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Gestão de Custos, Riscos e Perdas

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Unidade 1
Livro Didático
 Digital
Daniel Campelo
Gestão de Custos, 
Riscos e Perdas 
(GCRP)
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autor 
DANIEL CAMPELO
O AUTOR
Daniel Campelo
Olá. Meu nome é Daniel Campelo e sou economista mestre 
em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável e especialista 
em Metodologia do Ensino a Distância. Possuo experiência técnico-
profissional na área de Economia, gestão e mercado há mais de 15 anos. 
Há 10 anos atuo na docência do Ensino Superior nos cursos de Graduação 
e Pós-graduação, sendo os últimos cinco anos dedicados à modalidade 
de Ensino a Distância. Por acreditar no papel transformador da educação 
e no excelente caminho que abre para uma sociedade mais justa, passei 
a me dedicar à transmissão de minha experiência profissional e de vida 
àqueles iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidado pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte 
comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Entendendo os conceitos e definições de logística nas 
organizações ..................................................................................................10
O que é logística? ......................................................................................................................... 10
Funções da operação logística .........................................................................12
A estratégica logística ................................................................................................................14
Aprendendo sobre a gestão da cadeia de suprimentos nas 
empresas .........................................................................................................18
O gerenciamento da cadeia de suprimentos ............................................................18
Qual a diferença entre GCS e logística? .......................................................................20
Importância do gerenciamento da cadeia de suprimentos ...........................21
Compreendendo os custos inerentes às operações 
logísticas .........................................................................................................25
Os custos de uma organização .......................................................................................... 25
Estimando os custos de uma atividade ........................................................................29
Técnicas de estimativa de custos ..................................................................30
Análise de custo-benefício de uma atividade ......................................................... 34
Compreendendo os custos de transportes nas operações 
logísticas ........................................................................................................ 38
Os custos de transportes ........................................................................................................38
Componentes de custos e tempo .....................................................................................41
Tipos de custos de transporte.............................................................................................48
7
UNIDADE
01
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
8
INTRODUÇÃO
A logística é um tema importante quando tratamos da gestão de 
custos, riscos e perdas. Você já imaginou um gestor logístico que não tenha 
conhecimento sobre estratégia logística e sobre gerenciamento da cadeia 
de suprimentos e custos? Um bom profissional deve ter conhecimento de 
alguns assuntos relevantes dentro de uma organização. E é assim que 
iremos trabalhar nesta primeira unidade. Inicialmente, iremos estudar 
sobre logística geral e logística estratégica. Em seguida, iremos entender 
sobre gerenciamento da cadeia de suprimentos. Estudaremos, ainda, os 
custos inerentes às operações logísticas e, por fim, nos concentraremos 
nos custos de transportes. Assim, finalizaremos todo o conteúdo proposto 
para você nesta primeira unidade. Vamos nessa?
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
9
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Entender os conceitos e as definições de logística nas organizações.
2. Aprender sobre a gestão da cadeia de suprimentos nas empresas.
3. Compreender os custos inerentes às operações logísticas.
4. Compreender os custos de transportes nas operações de logística.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
10
Entendendo os conceitos e definições de 
logística nas organizações
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de entender 
os principais conceitos e definições de logística nas 
organizações. Iremos nos aprofundar nas funções da 
operação logística, cujo papel é fundamental na gestão 
de custos de uma organização, e depois abordaremos sua 
estratégia, um passo adiante no quesito gestão. Por isso, um 
bom gestor desta área precisa ter conhecimento sobre tais 
temáticas e ser capaz de colocá-las em prática sempre que 
requisitado. Compreender bem esses aspectos é relevante 
no seu conhecimento e em sua profissão. Vamos desbravar 
esse novo universo em busca de mais conhecimento. 
Então vamos lá. Avante!
O que é logística?
Originalmente, a logística desempenhava o papel vital de transportar 
militares, equipamentos e mercadorias em operações. Embora a logística 
seja tão importante como sempre o foi nas Forças Armadas, hoje o 
termo é mais comumente empregado no contexto da movimentação de 
mercadorias comerciais dentro da cadeia de suprimentos.
Figura 1: Logística 
Fonte: Freepik
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
11
DEFINIÇÃO:
Logística é o processo de planejar e executar o transporte 
e armazenamento eficiente de mercadorias durante todo 
o curso, do ponto de origem ao ponto de consumo. Seu 
objetivo é atender aos requisitos do cliente de maneira 
oportuna e econômica.
Como parte do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (GCS), 
a logística é o processo de planejamento e execução do transporte de 
mercadorias dos armazéns para os clientes.
NOTA:
Dada a importância do gerenciamento da cadeia de 
suprimentos, dedicaremos nesta unidade um capítulo 
exclusivo para esta temática!
Muitas empresas são especializadas em logística, prestando 
serviços a fabricantes, varejistas e outras indústrias que apresentam 
grande necessidade de transporte de mercadorias. 
Alguns possuem toda a gama de infraestrutura, de aviões a 
caminhões, incluindo armazéns e softwares,a passo que outros se 
especializam em uma ou duas funções distintas. 
Normalmente, grandes varejistas ou fabricantes desempenham por 
conta própria as principais funções de sua rede logística. A maioria das 
empresas, no entanto, passa essas funções para empresas fornecedoras 
de logística terceirizada.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
12
Funções da operação logística
As duas principais funções da operação logística são transporte e 
armazenamento.
NOTA:
A gestão de transporte se concentra no planejamento, 
otimização e execução do uso de veículos para movimentar 
mercadorias entre armazéns, lojas e clientes. O transporte 
é intermodal e multimodal, podendo incluir variedade de 
transporte, como hidroviário, aéreo, ferroviário e rodoviário. 
Logo, não surpreende que o gerenciamento de transporte seja um 
processo complexo envolvendo o planejamento e a otimização de rotas 
e cargas de remessa, gerenciamento de pedidos, auditoria e pagamento 
de frete. Ele também pode se estender ao gerenciamento de pátios, 
um processo que supervisiona a movimentação de veículos por esses 
espaços fora das fábricas, armazéns e instalações de distribuição. O 
gerenciamento de transportes é um aspecto importante, pois o preço, 
a disponibilidade e a capacidade das transportadoras podem variar 
bastante.
NOTA:
Iremos focar nos custos de transportes no fim desta unidade, 
onde dedicaremos um capítulo específico para abordarmos 
esta temática tão importante para as operações logísticas.
As empresas de logística geralmente usam o software do sistema 
de gerenciamento de transporte (TMS) para ajudar a atender às demandas 
da logística relacionada ao transporte. Existem também aplicações 
específicas, como é o caso dos sistemas de gerenciamento de pátio.
Já o armazenamento (ou gerenciamento de armazém), inclui 
funções como gerenciamento de estoque e atendimento de pedidos 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
13
e, ainda, envolve o gerenciamento da infraestrutura e dos processos do 
armazém.
Exemplo: Em um centro de distribuição, onde os pedidos de 
mercadorias são recebidos, processados e atendidos (enviados ao 
cliente), todas as funções do gerenciamento de armazém são realizadas.
A maioria das empresas utiliza o software WMS (Warehouse 
Management System) para gerenciar o fluxo e o armazenamento de 
mercadorias, bem como para rastrear o estoque. 
Grande parte dos fornecedores de software de planejamento de 
recursos empresariais (ERP) oferece módulos TMS e WMS, além de 
componentes mais especializados para gerenciamento de inventário e 
outras funções logísticas.
O gerenciamento alfandegário (ou gerenciamento global do 
comércio) é também frequentemente considerado parte da logística, pois 
a documentação para mostrar conformidade com os regulamentos do 
governo deve ser processada frequentemente quando as mercadorias 
atravessam fronteiras nacionais ou entram nos portos de embarque.
VOCÊ SABIA?
Você sabia que alguns países no mundo já começam 
a utilizar carros autônomos, isto é, sem motorista? Já 
imaginou o impacto disso nos custos logísticos? Pois é. 
A inteligência artificial (IA) e a tecnologia de veículo sem 
motorista desempenharão um papel importante no que 
será a logística no futuro.
Algumas empresas de logística já utilizam a IA para rastrear melhor 
os pacotes e prever problemas relacionados ao transporte na cadeia de 
suprimentos. Enquanto isso, como vimos acima, já se observa que há 
empresas que fazem uso de veículos autônomos, como empilhadeiras 
sem motorista, caminhões de entrega e drones. Essa forma de operar 
provavelmente se tornará mais comum em armazéns e rodovias.
Embora a entrega pontual de mercadorias sem danos sempre 
tenha sido importante em toda a cadeia de suprimentos, tornou-se ainda 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
14
mais crítica nos últimos anos à medida que o comércio passou a realizar a 
entrega da encomenda, seja doméstica, seja no varejo, no mesmo dia em 
que o pedido foi feito.
Fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas tiveram que 
melhorar seus processos logísticos para atender à demanda por entrega 
mais rápida e mais conveniente de uma variedade maior de mercadorias. 
Tiveram, ainda, que integrar melhor seus processos e sistemas para 
melhorar a visibilidade da cadeia de suprimentos.
Agora que já sabemos o que é logística e alguns conceitos 
importantes, vamos além? Chegou a hora de estudarmos estratégia 
logística, entender o que é essa temática e algumas estratégias 
importantes para a operação logística de sua empresa. Vamos lá?
A estratégica logística
Entendemos no tópico anterior a definição de logística e alguns 
conceitos importantes, porém há muito mais na logística do que apenas 
tomar decisões táticas sobre transporte e armazenamento. É preciso 
desenvolver uma estratégia de logística para garantir o alto desempenho 
da cadeia de suprimentos.
Uma estratégia de logística pode ser definida como um conjunto de 
princípios orientadores, atitudes e forças motrizes que ajudam a coordenar 
planos, metas e políticas entre diferentes parceiros em qualquer cadeia 
de suprimentos. Auxilia também a aumentar o desempenho da cadeia de 
suprimentos, ao mesmo tempo em que melhora seu gerenciamento.
A cadeia de suprimentos muda constantemente, o que, por sua vez, 
afeta a organização logística. Você deve implementar uma estratégia de 
logística para garantir que possa se adaptar à flexibilidade da cadeia de 
suprimentos. 
Uma estratégia de logística permite identificar como as mudanças 
iminentes afetam a empresa, fazendo com que você possa implementar 
as alterações organizacionais ou funcionais necessárias para garantir que 
os níveis de serviço não sejam reduzidos.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
15
Figura 2: Estratégia logística
Fonte: Freepik
Exemplo: Para tomar decisões estratégicas quanto aos custos, por 
exemplo, você deve examinar todos os cinco componentes da operação 
logística para verificar se é possível obter algum benefício potencial de 
custo.
Vamos conhecer cada um desses cinco componentes da operação 
logística aprender a fazer a verificação tratada no exemplo acima.
Transporte: verifique se suas estratégias de transporte atuais 
ajudam os níveis de serviço ou não.
Terceirização: pergunte quais partes de terceirização são usadas na 
função de logística. Você deve questionar se a contratação de empresa 
de logística terceirizada melhoraria os níveis de serviço ou não. E se sim, 
como?
Sistemas de logística: seus sistemas de logística atuais oferecem o 
nível de dados necessário para implementar com sucesso a estratégia de 
logística? Você precisa de novos sistemas?
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
16
Concorrentes: dê uma olhada no que seus concorrentes estão 
oferecendo. Verifique se você pode fazer alguma alteração na sua empresa 
ou quais os serviços aos clientes que podem melhorar significativamente.
Revisão da estratégia: examine se todos os seus objetivos logísticos 
e organizacionais estão alinhados
IMPORTANTE:
Você deve projetar a estratégia de logística de maneira a 
conectá-la aos fornecedores, corporações e fabricantes 
localizados em várias partes do mundo. Você deve ter 
a tecnologia para vincular todos os envolvidos de uma 
maneira que ofereça consistência, aprimore a visibilidade 
e simplifique os processos, criando desse modo as 
ferramentas para enfrentar os desafios em tempo real.
A seguir, vamos ver algumas boas estratégias logísticas que podem 
ser utilizadas na prática.
a. Busque boas soluções: certifique-se de usar soluções que possam ser 
entregues a todos na cadeia de suprimentos, independentemente de 
sua localização. Assim, você deve optar por implementar uma solução 
configurável em vez de uma que seja um modelo “copia e cola” de outras 
empresas. Você deve encontrar uma solução que possa ser totalmente 
configurada para várias necessidades de sua cadeiade suprimentos. 
b. Realize ações apoiadas por fatos: quando você confia nos fatos e 
tem acesso em tempo real às informações, pode executar ações 
que ajudam sua empresa a atingir seu potencial máximo com 
um investimento de tempo mínimo. Evite recorrer aos costumes 
antigos da empresa se eles forem irrelevantes nos tempos atuais.
c. Use dados precisos: quando você tem dados precisos, consegue tomar 
decisões informadas que podem ajudá-lo a planejar o sucesso futuro. 
Não tenha medo de usar a inovação para planejar com antecedência. 
d. Implemente sistemas automatizados: eles oferecem 
dados precisos sobre quase tudo de que você precisa. 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
17
Não deixe de observar essa estratégia, pois caso você a 
negligencie, isso poderá atrapalhar seus planos para o futuro.
e. Adote novas tecnologias: incorpore inovações como 
tecnologia em nuvem, tecnologia de rastreamento, uso de 
balanças de caminhão e tecnologia de voz em seus processos 
logísticos. Fique de olho em novos desenvolvimentos, como 
a impressão 3D, que podem vir a mudar o jogo no futuro.
REFLITA:
O futuro da logística é realmente promissor e você deve 
tomar as medidas necessárias para acompanhá-lo. 
Certifique-se de tomar decisões de longo prazo de modo 
que você consiga garantir que a logística realize um papel 
fundamental de apoio à empresa.
Espero que a importância desses conceitos já tenha ficado mais 
clara para você. Como vimos, o papel do gestor logístico dentro da 
organização atualmente é cada vez mais abrangente. 
Agora que estudamos estes temas, vamos avançar na nossa 
unidade e estudar sobre gestão da cadeia de suprimentos nas empresas.
Vamos em frente!
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
18
Aprendendo sobre a gestão da cadeia de 
suprimentos nas empresas
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender 
o funcionamento, a importância e a complexidade do 
gerenciamento da cadeia de suprimentos. Além disso, 
você entenderá que logística e gerenciamento da cadeia 
de suprimentos, embora muitas vezes equivocadamente 
tratados como sinônimos, não são a mesma coisa. 
Você sabia que vários gestores desconhecem essas 
diferenças? Além de ser importante conhecê-las, também 
se faz necessário aplicá-las nas organizações. Então, 
irei te conduzir a esse novo mundo de conhecimento: o 
gerenciamento da cadeia de suprimentos, sua importância 
e complexidades. Preparado? Vamos lá!
O gerenciamento da cadeia de suprimentos
Em uma organização, é preciso muitas vezes controlar o fluxo de um 
determinado produto. Em uma fábrica, por exemplo, é preciso controlar o 
produto desde sua fabricação até a entrega ao cliente. Para que isso seja 
feito de forma eficiente, é preciso que haja o gerenciamento da cadeia de 
suprimentos.
Quando falamos de controle, estamos falando de todas as pessoas 
responsáveis por este papel na organização. Acompanhar todo o processo 
da cadeia de suprimentos, com atenção às questões logísticas, realizando 
o monitoramento e controle é fundamental para o sucesso da organização. 
Mas afinal, o que é gerenciamento da cadeia de suprimentos?
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
19
DEFINIÇÃO:
O gerenciamento da cadeia de suprimentos (GCS) é 
composto por diversas atividades necessárias para planejar, 
controlar e executar o fluxo de um produto no processo 
que vai da aquisição de matérias-primas e produção até a 
distribuição ao cliente final, da maneira mais simplificada e 
econômica possível.
Figura 3: Controle do fluxo 
Fonte: Freepik 
O GCS abrange o planejamento e a execução integrados dos 
processos necessários para otimizar o fluxo de materiais, informações e 
capital financeiro nas áreas que incluem amplamente o planejamento da 
demanda, fornecimento, produção, gerenciamento e armazenamento de 
estoque, transporte e retorno por excesso ou produtos com defeito. Tanto 
a estratégia de negócios quanto softwares especializados são usados 
nesses esforços para criar uma vantagem competitiva. 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
20
EXPLICANDO MELHOR:
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é um processo 
amplo e complexo que depende de cada parceiro, dos 
fornecedores aos fabricantes, para que funcione de 
forma positiva. Por esse motivo, o gerenciamento eficaz 
da cadeia de suprimentos também requer gerenciamento 
de alterações, colaboração e gerenciamento de riscos 
para criar alinhamento e comunicação entre todas as 
organizações. 
Diante destes elementos, você deve estar se perguntando se o 
gerenciamento da cadeia de suprimentos e logística são as mesmas 
coisas. A resposta, como já tratamos anteriormente, é: não! 
Vamos entender, então, do que tratam esses termos.
Qual a diferença entre GCS e logística?
Os termos gerenciamento e logística da cadeia de suprimentos 
são frequentemente confusos ou usados como sinônimos, mas na 
verdade estamos falando de coisas distintas. Você sabe quais são essas 
diferenças? Vamos conhecê-las agora!
DEFINIÇÃO:
A logística é um componente do gerenciamento da cadeia 
de suprimentos. Ela se concentra em mover um produto 
ou material da maneira mais eficiente para que ele chegue 
ao lugar certo, na hora certa. Gerencia atividades como 
embalagem, transporte, distribuição, armazenamento e 
entrega.
Por outro lado, o GCS envolve uma gama mais ampla de atividades, 
como fornecimento estratégico de matérias-primas, obtenção dos 
melhores preços de bens e materiais e coordenação dos esforços de 
visibilidade da cadeia de suprimentos (VCS) em toda a rede de parceiros 
dessa cadeia, dentre muitas outras atividades mais.
 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
21
Figura 4: Movimentação de produtos
Fonte: Freepik
 O gerenciamento da cadeia de suprimentos produz benefícios 
como novas eficiências, maiores lucros, menores custos e maior 
colaboração. O GCS permite que as empresas gerenciem melhor a 
demanda, transportem a quantidade certa de estoque, lidem com 
interrupções, reduzam os custos ao mínimo e atendam à demanda do 
cliente da maneira mais eficaz possível. 
Esses benefícios do GCS são alcançados por meio de estratégias e 
softwares adequados para ajudar a gerenciar a crescente complexidade 
das cadeias de suprimentos atuais. 
Veremos mais sobre a importância da GCS e o papel da utilização 
de softwares nos próximos tópicos. Vamos nessa!
Importância do gerenciamento da cadeia 
de suprimentos 
O primeiro ponto importante é que as atividades do GCS podem 
melhorar o atendimento ao cliente. O gerenciamento eficaz da cadeia 
de suprimentos tem a capacidade de garantir a satisfação do cliente, 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
22
assegurando que os produtos necessários estejam disponíveis no local e 
no momento certos. 
O GCS também pode aumentar a satisfação do cliente, entregando 
produtos aos consumidores no prazo e fornecendo serviço e suporte 
rápidos sempre que preciso. Ao aumentar os níveis de satisfação do 
cliente, as empresas são capazes de criar e melhorar a lealdade do 
cliente, tornando importante o crescimento no atendimento ao cliente, 
tanto para o cliente quanto para os negócios. 
O GCS também oferece uma grande vantagem para as empresas, 
diminuindo os custos operacionais gerais. As atividades de GCS podem 
reduzir o custo de compra, o custo de produção e o custo total da cadeia 
de suprimentos. Ao diminuir os custos operacionais, a GCS também pode 
melhorar a posição financeira de uma empresa. 
Figura 5: Gerenciamento dos produtos
Fonte: Freepik
Exemplo: Os custos reduzidos da cadeia de suprimentos podem 
elevar significativamente os lucros e o fluxo de caixa de uma empresa. 
Além disso, o GCS pode diminuir a utilização de grandes ativos fixos, 
como armazéns e veículos, por exemplo, permitindo que especialistas 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
23
da cadeia de suprimentos redesenhem sua rede para atender e operar 
adequadamente com cinco armazéns e não maiscom oito, reduzindo o 
custo de propriedade de três instalações. 
NOTA:
Ainda nesta unidade, iremos focar em alguns conceitos 
gerais sobre custo e, ao final, vamos estudar os custos de 
transportes. Demais custos das operações logísticas e da 
cadeia de suprimentos nós iremos estudar ao longo da 
disciplina.
Para compreendermos melhor a cadeia de suprimentos, vamos 
inicialmente partir de uma forma mais simplificada. A versão mais básica 
de uma cadeia de suprimentos inclui uma empresa, seus fornecedores 
e os clientes desta empresa. A cadeia poderia ser vista assim: produtor, 
fabricante, distribuidor, varejista e cliente de varejo de matérias-primas. 
Entendido isso, partimos para uma cadeia de suprimentos mais 
complexa que inclui vários fornecedores e vários clientes, além de 
todas as organizações que oferecem os serviços necessários para 
obter efetivamente os produtos, incluindo fornecedores de logística 
terceirizados, organizações financeiras, fornecedores de software da 
cadeia de suprimentos e fornecedores de pesquisa de marketing. 
Observe que fornecedores de softwares foi destacado no 
parágrafo anterior, pois é muito importante o papel que ele desempenha 
no gerenciamento da cadeia de suprimentos. 
A utilização de recursos tecnológicos é importantíssima no 
gerenciamento das cadeias de suprimentos modernas, e os fornecedores 
de sistemas de gestão empresarial (SGE) oferecem módulos focados em 
áreas significativas. Também existem fornecedores de software comercial 
que se concentram especificamente na GCS. Algumas áreas importantes 
a serem observadas incluem: 
 • • .......................Software de planejamento da cadeia de suprimentos para 
atividades como gerenciamento de demanda. 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
24
 • Software de execução da cadeia de suprimentos para atividades 
como operações de fabricação diárias. 
 • Software de visibilidade da cadeia de suprimentos para tarefas como 
detectar e antecipar riscos e gerenciá-los proativamente. 
 • Software de gerenciamento de inventário para tarefas como rastrear 
e otimizar níveis de inventário. 
 • Software de gerenciamento de logística e sistemas de gerenciamento 
de transporte para atividades como gerenciar o transporte de 
mercadorias, especialmente nas cadeias de suprimentos globais. 
 • Sistemas de gerenciamento de armazém para atividades relacionadas 
às operações de armazém. 
Agora que estudamos o gerenciamento da cadeia de suprimentos, 
sua importância e complexidade, vamos avançar para nosso próximo 
capítulo. 
Observe que a gestão logística e da cadeia de suprimentos refere-
se a custos. Esse é outro tema importante. Seja de que natureza for a 
organização, o gestor logístico precisa conhecer os custos envolvidos na 
operação, bem como os custos inerentes às operações logísticas.
Diante disto, estudaremos a partir de agora os custos inerentes às 
operações logísticas.
Vamos em frente!
 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
25
Compreendendo os custos inerentes às 
operações logísticas
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo, você terá compreendido os 
custos inerentes às operações logísticas. Iremos entender 
inicialmente os custos de uma organização, como: diretos, 
indiretos, fixos e variáveis. Avançaremos apresentando 
quatro técnicas utilizadas para fazer a estimativa de custo. 
Por fim, estudaremos sobre como fazer a análise custo-
benefício de uma operação logística. Esse tema ajudará o 
gestor em momento anterior a tomar conhecimento dos 
demais custos específicos da operação logística. E então? 
Motivado para desenvolver esse novo conhecimento? 
Vamos lá!
Os custos de uma organização
Agora, vamos começar a estudar uma temática importante para as 
empresas e para as operações logísticas. Vamos estudar os custos de 
uma organização e entender alguns destes associados às operações 
logísticas.
DEFINIÇÃO:
Os custos de logística são a soma de todas as despesas 
realizadas para disponibilizar um bem ou serviço ao 
mercado, principalmente ao consumidor final.
Os custos de transporte continuam sendo um custo dominante, 
pois representam cerca de metade dos custos logísticos. 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
26
NOTA:
Estudaremos sobre os custos de transporte no último 
capítulo desta nossa primeira unidade.
Os custos de estoque também são significativos, com uma 
participação de cerca 20% dos custos totais. Eles incluem os custos de 
manutenção de bens em estoque (custos de capital, armazenamento, 
depreciação, seguro, tributação e obsolescência) e são geralmente 
expressos como uma parcela do valor do estoque. 
Os custos de mão de obra envolvem o manuseio físico de 
mercadorias, incluindo tarefas como embalagem e rotulagem. O 
atendimento ao cliente abrange o recebimento e processamento de 
pedidos dos clientes.
Exemplo: Os distribuidores pagam aluguéis mais altos para 
aproveitar um local de logística que ofereça uma boa localização, como 
um terminal intermodal, por exemplo, pois essa estratégia permite reduzir 
os custos de transporte, além de melhorar a capacidade de resposta e 
entrega do produto.
Mas, antes de continuarmos, é importante avançarmos nos custos 
logísticos (vamos fazer isso ao longo de toda nossa disciplina). Criaremos 
uma boa base e entendimento sobre os custos de uma organização.
Inicialmente, vamos conhecer os custos mais comuns em uma 
empresa. Vamos lá!
Custos diretos: quaisquer custos diretamente atribuíveis a um 
trabalho específico. Isso pode incluir os salários pagos a equipe, a taxa de 
cobrança dos recursos e custos do software e hardware usados em um 
trabalho.
Custos indiretos: são os custos distribuídos em vários trabalhos e 
não podem ser vinculados a um único trabalho. Esses custos incluem 
aqueles incorridos em serviços compartilhados, como custo de espaço 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
27
para escritório, impostos pagos pela organização e outros serviços, como 
secretaria, recepcionista e zelador.
Custos variáveis: custos que mudam proporcionalmente à 
quantidade de tempo e material gastos no trabalho realizado.
Custos fixos: custos que não mudam com a linha do tempo ou o 
progresso de um trabalho realizado.
Custos acumulados: os custos cumulativos de uma organização 
são aqueles incorridos até uma fase ou etapa específica de um trabalho. 
Ele pode ser medido usando um Índice de Desempenho de Custo, que 
mede a proporção do valor agregado em relação ao custo real incorrido 
no trabalho. Conforme descrito acima, todos os custos acumulados até 
uma determinada fase podem ser chamados de custos cumulativos.
Entendido os custos básicos de uma empresa, é importante 
também que você saiba a importância do orçamento faseado e o controle 
de custos. Vamos ver o que são esses conceitos agora!
DEFINIÇÃO:
Um orçamento faseado no tempo inclui os custos incorridos 
em cada intervalo ou etapa de uma atividade. Os marcos 
para esse trabalho seriam requisitos, design, codificação, 
teste e implementação. O orçamento para ele seria os 
custos em cada etapa da atividade.
O orçamento geral da atividade deve ter todos os componentes 
dos custos incluídos, como custos diretos e indiretos, custos fixos e 
variáveis, dentre outros, juntamente com o custo em cada fase ou etapa 
da atividade. 
A variação de custo deve ser medida usando a técnica de valor 
agregado. Essa técnica permite ao gerente avaliar a conclusão da 
atividade em cada etapa, de acordo com o custo incorrido e o valor 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
28
acumulado até então. A variação entre essas duas medidas fornece uma 
estimativa precisa da condição em que uma determinada atividade está.
DEFINIÇÃO:
O plano de gerenciamento de custos deve incluir o plano 
para controle dos custos da atividade. Deve haver uma 
medida dos custos envolvidos e suas variações rastreadas, 
caso existam. Qualquer variação no orçamento deve ser 
controlada pelo controle do impacto dasalterações de 
custo.
Figura 6 Controle da atividade
Fonte: Freepik
Além disso, o controle de custos pode ser feito na área de custos 
indiretos e despesas gerais e administrativas.
Agora que entendemos os custos inerentes às operações logísticas, 
o orçamento faseado e o controle dos custos, vamos estudar sobre como 
estimar os custos de uma atividade. Vamos lá!
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
29
Estimando os custos de uma atividade
DEFINIÇÃO:
A estimativa de custos é um processo importante na gestão 
de uma atividade. Você pode usá-la para muitos propósitos, 
como, por exemplo, se uma organização quiser saber o 
custo correto ao fazer um lance para receber recursos de 
investidores para uma determinada atividade.
O gestor deve estar atento, pois pode ser necessário usar o 
processo de estimativa de custos no meio de uma atividade, no caso de 
grandes mudanças, e pode ser repetido a qualquer momento quando 
houver necessidade.
Mas afinal, objetivamente, o que é estimativa de custos?
A estimativa de custos é o processo de previsão do custo de uma 
atividade com um planejamento de execução previamente definido.
EXPLICANDO MELHOR:
A estimativa de custo é a soma de elementos de custo 
individuais, usando métodos estabelecidos e dados válidos 
para estimar os custos futuros de uma atividade com base 
no que é conhecido hoje.
Figura 7: Estimativa de custo
Fonte: Freepik 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
30
Em um primeiro momento, você pode achar o processo difícil, mas 
há várias técnicas para realizar essa tarefa. Depois de entendê-las, você 
poderá estimar os custos de uma atividade facilmente. 
Vamos estudar algumas ferramentas que auxiliam os envolvidos 
em uma atividade dentro da organização a fazerem as estimativas de 
custos. Vamos lá!
Técnicas de estimativa de custos
Como vimos, o custo de uma atividade deve incluir os recursos e 
a reserva de contingência. Para calcular os custos de recursos de uma 
atividade, você pode usar quatro técnicas principais:
 • Estimativa análoga.
 • Estimativa paramétrica.
 • Estimativa de três pontos.
 • Estimativa de baixo para cima.
Dentre todas, a estimativa análoga é a menos precisa e a estimativa 
de baixo para cima é a mais precisa.
Há uma diferença entre a estimativa de custos e o processo de 
duração estimado de uma atividade. Contudo, ambos usam as mesmas 
ferramentas para estimativa. Um é destinado ao dinheiro disponível para 
gastar e o outro é destinado ao tempo gasto.
Vamos estudar melhor cada uma das quatro técnicas!
Estimativa análoga
Você pode usar essa técnica quando há informações limitadas 
disponíveis da atividade. Essa técnica não fornece uma estimativa 
confiável, seus benefícios são um resultado rápido com menos esforço.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
31
IMPORTANTE:
Aqui, você estima o custo de uma atividade comparando-o 
com qualquer atividade semelhante no passado. Você 
analisará os registros históricos da organização. Em seguida, 
você usará seu julgamento especializado para encontrar a 
estimativa de custo da sua atividade.
Se sua organização concluiu muitas atividades semelhantes, você 
selecionará a mais parecida com a sua, traçará um paralelo entre as 
atividades atuais e as anteriores e fará ajustes para obter o custo estimado 
da atividade.
A estimativa pode ser precisa se a semelhança for alta e os 
estimadores forem especialistas.
A estimativa análoga também é conhecida como estimativa de 
cima para baixo.
Pontos importantes desta técnica:
 • É mais rápida, mas menos precisa.
 • Essa técnica é útil quando você tem menos detalhes.
Estimativa paramétrica
Como a estimativa análoga, a estimativa paramétrica usa dados 
históricos para calcular o custo, porém, ela usa dados estatísticos. Ela 
pega variáveis de atividades semelhantes e as aplica à atividade atual.
Exemplo: Por exemplo, você pode obter o custo do concreto por 
metro cúbico de suas construções anteriores, encontrar a quantidade de 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
32
concreto do projeto atual e as multiplicar pela média do custo encontrado. 
Isso fornecerá o custo total do concreto para a sua nova construção.
Da mesma forma, você pode calcular o custo de outros parâmetros: 
recursos humanos, materiais, transporte, equipamentos, dentre outros.
A estimativa paramétrica é mais precisa que a estimativa análoga.
Pontos importantes desta técnica:
 • Usa o relacionamento estatístico entre dados históricos e variáveis.
 • Essa técnica é mais precisa que a estimativa análoga.
Estimativa de três pontos
Essa técnica ajuda a reduzir vieses e incertezas ao estimar 
suposições. Aqui, você determina três estimativas, em vez de uma, e 
calcula a média delas para reduzir as incertezas, riscos e preconceitos.
Duas distribuições comumente usam estimativas de três pontos: 
beta e triangular.
O PERT (Técnica de Avaliação e Revisão de Programas) é baseado 
na distribuição beta.
A fórmula de estimativa PERT é:
Ce = (Co + 4Cm + Cp) / 6
Onde:
Ce = Custo Esperado
Cm = Custo mais provável. Considera um caso típico em que tudo 
acontece normalmente. 
Cp = Custo pessimista, no qual quase tudo dá errado. 
Co = Custo otimista, no qual tudo corre melhor do que se supõe.
Já a fórmula da estimativa triangular é:
Ce = (Co + Cm + Cp) / 3
Essa técnica minimiza as visualizações tendenciosas dos dados.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
33
Pontos importantes desta técnica:
 • Reduz o viés, o risco e a incerteza da estimativa.
 • Técnica mais precisa do que as técnicas de estimativa análogas e 
paramétricas.
Estimativa de baixo para cima
A estimativa de baixo para cima também é chamada de “técnica 
definitiva”. Essa é a técnica mais precisa, porém mais demorada e cara. 
Aqui, você calculará o custo de cada atividade isoladamente com o mais 
alto nível de detalhe e os agrupará para calcular o custo total da atividade.
EXPLICANDO MELHOR:
Simplificando, você dividirá o trabalho em seus menores 
componentes. Em seguida, você estimará o custo de cada 
componente e o agregará para obter o cálculo de custo da 
atividade.
Pontos importantes desta técnica:
 • É mais precisa e fornece resultados confiáveis.
 • Você pode usá-la quando tiver todos os detalhes da atividade.
 • Essa técnica é cara e consome tempo.
A estimativa de custos é um processo interativo. Pode ser repetido 
em diferentes estágios de uma atividade, conforme definido no plano de 
gerenciamento de custos. Esse processo ajuda a estabelecer a linha de 
base dos custos.
É importante observar que quanto mais preciso o método, mais 
caro e demorado ele se torna. Você poderá usar a técnica de estimativa 
mais adequada à sua situação, porém, tenha em mente que nem sempre 
é aconselhável usar estimativas de baixo para cima quando você tem 
pouco tempo ou recursos.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
34
IMPORTANTE:
A estimativa de custo é um processo importante, pois 
o sucesso de uma atividade depende disso. Se você 
obtiver uma determinada atividade com uma estimativa 
equivocada, precisará concluir a atividade do próprio 
bolso. Isso é ruim para você e afeta a credibilidade da sua 
organização.
Agora que entendemos como realizar a estimativa de custos de uma 
atividade, vamos para o último tópico deste capítulo, no qual estudaremos 
como fazer uma análise de custo-benefício de uma atividade. Vamos em 
frente!
Análise de custo-benefício de uma 
atividade
Este tópico vai te oferecer orientações para realizar análises de 
custo-benefício de uma atividade. Assim, estudaremos alguns temas 
importantes, tais como:
 • Informações básicas sobre a análise de custo-benefício e como ele 
pode se encaixar no processo de desenvolvimento de uma atividade.
 • Discussão de termos e princípios econômicos.
 • Revisão de etapas relevantes na realização de uma análise de custo-
benefício para uma atividade.
 • Conselhos sobre o uso de resultados de custo-benefício.
Cabe destacarque a análise de custo-benefício não é a mesma 
coisa que análise de viabilidade econômica e financeira (embora a 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
35
análise custo-benefício componha a análise de viabilidade econômica e 
financeira). 
Vamos entender o que é a análise de custo-benefício a seguir. 
Vamos lá!
O que é uma análise custo-benefício?
DEFINIÇÃO:
Uma análise de custo-benefício é uma avaliação sistemática 
das vantagens econômicas (benefícios) e desvantagens 
(custos) de um conjunto de alternativas de investimento. 
Normalmente, um “caso base” é comparado a uma ou 
mais alternativas (que apresentam algumas melhorias 
significativas em comparação ao caso base).
 
EXPLICANDO MELHOR:
A análise avalia diferenças incrementais entre o caso base 
e as alternativas. Em outras palavras, uma análise de custo-
benefício tenta responder à pergunta: quais benefícios 
adicionais resultarão se essa alternativa for adotada e quais 
custos adicionais são necessários para trazê-la?
Figura 8: A análise custo-benefício 
Fonte: Freepik
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
36
O objetivo de uma análise de custo-benefício é traduzir os efeitos 
de um investimento em termos monetários e contabilizar o fato de que os 
benefícios geralmente se acumulam por um longo período, enquanto os 
custos de capital incorrem principalmente nos anos iniciais. 
Exemplo: Se formos analisar os custos de transporte que podem 
ser monetizados, encontraremos, dentre outros: custos de tempo de 
viagem, custos de operação de veículos, custos de segurança, custos de 
manutenção em andamento e valor restante de capital (uma combinação 
de gasto de capital e valor residual). 
Para alguns tipos de atividades, desvios na rota, os tempos de 
viagem e a segurança podem melhorar, mas os custos operacionais 
podem aumentar devido a distâncias maiores. Uma análise de custo-
benefício bem realizada indicaria se o tempo de viagem e a economia 
de segurança excedem os custos da atividade e os custos operacionais 
a longo prazo.
As análises de custo-benefício são usadas como ferramenta pelos 
gerentes para ajudar a avaliar conceitos preliminares durante os primeiros 
estudos de planejamento, para avaliar alternativas e selecionar um 
caminho preferido para a realização da atividade. 
RESUMINDO:
Uma análise de custo-benefício fornece uma medida 
monetária da conveniência econômica relativa às 
alternativas de uma atividade, mas os tomadores de decisão 
geralmente pesam os resultados em relação a outros 
efeitos e impactos não monetizados de uma atividade.
Os resultados de uma análise de custo-benefício, juntamente com 
todas as informações relevantes de uma atividade, podem ser usados 
para avaliar os efeitos e os impactos monetizados e não monetizados de 
alternativas quando uma decisão precisa ser tomada.
Embora a análise de custo-benefício sempre tente responder 
à pergunta: “Do ponto de vista econômico, os benefícios valem o 
investimento?”, esta pergunta é feita de diferentes maneiras e em 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
37
diferentes pontos do processo de desenvolvimento de uma atividade, 
conforme observamos abaixo:
Planejamento da atividade: Do ponto de vista econômico, os 
benefícios de uma nova construção, por exemplo, valem os custos da 
atividade, em comparação com o sistema atual?
Atividade e estudo ambiental: Do ponto de vista econômico, os 
benefícios do local “A” valem os custos da atividade? Como a localização 
“A” se compara a “B” ou “C”?
Planejamento da construção: Do ponto de vista econômico, os 
benefícios de fechar algumas ou todas as faixas de uma estrada, por 
exemplo, durante a construção valem o atraso no tráfego e os custos de 
desvio, em comparação com a manutenção de algumas faixas abertas?
Em princípio, uma análise ideal de custo-benefício projetaria e 
avaliaria todas as possibilidades, mas isso não é possível nem prático, pois 
envolveria grandes incertezas. Então, é preciso focar em um elemento e 
observar se a relação custo-benefício é positiva.
Agora que entendemos melhor os custos inerentes às operações 
logísticas, vamos estudar o custo que tem o maior impacto no custo total 
de logística: o custo de transportes.
Este é o primeiro custo de tantos outros que iremos estudar ao 
longo da nossa disciplina. Por se tratar do custo mais relevante, iremos 
tratar dele logo agora em nossa primeira unidade (antes mesmo de 
abordarmos a gestão de riscos e perdas). Vamos lá!
 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
38
Compreendendo os custos de transportes 
nas operações logísticas
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender 
quais são os custos de transportes nas operações logísticas, 
além de saber quais são os componentes dos custos de 
transportes e seus principais tipos. Você deseja que a sua 
organização supere seus concorrentes com preços mais 
competitivos economizando nas operações logísticas? 
Então, entender estes conceitos é fundamental. Você sabe, 
por exemplo, a diferença entre custos de linha e custos de 
capital? Vamos abordar todas essas temáticas para que 
você entenda claramente a diferença entre os principais 
tipos de custos. Estarei aqui com você para te passar todo 
esse conhecimento. E então? Motivado para nosso último 
capítulo? Então vamos lá. Avante!
Os custos de transportes
Quando falamos de custos de transporte, inerentemente 
associamos aos custos do transporte de mercadoria. Mas devemos nos 
atentar que os custos de transportes envolvem pessoas e organizações. 
Assim, é necessário considerar também o transporte de passageiros. 
Antes de focarmos nos custos de transportes voltados às mercadorias 
(logística), vamos entender melhor os custos de transporte de forma geral.
Os sistemas de transporte possuem alguns elementos capazes 
de aumentar sua capacidade e reduzir custos de mobilidade. Todos os 
usuários (por exemplo, indivíduos, empresas, instituições, governos, dentre 
outros) devem observar tais custos, seja na mobilidade de passageiros, 
seja no transporte de mercadorias.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
39
IMPORTANTE:
Os custos de transporte de mercadoria devem ser 
observados sempre, tendo em vista que suprimentos, 
sistemas de distribuição, tarifas, salários, localizações, 
técnicas de marketing e custos de combustível estão 
constantemente mudando.
Também há outros custos envolvidos na coleta de informações, 
negociação e cumprimento de contratos e transações, que costumam ser 
chamados de custo dos negócios. O comércio também envolve custos de 
transação que todos os agentes tentam reduzir, uma vez que os custos de 
transação representam uma parcela crescente dos recursos consumidos 
pela economia.
Figura 9: Análise dos custos de transporte 
Fonte: Freepik
De forma frequente, as empresas e indivíduos devem tomar 
decisões sobre como encaminhar passageiros ou mercadorias através do 
sistema de transporte. Para o frete e a produção de bens leves e de alto 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
40
valor de consumo, como eletrônicos, as empresas têm se dedicado cada 
vez mais a escolher o local de produção e de distribuição.
Geralmente, os custos de transporte representam mais de 10% 
do custo total de um produto. Essa parcela também se aplica de forma 
aproximada ao transporte de pessoas, no qual as famílias gastam cerca de 
10% de sua renda em transporte, incluindo a propriedade de automóveis, 
que possui uma estrutura de custos complexa.
Assim, a escolha de um modo de transporte para passageiros 
e mercadorias entre origens e destinos tem se tornado cada vez mais 
importante e dependente de vários fatores, como a natureza das 
mercadorias, as infraestruturas disponíveis, as origens e os destinos, a 
tecnologia e, particularmente, suas respectivas distâncias. Juntos, eles 
definem os custos de transporte.
DEFINIÇÃO:
Os custos de transporte são os custos assumidos 
internamente pelos prestadores de serviçosde transporte. 
São apresentados como custos fixos (infraestrutura) e 
variáveis (operacionais), dependendo de uma diversidade 
de condições relacionadas à geografia, infraestrutura, 
barreiras administrativas, energia e como são transportados 
passageiros e carga.
Como já vimos, os custos de transporte têm impactos significativos 
na estrutura das atividades econômicas e no comércio internacional. 
Estudos apontam que um aumento de tais custos em 10% reduziria 
os volumes de comércio em mais de 20% e que a qualidade geral da 
infraestrutura de transporte pode ser responsável por metade da variação 
nos custos de transporte. 
Em um ambiente competitivo em que o transporte é um serviço 
que pode ser cotado, os custos de transporte são influenciados pelas 
respectivas taxas das empresas que realizam esse serviço, sem contar a 
parte dos custos de transporte cobrada dos usuários, chamadas de tarifas.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
41
DEFINIÇÃO:
As tarifas compõem o preço dos serviços de transporte 
pagos por seus usuários. Eles são o custo monetário 
negociado para mover um passageiro ou uma unidade 
de carga entre uma origem e um destino específicos. As 
tarifas geralmente são visíveis para os consumidores, 
pois os prestadores de serviços de transporte devem 
fornecer essas informações para garantir transações. Eles 
podem não necessariamente expressar os custos reais de 
transporte.
A diferença entre custos e taxas resulta em perda ou lucro do 
provedor de serviços. Considerando os componentes dos custos de 
transporte discutidos anteriormente, a definição de taxas é uma tarefa 
complexa, sujeita a alterações constantes. 
Para transporte de carga e muitas formas de transporte de 
passageiros (por exemplo, transporte aéreo), as tarifas estão sujeitas a uma 
pressão competitiva. Isso significa que a taxa será ajustada de acordo com 
as complexas interações entre oferta e demanda. Eles refletem os custos 
diretamente envolvidos no envio (custo do serviço) ou são determinados 
pelo valor da mercadoria (valor do serviço). 
Como muitos atores envolvidos no transporte de cargas são 
privados, as taxas tendem a variar, geralmente de forma significativa, mas 
a lucratividade é fundamental.
Componentes de custos e tempo
O transporte apresenta formas particulares de custos e nível de 
serviços, o que resulta em diferenças substanciais em todo o mundo. 
O preço de um serviço de transporte não inclui apenas os custos 
monetários diretos ao usuário, mas também inclui custos de tempo e 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
42
custos relacionados a possíveis ineficiências, desconfortos e riscos (por 
exemplo, atrasos inesperados). 
No entanto, os atores econômicos geralmente baseiam sua escolha 
considerando apenas parte do preço total do transporte. 
Exemplo: Por exemplo, os motoristas são influenciados por custos 
marginais de curto prazo. Eles podem reduzir o preço de uma viagem 
específica de carro para apenas os valores gastos com combustível, 
excluindo assim custos fixos como depreciação, seguro e imposto sobre 
veículos.
Figura 10: Análise de custos e serviços
Fonte: Freepik
Muitos remetentes ou transitários são guiados principalmente por 
custos diretos ao considerar o fator preço na escolha do melhor modal 
que irá utilizar. O foco restrito nos custos diretos é, de certa forma, atribuído 
ao fato de que os custos de tempo e custos relacionados a possíveis 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
43
ineficiências são mais difíceis de calcular e, geralmente, só podem ser 
totalmente avaliados após a chegada da carga. 
Existem condições significativas que afetam os custos de transporte 
e, portanto, as taxas de transporte. Vejamos cada uma delas:
a. Distância e tempo
Os impactos da geografia envolvem principalmente distância e 
acessibilidade. A distância é geralmente a condição mais básica que afeta 
os custos de transporte. Quanto mais difícil é converter espaço por um 
custo, mais importante é a relação com a distância, podendo ser expressa 
em termos de duração, tempo, custos econômicos ou quantidade de 
energia utilizada. 
Esses elementos variam muito de acordo com o tipo de modo de 
transporte envolvido e a eficiência de rotas de transporte específicas. Os 
países sem litoral tendem a ter custos de transporte mais altos, geralmente 
o dobro, pois não têm acesso direto ao transporte marítimo. 
O impacto da geografia na estrutura de custos pode ser expandido 
para incluir várias zonas tarifárias, como uma para local, outra para o país 
e outra para exportação.
O componente de tempo de transporte também é uma consideração 
importante, pois está associado ao fator de serviço do transporte. Eles 
incluem o tempo de transporte, o tempo do pedido, a pontualidade e a 
frequência. 
Exemplo: Por exemplo, uma empresa de transporte marítimo pode 
oferecer um serviço de transporte de contêineres entre vários portos da 
América do Sul e do Pacífico. Indo para o Pacífico, para garantir a vaga do 
navio, o remetente deve ligar com pelo menos cinco dias de antecedência 
(hora do pedido). Pode levar 12 dias para chegar ao destino (tempo de 
transporte) e a ancoragem é feita a cada dois dias (frequência). Para um 
terminal portuário específico, um navio pode ter um atraso médio de seis 
horas (pontualidade).
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
44
b. Tipo de produto
Muitos produtos requerem embalagem, manuseio especial, são 
volumosos ou perecíveis. Os custos de seguro também devem ser 
considerados e geralmente são uma função da relação valor e peso e do 
risco associado ao movimento. 
Exemplo: O carvão é obviamente uma mercadoria que é mais fácil 
de transportar do que frutas ou flores frescas, pois demanda instalações 
de armazenamento rudimentares e pode ser transbordado usando 
equipamento também rudimentar. 
Como tal, diferentes setores econômicos incorrem em custos de 
transporte diferentes, pois cada um possui sua própria intensidade de 
transporte. Com transporte por contêiner, o tipo de produto tem pouco 
custo de transporte, pois as taxas são definidas por contêiner, embora os 
produtos ainda precisem ser carregados ou descarregados deste.
Para os passageiros, conforto e comodidades devem ser 
fornecidos, especialmente quando se fala de viagens de longa distância. 
Essas comodidades têm um custo, mas também podem ser uma fonte 
de receita.
c. Economias de escala e energia
Quanto maiores as quantidades transportadas, menor o custo 
unitário de transporte. Economias de escala ou as possibilidades de 
aplicá-las são particularmente adequadas para produtos a granel, como 
energia (carvão, petróleo etc.), minerais e grãos, se forem transportados 
em grandes quantidades. 
Uma tendência semelhante também se aplica ao transporte de 
contêineres, utilizando contêineres maiores, envolvendo custos unitários 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
45
mais baixos. Para o transporte de passageiros, economias de escala são 
consideráveis para os sistemas de transporte público.
No entanto, eles são limitados pela demanda, pois a unidade de 
transporte de tamanho máximo que pode ser atribuída em uma rota não 
pode exceder a demanda disponível sem prejudicar sua lucratividade.
As atividades de transporte são grandes consumidores de energia, 
especialmente petróleo. Cerca de 60% de todo o consumo global de 
petróleo é atribuído a atividades de transporte. 
O transporte normalmente representa cerca de 25% de todo o 
consumo de energia de uma economia. Os custos de vários tipos de 
transporte intensivos em energia, como o transporte marítimo e aéreo, 
são particularmente suscetíveis a flutuações nos preços da energia, 
uma vez que a energia é responsável por quase metade de seus custos 
operacionais.
d. Backhauls vazios
DEFINIÇÃO:
Backhaul é uma palavra de origem inglesa que significa 
a volta para o ponto de partida. Muitas interações de 
transporte envolvem backhauls vazios,pois é incomum ter 
uma combinação perfeita entre uma viagem de entrada e 
uma de volta.
Os padrões de deslocamento envolvem fluxos desequilibrados e 
viagens de retorno vazias. Para o comércio internacional, os desequilíbrios 
entre importações e exportações têm impactos nos custos de transporte. 
Esse é especialmente o caso do transporte de contêineres, pois os 
desequilíbrios comerciais implicam o reposicionamento de contêineres 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
46
vazios que devem ser levados em consideração no custo total do 
transporte. 
Consequentemente, se uma balança comercial for bastante 
negativa (mais importações do que exportações), os custos de transporte 
para importações tendem a ser mais altos do que para as exportações. 
Desequilíbrios significativos nas taxas de transportes surgiram 
ao longo das principais rotas comerciais. A mesma condição se aplica 
nos níveis nacional e local, onde os fluxos de frete geralmente são 
unidirecionais, implicando movimentos de retorno vazios.
e. Infraestruturas e modais
A eficiência e a capacidade dos modais e terminais de transporte têm 
um impacto direto nos custos de transporte. As infraestruturas precárias 
implicam custos de transporte mais altos, atrasos e consequências 
econômicas negativas. 
Sistemas de transporte mais desenvolvidos tendem a ter custos de 
transporte mais baixos, pois são mais confiáveis, conectados e podem 
lidar com mais movimentos.
Diferentes modais são caracterizados por diferentes custos de 
transporte, uma vez que cada um possui suas próprias limitações de 
capacidade e condições operacionais. Um aspecto central diz respeito à 
adequação dos modais de acordo com a distância envolvida e a natureza 
do que está sendo carregado. 
EXPLICANDO MELHOR:
Quando dois ou mais modais competem diretamente 
pelo mesmo mercado, o resultado geralmente resulta em 
custos de transporte mais baixos e no desenvolvimento de 
nichos. O transporte em contêineres permitiu uma redução 
significativa nas taxas de transporte de carga em todo o 
mundo, permitindo que unidades de transporte (contêineres) 
relativamente pequenas fossem transportadas em cargas 
massificadas.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
47
f. Concorrência, regulamentação e subsídios
Referem-se ao complexo ambiente competitivo e regulatório em 
que o transporte ocorre. Os serviços de transporte que ocorrem em 
segmentos altamente competitivos tendem a ter um custo mais baixo do 
que em segmentos com concorrência limitada (oligopólio ou monopólio). 
A concorrência internacional favoreceu a concentração em muitos 
segmentos da indústria de transporte, mais notadamente nos modos 
marítimo e aéreo. Regulamentos, como tarifas, leis de cabotagem, mão 
de obra, segurança e proteção impõem custos adicionais de transporte, 
principalmente nas economias em desenvolvimento.
IMPORTANTE:
Se é caro desenvolver e manter uma infraestrutura, esse 
custo deve ser refletido nas tarifas para cobrir a amortização 
do ativo. As estradas publicamente disponíveis são uma 
forma de subsídio cruzado, pois oferecem infraestrutura 
gratuita aos usuários.
Ainda assim, o gratuito pode ser enganoso, uma vez que as vendas 
são impostas sobre combustíveis pagos pelos usuários e esses fundos 
são usados para construção e manutenção de infraestrutura. 
Se um governo ou empresa utiliza outros setores de suas atividades 
para subsidiar os custos totais de uma infraestrutura de transporte, esse 
subsídio cruzado está afetando seus custos. Impostos e pedágios são 
comumente usados para subsidiar o transporte público.
g. Sobretaxas, impostos e pedágios
DEFINIÇÃO:
As sobretaxas referem-se a uma série de taxas, geralmente 
definidas de maneira arbitrária, para refletir condições 
temporárias que podem impactar nos custos assumidos 
pelo transportador.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
48
Também ocorrem quando as tarifas são reguladas, deixando o 
operador a encontrar fontes alternativas de receita. Os mais comuns 
são sobretaxas de combustível, taxas de segurança, prêmios de risco 
geopolítico e taxas adicionais de bagagem. 
O setor de transporte de passageiros, principalmente as companhias 
aéreas, tornou-se dependente de uma ampla variedade de sobretaxas 
como fonte de receita para as operadoras. O gerenciamento de 
rendimento é outra forma de sobretaxa em que um provedor de serviços 
de transporte altera sua taxa de acordo com as flutuações na demanda.
As atividades de transporte geralmente são tributadas, como 
impostos sobre vendas de veículos e taxas de registro. Os impostos 
sobre combustíveis são a forma mais significativa de tributação cobrada 
pelos governos, com receitas geralmente usadas para cobrir os custos de 
manutenção e investimento em infraestrutura. 
Agora que já sabemos algumas condições significativas que afetam 
os custos de transporte e, consequentemente, as taxas de transporte, 
vamos focar nosso estudo a partir de agora nos tipos de custos de 
transporte e finalizar nossa primeira unidade. Vamos em frente!
Tipos de custos de transporte
A mobilidade é influenciada pelos custos de transporte. Há evidências 
para o uso de veículos de passageiros que reforçam a relação entre a 
quilometragem anual do veículo e os custos de combustível, implicando 
que, quanto maior o custo do combustível, menor a quilometragem. 
No nível internacional, a duplicação dos custos de transporte pode 
reduzir os fluxos comerciais em mais de 80%. Quanto mais acessível a 
mobilidade, mais frequentes são os movimentos e mais prováveis serão 
os deslocamentos de maiores distâncias.
As evidências também destacam que os custos de transporte 
tendem a ser mais altos nos estágios iniciais ou finais de um movimento. 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
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Uma grande variedade de custos de transporte pode ser considerada, 
sendo algumas delas:
 • Custos de terminais: Custos relacionados ao carregamento, transbordo 
e descarregamento. 
IMPORTANTE:
Dois grandes custos terminais podem ser considerados: 
carregamento e descarregamento na origem e destino. 
Para terminais de transporte complexos, como portos e aeroportos, 
os custos dos terminais podem envolver uma ampla variedade de 
componentes, incluindo taxas de docas, taxas de manuseio e taxas de 
pilotagem/controle de tráfego.
Figura 11: Custos de terminais
Fonte: Freepik
 • Custos de linha: Custos em função da distância pela qual uma unidade 
de carga ou passageiro é transportada. 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
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O peso também é uma função de custo quando o frete está 
envolvido. Eles incluem mão de obra e combustível e geralmente excluem 
custos de transbordo.
 • Custos de capital: Custos aplicáveis aos ativos físicos do transporte, 
principalmente infraestruturas, terminais e veículos. 
Eles incluem a compra ou o aprimoramento importante de ativos 
fixos, que geralmente pode ser um evento único que pode ser amortizado 
por várias décadas. Como os ativos físicos tendem a se depreciar com 
o tempo, são necessários investimentos regulares de capital para 
manutenção.
Os fornecedores de transporte tomam uma variedade de decisões 
com base em sua estrutura de custos, em função de todos os tipos de 
custos de transporte acima. Para simplificar as transações e identificar 
claramente as respectivas responsabilidades, foram definidos termos 
específicos de transporte comercial. 
Embora a taxa de transporte tenha um papel importante na escolha 
do modal, as empresas que usam serviços de transporte de mercadorias 
nem sempre são motivadas por noções de minimização de custos. 
Elas geralmente estão satisfeitas quando os custos de transporte estão 
abaixo de um certo limite, combinado com requisitos específicos em 
relação à confiabilidade, frequência e outros atributos de serviço. Tais 
complexidades tornam mais difícil avaliar claramente o papel das taxas 
de transporte no comportamento dos usuários.
O papeldas empresas de transporte aumentou sensivelmente no 
contexto geral da geografia comercial global. Empresas de transporte 
marítimo, transportadoras aéreas e prestadores de serviços de logística 
tornaram-se empresas multinacionais. 
No entanto, a natureza dessa função está mudando como resultado 
de uma redução geral dos custos de transporte, mais do aumento 
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dos custos de infraestrutura, principalmente devido a maiores fluxos e 
competição por terra. 
Embora os custos operacionais sejam altos para o transporte 
aéreo, os custos terminais são significativos para o transporte marítimo. 
As relações entre operadores de terminais e transportadoras tornaram-se 
cruciais, principalmente no tráfego em contêiner. Isso é necessário para 
superar as restrições físicas e de tempo do transbordo, principalmente 
nos portos.
Agora que terminamos este grande aprendizado acerca da 
logística, GCS e custos de transporte, finalizamos todo o conteúdo de 
nossa primeira unidade.
Viu como os assuntos abordados nesta unidade, embora possuam 
algum grau de complexidade, são de fácil aprendizagem? É importante 
que você tenha compreendido todo o assunto desta primeira unidade, 
pois ela é a base para o que iremos tratar de agora em diante.
Nossa disciplina é estruturada para construirmos passo a passo o 
conhecimento, daí a importância de ter compreendido tudo claramente. 
Na próxima unidade nos aprofundaremos sobre gestão de materiais, 
cadeia de valor e gestão de riscos.
Estou aqui para abordar de forma eficiente todos os conteúdos 
e espero que ao final da disciplina você tenha adquirido conhecimento 
suficiente sobre as temáticas. Tenho certeza de que isso fará grande 
diferença na sua vida profissional.
Bom estudo!
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
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REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Antônio Carlos. Logística aplicada: suprimentos e 
distribuição. 3ª Edição. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos 
logística empresarial. 5ª Edição. Porto Alegre: Bookman, 2006.
Ronald H. Logística empresarial: transportes, administração de 
materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2013.
DUANE, Ireland. Administração estratégica. São Paulo: Cengage, 
2014.
MARTINS, Elizeu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 
2010.
VICECONTI, Paulo. NEVES, Silvério das. Contabilidade de custos: 
um enfoque direto e objetivo. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
Daniel Campelo
Gestão de Custos, Riscos e 
Perdas (GCRP)
Unidade 2
Livro Didático
 Digital
Daniel Campelo
Gestão de Custos, 
Riscos e Perdas 
(GCRP)
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autor 
DANIEL CAMPELO
O AUTOR
Daniel Campelo
Olá. Meu nome é Daniel Campelo e sou economista mestre 
em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável e especialista 
em Metodologia do Ensino a Distância. Possuo experiência técnico-
profissional na área de economia, gestão e mercado há mais de 15 anos. 
Há 10 anos atuo na docência do Ensino Superior nos cursos de Graduação 
e Pós-graduação, sendo os últimos cinco anos dedicados à modalidade 
de Ensino a Distância. Por acreditar no papel transformador da educação 
e no excelente caminho que abre para uma sociedade mais justa, passei 
a me dedicar à transmissão de minha experiência profissional e de vida 
àqueles iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidado pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte 
comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Compreendendo a importância da gestão de riscos nas 
empresas .........................................................................................................10
A gestão de riscos ........................................................................................................................ 10
Por que a gestão de riscos é importante? ...................................................................12
Planos de gestão de riscos .....................................................................................................13
Estratégias de gerenciamento de riscos ...................................................................... 16
As limitações na gestão de riscos .....................................................................................18
Padrões de gerenciamento de riscos .............................................................................19
Conhecendo a gestão de perdas nas organizações .....................23
O gerenciamento de perdas ................................................................................................. 24
Monitore relatórios constantemente ............................................................26
Combine o monitoramento com as despesas ...................................... 27
Terceirize a equipe para gerenciamento de resultados ................ 27
Técnicas de avaliação de perdas financeiras ...........................................................29
Entendendo como funciona a gestão de materiais nas 
organizações .................................................................................................32
A gestão de recursos materiais .......................................................................................... 32
Importância do gerenciamento de materiais ............................................................ 35
Funções de gerenciamento de materiais ....................................................................39
Compreendendo como funciona a gestão da cadeia de valor 42
A análise da cadeia de valor ................................................................................................. 42
Valor e cadeia de valor ............................................................................................................. 44
Atividades primárias .................................................................................................46
Atividades de apoio .................................................................................................. 47
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UNIDADE
02
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
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INTRODUÇÃO
Quando estudamos a importância da gestão de custos, riscos e 
perdas podemos perceber o quanto ela é importante em uma organização. 
Na verdade, uma empresa possui vários elementos aos quais o gestor 
deve ficar sempre atento; do contrário, a organização pode enfrentar 
sérios problemas, seja de competividade, financeiro, dentre outros. Nesta 
segunda unidade, vamos deixar um pouco de lado as questões logísticas 
e de custos, nosso foco da unidadeanterior, e vamos nos concentrar na 
gestão de riscos e perdas. Inicialmente, iremos estudar a gestão de riscos, 
sua importância e planos de gerenciamento. Depois, iremos estudar 
a gestão de perdas nas organizações. Em seguida, iremos entender 
como funciona a gestão dos recursos materiais nas empresas. Por fim, 
vamos estudar a análise da cadeia de valor, detendo-nos na vantagem 
competitiva da organização. Assim, finalizaremos todo o conteúdo 
proposto para você nesta unidade. Vamos lá?
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
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OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Compreender a importância da gestão de riscos nas empresas.
2. Conhecer a gestão de perdas nas organizações.
3. Entender como funciona a gestão de materiais nas organizações.
4. Compreender como funciona a cadeia de valor.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
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Compreendendo a importância da gestão 
de riscos nas empresas
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo, você compreenderá a importância 
da gestão de riscos. Abordaremos os primeiros conceitos 
sobre gestão de riscos para que você entenda melhor a 
temática. Em seguida, iremos destacar a importância da 
gestão de riscos e os planos que as empresas precisam 
desenvolver para mitigá-los. Mais adiante, observaremos 
as estratégias de gerenciamento de riscos. Mas, você 
sabia que a gestão de riscos também apresenta algumas 
limitações? Iremos estudar também algumas dessas. Por 
fim, estudaremos os padrões de gerenciamento de riscos, 
com foco na norma ISO 31000 que trata dos princípios e 
diretrizes para o gerenciamento de riscos. Estudaremos 
todos esses conteúdos neste capítulo, a partir de agora. 
Vamos em frente! Avante!
A gestão de riscos
Toda organização está exposta a eventuais riscos e suas 
consequências. Naturalmente, pode ser solicitado ao gestor logístico, por 
exemplo, apoio na realização de planos visando a mitigação de riscos da 
organização. Assim, os gestores devem ter conhecimento do que se trata 
a gestão de riscos e onde deverá atuar. É o que iremos aprender agora!
DEFINIÇÃO:
A gestão de riscos é o processo de identificação, avaliação 
e controle de ameaças ao capital e aos ganhos de 
uma organização. Essas ameaças ou riscos podem ser 
resultado de uma ampla variedade de fontes, incluindo 
incerteza financeira, responsabilidades legais, erros de 
gerenciamento estratégico, acidentes e desastres naturais. 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
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Figura 1: Gestão de riscos
Fonte: Freepik
Se formos observar na perspectiva tecnológica, as ameaças 
à segurança de TI e os riscos relacionados aos dados, assim como as 
estratégias de gerenciamento de riscos para aliviá-los, tornaram-se uma 
das principais prioridades das empresas digitalizadas. 
Como resultado, um plano de gerenciamento de riscos inclui 
cada vez mais os processos das empresas para identificar e controlar 
ameaças a seus ativos digitais, incluindo dados corporativos proprietários, 
informações de identificação pessoal de um cliente e propriedade 
intelectual.
Exemplo: Um exemplo de gerenciamento de riscos pode ser um 
negócio que identifique os vários riscos associados à abertura de um 
novo local. Eles podem estudar os riscos escolhendo lugares com muito 
tráfego de pedestres e baixa concorrência de empresas similares na área, 
por exemplo.
Todas as empresas e organizações correm o risco de eventos 
inesperados e prejudiciais que podem custar dinheiro à empresa ou 
causar seu fechamento permanente. O gerenciamento de riscos permite 
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
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que as organizações tentem se preparar para o inesperado, minimizando 
riscos e custos extras antes que eles aconteçam.
Por que a gestão de riscos é importante?
Ao implementar um plano de gestão de riscos e considerando 
os vários riscos ou eventos em potencial antes que eles ocorram, uma 
organização pode economizar dinheiro e proteger seu futuro. 
Exemplo: Um parque de diversões ao ar livre sabe que seus 
negócios dependem de condições climáticas. A fim de atenuar o risco de 
um grande impacto financeiro sempre que houver uma estação ruim, o 
parque pode optar por reduzir bem os seus gastos e acumular reservas 
de caixa.
Isso ocorre porque um plano robusto de gerenciamento de riscos 
ajudará a empresa a estabelecer procedimentos para evitar ameaças em 
potencial, minimizar seu impacto caso ocorram e lidar com os resultados.
Essa capacidade de entender e controlar os riscos permitirá que 
as organizações sintam-se mais confiantes em relação às suas decisões 
de negócios. Além disso, princípios sólidos de governança corporativa 
que se concentram especificamente no gerenciamento de riscos podem 
ajudar a empresa a atingir seus objetivos.
Figura 2: Controladoria de riscos
Fonte: Freepik
Gestão de Custos, Riscos e Perdas (GCRP)
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Outros benefícios importantes do gerenciamento de riscos incluem:
 • Criação de um ambiente de trabalho seguro para todos os funcionários 
e clientes.
 • Aumento da estabilidade das operações comerciais e redução da 
responsabilidade legal.
 • Oferta de proteção contra eventos prejudiciais à empresa e ao meio 
ambiente.
 • Proteção de todas as pessoas e ativos envolvidos contra possíveis 
danos.
 • Ajuda para estabelecer as necessidades de seguro da organização 
com o intuito de economizar em prêmios desnecessários.
Imagine um hospital que atue sem a gestão de riscos? Isto seria algo 
totalmente irresponsável, colocando em risco não só a vida de pacientes, 
mas também da própria empresa. E quando se fala de gestão de riscos 
fica subtendido que estamos falando, naturalmente, de segurança. 
Todavia, essas gestões devem ser feitas de forma isolada.
Na maioria das organizações, os departamentos de gestão de 
riscos e segurança são separados, pois eles incorporam diferentes 
lideranças, objetivos e escopo. No entanto, algumas empresas começam 
a reconhecer que a capacidade de fornecer atendimento seguro e de alta 
qualidade aos clientes é necessária para a proteção de ativos financeiros 
e, como resultado, deve ser incorporada ao gerenciamento de riscos.
Agora que estudamos sobre a importância do gerenciamento de 
riscos, vamos estudar os planos de gestão de riscos. Vamos lá!
Planos de gestão de riscos
Todos os planos de gestão de riscos seguem as mesmas etapas 
que se combinam para compor o processo geral de gerenciamento de 
riscos:
 • Estabelecer contexto: entenda as circunstâncias nas quais o processo 
investigado ocorrerá. Os critérios que serão usados para avaliar o 
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risco também devem ser previamente estabelecidos e a estrutura da 
análise deve ser definida.
 • Identificação de riscos: a empresa irá identificar e definir os riscos 
potenciais e como eles podem influenciar de forma negativa um 
processo/projeto específico da empresa.
 • Análise de risco: depois que a empresa identifica os tipos específicos 
de riscos, ela determina as chances de eles ocorrerem (probabilidade), 
bem como as possíveis consequências, caso o evento se concretize. O 
objetivo desta análise é compreender da melhor forma cada situação 
específica e como isso pode influenciar os processos/projetos e 
objetivos da empresa.
 • Avaliação de riscos e avaliação: o risco é posteriormente avaliado 
depois que se determina a probabilidade geral de sua ocorrência 
alinhada à sua respectiva consequência geral. A organização pode (e 
deve), então, decidir se o risco é relevante e se está disposta a adotá-
lo com base para a mitigação.
 • Mitigação de riscos: durante esta etapa, as empresas avaliam seus 
riscos com as maiores classificações e desenvolvem um plano para 
atenuá-los usando controles específicos para cada tipo de risco.

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