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12 5° Período B | 1° AF | Pediatria I: Saúde da criança e do adolescente Maria Diva Costa Alves | @medivou Distúrbios respiratórios do RN Profª. Larissa Gouveia | 16.03.2022 Ao nascimento função cardiopulmonar: Falha x Sucesso DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NO RN Pode ter origem: • Pulmonar • Central • Cardíaco • Metabólico • Hematológico • Outros ABORDAGEM • Anamnese; • Exame físico; • Laboratório; • Avaliação radiológica; “Em 90% dos casos a anamnese e o exame físico – da mãe – já suspeita de um diagnóstico”. 0 – 3: leve 4 – 6: moderado 7 ou +: intenso EXAMES LABORATORIAIS • Gasometria • Glicemia • Hemograma e PCR • Exames específicos de acordo com o caso SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR) • Doença da membrana hialina (terminolo- gia antiga); • Causa: deficiência do surfactante pulmo- nar; 13 5° Período B | 1° AF | Pediatria I: Saúde da criança e do adolescente Maria Diva Costa Alves | @medivou FATORES DE RISCO • Prematuridade; • Mãe diabética; • Parto cesáreo eletivo; “Quanto mais prematuro o bebê, maior a chance de ter a síndrome do desconforto respiratório”. FISIOPATOLOGIA • Deficiência de surfactante; • Maior força de retração elástica; • Diminuição da complacência pulmonar; • Atelectasia; DIAGNÓSTICO • Sinais de desconforto respiratório precoce; • Prematuro com apneia e cianose; • Piora clínica entre 24-48h de vida; • Podendo melhorar a partir de 72h de vida; Aspecto radiológico: • Infiltrado retículo-granular difuso (vidro moído); • Brancograma aéreo; Critérios diagnósticos: • Prematuridade; • Desconforto respiratório nas primeiras 3h de vida; • O2 durante mais de 24h para manter a gasometria normal; • Alterações radiológicas entre 6-24 horas de vida; “Oxigênio precisa ser administrado com amor”. TRATAMENTO • Uso precoce de surfactante exógeno, e se possível, evitar a ventilação mecânica in- vasiva; • Cafeína; • Corticóide; • Cuidados gerais: → Controle térmico. → Oferta hídrica cuidadosa. → Uso criterioso de antibiótico. PREVENÇÃO • Adequada assistência pré-natal; • Incentivo ao parto normal; • Corticoterapia antenatal (28-34 semanas); TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA DO RECÉM- NASCIDO (TTRN) • Acomete 1-2% de todos os nascimentos; • Condição comum, benigna e auto-limita- da; • Causa: retardo na absorção de líquido pulmonar fetal; FISIOPATOLOGIA Reabsorção do líquido pulmonar está preju- dicada. • Cesariana eletiva sem trabalho de parto; • Asfixia perinatal; • Diabetes e asma brônquica materna; • Policitemia (aumento dos níveis de células sanguíneas); DIAGNÓSTICO • Evolução clínica benigna; • Aspectos radiológicos: → Congestão peri-hilar radiada e simétri- ca. → Espessamento de cisuras interlobares. → Hiperinsuflação pulmonar. 14 5° Período B | 1° AF | Pediatria I: Saúde da criança e do adolescente Maria Diva Costa Alves | @medivou SÍNDROME DA ASPIRAÇÃO MECONIAL Mecônio: primeira eliminação do RN, com coloração, consistência e composição ca- racterísticas. • Incidência de presença de líquidos amnió- tico meconial (10-20% das gestações); • 1-2% desses conceptos apresentará a SAM; • Mortalidade de 35-60% entre os RN que necessitam de ventilação mecânica; “Ocorre mais em bebês velhos”. FATORES DE RISCO • RN com idade gestacional maior que 40 semanas; • RN que sofreu asfixia perinatal; • Peso ao nascimento maior 4,500g; • Sexo masculino; FISIOPATOLOGIA • Obstrução: barotrauma; • Inflamação: inativa surfactante; • Hipóxia; DIAGNÓSTICO • RN pós-maduro, impregnação meconial; • Ao exame: ruídos adventícios + sinais de insuficiência respiratória; Classificação: • Leve: oferecimento de O2 < 40% por mais de 48h; • Moderado: oferecimento de O2 > 40% por mais de 48h; • Grave: precisa de ventilação mecânica invasiva ou desenvolvem hipertensão pul- monar; Aspectos radiológicos: • Atelectasia + aspecto granular grosseiro alterado com áreas de Hiperinsuflação em ambos os campos pulmonares + sinais de escape de ar; TRATAMENTO • Cuidados gerais: vigiar controle térmico, glicêmico, calcemia, restrição hídrica; • Oxigenação: evitar hipóxia; • Ventilação; • Antibioticoterapia; • Surfactante; • Tratamento da hipertensão pulmonar; GASOMETRIA RN pH: 7,25 e 7,40 PaO2: 50 e 70 mmHg PaCO2: 40 e 60 mmHg PNEUMONIA NO PERÍODO NEONATAL Um dos primeiros sinais de infecção sistêmi- ca, frequentemente associada a sepse e meningite neonatal. CLASSIFICAÇÃO • Precoce (até 48 horas de vida): prodomí- nio de bactérias gram-negativa; • Tardia: predomínio de bactérias gram-po- sitivas; • Adquiridas antes do nascimento ou con- gênitas; • Adquiridas durante o nascimento; DIAGNÓSTICO • Agentes: estreptococo do grupo B (profi- laxia materna intraparto); • As manifestações clínicas e radiológicas são inespecíficas; • Suspeita: hemocultura positiva ou de dois ou mais critérios expostos; 15 5° Período B | 1° AF | Pediatria I: Saúde da criança e do adolescente Maria Diva Costa Alves | @medivou SINAIS CLÍNICOS SUGESTIVOS DE SEPSE • Intolerância alimentar; • Letargia; • Hipotonia; • Hipo ou hipertermia; • Distensão abdominal; TRATAMENTO Nos casos de início precoce (72h de vida): • Ampicilina + Gentamicina; • Suporte hídrico e nutricional; • Suporte ventilatório; HIPERTENSÃO PULMONAR PERSISTENTE NEONATAL (HPPN) • Hipoxia grave e refratária; • Devido a diminuição do fluxo sanguíneo pulmonar e shunt direito-esquerdo por me- io do forame oval e/ou canal arterial; QUADRO CLÍNICO • Depende da doença de base; • Desproporção entre a gravidade da hipo- xemia e o grau de desconforto respirató- rio; DIAGNÓSTICO • Ecocardiograma; TRATAMENTO • Tratar a doença de base; • Sedação; • Droga vaso ativa; • Óxido nítrico;
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