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Fungos e micoses 22/02/2022 Dermatofitoses Três gêneros que podem causar dermatofitoses: Microsporum (fino na ponta) Trichophyton (macro e microconideos) Epidermophyton (macroconideos) Presença de hifas e conideos, fungos filamentosos. Clinicamente não dá pra diferenciar, fazendo um raspado e ver na lâmina dá para diferenciar. São fungos filamentosos que formam hifas e conídios, o conídio principalmente que forma é o macroconidio. Fontes e vias de transmissão Para o animal ou pessoa pegar, ele vai ter contato com ambiente contaminado ou um animal/hospedeiro que já está com a lesão. De acordo com a localização desses fungos, ele é dividido em zoofilico (tropismo por animais) geofilico (encontrado na natureza), antropofilico (mais encontrado em humanos). Fonte: Zoofílico: animal doente, por contato, animal acasalando Geofilico: animais criados soltos no quintal, areia de praia, terra, praça, cachoeira Antropofílico: Encontrados no homem, uma pessoa passa pra outra, contato, roupa, academia. Disseminação pode dar por contato direto pele/pele ou indireto por fomites. Tem que ter uma porta de entrada! Pelo encravado, arranhado, mordida. Pele integra não entra!! O conídio é como se fosse uma semente e a pele é como se fosse a terra, ele entra no defeito córneo e ele começa a germinar formando hifas e conidios. Epidemiologia Animais: como é uma doença de pele, quanto mais os animais estão aglomerados ou confinados tem mais chances de contágio Locais úmidos (fungo adora umidade) e escuros (ele fica mais tempo vivo no escuro).. Presença de roedores: Revira lixos e o pelo do rato é muito grosso, quando ele passa nos lugares qualquer lugar que tiver fungo vai ficar grudado (vetor mecânico). Quando o animal tem uma lesão cutânea e tem contato com o solo. Imunossupressão: quando tem uma micose cutânea que não melhora, não vê resultado normalmente a imunidade está baixa, essa imunopressao prejudica a melhora do animal. O animal não morre! Doença que tem um aspecto sintético, incomodar, coçar, mas não causa a morte. Humanos: O fato de que pessoas que têm contato com animais doentes, podem pegar. Contato com umidade e falta de higiene. Imunossupressão. Inicialmente, devemos ter o contato do conídio (macro ou microconídeos) com alguma região queratinizada do corpo (pele, pelo, unha, garra, casco, bico, chifre ou pena), e estas estruturas devem estar lesadas, ou seja, se estiver íntegra, o fungo não consegue penetrar. A partir daí, o fungo começa a colonizar o tecido queratinizado e, para obter nutrientes o fungo começa a liberar enzimas proteolíticas, tais como, elastase, colagenase e principalmente a queratinase. Com isso, as estruturas do hospedeiro começam a ter uma descamação ficando quebradiças, o pelo cai e a pele começa a perder a sua resistência. Naturalmente, durante este processo células epiteliais serão destruídas e estas liberam citocinas pró-inflamatórias que irão promover na região uma reação inflamatória que se caracteriza por vermelhidão, edema e prurido (este prurido é provocado por mediadores químicos decorrentes da inflamação tais como histaminas e prostaglandinas), este quadro é o que mais chama atenção do tutor e é quando ele percebe que algo está errado. Este processo inflamatório decorrente da presença do fungo, ocorre em torno 2 semanas depois da entrada dos conídeos. Vale ressaltar, que como este tipo de infecção atinge a pele e os anexos queratinizados, a reposta imune adquirida tem pouca eficácia do combate à estes patógenos e praticamente não temos a produção de anticorpos e de linfócitos de memória, assim, a imunidade inata é a única que tenta combater o fungo. O prurido e a queda de pele, são características marcantes da dermatofitose (embora também estão presentes em problemas como alergia e sana) a área fica vermelha e o animal se coça bastante, geralmente as lesões são circulares podendo aumentar com o passar do tempo, mas não existe o risco do fungo invadir e entrar em tecidos internos e cair na corrente sanguínea. Assim, a área fica descamando e com alopecia *queda de de pelo ou cabelo, e com isso, a medida que o animal coça com a unha ou com a boca, pode favorecer a infecção de bacterias oportunistas (infecção secundária), neste caso haverá formação de secreção purulenta. O diagnóstico clínico não é só o suficiente. Temos 3 opções de diagnóstico 1- lâmpada de wood Especifica para a identificação do Microsporum canis. O animal que tiver com uma lesão suspeita, apagamos a luz e emitimos uma luz ultravioleta na pele, local da lesão, a área vai emitir um brilho diferente. Durante a proliferação ele libera metabólicas, ele reage com a luz ultravioleta podendo observar uma reação bem característica. 2-exame microscópio direto através através raspado No lugar da lesão fazemos o raspado (tirar hifas e conideos), corar e usar de 40-100x, e a gente vê as estruturas fungicas. 3-Cultura *semear colônias Raspado e Semear no agar. Incubação a 25° por uma semana, as colônias vão crescer, vão ter um aspecto de algodão ou de veludo. A partir do mofo é preparada uma lâmina e vista no microscópio. Tratamento Griseofulvina Cetoconazol (contra indicado para prenhas) - ver bula. Tópico: produtos com iodo e cloredixine. Tópico: pomadas com azólicos até 1-3 meses após cura clínica. Griseofulvina Orais, comprimido ou suspensão. Lipofilica: rápida absorção a nível intestinal, distribuída pelo sangue pela região epitelial, chega na pele. 10 dias seguidos para espera 15 dias e dá mais 10 dias ou 20 dias direto. Humanos: fulcin. Profilaxia Evitar contato com ambientes e locais suspeitos, situacao de ferida limpar o local com antisséptico para evitar que conideos se espalhem.
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