é a fragmentação do núcleo (processo avançado) CARIÓLISE – é a lise do conteúdo nuclear (observado somente a membrana nuclear) * * * * * * * * NECROSE CLASSIFICAÇÃO – conforme seu padrão macroscópico: NECROSE COAGULATIVA NECROSE CASEOSA NECROSE LIQUEFATIVA NECROSE GANGRENOSA * * * * NECROSE CASEOSA Ocorre perda total da estrutura e arquitetura do tecido envolvido É uma variante da necrose de coagulação A caseificação se desenvolve em algumas doenças: TUBERCULOSE, LINFADENITE CASEOSA E EM ABSCESSOS; MACRO: tecido morto com consistência firme, seca, semelhante a requeijão e mole (desidratado), pastoso e massa de queijo (caseum); MICRO: substância homogênea, acidofílica (citoplasma avermelhado), dificultando em identificar a presença de células * * NECROSE LIQUEFATIVA Caracterizada pela desintegração e fluidificação enzimática rápida das células, transformando-as em substância líquida; É observada principalmente nas afecções do SNC, nos processos supurados de um modo geral e nos abscessos (infecções onde há formação de pus, pela liberação das enzimas e toxinas lisinas produzidas pelas bactérias); O cérebro responde a injúrias com a liberação de enzimas proteolíticas rapidamente, formando focos de fluidificação tecidual (MALÁCIA – polioencefalomalácia quando na substância cinzenta e leucoencefalomalácia quando na substancia branca) * * NECROSE GANGRENOSA GANGRENA SECA - Ocorre em órgãos sujeitos a ressecação, por estar em contato com o meio exterior, geralmente acontece nas extremidades do corpo (orelha, crista, barbela, focinho, pele, cauda e pés) ETIOLOGIA: isquemia por oclusão vascular ETIOPATOGENIA: a falta de sangue, a baixa temperatura das extremidades e a rapidez que o tecido desidrata, dificulta a proliferação e invasão de bactérias saprofíticas, dando condições a certo grau de mumificação da área e formação de uma linha de defesa, constituída de células inflamatórias. MACRO: área seca, enrugada, coloração enegrecida (sulfureto de hidrogênio pela putrefação bacteriana reage com ferro da hemoglobina = sulfureto férrico) e odor pútrido. * * NECROSE GANGRENOSA GANGRENA ÚMIDA - Ocorre em órgãos internos, onde a umidade e calor são mantidos pela proteção das cavidades naturais. ETIOPATOGENIA: as bactérias saprofíticas encontram ambiente favorável para disseminar na área necrosada, expandindo aos tecidos vizinhos, não formando a linha de defesa. MACRO: coloração vermelha a preta com odor repugnante. Observado em: torsão, intussuscepção e obstruções intestinais, etc. Quando a área de necrose for invadida por bactérias anaeróbias do gênero CLOSTRIDIUM = GANGRENA GASOSA (produção de toxinas, gases) * * * * * * APOPTOSE Processo de autodestruição celular, compreendido como morte celular programada Difere da necrose por requerer energia e síntese proteíca Observado: desenvolvimento embrionário, na organogênese, na renovação de células e hematopoiéticas, na involução de alguns órgãos e na regressão de neoplasias Só é observada microscopicamente: fragmentação nuclear e celular em vesículas apoptóticas. * * NECROSE: PROCESSO DEGENERATIVO DIANTE DE UMA AGRESSÃO APOPTOSE: PROCESSO PROGRAMADO HOMEOSTÁTICO, COM PROTEÇÃO DAS IMPERFEIÇÕES E OUTROS * * GLOSSÁRIO DE PATOLOGIA AGENTE ETIOLÓGICO DIAGNÓSTICO TIPOS DE DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENZOÓTICO EPIZOÓTICO FONTE DE INFECÇÃO INFECÇÃO INFESTAÇÃO LESÃO MODO DE TRANSMISSÃO PATÓGENO PRIMÁRIO PATÓGENO SECUNDÁRIO PERÍODO DE INCUBAÇÃO PORTA DE ENTRADA SINAL CLÍNICO SINTOMA
Compartilhar