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1 CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS APOSTILA SÍNTESE 2 CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS MÓDULO 01 Leitura e Interpretação de Projetos 3 MÓDULO 01 Aula 01 EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. Assuntos a serem abordados 01. Introdução 02. O Desenho Técnico 03. As Normas Técnicas 04. Os Materiais de Desenho Técnico CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 4 Prezado Aluno, Seja bem vindo ao material de ensino AM Cursos Online! A partir de agora iniciam seus estudos de um tema que, com toda certeza, agregará muito valor a sua vida profissional. Poderá observar que nossa preocupação foi apresentar os conteúdos de maneira fácil e acessível, para que você tenha uma perfeita compreensão de todos os passos necessários para o entendimento e leitura de um projeto arquitetônico. Seguindo este princípio, o curso será apresentado com diversas metodologias e didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 5 01. INTRODUÇÃO Desde o princípio de suas origens, o homem comunica-se através de grafismos e desenhos. As primeiras representações que conhecemos são as pinturas rupestres, na qual o homem primitivo retratava não apenas o mundo que o cercava, mas também as sensações, como alegrias e medos, e seus costumes, com imagens que retratavam crenças ou danças, por exemplo. Ao longo da história, a comunicação através do desenho foi evoluindo, dando origem a duas técnicas de desenho: o artístico (que expressa ideias e sensações, estimulando a imaginação do espectador) e o técnico (que tem por finalidade a representação fiel dos objetos, isto é, o mais próximo da realidade, em formas e dimensões). Desenho Artístico Fonte: http://midiaeducacao.com.br/?cat=4&paged=3 Data: 21/07/14 14:40 Desenho técnico Em arquitetura, o desenho é a principal forma de expressão. É através dele que o arquiteto exterioriza as suas criações e soluções, representando o seu projeto, seja ele de um móvel, um espaço, uma casa ou uma cidade. http://midiaeducacao.com.br/?cat=4&paged=3 6 Desenho Artístico: Croqui Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_sKdkwVVV6kg/R7ZgDgNBn-I/AAAAAAAADIA/A6E-DILbgMg/s1600-h/Partido_02.jpg Data: 21/07/2014 14:49 Desenho técnico: Portas 02. O DESENHO TÉCNICO http://4.bp.blogspot.com/_sKdkwVVV6kg/R7ZgDgNBn-I/AAAAAAAADIA/A6E-DILbgMg/s1600-h/Partido_02.jpg 7 O Desenho Arquitetônico é uma especialização do desenho técnico normatizado com foco para a execução e representação gráfica de projetos de arquitetura. Portanto, o desenho técnico arquitetônico manifesta-se como um código, uma linguagem, estabelecida entre o desenhista e o leitor do projeto. Com isso, seu entendimento por completo se faz necessário antes de estudar qualquer assunto referente às áreas de arquitetura, design de interiores e engenharia civil. Você pode desenvolver habilidade em desenho técnico arquitetônico a mão, porém este não é o foco deste curso que tem por finalidade, lhe ensinar a ler e interpretar Desenho Técnico Arquitetônicos. Para desenvolver habilidade no desenho técnico a mão sugerimos que busque uma escola de curso presencial, pois envolve um certo nível de treinamento. Esse tipo de desenho costuma ser uma disciplina base de suma importante já nos primeiros períodos das faculdades e cursos técnicos nas áreas de arquitetura, design de interiores, engenharia e segurança do trabalho. Após este curso você também poderá realizar um curso para desenhar tecnicamente os projetos em ferramentas específicas para tal, como o AutoCAD ou outro programa destinado para desenvolver os desenhos técnicos. Quando se faz a elaboração do projeto, cria-se um documento que contém, na linguagem de desenho, informações técnicas relativas a uma obra arquitetônica – é a maneira com que o arquiteto se comunica tanto com o cliente como com as pessoas que farão a obra. Esse desenho segue normas de linguagem que definem a representatividade das retas, curvas, círculos e retângulos, assim como outros elementos que nele aparecem. Dessa forma, poderão ser perfeitamente lidos e interpretados pelos demais profissionais envolvidos na execução. 8 No modo convencional, a mão, os desenhos são executados sobre pranchetas, com uso de réguas, esquadros, lapiseiras, escalas, compassos, canetas de nanquim, etc. Esses desenhos são desenvolvidos sobre uma superfície de papel, as quais chamaram de prancha. Na maioria das vezes, quando desenvolvemos o desenho com grafite ou lapiseira utilizamos o papel sulfurizê ou o vegetal para desenhos a tinta como o nanquim. Já com os projetos digitalizados através da computação gráfica, em programas de computador específicos, como o Auto CAD ou outros, ocorre à impressão do desenho o qual chamamos de plotagens. Quando reproduzidos no computador devem ter as mesmas informações contidas nos convencionais. Ou seja, os traços e demais elementos apresentados deverão transmitir todas as informações necessárias, para a construção do objeto. Desenho técnico digitalizado Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_10nisl6ykrQ/TO6NfR5QlDI/AAAAAAAAAR8/UcJpT5-x0Ks/s1600/TELA_CAD2.jpg Data: 21/07/2014 16:37 03. AS NORMAS TÉCNICAS Como foi citado, o desenho é a principal forma de comunicação e transmissão das ideias do arquiteto, e é fundamental que os demais profissionais envolvidos Desenho técnico à mão Fonte:http://wp.clicrbs.com.br/mi ssaocasa/files/2013/05/DSC03105.jpg Data: 21/07/2014 16:33 http://4.bp.blogspot.com/_10nisl6ykrQ/TO6NfR5QlDI/AAAAAAAAAR8/UcJpT5-x0Ks/s1600/TELA_CAD2.jpg http://wp.clicrbs.com.br/missaocasa/files/2013/05/DSC03105.jpg http://wp.clicrbs.com.br/missaocasa/files/2013/05/DSC03105.jpg 9 possam compreender perfeitamente o que está representado em seus projetos. Da mesma maneira, se faz necessário que o arquiteto consiga ler e interpretar qualquer outro projeto que seja complementar ao arquitetônico, sendo ele um projeto de qualquer teor, mobiliário, paginações de gesso, piso, revestimento, elétrica, luminotécnico, decoração, paisagismo entre outros, possibilitando a compatibilização entre estes. A normatização para os desenhos de arquitetônicos tem como principal função, estabelecer regras e conceitos únicos de representação gráfica, assim como uma simbologia específica e pré-determinada, fazendo com que o desenho técnico atinja o objetivo de representar o que se quer tornar real. 04. OS MATERIAIS DE DESENHO TÉCNICO Embora a mão e a mente controlem o desenho acabado, materiais e equipamentos de qualidade tornam o ato de desenhar agradável, facilitando a longo prazo a obtenção de um trabalho de qualidade. CHING, Francis D. K. 10 Terminamos aqui nossa primeira aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta aula. Não deixe desanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material. Abraços e até a próxima aula. Prof. Amanda Marques 11 MÓDULO 01 Aula 02 CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS Assuntos a serem abordados 05. Técnicas de Desenho 06. Formato e Dimensões / Folhas Série “A” EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. 12 Prezado Aluno, Seja bem a nossa segunda aula! A partir de agora iniciam seus estudos sobre as técnicas de desenho, letra técnica, desenhos geométricos e formato de folhas, com toda certeza, agregará muito valor a sua vida profissional. Todos os desenhos técnicos seguem regras e critérios que devem ser rigorosamente apresentados no desenho. O intuito deste módulo é fazer você interpretar desenho técnico. Então compreender todos os itens apresentados dentro de um projeto é fundamental. Poderá observar que nossa preocupação foi apresentar os conteúdos de maneira fácil e acessível, para que você tenha uma perfeita compreensão de todos os passos necessários para o entendimento e leitura de um projeto arquitetônico. Para memorizar melhor o conteúdo, perceba que as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 13 05. TÉCNICAS DE DESENHO 05.01. LINHAS: as linhas são os principais elementos do desenho arquitetônico. Além de definirem o formato, dimensão e posicionamento das paredes, portas, janelas, pilares, vigas, objetos e etc., determinam as dimensões e informam as características de cada elemento projetado. É por esse motivo que elas deverão estar perfeitamente representadas dentro do desenho. As linhas de um projeto devem ser regulares e legíveis, além de possuir contraste umas com as outras. Num projeto, as linhas sofrem uma gradação no traçado em função do plano onde se encontram, sugerindo profundidade. As linhas em primeiro plano – mais próximo – são mais grossas e escuras, enquanto que as dos planos mais afastados serão mais fracas. 05.1.1. Tipos de Linhas 14 05.1.2. Qualidade da Linha A qualidade da linha refere-se: À nitidez e à claridade; Ao grau de negrume e à densidade; E ao peso apropriado. As linhas a lápis ou lapiseira podem variar tanto em intensidade como em espessura. O peso da linha é então dosado pela densidade do grafite usado – o qual é afetado pelo seu grau de dureza, pela superfície de desenho, pela umidade e também pela pressão exercida sobre o desenho. Ao realizar um desenho, é essencial que se saiba o que cada linha representa, quer seja uma aresta, uma intersecção de dois planos, uma linha em corte, ou simplesmente uma mudança de material ou de textura. Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida. 05.2.3. Sequência do Desenho: aqui vai a dica de uma sequência de desenho de onde se obtêm um bom resultado final. 1. Esboce levemente as principais linhas verticais e horizontais; 2. Preencha as linhas secundárias; 3. Reforce as linhas finais, tendo em mente a intensidade apropriada de cada uma. 15 06. FORMATO E DIMENSÕES / FOLHAS SÉRIE “A” A folha em que se desenha um projeto arquitetônico é denominada prancha. Os tamanhos do papel devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico, no Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m², cujas dimensões resultam na folha A0 (a-zero). A partir dessas folhas, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a A2 corresponde a metade daquela). 1 2 3 16 Do formato A0 resultará os demais formatos de papéis, observe: A maioria dos escritórios utiliza os formatos A1 e A0 quando o projeto é de grande porte, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informações. Para projetos menores ou de interiores utilizaremos as folhas A2 e A3 pela facilidade de manuseio e dimensões das pranchetas e réguas paralelas disponíveis. 06.01 Margens Internamente ao traço que delimita o padrão será feito o traço da margem do desenho. O quadro limita o espaço para o desenho. A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. A dimensão das margens deve obedecer ao quadro abaixo: - Modelo de disposição do projeto na prancha. 17 06.02 Dobramento das Pranchas As cópias dos projetos podem ser arquivadas dobradas, ocupando menos espaço e tornando mais fácil seu manejo. Para arquivamento, o formato final deve ser o A4. A NBR 6492 mostra uma sequência de dobramento para os tamanhos- padrões de papel. 18 Terminamos aqui nossa segunda aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta aula. Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material. Abraços e até a próxima aula. Prof. Amanda Marques 19 MÓDULO 01 Aula 03 EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. Assuntos a serem abordados 07. Escala CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 20 Prezado Aluno, Seja bem vindo ao material da aula 03 do módulo 01 referente a Leitura e Interpretação de Projeto do curso Completo de Projeto de Móveis. Até a aula anterior os conteúdos eram introdutórios, a partir de agora começamos de fato a estudar a leitura de projeto. No conteúdo desta aula você vai aprender a ler e interpretar um escalímetro, também chamado de escala. Tenha em mente que deverá aprender com perfeição pois é através desta aula que você poderá observar as medidas corretas do desenho para poder analisar e fazer seus trabalhos. Dedique-se ao máximo e reveja quantas vezes forem necessárias para a total compreensão do estudo. Seguindo o mesmo principio desde o início de nosso estudo, o curso será apresentado com diversas metodologias e didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 21 07. ESCALAS As escalas são classificadas em dois tipos: 07.01 ESCALA NUMÉRICA: A escala numérica pode ser de redução ou de ampliação. É chamada de ampliação quando a representação gráfica é maior do que o tamanho real do objeto. Exemplo:3:1, 5:1, 10:1 Observe que na escala de ampliação o número de referencia de ampliação fica posicionado a direita na escala. Isto quês dizer que o desenho é tantas vezes maior que o objeto real. A escala de redução é mais utilizada em arquitetura. Quando o desenho é sempre realizado em tamanho inferior ao que o objeto real. Exemplo: 1:25, 1:50, 1:100 Isto e, tantas vezes menor que o objeto real. Observe que o fator de referencia de redução fica sempre do lado esquerdo. Então, concluímos que sempre que o fator de referencia for do lado direito é uma ampliação e quando estiver do lado esquerdo teremos uma redução. Vamos entender melhor a escala de redução que é a que iremos utilizar em projetos arquitetônicos. Ex. Escala 1:5 – cada 1 cm do desenho representa 5cm da peça. Para desenhar nesta escala divide-se por 5 a verdadeira grandeza das medidas. ESCALA NÚMERICA DE REDUÇÃO DE AMPLIAÇÃO GRÁFICA 22 Conforme vimos anteriormente, é através do Desenho Arquitetônico que o arquiteto gera os documentos necessários para as construções. Eles são reproduzidos nas pranchas, onde o espaço utilizável é delimitado por linhas chamadas de margens. Uma prancha "A4", por exemplo, tem 21cm de largura por 29,7cm de altura e espaço utilizável de 17,5 cm de largura por 27,7 cm de altura. Se tivermos que desenhar a planta, o corte e a fachada de uma edificação deverão estar em ESCALA. Deixando claro que a escolha da prancha depende da escala adotada e tamanho do projeto. A escala é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto, para facilitar a visualização e entendimento usamos uma régua própria, chamadas de escalímetro. Planta baixa escala originalmente 1/50 Planta baixa escala originalmente 1/25 23 Como ler e interpretar? Trabalhamos com a escala de redução para desenhar em proporção o objeto de estudo quando este é muito grande e não cabe em uma folha de papel se desenhado em escala real. Em nosso caso, projeto arquitetônico, podendo ser este desenho de mobiliário ou planta baixa do ambiente ou projeto completo como um todo. As reduções mais comumente usadas em projeto arquitetônico são: 1/100, 1/50, 1/25, 1/20, 1/10, chegando ate 1/1, em casos onde necessitamos representar um objeto em tamanho real. Quando todos os objetos são reduzidos proporcionalmente, podemos visualizar e obter a sensação exata das medidas como se elas estivessem no tamanho real. Sendo assim, podemos sentir o espaço, áreas de deslocamento, áreas de passagens, posicionamento adequadamente do mobiliário. O escalímetro é bastante funcional para avaliar as medidas de um desenho. Apresentado em uma régua graduada em metros segundo os fatores de redução indicados ao lado de cada graduação. Vamos entender melhor: Perceba que na escala está escrito 1:100 em algumas estará apenas 100. O que isso quer dizer? Quer dizer que cada centímetro na régua comum (escala 1:1) equivale a 1metro na escala 1:100. Cada milímetro da régua comum (escala 1:1) representam 10 centímetros, então, 10cm X 10 partes = 100cm = 1m “Mas se eu não quiser utilizar a escala 1:100 e quiser utilizar a escala 1:10, como devo ler?” 24 É simples: a escala 1:1 representa a medida real do objeto, o tamanho exato dos objetos. Por exemplo, se eu desenhar um lapiseira, ela terá 15cm de comprimento por 1cm de largura. Eu tenho uma unidade de media para uma unidade de desenho (1:1) 1cm 15cm Esc: 1:1 “Mas se eu quisesse desenhar na escala 1:10?” Então eu multiplico o 1cm por 10 e tenho 10cm, isto quer dizer que em uma unidade de medida real eu terei representado 10cm. No papel o tamanho do traço continua sendo de um centímetro mas minha leitura de desenho interpreta como 10cm porque estou na escala 1:10. Minha lapiseira nesta escala 1cm 15cm Esc: 1:10 Então, na escala 1:1 eu tenho 1 unidade real por 1 unidade de desenho, se na unidade 1: 10 eu tenho 1unidade real por 10 unidades de desenho então é só multiplicar a medida da escala real por 10 e se for 1:100 eu multiplico por 100. Medida na régua comum Representa na escala de desenho Escala 1:1 Representa na escala de desenho Escala 1:10 Representa na escala de desenho Escala 1:100 1cm 1cm (1x10=) 10cm (1x100=) 100cm 10cm 10cm (10x10=) 100cm (10x100=) 1000cm 20cm 20cm (20x10=) 200cm (20x100=) 2000cm 25 Terminamos aqui nossa terceira aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta aula. Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material. Abraços e até a próxima aula. Prof. Amanda Marques CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 26 MÓDULO 01 Aula 04 EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. Assuntos a serem abordados 08. Projeções Ortogonais CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 27 Prezado Aluno, Seja bem vindo ao material de apoio da aula 04 do módulo 01 de Leitura e Interpretação de Projetos do curso Completo de Projeto de Móveis. Agora que você já tem entendimento de escala, vamos compreender melhor as vistas de um desenho. O conteúdo que vamos estudar nesta aula serão as vistas ortogonais. Compreendendo as vias ficará muito mais fácil compreender as demais etapas de um projeto arquitetônico. Caso tenha dificuldades de compreensão, utilize algum objeto de estudo. Qualquer peça que tenha em sua casa. Ficará mais fácil se o objeto for semelhante ao formato de um cubo. Seguindo os critérios já apresentados anteriormente, o curso será apresentado com diversas metodologias e didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 28 08. PROJEÇÕES ORTOGONAIS Projeção ortogonal é a projeção em que todos os raios projetantes são paralelos entre si e perpendiculares ao plano de projeção. Observe a Figura acima, que apresenta o princípio da projeção ortogonal. Um desenho ortográfico fornece vistas cujas faces demonstram todas as características físicas, se as visualizamos separadamente. A representação das vistas separadas são organizadas e colocadas uma em relação à outra, respeitando a normalização. 08.01. Como acontece a representação das projeções ortogonais Observe a abaixo, temos a representação dos quatro diedros e, no Brasil, a norma técnica define o uso do 1º Diedro. No primeiro diedro temos o plano vertical e o plano horizontal nos quais serão projetadas as vistas do objeto.29 Projeção ortogonal 08.02. Projeções em 3 vistas Para a projeção das vistas, usamos a representação das arestas e contornos visíveis com a linha contínua larga. 08.03. Projeções em 6 vistas O desenho de uma peça deve apresentar uma quantidade suficiente de vistas para que sua compreensão seja perfeita. Dependendo da complexidade das peças, por vezes se desenha com a projeção de uma vista (peça plana, ver Figura 10), que já é suficiente; outras vezes, projetamos em duas vistas (Figura 30), e ainda em três vistas (Figura 31). Cada desenho vai ser diferenciado dependendo do nível de detalhes necessários para sua compreensão completa. Existem casos onde uma, duas ou três vistas não são suficientes, então se pode projetar em até seis vistas. 30 Representação em 6 vistas 31 Terminamos aqui nossa quarta aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta aula. Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material. Abraços e até a próxima aula. Prof. Amanda Marques 32 MÓDULO 01 Aula 05 EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. Assuntos a serem abordados 9. Planta Baixa 10. Denominação e quantidade de pranchas 11. Representação dos Elementos Construtivos CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 33 Prezado Aluno, Seja bem vindo ao material de apoio da aula 05 do módulo 01 de Leitura e Interpretação de Projetos do curso Completo de Projeto de Móveis. A partir de agora entramos no desenho técnico arquitetônico. Será fundamental total compreensão dos itens a serem estudados para que consiga desenvolver demais atividades que acontecerão nos módulos que se seguem. Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 34 PROJETO E DESENHO DE ARQUITETURA Um projeto arquitetônico deve conter todas as informações necessárias para que possa ser completamente compreendido e executado. Um projeto é composto por informações gráficas, representadas pelos desenhos técnicos através de plantas, cortes, elevações e perspectivas, e escritas, como o memorial descritivo e especificações técnicas de materiais e sistemas construtivos. Os desenhos básicos que compõem um projeto de arquitetura são: 09.PLANTA BAIXA 09.01. CONCEITUAÇÃO A planta baixa é a representação gráfica de uma vista ortográfica seccional do tipo corte, obtida quando imaginamos passar por uma construção um plano projetante secante horizontal, de altura a seccionar o máximo possível de aberturas (média de 1,20 a 1,60m em relação ao piso do pavimento em questão) e considerando o sentido de visualização do observador de cima para baixo, acrescido de informações técnicas. 35 A porção da edificação acima do plano de corte é eliminada e representa-se o que um observador imaginário posicionado a uma distância infinita veria ao olhar do alto a edificação cortada. Abaixo a representação da planta baixa de uma edificação. Então, tudo que é cortado por este plano deve ser desenhado com linhas fortes (grossas e escuras) e o que está abaixo deve ser desenhado em vista, com linhas médias (finas e escuras). Sempre considerando a diferença de níveis existentes, o que provoca uma diferenciação entre as linhas médias que representam os desníveis. 36 Planta baixa | Escala XX:XX 10. Denominação e quantidade de pranchas 37 Se uma construção for projetada para um único piso, a planta a ser desenhada é a baixa. Já em construções com vários pavimentos, será necessária uma planta baixa para cada pavimento distinto arquitetonicamente. Quando se tem vários pavimentos iguais, a representação será com uma única planta baixa, que será chamada de “Planta Baixa do Pavimento Tipo”. Quanto aos demais pavimentos, o título da planta recebe a denominação do respectivo piso. Exemplo: Planta Baixa do 1º Pavimento; Planta Baixa do Subsolo; Planta Baixa do Pavimento de Cobertura... Lembre-se: utilizam-se as denominações “piso” ou “pavimento” e não andar. a) Representação das informações: nome das dependências; áreas úteis das peças; tipos de pisos dos ambientes; níveis; posições dos planos de corte verticais; cotas das aberturas ou simbologia de representação com quadro de esquadrias; cotas gerais; informações sobre elementos não visíveis; outras informações. 38 11. REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS PAREDES: São representadas de acordo com sua espessura. Utiliza-se também uma simbologia relacionada ao material que as constitui. Normalmente desenha-se a parede de 15cm, mas ela pode variar conforme a intenção e necessidade arquitetônica. a) parede de tijolos: b) parede de concreto: 39 DICA: ao utilizar uma escala 1/200 ou outras que originem desenhos muito pequenos, não se pode desenhar as paredes utilizando dois traços. Desenhe as paredes cheias para facilitar o entendimento da planta. PORTAS E PORTÕES: São desenhadas representando sempre a(s) folha(s) da esquadria com linhas auxiliares.Se necessário, procure especificar o movimento da(s) folha(s) e o espaço ocupado. 40 JANELAS: são representadas através de uma convenção genérica, sem dar margem a interpretações quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria. 41 Terminamos aqui nossa quinta aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta aula. Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material. Abraços e até a próxima aula. Prof. Amanda Marques 42 MÓDULO 01 Aula 06 EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. Assuntos a serem abordados 12. Cortes 13. Elevações 14.Vistas CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 43 Prezado Aluno, Iniciamos agora a última aula do curso de Leitura e Interpretação de Projetos. É importante você ter total compreensão destes conteúdos para a perfeita sintonia com os demais temas que serão aplicados nas próximas aulas. Com base em leitura de escala, planta baixa cortes e vistas seuconteúdo ficará completo para desenvolver projetos no futuro. Estude com cautela e não deixe de fazer os exercícios. Observe que o material foi elaborado de maneira fácil e acessível, para que você tenha uma perfeita compreensão de todos os passos necessários para o entendimento e leitura de um projeto arquitetônico. Seguindo este princípio, o curso será apresentado com diversas metodologias e didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 44 12. CORTES 12.01. CONCEITUAÇÃO Os cortes são os desenhos em que são indicadas as dimensões verticais. São representações de vistas ortográficas seccionais obtidas quando passamos por uma construção um plano de corte e projeção vertical, normalmente paralelo às paredes, e retiramos a parte frontal junto com um conjunto de informações escritas que o complementam, encontrando o resultado da interseção do plano vertical com o volume. São tão importantes por complementarem à planta baixa, com informações relativas às alturas dos elementos construtivos. São obtidos de forma semelhante à da planta baixa, mas o plano de corte passa a ser vertical e pode ser localizado em qualquer posição, de modo a representar os elementos internos que mereçam maior destaque. 12.02. POSICIONAMENTO DOS CORTES A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica: 45 A orientação dos cortes é feita na direção dos extremos mais significantes do espaço cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta, bem como a sua localização. CORTE AB E CORTE CD INDICADOS EM PLANTA 46 12.03. REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS FORROS/LAJES: ABERTURAS: 12.04. REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES No desenho dos cortes verticais, as representações são as cotas verticais, indicação de níveis e denominação dos ambientes cortados. Outras informações importantes podem ser discriminadas, como impermeabilizações, capacidade de reservatórios, inclinação telhados, informações relativas a escadas, rampas e poços de elevador. Cotas: são representadas exclusivamente as cotas verticais de todos os elementos de interesse em projeto: pés direitos (altura do piso ao forro/teto); 47 altura de balcões e armários fixos; altura de impermeabilizações parciais; cotas de peitoris, janelas e vergas; cotas de portas, portões e respectivas vergas; cotas das lajes e vigas existentes; alturas de patamares de escadas e pisos intermediários; altura de empenas e platibandas; altura de cumeeiras; altura de reservatórios (posição e dimensões); Níveis: são identificados todos os níveis sempre que se visualiza a diferença de nível, evitando a repetição desnecessária e não especificando no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada). 12.05. EXEMPLO DE CORTES 48 CORTE AB –Desenho sem escala – Os cortes devem ser desenhados sempre na mesma escala da planta baixa. 12.06. ETAPAS PARA O DESENHO DO CORTE 1. Colocar o papel sulfurizê sobre a planta, observando o sentido do corte já marcado na planta baixa; 2. Desenhar a linha do terreno; 3. Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar; 4. Marcar o pé direito e traçar; 5. Desenhar as paredes externas (usar o traçado da planta baixa); 6. Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar também o contrapiso; 7. Desenhar a cobertura ou telhado; 8. Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano; 9. Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte; 10. Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte. Ex.: janela e porta não cortadas, parede em vista não cortada.... 11. Denominar os ambientes em corte; 12. Colocar a indicação de nível; 13. Colocar linhas de cota e cotar o desenho; 49 14. Repassar os traços a grafite nos elementos em corte. Ex.: parede – traço grosso; laje – traço médio; portas, janelas e demais elementos em vista – traço finos. OBS.: No corte, as cotas são somente na vertical. As portas e janelas aparecem sempre fechadas. 13. ELEVAÇÕES As elevações ou fachadas são elementos desenhos gráficos correspondentes a projeção ortogonal das arestas visíveis visualizada do volume arquitetônico em um plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas principais da edificação nomeadas como frontal, posterior, lateral direita ou esquerda. 13.01. DENOMINAÇÂO DAS ELEVAÇÕES Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas a denominação específica de ELEVAÇÃO ou FACHADA. Existindo mais do que uma elevação, se faz necessário distinguir os vários desenhos conforme a sua localização no projeto. Você poderá adotar um dos mais diversos critérios aceitos, porém, cabe ressaltar que utilize sempre o mesmo critério adotado: Pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda. 50 Pela orientação geográfica: norte, leste, sudeste. Pelo nome da rua: para construções de esquina. Pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas). Letras e números. 51 14. VISTAS Existem medidas que não foram exploradas por ocasião da planta baixa e agora se fazem necessárias: alturas, em geral. A vista é a projeção do objeto ou ambiente num plano vertical, de modo que fiquem determinadas as dimensões reais em escala. Ela é feita a partir da planta baixa, de onde são transferidas as medidas da largura ou profundidade para o plano vertical. Planta baixa Sala de estar e jantar. Vista- Sala estar e Home Office: detalhe parede sala. 52 Formas de Representação de vistas: Para projetos de interiores não há uma convenção específica para representação. Desta forma, informamos aqui exemplos de representação conforme se constata em desenhos de projetos realizados por profissionais do segmento. Projeto de cozinha Projeto de dormitório 53 Espero que você tenha compreendido todo o conteúdo dos principais elementos de um projeto tanto para projetos arquitetônicos como para interiores. Caso seu enfoque seja mais voltado para projetos arquitetônicos estude também os materiais complementares deste curso de Leitura e Interpretação de Projetos. Busque este material sempre que estiver com dúvidas e aproveite seu tempo de seu curso online para saná-las. Um grande Abraço Prof. Arq Amanda Marques 54 CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS MÓDULO 02 Decoração de Interiores 55 Módulo 02 Aula 01 EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. Assuntos a serem abordados 01. O queé Design de Interiores 02. A Profissão CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 56 Prezado Aluno, A partir de agora iniciam seus estudos sobre a Composição e decoração de interiores. É a partir deste tema que você começará a compreender o sentido estético dos ambientes e observar com o olhar clínico de quem consegue se expressar e visualizar o sentido do belo do equilíbrio e da harmonia nos desenhos e formas da decoração. Quando nos referimos ao Design de interiores nos deparamos com todos os ambientes que nos rodeiam como espaços residências e comerciais. Saímos do mundo arquitetônico que analisa a função espaço e formas volumétricas, isto é, saímos do macro e partimos para o micro. Então podemos concluir que o Design de interiores passa a ser complementar ao processo de estudo de arquitetura. Apesar de partirmos para o micro sua composição e estudo pode ser tão complexa quanto na arquitetura. Isto depende do processo construtivo dos projetos e o grau de tecnologia aplicada aos ambientes. Poderá observar que nossa preocupação foi apresentar os conteúdos de maneira fácil e acessível, para que você tenha uma perfeita compreensão de todos os passos que serão abordados. Seguindo este princípio, o curso será apresentado com diversas metodologias e didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada. Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 57 01. Introdução Design de Interiores: este termo está bastante difundido e comentado em todas as mídias, todavia a real necessidade e o significado da profissão nem sempre é tratada com a devida importância. Por isso, antes de falarmos dos fundamentos da composição devemos esclarecer um pouco mais sobre o assunto. Quanto às terminologias: Design de Interiores é a profissão e designer é o profissional. É muito comum ver esses termos sendo trocados, inclusive em reportagens sobre o assunto, mais comum ainda é ouvir leigos falando: você faz designer de interiores? ISSO NÃO EXISTE. Você está estudando Design de Interiores para se tornar um designer. Se você procurar nos livros e na internet achará diversos conceitos bem formulados. Abaixo vou explicar de forma simples, resumida e direta o que você pode responder quando você for questionado sobre a mencionada profissão. O que é Design de Interiores/decoração? Exercício 01: Pegue seu caderno de anotações do curso e responda a seguinte pergunta: O que é Design de Interiores e o que faz o designer? Faça esse exercício, pode parecer bobo, mas garanto que você não terá tanta convicção em responder quanto se eu perguntasse: o que faz um médico? Vamos lá, 10 minutos. 58 É a arte de compor ambientes unindo a funcionalidade e a estética, visando qualidade de vida e bem estar dos usuários deste local. A frase acima já basta, mas é de grande valia deixar claro todos os conceitos atrelados a esta importante definição. Todos nós vivemos em ambientes construídos, mesmo quando estamos no trabalho nos encontramos em uma estrutura que nos envolve. Ao usufruirmos destes ambientes, precisamos que eles supram as nossas necessidades em quesitos como: ergonomia, conforto (térmico, acústico, luminotécnico), desenvolvimento pleno das tarefas e beleza. Ou seja, unir: o belo e o útil, não apenas a forma seguir a função como pregavam os modernistas no Séc. XX. 02. A profissão 02.01. Design de Interiores ou Arquiteto de Interiores O que faz um designer de Interiores? “O designer de interiores será o profissional habilitado a compreender as necessidades de seu cliente frente ao ambiente a ser projetado e traduzi-los em um projeto funcional e esteticamente adequado. Ao mesmo tempo, o profissional interpreta os sonhos, administra a obra e cuida dos custos.” A questão dos custos deve ser analisada sob três aspectos: Fonte: http://www.pinterest.com/ data: 08/12/2014 08:55 http://www.pinterest.com/ 59 A. O custo da obra “Um bom profissional é capaz de diminuir os custos totais de uma obra.” Devemos lembrar que a qualidade de um serviço está diretamente ligada com a durabilidade dele. Então, não adianta contratar um pintor mais barato para pintar o seu gesso se ele não sabe que deve esperar o tempo necessário para o gesso secar, e aplica a tinta diretamente à massa. Se isso não for feito da maneira correta, em pouco tempo seu teto estará amarelado e você vai pagar pelo serviço duas vezes. Outro exemplo está na decisão correta na hora de escolher os materiais e acabamentos, que representam um grande custo em uma obra. Muitas vezes, o cliente quer um material muito caro como um granito preto, mas o profissional sabe que existe um granito muito similar em uma determinada marmoraria e o cliente pagará a metade do preço por esta alternativa. As situações mencionadas acima são apenas algumas das situações que podem ocorrer em uma obra e que representam custos significativos. B. O custo do profissional A importância do custo do profissional deve estar bem clara. Assim como o arquiteto, o designer vive de boas ideias. Então, quando um cliente pergunta se você pode dar uma ideia, é como se fossemos pedir uma “dica” de um medicamento a um médico. Ele cobra por isso, e você também. Todavia, muitos profissionais não têm isso claro e acabam desvalorizando seu próprio trabalho. E a justificativa para tal pode ser várias: familiares, é algo simples, pra você isso é rápido, não te custa nada e ai vai. E eu te pergunto: Não te custa nada????? Quantas horas de estudo, quantos estágios, quantos cursos de extensão, pós graduação, livros e tantas outras formas de trabalho que teve que buscar para chegar onde está hoje? Este é o seu “ganha pão”, então se valorize, porque se fosse fácil e simples a própria pessoa faria. Quer dicas? Então, venda uma consultoria. 60 A profissão do designer de Interiores consiste em dar boas ideias, que se encaixam na realidade de cada cliente e a reposta para um questionamento pode ser rápida, mas ela apenas é rápida devido a toda uma bagagem que o profissional que traz consigo. Então, você tem que cobrar sim, afinal médicos cobram, psicólogos cobram, engenheiros cobram. “O bom profissional tem o valor de seu trabalho diluído, no valor total da obra, que incluem as dicas que fizeram o cliente gastar menos.” Mas você deve estar se perguntando, quanto eu vou cobrar pelo meu trabalho? A resposta para essa pergunta não é um valor fechado. A resposta correta é: Depende! E depende de muitas coisas: Do quanto de conhecimento você já adquiriu, quanto de experiência tem, qual o perfil do cliente que quer atender, o quanto você infeste em se qualificar ainda mais, a quantidade e qualidade de seus parceiros profissionais e ai vai. E pra isso você deve fazer algumas avaliações: quem eu sou agora, quem eu quero ser e onde quero chegar. Você tem disponível uma planilha para download que chamo de autoconhecimento, neste momento peço apenas preencha as planilhas conhecimento pessoal e desejos. Demora certo tempo para preencher, mas através dela poderá se condicionar e fazer planejamentos de metas para sua vida profissional. Seja criterioso e inclua exatamente tudo que sabe de si, todos os conhecimentos e o quequer ser, aprender e ter. Depois que você já tem o conhecimento do que sabe neste momento, faça um estudo de quanto é o seu gasto mensal. Uma planilha simples do Excel com acompanhamento de custo fixo e variável resolve o problema. Tendo isto em mãos saberá qual o valor mínimo de salário ou prolabore precisará no mês para viver e se sentir realizado. Observe o exemplo abaixo. 61 MEU SALARIO Retirada mensal R$ 2.000,00 diarista R$ 150,00 aluguel R$ 800,00 condomínio R$ 300,00 luz R$ 200,00 telefone R$ 150,00 internet R$ 100,00 Total Custos fixos R$ 1.700,00 roupa R$ 100,00 lanche R$ 30,00 padaria R$ 75,00 farmácia R$ 95,00 outros Total Custos Variáveis R$ 300,00 TOTAL R$ 2.000,00 Custos fixos Custos variáveis Esta planilha estará disponível para alunos do Curso completo de Projeto de Móveis para download no arquivo chamado composição de custos. Se você trabalha sozinho como autônomo ou freelance deverá entender ainda mais claramente quanto custa a sua hora de trabalho. Para isso precisará ter claro duas coisas em mente quanto é seu salário e quantas horas por mês serão destinadas ao seu trabalho. Para definir quantas horas você irá trabalhar em um projeto deverá ser critico e identificar quanto tempo será necessário para cada atividade. Assim conseguirá fechar um valor de horas para aquele projeto e descobrir quantos clientes pode atender no mês para não se sobrecarregar. Observe abaixo: 1 2 3 4 5 6 7 8 TOTAL EU 8 5 2 8 8 8 5 2 46 4,6 50,6 1 2 3 apresentação 4 5 6 proj. final 7 detalhamento 8 apresentação estudo preliminar ante proj. des.tecnico HORAS PREVISTAS PARA UM TRABALHO Reserva de tempo (10%) Horas totais operacionais pesquisa Para um único projeto terei 50,6 horas de trabalho. Então: 62 50,6h = 7,22 dias de trabalho 7h/dia Pensando assim, vamos imaginar que eu tenha outros projetos com carga horária semelhante, então poderei absorver por mês: 147h = 2,90 projetos = No máximo 3 projetos 50,6h Esta planilha, assim como a explicação completa sobre como calcular sua hora de trabalho estará disponível para alunos do Curso completo de Projeto de Móveis para download no arquivo chamado composição de custos. C. Administração da obra Em um primeiro momento, pode parecer que a administração não tem ligação direta com o custo, entretanto vários elementos que envolvem essa etapa do projeto resultam em custos. Por exemplo, a ordem que cada fornecedor trabalhará na obra. “Então, a primeira lição do curso é essa: defenda sua profissão, você não está estudando para isso? Então, deve ser reconhecido e respeitado por suas dicas, que são o resultado de seu esforço, estudos e dedicação. E elas são, sim, seu trabalho e provedor de sua renda, portanto, valorize o que você faz.” A sequencia a ser estudada para projetista, também cabe perfeitamente para o arquiteto ou designer de interiores com relação a sequencia lógica do trabalho. 02.02. Projetista 63 O que faz um projetista? “O projetista é responsável pela criação e elaboração de projetos tanto na área arquitetônica e interiores como também na área de design de produtos. Além de criar e passar para o papel o projeto, o projetista pode atuar em equipe com outros profissionais. Tais como arquitetos na área de arquitetura, engenheiros no caso de projetos para a construção civil, ou áreas diferenciadas, como por exemplo com fisioterapeutas na área de produtos e móveis adaptados ou ainda trabalhar em lojas de móveis planejados ou marcenarias transformando a ideia do cliente em um desenho detalhado. Pode participar no desenvolvimento da ideia desde seu início junto com outros profissionais da área. Oferecendo sugestões para melhorar o uso do espaço ou para dar melhor funcionalidade para um objeto. Quanto maior sua experiência, mais sua opinião será ouvida.” Em cada setor diferente em que o projetista pode trabalhar existe uma sequência lógica de execução. Vamos nos ater aqui ao projetista de lojas e marcenarias, um profissional que trabalha registrado. Caso você deseje trabalhar como autônomo siga o mesmo processo para profissionais da área listado no tópico anterior. A. A sequência de um trabalho A sequência lógica de um trabalho geralmente seque as seguintes etapas: 1º Recepção e atendimento ao cliente que procura a loja ou a marcenaria; 2º Tirar medidas da área ou do ambiente a ser projetado; 3 º Desenvolve o projeto do ambiente, de acordo com as necessidades estudadas, focando na funcionalidade, circulação, ergonomia e estética; 4º Apresentação do projeto ao cliente; 5º Desenvolvimento das possíveis modificações e adequações a necessidade do cliente; 6º Apresentação do orçamento e negociação; 7º Faz o fechamento de venda e gera-se o contrato, recibo, certificado de garantia com o projeto aprovado; 64 8º Faz as confirmações in loco das medidas do ambiente, isto é ir até o ambiente a ser projetado e reavaliar as medidas; 9º Revisar todo o projeto para encaminhar o pedido; 10º Envio o pedido para a fábrica ou para a marcenaria; 11º Desenvolve o projeto técnico para a montagem 12º Explica ao montador todo o processo de montagem; 13º Faz o acompanhamento da montagem; 14º Realiza assessorias para caso de peças machucadas ou danificadas e possíveis imprevistos com relação ao projeto; 15º Para finalizar, após a montagem realiza o pós-venda com cliente. Agora que você já entendeu a sequência lógica de todo o trabalho, precisa entender quanto vale o seu trabalho. B. O custo do profissional A escolha de sua profissão está diretamente ligada a sua felicidade. Imagine acordar a cada dia e sentir-se desmotivado para o trabalho? Muitas pessoas crescem com a noção de que trabalho não passa de um holerite ao final do mês. Se pensarmos desta maneira teremos um emprego e não um trabalho. Então para atingirmos a realização plena devemos seguir nosso coração e trabalhar em uma área que nos dá prazer. Quando alcançamos este ideal, a dedicação para a sua profissão passa ser algo natural que traz satisfação pessoal. Você sente vontade de se especializar a cada dia mais e isso passa a ser sua fonte de renda. Quanto mais conhecimento adquire, mais seguro se sente e maior será seu rendimento financeiro, fazendo com que você se sinta reconhecido tendo muito prazer em seu dia a dia. Quando perceber que a sua profissão te faz sorrir e ser feliz, perceberá que seu trabalho passou a ser seu hobby. “Trabalhar por prazer e ser feliz, e ainda ser remunerado por isso??? Quer coisa melhor!? Sua profissão pode ser seu hobby.” 65 É comum uma pessoa ter talento, possuir qualidades, saber executar de maneira perfeita, sendo que as vezes só ela ou poucas pessoas sabem fazer e mesmo assim sentem-se incapazes de se auto valorizar. Muitos não cobrando pelo seu talento, seu conhecimento, pelo tempo gasto, por não acreditarem que fazem algo que pode valer para alguém já que “para mim é tão fácil, tão simples e tão prazeroso”. Se você passa constantemente por esse processo, deve mudar sua maneira de pensar. Coloque em sua mente a ideia que trabalho pode ser bom, gostoso e que o conhecimento, o talento e principalmente o tempo que cada um tem vale dinheiro. Uma vez entendendo que seu conhecimento e seu tempo valem dinheiro e pode se tornar fonte de prazer também, coisas que se faziam de graça passam a ser cobradas e valorizadas de forma diferente. E é assim que se passa a ter uma postura profissional e dar o valor correto e real do que se faz com profissionalismo de verdade. É importante saber quanto vale sua hora de trabalho. E você pode calcular de uma maneira muito simples. Faça uma pesquisa entre profissionais da mesma área e do mesmo nívelde expertise que a sua, com base nisso faça uma estimativa de um salário mensal desejado e divida a quantidade de horas mensais pelos dias úteis trabalhados. Porém a maneira de calcular quanto vale seu trabalho depende apenas de você. Uma vez tendo uma postura profissional, apresentamos nosso orçamento de trabalho. Este é o momento em que afirmamos: “meu trabalho vale tanto. Você aceita pagar? Você me aceita como profissional?” Quando você estipula um valor pelo seu trabalho, ele pode ou não ser aceito pelo cliente ou contratante. E podemos entender isso de várias maneiras: a primeira delas é que a pessoa não tem o dinheiro para pagar o seu valor, ou o preço aplicado não condiz com o mercado, ou ainda sendo interpretado que seu trabalho não vale o que você está cobrando. Então, esteja seguro de seu valor, cobre um preço justo e realista e esteja preparado para rejeições. 66 C. A decisão certa Existem diversas áreas a serem avaliadas dentro do design de interiores para você escolher sua carreira. Tudo que for fazer que necessite de empenho e decisões devem ser avaliados com cautela. Afinal para que você busque os conhecimentos para poder aplicar na vida prática toma-se tempo e dinheiro. Então, avalie prós e contra para ter certeza de sua escolha. Faça isso em tudo que precisar de decisões entre este ou aquele trabalho. Abaixo segue um modelo prático em como você pode avaliar melhor suas decisões. TRABALHAR EM: MARCENARIA LOJA DE MÓVEIS PLANEJADOS AUTÔNOMO Estabilidade Financeira 2 2 3 1 Ótimo Contato com pessoas 2 1 3 2 Bom Motivação 2 2 1 3 Regular Satisfação com o Trabalho 2 2 1 4 Péssimo Flexibilidade de Horário 4 4 1 Automonia 4 4 1 Novidades/Aprender coisas novas 3 1 3 Reconhecimento Profissional 2 2 3 Reconhecimento Pessoal 2 2 3 Ótimo 0,0% 0,0% 22,2% Bom 66,7% 66,7% 55,6% Regular 11,1% 11,1% 0,0% Péssimo 22,2% 22,2% 22,2% QUAL A MELHOR SITUAÇÃO MARCENARIA LOJA DE MÓVEIS PLANEJADOS AUTONOMO 1 0 0 0 1 2 0 0 2 2 3 0 6 5 3 4 0 1 0 4 0 MARCENARIA LOJA DE MÓVEIS PLANEJADOS AUTONOMO Ótimo 0,00% 22,22% 44,44% Ótimo Bom 66,67% 55,56% 0,00% Bom Regular 11,11% 0,00% 55,56% Regular Péssimo 22,22% 22,22% 0,00% Péssimo "Melhor" situação Esta planilha está disponível para alunos do Curso completo de Projeto de Móveis para download no arquivo chamado autoconhecimento, a análise é feita nos tópicos valores e melhor situação. 67 Depois que fizer suas avaliações poderá decidir qual carreira seguir e conquistar sua tão sonhada felicidade. 68 Terminamos aqui nossa primeira aula de Composição/ Decoração de Interiores. E para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta aula. Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material. Abraços e até a próxima aula. Prof. Amanda Marques 69 MÓDULO 02 Aula 02 EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. Assuntos a serem abordados 03. Composição e o Conceito de Belo CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 70 Prezado Aluno, Nesta segunda aula você irá aprender a desenvolver seu senso de criatividade e percepções do meio. Tenho total certeza que sua visão diante das decorações mudará o enfoque e se tornará muito mais crítico.. Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 71 03. Composição e o conceito do Belo: A composição de um ambiente envolve conceitos demasiadamente subjetivos aos olhos do leigo. Geralmente, o leigo apenas se limita a analisar um ambiente com duas opções: eu gosto ou eu não gosto. Em outras palavras: é bonito ou é feio. Contudo um ambiente não se compõe apenas de estética, por diversas vezes, o cliente falará que não gosta, não por não ser bonito o ambiente, mas por não compreender todos os elementos que o compõe e conseguir perceber que o problema pode se encontrar no fato de o ambiente não ser proporcional, por exemplo. Proporção não é um conceito subjetivo, e, é neste caso, que entra o profissional novamente. O designer de interiores é capaz de transformar conceitos subjetivos em necessidades e repostas concretas. Para o leigo, tais conceitos vão passar despercebidos. Conceito do Belo Neste tópico discutiremos sobre a frase: “gosto ou não gosto”, que pode ser traduzida por “bonito ou feio”. Sem sombra de dúvidas, o belo é elemento essencial no processo de visualização e concepção de ambientes. Há questões técnicas, que o leigo não percebe, mas em nenhum momento a existência da estética foi negada. O ser humano gosta de ornamentos, se atrai pela beleza. Os conceitos do que é bonito ou feio até mudam com o passar dos anos, vide as musas: já passaram das gordinhas nos tempos Renascentistas, as esquálidas do séc. XX, e, atualmente, a nova tendência são as mulheres “bombadas”. Contudo, desde os tempos remotos, vide os indígenas com seus ornamentos, os moradores das cavernas que pintavam cenas dos cotidianos nas paredes, o homem tem anseio de embelezar-se, assim como o ambiente que o rodeia. Pesquisem na internet referências de índios e dos homens das cavernas para ilustrar ainda mais esse tema. 72 Apesar de o conceito do belo estar diretamente ligado nesta profissão, é um conceito extremamente relativo. O que é belo para uma pessoa pode não ser para outra. A beleza está também diretamente ligada ao nosso sistema de visão, afinal se não enxergamos tal elemento como vamos considerá-lo belo? E na verdade, todos os dias somos induzidos a perceber imagens e analisá- las principalmente para enxergar aquilo que “queremos ver”. O que significa isso? O nosso cérebro, com todas as informações que acumulam a cada dia, procura sempre associar novas imagens a imagens antigas registradas em nosso subconsciente. Portanto, quando nos deparamos com uma imagem totalmente desconhecida é mais difícil de entendê-la, e, por fim, podemos não gostar, ou não achar belo, pelo simples fato de não a associarmos a nada. O belo é relativo e está diretamente ligado a questões, culturais, sociais e econômicas. Na próxima aula começaremos a entender melhor o cliente e aprender como fazer uma entrevista adequada com fundamentos para a perfeita compreensão para evitar falhas no decorrer do estudo. 73 Terminamos aqui nossa segunda aula de Composição/ Decoração de Interiores. E para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta aula. Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material. Abraços e até a próxima aula. Prof. Amanda Marques74 MÓDULO 02 Aula 03 EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. Assuntos a serem abordados 04. Primeira Etapa: Orçamento e Contrato CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 75 Prezado Aluno, Não existe um senso comum e uma única doutrina a ser seguida para o design de interiores. No mercado, existem alguns livros e cursos bons e cada um dita quais são as regras, princípios e bases do design de interiores, por isso estar em constante estudo e nunca achar uma verdade absoluta, também são bases para um bom designer. Neste curso, você verá uma abordagem diferenciada com alguns itens a mais e de maneira clara e objetiva do que outras fontes de estudo, se a ideia fosse ser igual aos demais, não haveria sentido nenhum você se dedicar a estudar este curso. Iniciamos agora a aula 03 do curso de Composição / Decoração de Interiores. Nesta, será compreendido como elaborar um orçamento e um contrato. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 76 04. Primeira etapa: Orçamento e Contrato O cliente é foco de maior importância de todo o trabalho, tendo o mesmo motivo-chave a existência do espaço em questão. Saber compreender suas aspirações e transforma-la em um projeto que pode se tornar realidade é a razão de nossa profissão. Devemos iniciar por um levantamento prático e objetivo para definirmos os pontos de criação. 04.01. Elaboração de Orçamento O cliente pode surgir por diversas maneiras, aplicação de marketing, mídias sociais, indicação, amigos, participação em feiras entre outros. E tudo começa com o primeiro contato em que você apresenta seu portfólio de trabalho e conhece o perfil de seu cliente. É neste momento que a empatia será avaliada, caso ambos se identifiquem (cliente e profissional), será coletado informações mínimas para o desenvolvimento do orçamento. “Uma proposta deve ser apresentada antes de qualquer traço criativo ser elaborado.” Clarice Mancuso Devem ser considerados itens como: Área a ser projetada: Neste item você deve avaliar qual a metragem e ambientes serão projetados. Caso o projeto se refira a mais de um cômodo deve ser considerado os ambientes separadamente. Necessidades do projeto: Avalie a complexidade do trabalho, um projeto completo exigirá diversas etapas como o projeto de reforma (permitido apenas para arquitetos), o Luminotécnico, a paginação de gesso, a paginação de revestimentos, o mobiliário, o paisagístico, entre outros. Ou ainda pode ser contratado apenas para um projeto específico, como por exemplo, o projeto do mobiliário. Quanto mais complexo o projeto mais horas você precisará para desenvolvê-lo. Necessidade de tecnologias avançadas: Avalie também a necessidade de novas tecnologias, algum sistema diferenciado que seu cliente deseja. Se você já 77 souber executar você cobrará por já ter a expertise no assunto. Caso não saiba, tomará tempo para aprender a executar tal tecnologia. O projeto será desenvolvido em um local de risco? O local da obra é distante do escritório do profissional e exigirá gastos extras e horas de deslocamento? O projeto exigirá a cooperação de outros profissionais de outras áreas, ou também de arquitetos e engenheiros os quais você terá que remunerar? Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/imagem/carreira-emprego/interna-slideshow/como-passar-entrevista-emprego- soumaiseu.jpg Data: 07/10/2014 21:18 Chega o momento de apresentar a proposta de trabalho, que consiste num documento formal com informações sobre o projeto e/ou o trabalho a ser desenvolvido, para que o cliente observe o que está incluído e possa avaliar o interesse em contratar seus serviços. Apresente o orçamento, de preferência em mãos, assim poderá explicar todas as questões que serão executadas e receber o parecer do cliente sobre itens a serem revisados, como negociar preço, prazo entre outras questões, estando presente fica mais fácil à negociação para discutir o assunto. É importante neste momento você demonstrar segurança e conhecimento sobre o assunto. Importante: O modelo deve ser ajustado conforme a necessidade do trabalho. Projetos mais complexos precisam do auxílio de um advogado para avaliar todas as questões e assegurar tanto contratante como contratado. http://mdemulher.abril.com.br/imagem/carreira-emprego/interna-slideshow/como-passar-entrevista-emprego-soumaiseu.jpg%20%20Data:%2007/10/2014 http://mdemulher.abril.com.br/imagem/carreira-emprego/interna-slideshow/como-passar-entrevista-emprego-soumaiseu.jpg%20%20Data:%2007/10/2014 78 04.02. Elaboração de Contrato Após a aprovação da proposta de trabalho, deve-se elaborar o contrato. Não deixe de fazê-lo, pois muitos profissionais negligenciam esta etapa, dando-se por satisfeitos com aprovação da proposta. Saiba que o contrato é importante tanto para o profissional quanto para o cliente, desta maneira ambos estarão assegurados formalmente sobre seus direitos e deveres neste processo. Este documento tem valor legal caso seja necessário intervir com alguma ação judicial. Acontece muitas vezes de o cliente solicitar algo que não está em contrato se não estiver escrito poderá ser cobrado de você. Então, esta é uma maneira de você provar que seus serviços estão dentro do combinado. Fonte: http://images.e-konomista.pt/articles/850_400_tipos-de-contrato-de-trabalho.jpg Data: 08/10/2014 Atenção Importante: Os modelos contidos no material do completo do Curso Completo de Projeto de Móveis são apenas uma SUGESTÕES de tópicos que devem constar num contrato desta natureza. Para sua maior segurança, consulte também um advogado. Com o contrato em mãos devidamente assinado podemos partir para a próxima etapa. Parte essencial, fundamental e irrevogável de todo o projeto de interiores que é a entrevista com o cliente. http://images.e-konomista.pt/articles/850_400_tipos-de-contrato-de-trabalho.jpg 79 Terminamos aqui nossa terceira aula de Composição/ Decoração de Interiores. E para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta aula. Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material. Abraços e até a próxima aula. Prof. Amanda Marques 80 MÓDULO 02 Aula 04 EAD Ensino à Distância amcursosonline.com.br Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos. Assuntos a serem abordados 05. A entrevista com o Cliente: Briefing CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS 81 Prezado Aluno, Diversos são os temas ligados ao design de interiores. Um vasto caminho que faz com que você busque conhecimento contínuo. Itens como luminotécnica, paisagismo, conforto (térmico e acústico), ornamentos, Gestalt (teoria da forma), história do design são importantíssimos e merecem cursos distintos.No presente, vamos apenas citá-los e estudaremos com mais profundidade os conceitos e os elementos de uma composição de ambiente, por isso este curso é a base de toda a profissão. Muitos destes assuntos poderão ser encontrados nos cursos da AM Cursos Online. Tais como: Curso de Iluminação residencial, Projeto de Gesso, Materiais de revestimentos, História do Design e do Mobiliário entre outros. Iniciamos agora a aula 04 do curso de Composição / Decoração de Interiores. Nesta, será compreendido o cliente, como fazer os estudos e analisar criteriosamente de seu perfil. Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos! Prof. Arq Amanda Marques 82 05. A entrevista com o cliente: Briefing Como foi citado anteriormente, o primeiro contato poderá ser mais superficial, fornecendo apenas os subsídios básicos para a formatação da proposta e contrato. Num segundo momento, é necessário uma boa entrevista que proporcionará como resultado um perfil de cliente o que chamamos de briefing. Este instrumento é um resumo de todos os itens que compõe o “problema”. Problema aqui com a conotação de resolução, não de algo negativo. Então, este documento deve ser detalhado com mais exatidão possível, elaborado com questões práticas para a formatação do programa de necessidades do cliente. Só após esta análise criteriosa com questões claras e objetivas é que se lança a ideia para o papel e/ou para o software que você costuma trabalhar. Inicialmente precisamos conhecer melhor para quem estamos projetando, afinal, o projeto de um ambiente é feito para o cliente usufruir deste local e não o profissional. Isso não significa que o profissional deve anular seu gosto e sua técnica, muito pelo contrário, ele tem a obrigação de adequar o seu conhecimento à realidade e ao gosto de seu cliente. Neste momento devemos assumimos um pouco o papel de psicólogo de todo o processo, e entender o personagem em que o cliente quer vivenciar. Afinal, todos nós temos anseios, vontades, desejos e uma idealização do que sonhamos para nossa vida. Neste caso, você é o interprete destes sonhos e irá transpor para um projeto real. Por isso, entender por completo a necessidade e o que é desejado é fundamental para o sucesso de seu projeto e felicidade de seu cliente. Fonte: http://2.bp.blogspot.com/- DJEhfZrlqcQ/U0hnF9grluI/AAAAAAAAR7c/88ku8xOF Mxw/s1600/PG_001_021.jpg Data: 07/10/2014 21:23 http://2.bp.blogspot.com/-DJEhfZrlqcQ/U0hnF9grluI/AAAAAAAAR7c/88ku8xOFMxw/s1600/PG_001_021.jpg http://2.bp.blogspot.com/-DJEhfZrlqcQ/U0hnF9grluI/AAAAAAAAR7c/88ku8xOFMxw/s1600/PG_001_021.jpg http://2.bp.blogspot.com/-DJEhfZrlqcQ/U0hnF9grluI/AAAAAAAAR7c/88ku8xOFMxw/s1600/PG_001_021.jpg 83 “Em um projeto de interiores você está projetando o sonho de alguém. Este sonho encantado pode tornar-se realidade caso você entenda por completo o perfil de seu cliente.” Amanda Marques “Nem sempre o que o cliente pede é o que ele realmente deseja ou tem como necessidade. “ Amanda Marques Uma conversa informal, no decorrer da entrevista, fugindo do foco do projeto em si, pode ajudar a descobrir esses pormenores. Porém, fique atento as referências que o cliente citará, talvez a dica da escada você possa aproveitar de outras formas, como se é redonda ou quadrada, o material que ela é feita, o estilo mais clássico ou mais contemporâneo. Ou seja, traduzir a referência. 05.01. Tipos de clientes e estratégias Com base nas análises tradicionais do ser humano podemos observar características que facilitarão à interpretação do modelo de cliente estudado. 1º O cliente: parte comportamental do cliente que está sendo observado; 2º O Design: a reação emocional do observado; 3º A opinião do cliente: o pensar do observado. 05.02. Como fazer a entrevista: Briefing Agora vamos entender como desenvolver um briefing, perfil do cliente, de maneira coerente e assertiva. Ao contrário do primeiro contato com o cliente que ocorre de maneira superficial, neste momento a entrevista deve ser o mais detalhada possível. Com esta entrevista minuciosamente elaborada conseguimos formatar o que chamamos de programa de necessidades, que nada mais é a definição das principais necessidades e desejos do cliente para o projeto. Sendo assim, é fundamental o levantamento das características de cada um dos indivíduos para o qual se destina o projeto, analisando as particularidades, temperamento, anseios, hobbies, expectativas e prioridades. Por exemplo, se você for projetar um closet é de extrema importância saber a rotina do usuário, como é a sequência de sua organização ou de vestir-se, saber como guarda as roupas, 84 quantidade de pares de sapatos, bolsas, acessórios que possui. Outro exemplo, Home Office, observar qual é a profissão, se possui livros e equipamentos que irá manter ou adquirir. Observar suas dimensões será imprescindível na hora de projetar. “Priorize as necessidades de cada pessoa, de modo a garantir que futuros ajustes no projeto, se necessários, sigam corretamente a expectativa do cliente.” Miriam Gürgel Fonte: Projetando Espaços – Míriam Gurgel 05.03. Conhecendo o ambiente de seu cliente Após uma entrevista bem elaborada é hora de analisar o ambiente in loco de maneira técnica. Além de analisar, você pode fotografar para uma referência futura ou para comparar o resultado final. Tirar medidas, fazer um croqui em uma folha de papel com as medidas do espaço e localização de cada um destes pontos também é essencial para poder iniciar sua criação. Fonte: Projetando Espaços – Míriam Gurgel http://blog.cerbras.com.br/index.php/profissao-designer-de-interiores/ http://blog.cerbras.com.br/index.php/profissao-designer-de-interiores/ 85 Documentando os dados Neste tópico, é essencial o desenvolvimento do senso de observação. Uma maneira de começar a treinar a análise de ambientes foi sugerido na aula 02, no início do curso, que é a de observar as imagens das revistas de decoração e analisá- las. Outra forma de desenvolver o senso de observação é a elaboração de seu banco de dados com imagens de decoração na sua memória (e claro, você também deve os ter de forma física em revistas, livros, fotos). Conseguir reproduzir os ambientes gravados é uma forma de verificar se você está desenvolvendo este sentido, e isso é essencial, pois temos que reproduzir em nossos escritórios os ambientes de nossos clientes. Visto que, por mais que façamos anotações, fotos e descrições deles, nada como vivenciá-los e conectarmos todas essas informações separadas em um único “arquivo” visual dentro de nossa cabeça. Uma ferramenta, conhecida como mapa mental, pode ser adaptada para a realidade do design de interiores e aplicada nesse sentido de senso de observação. Abaixo segue algumas referências: 86 Fonte: Arquivo pessoal Essa junção de informações descreve, antes do surgimento de um ambiente, informações essenciais e mapeamento do cliente e do ambiente em questão, e pode conter: medidas, fotos, anotações, pode inclusive ser transformado em um mapa mental dentro de sua cabeça, ou físico conforme mostrado nos exemplos anteriores. Não existe modelo pronto, cada um deve desenvolvê-lo dentro de seu entendimento (isso já serve de treino para a criatividade), caso você procure na internet sobre o assunto, encontrará uma infinidade de modelos, mas o importante é que todas as informações-chave estejam arranjadas. 87 Terminamos aqui o estudo do
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