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ESTÁGIO SUPERVISIONADO -
AVALIAÇÃO DO PROJETO DE
INTERVENÇÃO
AULA 6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Sandra Aparecida Silva dos Santos
CONVERSA INICIAL
O exercício profissional do assistente social requer embasamentos ético-político, teórico-
metodológico e técnico-operativo, que o direcionam para uma atuação comprometida e em
conformidade com os preceitos éticos da profissão. Nesta aula, vamos refletir e relembrar a
importância do Código de Ética do Assistente Social e a formação da identidade profissional,
pontuando quanto a importância do estágio e da supervisão de estágio na sua construção, da
responsabilidade e do compromisso do assistente social com os usuários dos serviços e sua
postura diante do sigilo profissional.
TEMA 1 – O CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSISTENTE SOCIAL
Cotidianamente, o assistente social inserido nos diferentes espaços sócio-ocupacionais depara-
se com questões da realidade que exigem um posicionamento profissional e ético. A utilização e a
observância do Código de Ética do Assistente Social representam um importante aliado para a
orientação do comportamento ético do assistente social, visto o Código de Ética ser, segundo
Barroco e Terra (2012), um importante instrumento educativo.
A ética profissional constitui-se em ação mediada por valores, e o Código de Ética faz parte da
ética profissional guiando, segundo Barroco e Terra (2012), para um resultado concreto.
O serviço social ganhou, a partir de 1947, o primeiro Código de Ética que norteou a profissão.
Essa versão de 1947, assim como suas sucessoras de 1965 e 1975, apresentou pressupostos
neotomistas e positivistas, os quais foram superados na proposição do Código de Ética de 1986, que
foi um produto coletivo articulado em projeto de sociedade, e no Código de Ética de 1993, que
postula a defesa intransigente de direitos humanos, a ampliação da cidadania e o posicionamento,
conforme explica Mioto (2009), em favor da equidade e da justiça social.
Ao discutir a respeito da atuação do assistente social, Mioto (2009) aponta a particularidade do
trabalho desse profissional ao produzir resultados concretos que afetam diretamente a vida dos
usuários dos serviços e da sociedade e nela interferem, visto que as ações realizadas se encontram
imbuídas de intencionalidades de caráter ético.
As intervenções realizadas pelo assistente social afetam, então, o usuário e também suas
relações, o que leva Barroco e Terra (2012) a apresentarem a questão da responsabilidade do
assistente social com suas escolhas e posturas éticas. E o que isso quer dizer?
Devemos atentar que o posicionamento do assistente social, pautado em um compromisso ou
comprometimento político ou desconectado desse compromisso, trará efeitos e consequências que
afetarão diretamente os usuários dos serviços, gerando impactos para sua vida pessoal, familiar e
social. O posicionamento assumido pelo assistente social durante seu exercício profissional leva a
ampliação ou limites da materialização da ética profissional e de sua materialização histórica.
TEMA 2 – A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
A identidade profissional, segundo Martinelli (2013), constitui-se em categoria sócio-histórica
que não se apresenta inerte, mas em constante movimento. Constrói-se no interior das relações
sociais que se constituem em relações permeadas pela diferença e pelo conflito em uma sociedade
marcada pela desigualdade.
A respeito da construção da identidade profissional, Martinelli (2013) aponta que determinações
políticas sociais, econômicas, históricas e culturais formam a identidade profissional em
determinado panorama histórico. O serviço social, então, constrói ao longo de sua trajetória
enquanto profissão referências que, de acordo com Yazbec (2009), expressam sua identidade
profissional e dizem respeito ao modo como ocorre a efetivação da profissão e o modo de pensar e
de efetivar o exercício profissional.
As identidades transformam-se, assim como as condições sócio-históricas, estando
diretamente relacionadas a processos de identificação, possibilidades, permanências e
transformações (Martinelli, 2012).
A formação de identidade exige uma leitura ético-política da realidade, leitura esta que deve ser
reflexiva e crítica, avançando e rompendo com a superficialidade e a imediaticidade. Exige também
um desvendamento crítico das forças sociais presentes e das ações efetivas consonantes com os
princípios éticos e político da profissão (Martinelli, 2012).
As identidades, segundo Martinelli (2012), constroem-se e se objetivam nas práxis profissionais,
pela mediação que busca atender a demandas. Compreender a identidade requer, pois, compreender
o que somos, e essa compreensão requer um entendimento histórico-dialético da profissão. Requer
compreender em um dado momento histórico o que fazemos, como fazemos e de que forma somos
vistos enquanto profissão.
O exercício profissional, diretamente relacionado ao como fazermos, por que fazemos, para que
fazemos, dá-se em meio a identidades construídas e atribuídas (Martinelli, 2012), construídas
dialética e historicamente dentro das profissões e atribuídas externamente, em circuitos externos às
profissões. A identidade profissional é construída histórico e dialeticamente considerando uma
leitura crítica da realidade em uma conjuntura em constante transformação que nos impõe desafios
e demandas cotidianas.
TEMA 3 – A SUPERVISÃO DE ESTÁGIO NA FORMAÇÃO DA
IDENTIDADE PROFISSIONAL
Refletimos anteriormente a respeito do estágio e da supervisão de estágio, apresentando
desafios e responsabilidades dos atores envolvidos no estágio.
A supervisão de estágio oferece ao aluno suporte para o enfrentamento do cotidiano
profissional. É durante toda a formação do assistente social e também na supervisão que se
oportunizam discussões relativas ao exercício profissional e a vivências da realidade dos espaços
sócio-ocupacionais do assistente social, o que requer compreensão da não neutralidade do exercício
profissional tanto do supervisor quanto do aluno. É preciso compreender que a apreensão da
realidade não se aproxima da simples transferência de conhecimentos, cabendo, segundo Lewgoy
(2010), ensinar, e não transferir conhecimento.
A formação da identidade profissional remete a construção, e os supervisores de estágio
constituem-se em referência nessa construção. Por se designar em processo histórico em constante
movimento, a formação da identidade do assistente social requer, para Lewgoy (2010), domínio do
saber teórico, e as apreensões teóricas e metodológicas durante a formação amalgamam esse
conhecimento. Daí a importância da supervisão com espaços de discussão e participação e
atualização constante dos supervisores.
A habilidade técnica necessária ao exercício profissional necessita ser apropriada e pautada no
entendimento da indissociabilidade teórico-metodológica e ético-política, devendo haver a
compreensão do caráter político das relações sociais com foco na construção da cidadania (Lewgoy,
2010).
Percebemos, então, que o espaço de supervisão oportuniza a reflexão e a compreensão crítica
da realidade contribuindo na formação da identidade profissional com vistas à formação de
profissionais comprometidos.
TEMA 4 – EXERCÍCIO PROFISSIONAL E COMPROMISSO COM OS
USUÁRIOS
Vimos que o exercício profissional do assistente social e o processo de formação da identidade
profissional requerem compromisso ético e visão pautada no entendimento histórico da realidade
social, avançando para além da visão imediatista dos fenômenos.
O serviço social atua nos diferentes espaços sócio-ocupacionais e nas mais diversas
expressões da questão social, sendo os usuários dos serviços, segundo Barroco e Terra (2012),
sujeitos da intervenção profissional do assistente social. E onde estão inseridos esses sujeitos? Em
uma sociedade capitalista de produção pautada na exploração do trabalho e na desigualdade de
oportunidades, com foco no lucro. Portanto, os sujeitos de intervençãoestão inseridos em sua
condição de classe trabalhadora.
O assistente social pautado nos princípios norteadores do Código de Ética de 1993, fundados
nos princípios de liberdade, direitos humanos, cidadania, democracia, equidade e justiça social,
construção de nova ordem societária e compromisso com a qualidade, busca a garantia dos direitos
civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras, consolidando um posicionamento de respeito às
decisões dos usuários (Barroco; Terra, 2012).
Isto posto, devemos reafirmar que o relacionamento do assistente social com os usuários dos
serviços deve ser de respeito, observando que todos têm o direito de acolhimento aos serviços
sociais oferecidos. Esta afirmativa nos faz refletir quanto ao posicionamento do assistente social
diante dos usuários de serviço.
O posicionamento do assistente social diante do usuário deve ser o de alerta quanto a sua
postura e seus valores (Barroco; Terra, 2012). Alerta quanto ao posicionamento preconceituoso e
excludente com os usuários, alerta quanto aos riscos de entendimento da realidade pautada no
senso comum, sem o necessário aprofundamento reflexivo histórico e crítico, com desrespeito e
banalização da violência.
TEMA 5 – CONSCIÊNCIA ÉTICA, RESPONSABILIDADE E SIGILO
PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL
O Código de Ética do Assistente Social orienta para o compromisso com os usuários dos
serviços, com foco no respeito pelas diferenças. Se o compromisso é com os usuários, a garantia de
respeito e sigilo referentes a informações desses usuários é exigência no exercício profissional.
O contato do profissional com diferentes populações, culturas e valores nos faz refletir quanto à
importância da postura do assistente social frente aos usuários de serviços e à diversidade de
entendimentos e valores.
A respeito da postura do assistente social, Barroco e Terra (2012) esclarecem que o profissional
se depara com situações-limites das diferentes expressões da questão social, como a fome, a
violência, o uso e o abuso de álcool e drogas, e alertam quanto à necessidade de rompimento com o
preconceito e com a reprodução da discriminação pelo assistente social. Durante o exercício
profissional, este deve compreender que suas escolhas pessoais não traduzem necessariamente as
escolhas do usuário dos serviços que tem o direito a escolhas próprias, diferentes muitas vezes das
escolhas do profissional. O entendimento aqui é de respeito à diversidade.
O respeito ao usuário e à sua história configura-se também na obrigatoriedade do sigilo
profissional. Segundo o Código de Ética de 1993, constitui-se em direito do assistente social de
manter o sigilo profissional resguardando, segundo Barroco e Terra (2012, p. 205), “a defesa e
proteção da intimidade do usuário do Serviço Social. ”
A proteção das informações sigilosas relaciona-se “a liberdade individual, a privacidade, a
proteção do segredo decorrente de relação profissional” (Barroco; Terra, 2012, p. 207). Mesmo sob
acompanhamento de equipe interdisciplinar, o usuário dos serviços tem direito à privacidade de seus
dados, e, neste caso, o assistente social em trabalho interdisciplinar deve limitar as informações ao
estritamente necessário.
NA PRÁTICA
Conhecer e aplicar os preceitos éticos da profissão é dever do assistente social, independente
do espaço de atuação em que se encontra. O respeito ao usuário dos serviços, ao sigilo profissional
e à coerência na atuação do assistente social em conformidade com o projeto ético-político da
profissão constitui-se em tema que suscita diárias reflexões em campo de estágio.
Reflita quanto aos desafios encontrados em campo de estágio pelo assistente social e os
limites para a viabilização dos princípios do Código de Ética.
FINALIZANDO
Viabilizar princípios e posicionamentos expressos no Código de Ética do Assistente Social é
compromisso do assistente social, e isso deve ser viabilizado nos diversos espaços de atuação.
REFERÊNCIAS
BARROCO, M. L. S.; TERRA, S. H. Código de ética do/a assistente social comentado. São Paulo:
Cortez, 2012.
LEWGOY, A. M. B. Supervisão de estágio em serviço social. São Paulo: Cortez, 2010.
MIOTO, R. C. T. Estudos sócio econômicos. In: Serviço social direitos sociais e competências
profissionais. Brasília: CFESS, 2009.
MARTINELLI, M. L. A pergunta pela identidade profissional do assistente social: uma matriz de
análise. Serv. Soc. & Saúde, Campinas, v. 12, n. 2 (16), p. 145-156, 2013.
YAZBEC, M. C. O significado sócio histórico da profissão. In: Serviço social: direitos sociais e
competências profissionais. Brasília, CFESS, 2009.

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