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Necrose e Apoptose - Patologia Geral Veterinária

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● Necrose 
➤ Conceitos e Nomenclaturas: 
 ☞ Morte celular: nekrosis 
 ☞ Morte Somática: Do indivíduo 
 ☞ Esfacelo: Tecidos moles 
 ☞ Cárie: Tecidos duros, dente ou osso 
 
 ☞ Sequestro: Área extensa envolvida por um 
halo de inflamação 
 ☞ Malacia: Com amolecimento de tecidos 
adiposos, cartilaginosos ou ósseos 
 
 ☞ Erosão: Lesão superficial e branda, que 
ocorre em epitélios de revestimento. Não causa 
hemorragia. 
 ☞ Úlcera: Lesão profunda, que ocorre em 
epitélios de revestimento. Causa hemorragia. 
 
 ☞ Escara: Lesão intermediária e crônica, 
próxima ao tecido vivo; por pressão. Um exemplo 
é o contato permanente da pele com uma 
determinada superfície, como em casos de 
internação. 
 ☞ Gangrena: Lesão com processo putrefativo. É 
uma evolução da necrose tradicional. 
Seca (Mumificação): Ocorre de maneira lenta, 
com desidratação do tecido (‘mumificação’). Pode 
acontecer no cordão umbilical, alcalóides do Ergot 
(micotoxina, que contrai vasos periféricos), 
congelamento e bandagens ou gessos. Macro: o tecido 
fica acinzentado, escuro, gelado, quebradiço e seco. 
 
Úmida (Pútrida): Ocorre em casos de 
isquemias graves, feridas traumáticas, 
pneumonias, metrite puerperal. São processos 
rápidos, com acúmulo de sangue e líquidos 
inflamatórios originados de uma infecção. Macro: 
o tecido possui odor, fica úmido e aumentado. 
 
Gasosa (Bolhosa): Ocorre com a participação de 
bactérias anaeróbicas do gênero Clostridium. 
Carbúnculo sintomático (maqueira), em situação 
anaeróbia no músculo, a bactéria Clostridium chauvoei 
libera toxinas e gás no local. Edema Maligno, as 
bactérias adentram na pele em caso de perfuração e 
produzem gás no local. Macro: tecido inflamado com 
muito gás (‘esponja’). 
 
 ☞ Infarto: Necrose que acontece por isquemia; 
falta de circulação. 
➤ Causas: 
 ☞ Agentes químicos exógenos: 
Toxinas bacterianas 
Fungos, vírus 
Tóxicos cáusticos e corrosivos 
 ☞ Insuficiência circulatória: 
Infarto 
Úlceras de decúbito 
Vasoconstrição 
 ☞ Agentes Físicos 
 Eletricidade, Calor, Frio, Raio-X, Traumas 
➤ Mecanismo Geral: 
 ☞ Redução de energia: Impacta a mitocôndria, 
diminuindo o ATP e levando à necrose. 
 ☞ Produção de Radicais Livres: A falta de 
antioxidantes e excesso de radicais livres podem 
provocar a necrose e lesão celular. 
 ☞ Ação direta sobre Enzimas: A ausência de 
produção de enzimas que iriam realizar ações 
metabólicas pode levar à morte celular. 
 ☞ Agressão direta à Membrana Plasmática: A 
membrana danificada prejudica a bomba sódio-
potássio e sua permeabilidade, levando à morte 
celular. 
➤ Classificação: 
 ☞ Necrose de Coagulação: 
Macroscopia: área branca ou pálida. Sem 
aumento de tamanho ou consistência. 
Microscopia: é possível identificar a arquitetura 
da célula, diferente de outros tipos de necrose. 
Ocorrência: infartos 
 
 
 
 ☞ Necrose de Liquefação: 
Macroscopia: área lesada se torna liquefeita 
(‘papa’). 
Microscopia: tecido amorfo, sem identificação 
da célula. 
Ocorrência: tecidos ricos em lipídeos. Exemplo: 
malácias. 
 
 ☞ Necrose de Caseificação: Caseína, encontrada 
no leite e derivados. 
Macroscopia: aspecto menos firme, parecendo 
queijo ricota. 
Microscopia: tecido amorfo, sem identificação 
da célula. 
Ocorrência: tuberculose e linfadenite caseosa. 
 
 ☞ Necrose de Gordura: 
Enzimática: mais frequente. Envolve o 
rompimento dos ductos pancreáticos. As enzimas do 
suco pancreático escapam, provocando necrose. 
Traumática: frequência mediana. Parto 
distócico (difícil); decúbito prolongado. 
Abdominal: menos frequente. Ocorre na 
cavidade abdominal de bovinos, porém não se sabe a 
causa. 
 
Macroscopia: A gordura fica esbranquiçada, 
com pontinhos semelhantes à ‘pingos de vela’. 
 
➤ Microscopia 
 ☞ M. Óptica: 
Núcleo: Passa por 3 etapas. A picnose envolve a 
condensação da cromatina, diminuindo e escurecendo 
o núcleo. Em seguida vem a cariorrexia, onde esse 
núcleo condensado é fragmentado. Por fim, a cariólise 
é o desaparecimento dos fragmentos. 
Citoplasma: A membrana plasmática fica 
irregular e o citoplasma fica róseo. 
 ☞ M. Eletrônica: 
Tumefação da célula e mitocôndrias 
Dilatação e fragmentação do Retículo 
Endoplasmático 
Condensação de cromatina 
Dobras da membrana nuclear 
Palidez e falta de visualização de organelas 
 
➤ Evolução 
 ☞ Zona de Inflamação: A morte celular provoca 
uma reação do organismo de inflamação. 
 ☞ Regeneração: se a membrana basal está 
intacta, há a mitose e conseguinte regeneração. 
 ☞ Absorção: Áreas com poucas células 
necróticas. O material será fagocitado, 
reabsorvido. 
 ☞ Drenagem: Ocorre em tecidos com conexão 
ao meio externo (ex: intestino). As células mortas 
são eliminadas. 
 ☞ Cicatrização: Ocorre quanto a necrose atinge 
o tecido conjuntivo. Há proliferação e formação de 
cicatriz. 
 ☞ Calcificação: A necrose de caseificação dá 
origem à calcificação. 
 ☞ Encistamento ou Sequestro: Ocorre em áreas 
extensas, formando um halo vermelho em sua 
volta. 
 
● Apoptose 
➤ Conceito: Morte celular programada. 
Apo (de) + ptose (cair) 
➤ Eventos Fisiológicos: Sem serem 
patogênicos 
 ☞ Desenvolvimento Embrionário: 
Organogênese. Exemplo: o fígado do feto possui 
função hematopoiética, e após o nascimento há 
diminuição do seu tamanho com a perda da 
função. 
 ☞ Tecidos hormônio-dependentes: Após 
supressão hormonal há a regressão. A próstata, 
após supressão da testosterona (castração), reduz 
seu tamanho. 
 ☞ Células que já cumpriram suas funções: 
Células velhas que já completaram seus ciclos. 
 ☞ Renovação de Células: Epiteliais e 
hemolinfopoiéticas. Morte de células velhas para 
conseguinte renovação. 
 ☞ Involução de órgãos: Ocorre em órgãos 
reprodutivos e glândulas mamárias. Na 
menopausa, por exemplo, há involução dos 
ovários. Na gravidez há o aumento do útero, e 
após o nascimento há regressão. 
 
➤ Eventos Patológicos: Morte celular 
programada antecipada por algum agente. 
 ☞ Vírus 
 ☞ Hipóxia 
 ☞ Substâncias Químicas 
 ☞ Radiação ionizante 
➤ Patogênese: Mecanismo de ação 
 ☞ Fase de Iniciação: Primeira fase 
Via extrínseca (recepetores): mediada por 
receptores da membrana celular. As proteínas da 
membrana são membros da família TNF e possuem um 
domínio citoplasmático (interno) e um domínio da 
morte (externo). Ao formar um sítio de ligação para 
FADD a partir da interação das proteínas do meio 
externo (Fas), é estimulado a ligação à pró-caspase-8, 
clivando-a e produzindo sua forma ativa (caspase-8) 
consequentemente inciando uma cascata de ativação 
de caspases. 
 
 
Via intrínseca (mitocondrial): mediada pela 
mitocôndria, com o seu aumento de permeabilidade e 
liberação de moléculas pró-apoptóticas. Para gerar o 
aumento de permeabilidade mitocondrial é necessário 
que não haja fatores de crescimento e sinais de 
sobrevivência (membros antiapoptóticos), Bcl-2 e Bcl-
x. Seguindo essas condições, há ativação da caspase-9 
e liberação da AIF. 
 
 
 ☞ Fase de Execução: Segunda fase, com ação 
das caspases 
Caspases Iniciadoras: Geradas na fase de 
iniciação, resultando em uma cascata de ativação para 
as caspases executoras. 
Caspases Executoras: Clivam o citoesqueleto e 
matriz nuclear. Ou seja, quebra o núcleo e o citoplasma 
e pequenos pacotes, para que haja fagocitose da 
célula. 
➤ Morfologia 
☞ Macroscopia: Em casos fisiológicos, não 
provoca alteração macroscópica. 
☞ Microscopia: Células são afetadas 
isoladamente (não em grupos); há condensação 
de núcleo com cromatina e fragmentação 
organizada do citoplasma (diferente da necrose, 
que é desorganizada); formação de brotos 
citoplasmáticos que geram corpúsculos 
apoptóticos; ausência de inflamação posterior e 
fagocitose dos corpúsculos. 
☞ Velocidade: Processo rápido, de horas. 
 
● Apoptose x Necrose ●

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