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RINITE E SINUSITE

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RINITE E SINUSITE
SUMÁRIO
1. Definição E Classificação ........................................ 3
2. Experiência: Pessoa-Rinite .................................... 5
3. Promoção E Prevenção De Rinite ....................11
4. Rinossinusite ............................................................18
Referências Bibliograficas .........................................23
3RINITE E SINUSITE
1. DEFINIÇÃO E 
CLASSIFICAÇÃO
Rinite é definida como uma condi-
ção inflamatória que afeta a mucosa 
nasal. Os sintomas de rinite incluem 
obstrução nasal, hiperirritabilidade 
causando espirros, prurido nasal, ocu-
lar e faríngeo, além de hipersecreção 
(coriza hialina ou mucoide). A presen-
ça de ao menos dois dos sintomas 
descritos, durante 1 hora diariamen-
te, por um mínimo de 12 semanas por 
ano, define a rinite crônica.
Figura 1. Rinite. Fonte: https://fcmsantacasasp.edu.br/tratamento-da-rinite-alergica-atraves-da-higiene-nasal-e-am-
biental/
Em termos de fisiopatologia, a rinite 
pode ser classificada em alérgica e 
não alérgica, sendo esta última sub-
dividida em diversas subcategorias. 
4RINITE E SINUSITE
FLUXOGRAMA – CLASSIFICAÇÃO DAS RINITES
Classificação 
das rinites
Infecciosa Alérgica Não Alérgica Outras
Viral
Bacteriana
Fúngica
Sazonal
Perene
Intermitente
Persistente
Episódica
Induzida por 
medicamentos
Hormonal 
(gestacional, relacionada 
ao ciclo menstrual)
RENA
Rinite atrófica
Rinite associada a RGE 
Idiopática
Rinite mista
Rinite ocupacional 
Local Rinite neurogênica (vasomotora)
Na rinite alérgica, a reação inflamató-
ria decorre da produção de imunoglo-
bulina E (IgE) em resposta ao contato 
com alérgenos específicos, o que de-
sencadeará a ativação de mastócitos, 
com a consequente liberação de uma 
série de mediadores inflamatórios, 
como a histamina, os leucotrienos e 
as citocinas diversas. 
Estima-se que o diagnóstico clínico 
de rinite alérgica seja mais prevalen-
te do que outras formas de rinite, na 
proporção de 3:1. Na prática, esta di-
visão pode não ser clara, sobretudo 
porque uma parcela significativa 
dos pacientes com rinite apresen-
tará ambas as formas da doença 
(rinite crônica mista). 
5RINITE E SINUSITE
O painel de discussão Allergic Rhini-
tis and its Impact on Asthma (ARIA), 
em colaboração com a Organização 
Mundial da Saúde (OMS), propõe 
classificar a rinite alérgica em quatro 
categorias, combinando componen-
tes da sua duração e da sua inten-
sidade: intermitente leve, persistente 
leve, intermitente moderada a grave e 
persistente moderada a grave.
SAIBA MAIS!
Estima-se que a rinite crônica afete mais de 30% da população mundial. A prevalência da 
rinite alérgica tem sido extensivamente documentada. A rinite alérgica corresponde ao quin-
to mais prevalente problema crônico de saúde, considerando-se todas as faixas etárias, e à 
maior patologia crônica na população pediátrica. Atinge três a cada 10 adultos, e quatro em 
cada 10 crianças nos EUA
Classificação da rinite alérgica quanto à duração:
Intermitente
• Sintomas presentes < 4 dias/semana ou < 4 semanas
• Persistente
• Sintomas presentes ≥ 4 dias/semana ou ≥ 4 semanas
Classificação da rinite alérgica quanto à intensidade:
• Leve – Nenhum dos seguintes itens está presente:
• Distúrbio do sono
• Prejuízo de atividades diárias, lazer ou esportes
• Prejuízo de atividades na escola ou no trabalho
• Sintomas insuportáveis
• Moderada a grave – Um ou mais dos seguintes itens está presente:
• Distúrbio do sono
• Prejuízo de atividades diárias, lazer ou esportes
• Prejuízo de atividades na escola ou no trabalho
• Sintomas insuportáveis
2. EXPERIÊNCIA: 
PESSOA-RINITE
Sintomatologia – sofrimento da 
pessoa 
A hipótese de rinite alérgica deve ser 
aventada na presença de seus prin-
cipais sintomas, ou seja: espirros, 
rinorreia clara, prurido em nariz, olhos 
e palato, sensação de gotejamen-
to pós-nasal, manobras de limpeza 
frequente da garganta e congestão 
nasal. 
6RINITE E SINUSITE
Relatos de sensação de se estar 
permanentemente resfriado devem 
ser valorizados. Em crianças, fadi-
ga e cansaço frequente podem estar 
presentes. Não há predileção de gê-
nero na rinite alérgica e, uma vez que 
80% dos pacientes desenvolvem sin-
tomas antes dos 20 anos de idade, os 
pacientes podem experimentar mui-
tos anos de sintomas antes de serem 
apropriadamente diagnosticados e 
tratados.
Na rinite alérgica, normalmente, o iní-
cio dos sintomas atópicos ocorre na 
infância, com possível história familiar 
associada, e frequentemente há re-
latos de vários tratamentos, em sua 
maioria sem muita continuidade. 
A rinite não alérgica geralmente se 
apresenta na vida adulta, com sin-
tomas relacionados a mudanças de 
temperatura e umidade ou na presen-
ça de ar condicionado, como também 
a exposição de cheiros fortes (produ-
tos químicos, cigarros, perfumes), e 
relação com a ingesta de determina-
dos alimentos. 
Passos para o diagnóstico 
Anamnese
É importante que exista uma aborda-
gem ampla da pessoa com rinite, ex-
plorando-se, além da própria doença, 
a experiência da doença, incluindo 
avaliação da qualidade de vida e en-
fatizando-se os aspectos pessoais, 
profissionais e familiares envolvidos. 
Devem-se avaliar padrão de apre-
sentação, cronicidade, sazonalidade, 
fatores desencadeantes, presença 
ou ausência de sintomas relaciona-
dos, assim como de sinais de alerta 
vermelho. 
É necessário lembrar-se de que a ri-
nite alérgica não tratada pode levar à 
astenia, à irritabilidade, a roncos e a 
alterações do padrão de sono, à dimi-
nuição da concentração, à anorexia, à 
ansiedade e à depressão.
FLUXOGRAMA – PRINCIPAIS SINTOMAS DAS RINITES
Rinorreia clara bilateral
Principais sintomas
Excesso de cascas nasaisObstrução nasal / Anosmia
Sintomas oculares e auditivos Roncos, insônia e voz anasalada
Sintomas respiratórios 
(dispneia, tosse e chiado)
7RINITE E SINUSITE
SE LIGA! O diagnóstico é basicamente clínico, com associação de vários dos seguintes sin-
tomas: espirros em salva, coriza clara abundante, obstrução nasal e intenso prurido nasal. Em 
crianças, o hábito de coçar o nariz com a palma da mão de baixo para cima (saudação alérgi-
ca) pode produzir uma linha de expressão horizontal no dorso nasal, facilmente identificável, 
que é sugestiva, embora não patognomônica, de rinite alérgica. ]
Figura 2. Saudação do alérgico. Fonte: https://docplayer.com.br/14719534-Alergia-respiratoria-rinossinusite-e-asma-
-alergicas.html
Epistaxe recorrente, pela fricção fre-
quente, pode estar presente. Sinto-
mas oculares, lacrimejamento, hipe-
remia conjuntival, prurido, por vezes 
intenso, e até fotofobia e dor também 
podem fazer parte do quadro clínico. 
Prurido no conduto auditivo, no pa-
lato e na faringe é frequente. A obs-
trução nasal pode ser intermitente 
ou persistente, uni ou bilateral, alter-
nando com o ciclo nasal, sendo geral-
mente mais severa durante a noite. A 
congestão nasal pode interferir com 
a aeração dos seios paranasais e da 
tuba auditiva, provocando, por vezes, 
dor facial, cefaleia, sensação de ore-
lha tampada, otalgia e diminuição da 
acuidade auditiva.
8RINITE E SINUSITE
SAIBA MAIS!
A maior parte dos sintomas da rinite pode e deve ser manejada na atenção primária. A boa 
adesão às medidas comportamentais, sempre que indicadas, e o uso racional da terapêutica 
farmacológica básica controlarão os sintomas na maioria das pessoas.
Uma investigação clínica adequada 
deve incluir a época de início do 
quadro, a duração, a intensidade, a 
frequência dos sintomas, os fatores 
desencadeantes e/ou agravantes 
da rinite. Esses dados fornecem ele-
mentos importantes para a catego-
rização do tipo e da severidade da 
patologia, guiando, assim, o plano 
terapêutico. 
SAIBA MAIS!
É estimado que 19 a 38% dos pacientes com rinite alérgica tenham asma, e uma proporção 
bem maior (85-95%) dos pacientes com asma tenham rinite alérgica concomitante. Essa as-
sociação deve ser sempre aventada, uma vez que a rinite não tratada é um importante fatorde perpetuação e agravamento da asma.
Exame físico
Na primeira consulta, o exame físico 
deve ser mais completo, contemplan-
do os sistemas potencialmente afe-
tados por alergias, com ênfase na via 
aérea superior. 
• Sinais vitais, além de peso e altura 
• Estado geral: palidez facial, fácies 
alongada, respiração bucal, sinal 
de doença sistêmica 
• Olhos: lacrimejamento excessivo, 
eritema e edema da conjuntiva bul-
bar e/ou palpebral, conjuntiva tarsal 
em pedra de calçamento, edema 
ou dermatite de pálpebras exter-
nas, linhas de Dennie-Morgan, es-
tase venosa abaixo das pálpebras 
inferiores (“olheiras alérgicas”) 
• Nariz: válvula nasal com abertura 
reduzida, columela alargada, co-
lapso alar, prega transversal no 
dorso nasal, deformidade externa, 
como nariz em sela, desvio ou per-
furação de septo, úlceras, perfura-
ções, veias proeminentes ou es-
coriações, hipertrofia de conchas 
nasais, edema, palidez ou eritema, 
secreções (quantidade, colora-
ção, consistência) e pólipos nasais. 
Deve ser notada a presença de tu-
mores ou corpos estranhos 
• Orelhas: transparência das mem-
branas timpânicas, eritema, retra-
ção, perfuração, mobilidade redu-
zida ou aumentada à manobra de 
Valsalva, nível hidroaéreo 
9RINITE E SINUSITE
• Orofaringe: halitose, má oclusão 
dentária, palato elevado, hipertro-
fia tonsilar ou adenoideana. Ob-
servar associação de má oclusão 
e palato elevado com respiração 
bucal crônica, hipertrofia tonsilar, 
epitélio de orofaringe em pedra de 
calçamento, rinorreia posterior, dor 
na ATM ou clique de oclusão, enru-
gamento, camada ou ulceração na 
língua ou na mucosa oral 
• Pescoço: linfadenopatia, cresci-
mento de tireoide ou sensibilidade 
• Tórax: sinais de asma, deformida-
de ou sensibilidade de parede to-
rácica, anormalidades na percus-
são, egofonia, sibilância audível, 
diminuição ou anormalidades dos 
sons pulmonares 
• Abdome: sensibilidade, distensão, 
massas, hepato ou esplenomegalia
• Pele: rashes, ressecamento e des-
camação, aspecto eczematoso ou 
urticária (distribuição e aspecto), 
dermografismo 
• Outros órgãos e sistemas: devem 
estar incluídos quando a história 
ou observação geral indicar 
Características faciais típicas estão 
presentes em grande número de 
pacientes com rinite alérgica, como 
olheiras, linhas duplas de Dennie-
-Morgan e prega nasal horizontal 
(saudação alérgica). 
O exame da cavidade nasal é es-
sencial e fornece informações im-
portantes. O exame de rinoscopia 
anterior deve ser realizado em todos 
os pacientes com queixas nasais. 
Na rinoscopia anterior, é importante 
avaliar a coloração da mucosa nasal, 
o edema da mucosa e dos cornetos 
inferiores, a presença de secreções, 
de lesões crostosas ou ulcerativas e 
hipervascularização na área anterior 
do septo nasal, à procura de sinais 
de sangramento recente e presença 
de tumoraçōes ou de desvio de septo 
nasal.
Nos casos de rinite alérgica, em geral, 
a mucosa nasal é pálida, edemacia-
da e com abundante secreção aquo-
sa clara. A mucosa está geralmente 
avermelhada na presença de infec-
ções ou do uso abusivo de vasocons-
tritores tópicos ou irritantes (cocaína). 
A formação de crostas pode sugerir 
rinite atrófica ou doença sistêmica.
SE LIGA! Um dos sintomas da rinite é 
ausência de olfação, que é também um 
dos sintomas do paciente infectado pelo 
COVID-19, portanto atende-se para 
avaliação clínica bem completa!
Deve-se procurar atentamente por 
asma, otite, sinusite aguda ou crô-
nica, pólipos nasais, conjuntivite e 
dermatite atópica. Mesmo com his-
tória sugestiva, pode haver mínimos 
ou nenhum achado de exame físico. 
O exame do nariz, das orelhas e da 
10RINITE E SINUSITE
orofaringe pode ser realizado com 
espéculo nasal simples e iluminação 
adequada, um otoscópio, que, por ve-
zes, apresenta um adaptador nasal e 
um abaixador de língua.
Exames complementares
Testes imunológicos específicos 
(cutâneos e sanguíneos)
A pesquisa de IgE específico, por 
meio de exame sanguíneo ou rea-
ção cutânea, deve ser solicitada aos 
pacientes com diagnóstico clínico de 
rinite alérgica que não respondem 
ao tratamento empírico, ou quando 
o diagnóstico não pode ser inequi-
vocamente assegurado, ou mesmo 
quando a causa alérgica específica é 
necessária para uma terapia direcio-
nada (como na imunoterapia). 
É importante ter em mente que a sen-
sibilização por algum alérgeno espe-
cífico, nestes testes, não é sinônimo 
de diagnóstico clínico. Na ausência 
de sintomas clínicos, um exame cutâ-
neo ou sanguíneo positivo para um 
alérgeno não significa que o paciente 
tenha de fato alergia àquele alérgeno 
em particular. O exame de dosagem 
sérica de IgE total, assim como a de 
IgG ou IgM, não fornece informações 
úteis ao diagnóstico e ao manejo da 
rinite alérgica, e sua solicitação é con-
traindicada pelos consensos mais 
recentes. 
Teste de provocação nasal
De pouco uso na prática clínica diária, 
pode ser útil no diagnóstico de rinite 
ocupacional. Seu objetivo é identi-
ficar e quantificar a relevância clíni-
ca de alérgenos inaláveis e irritantes 
ocupacionais. 
Citologia nasal
Pode fazer o diagnóstico diferencial 
entre as rinites eosinofílicas e não 
eosinofílicas, de acordo com a predo-
minância de eosinófilos na secreção 
nasal (superior a 10%). Quadro clíni-
co sugestivo, testes imunológicos es-
pecíficos positivos e eosinofilia na se-
creção nasal confirmam o diagnóstico 
de rinite alérgica. 
A predominância de eosinófilos com 
ausência de reação alérgeno-especí-
fica (cutânea ou sanguínea) indica ri-
nite eosinofílica não alérgica (RENA). 
Quando a citologia nasal tem predo-
minância de neutrófilos, a suspeita 
recai sobre rinite infecciosa. 
Investigação da permeabilidade 
nasal
Por meio de exames, como a rinome-
tria acústica e a rinomanometria com-
putadorizada, procura-se quantificar 
a obstrução nasal, avaliar a resposta 
ao teste de provocação nasal e moni-
torizar a resposta a tratamento clínico 
e/ou cirúrgico. Não é usado de rotina 
na prática clínica.
11RINITE E SINUSITE
Endoscopia nasal 
Avalia a anatomia nasal, ajudando no 
diagnóstico diferencial de outras pa-
tologias que possam comprometer a 
função nasal, como desvios septais, 
hipertrofia de cornetos, polipose na-
sal, rinossinusites e tumores da cavi-
dade nasal e paranasal. 
Exames radiológicos
Não são solicitados rotineiramen-
te. A tomografia computadorizada de 
seios paranasais está indicada na in-
vestigação de possíveis complicações 
locais associadas à rinite, ou de pato-
logias que entrem em seu diagnósti-
co diferencial (polipose nasal, rinossi-
nusites, tumores da cavidade nasal, 
etc.). A ressonância magnética forne-
ce melhores informações sobre par-
tes moles, não sendo solicitada de ro-
tina. A radiografia simples geralmente 
não tem indicação, pois apresenta 
um elevado número de falso-posi-
tivos e falso-negativos na avaliação 
de complicações como sinusites, 
mas pode ser solicitada para crianças 
abaixo de 6 anos, para avaliação da 
região de cavum ou rinofaringe, quan-
do estas não toleram a realização da 
endoscopia nasal na investigação de 
hipertrofia adenoideana.
[BOX SE LIGA! O diagnóstico da rinite é 
clínico, portanto os exames são apenas 
complementares do diagnóstico! Não 
deve-se solicitar radiografia na MFC, de-
vendo apenas, caso necessário, solicitar 
o pick-flow. 
3. PROMOÇÃO E 
PREVENÇÃO DE RINITE 
Diante de um quadro sugestivo de ri-
nite, procura-se classificá-la e adotar 
medidas não farmacológicas e farma-
cológicas mais adequadas para cada 
situação. As medidas farmacológicas 
dependerão da intensidade e da du-
ração da condição apresentada. 
12RINITE E SINUSITE
Tratamento não farmacológico 
O controle do ambiente é uma me-
dida muitas vezes negligenciada 
na abordagem terapêutica da rinite 
alérgica. Embora o controle sobre de-
terminados alérgenos possa ser mui-
to difícil, como no caso do pólen em 
estações específicas do ano, esforços 
concentrados para se reduzir a quan-
tidade de alérgenos intradomiciliares 
sãouma ferramenta de grande valor 
no combate aos sintomas alérgicos.
Medidas de controle ambiental no 
tratamento da rinite alérgica:
O quarto de dormir deve ser preferen-
temente bem ventilado e ensolarado;
Evite travesseiro e colchão de palha 
ou pena. Prefira os de espuma, fibra 
ou látex, sempre que possível, en-
voltos em material plástico (vinil) ou 
em capas impermeáveis aos ácaros. 
Recomenda-se limpar o estrado da 
cama duas vezes por mês;
Evite animais de pêlo e pena, espe-
cialmente no quarto e na cama do 
paciente. De preferência, animais de 
estimação para crianças alérgicas são 
peixes e tartarugas;
Evite inseticidas e produtos de lim-
peza com forte odor, mas o extermí-
nio de baratas e roedores pode ser 
necessário;
FLUXOGRAMA – PREVENÇÃO DAS RINITES
Prevenção 
das rinites
Evitar alérgenos
Colocar colchão, travesseiro e edredom 
em tecido impermeável a alérgenos 
Uso de acaricidas em cortinas, 
tapetes e móveis macios
Lavar cabelo após contato 
extenso com alérgenos 
Filtros nasais
13RINITE E SINUSITE
Combata o mofo e a umidade, princi-
palmente no quarto de dormir, redu-
zindo-a a < 50%. Verifique periodica-
mente as áreas úmidas de sua casa, 
como banheiro (cortinas plásticas do 
chuveiro, embaixo das pias, etc.). A 
solução de ácido fênico entre 3 e 5% 
ou solução diluída de água sanitária 
podem ser aplicadas nos locais mofa-
dos, até sua resolução definitiva;
Evite bichos de pelúcia, estantes de 
livros, revistas, caixas de papelão ou 
qualquer outro local onde possam ser 
formadas colônias de ácaros no quar-
to de dormir;
Dê preferência a pastas e sabões em 
pó para limpeza de banheiro e cozi-
nha. Evite talcos, perfumes, desodo-
rantes, sobretudo na forma de sprays;
Não fume nem permita que se fume 
dentro da casa e do automóvel;
Dê preferência à vida ao ar livre. Es-
portes podem e devem ser pratica-
dos, evitando-se dias com alta ex-
posição aos pólens ou poluentes em 
determinadas áreas geográficas.
Em relação a prevenção de alérge-
nos, estudos envolvendo múltiplas 
medidas concomitantes de controle 
estrito de alérgenos mostraram que 
é possível alcançar uma redução sig-
nificativa na exposição ao alérgeno e, 
consequentemente, nos sintomas. No 
entanto, em situações da vida real, é 
difícil evitar os aeroalérgenos a ponto 
de fazer diferença nos sintomas dos 
pacientes. Na alergia ao pólen, fechar 
as janelas à noite, dirigir com as jane-
las fechadas ou usar óculos de pro-
teção ao ar livre pode prevenir a exa-
cerbação dos sintomas. Evitar ficar ao 
ar livre durante tempestades também 
pode ajudar a reduzir os sintomas, 
porque a mudança repentina de um 
clima seco para um úmido faz com 
que os grãos de pólen se rompam e 
liberem seu alergênico em partículas 
menores, que podem ser facilmen-
te inaladas nas vias aéreas inferiores 
e causar ataques de rinite alérgica e 
asma.
Tratamento farmacológico 
SE LIGA! Lembre-se: iniciar sempre 
com promoção e prevenção!!
Os fármacos mais recomendados 
são os corticosteroides tópicos, os 
antihistamínicos, tópicos ou orais, 
e as eventuais combinações tera-
pêuticas, dependendo da sintoma-
tologia e da severidade do quadro. 
Entre as outras medicações usadas 
no controle da rinite alérgica estão 
os antagonistas da síntese de leuco-
trienos (montelucaste, disponível no 
Brasil), descongestionantes tópicos e 
orais, cromonas e corticoides orais. 
Anti-histamínicos: 
• Dexclorfeniramina 2 mg, 6/6h, 
3-14 dias
14RINITE E SINUSITE
• Loratadina 10 mg, 1x/dia, 3-14 
dias 
• Ebastina 10 mg, 1x/dia, 3-14dias
• Corticoides intranasais 
• Budesonida 50 mcg, 12/12h, 7-30 
dias
• Beclometasona 50 mcg, 12/12h, 
7-30 dias 
Os antihistamínicos são eficazes no 
alívio dos sintomas induzidos pela 
histamina, incluindo coceira, coriza e/
ou espirros. Eles têm um efeito menor 
sobre a congestão nasal, mas podem 
ser eficazes como um único medica-
mento em pacientes com formas le-
ves a moderadas de rinite alérgica. 
Eles têm um início de ação rápido e 
podem ser usados como um medica-
mento de resgate para ajudar a aliviar 
os sintomas do início da rinite alérgica 
aguda.
Os corticosteroides intranasais são 
o tratamento primário para a obstru-
ção nasal e atuam reduzindo a pro-
dução de citocinas, reduzindo assim 
o recrutamento de eosinófilos. Eles 
também reduzem a ativação de eosi-
nófilos e a liberação de mediadores.
Antagonistas do receptor de leuco-
trieno são administrados em compri-
midos e podem ser eficaz em alguns 
pacientes, mas não em todos. Eles 
reduzem os efeitos do leucotrieno C4 
(LTC4) que os mastócitos ativados e 
os eosinófilos secretam, a fim de au-
mentar o recrutamento de mais eosi-
nófilos e, assim, reduzir a inflamação 
alérgica. Os LTRAs montelucaste e 
zafirlucaste estão disponíveis somen-
te mediante receita médica.
Os descongestionantes nasais, são 
estimulantes do receptor simpático 
e causam constrição dos vasos arte-
riais, levando sangue para os vasos 
de capacitância nasal, deixando-os 
sem sangue. Eles podem ser admi-
nistrados localmente ou oralmente. 
Quando administrados como gotas 
nasais, eles são brevemente eficazes 
e agem rapidamente, mas podem ser 
usados apenas por curtos períodos 
- geralmente de quatro a dez dias. 
O uso regular induz uma diminuição 
no número de receptores a nos vasos 
sanguíneos, tornando a eficácia re-
duzida com o tempo (tolerância). Se 
usado por períodos mais longos, rini-
te medicamentosa, uma condição ca-
racterizada por congestão nasal sem 
rinorreia ou espirros, pode ocorrer de-
vido a uma redução dos receptores 
a dos vasos sanguíneos, paralisando 
assim o processo de vasoconstrição 
local fisiológico. Os pacientes devem 
ser orientados sobre esse processo.
Os descongestionantes orais são 
apenas fracamente eficazes na redu-
ção da obstrução nasal, mas têm uma 
duração mais longa de até seis horas 
(com preparações de liberação lenta). 
Devido aos seus efeitos simpaticomi-
méticos, não devem ser usados por 
15RINITE E SINUSITE
indivíduos com hipertensão ou pro-
blemas cardíacos.
O tratamento dos sintomas oculares 
da rinite alérgica está resumido no 
quadro abaixo.
Corticosteroides intranasais são o tratamento mais eficaz para reduzir a inflamação nasal e, consequentemente, 
são eficazes na melhora dos sintomas conjuntivais
Os colírios de anti-H1 têm um perfil de eficácia semelhante aos anti-histamínicos orais com a vantagem de um 
início de ação significativamente mais rápido
Cromonas tópicos, cromoglicato de sódio ou nedocromil sódico, que estão disponíveis como preparações 
tópicas para os olhos, são fracamente eficazes. Embora supostamente estabilizadores de mastócitos, eles provavel-
mente afetam a inibição da ativação do nervo sensorial, reduzindo assim a coceira
Tabela 1. Tratamento de sintomas oculares. Fonte: http://www.pharmaceutical-journal.com/research/review-article/
allergic-rhinitis-impact-diagnosis-treatment-and-management/20201509.article.
As diretrizes da Sociedade Britânica 
de Alergia e Imunologia Clínica (BSA-
CI) fornecem orientações para ajudar 
os profissionais de saúde a direcionar 
a terapia para rinite alérgica. Um al-
goritmo simples para o tratamen-
to da rinite alérgica é mostrado a 
seguir.
ALGORITMO SIMPLES PARA O TRATAMENTO DA RINITE ALÉRGICA
1. Anti-H1 oral 
ou anti-H1 nasal 
 Seguir em frente se mal controlada
Evitar alérgenos e outros fatores desencadeantes
Irrigação com solução salina
Considerar encaminhar para um médico para imunoterapia se aumento da severidade
2. Corticoide nasal 3. Corticoide nasal + Anti-H1 4. Consultar o médico
Seguir para trás se bem controlada
Fonte: http://www.pharmaceutical-journal.com/research/review-article/allergic-rhinitis-impact-diagnosis-
treatment-and-management/20201509.article.
16RINITE E SINUSITE
Para pacientes com rinite alérgica 
intermitente causada por alérgenos 
sazonais, conforme a estação diminui 
e os níveis de pólen na atmosfera re-
duzem, o tratamento pode ser redu-
zido gradualmente, se os sintomas 
forem completamente controlados,e 
interrompido quando aquele estado 
terminar.
Pacientes com rinite alérgica persis-
tente, como aqueles alérgicos a alér-
genos perenes (por exemplo, ácaros 
da poeira doméstica, animais ou fun-
gos internos) ou aqueles com alergias 
sazonais e perenes mistas, precisam 
de terapia de longo prazo. Uma vez 
alcançado o controle completo dos 
sintomas, pode-se tentar uma redu-
ção gradual. O tratamento deve ser 
continuado por pelo menos três a seis 
meses após o controle completo dos 
sintomas. Se os sintomas reaparece-
rem, o tratamento deve ser reiniciado, 
geralmente por períodos mais longos 
(por exemplo, 6–12 meses ou mesmo 
por toda a vida). Existem algumas pre-
ocupações sobre a possível atrofia do 
epitélio de revestimento com o uso a 
longo prazo de esteróides intranasais. 
No entanto, na prática, com o uso cor-
reto, isso não ocorre, provavelmente 
devido ao rápido movimento de de-
puração mucociliar. Pulverizar o sep-
to nasal repetidamente pode resultar 
em dor, epistaxe (sangramento nasal) 
e possivelmente até perfuração, por 
isso a técnica correta é importante.
A imunoterapia específica para aler-
gênicos é o tratamento no qual o sis-
tema imunológico de um paciente se 
torna tolerante a um alérgeno, admi-
nistrando doses crescentes do alér-
geno de maneira controlada. Quando 
usado corretamente, é o único trata-
mento que pode alterar o curso da do-
ença. Também há evidências de que 
pode reduzir o desenvolvimento de 
novas sensibilizações e a progressão 
da rinite alérgica para asma, embora 
os estudos atuais exijam resultados 
positivos para determinar se crianças 
com rinite alérgica, com probabilidade 
de progredir para asma, se beneficia-
rão dela.
Poucos pacientes com rinite alérgica 
sazonal justificam o tratamento de 
imunoterapia; só deve ser considera-
da quando a rinite alérgica for debili-
tante e mal controlada pela farmaco-
terapia. Deve-se dar atenção especial 
a jovens gravemente afetados que 
enfrentam anos de exames de verão 
ou adultos cujo funcionamento é per-
turbado (por exemplo, cirurgiões que 
apresentam sintomas oculares graves 
ou crises de espirros). A imunoterapia 
está atualmente disponível para rinite 
alérgica causada por pólen, bolores, 
ácaros do pó doméstico e alérgenos 
animais.
Existem duas vias principais pelas 
quais a imunoterapia é administra-
da; subcutânea e sublingualmente. 
A imunoterapia subcutânea envolve 
injeções de alérgenos em intervalos 
17RINITE E SINUSITE
regulares em um hospital por uma 
equipe médica treinada. Com o tra-
tamento durando vários anos, o com-
promisso do paciente em comparecer 
às consultas hospitalares é essencial. 
A imunoterapia sublingual é conside-
rada muito mais segura. A dose ini-
cial é administrada sob supervisão, 
mas pode então ser continuada em 
uma base diária em casa. No entan-
to, os pacientes devem ser alertados 
contra a baixa adesão, o que é uma 
preocupação com essa forma de 
imunoterapia
Por fim, é importante saber em que 
situações deve-se encaminhar o pa-
ciente para um médico especializa-
do. Deve-se referenciar:
• Doentes com sinais e sintomas 
sugestivos de complicações or-
bitárias, como dor ocular severa 
de início recente, proptose, rebai-
xamento agudo da visão, celulite 
orbitária, devem ser referenciados 
com urgência. 
• Indivíduos com sinais de alerta 
vermelho (red flags), como dor e 
obstrução nasal, frequentemente 
unilateral, e rinorreia sanguinolen-
ta, devem ser referenciados para 
serviço de cirurgia otorrinolarin-
gológica, podendo indicar sinal de 
malignidade. 
• Dor nasal, congestão, epistaxe, 
crostas e deformidade nasal se-
cundária à perfuração de septo 
também devem ser referenciados, 
podendo ser os primeiros sinais 
de granulomatose de Wegener ou 
outras doenças granulomatosas 
de origem infecciosa (paracocci-
dioidomicose, leishmaniose, sífilis, 
etc.). 
• Corpos estranhos e sinais e sinto-
mas sugestivos de celulite orbitária 
(dor ocular severa de início recen-
te, proptose, rebaixamento agudo 
da visão) devem ser referenciados 
com urgência. 
• Rinorreia líquida transparente de-
sencadeada imediatamente à ma-
nobra de Valsalva ou a outros es-
forços, associada ou não a histórico 
de trauma craniano ou cirurgias 
de seios da face e/ou internações 
pregressas por meningite, deve le-
vantar a suspeita de rinoliquorreia. 
• Pessoas que requeiram medica-
mentos em doses não habituais 
para determinada condição. 
• Indivíduos com diagnóstico incer-
to, resposta insatisfatória à terapia 
e que necessitem de investigação 
adicional; teste alérgico cutâneo ou 
in vitro (identificação de IgE espe-
cífica), entre outros. 
• Crianças com rinite e asma com 
suspeita de alergia alimentar são 
indivíduos que apresentam risco 
aumentado de reações fatais a ali-
mentos e necessidade de teste de 
provocação alimentar. 
18RINITE E SINUSITE
• Doentes com suspeita de asma ou 
rinite ocupacional, já que a identi-
ficação precoce de fatores desen-
cadeantes oferece possibilidade 
de cura. 
• Indivíduos com rinite alérgica sa-
zonal sem resposta ao tratamento 
ou intolerantes a tratamentos con-
vencionais, já que podem benefi-
ciar-se de IT. 
• Indivíduos que tenham tido anafi-
laxia com envolvimento cardíaco 
ou respiratório. 
• Pacientes pediátricos ou com 
alterações cognitivas, que se 
apresentem com rinorreia fétida 
unilateral, devido à suspeita de se 
tratar de corpo estranho em cavi-
dades nasais.
4. RINOSSINUSITE 
A rinossinusite aguda (RSA) é de-
finida como inflamação sintomática 
da cavidade nasal e seios paranasais 
com duração inferior a quatro sema-
nas. O termo “rinossinusite” é prefe-
rido a “sinusite”, uma vez que a infla-
mação dos seios da face raramente 
ocorre sem a inflamação simultânea 
da mucosa nasal.
SAIBA MAIS!
O termo rinossinusite, quando utilizado de forma isolada, geralmente se refere a quadros 
infecciosos. Porém, de maneira mais ampla e atual, entende-se que a rinossinusite é conse-
quência de processos infecciosos virais (as mais prevalentes), bacterianos e fúngicos (mais 
raramente) e pode estar associada a alergias, sobretudo rinite alérgica, polipose nasossinusal 
e disfunção vasomotora da mucosa. As demais doenças acompanham o termo principal. Daí 
utiliza-se a nomenclatura rinossinusite viral, rinossinusite fúngica, rinossinusite alérgica.
19RINITE E SINUSITE
Para facilitar o diagnóstico clínico, o 
médico deve solicitar à pessoa aten-
dida que ela indique, em uma escala 
visual analógica, qual é a intensidade 
dos sintomas, onde 0 é a ausência 
de sintomas e 10 é o maior incômo-
do imaginável. Somando-se essa 
informação ao tempo de evolução 
dos sintomas e à frequência de seu 
aparecimento.
Seio esfenoidal
Seio frontal
Seio 
etmóide
Seio 
maxilar Septo nasal
Figura 5. Anatomia dos seios paranasais. Fonte: 2020 UpToDate, Inc.
Figura 6. Escala visual analógica. Fonte: Diretriz da Sociedade Britânica de Alergia e Imunologia Clínica (BSACI), 2017.
Em geral, a rinossinusite pode ser 
dividida em rinossinusite aguda 
(RSA), que é infecciosa por nature-
za, e rinossinusite crônica (RSC), 
considerada multifatorial. Além das 
duas, inclui-se a rinossinusite suba-
guda (RSSA), que tem características 
20RINITE E SINUSITE
das RSAs, mas por um período mais 
prolongado.
A rinossinusite viral é a mais preva-
lente, e estima-se que o adulto tenha 
em média dois a cinco resfriados por 
ano, e a criança, seis a dez. Entretan-
to, essa incidência é difícil de ser esta-
belecida corretamente, pois a maioria 
das pessoas os resolve sem procurar 
assistência médica. Desses episódios 
virais, 0,5 a 10% evoluem para infec-
ções bacterianas, o que denota a alta 
prevalência dessa afecção na popula-
ção geral.
SE LIGA! Rinite e sinusite são condições 
clínicas indissociáveis
Espera-se que a rinossinusite viral 
aguda (RSVA) melhore ou remeta em 
10 dias. Pacientes com RSVA devem 
ser tratados com cuidados de supor-
te. Pacientes que não apresentam 
melhora após ≥ 10 dias de tratamen-
to sintomático têm maior probabilida-de de apresentar rinossinusite bac-
teriana aguda (RSBA) e devem ser 
tratados como RSBA. 
O manejo sintomático da rinossi-
nusite aguda (RSA) visa aliviar os 
sintomas de obstrução nasal e rinor-
reia. Sugere-se uso de analgésicos 
de venda livre (OTC) e irrigação nasal 
com solução salina. 
Estudos têm mostrado pequenos be-
nefícios sintomáticos e efeitos adver-
sos mínimos com o uso de curto prazo 
de glicocorticóides intranasais para 
pacientes com RSA viral e bacteriana. 
Os glicocorticóides intranasais pro-
vavelmente são mais benéficos para 
pacientes com rinite alérgica subja-
cente. O mecanismo teórico de ação 
é uma diminuição da inflamação da 
mucosa que permite uma melhor dre-
nagem dos seios da face.
SE LIGA! O encaminhamento precoce 
urgente é essencial para pacientes com 
sintomas preocupantes de ABRS com-
plicada ou com evidência de complica-
ções na imagem. Isso inclui pacientes 
com febres altas e persistentes > 38°C; 
edema periorbital, inflamação ou erite-
ma; paralisia dos nervos cranianos; mo-
vimentos extraoculares anormais; prop-
tose; alterações da visão (visão dupla ou 
visão prejudicada); dor de cabeça se-
vera; Estado mental alterado; ou sinais 
meníngeos.
Os antibióticos devem ser iniciados 
em pacientes que foram tratados com 
observação que apresentam piora 
dos sintomas ou que não melhoram 
dentro do período de observação de 
sete dias. Por conta do aumento da 
resistência microbiana aos antibióti-
cos, sugere-se o tratamento empírico 
inicial com amoxicilina ou amoxicili-
na-clavulanato em vez de macrolíde-
os (claritromicina ou azitromicina) ou 
sulfametoxazol-trimetoprima.
Para pacientes sem fatores de risco 
para resistência, trata-se com amoxi-
cilina (500 mg por via oral três vezes 
ao dia ou 875 mg por via oral duas 
21RINITE E SINUSITE
vezes ao dia) ou amoxicilina-clavula-
nato (500 mg / 125 mg por via oral 
três vezes ao dia ou 875 mg / 125 mg 
por via oral duas vezes ao dia).
Pacientes que falham em ≥2 ciclos 
de antibióticos apropriados devem ter 
exames de imagem e ser encaminha-
dos para avaliação adicional.
22RINITE E SINUSITE
Condição 
inflamatória 
que afeta a 
mucosa nasal 
Rinite e Sinusite em MFC
Quanto à 
etiologia
Quanto à 
duração
Quanto à 
intensidade
Obstrução 
nasal, 
hiperirritabili-
dade causando 
espirros, prurido 
nasal, ocular e 
faríngeo, além 
de hipersecreção 
(coriza hialina 
ou mucoide).
Anamnese Exame físico e complementares
Medidas não 
farmacológicas
Medidas 
farmacológicas
O termo 
“rinossinusite” 
é preferido 
a “sinusite”, 
uma vez que 
a inflamação 
dos seios da 
face raramente 
ocorre sem 
a inflamação 
simultânea da 
mucosa nasal
Classificação
Sintomáticos Corticoides intranasais Antibióticos
ClassificaçãoDefinição Sintomas
Modo clínico 
centrado na 
pessoa
O diagnóstico 
da rinite é 
clínico, portanto 
os exames 
são apenas 
complementares 
do diagnóstico! 
Diagnóstico
Devem ser 
priorizadas
Promoção e 
prevenção
Infeciosa
Alérgica
Não alérgica
Outras
Intermitente
Persistente
Leve
Moderada a 
grave
Anti-
histamínicos
Corticoides 
intranasais
Rinossinusite 
viral aguda
Rinossinusite 
bacteriana 
aguda
Rinossinusite 
crônica
Analgésicos e 
irrigação nasal 
com solução 
salina
Mais benéficos 
para pacientes 
com rinite 
alérgica 
subjacente
Amoxicilina
Amoxicilina-
clavulanato
Tratamento
Sinusite
RiniteRinite e sinusite são condições clínicas indissociáveis
23RINITE E SINUSITE
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFICAS
GUSSO, Gustavo; LOPES, José Mauro Ceratti.  MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE: 
princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed Editora Ltda, 2019.
Scadding, GK, Kariyawasam, HH, Scadding, G., Mirakian, R., Buckley, RJ, Dixon, T. Clark, AT. 
Diretriz da BSACI para o diagnóstico e tratamento da rinite alérgica e não alérgica (edição 
revisada de 2017; primeira edição de 2007). Clinical & Experimental Allergy, 47 (7), 856-
889, 2017
Rosenfeld R. M., et. Al. - Clinical Practice Guideline (uptodade): Adult Sinusitis - Otolaryngo-
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Church DS, Church MK, Scadding GK. Allergic rhinitis: impact, diagnosis, treatment and ma-
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Zara M Patel, MDPeter H Hwang, MD. Uncomplicated acute sinusitis and rhinosinusitis in 
adults: Treatment. 2020 UpToDate, Inc.
24RINITE E SINUSITE
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