Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A radiação eletromagnética é formada por um campo eletromagnético e um campo elétrico que variam ao longo do tempo e estão perpendiculares entre si. Os agentes físicos que emitem energia na forma de radiação eletromagnética compreendem várias formas de luz visível e invisível, bem como de radiação. → Propriedades físicas da luz Onda É o movimento causado por uma perturbação que se propaga através de um meio. A onda transfere energia de um ponto a outro sem haver transporte de matéria. Na luz, as variáveis que sofrem oscilação são os vetores “campo elétrico” e “campo magnético”. Amplitude É a magnitude da onda, ou seja, a distância entre zero e o valor máximo (crista da onda) ou valor mínimo (vale). Comprimento de onda Distância percorrida pela onda em um período, medida em metros (na física, é representada pela letra grega lambda, ʎ). É a distância entre duas posições de amplitudes máxima (cristas de onda) ou mínima (vales). Consiste no tratamento baseado no tratamento baseado na interação da radiação eletromagnética da luz com os tecidos humanos. A luz é a energia eletromagnética dentro ou perto da faixa visível do espectro eletromagnético. Na biofototerapia ocorre transferência térmica por radiação, ou seja, sem contato ou intervenção de um meio de transmissão. A energia eletromagnética “viaja” através do espaço e transfere calor do corpo com temperatura mais alta para outro de temperatura mais baixa. Frequência Quantidade de oscilações por unidade de tempo, ou seja, o número de vezes que uma mesma onda se repete por tempo. É expressa em Hertz (Hz). Ou seja, quanto maior for a frequência de onda, menor será a distância entre elas (menor será o comprimento de onda). Espectro eletromagnético É o conjunto de ondas eletromagnéticas classificadas quanto aos seus comprimentos de onda e suas frequências. No caso, a luz visível está compreendida numa faixa de 400 a 700nm de comprimento de onda; é a luz capaz de sensibilizar os olhos humanos. A radiação ultravioleta abrange a região de comprimento de onda entre os raios X e a luz visível, entre 100 a 400nm. A luz produzida por um laser é monocromática, ou seja, possui apenas uma cor, cuja radiação emitida agrupa-se em torno de um único comprimento de onda. A maioria das luzes é policromática, ou seja, formada por fótons de diferentes comprimentos de onda. Energia Cada uma das cores visíveis (comprimentos de onda diferentes) representa um fóton de energia diferente. A cor diferente ocorre devido às várias formas de energia radiante que são refratadas ou alteram sua direção como um resultado de diferenças no comprimento de onda e frequência de cada cor. Ao atravessar um prisma, o tipo de energia radiante menos refratada aparece como vermelha; já a cor violeta representa a energia radiante mais refratada. Assim, a luz de comprimento maior é a de cor vermelha e baixa em energia, enquanto a luz de menor comprimento de onda é violeta e relativamente mais alta em energia. A energia do fóton é inversamente proporcional ao comprimento de onda. Cor vermelha: luz de comprimento maior e baixa em energia; Cor violeta: luz de menor comprimento de onda e mais alta em energia; A energia do fóton é inversamente proporcional ao comprimento de onda. Monocromaticidade – comprimento de onda específico (único), com uma frequência definida. Produz uma única cor, pura (visível). Coerência É a medida da correlação entre as fases em diferentes pontos de uma onda. É dividida em coerência temporal e espacial. A radiação LASER não tem apenas o mesmo comprimento de onda como também a mesma fase, ou seja, os picos e as depressões dos campos elétricos e magnéticos ocorrem ao mesmo tempo; isto é chamado de coerência espacial. Coerência temporal - é a medida da correlação da fase da onda luminosa em diferentes pontos da direção de propagação, ou seja, o quanto as depressões e os picos de onda de luz se encaixam perfeitamente no tempo. Está ligada à frequência da onda e a quão similares essas frequências são, possuindo assim mesmo comprimento de onda. Coerência espacial - é a medida da fase da onda luminosa em diferentes pontos na direção transversal à direção de propagação. Informa o quão uniforme essas ondas “viajam” na mesma direção. A imagem está dividida em quatro figuras: A) ondas temporal e espacialmente incoerentes; possuem diferentes comprimentos de ondas e direção de propagação; B) ondas temporalmente incoerentes e espacialmente coerentes; possuem diferentes comprimentos de onda, porém viajam na mesma direção; C) ondas temporalmente coerentes e espacialmente incoerentes; possuem mesmo comprimento de onda (monocromáticas), mas se propagam em direções diferentes; D) ondas temporal e espacialmente coerentes; possuem comprimento de onda e direção de propagação idênticos. Colimação Processo de tornar paralelas as trajetórias de determinadas partículas, por exemplo, dos fótons ou raios de luz. No caso da luz laser, a luz é colimada; há uma divergência mínima da radiação emitida. Na luz convencional, o feixe de fótons diverge para vários lados. Colimação (feixe paralelo): como consequência da coerência espacial os raios LASERS permanecem em um feixe paralelo. Como as radiações não divergem, a energia é propagada em distâncias muito longas. Essa propriedade torna os lasers de grande valor para medições e localização de alvos. A luz laser possui alta coerência, tanto espacial quanto temporal, com frequência de luz extremamente uniforme e de grande precisão. As ondas individuais estão em fase uma com a outra, diferentemente da luz convencional. Efeitos da energia eletromagnética - leis Para melhor entendimento, pode ser feita a analogia de que as radiações visíveis comuns (não coerentes) são como uma multidão de pessoas usando roupas diferentes, caminhando em direções e em velocidades diferentes. A radiação LASER é como uma coluna de soldados, todos marchando no mesmo ritmo (em fase), na mesma direção (coerência espacial) e usando o mesmo uniforme (monocromaticidade). Quando as radiações eletromagnéticas entram em contato com os tecidos, podem ser refletidas da superfície da pele ou penetrar, sofrendo dispersão, refração e sendo finalmente absorvidas pelos tecidos. Essa penetração nos tecidos depende do comprimento de onda, da natureza da superfície do tecido, do ângulo de incidência e da distância entre a fonte e o tecido. A luz refletida é aquela que volta ao local de origem. Quando a luz é refratada, ela passa de um material para outro, mudando sua direção e sofrendo posterior absorção. A estimulação só ocorre se a energia produzida for absorvida no tecido. O objetivo da terapêutica por luz é administrar energia suficiente para estimular respostas fisiológicas nos tecidos. O comprimento da onda da luz afeta principalmente a profundidade de penetração e influencia os efeitos da luz nos tecidos. A luz com comprimentos de onda entre 600 a 1.300nm, ou seja, vermelho ou IV, possui a profundidade ideal de penetração no tecido humano. A luz com comprimento de onda na extremidade superior e uma frequência na extremidade inferior desse intervalo penetra mais profundamente. Já a luz com comprimento de onda menor e uma frequência maior penetra menos. Por exemplo, a luz infravermelha penetra de 2 a 4cm nos tecidos moles, enquanto a luz vermelha penetra apenas alguns milímetros. Lei do cosseno – a reflexão da radiação eletromagnética reduz a quantidade de energia que estará disponível para os objetivos terapêuticos. A intensidade da radiação que incide sobre uma área é proporcional ao cosseno do ângulo de incidência. Assim, quanto menor o ângulo entre o raioincidido e o ângulo reto, menor a reflexão e maior a absorção. Ou seja, o ângulo deve estar perpendicular à superfície da pele para que a absorção seja mais proveitosa, minimizando a energia refletida. Lei do quadrado inverso – a intensidade da radiação que atinge uma determinada superfície varia inversamente com o quadrado da distância a partir da fonte. Ou seja, se afastarmos a lâmpada da área de tratamento, diminui-se a intensidade da radiação. Sendo assim, a intensidade da energia que atinge o corpo é máxima quando a energia emitida é alta, a fonte de radiação está próxima ao paciente e o feixe está perpendicular à superfície da pele. A luz com comprimento de onda alto e uma frequência baixa penetra mais profundamente. Já luz com comprimento de onda mais curto e uma frequência mais alta, penetra menos. Laser É o acrônimo da expressão inglesa Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, que significa amplificação da luz pela emissão estimulada de radiação. Vale ressaltar que, no final dos anos 1980, outras formas da fototerapia foram ganhando mercado, como terapia por diodo emissor de luz (LED). Os lasers então podem ser classificados em três categorias: Lasers cirúrgicos ou de alta potência - possuem efeito térmico e potencial de corte. Lasers de média potência - possuem efeito térmico e potencial de corte. Lasers de baixa potência - possuem efeito térmico e potencial de corte. Laser de baixa potência A energia eletromagnética luminosa é transmitida no espaço como ondas, que contém partículas de energia denominada de fótons. Cada fóton contém quantidade de energia e comprimento de onda (cor) definidos. Ou seja, a corrente elétrica excita os elementos constituintes de um material (sólido, líquido ou gasoso) e gera uma onda eletromagnética, proporcionando a emissão de fótons idênticos, os quais amplificam a emissão da radiação. O laser então é um equipamento que concentra altos níveis de energia em um feixe estreito de luz, uma amplificação da luz por estimulação da emissão de radiação. Descoberta do Laser Em 1917, quando Albert Einstein introduziu o conceito de emissão estimulada e propôs que seria possível fabricar um amplificador de luz potente. A partir daí, nas décadas de 1960 e 1970, os primeiros lasers médicos foram desenvolvidos. Esses lasers eram utilizados na medicina para destruição tecidual ou para promover a coagulação, por possuírem uma alta intensidade e efeitos térmicos. Entretanto, foram desenvolvidos estudos em que se observaram efeitos benéficos nos locais em que o laser havia sido aplicado com baixa energia (não térmicos), o que levou ao seu uso terapêutico. Laserterapia A energia eletromagnética luminosa é transmitida no espaço como ondas, que contém partículas de energia denominada de fótons. Cada fóton contém quantidade de energia e comprimento de onda (cor) definidos. O raio laser é formado quando a energia elétrica excita os átomos de um material, emitindo assim fótons. Os fótons são liberados e idênticos em direção, frequência e fase. Esses fótons podem excitar a emissão de outros fótons, amplificando assim a emissão Para isso utiliza-se uma caixa de ressonância, um dispositivo com espelhos em suas extremidades. Um espelho é totalmente reflexivo e o outro semiespelhado. Quando o fóton é liberado, esse se reflete entre os espelhos e acaba excitando os elétrons mais próximos, estimulando a emissão de outros fótons; gerando assim um efeito em cadeia. Como uma das extremidades é semiespelhada, os fótons são ejetados formando assim o feixe de luz laser. Mecanismo de ação do laser terapêutico O comportamento da radiação LASER no corpo humano ainda é discutido, alguns autores dizem que as diferenças individuais, as regiões específicas do corpo ou mesmo detalhes relativos à forma de aplicação e o estado nutricional, têm a capacidade de interferir no aproveitamento da radiação aplicada a cada indivíduo. Assim como todas as outras radiações, o laser pode ser refletido, ou penetrar nos tecidos e ser absorvido, gerando alterações em diversas moléculas, chamadas de cromóforos. Os cromóforos são moléculas que transmitem cor ao composto do qual ele faz parte. Para que o laser terapêutico tenha efeito biológico, os fótons devem ser absorvidos pelos cromóforos. Um dos cromóforos bem conhecido é a citocromo c oxidase, presente na cadeia transportadora de elétrons. Este fotorreceptor possui a capacidade de absorver luz tanto do espectro vermelho quanto do infravermelho, levando a um aumento da síntese de trifosfato de adenosina (ATP). Além da citocromo c oxidase, outros cromóforos podem ser estimulados, como a melanina, a hemoglobina, DNA, proteínas como colágeno e elastina, entre outros. Ou seja, para que ocorra a transferência de energia é necessário que haja uma ressonância entre o comprimento de onda do laser e a cor da molécula alvo (cromóforo). Indivíduos com maior concentração de melanina tendem a absorver uma maior parte da radiação laser. O laser terá menor penetração nesses indivíduos do que naqueles de pele clara. De modo geral, a quantidade de radiação absorvida depende da quantidade da distribuição espacial de estruturas absorventes e de três fenômenos ópticos: Reflexão; Refração; Absorção; Efeitos fisiológicos e terapêuticos da radiação laser O laser de baixa potência não produz efeito térmico. Este efeito somente existe nos lasers cirúrgicos com potências superiores a 1W. Nestes, há uma conversão direta da energia aplicada em efeito calórico, provocadas em parte por efeito mecânico. Apesar disso, seus mecanismos ainda não estão completamente conhecidos. Ainda estão em curso pesquisas sobre a conversão da energia luminosa em energia bioquímica, capaz de gerar efeitos biológicos. Sabemos que os efeitos dos lasers de baixa potência são sutis e atuam a nível celular. Produção de trifosfato adenosina (ATP) A produção de ATP é função principal das mitocôndrias. O ATP é usado como fonte energética para todas as reações celulares. Foi visto que o laser vermelho aumenta a transferência de elétrons pela citocromo c oxidase, aumentando a síntese de ATP, promovendo a aceleração da mitose celular. Essa síntese aumentada é medida em parte pela captação celular de cálcio, contribuindo para muitos dos benefícios da fototerapia, como o reparo tecidual. Controle da inflamação O laser pode controlar a inflamação porque pode interferir na produção de algumas substâncias, como as prostaglandinas e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), atuando de forma muito similar à inibição produzida por alguns anti-inflamatórios. Além desse efeito, a luz laser pode promover o desencadeamento de todo o processo cicatricial, estimulando as células inflamatórias a resolver a inflamação e avançar para as fases seguintes. Reparo tecidual Há indícios de que a luz laser pode desencadear todo o processo de reparo tecidual, por estimular a migração e a proliferação de queratinócitos, a degranulação dos mastócitos e a síntese e liberação de mediadores químicos da proliferação dos fibroblastos pelos macrófagos. → Ocorre também o aumento da formação do tecido de granulação. Além de estimular a proliferação das células endoteliais e a formação de novos vasos (angiogênese). Produção de colágeno A luz laser estimula a síntese de colágeno, não só por aumentar a síntese de fibroblastos, células responsáveis pela produção de colágeno, bem como pela produção de RNAm, que codifica o procolágeno. O laser também estimula a produção de glicina e prolina, aminoácidos presentes na molécula de colágeno. Inibição do crescimento bacteriano Estudos indicam que a luz laser promove inibição do crescimento bacteriano, e que os comprimentos de onda mais efetivos são de 670 a 405nm. Esse efeito foi estudado apenas nos comprimentos de onda maislongos e não abaixo desse intervalo mencionado. Vasodilatação Estudos indicam que a radiação laser vermelha pode induzir a vasodilatação, mediada pela liberação de óxido nítrico endógeno, importante vasodilatador. Esse efeito seria benéfico também para o reparo tecidual, pois aumentaria o aporte de oxigênio e nutrientes para os tecidos e a remoção de resíduos da área irradiada. Controle da dor Alguns estudos observaram que houve regeneração das fibras nervosas, sendo esse efeito mais pronunciado na radiação por laser vermelho. A laserterapia é usada para o alívio da dor em muitas condições, tanto agudas quanto crônicas. Algumas condições se beneficiam da utilização da radiação laser, como artrite reumatoide, bursite e osteoartrite. O laser teria efeito analgésico pois reduziria a inflamação, diminuindo a liberação de bradicininas e favorecendo o limiar de excitabilidade dos receptores dolorosos, além de liberar endorfina e serotonina. Fotoepilação A epilação por laser ocorre pelo mecanismo denominado fototermólise seletiva. Esse mecanismo tem a melanina (cromóforo) como alvo. Como o laser possui um único comprimento de onda, terá afinidade por uma única estrutura (cromóforo). São utilizados lasers com comprimentos de onda maiores que 660nm. A melanina é a molécula que dá cor ao pelo, e é encontrada na porção distal do folículo piloso, no bulbo. O laser irá alcançar a porção do bulbo e produzir uma temperatura média de 60°C, destruindo completamente o pelo. Ver aplicação, cuidados e precauções no tópico de luz intensa pulsada. Emissores de radiação laser Conforme mencionado, o laser está classificado em três grandes categorias. E suas respostas biológicas dependem do comprimento de onda, regime de pulso e nível de energia depositado. Utilizamos os lasers de radiação emitida com potência inferior a 1W, que basicamente são: O laser de Hélio-Neônio (HeNe) e o de Arseneto de Gálio (AsGa). Laser de Hélio – Neônio (HeNe) Os lasers de hélio-neônio (HeNe) estimulam uma mistura de gases hélio e neônio, produzindo luz com um comprimento de onda de 632,8 nm, dentro da faixa de luz vermelha visível. A corrente elétrica contínua atravessa a câmara que contém a mistura dos gases e excita os elétrons das moléculas de hélio. Há um “choque” entre os átomos de hélio e neônio, transferindo-se energia para o neônio. Há excitação das moléculas do neônio. Quando há perda da energia recebida, dá-se a emissão de fótons. A câmara que contém os gases é a câmara de ressonância, comentada anteriormente. A saída máxima do laser HeNe geralmente é de 1 mW ou menos (embora alguns modelos possam produzir uma saída entre 0,5 e 35 mW), e a energia pode penetrar de 0,8 a 15 mm. A emissão desse laser se dá de forma contínua, com comprimento de onda de 632,8nm e é um laser visível, de cor vermelha. O efeito indireto pode produzir alterações teciduais mais profundas que 15 mm. Laser de Arseneto de Galo (AsGa) A radiação por esse tipo de laser é obtida a partir da estimulação de um díodo semicondutor, formado por cristais de arseneto de gálio. Pode ser chamado também de laser semicondutor ou laser diódico. A emissão desse laser ocorre de forma pulsada, com comprimento de onda de 904nm, com cor infravermelha (não visível). Nele, há liberação de uma onda de luz entre 904 e 910 nm. Este comprimento de onda coloca o laser de AsGa dentro do espectro infravermelho (invisível ao olho humano). A energia pode penetrar nos tecidos em até 2 cm. Lasers de AsGa podem produzir até 2 mW de saída, a qual muitas vezes é pulsada, A depilação a laser será eficaz quando o laser alcançar a porção do bulbo a uma determinada potência e produzir uma temperatura média de 60°. Nessa temperatura no nível bulbar, haverá termólise seletiva, destruição completa do pelo. produzindo uma potência média significativamente mais baixa do que os lasers de HeNe. Os lasers de AsGa possuem um sistema que aponta uma luz visível, que se acende quando o laser está sendo emitido, para direcionar os efeitos do tratamento. Lembramos que, quanto maior o comprimento de onda, maior é a penetração da radiação laser; sendo assim, o laser AsGa tem poder de penetração maior do que o de HeNe. Por isso, o laser de HeNE possui potencial terapêutico destacado em lesões superficiais, como afecções de pele, processo cicatricial cutâneo; já o AsGa, em lesões mais profundas, como articulares, musculares, entre outras. Há ainda no mercado os lasers de Alumínio-Gálio-Índio-Fósforo (AlGaInP) e o Arseneto-Gálio-Alumínio (AsGaAl), com potência média emitida de 30mW, emissão de onda contínua e comprimentos de onda de 660nm e 830nm, respectivamente. Dosimetria As respostas dos tecidos dependem da dose fornecida e do tipo de laser utilizado. De um modo geral, o comprimento de onda e a área de aplicação são fixados pelo tipo de aparelho utilizado. Para se obter os efeitos fisiológicos e terapêuticos acima mencionados com a laserterapia, devemos conhecer alguns itens: Densidade energética (fluência) – Relação energia e área Dosa-se a quantidade de radiação que se administrará a um paciente. É medida em joules por centímetro quadrado (J/cm2). Recomenda-se que a densidade de energia a ser depositada esteja entre 1 a 6J/cm2. A densidade de energia do laser pode variar pelo tempo de aplicação ou pelos parâmetros de pulsação. A resposta obtida com diferentes dosagens e tipos de laser varia entre os estudos. Geralmente recomenda- se que sejam utilizadas doses abaixo de 3J/cm2 para casos agudos, entre 3 a 4 J/cm2 para casos subagudos e acima de 4J/cm2 para casos crônicos. Como vimos, o laser vermelho visível é recomendado para lesões superficiais e o infravermelho para lesões mais profundas. A taxa com a qual a energia é produzida ou absorvida é medida em joules por segundo, ou seja, em watts (1W=1J/s) e chamada de potência. A maioria dos LASERS usados em fisioterapia tem saídas de potência de miliwatts. Tempo O tempo de aplicação para uma quantidade de energia em uma área é inversamente proporcional à potência de emissão. Ou seja, quanto maior a potência de emissão, menor o tempo necessário para aplicar uma quantidade de energia em uma área. Quando a área a ser tratada for de apenas um ponto, a área da ponta da caneta aplicadora é conhecida e constante, e é informada pelo fabricante. Entretanto, quando precisamos fazer uma aplicação numa área maior, devemos calcular o tempo, que dependerá: Tendo esses três pontos em mãos, aplicamos a seguinte fórmula: T (s) = dose desejada (J/cm2) x área (cm2) / potência (w). Quanto maior a área a ser tratada, maior será o tempo necessário para aplicar uma certa densidade energética. Quando a área a ser tratada for de apenas um ponto, a área da ponta da caneta aplicadora é conhecida e constante, e é informada pelo fabricante. Quando precisamos fazer uma aplicação de modo varredura devemos calcular o tempo, que dependerá: - da dosagem (J/cm²) que desejamos aplicar; - da potência de emissão utilizada (geralmente informada pelo fabricante); - o tamanho da área a ser irradiada. Aplicamos a seguinte fórmula: Número e frequência de sessões: recomenda-se que o laser deva ser administrado no máximo uma vez por dia. Em caso de doses elevadas, deve-se aplicar o laser em dias alternados, para evitar o somatório de estímulos. A Lei de Arndt-Schulz, que postula que estímulos fracos incrementam ligeiramente a atividade vital e estímulos mais fortes aumentam a atividade vital, até que um limite é alcançado. Estímulos exacerbados suprimem o efeito e acarretam resposta negativa. Técnicas de aplicação → Aplicação pontual - Consiste na aplicação da irradiação em um determinado ponto sobre o corpo do paciente. Devemos exercer certa pressão, para possibilitar uma maior penetração da radiação.A posição é mantida de acordo com o tempo necessário. Quando precisamos irradiar uma área maior, o aplicador é removido e recolocado em outro ponto, desligando-se a saída do aparelho durante a transferência e mantendo-se uma distância de 1 a 2 cm entre eles. → Varredura - Consiste em irradiar a área movimentando a caneta aplicadora, como um pincel, fazendo com que o ponto iluminado “varra” roda a região. É indicada em casos em que o contato do emissor do laser pode desencadear dor ou contaminação dos tecidos, por exemplo em feridas abertas. Geralmente a caneta permanece a uma distância de 0,5 a 1 cm da superfície de tratamento, com incidência perpendicular. Aspectos gerais Avaliar o problema do paciente e estabelecer os objetivos do tratamento; Determinar se o LASER é a intervenção mais apropriada e se não há contraindicação para aplicação da técnica; Orientar o paciente quanto a técnica e seus efeitos; - Posicionar o paciente confortavelmente de acordo com a área de aplicação do laser; Proteger os olhos do paciente e do terapeuta com óculos de proteção; - O ângulo de incidência da radiação deve ser sempre de 90°; A região a ser tratada deve estar limpa e seca e desnuda; evitando-se qualquer substância que possa refletir ou absorver a radiação; Após a aplicação, inspecionar a área tratada, documentando a dosimetria, os resultados obtidos, se houve efeitos adversos. Indicações e contraindicações da Radiação Lases Cuidados e precauções: O paciente e o terapeuta devem usar óculos de proteção; Não aplicar a radiação laser sobre os olhos ou pálpebras; O ângulo de incidência deve ser sempre perpendicular à área a ser irradiada; Não irradiar sobre útero gravídico ou gônadas; - Não aplicar sobre glândulas hipo ou hiperfuncionantes; Não aplicar em pacientes que usam corticosteroides e medicamentos fotossensibilizantes; A área a ser tratada deve ser previamente limpa; A irradiação laser sobre neoplasias é contraindicada, assim como sobre as glândulas mamárias; O uso de altas doses pode promover efeitos adversos aos esperados na terapia; reduza a dose ou a frequência da aplicação para favorecer os resultados. Indicações Reparo tecidual; Redução de dor; Diminuição da inflamação; Artrite; Edemas e linfedemas; Em afecções traumato-ortopédicas; Lúpus eritematoso; Procedimentos estéticos, como no tratamento de estrias, acne e fibro edema gelóide; Lesões por pressão. Contraindicações Irradiação sobre os olhos; Neoplasias; Áreas recentemente expostas a radioterapia; Hemorragia; Tireoide ou glândulas endócrinas; Útero gravídico e gônadas; Em razão dos efeitos desconhecidos, os lasers não devem ser aplicados sobre placas epifisárias não fundidas ou ser administrados a crianças pequenas. Luz intensa pulsada (LIP) É um aparelho que possui muitos espectros, emitindo comprimentos de onda entre 560 e 1200nm, selecionados através de filtros colocados na lâmpada ou sobre ela. Ao contrário da radiação laser, a LIP é policromática, divergente e não coerente. Ou seja, será absorvida pelos diversos cromóforos presentes na pele, tornando a LIP menos seletiva do que os lasers. Por isso, utilizamos os filtros de corte, para restringir o espectro dos comprimentos de onda emitidos e tornar o dispositivo mais específico. Os comprimentos de onda menores são mais eficazes para a remoção de lesões vasculares e pigmentares, como manchas da pele. Já os comprimentos maiores serão utilizados para tratar alterações relacionadas ao tecido conjuntivo, como no rejuvenescimento. Indicações Fotoepilação; Foto-rejuvenescimento; Alterações da cor de pele - lesões pigmentadas; Lesões vasculares, como telangiectasias; Ação bactericida; Na remoção de tatuagens e de lesões pigmentadas, utilizamos os comprimentos de onda vermelha e infravermelha, que têm como alvo a melanina (lesões pigmentadas) ou outros materiais a base de carbono ou corantes organometálicos (tatuagens). Nas lesões vasculares, utiliza-se o laser ou a LIP devido à capacidade do sistema de atingir especificamente a oxiemoglobina intravascular. Esse cromóforo possui três picos de absorção no espectro de luz visível: 418, 542 e 577nm. A oxiemoglobina absorve a luz do laser, que é posteriormente convertida em calor e transferida para a parede do vaso, causando coagulação e fechamento do vaso. Aplicações cuidados e precauções Limite a área em que a luz será emitida e a configuração da potência; Escolha o comprimento de onda adequado para a patologia a ser tratada; Uso de protetores oculares para o paciente e terapeuta; O tempo de aplicação deve ser igual ou menor ao tempo de resfriamento das estruturas alvo, chamado de resfriamento térmico; Deve-se evitar sobrepor a execução dos disparos, reduzindo o risco de superaquecimento; Tempo de resfriamento térmico - é o tempo necessário para que o alvo perca 50% da temperatura absorvida sem provocar danos aos tecidos subjacentes; Observe a resposta da pele após alguns segundos: Deve apresentar moderada hiperemia e um edema leve ao redor do pelo; Comece com potências mais baixas e aumente gradativamente; Faça a assepsia da ponteira com clorexidina 2 a 4%; Coloque compressas geladas sobre as áreas tratadas; Pode-se aplicar um creme à base de corticoide tópico para diminuir a resposta inflamatória; Todo paciente em tratamento de epilação a laser/LIP deve fazer uso de proteção solar. O paciente pode apresentar algumas intercorrências, como a formação de crostas, coceiras, sensação de calor, bolhas, hiperemia, edema transitório, foliculite, hipo ou hipercromia. Contraindicações Gestantes ou útero potencialmente gravídico (relativa); Pacientes que se bronzearam, natural ou artificialmente, até quatro semanas antes do tratamento; Pacientes fototipo VI; Histórico de formação de queloides; Distúrbio hormonal não controlado, como diabetes; Dermatites em atividade; Dificuldade de cicatrizar; Áreas com manchas suspeitas ou com tecido potencialmente neoplásico; Áreas com tatuagens ou maquiagem permanente; Diretamente sobre os olhos; Uso de medicamentos fotossensibilizantes. Diodo emissor de luz (LED) Os LEDs são semicondutores complexos que convertem energia elétrica em luz incoerente de espectro estreito. Os LEDs produzem luz de baixa intensidade. A luz de LED é policromática, incoerente e divergente. Os comprimentos de onda disponíveis variam da banda ultravioleta à visível e ao infravermelho próximo (247 a 1300nm). Os aplicadores de luz LED geralmente possuem muitos LEDs (acima de 30), e cada LED tem baixa potência de emissão. Quanto menor a potência, maior o tempo de aplicação. Para converter isso, aumenta-se o número de diodos e, como a luz é divergente, conseguimos aplicar em uma área maior. A potência do emissor, nesse caso, passa a ser o somatório da potência de todos os seus diodos. Uma diferença significativa entre a luz laser e os LEDs é o modo como a energia da luz é fornecida. O LED é mais suave do que o laser no mesmo comprimento de onda, com produção de energia menor. Os LEDs não fornecem energia suficiente para oferecer danos aos tecidos e aos olhos como os lasers. Uma outra vantagem é que há a possibilidade de combinar comprimentos de onda de vários tamanhos. Diferentes comprimentos de onda possuem diferentes cromóforos e diferentes efeitos nos tecidos. Geralmente, esses comprimentos são referenciados pela cor que emitem, como luz azul (400-470nm), verde (470-550nm), vermelha (630-700nm) e infravermelha próxima (700-1200nm). A luz vermelha é eficaz em lesões mais profundas, como no foto-rejuvenescimento, e, a luz azul, para afecções da pele, como acne e manchas superficiais. O mecanismo de ação é o mesmo da terapiapor laser, e foram vistos efeitos fisiológicos e terapêuticos parecidos, como aumento da produção de ATP, modulação da resposta inflamatória, estimulação da angiogênese, entre outros. A radiação ultravioleta (UV) é uma das mais antigas modalidades terapêuticas. A exposição ao sol é preconizada desde a antiguidade. Por volta dos séculos XVIII e XIX, estudos como o do Dr. Niels Finsen despertaram o interesse da fototerapia no tratamento de várias dermatoses. A radiação UV abrange uma pequena parte do espectro eletromagnético entre 100 a 400nm de comprimento de onda, com frequência entre os raios X e a luz visível. Classificamos a radiação UV em: A luz solar é composta por espectro contínuo de radiação eletromagnética, que compreende a radiação UV, luz visível e radiação infravermelha (IV). Ao atingir a pele desprotegida, a radiação UV pode ser absorvida e causar alterações químicas em diversas moléculas, denominadas de cromóforos, tais como a melanina, o DNA, proteínas, entre outros. A radiação UVA (também chamada de UV longa) atinge a epiderme e a derme, e possui propriedades de bronzeamento. A UVB (ou UV média) atinge principalmente a epiderme e produz eritema cutâneo. O UVC (ou UV curto) é dispersado pela camada de ozônio quando passa na atmosfera. É o mais energético do espectro UV terapêutico e possui propriedades bactericidas. Essa forma de radiação é encontrada em lâmpadas germicidas, mas não na luz solar que atinge a superfície da Terra. A radiação solar é a principal fonte de radiação UV. Entretanto, a utilização do sol apresenta algumas desvantagens, como por exemplo: A iluminação plena não está sempre disponível, o Radiação Ultravioleta espectro varia com a hora ou situação geográfica, bem como as dificuldades práticas na exposição em si. Atualmente, há uma variedade de geradores artificiais disponíveis para a realização dessa terapêutica. Geradores artificiais de radiação (UV) A radiação UV é produzida artificialmente através de uma descarga elétrica num vapor ionizável. Ou seja, são lâmpadas que utilizam a corrente elétrica, que atravessa o gás (geralmente mercúrio ou argônio) e faz com que os átomos se tornem excitados pelas colisões com os elétrons que fluem entre os eletrodos da lâmpada, produzindo energia luminosa não visível ou visível. Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão de ar resfriado - consiste em um tubo de quartzo que possibilita a transmissão das ondas. No seu interior há gás argônio e mercúrio. Quando ocorre a passagem da corrente elétrica pelo gerador, o mercúrio é vaporizado pelo calor e emite comprimentos de onda violeta e UV. Quartzo frio - lâmpadas de quartzo frio possuem uma pressão de mercúrio relativamente baixa, cuja potência está limitada aos comprimentos de onda UVC. Possuem tamanho reduzido e baixa produção de calor. São lâmpadas portáteis. Tubo ou lâmpadas fluorescentes - lâmpada de vapor de mercúrio ou argônio à baixa pressão revestida internamente com materiais fluorescentes conhecidos como cristais de fósforo, que produzem a luz fluorescente visível. Emite radiação diferente na região ultravioleta, possibilitando assim uma ampla variedade de lâmpadas utilizadas na fototerapia das doenças de pele. Efeitos fisiológicos e terapêuticos da radiação UV Os efeitos fisiológicos da radiação UV são principalmente de natureza química e ocorrem nas camadas da pele. A radiação UV possui um comprimento de onda menor do que as outras luzes, penetrando menos nos tecidos e com absorção muito pequena. Entretanto, possuem mais energia, produzindo átomos excitados capazes de produzir reações químicas. → Produção de eritema É o aspecto avermelhado da pele na área sujeita à ação da radiação UV, principalmente a UVB. Ocorre pela dilatação dos vasos sanguíneos em resposta a uma reação inflamatória aguda. Há liberação de histamina, que leva a esse eritema (associado à queimadura solar, pigmentação ou bronzeamento). → Pigmentação A pigmentação é um mecanismo protetor em resposta à exposição da radiação UV, principalmente a UVA. Ocorre a ativação dos melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina, que funcionam como “filtro biológico”, liberando seus grânulos na região supranuclear dos queratinócitos para proteger o DNA dessas células; a região exposta torna-se então bronzeada. → Hiperplasia epidérmica Consiste no aumento da espessura epidérmica devido ao aumento na velocidade da divisão das células epidérmicas basais, chamada de queratinização. É um mecanismo protetor à radiação UV, principalmente a UVB. → Síntese de vitamina D Ocorre pela transformação de esteróis na pele em vitamina D em resposta à radiação UV. A vitamina D controla a absorção de cálcio, íon essencial para a formação do osso. Ela sofre alterações nos fígados e nos rins e facilita a absorção intestinal do cálcio. → Bactericida É o efeito letal da radiação UVC sobre as bactérias, vírus e fungos. Geralmente utilizada na eliminação de patógenos das superfícies hospitalares. Na reabilitação, é utilizada em lesões por pressão ou crônicas, no tratamento da acne e outras dermatites específicas (por reduzir a carga bacteriana). → Psoríase A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada pela presença de lesões em forma de placas descamativas e avermelhadas, principalmente na região das articulações e couro cabeludo. Muitos artigos indicam o uso da fotoquimioterapia (radiação UV no tratamento da psoríase), sozinha ou combinada com fármacos sensibilizantes, chamados de psoralênicos. A radiação UV tem efeitos antiproliferativos, anti- inflamatórios e imunossupressores. → Vitiligo Degeneração de melanócitos em determinadas áreas da pele, causando uma despigmentação localizada. Ainda não está esclarecido se ocorre devido a reações imunológicas ou autodestruição dos melanócitos pelo acúmulo de intermediários tóxicos da síntese de melanina. Os raios UV estimulam a proliferação e migração dos melanócitos e interferem também no processo inflamatório da doença. Também se utiliza a fotoquimioterapia. → Reparo tecidual Os efeitos da radiação UV seriam benéficos na cascata de cicatrização por estimular a proliferação e migração dos queratinócitos, liberação de mediadores químicos e pelo efeito bactericida. Como a radiação UV penetra nas camadas mais superficiais da pele, a exposição prolongada pode causar danos nessas regiões, como o envelhecimento precoce e a formação de cânceres. Os raios UV podem levar à formação de radicais livres, aumento da ativação de enzimas que degradam as proteínas da pele, como o colágeno e a elastina (elastose solar), provocando assim o aparecimento de rugas, flacidez cutânea e manchas. Como o DNA é um dos principais alvos da radiação UV, a exposição prolongada pode causar modificações nas enzimas que reparam essa molécula, tornando essa reparação menos eficiente e podendo gerar lesões benignas ou malignas. → Dosimetria Como podemos observar, os efeitos fisiológicos e terapêuticos da radiação UV dependem não só do comprimento de onda, bem como da intensidade da radiação e da profundidade de penetração. A profundidade dependerá também da espessura e da pigmentação da área a ser tratada e da duração do tratamento. Antes de aplicarmos a radiação UV, devemos estabelecer a dose de eritema mínimo (DEM), que é a menor dose de energia necessária para produzir eritema leve, 24 horas após a irradiação. Analisamos essa dosagem em cada paciente, pois o eritema produzido em resposta à radiação UV depende do fototipo e da sensibilidade individual de cada um. Para realizarmos o DEM, utiliza-se um pedaço de cartolina ou pano com oito a dez furos, e coloca- se sobre a pele do paciente. Posiciona-se a fonte de radiação UV a uma distância aproximada de 20 a 70cm, com incidência perpendicular sobre os furos. Após 10 a 15 segundos, cobre-seum furo; após 20 ou 30 segundos, outro, e assim sucessivamente. Examinar a pele 24 horas após a aplicação. De acordo com o aspecto da pele em cada furo, podemos classificar os graus de eritema e adequá- los aos objetivos do tratamento. O eritema mais discreto ou mais reduzido será registrado como DEM, e o mais acentuado como a dose de eritema máximo. Se ocorrer queimadura, ou descamação excessiva, há necessidade de diminuir a dose. Recomenda-se iniciar o tratamento do paciente com 75 a 90% dessa dose, aumentando gradativamente para minimizar as reações de queimadura pelo UV. O tempo de aplicação depende do resultado do teste. Em média, quatro minutos são suficientes. Inicialmente, esse tempo pode variar entre 30 segundos a três minutos de exposição. Existem vários protocolos de tratamento com a radiação UV, que variam com sessões em dias alternados para aplicação diária, dependendo do grau do eritema. Técnicas de aplicação - aspectos gerais Após o teste da DEM, explica-se ao paciente a técnica e todos os seus efeitos; Posicionar o paciente em uma maca apropriada na posição padrão de acordo com o tipo de gerador UV utilizado - a distância do aparelho até a pele do paciente varia de acordo com cada tipo; O ângulo de incidência da radiação deve ser sempre de 90°; A região a ser tratada deve estar limpa e seca, sem a presença de cosméticos, óleos, maquiagens ou outros produtos químicos; a área a ser tratada só será despida no momento da aplicação; Proteger os olhos do paciente e do terapeuta com óculos de proteção; Colocar a zona a ser tratada em posição cômoda, geralmente o paciente se deita na maca com braços e pernas retos. É importante que os membros não toquem um no outro nem no tronco. O indivíduo precisa ser alertado a se manter parado e a não tocar o aparelho; Ajustar a distância entre a fonte e o paciente, medir e anotá-la; Ligar a lâmpada durante o tempo apropriado; Permanecer próximo ao paciente para qualquer eventualidade; Após a aplicação, inspecionar a área tratada, documentando a dosimetria, os resultados obtidos e se houve efeitos adversos. Cuidados e precauções: Tanto o paciente quanto o terapeuta devem usar óculos de proteção; A região das nádegas, genitálias, seios, cicatrizes e pele atrófica deve ser protegida; O paciente deve ser orientado a não utilizar produtos químicos sobre a região a ser tratada; Nunca estimar a distância entre a fonte geradora e o paciente, essa deve ser sempre medida; As idades extremas (idosos e crianças) são mais sensíveis à exposição da radiação UV; Mulheres são mais resistentes aos raios UV; Pessoas de pele negra são menos sensíveis aos raios UV; Áreas mais vascularizadas absorvem e proliferam melhor a radiação UV; A área a ser tratada deve ser previamente limpa; Deve-se manter a distância adequada para a radiação UV. Indicações gerais da radiação UV Acne; Foliculite; Ferimentos assépticos; Ptiríase rósea; Tricofitose na cabeça; Lesões por pressão; Distúrbios de pele; Osteomalácia; Aumento na síntese de vitamina D; Psoríase; Vitiligo; Esterilização; Contraindicações gerais da radiação UV Lúpus eritematoso; Porfirias; Pelagra; Sarcoidose; Urticária solar; Eczema agudo; Herpes simples; Insuficiência renal e/ou hepática; Diabetes; Hipertireoidismo; Dermatite generalizada; Quadros febris; Tuberculose pulmonar ativa e progressiva; Xerodermia (pele seca e descamativa); Albinos; Gestantes (fisioterapeuta e paciente); Câncer de pele.
Compartilhar