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Eletrotermofototerapia - Biofotorerapia

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A radiação eletromagnética é formada por um campo eletromagnético e um campo elétrico que variam ao 
longo do tempo e estão perpendiculares entre si. Os agentes físicos que emitem energia na forma de 
radiação eletromagnética compreendem várias formas de luz visível e invisível, bem como de radiação. 
 
 
→ Propriedades físicas da luz 
 
Onda 
É o movimento causado por uma perturbação que se propaga através de um 
meio. A onda transfere energia de um ponto a outro sem haver transporte 
de matéria. Na luz, as variáveis que sofrem oscilação são os vetores “campo 
elétrico” e “campo magnético”. 
 
 
 
 
 
 
Amplitude 
É a magnitude da onda, ou seja, a distância entre zero e o valor máximo 
(crista da onda) ou valor mínimo (vale). 
 
 
 
 
 
Comprimento de onda 
Distância percorrida pela onda em um período, medida em metros 
(na física, é representada pela letra grega lambda, ʎ). É a distância 
entre duas posições de amplitudes máxima (cristas de onda) ou 
mínima (vales). 
 
 
 
Consiste no tratamento baseado no tratamento 
baseado na interação da radiação 
eletromagnética da luz com os tecidos humanos. 
 
A luz é a energia eletromagnética dentro ou 
perto da faixa visível do espectro 
eletromagnético. 
 
 
 
 
 
 
Na biofototerapia ocorre transferência 
térmica por radiação, ou seja, sem contato 
ou intervenção de um meio de 
transmissão. 
A energia eletromagnética “viaja” através 
do espaço e transfere calor do corpo com 
temperatura mais alta para outro de 
temperatura mais baixa. 
 
 
 
Frequência 
Quantidade de oscilações por unidade de tempo, ou seja, o número de 
vezes que uma mesma onda se repete por tempo. É expressa em Hertz 
(Hz). Ou seja, quanto maior for a frequência de onda, menor será a 
distância entre elas (menor será o comprimento de onda). 
 
 
 
 
Espectro eletromagnético 
É o conjunto de ondas eletromagnéticas classificadas 
quanto aos seus comprimentos de onda e suas 
frequências. 
No caso, a luz visível está compreendida numa faixa de 
400 a 700nm de comprimento de onda; é a luz capaz de 
sensibilizar os olhos humanos. 
A radiação ultravioleta abrange a região de comprimento de onda entre os raios X e a luz visível, entre 100 
a 400nm. 
 
A luz produzida por um laser é monocromática, ou seja, possui apenas uma cor, cuja radiação emitida 
agrupa-se em torno de um único comprimento de onda. 
 
A maioria das luzes é policromática, ou seja, formada por fótons 
de diferentes comprimentos de onda. 
 
Energia 
Cada uma das cores visíveis (comprimentos de onda diferentes) 
representa um fóton de energia diferente. A cor diferente ocorre 
devido às várias formas de energia radiante que são refratadas ou 
alteram sua direção como um resultado de diferenças no 
comprimento de onda e frequência de cada cor. 
 
Ao atravessar um prisma, o tipo de energia radiante menos refratada aparece como vermelha; já a cor 
violeta representa a energia radiante mais 
refratada. Assim, a luz de comprimento maior 
é a de cor vermelha e baixa em energia, 
enquanto a luz de menor comprimento de 
onda é violeta e relativamente mais alta em 
energia. A energia do fóton é inversamente 
proporcional ao comprimento de onda. 
 
Cor vermelha: luz de comprimento maior e 
baixa em energia; 
Cor violeta: luz de menor comprimento de onda e mais alta em energia; 
 
A energia do fóton é inversamente proporcional ao comprimento de onda. 
 
 
 
Monocromaticidade – comprimento de onda específico (único), com uma frequência definida. Produz uma 
única cor, pura (visível). 
 
 
 
 
 
Coerência 
É a medida da correlação entre as fases em diferentes pontos 
de uma onda. É dividida em coerência temporal e espacial. 
 
A radiação LASER não 
tem apenas o mesmo 
comprimento de onda 
como também a mesma 
fase, ou seja, os picos e 
as depressões dos 
campos elétricos e 
magnéticos ocorrem ao mesmo tempo; isto é chamado de coerência 
espacial. 
 
 
 
 
 Coerência temporal - é a medida da correlação da 
fase da onda luminosa em diferentes pontos da 
direção de propagação, ou seja, o quanto as 
depressões e os picos de onda de luz se encaixam 
perfeitamente no tempo. Está ligada à frequência da 
onda e a quão similares essas frequências são, 
possuindo assim mesmo comprimento de onda. 
 Coerência espacial - é a medida da fase da onda 
luminosa em diferentes pontos na direção transversal 
à direção de propagação. Informa o quão uniforme 
essas ondas “viajam” na mesma direção. 
 
 
A imagem está dividida em quatro figuras: 
 
A) ondas temporal e espacialmente incoerentes; possuem diferentes comprimentos de ondas e direção de 
propagação; 
B) ondas temporalmente incoerentes e espacialmente coerentes; possuem diferentes comprimentos de 
onda, porém viajam na mesma direção; 
C) ondas temporalmente coerentes e espacialmente incoerentes; possuem mesmo comprimento de onda 
(monocromáticas), mas se propagam em direções diferentes; 
D) ondas temporal e espacialmente coerentes; possuem comprimento de onda e direção de propagação 
idênticos. 
 
 
Colimação 
Processo de tornar paralelas as trajetórias de 
determinadas partículas, por exemplo, dos fótons ou 
raios de 
luz. No caso da 
luz laser, a luz é 
colimada; há 
uma 
divergência 
mínima da 
radiação 
emitida. Na luz convencional, o feixe de fótons diverge para vários lados. 
 
Colimação (feixe paralelo): como consequência da coerência espacial os raios LASERS permanecem em um 
feixe paralelo. Como as radiações não divergem, a energia é propagada em distâncias muito longas. Essa 
propriedade torna os lasers de grande valor para medições e localização de alvos. 
 
 
 
A luz laser possui alta coerência, tanto espacial quanto temporal, com frequência de luz extremamente 
uniforme e de grande precisão. As ondas individuais estão em fase uma com a outra, diferentemente da luz 
convencional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeitos da energia eletromagnética - leis 
Para melhor entendimento, pode ser feita a 
analogia de que as radiações visíveis comuns 
(não coerentes) são como uma multidão de 
pessoas usando roupas diferentes, 
caminhando em direções e em velocidades 
diferentes. 
A radiação LASER é como uma coluna de 
soldados, todos marchando no mesmo 
ritmo (em fase), na mesma direção 
(coerência espacial) e usando o mesmo 
uniforme (monocromaticidade). 
 
Quando as radiações eletromagnéticas entram em contato com os 
tecidos, podem ser refletidas da superfície da pele ou penetrar, 
sofrendo dispersão, refração e sendo finalmente absorvidas pelos 
tecidos. Essa penetração nos tecidos depende do comprimento de 
onda, da natureza da superfície do tecido, do ângulo de incidência e da 
distância entre a fonte e o tecido. 
A luz refletida é aquela que volta ao local de origem. Quando a luz é 
refratada, ela passa de um material para outro, mudando sua 
direção e sofrendo posterior absorção. A estimulação só ocorre se a 
energia produzida for absorvida no tecido. O objetivo da terapêutica por luz é administrar energia 
suficiente para estimular respostas fisiológicas nos tecidos. 
 
O comprimento da onda da luz afeta principalmente a profundidade de penetração e influencia os efeitos 
da luz nos tecidos. A luz com comprimentos de onda entre 600 a 1.300nm, ou seja, vermelho ou IV, possui 
a profundidade ideal de penetração no tecido humano. 
 
A luz com comprimento de onda na extremidade superior e uma frequência na 
extremidade inferior desse intervalo penetra mais profundamente. Já a luz com 
comprimento de onda menor e uma frequência maior penetra menos. Por exemplo, a luz 
infravermelha penetra de 2 a 4cm nos tecidos moles, enquanto a luz vermelha penetra 
apenas alguns milímetros. 
 Lei do cosseno – a reflexão da radiação eletromagnética reduz a 
quantidade de energia que estará disponível para os objetivos 
terapêuticos. A intensidade da radiação que incide sobre uma área é 
proporcional ao cosseno do ângulo de incidência. Assim, quanto menor o 
ângulo entre o raioincidido e o ângulo reto, menor a reflexão e maior a 
absorção. Ou seja, o ângulo deve estar perpendicular à superfície da pele 
para que a absorção seja mais proveitosa, minimizando a energia 
refletida. 
 Lei do quadrado inverso – a intensidade da radiação que atinge uma 
determinada superfície varia inversamente com o quadrado da distância a 
partir da fonte. Ou seja, se afastarmos a lâmpada da área de tratamento, 
diminui-se a intensidade da radiação. 
 
Sendo assim, a intensidade da energia que atinge o corpo é máxima quando 
a energia emitida é alta, a fonte de radiação está próxima ao paciente e o feixe está perpendicular à 
superfície da pele. 
 
A luz com comprimento de onda alto e uma frequência baixa penetra mais profundamente. Já luz com 
comprimento de onda mais curto e uma frequência mais alta, penetra menos. 
 
 
 
 
 
Laser 
É o acrônimo da expressão inglesa Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, que significa 
amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação. 
 
Vale ressaltar que, no final dos anos 1980, outras formas da fototerapia foram ganhando mercado, como 
terapia por diodo emissor de luz (LED). 
 
Os lasers então podem ser classificados em três categorias: 
 Lasers cirúrgicos ou de alta potência - possuem efeito 
térmico e potencial de corte. 
 Lasers de média potência - possuem efeito térmico e 
potencial de corte. 
 Lasers de baixa potência - possuem efeito térmico e 
potencial de corte. 
 
 
Laser de baixa potência 
A energia eletromagnética luminosa é transmitida no espaço como ondas, que contém partículas de energia 
denominada de fótons. Cada fóton contém quantidade de energia e comprimento de onda (cor) definidos. 
Ou seja, a corrente elétrica excita os elementos constituintes de um material (sólido, líquido ou gasoso) e 
gera uma onda eletromagnética, proporcionando a emissão de fótons idênticos, os quais amplificam a 
emissão da radiação. 
O laser então é um equipamento que concentra altos níveis de energia em um feixe estreito de luz, uma 
amplificação da luz por estimulação da emissão de radiação. 
 
Descoberta do Laser 
Em 1917, quando Albert Einstein introduziu o conceito de emissão estimulada e propôs que seria possível 
fabricar um amplificador de luz potente. A partir daí, nas décadas de 1960 e 
1970, os primeiros lasers médicos foram desenvolvidos. 
Esses lasers eram utilizados na medicina para destruição tecidual ou para 
promover a coagulação, por possuírem uma alta intensidade e efeitos térmicos. 
Entretanto, foram desenvolvidos estudos em que se observaram efeitos 
benéficos nos locais em que o laser havia sido aplicado com baixa energia (não 
térmicos), o que levou ao seu uso terapêutico. 
 
 Laserterapia 
A energia eletromagnética luminosa é transmitida no espaço como ondas, que contém partículas de energia 
denominada de fótons. Cada fóton contém quantidade de energia e comprimento de onda (cor) definidos. 
O raio laser é formado quando a energia elétrica excita os átomos de um material, emitindo assim fótons. 
Os fótons são liberados e idênticos em direção, frequência e fase. Esses fótons podem excitar a emissão de 
outros fótons, amplificando assim a emissão 
Para isso utiliza-se uma caixa de ressonância, um dispositivo com espelhos em suas extremidades. Um 
espelho é totalmente reflexivo e o outro semiespelhado. Quando o fóton é liberado, esse se reflete entre os 
espelhos e acaba excitando os elétrons mais próximos, estimulando a 
emissão de outros fótons; gerando assim um efeito em cadeia. Como uma 
das extremidades é semiespelhada, os fótons são ejetados formando assim 
o feixe de luz laser. 
 
 
Mecanismo de ação do laser terapêutico 
O comportamento da radiação LASER no corpo humano ainda é discutido, 
alguns autores dizem que as diferenças individuais, as regiões específicas 
do corpo ou mesmo detalhes relativos à forma de aplicação e o estado 
nutricional, têm a capacidade de interferir no aproveitamento da radiação 
aplicada a cada indivíduo. Assim como todas as outras radiações, o laser 
pode ser refletido, ou penetrar nos tecidos e ser absorvido, gerando alterações em diversas moléculas, 
chamadas de cromóforos. 
 
 
Os cromóforos são moléculas que transmitem cor ao composto do qual ele faz parte. Para que o laser 
terapêutico tenha efeito biológico, os fótons devem ser absorvidos pelos cromóforos. 
 
Um dos cromóforos bem conhecido é a citocromo c oxidase, presente na cadeia transportadora de 
elétrons. Este fotorreceptor possui a capacidade de absorver luz tanto do espectro vermelho quanto do 
infravermelho, levando a um aumento da síntese de trifosfato de adenosina (ATP). 
 
Além da citocromo c oxidase, outros cromóforos podem ser estimulados, como a melanina, a 
hemoglobina, DNA, proteínas como colágeno e elastina, entre outros. 
 
Ou seja, para que ocorra a transferência de energia é necessário que haja uma ressonância entre o 
comprimento de onda do laser e a cor da molécula alvo (cromóforo). 
 
 
Indivíduos com maior concentração de melanina tendem a absorver uma maior parte da radiação laser. O 
laser terá menor penetração nesses indivíduos do que 
naqueles de pele clara. 
 
 
De modo geral, a quantidade de radiação absorvida 
depende da quantidade da distribuição espacial de 
estruturas absorventes e de três fenômenos ópticos: 
 Reflexão; 
 Refração; 
 Absorção; 
 
Efeitos fisiológicos e terapêuticos da radiação laser 
O laser de baixa potência não produz efeito térmico. 
Este efeito somente existe nos lasers cirúrgicos com potências superiores a 1W. 
Nestes, há uma conversão direta da energia aplicada em efeito calórico, provocadas em parte por efeito 
mecânico. 
 
Apesar disso, seus mecanismos ainda não estão completamente conhecidos. Ainda estão em curso pesquisas 
sobre a conversão da energia luminosa em energia bioquímica, capaz de gerar efeitos biológicos. Sabemos 
que os efeitos dos lasers de baixa potência são sutis e atuam a nível celular. 
 
Produção de trifosfato adenosina (ATP) 
A produção de ATP é função principal das mitocôndrias. O ATP é usado como fonte energética para todas as 
reações celulares. 
Foi visto que o laser vermelho aumenta a transferência de elétrons pela citocromo c oxidase, aumentando 
a síntese de ATP, promovendo a aceleração da mitose celular. 
 
Essa síntese aumentada é medida em parte pela captação celular de cálcio, contribuindo para muitos dos 
benefícios da fototerapia, como o reparo tecidual. 
 
Controle da inflamação 
O laser pode controlar a inflamação porque pode interferir na produção de algumas substâncias, como as 
prostaglandinas e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), atuando de forma muito similar à inibição 
produzida por alguns anti-inflamatórios. 
 
Além desse efeito, a luz laser pode promover o desencadeamento de todo o processo cicatricial, estimulando 
as células inflamatórias a resolver a inflamação e avançar para as fases seguintes. 
 
Reparo tecidual 
Há indícios de que a luz laser pode desencadear todo o processo de reparo tecidual, por estimular a migração 
e a proliferação de queratinócitos, a degranulação dos mastócitos e a síntese e liberação de mediadores 
químicos da proliferação dos fibroblastos pelos macrófagos. 
→ Ocorre também o aumento da formação do tecido de granulação. 
 
Além de estimular a proliferação das células endoteliais e a formação de novos vasos (angiogênese). 
 
Produção de colágeno 
A luz laser estimula a síntese de colágeno, não só por aumentar a síntese de fibroblastos, células 
responsáveis pela produção de colágeno, bem como pela produção de RNAm, que codifica o procolágeno. 
O laser também estimula a produção de glicina e prolina, aminoácidos presentes na molécula de colágeno. 
 
Inibição do crescimento bacteriano 
Estudos indicam que a luz laser promove inibição do crescimento bacteriano, e que os comprimentos de 
onda mais efetivos são de 670 a 405nm. Esse efeito foi estudado apenas nos comprimentos de onda maislongos e não abaixo desse intervalo mencionado. 
 
Vasodilatação 
Estudos indicam que a radiação laser vermelha pode induzir a vasodilatação, mediada pela liberação de 
óxido nítrico endógeno, importante vasodilatador. Esse efeito seria benéfico também para o reparo tecidual, 
pois aumentaria o aporte de oxigênio e nutrientes para os tecidos e a remoção de resíduos da área irradiada. 
 
Controle da dor 
Alguns estudos observaram que houve regeneração das fibras nervosas, sendo esse efeito mais pronunciado 
na radiação por laser vermelho. A laserterapia é usada para o alívio da dor em muitas condições, tanto 
agudas quanto crônicas. 
 
Algumas condições se beneficiam da utilização da radiação laser, como artrite reumatoide, bursite e 
osteoartrite. O laser teria efeito analgésico pois reduziria a inflamação, diminuindo a liberação de 
bradicininas e favorecendo o limiar de excitabilidade dos receptores dolorosos, além de liberar endorfina e 
serotonina. 
 
 
Fotoepilação 
A epilação por laser ocorre pelo mecanismo denominado fototermólise seletiva. Esse mecanismo tem a 
melanina (cromóforo) como alvo. Como o laser possui um único comprimento de onda, terá afinidade por 
uma única estrutura (cromóforo). São utilizados lasers com comprimentos de onda maiores que 660nm. 
 
A melanina é a molécula que dá cor ao pelo, e é encontrada na porção distal do folículo piloso, no bulbo. O 
laser irá alcançar a porção do bulbo e produzir uma temperatura média de 60°C, destruindo completamente 
o pelo. Ver aplicação, cuidados e precauções no tópico de luz intensa pulsada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emissores de radiação laser 
Conforme mencionado, o laser está classificado em três grandes categorias. 
E suas respostas biológicas dependem do comprimento de onda, regime de pulso e nível de energia 
depositado. 
Utilizamos os lasers de radiação emitida com potência inferior a 1W, que basicamente são: O laser de 
Hélio-Neônio (HeNe) e o de Arseneto de Gálio (AsGa). 
 
Laser de Hélio – Neônio (HeNe) 
Os lasers de hélio-neônio (HeNe) estimulam uma mistura de gases hélio e 
neônio, produzindo luz com um comprimento de onda de 632,8 nm, 
dentro da faixa de luz vermelha visível. 
 
A corrente elétrica contínua atravessa a câmara que contém a mistura dos gases e excita os elétrons das 
moléculas de hélio. 
 
Há um “choque” entre os átomos de hélio e neônio, transferindo-se energia para o neônio. Há excitação 
das moléculas do neônio. Quando há perda da energia recebida, dá-se a emissão de fótons. A câmara que 
contém os gases é a câmara de ressonância, comentada anteriormente. 
 
A saída máxima do laser HeNe geralmente é de 1 mW ou menos (embora alguns modelos possam produzir 
uma saída entre 0,5 e 35 mW), e a energia pode penetrar de 0,8 a 15 mm. 
A emissão desse laser se dá de forma contínua, com comprimento de onda de 632,8nm e é um laser 
visível, de cor vermelha. 
 
O efeito indireto pode produzir alterações teciduais mais profundas 
que 15 mm. 
 
Laser de Arseneto de Galo (AsGa) 
A radiação por esse tipo de laser é obtida a partir da estimulação de 
um díodo semicondutor, formado por cristais de arseneto de gálio. 
Pode ser chamado também de laser semicondutor ou laser diódico. 
A emissão desse laser ocorre de forma pulsada, com comprimento 
de onda de 904nm, com cor infravermelha (não visível). 
Nele, há liberação de uma onda de luz entre 904 e 910 nm. Este 
comprimento de onda coloca o laser de AsGa dentro do espectro 
infravermelho (invisível ao olho humano). 
A energia pode penetrar nos tecidos em até 2 cm. Lasers de AsGa 
podem produzir até 2 mW de saída, a qual muitas vezes é pulsada, 
A depilação a laser será eficaz quando o laser alcançar a porção 
do bulbo a uma determinada potência e produzir uma 
temperatura média de 60°. 
 
 
Nessa temperatura no nível bulbar, haverá termólise seletiva, 
destruição completa do pelo. 
produzindo uma potência média significativamente mais 
baixa do que os lasers de HeNe. Os lasers de AsGa possuem 
um sistema que aponta uma luz visível, que se acende 
quando o laser está sendo emitido, para direcionar os 
efeitos do tratamento. 
 Lembramos que, quanto maior o comprimento de onda, 
maior é a penetração da radiação laser; sendo assim, o 
laser AsGa tem poder de penetração maior do que o de 
HeNe. Por isso, o laser de HeNE possui potencial 
terapêutico destacado em lesões superficiais, como 
afecções de pele, processo cicatricial cutâneo; já o AsGa, 
em lesões mais profundas, como articulares, musculares, 
entre outras. 
 
Há ainda no mercado os lasers de Alumínio-Gálio-Índio-Fósforo (AlGaInP) e o Arseneto-Gálio-Alumínio 
(AsGaAl), com potência média emitida de 30mW, emissão de onda contínua e comprimentos de onda de 
660nm e 830nm, respectivamente. 
 
Dosimetria 
As respostas dos tecidos dependem da dose fornecida e do 
tipo de laser utilizado. De um modo geral, o comprimento de 
onda e a área de aplicação são fixados pelo tipo de aparelho 
utilizado. 
Para se obter os efeitos fisiológicos e terapêuticos acima 
mencionados com a laserterapia, devemos conhecer alguns 
itens: 
 
Densidade energética (fluência) – Relação energia e área 
Dosa-se a quantidade de radiação que se administrará a um 
paciente. É medida em joules por centímetro quadrado (J/cm2). Recomenda-se que a densidade de energia 
a ser depositada esteja entre 1 a 6J/cm2. 
A densidade de energia do laser pode variar pelo tempo de aplicação ou pelos parâmetros de pulsação. 
A resposta obtida com diferentes dosagens e tipos de laser varia entre os estudos. Geralmente recomenda-
se que sejam utilizadas doses abaixo de 3J/cm2 para casos agudos, entre 3 a 4 J/cm2 para casos subagudos 
e acima de 4J/cm2 para casos crônicos. 
 
Como vimos, o laser vermelho visível é recomendado para lesões superficiais e o infravermelho para lesões 
mais profundas. 
 
A taxa com a qual a energia é produzida ou absorvida é medida em joules por segundo, ou seja, em watts 
(1W=1J/s) e chamada de potência. A maioria dos LASERS usados em fisioterapia tem saídas de potência de 
miliwatts. 
 
Tempo 
O tempo de aplicação para uma quantidade de energia em uma área é inversamente proporcional à 
potência de emissão. Ou seja, quanto maior a potência de emissão, menor o tempo necessário para aplicar 
uma quantidade de energia em uma área. 
Quando a área a ser tratada for de apenas um ponto, a área da ponta da caneta aplicadora é conhecida e 
constante, e é informada pelo fabricante. Entretanto, quando precisamos fazer uma aplicação numa área 
maior, devemos calcular o tempo, que dependerá: 
Tendo esses três pontos em mãos, aplicamos a seguinte fórmula: 
T (s) = dose desejada (J/cm2) x área (cm2) / potência (w). 
 Quanto maior a área a ser tratada, maior será o tempo necessário para aplicar uma certa densidade 
energética. 
 
Quando a área a ser tratada for de apenas um ponto, a área da ponta da caneta aplicadora é conhecida e 
constante, e é informada pelo fabricante. 
 
 
Quando precisamos fazer uma aplicação de modo 
varredura devemos calcular o tempo, que dependerá: - 
da dosagem (J/cm²) que desejamos aplicar; - da 
potência de emissão utilizada (geralmente informada pelo 
fabricante); - o tamanho da área a ser irradiada. 
Aplicamos a seguinte fórmula: 
 
 
 
Número e frequência de sessões: recomenda-se que o laser deva ser 
administrado no máximo uma vez por dia. Em caso de doses elevadas, 
deve-se aplicar o laser em dias alternados, para evitar o somatório de 
estímulos. 
 
 
 
A Lei de Arndt-Schulz, que postula que estímulos fracos incrementam 
ligeiramente a atividade vital e estímulos mais fortes aumentam a atividade vital, até que um limite é 
alcançado. Estímulos exacerbados suprimem o efeito e acarretam resposta negativa. 
 
 
 
 
 
 
 
Técnicas de aplicação 
→ Aplicação pontual - Consiste na aplicação da irradiação em um 
determinado ponto sobre o corpo do paciente. Devemos exercer certa pressão, para possibilitar uma 
maior penetração da radiação.A posição é mantida de acordo com o tempo necessário. Quando 
precisamos irradiar uma área maior, o aplicador é removido e recolocado em outro ponto, 
desligando-se a saída do aparelho durante a transferência e mantendo-se uma distância de 1 a 2 cm 
entre eles. 
 
 
→ Varredura - Consiste em irradiar a área movimentando a caneta aplicadora, como um pincel, fazendo 
com que o ponto iluminado “varra” roda a região. É indicada em casos em que o contato do emissor 
do laser pode desencadear dor ou contaminação dos tecidos, por exemplo em feridas abertas. 
Geralmente a caneta permanece a uma distância de 0,5 a 1 cm da superfície de tratamento, com 
incidência perpendicular. 
 
 
 
Aspectos gerais 
Avaliar o problema do paciente e estabelecer os objetivos do tratamento; 
Determinar se o LASER é a intervenção mais apropriada e se não há contraindicação para aplicação da 
técnica; 
Orientar o paciente quanto a técnica e seus efeitos; - Posicionar o paciente confortavelmente de acordo com 
a área de aplicação do laser; 
Proteger os olhos do paciente e do terapeuta com óculos de proteção; - O ângulo de incidência da radiação 
deve ser sempre de 90°; 
A região a ser tratada deve estar limpa e seca e desnuda; evitando-se qualquer substância que possa refletir 
ou absorver a radiação; 
Após a aplicação, inspecionar a área tratada, documentando a dosimetria, os resultados obtidos, se houve 
efeitos adversos. 
 
Indicações e contraindicações da Radiação Lases 
Cuidados e precauções: 
 O paciente e o terapeuta devem usar óculos de proteção; 
 Não aplicar a radiação laser sobre os olhos ou pálpebras; 
 O ângulo de incidência deve ser sempre perpendicular à área a ser irradiada; 
 Não irradiar sobre útero gravídico ou gônadas; - Não aplicar sobre glândulas hipo ou 
hiperfuncionantes; 
 Não aplicar em pacientes que usam corticosteroides e medicamentos fotossensibilizantes; 
 A área a ser tratada deve ser previamente limpa; 
 A irradiação laser sobre neoplasias é contraindicada, assim como sobre as glândulas mamárias; 
 O uso de altas doses pode promover efeitos adversos aos esperados na terapia; reduza a dose ou a 
frequência da aplicação para favorecer os resultados. 
 
Indicações 
 Reparo tecidual; 
 Redução de dor; 
 Diminuição da inflamação; 
 Artrite; 
 Edemas e linfedemas; 
 Em afecções traumato-ortopédicas; 
 Lúpus eritematoso; 
 Procedimentos estéticos, como no tratamento de estrias, acne e fibro 
edema gelóide; 
 Lesões por pressão. 
 
Contraindicações 
 Irradiação sobre os olhos; 
 Neoplasias; 
 Áreas recentemente expostas a radioterapia; 
 Hemorragia; 
 Tireoide ou glândulas endócrinas; 
 Útero gravídico e gônadas; 
 Em razão dos efeitos desconhecidos, os lasers não devem ser aplicados sobre placas epifisárias não 
fundidas ou ser administrados a crianças pequenas. 
 
Luz intensa pulsada (LIP) 
É um aparelho que possui muitos espectros, emitindo 
comprimentos de onda entre 560 e 1200nm, selecionados 
através de filtros colocados na lâmpada ou sobre ela. 
Ao contrário da radiação laser, a LIP é policromática, divergente e 
não coerente. Ou seja, será absorvida pelos diversos cromóforos 
presentes na pele, tornando a LIP menos seletiva do que os 
lasers. Por isso, utilizamos os filtros de corte, para restringir o 
espectro dos comprimentos de onda emitidos e tornar o 
dispositivo mais específico. 
Os comprimentos de onda menores são mais eficazes para a 
remoção de lesões vasculares e pigmentares, como manchas da 
pele. Já os comprimentos maiores serão utilizados para tratar alterações relacionadas ao tecido conjuntivo, 
como no rejuvenescimento. 
 
Indicações 
 Fotoepilação; 
 Foto-rejuvenescimento; 
 Alterações da cor de pele - lesões pigmentadas; 
 Lesões vasculares, como telangiectasias; 
 Ação bactericida; 
 
Na remoção de tatuagens e de lesões pigmentadas, utilizamos os comprimentos de onda vermelha e 
infravermelha, que têm como alvo a melanina (lesões pigmentadas) ou outros materiais a base de carbono 
ou corantes organometálicos (tatuagens). 
 
Nas lesões vasculares, utiliza-se o laser ou a LIP devido à capacidade do sistema de atingir especificamente 
a oxiemoglobina intravascular. Esse cromóforo possui três picos de absorção no espectro de luz visível: 418, 
542 e 577nm. 
 
A oxiemoglobina absorve a luz do laser, que é posteriormente convertida em calor e transferida para a 
parede do vaso, causando coagulação e fechamento do vaso. 
 
Aplicações cuidados e precauções 
 Limite a área em que a luz será emitida e a configuração da 
potência; 
 Escolha o comprimento de onda adequado para a patologia 
a ser tratada; 
 Uso de protetores oculares para o paciente e terapeuta; 
 O tempo de aplicação deve ser igual ou menor ao tempo de 
resfriamento das estruturas alvo, chamado de resfriamento 
térmico; 
 Deve-se evitar sobrepor a execução dos disparos, reduzindo 
o risco de superaquecimento; 
 Tempo de resfriamento térmico - é o tempo necessário para 
que o alvo perca 50% da temperatura absorvida sem provocar danos aos tecidos subjacentes; 
 Observe a resposta da pele após alguns segundos: Deve apresentar moderada hiperemia e um 
edema leve ao redor do pelo; 
 Comece com potências mais baixas e aumente gradativamente; 
 Faça a assepsia da ponteira com clorexidina 2 a 4%; 
 Coloque compressas geladas sobre as áreas tratadas; 
 Pode-se aplicar um creme à base de corticoide tópico para diminuir a resposta inflamatória; 
 Todo paciente em tratamento de epilação a laser/LIP deve fazer uso de proteção solar. 
 
O paciente pode apresentar algumas intercorrências, como a formação de crostas, coceiras, sensação de 
calor, bolhas, hiperemia, edema transitório, foliculite, hipo ou hipercromia. 
 
Contraindicações 
 Gestantes ou útero potencialmente gravídico (relativa); 
 Pacientes que se bronzearam, natural ou artificialmente, até quatro semanas antes do tratamento; 
 Pacientes fototipo VI; 
 Histórico de formação de queloides; 
 Distúrbio hormonal não controlado, como diabetes; 
 Dermatites em atividade; 
 Dificuldade de cicatrizar; 
 Áreas com manchas suspeitas ou com tecido potencialmente neoplásico; 
 Áreas com tatuagens ou maquiagem permanente; 
 Diretamente sobre os olhos; 
 Uso de medicamentos fotossensibilizantes. 
 
Diodo emissor de luz (LED) 
Os LEDs são semicondutores complexos que convertem energia elétrica em luz incoerente de espectro 
estreito. Os LEDs produzem luz de baixa intensidade. A luz de LED é policromática, incoerente e divergente. 
Os comprimentos de onda disponíveis variam da banda ultravioleta à visível e ao infravermelho próximo 
(247 a 1300nm). 
Os aplicadores de luz LED geralmente possuem muitos LEDs (acima de 30), e cada LED tem baixa potência 
de emissão. Quanto menor a potência, maior o tempo de aplicação. Para converter isso, aumenta-se o 
número de diodos e, como a luz é divergente, conseguimos aplicar em uma área maior. A potência do 
emissor, nesse caso, passa a ser o somatório da potência de todos os seus diodos. 
 
Uma diferença significativa entre a luz laser e os LEDs é o modo como a energia da luz é fornecida. O LED é 
mais suave do que o laser no mesmo comprimento de onda, com produção de energia menor. Os LEDs não 
fornecem energia suficiente para oferecer danos aos tecidos e aos olhos como os lasers. 
 
Uma outra vantagem é que há a possibilidade de combinar comprimentos de onda de vários tamanhos. 
Diferentes comprimentos de onda possuem diferentes cromóforos e diferentes efeitos nos tecidos. 
Geralmente, esses comprimentos são referenciados pela cor que emitem, como luz azul (400-470nm), 
verde (470-550nm), vermelha (630-700nm) e infravermelha próxima (700-1200nm). 
 
A luz vermelha é eficaz em lesões mais profundas, como no foto-rejuvenescimento, e, a luz azul, para 
afecções da pele, como acne e manchas superficiais. 
 
O mecanismo de ação é o mesmo da terapiapor laser, e foram vistos efeitos fisiológicos e terapêuticos 
parecidos, como aumento da produção de ATP, modulação da resposta inflamatória, estimulação da 
angiogênese, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
A radiação ultravioleta (UV) é uma das mais antigas modalidades terapêuticas. A exposição ao sol é 
preconizada desde a antiguidade. Por volta dos séculos XVIII e XIX, estudos como o do Dr. Niels Finsen 
despertaram o interesse da fototerapia no tratamento de várias dermatoses. 
A radiação UV abrange uma pequena parte do espectro eletromagnético entre 100 a 400nm de 
comprimento de onda, com frequência entre os raios X e a luz visível. Classificamos a radiação UV em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A luz solar é 
composta por 
espectro contínuo 
de radiação 
eletromagnética, que compreende a radiação UV, luz visível e radiação infravermelha (IV). Ao atingir a pele 
desprotegida, a radiação UV pode ser absorvida e causar alterações químicas em diversas moléculas, 
denominadas de cromóforos, tais como a melanina, o DNA, proteínas, entre outros. 
 
A radiação UVA (também chamada de UV longa) atinge a epiderme e a derme, e possui propriedades de 
bronzeamento. A UVB (ou UV média) atinge principalmente a epiderme e produz eritema cutâneo. 
 
O UVC (ou UV 
curto) é 
dispersado pela camada de ozônio quando passa na 
atmosfera. É o mais energético do espectro UV terapêutico e 
possui propriedades bactericidas. Essa forma de radiação é 
encontrada em lâmpadas germicidas, mas não na luz solar que 
atinge a superfície da Terra. 
 
A radiação solar é a principal fonte de radiação UV. Entretanto, 
a utilização do sol apresenta algumas desvantagens, como por 
exemplo: A iluminação plena não está sempre disponível, o 
Radiação Ultravioleta 
espectro varia com a hora ou situação geográfica, bem como as dificuldades práticas na exposição em si. 
Atualmente, há uma variedade de geradores artificiais disponíveis para a realização dessa terapêutica. 
 
Geradores artificiais de radiação (UV) 
A radiação UV é produzida artificialmente através de uma descarga elétrica num vapor ionizável. Ou seja, 
são lâmpadas que utilizam a corrente elétrica, que atravessa o gás (geralmente mercúrio ou argônio) e faz 
com que os átomos se tornem excitados pelas colisões com os elétrons que fluem entre os eletrodos da 
lâmpada, produzindo energia luminosa não visível ou visível. 
 
 Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão de ar resfriado - consiste em um tubo de quartzo 
que possibilita a transmissão das ondas. No seu interior há gás argônio e mercúrio. Quando ocorre a 
passagem da corrente elétrica pelo gerador, o mercúrio é vaporizado pelo calor e emite 
comprimentos de onda violeta e UV. 
 
 Quartzo frio - lâmpadas de quartzo frio possuem uma pressão de mercúrio relativamente baixa, cuja 
potência está limitada aos comprimentos de onda UVC. Possuem tamanho reduzido e baixa produção 
de calor. São lâmpadas portáteis. 
 
 Tubo ou lâmpadas fluorescentes - lâmpada de vapor de mercúrio ou argônio à baixa pressão 
revestida internamente com materiais fluorescentes conhecidos como cristais de fósforo, que 
produzem a luz fluorescente visível. Emite radiação diferente na região ultravioleta, possibilitando 
assim uma ampla variedade de lâmpadas utilizadas na fototerapia das doenças de pele. 
 
Efeitos fisiológicos e terapêuticos da radiação UV 
Os efeitos fisiológicos da radiação UV são principalmente de natureza química e ocorrem nas camadas da 
pele. A radiação UV possui um comprimento de onda menor do que as outras luzes, penetrando menos nos 
tecidos e com absorção muito pequena. Entretanto, possuem mais energia, produzindo átomos excitados 
capazes de produzir reações químicas. 
 
→ Produção de eritema 
É o aspecto avermelhado da pele na área sujeita à ação da radiação UV, principalmente a UVB. Ocorre pela 
dilatação dos vasos sanguíneos em resposta a uma reação inflamatória aguda. Há liberação de histamina, 
que leva a esse eritema (associado à queimadura solar, pigmentação ou bronzeamento). 
 
→ Pigmentação 
A pigmentação é um mecanismo protetor em resposta à exposição da radiação UV, principalmente a UVA. 
Ocorre a ativação dos melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina, que funcionam como 
“filtro biológico”, liberando seus grânulos na região supranuclear dos queratinócitos para proteger o DNA 
dessas células; a região exposta torna-se então bronzeada. 
 
→ Hiperplasia epidérmica 
Consiste no aumento da espessura epidérmica devido ao aumento na velocidade da divisão das células 
epidérmicas basais, chamada de queratinização. É um mecanismo protetor à radiação UV, principalmente a 
UVB. 
 
 
 
 
→ Síntese de vitamina D 
Ocorre pela transformação de esteróis na pele em vitamina D em resposta à radiação UV. A vitamina D 
controla a absorção de cálcio, íon essencial para a formação do osso. Ela sofre alterações nos fígados e nos 
rins e facilita a absorção intestinal do cálcio. 
 
→ Bactericida 
É o efeito letal da radiação UVC sobre as bactérias, vírus e fungos. Geralmente utilizada na eliminação de 
patógenos das superfícies hospitalares. Na reabilitação, é utilizada em lesões por pressão ou crônicas, no 
tratamento da acne e outras dermatites específicas (por reduzir a carga bacteriana). 
 
→ Psoríase 
A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada pela presença de lesões em forma de 
placas descamativas e avermelhadas, principalmente na região das articulações e couro cabeludo. Muitos 
artigos indicam o uso da fotoquimioterapia (radiação UV no tratamento da psoríase), sozinha ou combinada 
com fármacos sensibilizantes, chamados de psoralênicos. A radiação UV tem efeitos antiproliferativos, anti-
inflamatórios e imunossupressores. 
 
→ Vitiligo 
Degeneração de melanócitos em determinadas áreas da pele, causando uma despigmentação localizada. 
Ainda não está esclarecido se ocorre devido a reações imunológicas ou autodestruição dos melanócitos 
pelo acúmulo de intermediários tóxicos da síntese de melanina. 
Os raios UV estimulam a proliferação e migração dos melanócitos e interferem também no processo 
inflamatório da doença. Também se utiliza a fotoquimioterapia. 
 
→ Reparo tecidual 
Os efeitos da radiação UV seriam benéficos na cascata de cicatrização por estimular a proliferação e 
migração dos queratinócitos, liberação de mediadores químicos e pelo efeito bactericida. 
Como a radiação UV penetra nas camadas mais superficiais da pele, a exposição prolongada pode causar 
danos nessas regiões, como o envelhecimento precoce e a formação de cânceres. 
Os raios UV podem levar à formação de radicais livres, aumento da ativação de enzimas que degradam as 
proteínas da pele, como o colágeno e a elastina (elastose solar), provocando assim o aparecimento de 
rugas, flacidez cutânea e manchas. 
Como o DNA é um dos principais alvos da radiação UV, a exposição prolongada pode causar modificações 
nas enzimas que reparam essa molécula, tornando essa reparação menos eficiente e podendo gerar lesões 
benignas ou malignas. 
 
→ Dosimetria 
Como podemos observar, os efeitos fisiológicos e terapêuticos da radiação UV dependem não só do 
comprimento de onda, bem como da intensidade da radiação e da profundidade de penetração. A 
profundidade dependerá também da espessura e da pigmentação da área a ser tratada e da duração do 
tratamento. 
Antes de aplicarmos a radiação UV, devemos estabelecer a dose de eritema mínimo (DEM), que é a menor 
dose de energia necessária para produzir eritema leve, 24 horas após a irradiação. Analisamos essa 
dosagem em cada paciente, pois o eritema produzido em resposta à radiação UV depende do fototipo e da 
sensibilidade individual de cada um. 
 Para realizarmos o DEM, utiliza-se um pedaço de cartolina ou pano com oito a dez furos, e coloca-
se sobre a pele do paciente. Posiciona-se a fonte de radiação UV a uma distância aproximada de 20 
a 70cm, com incidência perpendicular sobre os furos. Após 10 a 15 segundos, cobre-seum furo; 
após 20 ou 30 segundos, outro, e assim sucessivamente. 
 Examinar a pele 24 horas após a aplicação. 
 De acordo com o aspecto da pele em cada furo, podemos classificar os graus de eritema e adequá-
los aos objetivos do tratamento. O eritema mais discreto ou mais reduzido será registrado como 
DEM, e o mais acentuado como a dose de eritema máximo. Se ocorrer queimadura, ou descamação 
excessiva, há necessidade de diminuir a dose. 
 Recomenda-se iniciar o tratamento do paciente com 75 a 90% dessa dose, aumentando 
gradativamente para minimizar as reações de queimadura pelo UV. 
 O tempo de aplicação depende do resultado do teste. Em média, quatro minutos são suficientes. 
Inicialmente, esse tempo pode variar entre 30 segundos a três minutos de exposição. 
Existem vários protocolos de tratamento com a radiação UV, que variam com sessões em dias alternados 
para aplicação diária, dependendo do grau do eritema. 
 
Técnicas de aplicação - aspectos gerais 
 Após o teste da DEM, explica-se ao paciente a técnica e todos os seus efeitos; 
 Posicionar o paciente em uma maca apropriada na posição padrão de acordo com o tipo de gerador 
UV utilizado - a distância do aparelho até a pele do paciente varia de acordo com cada tipo; 
 O ângulo de incidência da radiação deve ser sempre de 90°; 
 A região a ser tratada deve estar limpa e seca, sem a presença de cosméticos, óleos, maquiagens ou 
outros produtos químicos; a área a ser tratada só será despida no momento da aplicação; 
 Proteger os olhos do paciente e do terapeuta com óculos de proteção; 
 Colocar a zona a ser tratada em posição cômoda, geralmente o paciente se deita na maca com 
braços e pernas retos. É importante que os membros não toquem um no outro nem no tronco. O 
indivíduo precisa ser alertado a se manter parado e a não tocar o aparelho; 
 Ajustar a distância entre a fonte e o paciente, medir e anotá-la; 
 Ligar a lâmpada durante o tempo apropriado; 
Permanecer próximo ao paciente para qualquer eventualidade; 
Após a aplicação, inspecionar a área tratada, documentando a dosimetria, os resultados obtidos e 
se houve efeitos adversos. 
 
Cuidados e precauções: 
 Tanto o paciente quanto o terapeuta devem usar óculos de proteção; 
 A região das nádegas, genitálias, seios, cicatrizes e pele atrófica deve ser protegida; 
 O paciente deve ser orientado a não utilizar produtos químicos sobre a região a ser tratada; 
 Nunca estimar a distância entre a fonte geradora e o paciente, essa deve ser sempre medida; 
 As idades extremas (idosos e crianças) são mais sensíveis à exposição da radiação UV; 
 Mulheres são mais resistentes aos raios UV; 
 Pessoas de pele negra são menos sensíveis aos raios UV; 
 Áreas mais vascularizadas absorvem e proliferam melhor a radiação UV; 
 A área a ser tratada deve ser previamente limpa; 
 Deve-se manter a distância adequada para a radiação UV. 
 
Indicações gerais da radiação UV 
 Acne; 
 Foliculite; 
 Ferimentos assépticos; 
 Ptiríase rósea; 
 Tricofitose na cabeça; 
 Lesões por pressão; 
 Distúrbios de pele; 
 Osteomalácia; 
 Aumento na síntese de vitamina D; 
 Psoríase; 
 Vitiligo; 
 Esterilização; 
 
 
 
 
 
Contraindicações gerais da radiação UV 
 Lúpus eritematoso; 
 Porfirias; 
 Pelagra; 
 Sarcoidose; 
 Urticária solar; 
 Eczema agudo; 
 Herpes simples; 
 Insuficiência renal e/ou hepática; 
 Diabetes; 
 Hipertireoidismo; 
 Dermatite generalizada; 
 Quadros febris; 
 Tuberculose pulmonar ativa e progressiva; 
 Xerodermia (pele seca e descamativa); 
 Albinos; 
 Gestantes (fisioterapeuta e paciente); 
 Câncer de pele.

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