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Material de Apoio - Curso Regular

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ROTEIRO DE AULA & MATERIAL DE APOIO 
2ª FASE DIREITO TRIBUTÁRIO – EXAME XXVI 
MATERIAL PRODUZIDO POR: PROF. GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
 
 
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2ª FASE DIREITO TRIBUTÁRIO – EXAME XXVI 
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SUMÁRIO 
 
01. ABERTURA E PETIÇÃO INICIAL ............................................................................................................4 
02. PETIÇÃO INICIAL .............................................................................................................................. 14 
03. MANDADO DE SEGURANÇA ............................................................................................................ 25 
04. AÇÃO DECLARATÓRIA E ANULATÓRIA ............................................................................................ 35 
05. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO .................................................................................... 53 
06. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO ............................................................................ 59 
07. AÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL E REDIRECIONAMNETO DA EXECUÇÃO FICAL ............ 65 
08. PETIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE .............................................................................. 71 
09. TEORIA GERAL DOS RECURSOS ....................................................................................................... 75 
10. RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, INTERNO E APELAÇÃO ................................................ 77 
11. RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO ........................................................................ 95 
12. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE ......... 105 
13. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO E ADPF ........................................... 117 
13.1 Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão ................................................................ 117 
13.2 ADPF ........................................................................................................................................ 118 
14. TRIBUTO ........................................................................................................................................ 128 
15. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA .......................................................................................................... 132 
16. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR - PRINCÍPIOS ..................................................................... 139 
16.1 Princípio da Legalidade ........................................................................................................... 139 
16.2 Princípio da Isonomia .............................................................................................................. 143 
16.3 Princípio da Anterioridade ...................................................................................................... 144 
16.4 Princípio da Irretroatividade ................................................................................................... 147 
16.5 Princípio do Não Confisco ....................................................................................................... 149 
16.6 Princípio da Liberdade de Tráfego .......................................................................................... 150 
16.7 Princípio da Uniformidade Geográfica .................................................................................... 150 
16.8 Princípio da Isenção Heterônoma ........................................................................................... 151 
17. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR - IMUNIDADES .................................................................. 153 
18. LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA .............................................................................................................. 164 
19. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ........................................ 165 
19.1 Elisão Fiscal .............................................................................................................................. 166 
19.2 Sujeito Ativo e Passivo da Relação Tributária ......................................................................... 166 
19.3 Das Convenções Particulares e da Obrigação Tributária ........................................................ 167 
19.4 Da Solidariedade ..................................................................................................................... 167 
19.5 Da Capacidade Tributária ........................................................................................................ 168 
19.6 Da Constituição do Crédito Tributário - Lançamento ............................................................. 168 
20. DA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO .......................................................................... 169 
 
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21. DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO....................................................................................... 173 
22. DA EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ...................................................................................... 180 
22.1 Isenção .................................................................................................................................... 180 
22.2 Anistia ...................................................................................................................................... 182 
23. DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ............................................................................................ 184 
24. DA DENÚNCIA ESPONTÂNEA, GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO .................. 187 
25. DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ...................................................................................................... 189 
26. DOS IMPOSTOS EM ESPÉCIE.......................................................................................................... 190 
26.1 IMPOSTOS FEDERAIS ............................................................................................................... 190 
26.1.1 ITR - Imposto Territorial Rural .............................................................................................. 190 
26.1.2 IOF - Imposto sobre Operações Financeiras ........................................................................ 193 
26.1.3 Imposto de Importação ....................................................................................................... 195 
26.1.4 Imposto de Exportação ........................................................................................................ 198 
26.1.5 Imposto Produto Industrializado ......................................................................................... 200 
26.1.6 Imposto de Renda ................................................................................................................ 201 
26.2 IMPOSTOS MUNICIPAIS ........................................................................................................... 203 
26.2.1 IPTU - - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ..................................... 203 
26.2.2 ISSQN - Impostos Sobre Serviços de Qualquer Natureza ..................................................... 206 
26.2.3 ITBI - Imposto de Transmissão de Bens Imóveis .................................................................. 209 
26.3 IMPOSTOS ESTADUAIS ............................................................................................................ 210 
26.3.1 ITCMD - Imposto Transmissão Causa Mortis ou Doação .....................................................
210 
26.3.2 IPVA - Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores .......................................... 212 
26.3.3 ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de 
Serviços ........................................................................................................................................... 213 
27. TAXAS ............................................................................................................................................ 218 
28. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ...................................................................................................... 222 
29. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS ................................................................................................... 223 
30. CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL .............................................................................................................. 224 
30.1 Contribuições Sociais Gerais ................................................................................................... 224 
30.2 Contribuições de Seguridade Social ........................................................................................ 224 
30.3 Contribuição Social para Regime Próprio de Previdência para Servidor Público ................... 226 
30.4 Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico .................................................... 226 
30.5 Contribuição de Interesse de Categoria Profissional .............................................................. 226 
30.6 Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública ................................................................ 227 
31. RECURSOS REPETITIVOS IMPORTANTES - ATUALIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL............................... 228 
 
 
 
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ABERTURA E PETIÇÃO INICIAL 
 
Iniciaremos o nosso curso apontando alguns tópicos interessantes sobre a prova, 
como a indicação de marcação no Vademecum, bem como os demais tópicos interessantes 
e necessários para o bom desenrolar da preparação de vocês. 
 
Caro estudante, futuro advogado, a primeira tarefa para começar o estudo para a 
2ª fase do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, inclui, necessariamente, a análise 
do edital, pois nele estão “as regras do jogo”, ou seja, nele encontramos as informações 
necessárias sobre o que PODE e o que NÃO PODE no Exame da Ordem. Também, 
encontramos nele os prazos e, notadamente, os conteúdos que precisamos dominar para 
GARANTIR A APROVAÇÃO. 
 
A prova terá duração de 5 (cinco) horas, das 13h às 18h, no horário oficial de 
Brasília/DF. A prova prático-profissional valerá 10,00 (dez) pontos e será composta de 
duas partes: 
 
1ª parte: Redação da peça profissional, valendo 5,00 (cinco) pontos, acerca de tema 
da área jurídica de opção do examinando e do seu correspondente direito 
processual. A peça será desenvolvida em no máximo cinco páginas, sinalizadas, 
sendo o total de 150 linhas. 
 
2ª parte: Respostas a 4 (quatro) questões discursivas, sob a forma de situações-
problema, valendo, no máximo, 1,25 (um e vinte e cinco) pontos cada, relativas à 
área de opção do examinando e do seu correspondente direito processual. 
 
O caderno de textos definitivos da prova prático-profissional NÃO PODERÁ SER 
ASSINADO, RUBRICADO E/OU CONTER QUALQUER PALAVRA E/OU MARCA que o 
identifique em outro local que não o apropriado (capa do caderno), sob pena de ser 
anulado. Assim, a detecção de qualquer marca identificadora no espaço destinado à 
transcrição dos textos definitivos acarretará a anulação da prova prático-profissional e a 
eliminação do examinando. 
 
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O caderno de textos definitivos será o único documento válido para a avaliação da 
prova prático-profissional, devendo obrigatoriamente ser devolvido ao fiscal de aplicação 
ao término da prova, devidamente assinado no local indicado (capa do caderno). O 
caderno de rascunho é de preenchimento facultativo e não terá validade para efeito de 
avaliação, podendo o examinando levá-lo consigo após o horário estabelecido. 
Em hipótese alguma haverá substituição do caderno de textos definitivos por erro do 
examinando. 
 
Cuidado: Se você fizer toda a prova no rascunho e depois passar a limpo, pode não 
dar tempo de terminar!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As provas prático-profissionais deverão ser manuscritas, em letra legível, com 
caneta esferográfica de tinta azul ou preta, não sendo permitida a interferência e/ou a 
participação de outras pessoas, salvo em caso de examinando portador de deficiência que 
 
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solicitou atendimento especial para esse fim, nos termos deste edital. Nesse caso, o 
examinando será acompanhado por um agente devidamente treinado, para o qual deverá 
ditar o texto, especificando oralmente a grafia das palavras e os sinais gráficos de 
pontuação. 
 
O examinando receberá NOTA ZERO nas questões da prova prático-profissional em 
casos de não atendimento ao conteúdo avaliado, de não haver texto, de manuscrever em 
letra ilegível ou de grafar por outro meio que não o determinado no subitem anterior. 
 
Na redação das respostas às questões discursivas, o examinando deverá indicar, 
obrigatoriamente, a qual item do enunciado se refere cada parte de sua resposta (“A)”, 
“B)”, “C)” etc.), sob pena de receber NOTA ZERO. 
 
Para a redação da peça profissional, o examinando deverá formular texto com a 
extensão máxima definida na capa do caderno de textos definitivos; para a redação das 
respostas às questões discursivas, a extensão máxima do texto será de 30 (trinta) linhas 
para cada questão. Será desconsiderado, para efeito de avaliação, qualquer fragmento de 
texto que for escrito fora do local apropriado ou que ultrapassar a extensão máxima 
permitida. 
 
O examinando deverá observar atentamente a ordem de transcrição das suas 
respostas quando da realização da prova prático-profissional, devendo iniciá-la pela 
redação de sua peça profissional, seguida das respostas às quatro questões discursivas, 
em sua ordem crescente. Aquele que não observar tal ordem de transcrição das respostas, 
assim como o número máximo de páginas destinadas à redação da peça profissional e das 
questões discursivas, receberá nota 0 (zero), sendo vedado qualquer tipo de rasura e/ou 
adulteração na identificação das páginas, sob pena de eliminação sumária do examinando 
do Exame. 
 
Quando da realização das provas prático-profissionais, caso a peça profissional 
e/ou as respostas das questões discursivas exijam assinatura, o examinando deverá 
utilizar apenas a palavra “ADVOGADO...”. Ao texto que contenha outra assinatura, será 
atribuída NOTA ZERO, por se tratar de identificação do examinando em local indevido. 
 
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Na elaboração dos textos da peça profissional e das respostas às questões 
discursivas, o examinando deverá incluir todos os dados que se façam necessários, sem, 
contudo, produzir qualquer identificação além daquelas fornecidas e permitidas no 
caderno de prova. Assim, o examinando deverá escrever o nome do dado seguido de 
reticências “...” ou “XXX” exemplo: 
 
 
Para a realização da prova prático-profissional o examinando deverá ter 
conhecimento das regras processuais inerentes ao fazimento da mesma. 
 
O texto da peça profissional e as respostas às questões discursivas
serão avaliadas 
quanto à adequação ao problema apresentado, ao domínio do raciocínio jurídico, à 
fundamentação e sua consistência, à capacidade de interpretação e exposição e à técnica 
profissional demonstrada, sendo que a mera transcrição de dispositivos legais, 
desprovida do raciocínio jurídico, NÃO ENSEJARÁ PONTUAÇÃO, você deve explicar a sua 
resposta, jamais meramente transcrever o artigo, súmula ou OJ. 
 
O examinando, ao término da realização da prova prático-profissional, deverá, 
obrigatoriamente, devolver o caderno de textos definitivos, assinado no local indicado 
(capa do caderno), sem qualquer termo, contudo, que identifique as folhas em que foram 
transcritos os textos definitivos. 
 
Para a realização da prova prático-profissional, deverá comparecer ao local 
designado com antecedência, considerando a necessidade de vistoria do material de 
consulta permitida nesta fase. O examinando deverá estar munido somente de caneta 
esferográfica de tinta azul ou preta, fabricada em material transparente, e só será 
permitido o acesso ao local de prova munido de documento de identidade com foto 
original para a realização das provas objetiva e prático-profissional. Não será permitido o 
uso de borracha e/ou corretivo de qualquer espécie durante a realização das provas. 
 
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 Durante a realização da prova prático-profissional, será permitida, 
exclusivamente, a consulta à legislação, súmulas, enunciados, orientações 
jurisprudenciais e precedentes normativos SEM QUALQUER ANOTAÇÃO OU 
COMENTÁRIO. 
Legislação com entrada em vigor após a data de publicação deste edital, bem como 
alterações em dispositivos legais e normativos a ele posteriores não serão objeto de 
avaliação nas provas, assim como não serão consideradas para fins de correção das 
mesmas. Em virtude disso, somente será permitida a consulta a publicações produzidas 
pelas editoras, sendo vedada a atualização de legislação pelos examinandos com 
anotações ou material impresso separadamente. 
 
As remissões a artigo ou lei são permitidas apenas para referenciar assuntos 
isolados. Quando for verificado pelo fiscal advogado que o examinando se utilizou de tal 
expediente com o intuito de burlar as regras de consulta previstas neste edital, 
formulando palavras, textos ou quaisquer outros métodos que articulem a estrutura de 
uma peça jurídica, o uso do material será impedido, sem prejuízo das demais sanções 
cabíveis ao examinando. LEMBRE-SE: não é mais permitido o uso do post-it em branco, 
somente o de editoras, também não é possível usar símbolos para fazer marcações na 
legislação!!! 
 
Lembre-se ainda que serão terminantemente proibidos: códigos comentados, 
anotados, comparados ou com organização de índices temáticos estruturando roteiros de 
peças processuais. Jurisprudências. Anotações pessoais ou transcrições. Cópias 
reprográficas (xerox). Impressos da Internet. Informativos de Tribunais. Livros de 
Doutrina, revistas, apostilas, calendários e anotações. Dicionários ou qualquer outro 
material de consulta. Legislação comentada, anotada ou comparada. Súmulas, Enunciados 
e Orientações Jurisprudenciais comentados, anotados ou comparados. 
 
Quando possível, a critério do fiscal advogado e dos representantes da Seccional 
da OAB presentes no local, poderá haver o isolamento dos conteúdos proibidos, seja por 
grampo, fita adesiva, destacamento ou qualquer outro meio. Caso, contudo, seja 
constatado que a obra possui trechos proibidos de forma aleatória ou partes tais que 
inviabilizem o procedimento de isolamento retro mencionado, o examinando poderá ter 
 
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seu material recolhido pela fiscalização, sendo impedido seu uso. Os materiais que 
possuírem conteúdo proibido não poderão ser utilizados durante a prova prático-
profissional, sendo garantido ao fiscal advogado a autonomia de requisitar os materiais 
de consulta para nova vistoria minuciosa durante todo o tempo de realização do Exame. 
O examinando que, durante a aplicação das provas, estiver portando e/ou utilizando 
material proibido, ou se utilizar de qualquer expediente que vise burlar as regras deste 
edital, especialmente as concernentes aos materiais de consulta, terá suas provas 
anuladas e será automaticamente eliminado do Exame. 
 
As questões e a redação da peça profissional serão avaliadas quanto à adequação 
das respostas ao problema apresentado. A redação da peça profissional terá o valor 
máximo de 5,00 (cinco) pontos e cada questão terá o valor máximo de 1,25 (um e vinte e 
cinco) pontos. A Nota na Prova Prático-Profissional (NPPP) será a soma das notas obtidas 
nas questões e na redação da peça profissional. A NPPP será calculada na escala de 0,00 
(zero) a 10,00 (dez) pontos. 
 
Para cada examinando, a NPPP será obtida pelo seguinte procedimento: poderão 
ser concedidas notas não inteiras para as respostas do examinando tanto na peça 
profissional quanto nas questões; o somatório dessas notas constituirá a nota na prova 
prático-profissional, vedado o arredondamento. Será considerado aprovado o 
examinando que obtiver NPPP igual ou superior a 6,00 (seis) pontos na prova prático-
profissional, vedado o arredondamento. 
 
Nos casos de propositura da peça inadequada para a solução do problema 
proposto, considerando para este fim peça que não esteja exclusivamente em 
conformidade com a solução técnica indicada no padrão de respostas da prova, ou de 
apresentação de resposta incoerente com a situação proposta ou de ausência de texto, o 
examinando receberá nota ZERO na redação da peça profissional ou na questão. A 
indicação correta da peça prática é verificada no nomen iuris da peça concomitantemente 
com o correto e completo fundamento legal usado para justificar tecnicamente a escolha 
feita. 
 
 
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No que tange a escrita Você, mais do que nunca, precisa ser compreendido, o que 
significa dizer que não basta escrever de forma que somente você entenda. Quem vai 
corrigir sua prova, pode estar exausto, em razão da correção de outras provas, antes da 
sua, por isso facilite a vida do examinador... seja CLARO e OBJETIVO, e coloque as 
informações que o examinador busca identificar na sua peça e questões. 
 
Além disso, a letra precisa ser legível. Treine, escreva, faça as tarefas de forma 
manuscrita, e tente melhorar a sua letra. Não use termos rebuscados ou inapropriados e 
tenha cuidado com erros de português. 
 
Por fim, como veremos nas aulas, existem dados importantes e que são 
imprescindíveis para cada peça e questão, por isso interpretar o enunciado é fundamental. 
Para isso, leia com calma, anotando as informações relevantes, e na hora de responder, 
lembre-se de procurar a fundamentação apropriada. 
 
Então, o que você precisa para uma boa prova? 
 
 
 
 
 
 
 
Caro estudante, uma questão crucial para a sua aprovação diz respeito à 
organização do seu material e do seu tempo de estudo. Por isso, adquira a legislação que 
pretende utilizar para a prova, e comece a utilizá-la o mais rápido possível. Conhecer a 
legislação e ter agilidade em localizar os fundamentos legais é importantíssimo. 
 
Também, defina qual horário dedicará para o estudo. Não há um tempo mínimo e 
máximo, pois isso depende de cada pessoa e de sua rotina, mas você precisa entender que, 
nesse período, precisará abdicar de outras atividades e ter FOCO na prova que se 
aproxima. 
 
Ter calma e atenção 
Redação clara e objetiva 
Dados importantes – vamos ver em cada peça 
Sempre procurar
a fundamentação (ou seja, o artigo, súmula ou OJ) 
NÃO ESQUEÇA DE INDICAR OS INCISOS E §§ CORRETAMENTE 
 
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Posteriormente falaremos um pouco mais sobre métodos de estudo, forma de 
otimização e preparação para esta segunda fase. Tenham a certeza e convicção: dá certo, 
basta caprichar, que o resultado não será diverso da aprovação. Antes de falar sobre os 
requisitos básicos da inicial, gostaria que vocês vislumbrassem quais peças poderão ser 
objeto de cobrança de vocês, via de regra, neste nosso Exame. 
 
 
 
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As presentes ações poderão levar vocês a confusão no tocante à identificação. 
Entretanto, existem formas bem fáceis e claras que irão apontar quando da utilização de 
uma demanda e/ou respectivamente da outra. Outrossim, faz-se importante ressaltar que 
temos três grandes gêneros/grupos de demandas e/ou peças que poderão ser objeto de 
cobrança de nossos alunos examinandos na 2ª Fase de Direito Tributário. 
 
Ato contínuo, por fim, vamos falar sobre petição inicial. Mas, afinal de contas, quais 
são os passos básicos de uma petição inicial: 
 
1) Endereçamento. 
2) Qualificação do Requerente. 
Ações & Peças (Regra Geral)
Processo Subjetivo
Mandado de 
Segurança
Ação Declaratória
Ação Anulatória
Ação de Consignação 
em Pagamento
Ação de Repetição de 
Indébito Tributário
Ação de Embargos à 
Execução Fiscal
Petição de Exceção de 
Pré Executividade
Processo Objetivo
ADI
ADC
ADO
ADPF
Recursos Processuais
Agravo de Instrumento
Apelação
Agravo Interno
Recurso Especial
Recurso Extraordinário
 
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3) Fundamento do Requerente. 
4) Nome da Peça do Requerente. 
5) Qualificação do Requerido. 
6) Cabimento da Demanda. 
7) Descrição dos Fatos. 
8) Descrição dos Direitos. 
9) Pedidos. 
10) Valor da Causa. 
11) Local e Data. 
12) Advogado e OAB. 
 
Basicamente são estes os passos de uma peça inicial. Em sala de aula, falaremos 
sobre cada um, sua importância e forma de utilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PETIÇÃO INICIAL 
 
Quando do estudo da prática processual em direito tributário, algumas questões 
iniciais são relevantes e precisam ser citadas a fim de que exista nexo e lógica no 
aprendizado didático da referida matéria. 
 
 Inicialmente, cabe afirmar que não existe nenhuma codificação especial sobre 
processo tributário e sua formatação, fazendo-se, portanto, utilização tanto de normas 
específicas (Lei de Execução Fiscal, Lei do Mandado de Segurança, entre outras), quanto 
as gerais, leia-se, Código de Processo Civil. 
 
 E, considerando a inexistência de legislação especial, costuma-se dividir as peças 
processuais tributárias em três grandes grupos: processo subjetivo, objetivo e peças 
recursais. Logo, inclusive em face da maior utilização na prática, o presente capítulo irá 
trabalhar sobre a petição inicial na égide do processo subjetivo, levando em consideração 
a defesa do contribuinte. 
 
 Mas afinal de contas, qual a motivação de elaborar-se uma petição inicial junto ao 
Poder Judiciário? O que motiva o contribuinte (que é regra) a requerer a prestação 
jurisdicional certamente é a existência de litígio ou a impossibilidade de solução 
administrativa de uma pendência fiscal. 
 
 Diante deste contexto, o contribuinte poderá inaugurar a esfera judicial por meio 
das seguintes ações e peças subjetivas: Mandado de Segurança, Ação Declaratória, Ação 
Anulatória, Ação de Consignação em Pagamento, Ação de Repetição de Indébito, Ação de 
Embargos à Execução Fiscal e a Petição de Exceção de Pré Executividade. 
 
E o que as presentes peças apresentam em comum? A sua estrutura. Lembrando 
aqui que, muito embora a presente obra seja dirigida para quem está estudando para a 2ª 
Fase da OAB em Direito Tributário, em nada obsta utilizar-se desta estrutura para a 
prática diária da advocacia tributária. Portanto, qual é a estrutura básica destas peças 
processuais do processo subjetivo: 
 
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 Após visualizarmos a estrutura básica de uma petição inicial do processo subjetivo, 
faz necessário compreender cada tópico acima exposto, ratificando-se que na análise dos 
tópicos de peça será utilizada como parâmetro - ação judicial contra o fisco - que terá 
como requerente o contribuinte e como requerido o fisco. 
 
Endereçamento 
 
 O endereçamento normalmente é o grande ponto nevrálgico dos examinandos da 
Ordem dos Advogados do Brasil. Certamente é uma das questões que torna-se campeã de 
questionamentos em cada certame. 
 
 Mas o que é o endereçamento? Endereçamento será o destinatário da demanda, ou 
seja, será o juízo responsável pelo julgamento do litígio, da causa controversa em que o 
contribuinte buscará a solução para os seus problemas. Tal previsão encontra-se disposta 
no artigo 319, I, do Código de Processo Civil. 
Estrutura Básica do Processo Subjetivo
1) Endereçamento
2) Qualificação do Requerente
3) Fundamento da Peça 
4) Nome da Peça 
5) Qualificação do Requerido
6) Cabimento
7) Fatos
8) Direitos
9) Pedidos
10) Valor da Causa
11) Local ... Data ... 
12) Advogado ... OAB ... 
 
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 Normalmente a grande regra no direito tributário é de que as causas serão 
ajuizadas em 1º Grau (quem julga será um juiz singular), na Justiça Federal (Subseção) se 
houver interesse da União, Autarquia Federal ou Empresa Pública Federal, na forma do 
artigo 109, I, da Constituição Federal, ou como critério residual na Justiça Estadual 
(Comarca) caso não haja a incidência da regra do artigo supra referido. 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e 
julgar: 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou 
empresa pública federal forem interessadas na 
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, 
exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as 
sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; 
 
 Assim, como primeiro critério de endereçamento faz-se necessário estabelecer 
se o seu processo será dirigido para a Justiça Federal ou Estadual. Após analisado o 
presente critério, deverá ser analisado pelo representante do contribuinte se não existe a 
possibilidade da petição inicial ser dirigida aos Juizados Especiais. 
 
 Mas existe possibilidade de endereçamento para os Juizados Especiais? Sim, tanto 
a Justiça Federal, quanto a Justiça Estadual apresentam seus próprios juizados especiais. 
Na Justiça Federal teremos os Juizados Especiais Federais e na Justiça Estadual os Juizados 
Especiais da Fazenda Pública. 
 
 E qual é o critério para que tais petições iniciais sejam dirigidas para os juizados? 
Trata-se de critério cumulativo onde deverá o autor da demanda ser pessoa física, micro 
empresa ou empresa de pequeno porte e a demanda a ser ajuizada ter valor igual ou 
inferior a 60 Salários Mínimos Nacionais. Caso estejam presentes estes dois requisitos de 
forma cumulativa, o procedimento deverá ser dirigido para os Juizados Especiais Federais 
(observando-se o critério do artigo 109, I, da CF) ou para os Juizados
Especiais da Fazenda 
Pública. 
 
 
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 Lembrando, ainda, que jamais poderão ser dirigidos para os Juizados: Mandado de 
Segurança, Embargos à Execução Fiscal e Exceção de Pré Executividade, em face de 
previsão expressa na norma. 
Lei 10.259/2001 - Art. 3º. Compete ao Juizado Especial Federal 
Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da 
Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem 
como executar as suas sentenças. 
§ 1º. Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as 
causas: 
I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, 
as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão 
e demarcação, populares, execuções fiscais (...) 
Art. 6º Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cível: 
I – Como autores, as pessoas físicas e as microempresas e 
empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei nº 9.317, de 5 
de dezembro de 1996; 
 
Lei 12.153/2009 - Art. 2º. É de competência dos Juizados 
Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas 
cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários 
mínimos. 
§ 1º. Não se incluem na competência do Juizado Especial da 
Fazenda Pública: 
I – As ações de mandado de segurança, de desapropriação, de 
divisão e demarcação, populares, por improbidade 
administrativa, execuções fiscais (...) 
Art. 5º. Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública: 
I – Como autores, as pessoas físicas e as microempresas e 
empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. 
 
 Logo, o segundo critério, para efeitos de definição do endereçamento, é analisar 
a possibilidade de direcionamento da causa para os Juizados ou não. 
 
Dica do Guigui 
 
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A petição inicial, para efeitos de Exame da Ordem, somente deverá ser dirigida para os 
Juizados, seja Federal ou da Fazenda Pública, caso o enunciado deixe claro e expresso 
que o requerente é pessoa física, empresa de pequeno porte ou micro empresa e o valor 
da causa seja de valor igual ou inferior a 60 SM. 
 
 Por fim, para efeitos de endereçamento, ainda é necessário ater-se a qual comarca 
ou subseção deverá ser dirigida a petição inicial. E, para efeitos deste critério, recomenda-
se a utilização e observância dos artigos do Código de Processo Civil. 
 
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas 
em que seja autora a União. 
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser 
proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato 
ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou no 
Distrito Federal. 
 
Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas 
em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. 
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, 
a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de 
ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação 
da coisa ou na capital do respectivo ente federado. 
 
 Diante disso, como terceiro critério para o endereçamento, a demanda será 
distribuída, via de regra, no local do domicílio do requerente da demanda (salvo se a 
demanda for contra o Município, que deverá ser no domicílio do réu – artigo 46 do 
CPC). Mas cuidado: caso trate-se de embargos à execução fiscal ou exceção de pré 
executividade, tais peças deverão ser endereçadas para o local onde tramita a execução 
fiscal. 
 
 Por fim, antes de visualizarmos como se apresentarão tais endereçamentos, faz-se 
necessário deixar muito claro o seguinte: muito embora alguns doutrinadores, na maioria 
das vezes com razão, endereçam na forma da competência do tributo, esta regra comporta 
algumas exceções, como por exemplo, cobrança de IPTU dos Correios que tem imunidade. 
 
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Muito embora esteja tratando-se de tributo municipal, a ação deverá ser proposta junto a 
Justiça Federal por tratar-se de Empresa Pública Federal, na forma do artigo 109, I da CF. 
 
 Findas as exposições sobre endereçamento, os mesmos se apresentarão da 
seguinte forma: 
 
Endereçamento para a Justiça Estadual 
Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca de ... 
Estado ... 
 
Endereçamento para os Juizados Especiais da Fazenda Pública 
Douto Juízo de Direito dos Juizados Especiais da Fazenda Pública da Comarca de 
... Estado ... 
 
Endereçamento para a Justiça Federal 
Douto Juízo Federal da ... Vara (Federal/Fazenda Pública) da Subseção Judiciária 
... da Seção Judiciária ... 
 
Endereçamento para os Juizados Especiais Federais 
Douto Juízo Federal dos Juizados Especiais Federais da Subseção Judiciária ... da 
Seção Judiciária ... 
 
Dica do Guigui 
- Somente coloca-se a Vara de forma expressa se estiver objetivamente no 
enunciado. 
- Somente menciona-se a Comarca ou Seção se estiver expressa no enunciado. 
 
Qualificação do Requerente 
 
 A qualificação do requerente deverá observar estritamente o que disposto no 
artigo 319, II, do Código de Processo Civil. Diante disso, deverá constar na qualificação 
obrigatoriamente os seguintes itens: “os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência 
 
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de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no 
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do 
autor e do réu”. 
 
 Para efeitos de 2ª Fase do Exame de Ordem, questiona-se: se não houver a presença 
de tais itens acima expostos no enunciado, poderão ser criados? A resposta é negativa. 
Lembrando que nada poderá ser criado ou imaginado no Exame de Ordem, sob pena do 
examinador considerar como identificação de peça e o examinando vir a reprovar. 
Portanto, o candidato, para efeitos de elaboração da peça, deverá observar estritamente 
o que descrito no enunciado. 
 
 Lembrando, antes de citar alguns exemplos, que no momento de elaborar tal 
qualificação, deverá o examinando fazer a indicação do advogado (procurador), visto que 
somente este último detém capacidade postulatória para representação em juízo. 
 
Qualificação da Pessoa Física 
Nome, prenome, estado civil ..., profissão ..., inscrito no CPF sob o nº ..., endereço 
eletrônico ..., residente e domiciliado ..., neste ato representado por seu 
procurador (procuração em anexo), estabelecido ..., local onde receberá 
intimações. 
 
Qualificação da Pessoa Jurídica 
Nome da Empresa, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ..., 
estabelecida ..., endereço eletrônico ..., neste ato representada por seu procurador 
(procuração anexa), estabelecido ..., local onde receberá intimações. 
 
Fundamento e Nome da Peça 
 
 Toda peça processual terá um fundamento e uma denominação. Para efeitos 
práticos (prática na advocacia) a certeza de tais quesitos muito pouco altera a 
possibilidade de recebimento ou não da peça vestibular. Entretanto, para efeitos de 2ª 
Fase de Exame da Ordem, tais requisitos são imprescindíveis para a correção da peça 
processual. 
 
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 Em cada capítulo da presente obra iremos trabalhar
individualmente sobre o 
fundamento e o nome de cada peça processual possível no direito tributário. Lembrando 
sempre que o candidato deverá colocar tais requisitos de forma expressa e legível, a fim 
de que o examinador não tenha dúvidas sobre a escolha por ele realizada. 
 
Exemplo de Fundamento e Nome da Peça 
(...) vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 164, III, do 
CTN e artigos 539 e seguintes do CPC, propor a presente ação de CONSIGNAÇÃO 
EM PAGAMENTO COM DEPÓSITO. 
 
Qualificação do Requerido 
 
 Para qualificar em face de quem será realizado o processo, ou seja, o réu da ação 
judicial, deverá observar-se o que disposto igualmente no artigo 319, II, do CPC. 
Entretanto, como em nosso direito tributário, o requerido normalmente é uma pessoa 
jurídica de direito público, compreende-se necessário acrescer em tal qualificação a 
representação processual exposta no artigo 75 do CPC. 
 
 Importante ainda ressaltar que tal qualificação, para efeitos de 2ª Fase de Exame 
da Ordem, é genérica, ou seja, a ação será ajuizada em face da União, Estado, Distrito 
Federal ou Município. Somente será diferenciada quando tratar-se de Mandado de 
Segurança que veremos em capítulo próprio. 
 
Qualificação da Pessoa Jurídica de Direito Público 
Ente Público (União, Estado, Distrito Federal ou Município), pessoa jurídica de 
direito público, inscrita no CNPJ sob o nº ..., estabelecida ..., endereço eletrônico ..., 
representada neste ato por seu representante, na forma do artigo 75, (ver o inciso 
que se encaixa) do CPC. 
 
Cabimento 
 
 
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Após realizada a fase preambular da petição inicial, ou seja, informei quem irá 
julgar e apreciar meus pedidos (Endereçamento), quem está propondo a demanda 
(Requerente), fundamentos e nome da peça (Ação Escolhida) e em face de quem estarei 
ajuizando (Requerido), iniciaremos as fases dos tópicos processuais. 
 
Inaugura os presentes tópicos aquele que denomino de cabimento, ou seja, o que 
justifica a opção pela ação escolhida pelo requerente e seu procurador. Na prática 
processual tributária, tal tópico não apresenta qualquer relevância ou necessidade, mas 
para efeitos de 2ª Fase de Exame da Ordem sempre é bem pontuado e lembrado pelo 
examinador. 
 
Diante disso, o presente tópico trata-se da justificativa do porquê da ação escolhida 
pelo examinando ou requerente. E para elaborar o presente tópico basta justificar a ação, 
considerando o artigo citado na fase preambular que justifica a escolha realizada. 
 
I - Do Cabimento 
Reza o artigo 38 da LEF que poderá a parte anular, via Ação Anulatória, 
lançamento realizado equivocamente ou ilegalmente. No presente caso, 
compreende-se pela ilegalidade do presente lançamento, portanto, sendo cabível 
o ajuizamento da presente ação anulatória. 
 
Dos Fatos 
 
Após realizada a fase preambular da petição inicial, ou seja, verificado quem será 
o juízo que irá efetivar a prestação jurisdicional, qualificando logo após quem ajuíza a 
ação, qual tipo de ação escolhida, bem como contra quem será dirigida a demanda, 
finalizando com a explicação do porquê da escolha da demanda, cabe ao examinando 
descrever os fatos que levaram a ocorrência do litígio, ou seja, o que ocorreu de fato para 
a parte requerer a prestação jurisdicional. 
 
Para efeitos de Exame da Ordem caberá ao examinando informar/descrever, 
sempre observando suas próprias palavras (cópia não será considerada), os fatos como 
de fato ocorreram. 
 
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Aqui, mais uma vez um alerta: não poderá o examinando inventar ou imaginar 
qualquer fato diverso do que literalmente descrito no enunciado da peça. 
 
Dos Direitos 
 
Descritos os fatos que levaram o contribuinte a desejar a prestação jurisdicional 
faz-se necessário elaborar o ponto mais importante e pontuado da peça processual no 
Exame da Ordem: os direitos que foram lesados pelo fisco. 
 
É nesse tópico processual que o examinando deverá pronunciar-se sobre as 
normas que lhe dão direito a socorrer-se do Poder Judiciário. Lembre-se: nenhum 
problema apresentado, para efeitos de Exame da Ordem, será livre de vícios, ilegalidades 
ou inconstitucionalidades. Portanto, na análise do caso concreto, o candidato deverá 
extrair do enunciado as informações necessárias para identificar tais lesões ao direito. 
 
Dica do Guigui 
- Como eu descrevo o tópico direito: 
Fale da norma que está sendo lesada com suas palavras e sua adesão ao caso 
concreto, concluindo se ocorreu ou não vício de ilegalidade ou 
inconstitucionalidade. 
 
 Por fim, é importante acrescer que neste item da peça processual, o candidato 
poderá igualmente falar sobre o cabimento de eventual liminar ou tutela provisória. 
Entretanto, para efeitos de Exame da Ordem, recomenda-se abrir um tópico novo abaixo 
do presente item. 
 
Dos Pedidos 
 
Finalizando a peça processual deverá ser elaborado o resumo das intenções com a 
peça vestibular, isto é, o candidato irá citar de forma breve e objetiva os seus pedidos. Tais 
itens irão variar a depender da peça processual que será redigida. Portanto, recomenda-
se a análise de cada peça para verificar a lista dos pedidos. 
 
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Valor da Causa 
 
O valor da causa representa a expressão financeira do objeto da demanda que está 
sendo ajuizada. Lembrando que para efeitos do Exame da Ordem somente deverá ser 
mencionado o valor da ação se houver expresso no enunciado tal número correspondente. 
Visto que, mais uma vez reitera-se, não pode ser inventada ou imaginada nenhuma 
quantia, sob pena de ser zerada a peça por identificação. 
 
 
Do Local, Data, Advogado e Nº da OAB 
 
Recomenda-se que tais itens sejam apenas mencionados (citados e acrescidos das 
reticências), não devendo o examinando colocar qualquer local, data, nome de advogado 
e/ou número de inscrição nos quadros da ordem dos advogados. 
 
 
 
 
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MANDADO DE SEGURANÇA 
 
O fundamento legal básico da presente demanda encontra-se esculpido no artigo 
5º, LXIX, da CF, combinado com o artigo 1º da Lei 12.016/2009. Importante dizer que tal 
demanda desfruta de status de remédio constitucional, onde para aqueles que o utilizam 
fundamenta-se sempre na seguinte premissa: “direito líquido e certo”. 
 
Mas esse direito líquido e certo seria de quem? Daquele que venha sofrer uma 
ilegalidade ou abuso de poder, ou que até mesmo tenha medo de sofrer. 
 
 Mas quem cometerá tais atos? Esses atos são realizados pela autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica. Mas atenção: sempre no exercício de poder dado pelo Poder 
Público. 
 
 Ademais, onde encaixa-se o Mandado de Segurança dentro do processo fiscal? 
Lembre-se que, conforme o artigo 3º do CTN, o ato de cobrar tributo está vinculado à lei. 
Logo, se houver cobrança sem respaldo legal, poderemos estar frente à utilização da 
presente demanda. 
 
 Lembre-se que o Mandado de Segurança poderá ser repressivo ou preventivo. 
Assim, usa-se o repressivo para fatos que sucedem o lançamento. Já o preventivo, quando 
houver uma lei, mas que ainda não produziu efeitos sobre determinado contribuinte. 
 
 Outrossim, no que tange ao direito líquido e certo, quer dizer aquela norma que 
está devidamente postada e poderá ser de pleno comprovada pelo ínclito julgador. 
Lembre-se e não esqueça: uma
das grandes diferenças no Mandado de Segurança é que 
não existirá dilação probatória, logo, as provas deverão ser anexadas e provadas de pleno 
(pré-constituída). 
 
 Igualmente, é importante ressaltar que: 
 
 Aquele que Entra com Mandado de Segurança = Polo Ativo = Impetrante. 
 
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 Aquele que Cometeu o Ato Ilegal ou Abusivo = Polo Passivo = Impetrado. 
 
Queridos alunos, vocês não entrarão com MS contra Ente Público, mas sim contra 
aquele representante do ente que cometeu o ato ilegal ou abusivo. 
 
Ademais, nunca é demais salientar que o prazo para a propositura da demanda 
será de 120 dias (art. 23 da Lei 12.016/09), contados da ciência do ato a ser impugnado 
por parte do prejudicado. Cuidado na hora da prova também: tal prazo jamais se 
interromperá ou suspenderá (uma vez iniciado, vai até o fim). 
 
Mas e no que tange ao Mandado Preventivo? A doutrina majoritária compreende 
que não existe prazo decadencial, pois a cada dia que passa, a ameaça se prospera. 
Importante salientar, ainda, conforme Lei própria do Mandado de Segurança, que não 
caberá o presente remédio constitucional quando: 
 
Art. 5º - Não se concederá mandado de segurança quando 
se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito 
suspensivo, independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
 
E como eu, aluno, fundamento um Mandado de Segurança? Conjuga-se os termos 
do artigo 1º da Lei Própria, do art. 5º, LXIX da CF, combinado com o artigo 319 do Novo 
Código de Processo Civil. 
 
 É importante dizer que, na maioria das vezes, a utilização do Mandado de 
Segurança remonta a ideia de utilização do pedido liminar. Outrossim, tenha cuidado, eis 
que nos termos do artigo 7º, §2º da Lei própria, não caberá MS quando: 
 
§ 2º - Não será concedida medida liminar que tenha por 
objeto a compensação de créditos tributários, a entrega 
de mercadorias e bens provenientes do exterior, a 
 
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reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a 
concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou 
pagamento de qualquer natureza. 
 
CUIDADO: Mandado de Segurança é para proteção de direito líquido e certo. Logo, 
não caberá no Mandado de Segurança dilação probatória. As provas documentais deverão 
ser juntadas junto com a inicial, assim, admite-se prova documental, mas jamais no curso 
do processo. 
 
Outra questão importante do Mandado de Segurança: tem prazo de 120 dias da 
ciência do ato. O STF já reafirmou que é válido esse prazo. E ele não se suspende ou 
interrompe. 
 
CUIDADO: Súmula 271 do STF - não posso cumular MS com Repetição de Indébito. 
 
O MS é um rito mais célere (rápido) e tem prioridade de andamento. O MS não 
permite condenação de honorários sucumbenciais. Mas o que são honorários 
sucumbenciais? São aqueles honorários devidos para o advogado da parte contrária. 
 
CUIDADO! A FGV tem dito também sobre MS: ingresse com a ação menos custosa 
para o cliente. Considere que só precise comprovar através de prova documental. 
 
CUIDADO: E se for para o Rito Ordinário? A prova te dará pistas, do tipo: precisa 
provar através de prova pericial. Não bastam somente os documentos para comprovação. 
Logo, se a prova mencionar quaisquer destas expressões: advogado quer honorários ou 
preciso de provas (periciais, testemunhas), não posso entrar com MS. 
 
Caso comum de MS: contribuinte tem uma loja matriz e outras filiais. Ele precisa 
transportar mercadorias entre elas. Incide ICMS? Não, em razão de não haver circulação 
de mercadorias. A mercadoria irá para o mesmo titular (sem transferência). Assim, caberá 
MS preventivo, caso visualize justo receio. 
 
 
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Também existirá uma possibilidade, remota é verdade, de Mandado de Segurança 
Coletivo. Neste caso, os efeitos irão atingir determinado grupo de pessoas. Não será 
qualquer pessoa que poderá impetrar. O rol taxativo está no artigo 5º, LXX (70) da CF. 
Assim, o que muda aqui serão os efeitos da decisão. 
 
Lembrando ainda que no MS Coletivo só posso impetrar na defesa dos filiados, e 
conforme finalidades/objetivos institucionais. Assim, por exemplo, a OAB não poderá 
tutelar direito dos médicos. 
 
Já no que tange a suspensão da exigibilidade do crédito: toda vez que for possível 
você deverá pedir. No Mandado de Segurança, são duas formas: depósito e liminar (jamais 
antecipação de tutela provisória de urgência ou de evidência). 
 
Por fim, ATENÇÃO se eu não souber se é MS Repressivo ou Preventivo. Na dúvida, 
coloque só Mandado de Segurança. E antes de irmos para a demonstração da peça, 
colaciono importante resumo para fixação sobre o Mandado de Segurança1: 
 
Competência A da pessoa jurídica a qual a autoridade está vinculada. 
Legitimidade 
ativa 
a) Titular do direito lesado ou ameaçado. 
b) Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, 
qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança (artigo 
1.º, § 3.º, da Lei 12.016/2009). 
c) Terceiro que tenha direito em condições idênticas à do titular: 
pode impetrar Mandado de Segurança caso o titular não o faça em 
prazo razoável, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) 
dias, quando notificado judicialmente (artigo 3.º). 
Legitimidade 
passiva 
Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato 
impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática (artigo 
6.º, § 3.º, da Lei 12.016/2009). 
 
1 NASSER, Guilherme Sacomano. Prática tributário / Guilherme Sacomano Nasser, Nathaly Campitelli Roque; coordenação 
Alvaro de Azevedo Gonzaga, Nathaly Campitelli Roque – 3. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: 
MÉTODO: 2015.Página 184 e 185. 
 
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São equiparados os representantes ou órgãos de partidos políticos 
e os administradores de entidades autárquicas, bem como os 
dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício 
de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a 
essas atribuições. 
Legitimidade 
passiva 
Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências 
de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado 
houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela 
controlada (artigo 2.º da Lei 12.016/2009). 
Litisconsórcio 
ativo 
É admitido até o despacho inicial (artigo 10, § 2.º, Lei 
12.016/2009). 
Litisconsórcio 
passivo 
necessário 
Pessoa jurídica de direito público a quem se liga a autoridade. Terá 
ela a legitimidade para recorrer. 
Causa de pedir Alegação e demonstração da: 
a) lesão ou ameaça de lesão (ameaça fundada); 
b) ato ilegal ou praticado com abuso de poder por autoridade ou 
equiparado; 
c) a direito líquido e certo do impetrante; 
d) se o caso, a condição de prejudicado indireto pelo ato, quanto a 
seu interesse processual específico. 
Súmula 625 do Supremo Tribunal Federal: “Controvérsia sobre 
matéria de direito não impede concessão de mandado de 
segurança”. 
Pedido Concessão da segurança para suprir a ilegalidade ou abuso de 
autoridade. 
Prazo Caberá mandado de segurança no prazo máximo de 120 dias 
contado do ato impugnado (art. 23 da Lei 12.016/2009). 
Valor da causa Benefício material
a ser aferido pela demanda. 
Intimação da 
autoridade 
Requerimento de intimação da autoridade, para apresentar 
informações no prazo de 10 (dez) dias e da pessoa jurídica de 
 
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direito público a quem a autoridade pertence (artigo 7.º, I, Lei 
12.016/2009). 
 
Considerando que repassamos por alguns dos principais tópicos sobre o Mandado 
de Segurança, vamos agora vislumbrar um modelo de peça-prática da presente ação 
tratada neste capítulo. É importante dizer que o presente material deverá ser 
complementado com as aulas ao vivo que serão realizadas conforme grade de horários. 
 
Enunciado da Peça 
 
Zeta é uma sociedade empresária cujo objeto social é a compra, venda e montagem 
de peças metálicas utilizadas em estruturas de shows e demais eventos. Para o 
regular exercício de sua atividade, usualmente necessita transferir tais bens entre 
seus estabelecimentos, localizados entre diferentes municípios do Estado de São 
Paulo. Apesar de nessas operações não haver transferência da propriedade dos 
bens, mas apenas seu deslocamento físico entre diferentes filiais de Zeta, o fisco do 
Estado de São Paulo entende que há incidência de Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS nesse remanejamento. Diante da falta 
de recolhimento do imposto, o fisco já reteve por mais de uma vez, por seus 
Auditores Fiscais, algumas mercadorias que estavam sendo deslocadas entre as 
filiais, buscando, assim, forçar o pagamento do imposto pela sociedade 
empresária. Considere que, entre a primeira retenção e a sua constituição como 
advogado, passaram-se menos de dois meses. Considere, ainda, que todas as 
provas necessárias já estão disponíveis e que o efetivo pagamento do tributo, ou o 
depósito integral deste, obstaria a continuidade das operações da empresa que, 
ademais, não quer se expor ao risco de eventual condenação em honorários, no 
caso de insucesso na medida judicial a ser proposta. Com receio de sofrer outras 
cobranças do ICMS e novas retenções, e também pretendendo a rápida liberação 
das mercadorias já apreendidas, uma vez que elas são essenciais para a 
continuidade de suas atividades, a sociedade empresária Zeta o procura para, na 
qualidade de advogado, elaborar a petição cabível, ciente de que, entre a retenção 
e a constituição do advogado, há período inferior a 120 (cento e vinte) dias, e que, 
para a demonstração dos fatos, há a necessidade, apenas, de prova documental que 
lhe foi entregue. (Valor: 5,00 pontos) 
 
Resolução da Peça 
Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível/Fazenda Pública) da Comarca ... do Estado 
de São Paulo. 
 
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Zeta, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ..., atos 
constitutivos em anexo, endereço eletrônico ..., estabelecida ..., vem 
respeitosamente, por intermédio de seu procurador (procuração em anexo), este 
estabelecido ..., local onde receberá intimações, à presença de Vossa Excelência, 
com fulcro nos artigos 5º, LXIX, da CF, Art. 1º e Seguintes da Lei 12.016/09 e artigo 
319 do CPC, impetrar 
 
MANDADO DE SEGURANÇA REPRESSIVO COM PEDIDO LIMINAR 
 
Em face de ato do Delegado da Receita Estadual, integrante dos quadros dos 
servidores do Estado de São Paulo, pessoa jurídica de direito público, inscrito no 
CNPJ sob o nº ..., estabelecido ..., neste ato onde poderá ser representado pelo 
Procurador do Estado, na forma do artigo 75, II, do CPC, pelos fatos e fundamentos 
abaixo aduzidos. 
 
I – Cabimento 
 
No presente caso existe lesão à direito líquido e certo da parte impetrante, uma 
vez que está sendo cobrado da mesma imposto não devido e, consequentemente, 
a retenção indevida das suas mercadorias. 
 
Diante disso, leciona o artigo 5º, LXIX, da Constituição Federal que caberá para 
toda lesão à direito líquido e certo a possibilidade de reparação via instrumento 
mandamental. Igualmente, leciona o artigo 1º e seguintes da Lei 12.016/09 sobre 
a possibilidade de reparação à lesão, como no presente caso ocorre, via Mandado 
de Segurança. 
 
Logo, frente ao que exposto, compreende-se possível a impetração do presente 
Mandado de Segurança, eis que presentes os requisitos para a sua interposição, 
visto que: existe necessidade de rápida reparação, a demanda a ser ajuizada não 
possibilita a condenação em honorários, bem como estão presentes todos os 
documentos para a comprovação do direito da parte. 
 
II – Tempestividade 
Leciona o artigo 23 da Lei 12.016/09 que a parte lesada terá prazo decadencial de 
120 dias para impetrar Mandado de Segurança quando da ocorrência de lesão a 
direito líquido e certo. Tal prazo tem seu cômputo inicial a partir da ciência do ato. 
 
 
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No presente caso, conforme expresso no enunciado, existe prazo inferior à 2 meses 
da ciência do ato. 
 
Diante disso, compreende-se possível e tempestiva a utilização do Mandado de 
Segurança, a fim de reparar a lesão da parte impetrante. 
 
III – Dos Fatos 
 
A empresa Zeta tem como objeto a comercialização de peças metálicas. Ocorre que 
frente a necessidade de transportar tais peças entre seus estabelecimentos, o fisco 
do Estado de São Paulo resolveu tributar tal operação, mesmo não ocorrendo 
modificação de titularidade dos bens transportados. Ademais, por intermédio de 
seus auditores, o fisco resolveu reter as mercadorias com o intuito de cobrar os 
tributos compreendidos como devidos pelos mesmos. Diante disso, considerando 
a lesão ocorrida frente à empresa impetrante, torna-se possível o ajuizamento do 
presente Mandado de Segurança, a fim de reparar o ato manifestamente ilegal e 
inconstitucional realizado pela parte impetrada. 
 
IV – Dos Direitos 
 
Leciona o artigo 155, II, da Constituição Federal, que teremos a incidência de ICMS 
toda vez que ocorrer operações relativas à circulação de mercadorias. 
No presente caso, não existe a presente circulação, tendo em vista que a 
titularidade da propriedade não é alterada pelo simples fato de haver 
transferência dos bens da impetrante entre seus estabelecidos. 
 
Diante disso, tendo em vista a não modificação de titularidade de propriedade dos 
bens da empresa impetrante, compreende-se pela não possibilidade e não 
ocorrência do fato gerador de ICMS. Outrossim, tal fundamento corresponde ao 
que disposto na Súmula 166 do STJ. 
 
Leciona a Súmula 323 do STJ que é vedada a conduta de apreender mercadorias 
ou retê-las com o intuito de obrigar contribuinte a pagar tributo. 
 
No presente caso, houve retenção de mercadorias da parte impetrante, eis que 
compreendeu o fisco estadual sobre a incidência de ICMS nas operações de 
transferência dos bens pertencentes a empresa. 
 
 
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Sendo assim, além de não existir tal incidência de imposto, torna-se ilegal a 
retenção/apreensão de mercadorias para obrigar o pagamento de impostos, 
conforme leciona a Súmula 323 do STJ. 
 
V – Da Liminar 
 
Leciona o artigo 7º, III, da Lei 12.016/09 que poderá o magistrado, através de 
solicitação da parte, conceder medida liminar, uma vez presentes os requisitos de 
fumaça do bom direito e perigo de demora. 
 
No presente caso, resta comprovada a fumaça do bom direito, eis que, conforme 
acima explicitado, não existe a incidência de ICMS na presente operação realizada 
pela empresa, frente ao que disposto na Súmula 166 do
STJ e compreende-se, 
igualmente, pela impossibilidade de retenção de mercadoria, na forma da Súmula 
323 do STF. 
 
Igualmente, o perigo de demora está claramente demonstrado, eis que se por 
ventura continuar a ocorrer a retenção de mercadorias da parte impetrante, assim 
como mantiver a decisão de não liberar aquelas apreendidas, a parte não poderá 
dar continuidade aos seus serviços, colocando em risco a sua empresa. 
 
Diante do que exposto, compreende-se possível a concessão da medida liminar, 
uma vez presentes os requisitos dispostos no artigo 7º, III, da Lei 12.016/09. 
 
Por fim, deseja a parte que tal medida liminar seja deferida sem solicitação de 
caução, eis que a empresa não apresenta suporte para contemplar tal pedido, caso 
seja solicitada. 
 
VI – Dos Pedidos 
 
Ante o exposto, requer: 
 
a) Recebimento do presente Mandado de Segurança.. 
 
b) A concessão da medida liminar, uma vez presentes os requisitos do artigo 7º, 
III, da Lei 12.016/09, a fim de que exista a liberação das mercadorias retidas, assim 
como seja impossibilitada a cobrança de imposto e que o fisco não realize mais 
retenções de mercadorias da parte impetrante. 
 
 
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c) Que a parte impetrada seja notificada, para que, desejando, preste 
esclarecimentos na forma do artigo 7º, I, da Lei 12.016/09. 
 
d) Que seja cientificado o representante legal da autoridade coatora, para que tome 
ciência da presente ação, assim como do ato realizado pela autoridade, e que lhe 
seja enviada cópia da inicial. Tudo isso na forma do art. 7º, II, da Lei 12.016/09. 
 
e) Que seja intimado o Membro do Ministério Público, fiscal da lei, a fim de tomar 
ciência da presente demanda, na forma do artigo 12, da Lei 12.016/09. 
 
f) Que seja confirmada a presente liminar e mantida até a sentença, e que ao final 
seja julgado procedente o presente mandado de segurança, sendo concedida a 
segurança, a fim de: liberar as mercadorias apreendidas e que novas não sejam 
retidas, na forma da Súmula 323 do STF, bem como implique na impossibilidade 
de lançamento de ICMS, eis que não existe fato gerador para tanto, na forma do 
artigo 155, II, da CF. 
 
g) Que seja condenada a parte impetrante no pagamento das custas judiciais. 
 
Valor da Causa: R$ ... 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local ... Data ... 
Advogado ... OAB ... 
 
Vamos treinar uma peça de Mandado de Segurança? 
 
A Empresa Nini & Guigui Ltda., situada na cidade de Santa Cruz do Sul – RS, 
distribuidora de ferros e compensados para todo o Rio Grande do Sul, recebeu 
uma encomenda no montante de R$ 200.000,00 de barras de ferro para entregar 
na cidade de São Luiz Gongaza – RS, no dia 20 de fevereiro de 2018. Quando estava 
realizando o carregamento das barras de ferro, após, inclusive, emitir nota fiscal 
no montante de R$ 200.000,00, acabou por ter apreendido pelo Delegado da 
Delegacia da Receita Estadual do Estado do Rio Grande do Sul, Delegacia de Santa 
Cruz do Sul, todo o material comercializado, tendo em vista dívidas de ICMS que 
a empresa possuía. De imediato, o representante da empresa procura você, 
advogado, a fim de ingressar com a medida urgente, visando liberar a carga 
 
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apreendida, ciente da desnecessidade de dilação probatória. Por fim, o advogado 
deverá ingressar com a ação menos custosa ao seu cliente. 
 
 
Correção da Peça: Vide Pasta Exercitando Peças 
 
Vamos treinar uma peça de Mandado de Segurança Coletivo? 
 
Santa Cruz do Sul – RS é uma cidade muito pequena e tem sua renda (PIB) baseado 
na Universidade de Santa Cruz do Sul. Ocorre que, em razão da grave crise 
financeira que instalou-se em todo o país, a universidade viu-se obrigada a 
exonerar (demitir) alguns funcionários, a fim de conter despesas. Diante disso, 
100 funcionários da citada universidade decidiram aderir ao Plano de Demissão 
Voluntária, inclusive por receber verba indenizatória, em razão do plano, no 
montante de R$ 50.000,00 cada funcionário. Entretanto, quando do pagamento 
das verbas indenizatórias, inclusive do montante de 50 mil da indenização, os 
mesmos foram surpreendidos com a retenção na fonte de imposto de renda sobre 
a referida verba indenizatória. Não concordando com tal retenção, a Associação 
dos Funcionários da Universidade de Santa Cruz do Sul lhe procura a fim de 
ingressar com medida célere, sem necessidade de dilação probatória, a fim de 
reparar o abuso realizado. 
 
Correção da Peça: Vide Pasta Exercitando Peças 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA E ANULATÓRIA 
 
 
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Após vista a nossa primeira demanda e peça sempre possível de cair em nossa OAB, 
vamos falar um pouco sobre a Ação Declaratória. Vale ressaltar que tal demanda 
confunde-se muito com o Mandado de Segurança Preventivo, visto que ambos servem 
para afastar a ameaça concreta de lesão. 
 
 A presente Ação Declaratória apresenta como fundamento legal básico o que 
lecionado no artigo 19 do NCPC. Outrossim, quando do ajuizamento igualmente o 
requerente deverá vislumbrar os requisitos do artigo 319 do NCPC. 
 
 A ação declaratória apresenta como finalidade a declaração de existência ou 
inexistência de relação jurídica tributária, e as suas devidas consequências jurídicas. 
 
 Lembre-se e não esqueça: em exame da OAB, via de regra, você utilizará a presente 
demanda quando inexistir a constituição do crédito tributário (inexistir lançamento). 
Porém, deverá haver algum ato concreto que sinalize a incerteza jurídica no que tange ao 
ato de ser cobrado ou não. 
 
 Agora, se já houver lançamento tributário, você, estimado aluno, já poderá começar 
a pensar em demanda Anulatória de Débito Fiscal. 
 
 Mas tenha atenção: se você, contribuinte, deseja afastar possível cobrança futura, 
e na mesma demanda repetir aquele tributo pago indevidamente, é totalmente pleno e 
cabível uma Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica-Tributária cumulada 
com Repetição de Indébito Tributário. Se, caso for este seu pedido, não esqueça do artigo 
165 do CTN e do pedido de repetição. 
 
 Ressalta-se, ainda, que a presente Ação Declaratória poderá ser utilizada para todo 
e qualquer tipo de tributo, inclusive no que tange a declaração de inexistência de 
cumprimento-dever das obrigações acessórias. Para isto, vide o artigo 113, §1 e 2º do 
CTN. 
 Aonde vou entrar com a presente ação: no local de domicílio do contribuinte. 
 
 Ademais, não esqueça, portanto, quando caberá ação declaratória: 
 
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 Declarar existência ou inexistência de relação jurídica-tributária. 
 Declarar autenticidade ou falsidade de documento tributário. 
 
E você poderá ficar com dúvidas, como optar pela Ação Declaratória ou Mandado 
de Segurança Preventivo? Buenas, sugiro ir para o rito especial, ou seja, analisar a 
possibilidade de cabimento de Mandado de Segurança Preventivo quando estiverem 
presentes algumas condições descritas no próprio enunciado: 
 Enunciado falar na possibilidade de adoção de procedimento mais célere. 
 Enunciado falar na possibilidade de procedimento menos custoso. 
 Enunciado falar na impossibilidade de dilação probatória. 
 
Depois de trabalhados alguns aspectos relevantes da Ação Declaratória trago 
importante quadro resumido sobre ela2: 
 
Critérios da regra matriz de 
incidência tributária 
Defeito 
Material
Não ser o fato concreto passível da incidência 
daquela tributação 
Temporal a) O fato não ter ocorrido 
b) Já ter havido a decadência do direito de lançar 
Territorial O fato não ter ocorrido nos limites da competência do 
sujeito ativo 
Pessoal O ente que pretende a cobrança não é o sujeito ativo 
da obrigação tributária 
O interessado não é o sujeito passivo da obrigação 
tributária 
Quantitativo Inconstitucionalidade e/ou ilegalidade da base de 
cálculo ou da alíquota 
Alíquota e/ou base de cálculo pretendidos em 
desacordo com a regência legal da matéria 
 
2 NASSER, Guilherme Sacomano. Prática tributário / Guilherme Sacomano Nasser, Nathaly Campitelli Roque; coordenação 
Alvaro de Azevedo Gonzaga, Nathaly Campitelli Roque – 3. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: 
MÉTODO: 2015.P. 154 
 
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 Considerando que repassamos por alguns dos principais tópicos sobre a presente 
demanda, vamos agora vislumbrar um modelo de peça-prática da presente ação tratada 
neste capítulo. É importante dizer que o presente material deverá ser complementado 
com as aulas ao vivo que serão realizadas conforme grade de horários. 
 
Enunciado da Questão 
 
A Igreja Guigui Faz Passar, com sede na cidade de Santa Cruz do Sul – RS resolve, 
aos finais de semana, vender bolos e negrinhos a fim de obter renda para a 
manutenção da igreja. Ocorre que, através de notícia veiculada em vários portais da 
internet, o Secretário da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul informa que 
passará a cobrar ICMS pelas comercializações realizadas pela Igreja Guigui Faz 
Passar, conforme lei que entrará em vigor no ano de 2017. Temendo, assim, ser 
tributada, a Igreja Guigui Faz Passar resolve lhe procurar para que seja garantido o 
seu direito de não pagar tributo. Você, como procurador da Igreja Guigui Faz Passar, 
deverá, portanto, utilizar o procedimento judicial adequado a fim de defender os 
interesses da mesma. 
 
Peça Resolvida 
Douto Juízo de Direito da ... Vara (Cível, Fazenda Pública) da Comarca de Santa 
Cruz do Sul, do Estado do Rio Grande do Sul. 
 
IGREJA GUIGUI FAZ PASSAR, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 
sob o nº ..., atos constitutivos em anexo, estabelecida ..., endereço eletrônico ..., na 
cidade de Santa Cruz do Sul – RS, vem respeitosamente, por intermédio de seu 
advogado (com procuração em anexo), estabelecido ..., local onde receberá 
intimações, perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 19 e 319 do CPC, 
ajuizar a presente: 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA 
TRIBUTÁRIA COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA 
 
Em face do Estado do Rio Grande do Sul, pessoa jurídica de direito privado, inscrita 
no CNPJ sob o nº ..., estabelecido ..., endereço eletrônico ..., neste ato representada 
por seu procurador, nos termos do artigo 75, II, do CPC, pelos fatos e fundamentos 
abaixo aduzidos. 
 
 
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I – Cabimento 
 
Reza o artigo 19, I, do CPC que caberá ação declaratória a fim de declarar a 
inexistência da relação jurídica. 
 
Ocorre no presente caso, tendo em vista a possibilidade concreta de ser a parte 
requerente tributada. Assim, deseja que seja declarada a não possibilidade de 
pagar o referido imposto de ICMS narrado na notícia veicula no Portal. 
 
Diante disso, compreende-se possível o presente ajuizamento, a fim de afastar a 
ameaça concreta frente a possibilidade do ano de 2017 ser tributado por ICMS, 
diante da realização de comercialização de bolos e negrinhos. 
 
II – Dos Fatos 
 
A Igreja Guigui Faz passar resolveu, aos finais de semana, a fim de implementar 
novas rendas para manter a igreja e sua finalidade, comercializar bolos e 
negrinhos. Ocorre que, após notícia veiculada em vários portais de internet, soube 
a parte requerente da legislação que poderá implicar em efeitos futuros de 
tributação nas presentes comercializações. Compreendendo, assim, pela não 
possibilidade, deseja a Igreja buscar seus direitos a fim de ser declarada a 
impossibilidade de ser tributado pelo fato de comercializar negrinhos e bolos, 
visando obter renda para manter suas finalidades. 
 
III – Dos Direitos 
 
Reza o artigo 150, VI, B, da Constituição Federal, que gozará de imunidade os 
templos de qualquer culto no que tange a não possibilidade de ser tributado de 
impostos. 
 
No presente caso, existe clara e manifesta intenção do fisco de tributar a 
comercialização de bolos e negrinhos da Igreja Guigui Faz Passar a partir do ano 
de 2017. 
 
Considerando, assim, que frente a norma acima exposta, e diante do manejamento 
do lucro obtido para o cumprimento da manutenção e finalidade essencial da 
igreja, compreende-se impossível tal tributação, frente ao que deseja que seja 
provida e declarada a inconstitucionalidade da referida norma. 
 
 
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IV – Da Tutela Provisória de Urgência 
 
Reza o artigo 294 e 300 do CPC que poderá ser concedida a tutela provisória de 
urgência toda vez que presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano ou 
o risco ao resultado útil do processo. 
 
Sendo assim, a probabilidade do direito está respaldada no artigo 150, VI, b da 
Constituição Federal, onde está proibida a instituição de imposto frente aos 
Templos de Qualquer Culto. 
 
Ademais, o perigo de dano resta configurado de forma implícita, uma vez que, caso 
seja tributada a igreja, terá que contribuir aos cofres públicos ao invés de ter 
possibilidade financeira de manter a sua igreja e finalidade. 
 
Ainda, cabe salientar a parte requerente que deseja o conhecimento e o 
deferimento da tutela provisória de urgência sem necessidade de caução, nos 
termos do artigo 300, §1º do CPC, uma vez que inexiste perigo da decisão ser 
revertida, nos termos do artigo 300, §3º do CPC. 
 
Em face do que acima exposto, deseja a parte requerente, já que presentes todos 
os requisitos, a concessão da tutela provisória de urgência, e que ao final do feito, 
seja convertida em decisão definitiva de procedência da demanda. 
 
Caso não seja deferida a tutela provisória, que seja possibilitada a realização do 
depósito integral em dinheiro para que seja suspensa a exigibilidade do crédito 
tributário, na forma do artigo 151, II, do CTN e a consequente garantia da parte 
contrária. 
 
V – Dos Pedidos 
Ante o exposto, requer: 
 
a) Que o presente feito seja recebido. 
b) O deferimento da tutela provisória, na forma do artigo 294 do CPC, mais 
notadamente da tutela de urgência, na forma do artigo 300 do CPC, uma vez 
 presentes os requisitos da probabilidade do direito e do perigo de dano, para que 
sejam antecipados os efeitos da tutela. Tudo isso, igualmente, a fim de suspender 
a exigibilidade do crédito na forma do artigo 151, V do CTN. 
 
 
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MATERIAL PRODUZIDO POR: PROF. GUILHERME PEDROZO DA SILVA 
 
c) Caso não seja deferida a tutela provisória, que seja possibilitada a realização do 
depósito integral em dinheiro para que seja suspensa a exigibilidade do crédito 
tributário, na forma do artigo 151, II, do CTN e a consequente garantia da parte 
contrária. 
 
d) Julgada procedente a demanda a fim de ser declarada a inexistência da relação 
jurídica tributária, reconhecendo o direito da parte requerente de não ser 
tributada frente a ameaça concreta realizada. 
 
e) Seja

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