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Caso Clínico – BMF2 CASO 1 - O senhor B. M. F. de 54 anos, participante da USF, em consulta de rotina, refere ter tosse produtiva com escarro branco e dispneia ao realizar esforços como subir ladeiras há 5 anos. Refere ainda que há 4 meses, notou piora da falta de ar, agora para caminhar no plano e que às vezes apresenta um pouco de sangue no escarro. Refere fumar 5 cigarros de palha por dia e 20 cigarros manufaturados por dia há 40 anos. Nega outras comorbidades. Ao exame físico de entrada apresentava-se ansioso, cianótico, extremidades frias, dispneia moderada a importante, tosse produtiva com expectoração esverdeada, f=35 rpm, uso de musculatura acessória, tiragens intercostais, esforço expiratório abdominal, AP= MV+ com roncos e sibilos difusos. Radiografia de tórax apresentada abaixo. Coletada uma gasometria de entrada em ar ambiente com os seguintes parâmetros: pH=7.30, PaCO2= 55 mmHg, PaO2= 70 mmHg, SaO2=92%. Espirometria e volumes pulmonares: TLC = Capacidade pulmonar total ; RV = volume residual Radiografia de tórax: 1. Qual o diagnóstico da espirometria? A espirometria indica Distúrbio Ventilatório Obstrutivo Moderado observada na relação vef1/cvf reduzido, vef1% reduzido, 41% moderado 2. Quais as características na radiografia? Os ramos da artéria pulmonar, direita e esquerda, estão obstruídos. 3. Há aprisionamento aéreo e hiperinsuflação pulmonar? Justifique Sim , isso acontece pela necessidade de aumento do volume pulmonar devido ao volume funcional estar diminuído . Devido a isso , com o passar do tempo os pulmões vão perder a sua capacidade de elastância e ficam hiperinsuflados e sem capacidade para expulsar corretamente o ar de dentro . 4. A limitação ao fluxo aéreo é presente principalmente na expiração ou na inspiração? Justifique Expiração. Pois é um processo passivo e como a complacência está aumentada e elastância está reduzida a expulsão do fluxo aéreo fica limitada. 5. Como está a complacência e elastância pulmonar? Justifique A complacência pulmonar, em doenças obstrutivas, tem um aumento significativo.Enquanto, a elastância pulmonar sofre uma redução. As alterações na retração elástica que ocorrem no pulmão nos casos de enfisema são presumivelmente causadas pelas alterações esse tecido elástico. 6. O uso prolongado do cigarro pode causar danos irreversíveis na unidade morfofuncional do sistema respiratório (alvéolo). Dê o nome e a função básica das células encontradas nesta estrutura. Nos alvéolos encontramos os pneumócitos I e II. Pneumócitos tipo I: células pavimentosas com núcleo elíptico e de cromatina densa, bem corado. Como as células são muito delgadas, por microscopia de luz somente se pode observar seus núcleos, sua função é facilitar a passagem dos gases. Pneumócitos tipo II: células esféricas que frequentemente fazem saliência no lúmen alveolar. Seu citoplasma pouco corado e seu núcleo esférico tem cromatina frouxa, menos corada, produz uma secreção lipoproteica, chamada de surfactante. A função do surfactante é manter os alvéolos abertos e auxiliar na difusão dos gases pela membrana alveolar. 7. Explique as alterações na barreira alvéolo-capilar que o enfisema acarreta, reduzindo assim a oxigenação sanguínea. O uso prolongado de cigarro ou exposição a determinadas substâncias, leva a uma destruição da superfície respiratória dos alvéolos, acarretando, segundo a lei de Fick, a redução da velocidade de transporte do gás oxigênio. 8. Quando ofertamos oxigênio ao paciente, qual o principal mecanismo de maior oxigenação sanguínea, baseado no princípio de Fick? O princípio de Fick explica o aumento da oxigenação sanguínea por meio da área de contato e pressão parcial. No paciente que foi ofertado oxigênio ocorre o aumento da pressão parcial do o2, assim aumenta a difusão para os tecidos 9. Por que o CO2 está elevado? O CO2 está elevado por conta da hematose prejudicada devido à obstrução causada pelo enfisema.
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