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Direito de Família I 
06.03.2013 - Nestor 
1ª aula: caderno da turma 182: 
 De todos os ramos do Direito Civil, o Direito de Família é o 
mais maleável e mais suscetível de transformações. O Direito de 
Família se movimenta a todo o instante porque a sociedade brasileira se 
movimenta, também, a todo instante, se altera a todo instante. 
 O Direito de Família tem por objeto a própria família. Mas o que 
é a família? 
 Podemos encarar a família de diferentes modos. Os modos pelos 
quais a família se comporta, os costumes que as famílias desenham no 
dia de hoje são completamente diferentes do passado. A época de hoje 
permite, diferentemente do passado, os encontros trangeracionais: as 
pessoas convivem mais com seus filhos, com seus netos, permitindo 
encontros fantásticos com as experiências das pessoas mais jovens. 
 Hoje, a família brasileira tem mais coragem de colocar fim 
quando os conflitos que aparecem não conseguem mais serem 
solucionados. No passado, se empurravam os casamentos. A mulher 
sem marido era desprezada socialmente. Mulher desquitada (antes de 
1977) tinha uma carga pejorativa muito grande de se carregar, por 
exemplo. 
 Nós mudamos muito a ponto de saber que o casamento não é a 
única forma de família legítima. Temos o caso da união estável, 
consagrada na Constituição Federal de 1988. Antes disso, tínhamos uma 
construção jurisprudencial de que a família poderia ser formada por um 
outro meio que não o matrimônio. 
 O CC também inovou, não dizendo mais que a família só é 
aquela provinda do casamento, mas que pode ser formada de plúrimas 
formas, mencionando três: a família formada pelo casamento, pela 
união estável e a monoparental, formada por um dos genitores e seus 
descendentes. Mas também temos outros modelos, como por exemplo, a 
família anaparental, que é a família composta apenas por irmãos. Nós 
temos, também, outro tipo de família, que é a chamada família-mosaico 
(ou famílias reconstituídas), em que se tem várias peças juntadas, como, 
por exemplo, um viúvo, que tem filhos, e que se casa com uma viúva, 
também com filhos. Hoje as pessoas não estão envolvidas, 
obrigatoriamente, nas circunstâncias do matrimônio. 
 Num sentido comum, vamos nos referir à família englobando os 
pais, os filhos e os parentes mais próximos. Num sentido bem mais 
restrito, família é composta pelos cônjuges e os filhos. Entretanto, 
temos que ter a noção de que a família pode ser mais ampla. 
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de 
consangüinidade ou outra origem. 
O art. 1.593, CC induz a pensar que família não é apenas aquela 
decorrente do vínculo biológico, mas também o civil e o socioafetivo. 
Dizer que a família tem esses vínculos é algo recente. O antigo CC dizia 
que o casamento era o que legitimava a família. O casamento, à época 
do antigo CC tinha um cunho notadamente patrimonial. O CC/19166 
dizia, taxativamente, que o casamento criava a família legítima, e os 
filhos havidos fora do casamento eram sujeitos a diversas restrições. 
Somente com a Constituição de 1988 os filhos ilegítimos foram tidos 
como iguais aos legítimos. E a Lei 6.515/77 (Lei do Divórcio) permitiu 
o reconhecimento de filhos adulterinos, mas não dos incestuosos. O 
novo Direito Civil tem um enfoque existencial. 
 A exemplo do caráter patrimonialista do casamento antigo (CC 
de 1916), temos os esponsais, que eram contratos escritos, feitos por 
escritura pública. Os esponsais foram disciplinados por uma lei de 
1784. Somente o Decreto 181, de 1890, instituiu o casamento civil, 
fazendo desaparecer os esponsais. Até então, as pessoas se obrigavam a 
casar, sob pena de serem processadas caso rompessem 
injustificadamente o contrato. Os esponsais, hoje, não existem como 
contrato, mas admite-se indenização caso haja rompimento do noivado 
injustificado, com gastos materiais. 
07.3.2012 
Casamento 
 O Direito de Família, hoje, é bem diferente de tempos 
anteriores. A estrutura patriarcal cedeu lugar para aspectos existenciais 
e da afetividade. 
 Entretanto, é da tradição do Direito de Família que se comece 
pelo estudo do casamento. 
 O CC/02 não faz alusão à família legítima, pois a partir de 1988, 
presenciamos diversos tipos de família: a oriunda do casamento, a 
oriunda da união estável, a monoparental, a homoafetiva, etc. 
 Qual é natureza jurídica do casamento? Seria um contrato ou 
seria uma instituição? 
 Para a natureza contratualista, o casamento é um contrato. 
Contudo, encontramos diversas objeções, pois o contrato é reservado 
para relações tipicamente patrimoniais. O caráter patrimonial do 
casamento é acessório, a exemplo do regime de bens a ser escolhido: 
comunhão universal, comunhão parcial, separação, etc. 
 Quando falamos que os pais devem alimentos aos filhos, 
mormente nos casos de separação, isto é irrenunciável. Todavia, o 
valor dos alimentos pode ser acordado entre os genitores, pode ser 
fixado pelo juiz em maior ou menor grau. 
 No Direito de Família prevalecem as normas não acordadas 
entre os entes. Prevalecem as normas que o legislador impôs. 
 As normas referentes ao Direito de Família são quase todas 
cogentes ou de ordem pública. Normas de ordem pública são aquelas 
que, embora presentes no direito privado, são obrigatórias. Por 
exemplo, quando a lei estabelece que não podem casar o ascendente e a 
descendente, ainda que queira, o avô não pode casar com a neta. 
 No Direito de Família, afinidade não significa a hipótese de que 
pessoas se atraem por uma razão qualquer. Afim, no Direito de Família, 
é o parente do cônjuge. 
 Quando a lei dispõe que não podem casar ascendente e 
descendente, há uma proibição peremptória: mesmo que queiram, não 
podem se casar. 
 Normas supletivas admitem que as partes disponham de modo 
diverso. 
 Em matéria de casamento, quase todas as regras são cogentes, ao 
passo que no direito obrigacional, grande parte das disposições são 
supletivas. 
 Será mesmo o casamento um contrato? 
 Surge, então, o entendimento de que o casamento é uma 
instituição. O casamento é regido, em quase sua totalidade, por normas 
cogentes. 
 A origem do casamento decorre de uma atração natural que 
existe entre pessoas de sexos diferentes. Para regulamentar a atração, 
surgiu o casamento. O fundamento do casamento é de ordem natural, 
mas sua disciplina tem ordem jurídica. 
 Há várias espécies de casamento? Sim, pois, nos primórdios da 
disciplina, percebemos que o casamento tinha conotação religiosa, 
porque os povos mais antigos davam a ele uma importância em relação 
a seus deuses. 
 Hoje, vigora o casamento civil. Para efeitos civis, o casamento 
religioso não tem qualquer consequência. O casamento civil só foi 
instituído em nosso país pelo Decreto 181, de 24 de janeiro de 1890. 
 Muitas vezes se tenta definir o casamento e essa dificuldade 
sempre é grande. Historicamente, a definição mais conhecida de 
casamento é a de Modestino. Essa definição era assim enunciada: “o 
casamento é a união do marido e da mulher, que se consorciam para 
toda a vida e cujo regime jurídico é de natureza divina e humana”. 
 Modernamente, o casamento é definido como o vínculo jurídico 
entre homem e mulher, que visa ao auxílio mútuo material e espiritual e 
destina-se a constituir família. 
 O casamento civil se dá diante do juiz de casamentos. Há 
também o casamento religioso. Na década de 1950, abriu-se a 
possibilidade de se casar no casamento religioso com efeitos de 
casamento civil (arts. 1.515 e 1.516, CC), desde que os nubentes 
tenham já se habilitado no Cartório de Registro Civil. 
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a 
validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no 
registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. 
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos 
requisitos exigidos para o casamento civil. 
A partir daqui, aula do Nestor. 
O professor discorreu, na 1ª aula sobre a natureza jurídicado casamento. É institucional, ou seja, o curintiano adere ao 
conjunto de normas estabelecidas na lei, ao contrário da natureza 
contatual, em que as próprias partes criam as normas. 
Se casamento fosse bom não precisava de testemunhas. Por 
isso os nubentes precisam ir ao cartório do domicílio dos noivos, 
antes do casamento, para que sejam feitas as proclamas, que vão 
ser publicadas nos domicílios dos 2 noivos. 
Para casar precisa ter 16 anos. Mas os relativamente capazes 
podem se casar, com a autorização dos pais. Mas se 1 dos pais não 
der a autorização, os noivos podem recorrer ao juiz, que poderá 
suprir o consentimento, caso o motivo dos pais não seja razoável. 
Mas 1 menina menor que 16 anos, v.g., que fique grávida e 
queira casar, o juiz poderá suprir a idade. 
Quem precise de suprimento de idade ou consentimento o 
regime obrigatório é o de separação de bens. 
Quando há suprimento de consentimento não se pode 
determinar a moradia separada. Quando há suprimento de idade 
pode-se determinar as moradias em casas separadas. 
E aqueles que tiverem supridas a idade podem até se 
divorciar e casar com a mesma pessoa, com regime diverso, quando 
forem maiores. 
Isso é muito relevante juridicamente. O cônjuge casado não 
pode vender 1 imóvel próprio nem prestar fiança sem o 
consentimento do outro, salvo quando o regime seja de separação 
total de bens. 
O cartorário vai verificar se os noivos são maiores e capazes. 
Se não forem, é como acima, se forem, segue o procedimento. 
Ele vai se preocupar, agora, se são realmente impedidos. Se 
surgir alguém que diga que o noivo é casado alhures, o escrivão vai 
intimá-lo para se defender. Se ele for casado e não for divorciado, 
há 1 impedimento matrimonial. Os impedimentos são: os já 
casados, os ascendentes e descendentes e os irmãos entre si. 
O impedimento mais comum é quando o curintiano é 
adotado, mas não consta isso na certidão de nascimento. E a 
mocinha também é adotada. Mas, por coincidência ambos são filhos 
dos mesmos pais biológicos. Podem se casar, não, de acordo com o 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Se aparecer 1 pessoa 
que disser que eles são irmãos, eles não podem se casar. Se houver 
1 dúvida sobre essa arguição de impedimento, quem vai decidir é o 
juiz, com manifestação do promotor. 
Alguns acórdãos têm concedido saber a origem biológica, 
por causa do novo Código Civil, mas em regra o adotado não sabe 
que é adotado, ou quem são seus pais biológicos, mas isso fica 
assentado no registro civil, embora ninguém saiba. Justamente para 
os fins de impedimento de casamento. 
Justificativa para a proibição de casamento de irmãos 
adotivos � a proibição é 1 questão de ordem moral. 
Nunca antes na história deste País se conseguiu autorização 
para se casar irmãos adotivos na justiça? O fundamento é que é 
moral, mas é a lei que diz que não pode se casar. 
Casar com a sogra (masoquismo)? Não, porque há o 
parentesco com afinidade em linha reta, que não se extingue nem 
pelo divórcio nem pela morte. Por isso que não existe ex-sogra, mas 
existe ex-cunhada. Assim, com a cunhada o curintiano pode se 
casar. 
Parentesco com afinidade � parentesco com os parentes do 
cônjuge. 
Tudo isso tem que ser verificado no procedimento prévio, 
que se chama formalidades preliminares. 
Terminado esse procedimento prévio, é expedida a 
habilitação para o casamento. Após a habilitação o casal pode se 
casar em até 90 dias, sob pena de ter que ser feita nova habilitação. 
Se houver urgência, tipo 1 dos noivos estiver gravemente 
doente, o juiz pode dispensar a fase de habilitação. 
Mas se o curintiano estiver no leito de morte e quiser casar, e 
não pode ir até o cartório, porque é longe, pode-se chamar 5 
testemunhas que poderão dizer que os noivos querem se casar, e 
isso pode servir para o juiz mandar registrar o casamento, caso o 
curintiano realmente morra. Isso se chama casamento nocupativo. 
Isso está na lei de registros públicos e no Código Civil. 
13.03.2013 – Cláudia 
O Direito de família tem muita jurisprudência contra legem, 
porque se tem a ideia de que as normas acompanham os fatos. 
Como, v.g., o casamento homoafetivo, que nunca antes na 
história deste País foi proibido, mas hoje é aceito amplamente. 
A União estável, antigamente tinha 1 visão muito negativa, 
porque era chamada concubinato, e tinha poucos direitos, todos 
eles à concubina, e não ao concubino, porque o homem era o viril da 
relação. 
O casamento é muito bom. Presume-se que as pessoas 
estejam felizes e prontas para construir 1 família e 1 nova vida. 
Nem todas as pessoas podem se casar. Assim como na parte 
geral tem a incapacidade, também tem a incapacidade para se casar. 
Num 1º momento a absolutamente incapaz é incapaz 
também de casar, porque não consegue exprimir, nem saber o que 
estão fazendo. Já as capazes e relativamente capazes, ainda que não 
saibam o que estão fazendo ao casar, têm manifestações de 
vontade. 
Há 1 flat horizontal em Cotia onde vivem portadores de 
deficiência mental, é lugar muito caro, e os que estão ali se 
conhecem ali e se casam, com a anuência dos seus curadores. 
Por que o Braseeel escolheu a idade de 16 anos como idade 
núbil? No Código Civil de 1916 tinha diferença entre homens e 
mulheres, porque se acreditava na mentira de que a mulher 
amadurece mais rápido. Porque se entendeu que é 1 idade em que 
as pessoas estão mais maduras, para assumir esse compromisso. 
O Direito canônico é muito importante para o Direito de 
família. Hoje se anula casamento na igreja católica com muita 
facilidade, basta alegar que não sabia o que estava fazendo. A 
maioria quer anular casamento lá só para fazer nova cerimônia 
pomposa na igreja mais de 1 vez. A outra parte pode até não 
concordar, mas isso não influi em nada, porque a anulação só vale 
para o cônjuge que quer anular. 
No Direito Civil, alguns casamentos podem ser anulados. 
Outros são nulos de pleno Direito. Quais? Os de pessoas que não 
podem se casar, que não têm capacidade: "for example": os 
menores de 16 anos, salvo em caso de gravidez, em que a idade 
pode ser suprida. 
O Código Civil brasileiro traz também outra exceção: é 
possível o casamento do menor de 16 anos para evitar a imposição 
de 1 pena criminal ou cumprimento de 1 pena criminal. Essa parte 
está totalmente revogada, porque o Código Civil é de 2002, com 1 
reminiscência ao Código Civil de 1916 que também tinha essa 
previsão. 
Mas em 2005 houve 1 reforma do Código Penal, e excluiu a 
extinção da punibilidade pelo casamento com a vítima e, em 2009, 
os crimes sexuais foram reformados, excluindo o crime de rapto de 
mulher honesta. Porque honestidade vai de acordo com a 
comunidade em que se vive. 
Existem decisões contra a lei no Braseeel sim e não, porque 
as decisões aparentemente contra legem o são para harmonizar as 
decisões com o ordenamento. 
O caso clássico em que se casava para evitar a imposição de 
pena era no estupro presumido, em que a menor de 14 anos dava 
para o namorado de 18 ou mais, os pais denunciavam o curintiano 
por estupro, ele era processado criminalmente e 1 das formas de 
extinguir a punibilidade era ele se casando com a namorada. 
Mas as alterações do Código Penal revogaram tacitamente a 
excepcionalidade do casamento de menor de idade para esse caso. 
O acórdão do Superior Tribunal de Justiça diz que se o ato 
delituoso ocorreu antes de 2005, e foi processado depois de 2005, 
Mas, a lei posterior não pode piorar a situação do réu, por isso, 
nesse caso, vale o Código Penal e o Código Civil. 
Mas o professor tem 1 notícia de 1 movimento do Superior 
Tribunal de Justiça de relativizar o crime de estupro presumido 
ante o desenvolvimento precoce das menores. 
O professor aponta também 1 acórdão de Santa Catarina em 
que 1 menor de 14 pede para se casar sem preencher nenhum dos 
requisitos, não estava grávida nem estuprada. Mas o acórdão disse 
que nada a impedia a União estável. Nada impedia, também, que 
fosseregistrado 1 estupro presumido para depois conseguir 
autorização para casar, ou mesmo engravidar, o que é muito pior, 
só para poder se casar, porque ela tinha 1 amadurecimento ímpar, e 
por isso o juízo permitiu que ela se casasse, para que essa menina 
ultrassupermegamadura não engravidasse de propósito aos 14 
anos ou se fingisse de estuprada só para casar. 
Essa é 1 forma de os tribunais chamarem atenção do 
legislador para corrigir as leis desatualizadas pela sociedade. 
Mas para os jovens alunos meninas de 12 ou 13 anos não são 
tão jovens quanto a professora imagina. Muitos alunos desta Casa 
inadvertidamente saem e transam com meninas de 12 ou 13 anos 
que falsificaram documentos e foram pra balada. 
A professora perguntou ao criminalista sobre 1 pai que quer 
tirar a guarda de 1 filha de 15 anos da mãe. E ele disse que levou a 
filha para fazer 1 aborto clandestino. A mãe foi atropelada e ficou 
de cama. 1 rapaz de 45 anos que vinha visitar a mãe saiu com a filha 
e a engravidou. E ela queria fazer o aborto mas no diário dela dizia 
que a transa foi a coisa mais maravilhosa do mundo para ela. 
E o criminalista disse que o mais grave que o curintiano fez 
foi dar bebida à menor, o que é mais grave de que engravidá-la. 
E ela falou para o juiz de família, que não se chocou nem 1 
pouco com a situação, que ele super achou normal. 
Entre 16 e 18 anos ainda são menores, relativamente 
capazes. Podem casar, desde que haja autorização dos pais ou 
representantes. Suspensão do poder familiar tem vários motivos. 1 
deles é quando os pais estão presos. Eventualmente os pais podem 
ter morrido, e não tem ninguém exercendo o poder familiar. E a 
justiça nomeia 1 tutor. 
Se nem os pais nem os tutores quiserem dar autorização, ele 
pode pedir 1 autorização judicial. Como, se ele não pode constituir 
advogado? Ele procura o Ministério Público. 
Suprimento de autorização é o mais comum que existe. "For 
example": autorização de viagem. Geralmente os pais pedem para 
levar os filhos para fora do país sem autorização materna. 
O juiz, em ambos os casos, vai ver se a proibição é injusta, e, 
se não for, vai suprir a autorização. 
Esse casamento é obrigatoriamente pelo regime de 
separação obrigatória de bens, que não é aquele que necessita de 
pacto antenupcial, que é o de separação total de bens. Mas o regime 
de separação obrigatória decorre de lei. 
O regime de separação obrigatória é diferente do de 
separação total. Principalmente na hora da sucessão. Os curintianos 
que se casam no regime de separação total (com escritura), quando 
1 morre o outro herda junto com os filhos, mesmo que o regime seja 
de separação total. 
Na separação obrigatória de bens, que é o caso dos menores 
com suprimento de autorização ou de idade, o juiz impõe esse 
regime de separação obrigatória de bens. E eles esquecem de 
alterar esse regime. 
(no Braseeel é permitido alterar o regime a qualquer tempo 
durante o casamento, por procedimento judicial). 
Aqueles que têm suprimento de idade ou autorização, 
embora sejam emancipados ao casarem, só podem mudar o regime 
após os 18 anos, porque a lei diz assim e é coisas que a professora 
não entende. Os casados com suprimento, após ambos ficarem 
maiores e capazes, mas esquecem. E 1 dos 2 morre. Nesse caso o 
cônjuge sobrevivente não herda nada. E tem 1 sómula 377 que diz 
que só se comunicam os aquestos (bens adquiridos onerosamente 
após o casamento). Esse caso não é herança, mas é Direito legítimo. 
Geralmente os juízes dão 50%. O que deu essa súmula é os casos em 
que houve contribuição efetiva do cônjuge sobrevivente. Mas tem 
muitos juízes que valoram para menos em razão da real 
participação. 
Isso ocorre geralmente porque no Braseeel geralmente é o 
homem que trabalha e manda a mulher não trabalhar. E geralmente 
a situação de necessidade é muito mais da mulher. 
Imaginem o exemplo do Roberto Marinho, que casou com a 
Lily Marinho com mais de 60 anos, que é separação obrigatória, ele 
viveu mais de 20 anos com ela. E ela teria apenas o Direito real de 
habitação da casa, mas ela não receberia nada nem para sustentar a 
casa até morrer. 
Isso não parece certo. Mas o legislador impõe esse regime a 
esses 2 casos. Hoje o de idade é de 70 anos. Mas já foi 50 para 
mulher e 60 para homens, já foi 60 para ambos, agora é 70. 
Mas a professora acha que 70 anos não é incapaz, na verdade 
é a idade em que a pessoa realmente pode escolher se casar com 
consciência. 
A professora diz que os filhos tomam conta da mãe viúva ou 
pai viúvo com todo o carinho, mas quando fazem 70, deixam ele 
bem mais à vontade, porque se ela casar não fica nada para o 
marido. Mas se esquecem que o cônjuge sobrevivente terá Direito 
real de habitação da casa em que moravam, de modo que quando os 
filhos tentarem tirá-lo de lá vão ganhar experiência. 
Quem não pode se casar embora capaz: ascendentes e 
descendentes. 
Quem são parentes no Braseeel: na linha reta, pessoas que 
proveem 1s das outras. O parentesco em linha reta pode ser 
ascendente ou descendente. 
Mas há parentes que não descendem 1 do outro, apenas têm 
parentes ascendentes em comum. "For example": primos. Têm 1 
avô em comum. Esse parentesco se chama colateral. 
Isso é importante porque no Braseeel parentes são em linha 
reta ad infinitum. Na linha colateral as pessoas são parentes até 4º 
grau. Isso é importante para fins de impedimento matrimonial, de 
impedimento de testemunha e de nepotismo. 
Ascendentes e descendentes em linha reta ad infinitum não 
podem casar de jeito nenhum. Essa linha reta não é só sanguínea, 
pode ser também na adoção. Esse parentesco também pode vir de 
reprodução artificial heteróloga (doação de sêmen). Nesse caso 
cria-se impedimento com os ascendentes jurídicos e biológicos. Mas 
o Braseeel dá muito pouca importância ao parentesco biológico. O 
que mais se dá importância é o afeto, que o Superior Tribunal de 
Justiça e Supremo Tribunal Federal reconhecem como valor 
jurídico. 
Esse parentesco por ascendência ou descendência também 
podem ser parentes por casamento ou União estável. Mas no 
parentesco colateral esse parentesco está limitado ao cunhadio, só 
cunhados é que são parentes. 
Quando terminar a União estável ou o casamento, o 
parentesco na linha reta não se rompe, só o cunhado pode ser 
parente. Logo, com a cunhada se pode casar!!! Mas com a sogra não. 
Primos casando entre si: já é 4º grau. Logo, os primos podem 
se casar. Os filhos dos primos nem parentes são. 
Parentesco que é novidade: parentesco decorrente da 
socioafetividade (só é jurisprudencial). No Braseeel entenderam 
que o afeto pode dar ensejo ao parentesco. "For example": Anos 
atrás, os casais que tinham fazenda, chácara, etc. e gostavam de 1 
filho de 1 colono, e falavam com os pais dele e pegavam ele para 
criar. Quase sempre os pais concordavam. E esses filhos iam morar 
na casa, e cresciam como da família. Esses pais passaram a ser pais 
afetivos, mas eram chamados de padrinhos. Esses parentes do afeto 
começaram a raciocinar que tinham direitos aos bens dos 
padrinhos, que morriam e deixavam 1 fortuna. Até que 1 ganhou, 
com base no Código Civil que diz que o parentesco pode vir por 
origens não especificadas. 
Ex-sogra pode pedir alimentos? No RS deram alimentos para 
a ex-nora e o RS deu. São Paulo não dá nem morto. 
Enteados, também não deixam de ser parentes. 
O homem brasileiro quando se apaixona por 1 moça com 
filhos que não têm nome de pai reconhecem o filho da moça como 
dele. Isso é comuníssimo. O certo era ele pedir adoção da criança. 
Até que ponto 1 comercial de televisão que passa em 
qualquer horário do dia e diz que 1 pai é tão presente, o que fazer 
com crianças que são criadas por 2 mulheres? 
Duro é o que se apaixona pela moça e os filhos têm pai. Ele 
pega e começa a sustentar os filhos com o próprio dinheiro, e dá a 
elas o padrão de vida que pode dar. 1 dia esse homem diz para essa 
mulher que quer se divorciar. 
Mas ele quer dar pensão alimentíciasó para os filhos de 
sangue e diz que para os enteados não pode dar nada. Mas o pai 
verdadeiro só paga 1 salário mínimo, como pagar o Dante Alighieri? 
E essas crianças vão a juízo pleiteando parentesco para 
afinidade e pedem pensão. 
1 juiz, há muitos anos deu pensão, dizendo que o padrão de 
vida dos filhos era mais alto que o pai legítimo, em razão do afeto. 
O professor Piva diz que isso não pode ocorrer, porque é 1 
absurdo, sobretudo se o enteado tiver 1 pai que contribua. O que 
vai acontecer que os pais e padrastos vão fazer 1 diferenciação. Isso 
tem muita razão. Mas qual é a culpa das crianças de alguém ter 
dado a elas o padrão que elas não tinham? 
Enteado também tem dado azo para pedido de visitas. 
O afeto, ainda que mínimo, pode criar obrigações para 
depois que o afeto acabar. Mas o afeto pode virar ódio: os mesmos 
rapazes que pegam a moça e assumem os filhos, largam a moça, vão 
ao juízo e pedem a desconstituição da paternidade. Antes 
conseguiam, mas hoje nem a pau, vai ser pai à vida inteira. Ainda 
que não queira. E o afeto pode se transformar em raiva, e é absurdo. 
Mas acontece que o afeto gera obrigações para a vida inteira. 
1 mãe dona de ONG disse que preferia ser presa quantas 
vezes quisesse, mas não pagaria. Ela havia sido estuprada por 1 
marginal bem conceituado. E manteve a gravidez na base de 
revólver. E o marginal obrigou ela a amamentar, mas ela conseguiu 
se apartar do marginal, ficou com ódio do filho, deu o filho à mãe 
dele, ele morreu e a mãe dele morreu , e o abrigo, quando descobriu 
que eles tinham mãe biológica, resolveu pedir a pensão. 
Os impedimentos matrimoniais também são impedimentos 
para o reconhecimento de União estável. 
Os parentes colaterais só não podem se casar até o 3º grau. 
Primos, portanto, podem. E a professora acha é bom, porque é 1 
família só, e é econômico por causa disso. 
Tio não pode casar com sobrinha nem a tia com sobrinho. 
Mas julgados posteriores a Código Civil dão vigência do Decreto-Lei 
3.200, que é de 1941, que têm permitido esses casamentos. Para tio 
e sobrinho se casarem eles têm que se submeter a 1 perícia, e o 
perito tem dizer se há risco à prole. Se não tiver risco, tudo bem. 
Pedido para casar com sogros e sogras: a pessoa que casar 3 
vezes tem 3 sogras. Ninguém vai querer casar com sogro. Mas sim, 
vai. E anular depois. 
Ementa que o professor leu: anulação de União estável. Ela 
quis reconhecimento de União estável com o enteado. Essa União 
estável existiu e terminou só no mundo dos fatos, não teve proteção 
jurídica. A moça terminou com o rapaz e resolveu se casar com o 
pai do rapaz. E o filho não gostou e entrou com declaração de 
nulidade do casamento. E o foi comprovada que existiu essa União 
estável anterior. E o juiz a reconheceu e declarou a União estável e 
anulou o casamento. E ainda disse que eles poderiam ter 1 União 
estável sem efeitos jurídicos (a mulher com o sogro). 
O Artigo que proíbe o casamento dos afins em linha reta é 
respeitado ainda pelos tribunais. 
O Código Civil de 1916 impedia doações para concubinos. O 
Código Civil atual não proíbe. Por isso ele poderia doar 50% ou 
legar para o cônjuge. 
O concubinato agora é relações sexuais não eventuais entre 
pessoas impedidas de se casar, salvo casados. Não é União estável. 
Concubino não tem Direito algum no Direito de família, nem 
pensão, nem alimentos, etc. só no Direito das obrigações. 
Irmãos, portanto, também não podem se casar. 
Caso de apelação cível em que o tio tinha 84 anos e pediu 
para casar com 1 sobrinha de 49. Por que? Só por Deus. 
No Braseeel já tem 1 única escritura de poliamor. 2 mulheres 
e 1 homem já conseguiram lavrar 1 escritura de União estável. 
Vários tabeliães tomaram o cuidado de não negar, mas dizer que 
não podiam agora, volta outro dia, etc. Mas 1 tabeliã aceitou lavrar 
essa escritura em União estável. 
Mas 3 pessoas é fidelidade? Para eles é. 
E se as mulheres quiserem depois pensão? O juiz vai ficar 
com medo de 
O separado judicial ou extrajudicial não podem se casar. 
Quando o outro morrer se tornam viúvas. A separação não rompe o 
vínculo conjugal, apenas desfaz a sociedade conjugal. 
As pessoas casadas não podem se casar, mas podem ter 
União estável se estiverem separados de fato. 
No Braseeel tem 1 crime que se chama bigamia. E tem a 
ocultação de impedimento. São crimes que funcionam no Braseeel e 
têm muitas condenações. Também tem a simulação de casamento 
(falso padre e etc.). 
O Código Penal de 1940, naquela época a proteção da família 
estava em alta. A pena de bigamia mais alta é mais grave que a 
máxima do homicídio culposo e a mínima do homicídio culposo. 
E muita gente acha que bigamia "non ecziste" mais, porque 
foi descriminalizado o adultério, mas a bigamia permanece. Pode 
cornear, mas não pode casar com a amante. 
O curintiano estava sendo processado por bigamia, e, 
enquanto a defesa pleiteava a extinção da punibilidade por alegar 
que tinha se separado da 1ª esposa, e ele foi e se casou com 1 3ª 
mulher. E ele foi trígamo, embora bigamia sempre seja bigamia, não 
importa quantos casamentos. 
Outro acórdão também negou habeas corpus para 1 bígamo, 
que disse que estava em fase de separação, mas foi o 2º casamento 
que deu causa para a separação. E não adianta dizer que se fosse 
União estável não seria punido, mas não está em União estável, está 
casado. 
Outro homem muito simples se separou judicialmente, e 
achou que estava liberado para casar. E foi processado por bigamia, 
e fez prova de que não sabia que não podia casar. E o 
desembargador aceitou a prova e aceitou que a conduta foi 
praticada em erro, porque fazia muitos anos da 1ª separação. 
Para essa questão da bigamia, União estável não é 
casamento. 2 uniões estáveis ou 1 casamento e 1 União estável não 
é bigamia, mas 2 casamentos sim. 
E quando as pessoas se casam no exterior também é 
bigamia. O curintiano casou nos Estados Unidos só para pegar o 
Green card, e achou que não pegava nada. Mas é bigamia. Se o 
governo descobrir dá processo por bigamia. 
As pessoas se casam bêbadas em Las Vegas e não se 
lembram depois. Mas esse casamento vale sim. Inclusive no 
Braseeel. 
2º casamento com a mesma pessoa não é bigamia, mas não 
tem valor jurídico algum. 
Também não pode se casar o cônjuge com aquele que houver 
sido condenada pelo homicídio ou tentativa de homicídio do seu 
consorte. Mas quem vai saber? 
No processo de habilitação é fácil ver muitas coisas, como os 
ascendentes, descendentes, irmãos, etc. mas como o tabelião vai 
saber que o noivo foi condenado se não é obrigado a apresentar 
certidão de antecedentes? 
Geralmente é o povo que leva essas notícias, é alguém que 
tem interesse em melar o casamento. 
E essa posição de impedimento pode ser arguida até o 
momento da celebração. “fale agora ou se cale para sempre”. Esse 
se cale para sempre quer dizer só para o tabelião, mas pode ser 
alegada em juízo a qualquer tempo. 
O casamento tem que ser feito a portas abertas inclusive 
para que pessoas tenham como entrar e arguir oposição. 
Pergunta de concurso para cartório: o candidato foi chamado 
para celebrar o casamento da Athina Onassis. O candidato teria que 
dizer que com base no princípio da razoabilidade, seria complicado 
deixar as portas abertas, mas teria que ser adaptada a situação. 
Os impedimentos para casamento também são para União 
estável. 
Quem não deve se casar no Braseeel? 
1 moça estava saindo com 1 rapaz, e ele disse que estava em 
processo de divórcio. Mas ela estudava Direito e não encontrou o 
processo. E ele confeccionou 1 certidão de objeto e pé perfeita, mas 
falsa. 
Quem não deve se casar no Braseeel? 
Quem pode ter 1 confusão patrimonial ou sanguínea, "For 
example": quem já se divorciou mas ainda está em processo de 
partilha. 
O viúvo ou a viúva, enquanto ainda não der a partilha para os 
filhos. 
O tutor ou curador com os seus tutelados ou curatelados 
nem seus ascendentes, descendentes, cunhados ou sobrinhos.1 Advogado de confiança do juiz de 30 anos é nomeado como 
tutor de 1 menina de 14 anos. Nada juridicamente impede que ele 
se apaixone por ela. Mas ele não deve se casar até que ele saia do 
cargo e preste contas. 
O curador também. O curador de 40 anos é nomeado 
curador de 1 mulher de 30 anos que é pródiga. Eles podem, ou seus 
parentes, se apaixonarem e querer se casar. Mas eles não devem. 
Têm que abandonar o cargo e prestar contas. 
Também não deve a mulher quando tiver anulado ou 
declarado nulo até 10 meses depois da anulação, porque ela pode 
estar grávida e o novo cônjuge vai ser presumidamente pai. 
Estas pessoas todas, se mesmo assim se casarem, se casarão 
pelo regime de separação obrigatória de bens e, após o fim da 
situação suspensiva, pode mudar o regime de bens. 
Nem sempre terão essa sanção, porque essas pessoas podem 
provar judicialmente que não haverá prejuízo. "For example": o 
marido com o inventário da mulher, já está com o acordo feito, só 
falta a homologação. O juiz pode aceitar que dá para se casar. 
E esse tipo de impedimento só pode ser alegado por 
parentes em linha colateral, ascendentes, descendentes e irmãos. 
3ºs, em princípio não. 
A sucessão pode hoje importar numa diluição mais rápida de 
patrimônio. Muitas pessoas têm empresas, porque o contrato social 
tem muito mais força que testamento. 
Alimentos gravídicos: fixados só por indícios. É 1 tristeza em 
termos de internet, facebook, etc. só os meninos são vítimas. 
Alimento gravídico envolve também o parto. Os curintianos 
que trabalham não podem exigir que a mulher vá ao SUS. Aí eles 
colocam a mulher como companheira no plano de saúde, e aí a 
situação fica pior ainda. 
A seguradora tem sugerido que o curintiano pague 1 seguro 
para alimentos gravídicos. 
PGBL e VGBL � a vontade dos pais não é que os filhos 
recebam o dinheiro de 1 só vez, mas que os filhos recebessem 1 
quantia todo mês. Isso não existia no Braseeel, mas hoje tem 1 
instituição financeira que já faz isso, mas é muito caro. 
Planejamento sucessório não é só para quem é podre de rico. 
20.03.2013 – Vaneska 
Marido disse que se separou em 1980 e a mulher disse que 
se separou em 1990. Ambos têm prova de suas alegações. O marido 
matou 1 guarda, e alugou 1 apartamento e se mudou para lá. Mas a 
mulher diz que ele alugou o apartamento só para não ser 
encontrado. E juntando provas de parte a parte, eles pegam 1 
registro em 1987 e ambos foram testemunhas de 1 casamento de 
outra pessoa, e se declararam casados. 
O registro do casamento, portanto, é o que fixa o momento 
em que começa a acontecer a confusão patrimonial. Casamento só 
importa por questões patrimoniais. Guarda dos filhos também é 
decorrência do dinheiro. 
O Braseeel também contempla outros casamentos. "For 
example": o casamento religioso com efeito civil. O religioso casa os 
cônjuges, eles levam o documento da Igreja no cartório e o oficial 
registra o casamento, desde que eles já estejam previamente 
habilitados. Mas isso não tem efeito prático, porque já que vai se 
habilitar já casa no civil direto, por isso essa prática está em desuso. 
Mas as pessoas se esquecem ou não sabem que precisam se 
habilitar para se casar. Tem 1 igreja anglicana que diz que é fácil de 
se casar, e por isso os jovens vão lá, combinam a cerimônia, etc. com 
muita antecedência. Mas 1 semana antes da cerimônia a secretária 
da Igreja liga para os noivos perguntando da habilitação, e os 
noivos nunca antes na história deste País sabem que tem que fazer 
isso, e começa a correria. A sorte é que o juiz pode dispensar a 
publicação do edital. E ele sabe que ninguém sabe, e as igrejas não 
avisam. Mas tem algumas igrejas que avisam. Outras já pedem ao 
oficial para ir na cerimônia religiosa. 
Ainda que se queira casar só no religioso, a maioria dos 
padres não fazem mais, por causa do risco de bigamia. As únicas 
religiões que ainda fazem são a Umbanda e Candomblé, que fazem 
sem habilitação. E para o casamento religioso com efeito civil vale 
qualquer religião. 
No dia em que se registra o casamento civil que foi feito no 
religioso, os efeitos do casamento civil retroagem para a data do 
religioso, e esses efeitos importam patrimonialmente falando. 
Casamento por procuração: isso foi muito comum quando as 
pessoas iam para o Japão trabalhar. Esse casamento é muito 
simples porque a habilitação também pode ser feita por 
procurador. A única coisa que o procurador tem que fazer é o sim 
audível. 
A doutrina costuma dizer que não se pode ter 1 único 
procurador, porque o cônjuge tem que “receber” o outro, e por isso 
não pode ser 1 procurador para ambos. 
1 registro em Osasco, que era por procuração, como era de 
concursado, gente nova estudiosa e com vontade de ajudar, teve a 
ideia de colocar o casal no Skype, embora por procuração. 
Casamento não é caro. Os registros civis, vários são 
deficitários. Por isso no concurso de cartório ninguém quer registro 
civil, salvo se no local tenha o Albert Einstein. 
O casamento por procuração esta tem que ser lavrada por 
instrumento público, com vigência de no máximo 90 dias. 
Foi muito comum casamento por procuração em Ourinhos, 
que tinha 1 colônia de japoneses muito grande. E o casamento por 
procuração tinha interesse porque a mulher, depois que casada 
com o curintiano, pode ir para o Japão com ele. E isso tem valido 
para outras pessoas em outros países, para facilitar a entrada dos 
cônjuges. 
Mas se o curintiano lá no Japão não quer casar, mas passa o 
Tsunami e ele não consegue comunicar o procurador que a 
procuração foi revogada. Ele pode anular o casamento. Mas só pode 
anular se não tiver havido coabitação. E hoje em 2013 não se sabe o 
que é coabitação, depende do caso. Não é mais só relação sexual, 
nem necessariamente relação sexual. 
Tudo que diz respeito a Direito de família é muito perigoso, 
tem que estar diante do juiz o poder de apurar a realidade. 
Muitas pessoas pedem para se casar quando estão 
padecendo de doenças graves, que não conseguem se locomover. O 
oficial ou celebrante, ou mesmo o substituto ad hoc, ele vai, laavra 1 
termo avulso que pode ser em qualquer papel, e com 2 testemunhas 
essa pessoa se casa. E o substituto, ou o oficial, levam o ato no 
registro civil assim que puder, fazem a habilitação e, se não houver 
impedimento, eles registram o casamento, ainda que o curintiano 
tenha morrido. E pode isso, Arnaldo? Sim, porque a manifestação de 
vontade foi dada diante de 1 curintiano que tinha fé pública. 
E, caso o curintiano esteja para morrer mesmo com morte 
iminente, ele pode chamar 6 testemunhas que não sejam 
ascendentes nem descendentes nem irmãos, e depois essas 6 
testemunhas têm que comparecer perante a autoridade judicial, 
declarar que o curintiano estava enfermo, que estava no seu juízo 
perfeito, e que manifestou a vontade de se casar. 
Parece filme, mas as pessoas querem fazer isso. Ainda bem 
que quase ninguém sabe disso, mas acontece mesmo assim. 
Mas se o curintiano não morrer, se salvar, não precisa dessas 
formalidades judiciais. Ele próprio pode ir ao registro civil e 
convalida o casamento, mas isso é muito difícil, porque tudo que 
depende de testemunha é melhor não depender. Por isso 
Dinamarco diz com razão que testemunha é a prostituta das provas, 
porque as testemunhas esquecem tudo o que viram quando chegam 
na frente do juiz. 
1 juiz em São Vicente não reconheceu 1 casamento 
nocupativo, porque as testemunhas não falavam a mesma coisa. E o 
curintiano apelou. O desembargador que pegou a causa era muito 
formalista, rigorista, etc. etc. E ele disse que o juiz considerou que 
os requisitos não foram compatíveis, porque as testemunhas não 
declararam na mesma hora e no mesmo lugar, e considerou que, 
visto que a mulher viveu mais 20 dias depois do casamento 
nocupativo, dava para ter feito o procedimento de habilitação. 
Mas em 2009 outro desembargador reconheceu o casamento 
nocupativo afastando o formalismo do juiz de 1º grau, de 1curintiano que viveu também 20 dias. 
A maior parte de nós abomina súmula vinculante, mas o 
grande problema do Braseeel, por grande, são decisões 
extremamente diferentes. A Dona Rute casou, o Sr. Odilon não 
casou. Ambos se conhecem, e trocam experiências, e descobrem 
que ela é viúva, goza de 1 boa aposentadoria deixada pelo marido, e 
ele diz que ele tentou da mesma maneira e não conseguiu. E eles 
terão enfim alguma coisa em comum e poderão, apesar das 
diferenças de julgamento, se conhecer melhor. 
Mas essa divergência de julgamentos leva as pessoas a atos 
fraudulentos, em busca de segurança jurídica. 
No tempo em que União estável era concubinato, o que 
apesar da Constituição da República, só foi mudar em 2004, porque 
não tinha lei da União estável. E os curintianos descobriram que os 
juízes de São Paulo eram mais simpáticos à União estável, e o da 
João Mendes mais ainda. E a mulher de Araraquara quer o 
reconhecimento de 1 União estável porque está sendo chutada pelo 
marido, e ela aluga 1 flat na circunscrição do João Mendes, e ele 
pode opor quantas exceções de incompetência que vai ganhar 
experiência. 
Antes os curintianos, quando conheciam o entendimento dos 
juízes, entravam com várias ações idênticas, e desistiam das que 
não caíam com o juiz mais favorável. Mas hoje isso não é possível. 
1 menino de Matão pediu para registrar o casamento dos 
avós dele que se casaram no religioso em 1901. Ele precisava 
organizar a documentação dele para obter a cidadania italiana. E ele 
descobriu só 1 documento da igreja, casado só no religioso, e que 
achava que estava casado mesmo. E os avós estavam mortos. E o 
Tribunal de Justiça não deixou, porque disse que a manifestação de 
vontade era inexistente. E outra coisa, só foi reconhecido o 
casamento religioso na Constituição da República de 1934, e eles se 
casaram em 1901. 
Esses são os casamentos mais especiais. 
No Braseeel se prova o casamento com a certidão de 
casamento. Como se prova o casamento se a certidão perece no 
cartório, ele pega fogo, explode bomba, etc. 
Há 1 provimento jurisdicional de suprimento de certidão de 
casamento retroativo à data em que os curintianos casaram. Mas 
isso é muito difícil de se conseguir. 
Mas chega 1 hora em que os casamentos vão terminar. Seja 
pela anulação ou nulidade, seja pela separação, pelo divórcio ou 
pela morte. 
Alguns casamentos são havidos por inexistentes. 
Em São Paulo os casamentos são celebrados por juiz de paz. 
E, no clube da professora tem 1 curintiano que diz que é juiz de paz. 
E ele celebra o casamento, mas depois se descobre que ele era juiz 
de Direito e não de paz. 
Esse casamento é inexistente, mas não tem diferença entre 
inexistente e anulado, porque é a mesma coisa. 
Antes exemplo de casamento inexistente era de pessoas do 
mesmo sexo. Mas agora o acórdão que fundamentou isso está tão 
bem fundamentada que serve para quem gosta e para quem não 
gosta. 
Isso porque no Braseeel o que não é proibido é permitido. 
Embora tenham algumas particularidades que se referem a homem 
e mulher na lei. 
O casamento só é existente quando o juiz diz que declara 
ambos casados. Se o noivo der 1 pirepaque após o sim e antes disso, 
não está casado. 
O acórdão dos homoafetivos é muito interessante. Inclusive 
pelo voto vencido, que não tem nada de discriminatório, apenas 
argumentos jurídicos, embora vencidos. 
E os gays não precisam mais entrar com processo porque a 
corregedoria do Tribunal de Justiça já tem norma própria para isso, 
dizendo que é para casar e acabou. 
Outra notícia que saiu agora é que eles logo vão poder adotar 
ordinariamente, porque os tribunais superiores já estão 
permitindo. É normal? Depende do julgador. Quem recorreu no 
caso da última adoção foi o próprio Ministério Público, que disse 
que seria vexatório para a criança, que ela iria sofrer bullying, etc. e 
a Nancy disse que é o Ministério Público que estava sendo 
preconceituoso. 
E a dúvida é quanto ao futuro dessas crianças. E o juiz 
perguntou ao Ministério Público se ele queria convencer que 1 
criança abrigada estava melhor que 1 adotada por homossexuais? O 
problema na escola não é por causa das crianças, mas por causa dos 
pais das crianças, que destilam o preconceito nas crianças. 
E o valor da indenização por bullying está cada vez maior. O 
que preocupa à professora é que os pais não estão sendo chamados 
à lide, só as escolas, a quem é impossível cuidar de todas as 
crianças. 
A professora leu que a Angelina Jolie antes de casar com o 
ator marido dela, vivia com 1 mulher, e a professora acha que para 
a cônjuge da Angelina Jolie deve ter sido muito bom. 
Casamento inexistente é o do absolutamente incapaz 
mesmo, ou daquele que violou todos os impedimentos. 
A vizinha descobre que a moça é casada com o próprio pai. E 
ela acha que é loucura, monstruosidade. E vai no Ministério Público 
reclamar, principalmente se for cidade pequena, que tudo vão 
reclamar ao Ministério Público. E o promotor vai perguntar: E o 
quico? Não interessa ao Estado 1 casamento nulo, porque estão 
todos vivendo bem, as crianças estão bem tratadas, etc. por isso o 
judiciário não reconhece de ofício casamento nulo. 
1 execução de locação, em que proprietário executa o fiador. 
E eles tentam na audiência entrar num acordo, mas o proprietário 
acusa o casal de fiadores de serem irmãos. O juiz não quer nem 
saber, embora poderia conhecer de ofício de acordo com a teoria, 
mas ele segue o barco. Porque o Estado tem interesse em manter os 
casamentos. 
Quando o casamento inexistente vai ser anulado? Quando é 
arguido por 1 3º prejudicado, como, v.g., a vítima de bigamia. Ou 1 
3º exequente que está sendo prejudicado por fraude à execução de 
casamento inexistente. 
Não é crime no Braseeel ter filhos com a própria filha se não 
foi estupro. Por isso os juizinhos são orientados a não abrir o bico 
quando pegarem processo de pensão de mãe pedindo pensão para 
filho que é do próprio pai. Mesmo quando vão registrar a criança 
como filho do avô, o cartorário é orientado a fechar o bico e anotar 
os dados. 
Anulação por boa-fé: irmãos que se casaram sem saber. 
Efeitos patrimoniais: pensão, anulação de casamento, filhos, 
etc. 
Muitas coisas que começaram nos Estados Unidos vêm para 
cá e é aceito. Toda doutrina quanto a criança e adolescente e seus 
direitos veio de lá. 
Inclusive quando os pais são casados na separação total de 
bens e vão se separar, os juízes lá mandam 1 cônjuge entregar o 
dinheiro para outro de ofício, ainda que tenha contrato pré-nupcial 
e o escambau. Alguns americanos estão mudando para o Braseeel 
para fugir disso, porque o Braseeel ainda respeita muito a 
separação total de bens. Isso para a professora parece justo e 
correto. Porque no momento em que as pessoas estão apaixonadas 
assinam qualquer papel. Passados 35 anos, é pega(o) de surpresa 
com 1 aviso prévio de divórcio, e 1 pé na bunda e a porta da rua é 
serventia da casa. E a pessoa abandonada não tem para onde ir, e o 
problema é dela, não é do outro. Quem tem pais divorciados e 
juraram que nunca antes na história deste País farão isso, fazem 
mesmo assim, e o dinheiro sobe à cabeça, e se recusam a dar o 
dinheiro das viagens e baladas pós-casamento para o outro cônjuge. 
A separação total de bens pode ser muito cruel depois de 
alguns anos. 
E hoje os jovens têm a moda de se casar com separação total. 
Ninguém vai lembrar de comprar meio a meio, etc.etc. 
1 curintiano casou com separação total de bens porque sua 
ficha era mais suja que pau de galinheiro. E a moça era odontóloga. 
Comprou 1 belíssimo apto e conjuntos comerciais e pôs no nome da 
esposa para não penhorarem. Mas depois descobriu que ela tinha 1 
amante. E ela confirmou. E ele disse que iria se divorciar dela. E ela 
disse que era tudo dela, com razão, porque na escritura é. E ele que 
provasse que era tudo simulação. Hoje a partir do Código Civil de 
2002 quem agem em simulação pode arguí-la, antes não podia. E ele 
entrou,etc. explicou tudo, de onde veio o dinheiro, etc. como foi o 
esquema, as juntadas dos dinheiros, etc.etc. E o juiz disse que ficou 
constrangido com o que ele estava passando e disse que acreditava 
no que ele estava passando, mas disse que os bens são dela, porque 
ele deu de mão beijada, em vez de pagar as dívidas. E a mulher 
viveu feliz para sempre com o novo tio das filhas e os imóveis. 
Invalidade menor: casamentos que podem ser anulados: 
menor de 16 anos sem estar grávida ou sem crime. Mas tem 
acórdão contrário. Anulável o casamento dos entre 16 e 18 sem 
autorização dos responsáveis. 
Casamento por procuração já revogada ou com procurador 
já morto. O curintiano morreu no Japão e ficou semanas morto no 
casamento. A noiva aqui contrata advogado no Japão para fazer a 
hora da morte ser após a do casamento. 
A professora conheceu advogado interessantérrimo. Ia dar 
comoriência, e a mulher foi no IML para evitar que o legista 
dissesse que 1 dos homens morreu depois. E o Advogado falou para 
o perito dizer que tinha morrido 10 minutos depois, e o perito disse 
que não tinha como. Mas podia ser 30 segundos depois, que a 
pessoa já herdava. Mas o perito decretou a comoriência. 
E nunca antes na história deste País se teve tanta 
comoriência, porque nunca antes na história deste País teve tanto 
acidente aéreo. 
Também é anulável o casamento quando houver o 
casamento pela autoridade celebrante incompetente (em razão do 
território, porque se for em razão da matéria é nula ou inexistente). 
Casamento por coação � muita gente casava com medo do 
pai da moça grávida. 
Erro essencial � também é anulável. É o erro sobre a 
identidade da pessoa. "For example": irmão gêmeo. Mas pode 
acontecer também que o curintiano se casa com 1 moça achando 
que ela é honesta e depois descobre que ela é desonesta, ou acha 
que está casando com 1 Advogado e percebe que ele era 1 
charlatão. Ou descobre que o curintiano tinha cometido 1 crime que 
torna a vida insuportável (drogas não vale mais). 
Outro erro essencial � defeito físico que torna impossível o 
casamento � impotência coeundi – broxância (não impotência 
generandi – esterilidade). 
Moléstia grave contagiosa � também é erro essencial. 
Doença mental grave � também. 
Desde que seja acontecimento antes do casamento. 
Moléstia grave, defeito físico ou doença mental � pode 
depois da coabitação. Os demais casos, após a ciência do outro 
cônjuge, se houver coabitação, não pode mais anular. 
O processo de anulação de casamento é ridículo, sui gêneris. 
Anulação de casamento não tem acordo. Se o outro cônjuge quer 
fazer acordo não pode, o juiz tem que nomear defensor público 
dativo que vai fazer a negativa geral. A anulação funcionava quando 
não existia divórcio. Hoje é muito raro e difícil anular casamento. 
Tem que ser coisa muito séria. E o prazo decadencial é muito curto 
porque o que se quer é convalidar o casamento. 
O desembargador muito idoso e severo anulou 1 casamento 
porque o curintiano era homossexual e casou só para esconder o 
fato, e a moça, muito apaixonada, não percebeu. O processo não fala 
que eles transaram, mas parece à professora que sim, porque eles 
até tinham filhos. E o curintiano tinha 1 padaria. Eles ficaram 
noivos. Romperam e depois voltaram a morar juntos, e depois 
casaram. E ele fala que se o réu tinha dificuldade de se determinar 
sexualmente, deveria partilhar isso à autora, que ambos iriam 
decidir como estabelecer as regras. Mesmo o desembargador idoso 
admitiu a possibilidade de 1 casamento aberto, em vez de anulação. 
Outro pedido de anulação foi por coação, eles disseram que 
estavam coagidos a casar porque na religião deles não podia 
transar, e eles foram coagidos. E o casamento durou 48 horas. Foi 
só o tempo deles tirarem o atraso, e depois quiseram anular o 
casamento. E ele alegou que nessas 48 horas ela se revelou 
ciumenta e autoritária. É por isso que o judiciário duvida de todas 
as ações de famílias. 
Casamento inexistente ou nulo, ou anulável, mas de boa-fé, 
produz efeitos, porque é casamento putativo. 
Esses termos horríveis têm que acabar, porque a população 
tem que entender o Direito. 
O Advogado da moça que matou o dono da Yoki juntou 
contrato de honorários anterior à morte, para provar que estava 
sendo humilhada, etc., para tentar se defender da morte. A 
professora concluiu que ela achou que era mais barato matar que 
pagar o advogado. 
O Direito de família junta amor, ódio, sexo e dinheiro, não 
tem como dar certo. 
Processo de erro essencial porque o curintiano tinha 1 
membro muito pequeno. Nesse caso precisa fazer prova pericial, 
porque para anulação de casamento tem que ter prova. E o 
curintiano se não for é confissão tácita. 
1 desembargador cuja mulher dizia que ele era homossexual 
e queria separação judicial. Ele tinha 1 amigo inseparável, para o 
qual comprou moto, pagou viagens, etc. Naquele tempo se discutia 
culpa. E o juiz divorciante não queria acordo. O juiz do caso mandou 
o oficial de justiça ir na casa do autor, e constatar com ele se não 
tinha pratas nem tapetes persas na casa. E designou 1 perícia no 
IML. E o Advogado pediu para falar em particular com o cliente e 
falou para ele fazer o acordo porque a constatação iria ver que tinha 
os tapetes e a perícia iria verificar o ânus do marido para ver se ele 
era homossexual. 
O processo de família é nojento. As fotografias são as piores 
do mundo, é segredo, mas todos os funcionários e estagiários do 
fórum e do tribunal veem. 
O juiz marcou 1 audiência e chamou o Advogado e disse que 
se algum filho do casal desarquivasse o processo se mataria. Por 
isso, depois do acordo o juiz propôs queimar o processo, e as partes 
concordaram. 
As partes colocam coisas no processo e não pensam nas 
consequências posteriores. E estando lá não tem volta. As pessoas, 
no Direito de família falam mais do que devem. Por isso tem muito 
processo crime. E os advogados não podem ser processados pelos 
termos que usam. A professora foi processada porque 1 assistente 
dela fez 1 petição dizendo que o marido se apropriou 
indevidamente do dinheiro da esposa. Ou seja, a professora 
imputou a alguém a prática de 1 crime. Ela foi absolvida, etc. e 
acabou. 
Mas o Direito de família é muito triste, porque envolve 
sempre dinheiro. 
1 caso sério: ela se casou com ele na comunhão parcial de 
bens, mas ele tinha 1 empresa, e tudo que eles compraram ele pôs 
no nome da empresa. E o Advogado dela mandou ela fazer acordo 
porque ela iria dançar. O juiz iria dar metade das cotas dele para 
ela. E ela não tinha como entrar na empresa. Teria que ficar 
pedindo distribuição de lucros todo ano, e o marido podia maquiar 
o balanço, os valores das cotas, etc. e ela nunca antes na história 
deste País iria ver a cor do dinheiro. 
Por isso o Direito de família é 1 ramo importante que não é 
pequeno, porque tem consequências em todos os outros ramos do 
Direito. 
17.04.2013 
Regimes de bens - Giselda 
O código de 16 original previa o regime dotal, em que a 
mulher levava 1 dote ao casamento e era administrado pelo marido. 
Mas não se tem notícia de viva alma que tivesse se casado por esse 
regime. 
Hoje tem regime de comunhão universal, parcial, separação 
total (que antes já tinha esses 3), e o novo regime, de separação 
final dos aquestos. Este último regime a professora só conhece 1 
pessoa que usou. Nem os tabeliães conhecem. 
Essa 1 que a professora conhece é 1 advogada que ela 
encontrou numa palestra há 7 anos atrás. E a professora perguntou 
porque a advogada tinha se casado naquele regime, e ela disse que 
só se casou para testar, achando que muita gente se casaria naquele 
regime e ela teria muitos clientes. Mas está esperando até hoje. 
E no novo Código Civil o regime de bens pode ser 
modificado. 
O regime de participação final dos aquestos é o mais 
trabalhoso no dia-a-dia 
A participação é final, ou seja, na dissolução (por divórcio ou 
morte). Durante o casamento, vige o regime da separaçãode bens. 
Ou seja, tudo o que adquirirem na vigência do casamento é 
separado, não se comunica com os bens do outro cônjuge. 
Cada 1 administra o patrimônio próprio. 
Esse regime é curioso por isso, ele se assemelha e segue as 
regras do regime de separação consensual de bens (que as pessoas 
escolhem, ao contrário do regime de separação obrigatória). 
Dissolveu-se o casamento, por divórcio, v.g., os bens se 
juntam. Passa a existir 1 comunhão final dos aquestos. 
Aquestos � bens adquiridos na constância do casamento. 
Não vale herança, não vale doação, etc. É exatamente como 1 
comunhão parcial de bens. 
Para que as pessoas fariam isso? Se os bens ficam separados, 
por que quereriam no final que as coisas se juntassem? Por isso é 
que nenhum brasileiro se interessaria em casar nesse regime. 
Essa administração patrimonial do casamento requer 1 
contabilidade. Tem que ter 1 tabela Excel de entrada e saída, 
porque quem vai ao supermercado é a mulher. Quando ela vem 
alimenta toda a família. Pode ser assim? Se a escolha foi de 
separação não. As coisas para a mantença da família tem que ser 
partilhado. 
No começo se falava que quem casasse nesse regime teria 
que ter 1 contador doméstico. Esse regime existe em outros países 
no sistema ocidental, e achou esse regime bacana e copiou. Mas 
simplesmente não pegou. 
É até chato fazer regime de bens cair na prova, porque o 
código é 1 cola. Tem tudo lá. 
O regime legal anterior, que hoje é o da comunhão universal, 
tudo se comunicava. Tudo que as pessoas tinham antes e o que elas 
adquiririam depois, ainda que por herança, tudo se comunicava. O 
patrimônio é comum em tudo, na metade ideal para cada 1. 
A graça daquele período era que as pessoas se casavam no 
regime de comunhão de dívidas, porque as dívidas, na maior parte, 
se comunicavam também. 
Esse regime serviu para proteger a mulher do Braseeel 
naquela época (séculos XIX e XX), com viés patriarcal, para não 
dizer machista. 
Esse regime foi o regime legal até 1977. 
Regime de bens na União estável hoje � Artigo 1.755, o 
regime legal do casamento também, mas será dado na aula de União 
estável. 
Hoje o regime legal é o da comunhão parcial de bens. Hoje se 
comunicam os aquestos. Não pertencem aos aquestos as heranças 
individuais e as doações individualmente direcionadas. 
As heranças e doações pertencem aos chamados bens 
particulares. Este acervo é aquilo que cada 1 dos cônjuges possuía 
antes do casamento. 
A professora foi casada nesse regime. Quando ela casou a 
professora tinha 1 automóvel, e o marido tinha alguns imóveis. O 
apto. que eles foram morar ele tinha financiado em 15 anos, e tinha 
pago entrada e 3 anos. Na celebração do casamento faltava 12 anos. 
Tudo o que faltava passou a pertencer à categoria dos aquestos. 
Quando a professora se divorciou, para ele ficou 6/15 do 
apto, e para ela 6/15, porque 3/15 ele já tinha. Por isso, no total, ele 
ficou com 9/15 do apto. Os 3/15 estavam na categoria dos bens 
particulares do marido da professora. 
Outra palavra difícil � aprestos. Equivalem aos bens 
particulares. 
O homem tem 1 casa e 1 carro e a mulher não tem nada. 
Depois do casamento eles adquiriram 1 casa na praia, 1 apto. para 
investir, e mais 1 carro. Estes últimos bens se chamam aquestos. No 
regime da comunhão parcial os aquestos formam o patrimônio 
comum dos 2. Idealmente, metade é de cada 1. 
Os bens que o marido tinha antes são os aprestos, ou bens 
particulares. Eles não ingressam no patrimônio comum. 
Se o cônjuge vender a casa dos aprestos para comprar outra 
pode colocar na escritura que 1 casa vai substituir a outra nos 
aprestos. Se com o dinheiro da casa ele quiser comprar ações, tem 
que achar 1 jeito de registrar que as ações se sub-rogam na posição 
da casa anterior, dos aprestos. 
Se o imóvel dos aprestos render frutos (aluguel), eles entram 
no patrimônio comum. Se ele cair na besteira de vender e gastar o 
dinheiro em bens consumíveis, dançou, babau. Perdeu preiboi. 
 No exemplo da professora a mulher recebeu 1 herança 
também. E também recebeu 1 doação só para ela. Agora ela também 
tem aprestos. Não se comunicam com o outro cônjuge. 
O regime da comunhão universal, que era o regime legal 
antigo, (o atual é o da comunhão parcial), praticamente tudo se 
comunicava. Os cônjuges se tornavam verdadeiramente sócios. 
O outro regime de bens é o da separação (que já se entende 
que é total, porque separação parcial = comunhão parcial). Mas se 
tem 1 hábito de falar separação total de bens, só para frisar. 
Esse regime se divide em separação obrigatória, porque a lei 
determina ("for example": pessoas que se casam depois dos 70 anos 
(ou depois dos 60 até 2010)). 
O legislador entende que alguém de 70 anos, ainda que seja 
presidente da república, se quiser casar, não pode escolher o 
regime. Esse legislador é preconceituoso, mas antes ele era mais 
ainda, porque a mulher só podia se casar com esse regime de 
separação obrigatória aos 55 anos, enquanto o homem era 60 anos. 
O legislador pensava que gente com mais de 60 anos não 
podia escolher o regime porque quem casasse com essa idade 
estava invariavelmente sofrendo 1 golpe do Baú. 
A professora nasceu em 1950, e em 2010 completou 60 anos. 
E só podia casar no regime da separação. E, como a lei mudou, o 
passe dela valorizou, porque agora ela pode casar com qualquer 
regime que quiser. 
A outra separação é a consensual, que se faz para convenção 
dos nubentes antes do casamento. E tem muita gente casada com 
regime de separação, mas não é gente muito rica, que não quer 
misturar as fortunas. Feitos estatisticamente, o censo disse que o 
percentual maior da separação consensual é gente que não tem 
nada. 
Aconteceu com a professora 1 amigo de infância dela se 
casou. E, anos depois, quando ela se encontrou com ele, a 1ª coisa 
que ela perguntou era que regime ele se casou (ele ere engenheiro). 
E ele se casou pelo regime de separação. Mas a única fortuna dos 
pais era 1 casa e 1 posto de gasolina. E ela descobriu que a riqueza 
dela era 1 gato. E ele disse que se casou por esse regime porque 1 
amigo Advogado falou que era bom. 
Tempos depois, os filhos dele começaram a namorar, e a 
mulher dele não gostava de nenhuma namorada. 
E quando eles se casarem, as noras não gostariam da sogra. 
E, se ele morresse, a mulher não teria meação, porque era 
separação total. Quando ele falecesse ela ficaria com nada, e disse a 
ele que morria de medo que ele falecesse e as noras não a 
aceitassem em casa. 
E ele falou isso para a professora e ela disse que agora é 
mutável o regime. Mas como era regime antigo, não era mutável e 
ela nem seria herdeira necessária, como hoje. Mas ele podia fazer 1 
testamento, deixando 50% das coisas dele para ela. 
A lei permite que se construa 1 regime misto, com partes de 
outros, desde que não contrarie normas de ordem pública. 
No regime de bens não há possibilidade de deixar nada 
tratado para depois da morte. O regime de bens é do casamento. 1 
morreu, o regime de bens acabou. Não pode haver pacto, cláusulas 
que digam que morrendo 1 o outro concorda em não receber a 
meação, ou outra coisa. O regime de bens é 1 coisa, o Direito das 
sucessões é outra coisa. 
Os casos foram acontecendo, desde 1977, até 2002, e deu-se 
que pessoas, v.g., em que os 2 com 70 anos, que se casaram no 
regime de separação obrigatória, ela professora de piano, ele 
industrial, e adquiriu mais bens. O tribunal verificou que seria 
injusto porque eles poderiam viver até mais 30 anos. E ela ficaria a 
ver navios, porque ele tem filhos de casamento anterior. E ela ia 
ficar com nada. Mas a corte superior resolveu o assunto, seguindo 
jurisprudência dos tribunais inferiores, que até conferiram meação 
dos bens adquiridos na vigência do casamento, e foi feita até 1 
súmula 377, (Não se usa n.º na súmula, é simplesmente Súmula x). 
“se comunicam os aquestos, na separação obrigatória, caso 1 
dos cônjuges morra.” – não nessas palavras. 
Essasúmula foi bem recebida por todos, menos pelos filhos 
dos ricaços. 
Maaas, o Código Civil de 2002 não revogou expressamente a 
súmula, e são 10 anos de discussão se a súmula vale ou não, e 
acabou indo para os tribunais e eles estão divergindo até hoje. 
Quando se tem 2 situações iguais com resposta judicial 
diferente, isso se chama injustiça. 
Conselho vagabundo ao Advogado: veja para quem advoga. 
Se for para os herdeiros, a súmula não vale. Se for para ela, a súmula 
vale. E isso não é antiético, é imoral. Mas é imoral para a professora, 
porque ela já escreveu que a súmula vale. A professora explica que 
a súmula é mais que 1 orientação (ela deve ter escrito isso 
também). Exceto essa súmula 377, que mesmo alguns tribunais não 
acatam. 
Participação final nos aquestos � regime de 2 faces: é 
separação, mas dissolvido o regime ele se transmuda para 
comunhão parcial. 
 A súmula 377 transformou a separação obrigatória em 
participação final dos aquestos. Ela só se aplica nos casos de 
separação obrigatória. 
Súmula: “no regime de separação legal comunicam-se os 
bens adquiridos na constância do casamento.” 
Código Civil a partir do Artigo 1639. 
As disposições gerais são comuns a todos. 
É lícito aos nubentes estipular quanto aos bens o que lhes 
aprouver. 
O regime de bens começa a vigorar desde a data do 
casamento. Para escolher o regime de bens que não o legal, tem que 
se fazer pacto antenupcial (não é pacto antinupcial, que se chama 
celibato). 
Esse pacto tem que ser levado ao registro civil do casamento, 
e para outros registros para dar ciência a todos, ou erga omnes. 
É admissível a alteração do regime de bens mediante 
autorização judicial e pedido motivado de ambos os cônjuges, 
apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os 
direitos de 3ºs. Essa é a grande novidade do Código Civil de 2002. 
Se não houver pacto antenupcial, o regime é o legal. 
Regimes mistos � Artigo 1.640 
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, 
vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. 
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar 
por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-
á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por 
escritura pública, nas demais escolhas. 
Artigo 1641 � separação obrigatória. 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas 
suspensivas da celebração do casamento; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 
12.344, de 2010) 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
Causas suspensivas � poder casar pode, mas se casar o 
regime é o da separação obrigatória. 
Maior de 60 anos (que agora é 70, desde 2010, porque foi 
mudada por lei que não reformou o Código Civil). 
Todos os que dependerem de suprimento judicial. 
1.642 � casos em que os cônjuges poderão livremente fazer 
qualquer que seja o regime de bens. 
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a 
mulher podem livremente: 
I - praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao 
desempenho de sua profissão, com as limitações estabelecida no inciso I do 
art. 1.647; 
II - administrar os bens próprios; 
III - desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou 
alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial; 
IV - demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a 
invalidação do aval, realizados pelo outro cônjuge com infração do disposto 
nos incisos III e IV do art. 1.647; 
V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos 
pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram 
adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato 
por mais de cinco anos; 
VI - praticar todos os atos que não lhes forem vedados expressamente. 
1.643 � outras coisas que os cônjuges podem fazer sem 
autorização do outro. 
Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do 
outro: 
I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica; 
II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas 
possa exigir. 
A justificativa para o fato dos atos jurídicos em geral que 
dependem da outorga do outro cônjuge, inclusive aval e endosso de 
título de crédito, é que isso protege o patrimônio do núcleo familiar, 
mas a professora concorda que isso é muita escravidão. 
As dívidas contraídas para adquirir bobagenzinhas para a 
manutenção da família obrigam solidariamente ambos os cônjuges, 
embora não precise de autorização do outro cônjuge. 
Aquisição de imóvel é necessária outorga do cônjuge 
independente do regime. 
Mas as dívidas têm várias regras, sobre quando o outro 
cônjuge responde, qual o regime que responde, etc. Mas as regras 
quanto à outorga estão todas no Código Civil. 
A partir do 1.653, vem o regramento do pacto antenupcial. 
É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura 
pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento. O período não está 
escrito na lei, mas tem 1 convenção que ele vale por 3 meses. 
Depois vem o regime da comunhão parcial, o legal. Exceções 
do Código Civil não são aquestos. A doação não se comunicará, 
especialmente se for expresso que ela vai com cláusula de 
incomunicabilidade. 
1.660 diz o que entra na comunhão parcial (os aquestos). 
No 1.659 são os que se excluem da comunhão. 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que 
sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos 
artigos seguintes. 
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, 
na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em 
seu lugar; 
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos 
cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; 
III - as obrigações anteriores ao casamento; 
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito 
do casal; 
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; 
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; 
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 
Art. 1.660. Entram na comunhão: 
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, 
ainda que só em nome de um dos cônjuges; 
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de 
trabalho ou despesa anterior; 
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de 
ambos os cônjuges; 
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; 
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, 
percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a 
comunhão. 
Inclusive bens de uso pessoal, livros e instrumentos da 
profissão. O Advogado todos os bens do escritório são dele, 
inclusive a biblioteca, e se a mulher for dentista, a cadeira do 
consultório é dela. Mas se ambos exercem a mesma profissão com 
os mesmos bens é de ambos. 
1.666 � dívidas contraídas por qualquer dos cônjuges para 
a administração de seus bens particulares não obrigam os bens 
comuns. 
O capítulo seguinte fala da comunhão universal, que poucas 
pessoas optam por esse regime. 
O regime da separação de bens já foi explicado. 
24.04.2013 - Cláudia 
O Direito brasileiro prevê a dissolução do casamento pela 
morte de 1 dos cônjuges, pela anulação ou nulidade (inexistência do 
casamento) e pelo divórcio. 
No Artigo 1.571 prevê que se dissolve também pela 
separação judicial. 
O evento morte não resta dúvida, geralmente. 
Anulação ou nulidade � o curintiano volta ao Estado civil 
anterior. 
Divórcio � as pessoas passam a ser divorciadas. 
Separação � as pessoas passam a ser separadas. 
Em 2007, a Lei 11.541 permitiuque separação, divórcios e 
inventários quando não houver interesse de incapazes, podem ser 
ajustados por escritura pública. 
Nesse ano passou-se a ter, então, a separação, divórcio e 
inventário judicial e extrajudicial. 
O divórcio era concedido de 2 formas � ou porque as 
pessoas estivessem separadas de fato há mais de 2 anos (com 
produção de prova nesse sentido). Era-lhes dado o chamado 
divórcio direto. 
Também era concedido o divórcio 1 ano após o trânsito em 
julgado da sentença que concedesse a separação ou da lavratura da 
escritura de separação extrajudicial. 
A separação termina a sociedade conjugal, não há mais 
regime de bens nem dever de fidelidade e coabitação. No divórcio 
dissolve o vínculo matrimonial, e as pessoas podem contrair novo 
matrimônio. 
Resta preclaro que, a princípio, se não fosse separação de 
fato por mais de 2 anos os brasileiros tinham que se separarr para 
depois divorciar. Essa separação é equivalente ao chamado 
desquite antes de 1977, quando surgiu a lei 6.515, que alterou o 
nome desquite para separação. Essa lei, além de ser de registros 
públicos, é a lei do divórcio. 
O brasileiro se separa e depois se divorcia, ou se separa de 
fato por 2 anos e depois se divorcia. 
Para provar a separação de fato era preciso testemunhas. 
Mas depois houve a flexibilização e as testemunhas poderiam fazer 
1 declaração escrita. 
A separação sempre houve, mas na antiguidade era repúdio 
à mulher. Inclusive no Direito romano. Neste também havia 1 
separação consensual, mas era 1 divórcio, porque as pessoas 
rompiam o relacionamento e não precisava de nenhuma 
reafirmação posterior. 
Mas, até hoje há grande influência da Igreja, que diz que o 
sacramento é indissolúvel. O Braseeel tinha a figura do desquite, 
que não rompia o vínculo. Mas com o clamor da população pela 
vinda do divórcio, porque havia muitas pessoas vivendo em 
concubinato, que não tinham qualquer Direito. E as pessoas 
queriam casar de novo. 
E hoje, a separação se dá por acordo, simples e tranqüilo. O 
extrajudicial, sem interesse de menor e incapaz, os cônjuges 
avençavam a separação, dizendo quando se casaram e quando iriam 
se separar. Porque até então as pessoas só podiam se separar após 
1 ano de casado. E como faziam os casais casados há menos de 1 
ano? A jurisprudência criou 1 figura chamada separação de corpos 
consensual. A separação de corpos estava prevista ccomo ação 
cautelar, que pressupõe a ação principal (separação ou divórcio). 
Mas foi criada essa exceção, que rompiam os deveres e regimes de 
bens antes do 1º ano. E, após 1 ano, promoviam a separação 
consensual. 
Para separação litigiosa, podia ser no dia seguinte ao do 
casamento. 
A separação judicial era quando havia interesse de menor ou 
incapaz, com oitiva do Ministério Público. Mas haviam pessoas que 
não tinham interesse de menores ou incapazes que se valiam da 
separação judicial para manter o segredo, que não existia na 
escritura pública, em que era exposto todos os ajustes da separação, 
inclusive patrimoniais. E as pessoas não queriam expor isso ao 
público. 
Se houvesse interesse de menor ou incapaz a única exigência 
para separação consensual era o acordo sobre a guarda e visita dos 
filhos. 
O Braseeel começou a esquecer que isso era obrigatório, 
embora estivesse no Código de Processo Civil, por isso teve que vir 
outra lei dizendo isso. Porque o legislador sabiam o quanto é 
nefasto que os adultos resolvam suas vidas e as crianças fiquem 
sujeitas às intempéries. 
A maior parte das questões sobre guarda são pura vingança 
e mau-humor. 
O Ministério Público, que precisa se manifestar, aproveitava 
e mandava ajustar os alimentos. Porque o Ministério Público quer 
que os menores sofram o menor impacto possível da separação. 
Nas separações e divórcios consensuais é obrigatório que o 
Ministério Público concorde com o ajuste e, quando não se ajustava 
como o Ministério Público queria ele não concordava e, ainda que o 
juiz homologasse, ele iria recorrer. E as pessoas tinham a tendência 
de aceitar o que o Ministério Público quisesse, porque queriam 
romper o casamento. 
Separação litigiosa � dura, sofrida, mais que vazia. Poderia 
ocorrer caso 1 dos cônjuges provasse estar separado de fato há 
mais de 1 ano, e essa separação era julgada procedente, por conta 
só do lapso temporal. Essa separação litigiosa também poderia 
ocorrer quando houvesse doença mental grave que viesse após o 
casamento por mais de 2 anos, de cura improvável e que 
mantivesse insuportável a convivência. Mas tinha 1 sanção: ao 
cônjuge enfermo cabia os bens trazidos por ele ao casamento. Ou 
seja, comunicados no casamento. Ou seja: a partir do momento que 
se casam algum patrimônio sempre se comunica, salvo no regime 
de separação de bens convencional ou obrigatória. Mas o que o 
curintiano traz para o casamento só se comunica na comunhão 
universal. Por isso essa sanção só servia para a comunhão 
universal. Essa sanção era para proteger o cônjuge enfermo. Mas 
tem coisas que só o brasileiro faz: o curintiano que tem 1 mulher 
enferma, entrega para a mãe, enfermeira, etc., e não busca se 
separar, e a mulher cuida do marido, salvo se seja algo super 
complicado. Nem sempre as pessoas se separam nesses casos. 
E havia também separação judicial por causa culposa. No 
Código Civil de 1916, as pessoas só podiam se separar, se não fosse 
por acordo, por motivos previstos no código. E incompatibilidade 
de gênios não era causa prevista no código. E, então as pessoas 
tinham de trazer 1 causa culposa para conseguir se separar, se não 
houvesse acordo as pessoas penavam. 
No Código Civil de 2002, o legislador ficou mais esperto e, 
após prever as causas de separação culposa, criou 1 § único dizendo 
que o juiz pode decretar a separação por reconhecer que cessou a 
comunhão plena de vida, caso não houvesse outros motivos. 
Motivos: adultério, que não se sabe hoje mais o que é, porque não é 
mais crime, porque quando era crime era só relação vaginal pega 
em flagrante. E quando a pessoa imputa prática criminosa e não 
prova é injúria. E injúria também era causa de dissolução de 
casamento. E era comum o réu da separação litigiosa reconvir e 
pedir a separação judicial por calúnia. E, por muito tempo essas 
reconvenções foram julgadas procedentes. 
Mas, após o adultério ser descriminalizado, não se tem mais 
definição sobre o que é adultério. Transar, beijar, flertar, teclar na 
net, dreamcam, é adultério? Diante da ausência de definição, 1 
autor fala que é quase adultério. 
Injúria grave era outra causa. Tentativa de morte (dolosa). 
Sevícia (agressão física de qualquer sorte). Como prova a sevícia? O 
Braseeel gosta de boletim de ocorrência, portanto, lavra-lho e faz-se 
o exame de corpo de delito. E o Braseeel gosta e a lei aceita isso, 
embora não seja prova de nada. E hoje, por mais sério, isso vale 
para lei Maria da penha, que funciona muito, e inclusive no Direito 
de família, onde se usa essa lei por analogia, e o juízo de família 
pode pleitear toda proteção prevista na Lei Maria da Penha. 
O brasileiro era louco para ser igual ao americano, que tinha 
distância para o outro ficar, como nos filmes. E agora tem. E o juiz 
gosta de 300 m, e sempre dá 300 m a professora não sabe por que, 
além de proibição de contato na net, no telefone, etc. 
Alguns juízes aplicam a lei Maria da Penha para o homem, 
mas há discussão sobre isso. A professora acha que não se pode 
aplicar analogia no Direito Penal, mas na lei Maria da Penha pode. 
Porque o intuito é evitar a lesão. 
Em Direito de família muitas vezes o óbito chega antes da 
separação. 
É combustão: dinheiro, raiva, ódio, desprezo, como não 
tomar medida drástica? Matar é extremamente fácil: 1 frigideira 
pode matar, principalmente se cheia de óleo quente. 
Como se pode prevenir isso? Por meio da cautelar de 
separação de corpos. Pode ser requerida por meio de ação cautelar 
preparatório de divórcio ou separação, ou como antecipação de 
tutela no procedimentoordinário de separação, divórcio ou União 
estável. 
Essa é a forma de o judiciário evitar que pessoas que não 
podem conviver fiquem no mesmo teto. 
Injúria grave � todo e qualquer ato, palavra ou ação que 
diminua a autoestima do cônjuge. Inclusive desprezo, maus-tratos à 
família, etc. 
Conduta desrespeitosa � a doutrina separa da injúria grave 
dizendo que é vício: drogas, bebidas. 
Abandono do lar conjugal por mais de 1 ano � 
Usucapião por abandono de lar � ao que permanece no 
imóvel, de 180 m², essa pessoa pode pleitear a usucapião do imóvel. 
Isso é 1 perigo: 2 pessoas que vivam juntas, sejam casadas ou União 
estável, quando decidem que vão se separar, e se decidem de forma 
raivosa, alguém sai de casa, o que é comum no nosso país: ficam a 
mãe e os filhos, e saem os pais. E nos homoafetivos sai o que não 
fica Com OS filhos. Essa pessoa sai, é afastada de casa por 
determinação judicial, por separação de corpos, etc. E o julgador o 
coloca para fora tendo em vista o perigo da demora e a fumaça do 
bom Direito. A é retirado do lar conjugal e começa o franco litígio 
entre as pessoas: culpa, pensão, guarda dos filhos, e as pessoas se 
esquecem do imóvel. O que começa a acontecer? Arbitramento de 
aluguel, porque o Código Civil proíbe o enriquecimento sem causa. 
E algumas pessoas já pedem o arbitramento do aluguel. 
Simplesmente o que fica se utiliza de parte do imóvel do que saiu 
sem pagar, o que é enriquecimento sem causa. 
O prazo da usucapião conjugal é de 2 anos do abandono do 
lar. A professora tem medo da usucapião, mas a forma de se 
proteger disso é o arbitramento do aluguel. 
O que deu ensejo a essa mudança é que por muito tempo se 
entendia que o casal estava numa situação de mancomunhão. 
Ninguém sabe qual a real proporção da fração ideal do imóvel. Pode 
ter 1 parte de herança que A usou para comprar o imóvel. 
Condenar A a pagar 50% do valor de aluguel não parecia correto, e 
os tribunais não davam porque suspeitavam de mancomunhão, 
porque não se sabia quanto pertencia a cada qual. Até que o 
Superior Tribunal de Justiça pôs ordem no galinheiro e disse que 
tinha que arbitrar o aluguel. 
Artigo da usucapião: Artigo 1.240-A. 
Não são 180 m², mas 250 m?, muitas mansões têm essa 
metragem, portanto, não é para proteger habitação popular. 
O que fazem as pessoas hoje? Arbitramento de aluguel, 
reintegração de posse, etc. Para fugir da usucapião do imóvel. 
Sob a égide do código de 1916, tinha que provar culpa se não 
houvesse acordo. 
Em 2002, o Código Civil traz as mesmas causas, mas o juiz, se 
não as encontrasse, poderia decretar a separação mesmo assim. 
Portanto, não se precisava mais comprovar a culpa, bastava alegar 
que não gostava da pessoa, porque ela come de boca aberta, etc. E a 
outra, na contestação, dizia que também queria se separar porque a 
outra não tomava banho. Assim, o juiz percebe que a comunhão 
plena de vida já se rompeu. Não precisa de culpa. 
Mas mesmo assim, quando os curintianos queriam discutir 
culpa, os juízes diziam que era culpa recíproca. Hoje já se pode 
pedir separação por desamor, por incompatibilidade de gênios. 
Não precisa mais ter medo que o outro alegue culpa, etc. Mas 
ainda assim, por medo, continuou a se discutir culpa na separação 
litigiosa. A única questão era que até 2003 (antigo Código Civil), o 
cônjuge culpado não recebia alimentos. A partir de 2003, o culpado 
também recebe alimentos. Se ele não tiver parentes, não puder se 
manter pelo seu próprio trabalho e não tiver patrimônio, ele pode 
ser pensionado pelo inocente. Mas é só o valor necessário à sua 
subsistência. E quem decide de quanto estamo$$$ falando é o 
julgador. Porque o código é de cláusulas abertas. 
Mas os juízes começavam a considerar aos culpados apenas 
a subsistência. 
Já o inocente tem o Direito de ver o seu padrão de vida 
mantido. Só que não. Embora esteja no Código Civil, ninguém mais 
aplica, porque com a separação sempre cairá o padrão. Mas alguns 
ainda aplicam, embora o poder judiciário tente tirar essa história de 
pensão para o cônjuge, porque acredita que cada 1 tem que viver do 
próprio trabalho. 
Por isso as pessoas adoram discutir a culpa, etc. etc. 
Praticou injúria grave: tenta-se provar tudo, com cartão de 
crédito, etc. foi na pizzaria que era casa de prostituição, passou na 
farmácia, foi no motel, e ainda pediu nota fiscal paulista, etc. Não é 
adultério, mas é injúria grave. Como é fácil provar isso: as amigas 
vão testemunhar, dizer que ela chorou, sofreu, etc. E os amigos dele 
vão dizer que foram eles que pediram emprestado o cartão de 
crédito, etc.etc. 
E, para evitar tudo isso, os juízes julgam o feito no Estado, 
julgando desnecessária a culpa. Mas isso ainda era muito novo, o 
Tribunal de Justiça anulava a sentença e mandava o juiz julgar a 
culpa. Mas o Braseeel começa a ver que isso não precisa ser 
discutido. 
Mas continuou-se a ser discutido por causa dos alimentos, de 
eventuais danos morais, etc. 
E viu-se que, em 2010 ainda tinha pessoas se separando para 
depois divorciar. E veio 1 emenda em 2010 e disse que o casamento 
civil poderia ser dissolvido só pelo divórcio. 
Agora não precisa mais se separar, esperar 1 ano, se separar 
de fato, esperar 2 anos, etc. é partir pro divórcio direto, 
independente do tempo de casados. 
Pensão de cônjuge é delicado, mas se imaginar que existem 
mulheres que compram 3 bolsas de 40 mil reais cada, só de bolsa 
ela gasta 120 k. Não se tem conhecimento de homens que tenham 
gastos fúteis, por isso as pensões dos homens são mirradas. 
Prova ilícita: extrato bancário conseguido com o uso da 
senha do outro cônjuge: o judiciário faz vista grossa, porque 
geralmente o juiz abre as contas de todo mundo. 
A Emenda Constitucional disse que pode divorciar. Há 
vedação à separação? Mas os doutrinadores disseram que acabou a 
separação, porque ela não tem mais função social, ninguém mais 
precisa passar por isso. Nós estamos falando de norma superior, 
não tem mais que se falar em separação, o Código Civil ficou 
obsoleto. Outros dizem que a separação continua presente no 
ordenamento porque não há nada expresso dizendo ser proibido se 
separar. 
O que faz o judiciário? Começa a tomar decisões repetidas 
dizendo que a separação acabou. São poucas as decisões que dizem 
que ainda há separação. Só no Rio Grande do Sul. 
A fundamentação da professora: por que alguém preferiria 
se separar a se divorciar? As pessoas não se amam mais, mas não 
têm certeza. A separação é reversível. O divórcio, se divorciou tem 
que se casar de novo. Mas o casamento é simples. Mas o casal só 
quer “dar 1 tempo”. Ninguém pode impedir que o casal só se separe. 
E eles podem dar o seu tempo, não precisam mais ser fiéis, não se 
comunicam mais os bens, e, se eles enjoarem da vida de solteiro, 
voltam a se casar. 
Alguém pode querer se separar por ser religioso e não quer 
ser divorciado. 
Tem as questões mais ridículas: os brasileiros após os 70 
tem que se casar pela separação obrigatória de bens, em que o 
cônjuge não é herdeiro. Esse cônjuge, que tem 68 anos, pede o 
divórcio. O outro não quer divorciar e contesta. E ganha tempo até o 
outro fazer 70, porque só vai poder casar outra vez pela separação 
obrigatória, e os filhos não vão dividir a herança com ninguém. 
Ainda existem tabeliães que lavram escritura de separação, 
existem juízes que homologam separação. 
Existem juízes que mandam processar por separação porque 
o casal quer discutir culpa. 
Mas não precisa. 
Pode discutir culpa no divórcio? Antes não podia. Porque 
para isso tinha a separação. 
Mas a professora quer discutir culpa no divórcio. Para o 
Advogado a vontade é do freguês, mas depende do julgador, se ele 
deixar, pode. E o tribunal? Depende, tem 10 câmaras, e pode ser que 
alguma permita discutir culpa. Atualmente não tem. Mas pode ser 
que tenha. 
Se não é requisito para a dissolução, vai discutir para que? 
Mas tem alimentos... discute a culpa nos alimentos. 
Tem indenização... discutea culpa na indenizatória. 
Para a professora isso não é bom, não atende à celeridade. 
"For example": o curintiano quer o divórcio. O outro 
contesta, porque ama, não sabe viver sem, etc. ou deduz pleito 
convencional e pede indenização, e o escambau. O procedimento 
ordinário, nas ações de família, o réu é citado e intimado para 
audiência de tentativa de conciliação, e o prazo da contestação é 
depois da conciliação. 
E tem a réplica, a contestação da reconvenção. Mas o juiz fixa 
nova audiência para fixar pontos controvertidos, para tentar 
novamente converter em divórcio. O ponto controvertido é o 
divórcio. Ele dá a sentença, decretando o divórcio. Mas não acabou,, 
tem a apelação, embargos de declaração, agravo de instrumento, 
tudo com efeito suspensivo. Vai para o tribunal, que está 
assoberbado. E entra na fila. E o juiz manda dizer se tem interesse 
na conciliação. Vai para a conciliação, não tem acordo. Quem apelou 
perde. Mas tem embargos de declaração etc. E, ainda assim, tem que 
voltar para a origem para expedir o mandado de averbação. 
Portanto, "non ecziste" divórcio direto, salvo se por acordo. 
Então a professora diz que a solução é a antecipação da 
tutela dando o divórcio, e depois discute a culpa, etc.etc. 
A professora teve 1 separação que o julgador deixou discutir 
culpa, e houve perícia e a perícia percebeu que a mulher tinha 
ficado meio tantan pelos fatos ocorridos, e o juiz deu indenização de 
200 mil, mas deu o divórcio só no final. 
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não concordou de tirar 
da resolução 35, que explicava como fazer a separação, divórcio e 
separação extrajudicial, regulamentando a lei, ele não quis tirar as 
previsões de separação após a emenda de 2010. E até hoje não foi 
tirado. 
O que a professora acha é que se tem que tirar da cabeça as 
pessoas o ranço de que não precisa de culpa para tirar alguém do 
casamento. 
Mas se não tem culpa e não precisa discutir, há a dúvida 
sobre se ainda há dever no casamento. Todo dever tem 1 sanção. O 
curintiano é infiel. O outro quer indenização. É quase impossível 
conseguir indenização no Direito de família, porque o rompimento 
qualquer que seja traz dor, ouvir que a pessoa não ama mais, mas 
por isso não quer dizer que gera indenização. 
Lógico que a indenização é cabível quando há casos 
horrorosos, sofríveis, que fazem corar até a pessoa mais liberal, etc. 
em que caberia a indenização. 
Mas para dissolver não precisa mais de culpa. E 1 3º saber de 
quem é a culpa é complicado. 
Quando se tem a discussão de culpa é muito difícil. 
Sobre a opinião sobre discutir culpa tem opinião para todos 
os gostos. Todo mundo pede o que acha que tem Direito. 
A única certeza é que não tem divórcio automático, salvo se 
por acordo. 
O dogma brasileiro é que criança fica com a mãe que sempre 
é santa acima de qualquer suspeita. 
E tem aquela decisão padrão de visitas, etc. e o juiz acha que 
deu sentença. 
Mas não foi feita a perícia que a parte pediu, para comprovar 
a necessidade de ficar mais com os filhos. O curintiano alega que 
quer pegar os filhos vários dias da semana, mora perto, tem 
condição, etc. Subiu para o tribunal, senta espera e chora. E o 
tribunal vai anular a sentença e manda fazer a perícia. 
E se a pessoa pedir alimentos dentro do próprio divórcio? 
Alimentos tem lei própria, que só 1 juiz seguia à risca: a pessoa 
ingressa com pedido de alimentos, é fixado sempre provisórios, o 
réu é citado e intimado, vem na audiência, apresenta contestação 
oral, réplica oral, etc.etc. e sentença oral. Mas tem muitas 
diligências, perícia, quebra de sigilo bancário, etc. 
Isso porque tem 1 dogma que a prova documental tem que 
ser produzida antes da oral, mas a professora acha que é dogma. 
Testemunha do pedinte sempre vai dizer que ele é pobre, 
etc. e a do outro sempre vai dizer que o alimentante é que é pobre. 
Portanto não precisa de prova oral. 
Salvo aquele curintiano que esconde de todos os meios seus 
bens, usa tudo de todos os parentes, vive de doações e 
empréstimos, etc. não tem nada declarado nem no seu nome. 
Nesses casos, que existem, precisa de prova testemunhal. 
Alimentos no divórcio é discussão para eternizar o divórcio. 
Discussão de nome é de chorar: quando se adota o 
sobrenome de outro, o sobrenome passa a ser da pessoa. A culpa 
retira o sobrenome? Mas não se discute culpa. Vai entrar com ação 
declaratória para provar que houve ofensa, etc. Mas a lei diz que 
quando causa gravame não pode perder o Direito ao sobrenome. Se 
os filhos com a perda do sobrenome de 1 dos pais sofrerem 
diferenciação, ou perder a própria identidade, quando ficou por 
muito tempo com o sobrenome. 
O Direito de família não é pequeno, não é comezinho, é o 
Direito da base da sociedade, que é a família. Ninguém vive sozinho, 
sempre tem alguém em quem se afeiçoa, as pessoas procuram 
ninhos, todo mundo tem família e a professora garante que os 
litígios de família marcam para toda vida. 
A professora fez 1 reunião com 1 jovem saído desta Casa, e 
ele perguntou se ela sabia quem ele era. Quando ele tinha 9 anos os 
pais dele brigaram por pensão. E a mãe dele 1 dia se irritou, enfiou 
os 3 no carro, veio ao fórum e disse ao promotor que iria entregar 
os 3 no prédio do pai. E o fez. E foi embora, e virou as costas. Mas 
depois houve acordo, e ela ficou com as crianças. 
Mas o filho disse que nunca antes na história deste País 
esqueceu, porque a mãe dela era meio galinha. Mas eles se sentiram 
estranhos na casa do pai, porque tinha a outra. E por isso ele foi 
fazer Direito de família. 
Não se quer pessoas loucas e violentas, por isso o psicológico 
tem que ser tutelado. Mas o Direito de família também tem efeitos 
patrimoniais. 
A curintiana ficou na casa, de 250 m², ele pediu arbitramento 
de aluguel, o Gavião não dá aluguel. E o curintiano não conseguiu. 
Deu o prazo da usucapião, e ela não conseguiu. Mas o IPTU da casa 
era alto. A pensão ou ela sustenta as crianças ou paga IPTU. Ela para 
de pagar o IPTU e o condomínio, que são obrigações propter rem. 
Vem a execução fiscal e a penhora da casa. E eles vão perder a casa 
ou pelo IPTU ou pelo condomínio. 
Ou a casa está financiada e o curintiano para de pagar, e 
todos perdem a casa. 
Uns param de pagar o INSS do outro. Tudo por birra. E o 
outro esquece e perde a qualidade de segurado e a aposentadoria. 
Tem pessoas que perdem bairros inteiros por litígio de 
família. 
Quem tem patrimônio vultoso discute Direito de família e 
societário. O juiz manda fazer perícia e descobre caixa 2, 3, etc. 
contas no exterior, evasão de divisas (flagrante permanente) a 
mulher, como sói, bota a boca no trombone, e vão todos para o 
buraco juntos. 
O Direito de família é muito importante. 
E o amor mata, como o Pimenta Neves matou. E teve outro 
Advogado que sufocou a mulher. Outro caso que a professora 
conhece que o casal estava casado há 40 anos. E ele pegou o 
martelo, e ela conseguiu tirar o martelo, ele pegou o grifo, e ela 
tirou o grifo e conseguiu fugir. E ele se jogou da janela e morreu. 
A Luma saiu com 10 ou 12 mi da separação � passar a faca 
no patrimônio é ruim, sobretudo para o homem, que acha que ele é 
que trabalhou, enquanto a mulher só gastava. E por que ele não 
elegeu o regime da separação total de bens? Ou não exigiu que ela 
fosse trabalhar. 
As pessoas às vezes necessitam do capital para fazer 1 série 
de coisas. 
No novo código o cônjuge não entra mais na empresa 
limitada. 
E as pessoas que se valem do Direito de família para fazer 
fraude: dividem o patrimônio e fica tudo para 1, e o outro, 
endividado, alega que não tem mais nada. 
Hoje os casais brigam até por milhas de passagens aéreas. 
Os clubes dizem que quando há divórcio só o titular fica. Vai 
fazer outro título? 
Plano de previdência é o inferno. Até pode resgatar. Mas 
quem vai pagar o imposto? 
Existe 1 entendimento de que o plano de previdência não é 
partilhável, mas isso é muito perigoso, porque é dinheiro do casal.AS questões só se complicam. 
IBDfam � órgão mais responsável pela emenda que extinguiu 
a separação da Constituição da República. 
O monitor mandará os acórdãos de interesse e artigos pelo 
e-groups. 
 
Grandes controvérsias: 
Há separação judicial ainda? 
Pode-se discutir culpa no divórcio? 
Antigamente mesmo quando não se queria alimentos nem 
indenização, se discutia culpa apenas para lavar a alma. Hoje se não 
tiver motivo o juiz julga no Estado e manda a culpa às favas. Se 
houver pedido de alimentos ou indenização, o mais sensato é 
decretar o divórcio liminarmente. 
Linha do Tribunal de Justiça de São Paulo � não pode mais 
julgar o recurso por separação, porque não tem mais separação. Ou 
julga carência por perda de objeto ou converte de ofício em 
divórcio. Ainda que o juiz tenha julgado que a separação não tinha 
sido extinta. 
O Tribunal de Justiça diz que a Emenda Constitucional se 
aplica inclusive aos processos em curso. A questão da culpa segue 
no mesmo caminho. 
Mas o juiz cível geralmente só vai achar que o adultério gera 
dano quando for público, enquanto o juiz de família poderia 
considerar que 1 adultério oculto gera dano moral. Por isso o 
professor acha que poderia manter no juízo de família, embora a 
maioria do Tribunal de Justiça não ache mais isso. 
E todos os tribunais estão indo nessa linha, menos o do Rio 
Grande do Sul, que considera que pode discutir culpa e que ainda 
existe a separação. 
Com o fim da separação judicial a separação de fato pode 
ganhar importância. O casal que não quer se divorciar vai 
simplesmente se separar de fato, e essa separação será 
judicialmente tutelada. E tem que se provar a separação de fato, 
porque ela põe fim à sociedade conjugal, tal qual a separação 
judicial. Mas a prova da separação de fato é dificílima. 
Principalmente quando 1 não quer se separar. 
Por isso se pensa na medida cautelar de separação de 
corpos. Porque, ainda que ela seja extinta pela não propositura da 
ação principal, ela pode servir como meio de prova para depois 
provar que houve separação de fato. 
15.05.2013 - Giselda 
União estável 
Década de 30 � começa movimento nos tribunais que 
começaram a dar crédito às famílias em regime de concubinato, 
constatando que eles não são invisíveis, assim, passaram a conceder 
direitos à mulher, na esmagadoríssima maioria, porque elas é que 
iam a juízo demandar partilha de patrimônio em razão do esforço 
comum. Mas esse esforço precisava ser demonstrado, o que era 
difícil, porque elas não trabalhavam fora, não tinham economia 
própria. A situação da mulher permanecer no lar era entendido 
como esforço comum, porque dava melhores condições a seu 
concubino se desenvolver economicamente. 
Mas não era metade, eram percentuais sempre abaixo de 
50%. Mas já era 1 caminho. Esses julgados precisavam de 1 
fundamentação, porque não tinha regra legal. Por isso a saída era 
considerar aquele relacionamento como 1 sociedade de fato, como 
qualquer outra sociedade, do Direito Civil ou comercial. 
Sob esse fundamento, e com a prova do esforço comum, as 
decisões passaram a ser favoráveis à partilha. 
Mas havia situações em que o esforço comum não podia ser 
provado.. E, nesse caso, os tribunais arrumaram outro fundamento, 
porque a sociedade de fato exigia esforço comum: indenização por 
serviços domésticos prestados. 
Mas a sociedade não gostava de mulheres que não fossem 
casadas, ou que vivessem com maridos impedidos de se casar 
novamente. 
Em 1932 as mulheres conseguiram o Direito de votar, 
porque antes elas eram semicapazes, não tinham capacidade plena 
antes disso. 
Pela voz da jurisprudência as coisas foram se construindo e 
os direitos foram sendo dados jurisprudencialmente. 
Mas o assunto foi ganhando força, a sociedade foi se 
modificando, e na década de 60 foram produzidas 2 súmulas do 
Supremo Tribunal Federal: 380 e 382: essas súmulas eram alta 
expressão de vanguarda nos direitos das mulheres, a professora 
trabalhou muito com essas súmulas. Súmula 380: “Comprovada a 
existência de sociedade de fato entre os concubinos é cabível a sua 
dissolução judicial com a partilha do patrimônio adquirido pelo 
esforço comum.” Súmula 382: “A vida em comum sob o mesmo teto 
more uxório não é indispensável à caracterização do concubinato.” 
Na década de 70, no ano de 1977, veio à luz a lei do divórcio. 
E as pessoas que viviam em concubinato e não podiam se casar 
porque já eram casadas, a situação mudou. Mas não teve corrida ao 
divórcio, como alguns pensaram. Para quem interessava o divórcio, 
apenas, é que se divorciaram. Outras que já estavam para divorciar 
se divorciaram. 
Mas essa lei ajudou na questão da União estável, porque 
tirou o peso da relação concubinária. 
E, em 1988, veio o Artigo 226 § 3º, que reconheceu a União 
estável como entidade familiar, protegida pelo Estado assim como o 
casamento. 
Essa constituição, chamada de constituição coragem, fez jus 
a esse apelido com esse Artigo. É como 1 divisor de águas. Tirou de 
debaixo do tapete as famílias que não eram casadas. 
Na década de 90 foram publicadas 2 leis excelentes para 
regulamentar os direitos e deveres das pessoas que viviam em 
União estável: elas traziam regras a respeito de alimentos, de 
sucessão, quais os direitos e deveres recíprocos desses 
companheiros, o Direito real de habitação, e fixou a competência da 
vara de família para esses casos. Leis: 8.971/94 e 9.278/96. 
Na mudança do século, foi muito importante a aprovação do 
novo Código Civil em 2002. Esse Código Civil começou a ser feito 
em 1969, 1 época ainda retrógrada. 
Quando foi feito em 2002, eles só tinham o casamento 
porque era a regra de 1969, e eles correram enfiar a União estável 
no Código Civil no Direito de família e das sucessões, tudo 
esculhambado, tudo na base do recorta e cola. 
A União estável dentro do Direito de família não ganhou o 
mesmo lócus de entidade familiar constitucionalmente reconhecida 
no Código Civil que o casamento. O Direito de famíia é dividido em 2 
grandes campos: as relações pessoais e as patrimoniais. A União 
estável figura mais nas relações patrimoniais e o casamento figura 
mais nas relações pessoais. O legislador manteve o preconceito 
quanto à União estável. 
O que o Código Civil fez é crítica registrada por todos os 
doutrinadores do Direito de família. Ele caminhou 20 anos para 
trás. Do jeito que ele regulamentou a relação advinda da União 
estável ele foi para trás das leis da década de 90, conquistadas no 
suor. Nesse assunto o Código Civil é anacrônico, mas são regras em 
vigor e são elas que são aplicadas. 
Quanto à denominação que se dá às pessoas, a melhor é 
companheiros. Também existe a expressão conviventes. Mas tem se 
dado preferência à expressão companheiros. Estado civil: outros. 
Mas o correto teria que ser companheiro de União estável, que é 
Estado civil único. A professora não pode escrever divorciada, 
embora esteja, porque ela vive em União estável, e o último Estado 
civil é absoluto. 
Requisitos da União estável: a Constituição da República diz 
homem e mulher, mas o poder judiciário já consagrou que as 
pessoas do mesmo sexo, que se relacionam com esses requisitos 
também vivem em União estável: são extraídos tanto da 
Constituição da República quanto do Artigo 1.723 do Código Civil. 
 � tem que haver 1 relação afetiva, que não seja apenas de 
amizade. Namoro � quando se converte em União estável? Isso 
"non ecziste". O que diferencia? Hoje em dia pouca coisa, porque as 
circunstâncias do namoro, com conotação afetiva e sexual são 
bastante aproximada da União estável. Mas os advogados se 
aproveitaram dessa zona cinzenta e começaram a fazer contratos 
de namoro, que não servem para coisa nenhuma, porque a União 
estável é 1 situação fática, que não se pode afastar por contrato. O 
namoro passa a ser União estável normalmente quando aquele 
casal de namorados: os filhos da professora sempre levaram as 
namoradas para a casa da professora. Mas belo dia 1deles resolveu 
alugar 1 apto. com a namorada, mas ia lá só no fim de semana, 
durante a semana ficava com a mãe. Depois passou a ir também na 
4ª feira. Se a União estável é 1 situação de fato, ela tem que ser 
sentida como União estável. A professora percebeu que estava 
deixando de virar namoro para ser União estável. Não tem 1 tabela 
Excel para dizer quando começa a União estável. 
Prova da União estável � por testemunhas. Eles se tratam 
como se casados fossem, eles têm a posse do Estado de casado. 
Inscrição como dependente, como beneficiária do plano de saúde, 
fotografias em situação de convivência prolongada. Mas pode 
acontecer que 1 união estável não tenha prova nenhuma. Mas a 
convivência sob o mesmo teto não é requisito indispensável para a 
União estável. 
A professora faz prova da União estável dela com facilidade, 
porque tem vários amigos que podem e sabem testemunhar a União 
estável dela. 
Como afastar a União estável sem casar com separação de 
bens: 
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, 
aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão 
parcial de bens. 
Esse contrato de separação total de bens ou de outra forma, 
será igualzinho a 1 regime de casamento. 
O regime da separação obrigatória de bens não vai para a 
União estável. Essa regra para o casamento é restritiva de direitos, e 
regras restritivas de direitos não se aplicam por analogia. Isso é 
princípio geral do Direito, e não está em lei nenhuma. Assim como a 
boa-fé e outros. 
Continuando os requisitos da União estável: 
As pessoas que se encontrarem em União estável estarão 
desse jeito se seu objetivo for a constituição de família. Constituição 
de família não requer prole, filhos não é requisito para constituição 
de família. Ainda que não tenha prole é família. Ou seja, o mesmo 
requisito do casamento. 
Outro aspecto: a convivência pública. Os que vivem se 
encontrando escondidos o Direito não dá proteção. As pessoas 
devem saber, o casal vai junto aos lugares, como se fossem marido e 
mulher. A convivência pública tem que ser contínua e duradoura. 
Esse duradoura não tem período. Não tem marca temporal para 
iniciar-se a União estável. Quem faz 1 contrato de convivência 
costuma marcar a data pretérita ou futura, e isso fica marcado no 
contrato, que corresponde ao pacto antenupcial do casamento. 
A professora aconselha registrar o contrato, embora não seja 
necessário. Porque levar a registro dará a comunicação patrimonial 
operando erga omnes. 
A lei de 1994 é que colocava 5 anos para converter em União 
estável, mas a lei de 1996 não tem prazo. Começou a discussão 
sobre se tinha prazo, até que se consolidou que não tem prazo. O 
Código Civil não botou prazo nenhum. E as leis de 1994 e 1996 não 
foram revogadas expressamente pelo Código Civil, mas hoje está 
mais poderosa a corrente que diz que essas 2 leis foram 
completamente revogadas pelo Código Civil. Mas tem 1 corrente 
menor que acha que elas foram revogadas parcialmente, inclusive a 
professora, mas essa corrente é minoritária. 
Na Constituição da República não é requisito, mas na 
finalização do § 3º está escrito que a lei deve facilitar a conversão 
da União estável em casamento. Mas isso é feio para 1 legislador 
constitucional fazer. Mas a professora sabe por que tem essa 
bobagem: porque isso foi 1 exigência dos que eram contra o 
reconhecimento constitucional da União estável como entidade 
familiar, mas conseguiram colocar isso, para deixar 1 ranço de 
preconceito. 
E o pior é que a lei não ajuda nada. Em outras capitais 
brasileiras, como o Recife, tem caso concreto acontecendo nesse 
instante a respeito de 1 casal que viveu em União estável que 
decidiram operar a conversão em casamento, e a tabeliã local se 
recusou a fazer isso. Ela diz que só celebra casamentos, que é mais 
fácil. Mas esse casal, como tem 1 filha, e o companheiro masculino 
não era qualquer pessoa, por isso não quis habilitar seu casamento, 
porque era professor titular de Direito Civil da UFAL e da UFPE. E a 
mulher dele também é advogada, e eles foram no juiz corregedor, e 
afinal de contas conseguiram. 
E foi a 1ª vez que a professora recebeu 1 convite para 
comemoração da conversão de União estável em casamento. 
Para as pessoas mais simples faz diferença econômica 
porque converter é mais barato que casar. 
O casamento não tem lugar privilegiado, está em 
equiparação à União estável. Há diferença entre a situação entre os 
que casaram e os que converteram? Nenhuma. Todas as regras do 
casamento valem para os convertidos também. 
Entre União estável e casamento não tem diferença na base. 
Mas não são sinônimos. Cada 1 tem o seu regime jurídico próprio 
com regras próprias. O modo de ser de 1 e de outro são diferentes. 
"For example": na União estável os companheiros não podem 
adotar o patronímico 1 do outro. No casamento pode. Também não 
há o regime de separação obrigatório. As demais diferenças entre 
União estável e casamento estão no Direito sucessório, que fica para 
o próximo semestre. Mas a professora adianta que tudo é ranço e 
preconceito. 
Coisa importante � o impedimento para casar não é 
impedimento para viver em União estável desde que aquele 
casamento que provoca o impedimento seja simplesmente 
cartorial. Ou seja, "non ecziste" nem afeto nem sexo. Isso se chama, 
para o Direito, separação de fato. Mas não podem converter para 
casamento por causa do impedimento matrimonial. 
Se for 1 convivência prolongada com o cônjuge casado com 
outra é concubinato. Se for esporádico é amante. 
Hoje a união estável não tem prazo, é por situação 
existencial. Se for preciso comprovar a existência de 1 União estável 
para realizar a sua dissolução judicial. Ingressa-se com 1 ação 
declaratória de existência de União estável, trazendo as provas na 
intenção de reconhecer a União estável durante aquele período, e 
pleitear a sua dissolução. Normalmente é o homem que não quer 
dividir o patrimônio adquirido na União estável. 
Portanto é preciso 1 º provar a União estável para depois 
dissolvê-la. 
Às vezes 1 dos companheiros morreu. E os filhos podem 
querer excluir a companheira da herança. Ela tem que entrar em 
juízo para fazer a prova de que existiu a União estável para fazer jus 
aos direitos sucessórios. 
Uniões estáveis paralelas � a professora não acredita, mas 
que existem existem. Não tem critério para dizer qual que vale ou 
não vale. O que a jurisprudência tem feito é dividir entre elas o 
Direito que 1 delas teria. O INSS há muito tempo que divide entre 
elas. O poder judiciário, especialmente no Rio Grande do Sul, 1 
desembargador inventou 1 palavra que se chama “triação”, para 
esses casos. 
Minissérie que teve na televisão, que os alunos não vão 
lembrar, mas o personagem principal era 1 caixeiro viajante 
chamado Seu Xexéu. Ele era do Nordeste e tinha 3 mulheres 
espalhadas que não sabiam 1 da outra. Hoje o Desembargador do 
Rio Grande do Sul chama de triação, que é diferente de traição. 
 Direitos e deveres da União estável � muito parecidos com 
os do casamento. Poder familiar, filiação, reconhecimento de filho, 
podem adotar, relação paterno e filial dos filhos de pessoas que são 
unidos estáveis na Constituição da República e no Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA) são iguais aos do casamento, até 
porque os autores são os filhos, que são iguais independente de sua 
origem. 
Extinção: consensualmente: tchau e bença, ou com registro 
da partilha. Litigiosamente � reconhecimento da sua existência 
para depois sua extinção. 
22.05.2013 
Nestor explica contagem de graus de parentesco. 
Cunhado e sogro não são parentes. São afins. A afinidade 
nalinha colateral só vai até o irmão do cônjuge ou companheiro. Por 
isso não há sobrinhos nem primos ou tios por afinidade. Sogro e 
genro são afins em linha reta. E a afinidade em linha reta não se 
extingue nem pelo divórcio nem pela morte. 
Por isso o sogro não pode casar com a noranem com a “ex-
nora”, também não pode ser jurado do julgamento dela no processo 
criminal, mas o cunhado pode nos 2 casos. 
Há o parentesco natural (sangue) e o parentesco civil 
(adoção). Nem sempre foi assim, até há algumas décadas a adoção 
não vinculava os adotados aos parentes dos adotantes, até a 
Constituição da República de 1988. 
Filiação socioafetiva � nem há vínculo biológico nem por 
adoção, mas afetivos. "For example": enteados. Veio no Código Civil 
de 2002. 
Caso de infidelidade � a mulher teve 1 filho que não era do 
marido, mas o corno o registrou e criou como se filho fosse. Mas o 
filho percebe que é a cara do vizinho/padrinho/padeiro, etc. e 
depois se verifica que ele é filho desse outro. 
A lei não veda que o pai enganado queira se destituir da 
paternidade. A lei fala que se pode invocar Estado diverso do 
registro civil em razão de erro ou falsidade. 
Adoção à brasileira � existe muito no interior e nos grotões 
do Braseeel. 
A jurisprudência tem amenizado que nesses 2 casos, PP não 
se romperem os laços afetivos, admite-se a investigação biológica, 
mas pode ser mantida a filiação tal qual ela consta no registro. Isso 
também está no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que 
garante o Direito de conhecer a identidade biológica, mas nem 
sempre os tribunais reconhecem como causa para extinguir a 
filiação do registro. 
Portanto, o parentesco pode ser natural, civil ou de outra 
natureza, como diz o código, que é a socioafetiva. 
Pode acontecer que determinado curintiano não saiba quem 
é o seu pai ou mãe. Criança exposta � abandonada no Ibirapuera, 
na rua, na lagoa, no estádio, etc. 
Essa criança não sabe quem é a mãe ou pai, e essas pessoas 
não têm filiação na identidade. Investigação de maternidade � 
rara, mas acontece. 
Criança de mãe conhecida � tem que se distinguir a que 
nasce no matrimônio e a que nasce fora. 
Presume-se que é do marido a criança nascida pelo menos 
180 dias após o início da sociedade conjugal, ou 300 dias após o seu 
término. 
Mas agora não há mais diferença entre filhos, mas para que 
constar essa regra? "For example": nasceu a criança e o pai não foi 
registrar. A mãe vai registrar e, levar a certidão de casamento, 
havendo essa presunção ela pode registrar em nome dela e do 
marido, senão só no nome da mãe. 
Mas essa presunção de paternidade é relativa. No Código 
Civil de 1916 havia 1 prazo para o marido contestar a filiação. Ele 
tinha que provar que na época da concepção ele não podia estar 
com a mulher. "For example": o marido que trabalhava longe e 
ficava longos tempos sem voltar para casa. O prazo era reduzido. 
Mas hoje "non ecziste" prazo decadencial, qualquer época o pai 
pode impugnar essa filiação. 
Nascimento fora do casamento � a mulher que não é casada 
não pode registrar sozinha no nome dela, salvo se tiver escritura 
pública ou particular registrada de União estável. Se for de 1 
relacionamento eventual, o pai tem que ir ao cartório e registrar em 
seu nome, ou a mulher depois entra com investigação de 
paternidade. 
A mãe, ao fazer o registro, pode indicar quem é ou ela acha 
que é o pai. Nesse caso o promotor vai chamá-lo para perguntar se 
ele quer reconhecer. Se ele não quiser, o próprio Ministério Público 
pode entrar com investigação de paternidade se a mulher não 
quiser. 
Mas se o pai não registrar o filho após o nascimento nem 
mediante exortação do promotor, se ele faça 1 exame por conta 
própria e queira reconhecer, é só por escritura pública. 
Mas qualquer ato inequívoco do pai em processo judicial 
reconhecendo aquele filho, mesmo que não seja de reconhecimento 
de paternidade,pode ser feito. 
O reconhecimento de filho também pode se dar por 
testamento. 
O reconhecimento de filho é irretratável e irrevogável. Se ele 
for enganado ou ter agido sob coação, ele pode entrar com ação 
negatória de paternidade. 
Consequência prática � o testamento é revogável. A pessoa 
pode fazer diversos testamentos. (Silvio Rodrigues sustentqava que 
o curintiano que faz vários testamentos mostra desequilíbrio 
mental, e pode ter algun(s) desse(s) testamento(s) anulado(s). Mas, 
se no 1º testamento ele reconhece a paternidade de alguém, ainda 
que esse testamento seja revogado, o reconhecimento não é 
revogável. Só se o testamento for declarado nulo. 
O reconhecimento de paternidade, quando a criança quiser, 
pode impugnar esse registro após fazer 18 anos. 
Muitas vezes 1 curintiano abastado paga para que 1 
empregado reconheça determinado filho extraconjugal. Mas o filho 
pode, depois, impugnar esse reconhecimento. 
Aquele que não vai no exame de DNA não será declarado o 
contrário caso o ônus da prova seja da outra parte, como no caso da 
impugnação da paternidade. 
Porque aquele que invocar condição diferente da do registro 
civil só o pode fazer se provar erro ou falsidade. Assim, aquele que 
tem interesse na manutenção do registro pode se recusar a ir fazer 
o exame. "For example": negatória de paternidade, o filho pode não 
ir ao exame porque o ônus da prova é do pai. 
Ação de investigação de paternidade é imprescritível, 
porque é meramente declaratória. 
As ações constitutivas estão sujeitas a decadência, as 
condenatórias a prescrição, e as declaratórias a nada, Podem ser 
ajuizadas a qualquer tempo. 
Mas a petição de herança é condenatória e sujeita a 
prescrição (10 anos depois da morte). Assim, o curintiano que 
entrar depois disso pode obter o reconhecimento mas não terá a 
herança. Mas isso não é irrelevante. Porque o suposto pai pode ter 1 
irmão muito rico que não tenha ascendentes nem descendentes. E 
assim os herdeiros do rico são seus irmãos ou sobrinhos e, se ele 
ganhar a condição de sobrinho ele poderá ser herdeiro deste, ou do 
avô, se ele estiver vivo. 
Investigação avoenga � alguns julgados admitem, já que a 
lei não prevê. 
Reconhecimento de filho pré-morto � a lei não permite, 
salvo se esse filho tiver descendentes, para evitar que o curintiano 
reconheça 1 filho só para ficar com a herança dele. 
A ação de investigação de paternidade é personalíssima. Só o 
filho pode propor. Se o filho estiver morto, o neto poderá pedir 
investigação avoenga, mas isso é controvertido. 
Mas se o filho entra com investigação de paternidade e falece 
no decorrer do processo, seus sucessores podem continuar a ação. 
O pai querendo reconhecer 1 filho maior só com a 
concordância do filho. No caso dos filhos menores, ele não precisa, 
mas o filho, ao completar a maioridade pode impugnar esse 
reconhecimento, e para isso ele tem 1 prazo de 4 anos. 
Se o pretenso pai é falecido, quem contestará a investigação 
de paternidade serão os herdeiros. Mas qualquer pessoa que tenha 
interesse pode impugnar essa ação de investigação de paternidade. 
"For example": o cônjuge, ainda que não seja herdeiro,, porque tem 
interesse moral. 
No Direito romano a adoção era só para fins de instituir 
herdeiros, não só para parentesco, mas para cultuar os deuses 
familiares. 
Mas a adoção não tem esse escopo, mas também não é só o 
que imaginamos, porque imaginamos a adoção de crianças menos 
favorecidas. 
Gavião sustentou 1 tese sobre adoção de adultos. 1º 
requisito � o adotante tem que ter no mínimo 18 anos, e o adotado 
tem que ser pelo menos 16 anos mais novo que o adotante. Mas isso 
também vale para adoção de menores. 
A adoção se faz por quantas pessoas? Em princípio, por 1 
única pessoa. Porque a lei diz que só podem 2 pessoas adotarem 
outra conjuntamente se forem cônjuges entre si. Se o curintiano for 
solteiro ele não pode adotar com 1 amiga, eles tem que ser casados 
ou conviventes, ou homoafetivos (pela jurisprudência). 
Qualquer pessoa pode adotar outra? O avô não pode adotar o 
neto. Nem o irmão pode adotar o irmão. Por que? Porque há 
décadas atrás era muito comum quando 1 moça engravidava, que 
para não passar constrangimento, o pai dela adotava a criança 
como se fosse abandonada, ou registrava como filho seu. E a lei veio 
para tentar coibir esseembuste. 
 Fora isso os requisitos são apenas idoneidade, maioridade e 
diferença de idade. E quando os adotados forem adultos, o acordo 
de vontades. 
No Código Civil de 1916 a adoção era por escritura pública. 
Hoje é por sentença, se menores, da vara da infância, se maiores, da 
de família. 
No Código Civil de 1916 a adoção era revogável. Se o 
adotado fosse ingrato, poderia haver 1 ação de dissolução de 
vínculo de adoção. Hoje é irrevogável, ela pode ser anulada, mas 
não revogada. 
Para que 1 menor seja colocado em adoção ele tem que estar 
fora do poder familiar. Se a criança está em situação irregular, o juiz 
precisa destituir os pais do poder familiar antes da adoção. 
1 parte do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) fala 
em colocação em família substituta por guarda, tutela ou adoção. 
Quando a família biológica não tem condição de cuidar, mas isso 
não inclui a pobreza, mas maus tratos aos filhos. 
Provisoriamente a criança fica com 1 guardião. Depois de 1 
processo de destituição, com Direito de defesa aos pais biológicos, o 
juiz pode proferir sentença de adoção. Mas essa adoção é 
irrevogável. 
Hoje exige-se que a pessoa interessada em adoção se 
inscreva em 1 cadastro, no qual também estão as crianças a serem 
adotadas. Não se pode simplesmente pegar a criança na rua e 
adotá-la. 
Mas se 1 criança está na companhia, por 1 razão qualquer, 
do pretenso adotante, a lei permite que ele peça a adoção dela. 
Adoção internacional � a lei disciplina separadamente. O 
adotante é estrangeiro ou brasileiro residentes no exterior. Se o 
estrangeiro mora no Braseeel se sujeita à regra da adoção local. 
O casal internacional que queira adotar vai procurar a 
autoridade de seu país, e essa vai se encarregar de encontrar a 
criança que preencha as condições no Braseeel. Mas a adoção 
internacional só é cabível se não houver interessados no Braseeel. 
Estrangeiro não pode ter a guarda, mas terá 1 estágio de 
convivência por 30 dias no Braseeel convivendo com a criança, para 
só então o juiz decidir autorizar a adoção. Isso está no Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA). 
Não precisa ser menor pobre, mas menor em situação 
irregular, que pode ser rico. 
A adoção extingue os vínculos com a família biológica, salvo 
para impedimento matrimonial. 
A lei não permite mais a indicação de adoção na certidão de 
nascimento. Mas o oficial de registro quando for casar vai levantar o 
sigilo caso eles sejam irmãos. 
O adotado pode até vir a conhecer a identidade biológica, 
mas não será mais herdeiro do pai biológico. 
Mas no Código Civil de 1916 isso evoluiu paulatinamente. No 
início o adotado tinha direitos sucessórios. Depois passou a ter 
direitos sucessórios se não houvessem filhos anteriores à adoção. 
Depois passou a ter Direito a parte da herança s houvessem filhos 
posteriores à adoção. Mas ainda assim o adotado tinha diferenças 
com o filho legítimo. "For example": a adoção só fazia efeito entre o 
adotante e adotado. O filho do adotado não tinha Direito à herança 
do adotante. 
Depois veio a legitimação adotiva, que dava os vínculos e 
direitos sucessórios, e depois essa legitimação foi chamada de 
adoção plena, em comparação à adoção simples, que era a anterior. 
Mas hoje "non ecziste" mais essa distinção, após o Estatuto da 
Criança e do Adolescente (ECA).

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