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Febre - semiologia

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Synthya Bomtempo 
Febre 
INTRODUÇÃO 
 A febre é uma resposta fisiológica do organismo e é caracterizada pelo aumento da 
temperatura corporal. Geralmente ocorre em reposta a uma infecção ou inflamação, mas 
existem outras causas possíveis. 
 A temperatura corpórea normal depende de diversos fatores. Porém, para a maioria 
das pessoas a temperatura basal é de 37 °C. Além disso, ela varia durante o dia: (ciclo 
circadiano fisiológico) temperatura máxima entre 16 e 20hrs, mínima entre 4 e 6hrs. A 
variação máxima é de cerca de 0,6° C. 
 É considerado febre a partir da temperatura de 37,5 °C (axilar) considerando mais 
ou menos 0,4 °C. de variabilidade. Já na via oral é considerado febre a partir de 37,8 °C e 
na via retal a partir de 38 °C. 
 Algumas características semiológicas a serem analisadas são: início (súbito ou 
gradual), intensidade, duração, modo de evolução e término. 
CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS 
INÍCIO 
 Pode ser súbito ou gradual. 
INTENSIDADE (AXILAR) 
• Baixa: 37,2 °C a 38 °C 
• Moderada: 38 °C a 40 °C 
• Alta: > 40 °C 
DURAÇÃO 
 A febre prolongada é considerada quando dura mais de uma semana, tenha ou 
não caráter contínuo. 
EVOLUÇÃO 
• Remitente – é uma hipertermia diária, com variações de mais de 1 °C e sem períodos 
de apirexia (ausência de febre). 
• Intermitente – clinicamente interrompida por um período de temperatura normal. 
• Contínua – permanece sempre acima do normal, com variações de até 1 °C e sem 
grandes oscilações. 
Synthya Bomtempo 
• Febre irregular ou séptica – picos altos intercalados por temperaturas baixas. 
• Ondulante ou recorrente – período de temperatura normal que dura dias ou 
semanas, seguido de períodos de temperatura elevada. 
 
TÉRMINO 
• Em crise: quando a febre desaparece subitamente. Quando isto ocorre o paciente 
apresenta sudorese profusa e prostração. 
• Em lise: significa que a hipertermia vai desaparecendo gradualmente, com a 
temperatura diminuindo dia a dia, até alcançar níveis normais. 
 
FISIOPATOLOGIA 
 A temperatura é controlada pelo 
hipotálamo. Ele é como um termostato para o 
corpo. Mantém a temperatura normal por 
mecanismos de resfriamento (sudorese e dilatação 
dos vasos) e de produção de calor (calafrios e 
metabolismo). 
 Portanto, a febre resulta de um reajuste nesse 
ponto termorregulador ou de alguma 
anormalidade no sistema termorregulador. 
 As causas geralmente são por falência dos 
mecanismos corporais de regulação da 
temperatura ou por produção de pirógenos 
endógenos. 
FALÊNCIA DOS MECANISMOS CORPORAIS DE REGULAÇÃO DA TEMPERATURA 
1. Interrupção do termostato hipotalâmico – causado por doenças do SNC, hipertermia 
maligna. 
Synthya Bomtempo 
2. Produção aumentada de calor – como em exercícios físicos, calafrios, tireotoxicose. 
3. Diminuição da perda de calor – como na insuficiência cardíaca, ausências de 
glândulas sudoríparas, drogas, afecções vasculares. 
POR PRODUÇÃO DE PIRÓGENOS ENDÓGENOS 
 A produção de pirógenos endógenos é resultado da entrada de pirógenos exógenos 
no corpo. São eles: fungos, bactérias, vírus, complexos imunes, drogas e toxinas. Já os 
pirógenos endógenos, são as IL-1 e IL-6, o TNF e o IFN e, mais recentemente descritos, a IL-8 
e o MIP-1. 
 Os pirógenos ordenam o hipotálamo a aumentar a temperatura até um certo ponto, 
resultando em tremores, aumento do metabolismo basal e vasoconstrição. 
Consequentemente, nós nos cobrimos em uma tentativa de atingir a nova temperatura. 
Essa ação pode se dar por duas vias: via humoral 1 e via humoral 2. 
VIA HUMORAL 1 
 Consiste na ativação dos receptores TLR-4 na barreira hematoencefálica pelos 
fatores exógenos (principalmente microorganismos). Estes pirogênios exógenos estimulam 
os leucócitos a liberar pirogênios endógenos como a IL-1 e o TNF que aumentam as enzimas 
(ciclo-oxigenases) responsáveis pela conversão de ácido araquidônico em prostaglandina. 
No hipotálamo, a prostaglandina (principalmente a prostaglandina E2) promove a 
ativação de receptores do núcleo pré-optico, levando ao aumento do ponto de ajuste 
hipotalâmico. 
 RESUMINDO: 
Fatores exógenos → receptores TLR-4 → pirogênicos endógenos → enzimas ciclo-
oxigenases → prostaglandinas → núcleo pré-ópico hipotalâmico → aumento da 
temperatura. 
VIA HUMORAL 2 
 Pode ser classificada em direta e indireta. Na via indireta, as ocitocinas irão ativar os 
receptores de TRL-4. Desencadeando a sequência da via humoral 1. 
 Já na via direta, as ocitocinas atuam diretamente no núcleo pré-óptico, 
aumentando o ponto de ajuste hipotalâmico. 
SINAIS E SINTOMAS DA SÍNDROME FEBRIL 
• Calafrios 
• Piloereção 
• Extremidades frias (devido a vasoconstrição periférica) 
• Posição fetal 
• Taquicardíaca 
• Taquipneia 
Synthya Bomtempo 
• Taquisfigmia (aceleração do pulso) 
• Oligúria 
• Náusea 
• Vômito 
• Convulsões 
• Delírios 
• Confusão mental 
• Astenia 
• Inapetência 
• Cefaleia 
 
DIFERENÇA ENTRE HIPERTERMIA E FEBRE 
Na hipertermia, os mecanismos de controle térmico falham, então a 
produção de calor excede a dissipação do calor. 
Em contraste, na febre, o ponto de ajuste térmico hipotalâmico aumenta, e os 
mecanismos de controle térmico intactos são mobilizados para elevar a temperatura 
corporal até o novo ponto de ajuste.

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