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Atencao Basica IV

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Atenção Básica IV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leticia Frei 
 
Desordens Hipertensivas na Gravidez 
Epidemiologia 
Mais de meio milhão de mulheres morrem a cada ano de causas relacionadas à gravidez, sendo 99% em 
países em desenvolvimento; 
HAS é a principal causa de morte materna; 
A incidência aumentou em 25% nas ultimas duas décadas; 
10-15% das mortes são por pré-eclâmpsia ou eclampsia; 
Para cada morte materna nos EUA, 50-100 mulheres terão NEAR MISS com significante risco à saúde e alto 
custo (30% de ocupação dos leitos de UTI e 25% d alto risco); 
Síndromes hipertensivas são as principais causas de morbimortalidade perinatal e prematuridade, 
possivelmente evitáveis. 
47% das internações em UTI obstétrica = síndromes hipertensivas; 
Mortalidade de 2,5% e permanência de quase 4 dias. 
Mortalidade perinatal está aumentada na gestação com pré-eclâmpsia, sendo que 12% dos nascimentos são 
PIF e 19% são pré termos; 
Causa prematuridade dificuldades respiratórias, maior fragilidade vascular, risco de hemorragia 
intracraniana, risco de infecções, aumento de internações, risco de desenvolvimento de DCNT. 
 
DHEG 
 
Conjunto de alterações pressóricas observadas na gestação, incluindo pré-eclâmpsia e eclampsia. 
Caracterizada por hipertensão, edema e/ou proteinúria a partir de 20 semanas de gestação, em pacientes 
normotensas. 
Eclampsia = ocorrência de convulsões tônico-clônicas generalizadas em gestantes com pré-eclâmpsia. 
Hipertensão arterial na gestação – 140x90mmHg (2x em 4h). 
O edema generalizado constitui um sinal de alerta para possível desenvolvimento de DHEG. Está presente 
quando ocorre inchaço de mãos e face. 
O aumento súbito de peso (> 1kg/semana) deve ser considerado sinal clinico de importância na identificação do 
edema generalizado. 
 
Situações associadas à DHEG 
 
 Eclampsia 
 Síndrome de HELLP 
 Descolamento prematuro de placenta 
 Coagulação intravascular disseminada 
 Edema pulmonar 
 Hemorragia cerebral 
 Insuficiência hepática e renal 
Fatores preditor de problemas cardiovasculares futuros na mulher. 
Classificação das síndromes hipertensivas na gestação: 
 
 Pré-eclâmpsia leve: PAS ≥ 140 e/ou PAD ≥ 90mmHg após 20 semanas. 
 Proteinúria ≥ 300mg/24h ou Fita+ 
 Edema generalizado 
 
 Pré-eclâmpsia grave: PAS ≥ 160 e /ou PAD ≥ 110 mmHg confirmada em 2 medidas em até 2 horas. 
 Proteinúria ≥ 5g/24h 
 Edema generalizado 
 Oligúria (diurese < 400ml/24h) 
 Cianose ou edema pulmonar 
 Iminência de eclampsia (cefaleia, dor epigástrica, no hipocôndrio D, alterações 
visuais.) 
 Eclampsia: Convulsões 
 Gravidez, parto, puerpério imediato (1-10°d) 
 
 
 
 
Incidência 
 
No Brasil, 150 mil casos DH em 2015. 
Complicam até 10% das gestações. 
A prevalência de pré-eclâmpsia é de 5-8%. 
Em nuliparas = 3-7% / multíparas = 0,8-5% / multigestas = 18%. 
Em pessoas com DHEG prévia, a recorrência é de 14-39%. 
As complicações hipertensivas são as principais causas de mortalidade materna no Brasil, responsáveis por 
23% dos óbitos. 
Naquelas com HAS, há maior risco de descolamento de placenta, CIUR, parto pré-termo, parto cesário e 
aumento da pré-eclâmpsia (17-25%). 
Inicio das investigações com MRPA a partir de 20 semanas. 
 
Origem da Pré-eclâmpsia 
 
Etiologia indefinida; 
Frequência invariável; 
Evolução imprevisível; 
Tratamento definitivo (término da gravidez com retirada do tecido placentário); 
Doença do período gravídico puerperal. 
 
Etiologia 
 
 
 
 
 
Origem da pré-eclâmpsia 
 
Placenta é um órgão endócrino – vasculogênese e angiogênse. 
Placenta produz substancias que interagem com o endotélio da gestante, e ao agir, causa uma lesão endotelial, 
deixando de manter o vaso integro; 
Há um extravasamento de liquido para o espaço extravascular e inicio da cascata de coagulação e agentes 
vasopressores; 
Quando aparece a pré-eclâmpsia na mulher, isso já existe há mais tempo. 
HAS e preteinúria = manifestação de uma doença que já esta instalada. 
 
Fluxo placentário diminui e leva a diminuição da oxigenação fetal pela invasão inadequada do trofoblasto → 
Diminuição do fluxo sanguíneo → Lesão endotelial + Vasoespamos (HÁ, oligúria e convulsões), aumento da 
permeabilidade vascular (edema + proteinúria) e ativação da coagulação (plaquetopenia). 
 
Etiopatogenia 
 
Vasoconstrição 
Lesão endotelial (no rim) 
Aumento da pressão 
Afeta rins, fígado, cérebro e unidade feto-placentário. 
Se doso os fatores no meio da gravidez, eu já tenho como prever que alterações irão ocorrer e que podem 
influenciar no surgimento da pré-eclâmpsia. 
 
Pré-eclâmpsia – síndrome clinica 
 
 Forma leve 
PA > 140x90 e < 160x110 
Proteinúria <2g (24h) 
Gestantes assintomáticas 
Sem alterações laboratoriais 
 
 Forma grave 
Cefaleia que não melhora com analgésico comum; 
Quadro de confusão ou coma; 
Alterações visuais; 
Queixam-se de redução de urina (oligúria); 
Dor no Epigástrio ou no Hipocôndrio D; 
Edema agudo de pulmão; 
Hiperreflexia. 
 
Fatores de Risco 
 
Idade materna > 40 anos (3:1) 
Cor da pele preta (3:1) 
Historia familiar (1,5:1) 
HAS (10:1) 
Doença renal crônica (20:1) 
DM (2:1) 
Histórico de trobofilia (10:1) 
 
Diagnostico de Hipertensão 
 
Elevação da PAS > 140mmHg e/ou PAD > 90mmHg em duas medidas no mesmo braço e confirmada após 4h. 
PAS de 160 x PAD de 110mmHg – repetir em 15min. 
Considerar o I e V sons de Korotkoff – de acordo com as diretrizes da SBC. 
 
Diagnostico da Proteinúria 
 
Quantitativa > 300mg/24h 
Medida qualitativa de fita única + 
Proteinúria grave > 2g/24h ou 
Proteinúria fita de ++ ou +++ 
 
HELLP síndrome 
 
H = hemólise 
E = elevação das enzimas 
L = hepáticas (liver) 
L = diminuição das (low) 
P = plaquetas (plaquetopenia) 
 
Desidrogenase lática (DHL) > 600U/L (marcador de lesão) 
Enzimas hepáticas > 70U/L 
Bilirrubinas > 1,2mg/dL 
Plaquetas < 100mil/mm3 
 
Iminência de eclampsia 
 
Cefaleia, dor epigástrica e transtornos visuais, deve ser tratado como eclampsia. 
Eclampsia: aparecimento de convulsões generalizadas e/ou como em gestantes com pré-eclâmpsia, excluindo-
se outras doenças convulsivas. 
 
Classificação 
 
 Precoce 
Abaixo de 34 semanas (5-20%) 
Disfunção placentária maior 
Comprometimento fetal maior 
Grave 
Risco CV maior 
Maior risco de recorrencia 
 
 Tardia 
Acima de 34 semanas 
Maioria dos casos (80%) 
Primigesta 
Comprometimento fetal 
Risco CV menor 
Baixa recorrência 
 
Complicações Maternas 
 
Descolamento placentário (1-4%) 
Útero de Couvelaire = útero que não contrai após o nascimento pela infiltração de coágulos nas fibras 
musculares. Evolui para histerectomia uterina e coagulação intravascular disseminada. 
Eclampsia (< 1%) 
Coagulação intravascular disseminada (10 -20%) 
Edema pulmonar (2-5%) 
Insuficiência renal aguda (1-5%) 
Insuficiência hepática (< 1%) 
Choque (raro) 
Morte (raro) 
Morbidade cardiovascular 
 
O que fazer? 
 
Acompanhamento mais próximo; 
Consultas pré-natais devem ser mensais até a 20ª semana, quinzenais ate a 34ª semana e, após, semanais ate 
o parto. 
Anamnese 
Avaliação de risco de pré-eclâmpsia (desde a primeira consulta de PN) 
Fatores de risco? 
HAS? 
Lesões em órgãos alvo? 
Tabagismo, etilismo ou drogas? 
 
Exame físico na AB 
 
Avaliação da PA em todas as consultas 
Quedas da PA no fim do primeiro trimestre e retorno ao valor pré-concepcional ao longo do terceiro; 
PA normal: <140x90; hipertensão leve : 140-159x90 -109; hipertensão severa : > 160x110 mmHg. 
 
 
 
Tratamento da pré-eclâmpsia 
 
Classificação de gravidade 
Estado de comprometimento materno 
Estado fetal 
Idade gestacional 
Presença de trabalhode parto 
Tto definitivo = termino da gravidez 
Controle ambulatorial no PN de alto risco 
Retorno semanal ou 2-3x/sem 
Pesquisar sinais clínicos a cada consulta 
Propedêutica laboratorial semanal da gravidade (US, doppler,cardiotocografia, etc.) 
Sulfato de magnésio (tto de escolha) 
 
Tratamento Medicamentoso 
 
Quando PA> 150x100mmHg = iniciar anti-hipertensivos 
Meta pressórica – PA menor que 140x90mmHg 
Metildopa 250mg-2g/d, 2-3x 
EA: hipotensão postural, sonolência e retenção hídrica. 
 
Tratamento não medicamentoso 
 
Mudanças no estilo de vida (atividade física) 
Dieta hipossódica não é recomendada 
Diminuição de alimentos hipercalóricos – obesidade associada. 
 
Prognostico materno e fetal 
 
Identificar os fatores de risco para pré-eclâmpsia 
Oferecer referenciamento para PNAR se hipertensão ou proteinúria (procurar maternidade e não apenas a AB) 
Informar os sinais de agravamento e ações, as gestantes de risco. 
Ajustar a frequência das consultas 
Investigas a cada consulta de PN um dos 5 sinais: Inicio de hipertensão ou proteinúria; cefaleia; distúrbios 
visuais ou epigastralgia; redução dos movimentos fetais ou restrição do crescimento uterino. 
 
Medidas preventivas primárias 
 
Suplementação de cálcio (em pacientes carentes): Ig/d 
Suplementação de magnésio, zinco, restrição de sal, calorias, aspirinas, vitaminas C e E. 
Heparina para prevenção de P.E em mulheres com trombofilia 
Atividade fisica 
Repouso no terceiro trimestre 
Aspirina de baixa dose em grupos de risco (quem já teve P.E grave e precoce). 
 
Hipertensão Arterial Crônica 
 
Aquelas que chegam hipertensas na UBS ou PA > 140x90 mmHg 
Fazer exame basal – ver repercussão em órgãos-alvo 
Proteinúria de 24h 
Fundoscopia 
Função renal 
Enzimas hepáticas 
Contagem de plaquetas 
Doppler de artérias uterinas 
Doppler fetal 
Risco aumentado de ter pré-eclâmpsia após 20 semanas. 
 
Rastreamento 
 
Pré-eclâmpsia prévia (precoce e grave) 
Primigesta 
Intervalo interpartal longo 
Aborto do mesmo parceiro 
Novo parceiro 
PAS de 130mmHg e/ou PAD de 80mmHg no inicio da gravidez 
Aumento isolado de PA no terceiro trimestre 
Sangramento vaginal no inicio da gravidez 
Obesidade ou ganho de peso excessivo 
Uso de cocaína/crack e outras drogas 
Doppler de artérias uterinas alterado 
 
Importante! 
 
O pré-natal, quando bem elaborado, diminui a mortalidade reduzindo as formas graves de pré-eclâmpsia. 
Conhecer os fatores epidemiológicos – 10-20% dos casos 
Consultas em intervalo menor 
Foco nas alterações e possíveis riscos 
Doença imprevisível e evolutiva 
Tratamento definitivo é o parto e a retirada da placenta 
Plano individual determinando onde e por quem o nascimento será realizado 
Avaliação do risco gestacional durante o PN, reavaliando a cada nova consulta 
Fornecimento de assistência obstétrica no nível mais periférico onde o parto for viável e seguro e onde a 
mulher se sinta confiante 
Fortalecimento as mulheres sobre todas as informações e explicações que desejarem 
Monitoramento do bem-estar fisco e emocional da mulher e do progresso da gestação 
Acompanhamento conjunto com o alto risco 
 
Quando referenciar? 
 
Para centro obstétrico/emergência 
Suspeita de pré-eclâmpsia ou eclampsia 
Crise hipertensiva (PAS >160/PAD > 110) 
Pré-natal de alto risco 
HÁ crônica (diagnosticada antes das 20semanas) 
Lesão em órgão alvo 
Uso de dois ou mais fármacos anti-hipertensivos 
Tabagismo 
Idade materna > 40 anos 
Diagnósticos de DM ou DMG 
Problemas em gesta prévia 
 
Erros frequentes 
 
Não fazer a identificação e a avaliação adequada das gestantes com fatores de risco desde a primeira consulta 
do pré-natal. 
Não aproximar o intervalo entre as consultas no terceiro trimestre. 
Não realizar os exames laboratoriais e ecográficos recomendados. 
Não instituir as medidas preventivas nas pacientes de risco. 
Utilizar meta pressórica equivocada para indicação ou acompanhamento do tratamento. 
Não realizar acompanhamento pós-parto adequado. 
 
Rede 
 
 
Rede Cegonha: aspectos legais e direitos na gestação 
Por quê? 
Apesar dos esforços para melhorar a saúde materno-infantil. 
-Programa de humanização do parto e nascimento (2000); 
-Pacto pela redução da mortalidade materna e neonatal (2004); 
-Agenda de atenção integral à saúde da criança (2005). 
No Brasil, ainda se identificam elevadas taxas de morbimortalidade materno-infantil; rede de atenção 
fragmentada e pouco resolutiva. 
 
 
 
Conceito 
 
Rede temática, instituída em 2011 (portaria n.1.459), com objetivo de organizar e assegurar o acesso, 
acolhimento e resolutividade, por meio de um modelo de atenção voltado ao pré-natal, parto e nascimento, 
puerpério e sistema logístico; 
Acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, vinculação da gestante à unidade de 
referência e transporte seguro; 
Atenção à criança de 0-24 meses. 
 
 
Objetivos da Rede Cegonha 
 
Articular redes de atenção de forma a garantir acesso, vinculação, acolhimento e resolutividade; 
Implementar um modelo de atenção integral á saúde da mulher e da criança; 
Implementar um modelo de atenção ao parto e ao nascimento com base em evidencias cientificas e nos 
princípios da humanização; 
Reduzir a mortalidade materna e neonatal. 
 
Princípios da Rede Cegonha 
 
Respeito, proteção e realização dos direitos humanos, à diversidade cultural, étnica e racial; 
Promoção da equidade e garantia dos direitos sexuais e reprodutivos de todos (a); 
Compatibilização com as atividades das RAS à saúde materno-infantil. 
 
Estruturação 
 
Assistência pré-natal/pós-parto = APS 
UBS > Maternidade 
1) Casas de parto/centro de parto (parto normal sem intercorrência) 
Alto risco = maternidade de referencia de risco habitual e alto risco 
UTIN,UCI canguru, UCI adulto. 
2) Retorno à UBS. 
 
Redes de Atenção 
RAPS,RAUE, Atenção ambulatorial especializada, SAMU (regulação), sistemas de apoio diagnostico terapêutico. 
Pré-natal de alto risco ainda é uma dificuldade 
 
 
 
Método Mãe Canguru 
 
Modelo de assistência ao RN prematuro, voltado para o cuidado humanizado, reunindo intervenções 
biopsicossociais. 
Os pais tocam no filho e realizam a posição canguru precocemente. 
Um dos pilares é o estimulo ao aleitamento materno. 
Posição canguru = contato pele a pele, posição vertical, junto ao peito dos pais. 
1) Inicio no pré-natal de alto risco (condições de saúde, cuidado dispensados, as rotinas, funcionamento 
da unidade). Os pais tem livre acesso ao bebe. 
2) O bebe permanece de maneira continua com a mãe, estando junto o maior tempo possível. 
3) O bebe vai para casa com os pais e passam a ser acompanhados ate atingir o peso de 2,5kg. 
 
Favorece o vinculo mãe-filho; 
Diminui o tempo de separação; 
Estimula o aleitamento materno; 
Melhora o desenvolvimento neurocomportamental e psicoafetivo do RN de BP. 
Favorece a estimulação sensorial adequada; 
Reduz o estresse e a dor; 
Proporciona um melhor relacionamento da família com a equipe de saúde; 
Possibilidade maior competência e confiança dos pais no cuidado com o filho. 
 
Componentes da Rede Cegonha 
 
 Componente 1: Garantia do acolhimento com classificação de risco, ampliação do acesso e melhoria da 
qualidade do pré-natal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados à gestante: exames no pré-natal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Componente 2: Garantia de vinculação da gestante à unidade de referencia e transporte. 
 
Vincular todas as gestantes da UBS à maternidade, com critério de acesso geográfico: “Gestante não 
peregrina!”. 
Implantar o acolhimento com classificação de risco: garantia de “vaga sempre” para gestante e RN. 
Incrementar o numero de ambulâncias do SAMU para fortalecer a atenção à gestante e RN. 
Implementar/fortaleceros sistemas de regulação. 
 
Componente 3: Garantia das boas praticas e segurança na atenção ao parto e nascimento. 
 
 
 
Componente 4: Garantia da atenção à saúde das crianças (0-24m) com qualidade e resolutividade. 
 
Estabelecer fluxos de referencia e contra; 
Promover aleitamento ate os 2 anos, AMEX 6m; 
Organizar os serviços de APS para acompanhamento, avaliação do crescimento e preenchimento da caderneta 
da criança + resolutividade nas intercorrências; 
Garantir atendimento especializado; 
Busca ativa dos faltosos; 
Garantir acesso às vacinas pelo SUS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Componente 5: Garantia de direitos sexuais e reprodutivos. 
 
Implementar estratégias de comunicação social e programação educativos relacionados à saúde sexual e 
reprodutiva; 
Regulamentar a disponibilização e uso de anticoncepção de emergência; 
Ofertar todos os métodos contraceptivos na RAS; 
Monitorar a disponibilização de todos os métodos contraceptivos nos serviços de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação da Rede Cegonha 
 
2017 (+2,7 mil gestores; +5 n profissionais; + 10,6 n gestantes). 
606 maternidades (58 publicas) / maior carência disponibilidade de UTI/Norte/NE. 
 
Gráfico 1 – Manejo durante o trabalho de parto 
 
 
Gráfico 2 – Manejo durante o trabalho de parto vaginal 
 
 
O que melhorou? 
 
Maior frequência de contato pele a pele, amamentação na primeira hora e nas primeiras 24 horas de vida, e a 
redução de aspiração rotineira de vias aéreas superiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidados pré-concepcionais e Contracepção 
Os cuidados pré-concepcionais (CPCs) estão divididos em vários domínios, entre eles: planejamento familiar, 
condição socioeconômica, disparidades em acesso entre serviços de tratamento para os ricos triados nestes 
encontros terapêuticos. 
 Os riscos genéticos e familiares, assim como a inclusão da paternidade consciente e a falta de 
suporte financeiro e marital influenciam nos CPCs. 
 Deve-se dar atenção à condição nutricional da paciente, pois a suplementação vitamínica e a 
imunização são aspectos importantes, bem como o manejo adequado de doenças infecciosas que 
alteram o desfecho perinatal. 
 O papel do medico de família e comunidade é fundamental na consulta pré-concepcional, pois aborda 
promoção, prevenção i intervenção clinicas eficazes. 
 O CPC deve ser realizado centrado na pessoa, com base em evidencias e abordagem sistêmica, 
A investigação dos problemas de saúde atuais e prévios e a história obstétrica são importante para a avalição 
do risco gestacional. 
-Aconselhamento pré-concepcional 
 
Investigar: 
 
 Diabetes; 
 Hipertensão Arterial; 
 Cardiopatias; 
 Distúrbios da tireoide; 
 IST; 
 Tabagismo; 
 Etilismo; 
 Drogas ilícitas; 
 Orientar quanto aos efeitos adversos associados; 
 Doenças hereditárias; 
 Pré-eclâmpsia em gestações anteriores; 
 Complicações obstétricas. 
 
Como falar sobre o peso da paciente? Sempre saber abordar de maneira não invasiva, já que isso é um 
problema delicado para todas as mulheres. 
 
- NÃO RECOMENDAR VACINA DE VIRUS VIVO. 
 
 
 
 
Importante: 
 
A recomendação para a suplementação com ácido fólico nas mulheres que desejam engravidar tem sido 
indicada. 
Um estudo de revisão sistemática que incluiu quatro ensaios clínicos randomizados demonstrou que a 
suplementação com ácido fólico na fase pré-concepcional é efetiva para reduzir o risco de defeitos do tubo 
neural. 
 
Ovulação: durante a ovulação é o momento certo para que ocorra a fecundação e a tão desejada gravidez. 
 
Métodos Contraceptivos: 
A indicação do uso e a disponibilidade do método contraceptivo para a população de risco são alguns dos 
fatores determinantes na adesão do método. 
 
Métodos contraceptivos: 
 
Métodos naturais: 
 Tabela de Ogino Knaus: O índice falha quando a utilização é correta chega a 9%, sendo que no uso 
rotineiro pode chegar a 20%. (Tabelinha) 
 Método Billings: O índice de falha entre usuárias comuns atinge cifras de 20% ao ano. (Muco). 
 
Métodos de barreira: 
 Preservativo masculino e feminino: Se usado corretamente e em todas as relações sexuais, a taxa de 
gravides é de 3 a 14% (masc). E a fem 5 a 21%. 
 Diafragma: Sua taxa de falha para o primeiro ano de uso varia entre 6 a 20%, dependendo muito da 
utilização correta e consistente. 
 DIU (de cobre): Varia entre 0,5 e 1% de falha, 
 
Métodos hormonais: 
Contraceptivos: 
 Orais: A falha chega a 0,1%, porem em seu uso rotineiro poderá atingir cifras em torno de 6 a 8%. 
 Injetáveis: A taxa de falhas para os injetáveis é de 0,3%. 
 Adesivos transdérmicos: Falha de 0,3% em uso correto, podendo chegar a 6 a 8% de falando em uso 
rotineiro. 
 
Métodos definitivos: 
 Laqueadura; Taxa de falha de 0,1 a 0,5%. 
 Vasectomia: Taxa de falha de 0,1 a 0,2%. 
 
 
 
 
Critérios médicos de elegibilidade para uso de métodos contraceptivos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planejamento Familiar e Aconselhamento Genético 
História e Atualidade: 
Entre os anos 1930 e 1970, os programas materno- infantis enfatizavam apenas a questão biológica da mulher e 
seu papel de mãe e cuidadora da família. 
Em 1965, foi criada a Sociedade Civil de Bem Estar Familiar no Brasil (BEMFAM), que distribuía pílulas 
anticoncepcionais gratuitamente. 
Em 1984, surge a elaboração do (PAISM) com princípios norteadores guiando as prioridades para a saúde da 
mulher. 
Conferencia Internacional de Direitos e Desenvolvimento (CIDD), realizada em 1994, no Cairo. 
Após, foi promulgada no Brasil, em 12 de janeiro de 1996, a Lei do Planejamento Familiar °9.263. 
-Planejamento familiar: a ação dos profissionais de saúde, no que se refere ao Planejamento familiar, deve 
estar pautada no Artigo 226, Paragrafo 7, da Constituição da Republica Federativa do Brasil; 
 Art. 1° O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o disposto nesta Lei. 
 Art.2° Para fins desta lei, entende-se planejamento familiar como o conjunto de ações de regulação da 
fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem 
ou pelo casal. 
Paragrafo único- É proibida a utilização das ações a que se referete o caput para qualquer tipo de 
controle demográfico. 
Art.3° O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações de atenção à mulher, ao 
homem ou ao casal, dentro de uma visão de atendimento global e integral à saúde. 
Paragrafo único – As instancias gestoras do Sistema Único de Saúde, em todos os seus níveis, na 
prestação das ações no caput, obrigam-se a garantir, em toda a sua rede de serviços, no que respeita a 
atenção à mulher. Ao homem ou ao casal, programa de atenção integral a saude, em todo os seus ciclos vitais, 
que inclua, como atividades básicas, entre outras; 
 
I- A assistência à concepção e contracepção; 
II- O atendimento pré-natal; 
III- A assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato; 
IV- O controle das doenças sexualmente transmissíveis; 
V- O controle e prevenção dos canceres cervico-uterino,de mama, de próstata e de 
pênis. 
 
Lei 9.263: 
 
 Deve ter 25 anos ou 2 filhos vivos; 
 Período de reflexão para o casal ou individuo; 
 Avaliação por equipe multidisciplinar; 
 Conjugue deve estar de acordo com o método definitivo; 
 Apenas as gestantes com cesárea sucessivas estão autorizadas a realizar a laqueadura no momento 
do parto. 
 
Definição de Planejamento Familiar: 
Planejamento familiar é uma forma de assegurar que as pessoas tenham acesso a informação, a métodos de 
contracepção eficazes e seguros e a serviços de saúde que contribuem para a vivência da sexualidade de forma 
segura e saudável. 
A pratica do planejamento familiar permite que homens e mulheres decidam se e quando querem ter filhos, 
assim como programem a gravidez e o parto nas condições mais adequadas.Planejamento Familiar: 
 
 Perfil sexual atual da mulher e do homem; 
 Relacionamento estável X planejamento familiar. 
 Prevenção de gravidez indesejada. 
 
Programa de planejamento familiar: 
 
Componentes da equipe: 
01 assistente social 
01 enfermeiro 
01 medico ginecologista/Obstétra 
01 psicólogo 
 
As ações de planejamento familiar inseridas na Atenção Básica e sob a responsabilidade dos municípios são 
definidas na Norma Operacional da Assistência (NOAS-SUS) (BRASIL,2001). 
As dificuldades encontradas na implantação são: 
 Conscientização 
 Financiamento 
 Fornecimento de anticoncepcionais 
 Acesso a UBS 
 Ações educativas 
Cabe aos profissionais de saúde garantir acesso igualitário a todos, informações, meios, métodos. A 
integralidade por si só. Dentro do planejamento familiar, devem estar inclusas as ações educativas para 
informar as pessoas, criar a sensibilização sobre o assunto, e evitar maiores riscos e até mesmo a gravidez 
não planejada e não desejada. 
Na Atenção Básica, a atuação dos profissionais de saúde, no que se refere ao planejamento reprodutivo, envolve 
principalmente, três tipos de atividades: 
 Aconselhamento: se o casal quer ou não ter filhos, quando, onde, orientações; 
 Atividades educativas: sexo seguro, consequências, uso de contraceptivos; 
 Atividades clinicas: anamnese e exame físico, identificando as individualidades do casal, e identificar 
possíveis disfunções. 
Saúde reprodutiva na diversidade: 
População adolescente (10 a 19 anos 11 meses e 29 dias) e jovem (15 a 24 anos) – OMS. 
10 a 20 anos: aproximadamente 30% da população nacional –IBGE. 
Questões étnicas e de gênero: respeitar particularidades. 
Tratamento equitativo: adequação das praticas e serviços. 
 
 
 
 
 
Sexualidade na Adolescência: 
 
Amparo Caridade (1999), o adolescente é alguém que experimenta a sua sexualidade na rapidez, na leveza e na 
diversidade. A prática do “ficar” parece expressiva desse comportamento. Na ética adolescente, “ficar” 
significa não ficar, não ter compromisso amanhã, não criar vínculos definitivos. 
 
Dados: 
 
- 75% dos jovens tiveram alguma relação sexual na vida e 66,4% tiveram relação no ultimo ano. 
- O inicio da atividade sexual aconteceu, em média, aos 15,3 anos e aproximadamente 36% dos jovens tiveram 
primeira relação antes do 15 anos. 
- Cerca de 16% deles tiveram mais de 10 parceiros na vida e quase 7% tiveram mais de cinco parceiros 
eventuais no ultimo ano. (BRASIL,2005). 
- Os casos de herpes genital e o HPV, 17% e 25% dos casos registrados eram na faixa etária dos 10 anos aos 24 
anos.(BRASIL,2007). 
 
Gravidez Indesejada: 
 
A gravidez indesejada é aquela que a pessoa entende que não quer ou não pode levar adiante. Esse é um 
sentimento bastante comum em pessoas que engravidam sem intenção ou em um momento em que não 
estavam planejando. Alto índice no Brasil; 
 
 
- Maior chance de abordo. 
- Gravidez que requer maior atenção e rede de apoio. 
- Maior risco de baby blues e depressão. 
 
 
Gravidez não planejada: 
 
Uma gravidez não planejada, também chamada de gravidez sem intenção ou não pretendida, é um evento 
comum. É uma gravidez que ocorre quando não se está tentando engravidar, ou seja, quando a pessoa não teve 
a intenção de engravidar. Mas uma gravidez não planejada pode ser desejada, sendo assim bem aceita. 
 
Gravidez na Adolescência 
- Anticoncepção, na adolescência; 
-A frequência de adolescentes e jovens nos serviços de saúde no Brasil é ainda muito pequena. 
 
 
 
 
Métodos Contraceptivos: 
 
Fatores que determinam a adesão aos diferentes contraceptivos. Nesse sentido, a equipe deve esta atenta tanto 
a indicação de uso, quanto á disponibilidade socioeconômicas, culturais, religiosas e psicológicas implicadas nas 
percepções de indivíduos, famílias e grupos. 
 
Da elegibilidade: 
 Eficácia; 
 Efeitos secundários; 
 Aceitabilidade; 
 Disponibilidade; 
 Facilidade de uso; 
 Reversibilidade; 
 Proteção contra infeções sexualmente transmissíveis (IST) e infecção pelo HIV. 
Conhecer não só as características especificas dos contraceptivos, mas também considerar as questões de 
vida daquele individuo ou casal que está sendo aconselhado. 
Aconselhamento Genético 
O aconselhamento genético e um teste genético são imprescindíveis quando os dois membros do casal são 
afetados por doenças genéticas ou têm um parente afetado, pois esclarece quais os riscos e, se necessário, 
quais exames diagnósticos devem ser feitos, como amostras de células pilosas ou amniocentese, no início da 
gravidez. O rastreamento proporciona ao casal várias opções de como fazer o melhor planejamento, mais 
tempo para decidir se devem ou não conceber, adotar uma criança ou, ainda, fazer inseminação artificial, 
fertilização in vitro, além de poder alterar o gerenciamento clínico da gravidez e do RN. Para casais com riscos 
identificados após a concepção, a única opção é o aborto induzido. 
Aconselhamento Genético Pré-nupcial 
O Aconselhamento Genético envolve a existência prévia ou o estabelecimento de diagnóstico de determinada 
doença, a interpretação de achados e estimativas de riscos genéticos para pessoas clinicamente normais com 
familiares que apresentam diagnóstico de doença rara documentada, a transmissão das relativas à etiologia, à 
evolução, ao prognóstico e ao risco de recorrência, as estratégias de tratamento e prevenção, além de 
recomendações para acompanhamento e elaboração de relatório final a ser entregue ao consulente. Quando o 
aconselhamento genético envolver diagnóstico médico, tratamento clínico e medicamentoso, será obrigatória a 
presença de médico geneticista. É obrigatória a elaboração de laudo escrito e assinado pelo profissional 
responsável que realizou o aconselhamento genético, a ser anexado no prontuário do consulente. 
Indicações: 
 Doenças genéticas na família 
 Anemia falciforme 
 Surdes congênita 
 Fibrose cística 
Doenças Raras 
A OMS, define-se uma doença rara (DR) como aquela que afeta ate 65 pessoas em cada 100.000 indivíduos, ou 
seja, 1,3 pessoas para cada 2.000 indivíduos. 
O numero exato de doenças raras não é conhecido. Atualmente são conhecidas oito mil doenças e regularmente 
são descritas novas doenças na literatura médica. 
Cerca de 80% delas decorrem de fatores genéticos, as de mais advém de causas ambientais, infecciosas, 
imunológicas, dentre outras. 
Politica Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras: tem como objetivo reduzir a mortalidade 
e a incapacidade causadas por essas doenças, bem como contribuir para a melhoria da qualidade de vida das 
pessoas com Doenças Raras, por meio de ações de promoção, prevenção, detecção precoce, tratamento 
oportuno, reabilitação e cuidados paliativos. 
 
Aleitamento Materno 
Vantagens para o bebê 
A amamentação supre todas as necessidades dos primeiros meses de vida, para que o bebe crescer e se 
desenvolver sadio. 
Alimento completo; Proteção contra infecções e alergias; Sempre pronto e na temperatura certa; Amor e 
carinho; Bom para a dentição e a fala e Bom para o desenvolvimento infantil. 
O leite materno é completo porque: 
 Contem vitaminas, minerais, gorduras, açúcares, proteínas, todos apropriados para o organismo do 
bebê. 
 Possui muitas substancias nutritivas e de defesa, que não se encontram no leite de vaca e em nenhum 
outro leite. 
 O leite da mãe é adequado, completo, equilibrado e suficiente para o seu filho, Ele é um alimento ideal. 
Não existe leite fraco. 
 É feito especialmente para o estomago da criança, portanto de mais fácil digestão. 
 
O leite materno da proteção contra doenças porque: 
 Só ele tem substancias que protegem o bebe contra doenças como: diarreia (que pode causar 
desidratação, desnutrição e morte), pneumonias, infecção de ouvido, alergias e muitas outras 
doenças. 
 O bebe que mama no peito poderáevacuar toda vez que mamar, ou passar ate uma semana sem 
evacuar. O cocô geralmente é mole. 
 
O leite materno é limpo e pronto: 
 Não apanha sujeira como a mamadeira; 
 Está pronto a qualquer hora, na temperatura certa para o bebê; 
 Não precisa ser comprado. 
 
Dar de mamar é um ato de amor e carinho: 
 Faz o bebê sentir-se querido, seguro. 
 
Dar de mamar ajuda na prevenção de defeitos na oclusão (fechamento) dos dentes, diminui a incidência de 
cáries e problemas na fala. 
Bebês que mamam no peito apresentam melhor crescimento e desenvolvimento. Trabalhos científicos 
identificam que essas crianças são mais inteligentes. 
Ele é o alimento ideal, não sendo necessário oferecer água, chá e nenhum outro alimento ate os seis meses de 
idade. 
 
Vantagens para a mãe, o pai e a família 
 
Aumenta os lados afetivos. 
 Os olhos nos olhos e o contato continuo entre mãe e filho fortalecem os laços afetivos, e o 
envolvimento do pai e familiares favorece o prolongamento da amamentação. 
 
Amamentar logo que o bebê nasce diminui o sangramento da mãe após o parte e faz o útero voltar mais rápido 
ao tamanho normal, e a diminuição do sangramento previne a anemia materna. 
 Quando o bebê suga adequadamente, a mãe produz dois tipos de substâncias: Prolactina, que faz os 
peitos produzirem o leite e Ocitocina, que libera e faz o útero se contrair, diminuindo o sangramento. 
Portanto, o bebê deve ser colocado no peito logo após o nascimento, ainda na sala de parto. 
 
É um método natural de planejamento familiar. 
 A amamentação constitui um ótimo meio de evitar uma nova gravidez. Isto se consegue quando 3 
condições ocorrem: a mãe ainda não menstruou após o parto, o bebê tem menos de 6 meses e a 
amamentação é exclusiva durante o dia e também durante a noite. 
 Ate o sexto mês, dar somente o peito. O bebê deve mamar sempre que quiser, inclusive durante a 
madrugada. Isto diminui a chance de nova gravidez se a mãe ainda não menstruou. Desta maneira, o 
seu corpo continua produzindo quantidade suficiente de hormônios que ajudam a evitar filhos. 
 
Diminuiu o risco de câncer de mama e ovários. 
 Estudos em populações demonstram que quanto mais a mulher amamenta, menor o risco de câncer 
de mama e ovários, quanto maior for o tempo de amamentação. 
 
É econômico e pratico. 
 Evita gasto com leite, mamadeiras, bicos, materiais de limpeza, gás, agua, etc. Está sempre pronto, na 
temperatura ideal. Não exige preparo. 
 
Por que não usar mamadeira, chupeta, chuca ou protetor de mamilo (bico intermediário) 
Podem ocasionar: 
1. Maior risco de contaminar o leite e provocar doenças 
 A limpeza pode não ser adequada. 
 Se as mãos não foram lavadas antes do preparo; 
 Se a agua utilizada para preparar o leite estiver contaminada; 
 Se os utensílios usados no preparo do leite não foram adequadamente limpos; 
 Se há o costume de usar mamadeira para guardar leite preparado com muita antecedência ou para 
sobras de mamada. 
 
2. Atrapalhar o aleitamento materno 
 As formas de sugar o peito e a mamadeira, chucas, chupetas e bicos intermediários são diferentes; o 
bebê pode não confundir e passar a mamar errado, sem tirar o peito e quantidade de leite que 
necessita e passar a chorar mais, não ganhar peso ou desistir de mamar o peito. 
 
3. Pode modificar a posição dos dentes, prejudicar a falta e a respiração e tornar o bebê um respirador 
bucal; 
 O uso prolongado de mamadeira, chucas, bicos ou chupetas faz com que a criança fique “dentuça” e 
respire pela boca. 
 
4. É mais caro e sua preparação da mais trabalho; 
 A preparação de mamadeira da mais trabalho, gasta mais tempo e custa mais dinheiro. 
 
5. Diminui o contato entre mãe e filho. 
 Amamentar garante o mais intimo contato entre o corpo do bebê e o da mãe, contribuindo para o 
fortalecimento do vinculo afetivo. 
 
Não existe leite fraco 
O colostro é o leite que a criança precisa nos primeiros dias: 
 O colostro é o primeiro leite que sai do peito e é produzido nos primeiros dias após o parto. É 
importante que o recém-nascido mame o colostro, porque contem tudo o que o bebê necessita nos 
primeiros dias. 
 É produzido em menor quantidade, que é adequada para os primeiros dias. Pode ser claro ou amarelo, 
grosso ou ralo. O colostro é o alimento que defende o bebê de muitas doenças, por isso é comparado a 
uma vacina. 
 Depois de alguns dias, o colostro vai mudando de cor. 
 As crianças nascidas antes do tempo ou com peso baixo devem tomar o leite de suas próprias mãe 
porque o leite produzido é especial para os mesmo, ou seja, o leite da mãe tem substancias nas 
quantidades necessárias para os seus filhos. 
O bebê de mamar logo após o nascimento e todas as vezes que quiser: 
 Como o leite materno é de digestão mais fácil, as vezes a criança quer mamar mais vezes. 
O numero de mamadas pode variar: 
 No primeiro mês, geralmente as mamadas são mais frequentes. 
 O bebe é quem escolhe o horário de mamar. 
 O bebê é quem decide quanto tempo deve durar a mamada. 
 Mamadas muito longas podem significar “pega” incorreta. 
O bebê precisar mamar um peito antes de passar para o outro. 
 Assim ele toma o leite do final da mamada, que faz o bebê engordar. 
 Não existe leite fraco. O leite do inicio da mamada é mais ralo porque contem mais água, açúcar e 
fatores de proteção. 
A quantidade do leite não esta relacionada ao tipo de alimento que a mãe come. 
Mamar errado faz a maioria das mulheres pensarem que o seu leite é fraco e isto não é verdade. 
 
Como amamentar – Posicionamento e Pega 
Posição da mãe 
A mãe escolhe a posição para dar de mamar; 
 A mãe pode ficar deitada, sentada ou em pe. 
 O importante é a mãe e o bebê sentirem-se bem confortáveis. 
Se a mãe der de mamar deitada: 
 A mãe deve deita-se de lado, apoiando sua cabeça e costas em travesseiros para ficar mais a vontade. 
 A mãe também pode dar de mamar recostada na cama. 
 Com um braço, a mãe apoia o pescoço e o tronco do bebê, ajudando a aproximar o corpo do bebe ao 
seu corpo, e com a outra mão aproxima a boca do bebê do bico do peito. Ele próprio vai procurar o 
bico. 
 
Se a mãe de mamar sentada: 
 A mãe pode cruzar as pernas ou usar travesseiros sobre suas coxas, ou ainda usar embaixo dos pés 
um apoio para facilitar a posição do bebê, permitindo assim, que a boca do bebê fique no mesmo plano 
da aréola. 
 
Posição do bebê 
 O corpo do bebê deve estar inteiramente de frente para a mãe e bem próximo (barriga do bebê 
voltada para o corpo da mãe). 
 O bebe de estar alinhado, a cabeça e a coluna em linha reta, no mesmo eixo. 
 A boca do bebê deve estar de frente para o bico do peito. 
 A mãe deve apoiar com o braço e a mão o corpo e o “bumbum” do bebê. 
 Aproximar a boca do bebê bem de frente ao peite, para que ele possa abocanhar, ou seja, colocar a 
maior parte da aréola (área mais escura e arredondada do peito) dentro da boca. 
 Queixo do bebê tocando o peito da mãe. 
 
Como amamentar 
Como colocar o bebê no peito: 
Ao dar de mamar, a mãe deve estar calma e não apressar o bebê 
 Quando o peito estiver muito cheio, antes de amamentar, a mãe deve fazer uma ordenha manual para 
amaciar a aréola. Com os dedos indicador e polegar, ela deve espremer as regiões acima e abaixo do 
limite da aréola para retirar algumas gotas de leite e amaciar o bico. 
 Encostar o bico do peito na boca do bebê, para ele virar a cabeça e pegar o peito (reflexo da busca). 
Ele sozinho sabe como fazer isto. Levar o bebe ao peito e não o peito ao bebê. 
 Segura o peito com o polegar da mãe acima da aréola e o indicador e a palma da mão abaixo. Isto 
facilita e “pega” adequada. 
 O bebê abocanhando a maior parte da aréola suga mais leite e evita rachaduras. 
 A mãe deve ouvir ritmo cadenciado de sucção, deglutição e pausa. 
 
Como saber que a “pega” esta adequada: 
 Boca bem aberta; 
 Labios virados para fora; Queixo tocando o peito da mãe; 
 Aréola mais visível na parte superior que na inferior; 
 Bochecha redonda “cheia”; 
 A língua do bebê deve envolver o bico do peito. 
 
 
Quando oferecer o peito 
 
Oferecer o peito logo após o nascimento, ainda na sala de parto, quer seja parto normal ou cesária. 
 Porque estimula a produção e descida do leite. 
Oferecer o peito sempre que o bebê quiser, de dia ou de noite, ou seja, sob livre demanda. 
 Porque quanto mais o bebê mamar, mais leite o peito produz. 
Oferecer um peito até o bebê soltar e depois oferecer o outro. 
 Não interromper a mamada, porque é importante dar de mamar ate o bebe soltar, para receber o leite 
do final da mamada, que é mais rico em gorduras. O leito do inicio “mata” a sede e protege o bebê, o 
do final “engorda”. 
Na próxima mamada, começar com o peito que o bebê sugou por ultimo na mamada anterior, ou no que não 
mamou. 
 Por que é importante retirar a maior quantidade possível de leite para estimular a sua produção. 
 
Como terminar a mamada 
 
 Geralmente, o bebê solta sozinho o peito. 
 Se for preciso interromper a mamada, a mãe deve colocar a ponta do dedinho, no canto da boca do 
bebê para que ele solte o peito sem machucar. 
 Para o bebê arrotar, a mãe, o pai ou outro familiar deve levanta-lo e apoiar a cabeça no seu ombro e 
fazer uma leve massagem nas costas. É importante a participação da família neste momento. 
 Outra posição para arrotar é colocar o bebe sentado no colo da mãe. Inclinando-o para frente, 
apoiando com o braço da mãe, voltado para frente com as pernas flexionadas. 
 O peito não precisa de limpeza antes ou após as mamadas. O banho diário é suficiente. 
 
A mamas durante a gestação 
 
Tipos de bicos: 
 Protuso – com o bico saliente. 
 Plano – com o bico achatado. 
 Invertido – com o bico virado para dentro. 
 
 
 
Nenhum tipo de bico impede a amamentação, pois para fazer uma boa pega o bebê abocanha a parte escura do 
peito (aréola) e não apenas o bico. Não há necessidade de cuidados especiais com os bicos durante a gestação. 
 
As mamas durante a gestação. 
 
 Não usar cremes, pomadas, sabão ou sabonete nos mamilos. 
 Evitar a expressão do peito durante a gestação para retirada do colostro, pois isto pode estimular 
contrações uterinas. 
 Observar se o mamilo fica saliente ou se retraia quando a aréola é puxada não tem importância para a 
amamentação. 
 A criança mama a aréola não o bico. 
 Nenhum tipo de bico impede a amamentação se o mamilo fica saliente ou se “espicha” quando é 
puxado. 
 O uso de sutiã ajuda na sustentação do peito. Pois é na gravidez que se apresenta o primeiro aumento 
de volume. 
 
Retirada do Leite das Mamas (Ordenha) 
 
Por que retirar o leite das mamas? 
 Porque quando as mamas ficam muito cheias dificultam a pega, o bebê pode não retirar a quantidade 
de leite que necessita, o bico do peito pode rachar e a mamada pode ser dolorosa. 
 
Quando retirar o leite das mamas? 
 Quando a mãe tem leite em excesso; 
 Quando a mãe e o bebê não podem ficar juntos; 
 Quando o bebê tem dificuldade de sugar; 
 Quando a mãe desejar doar o excedente do seu leite. 
 
Quando a mãe e o bebê não podem ficar juntos 
 Quando a mãe ou o bebê estão doentes; 
 A mãe tem problemas de saúde e fica internada; 
 Onde a mãe trabalha não tem creche; 
 A mãe precisa viajar e não pode levar o filho. 
 
Quando o bebê tem dificuldade de sugar 
 Os bebês que tem dificuldade de sugar 
-nasceram muito antes do tempo; 
-com muito pouco peso; 
-com deformidade na boca; 
-com dificuldades para respirar; 
-com falta de coordenação para a sucção; 
-enquanto ele aprende a sugar um mamilo invertido. 
 
Quando a mãe deseja doar o excedente de seu leite 
 Para ser usado por crianças que, por algum motivo, não estão mamando no peito de sua mãe. Para 
que a criança tome leite de outra mãe é obrigatório pasteurizar previamente num banco de leite 
humano. O leite pasteurizado em banco de leite humano pode ser usado com segurança porque a 
pasteurização inibe bactérias e vírus que possam causar doenças, como a AIDS. 
 Não dar leite materno sem ser pasteurizado para outras crianças e não aceitar o leite de outra mãe 
para o seu bebê (amamentação cruzada). 
 Nenhum bebe deve mamar no peito de outra mãe que não seja a sua. O motivo disso é que algumas 
mulheres podem ser portadoras de doenças como a AIDS, que podem passar através do leite do peito. 
Mulher HIV positivo não podem amamentar seus filhos. No brasil existem programas de apoio as 
mulheres HIV positivo que garantem a oferta de leite adequado em substituição ao leite materno. 
 
Como guardar o leite para o próprio filho 
 Se não tem resfriador, o leite pode ser coletado em vasilha limpa, fervida durante 15 minutos e 
colocado em local fresco. Para evitar a diarreia, esse leite só deve ser usado até seis horas após a 
coleta. Se tem mamadeira, leite ordenhado pode ser refrigerado com segurança por ate 24horas ou 
congelado por ate 30 dias. Antes de alimentar o bebê com o leite guardo, aqueça em banho-maria. 
Ofereça o leite ao bebê com colher, copo ou xicara e lembre sempre de jogar fora o que sobrou. 
 
Como retirar o leite do peito 
A mãe deve: 
 Prender os cabelos e usar uma touca de banho ou pano amarrado; 
 Proteger a boca e o nariz com pano ou fralda; 
 Escolher um lugar limpo e tranquilo; 
 Preparar a vasilha (de preferencia um frasco com tampa plástica) fervida por 15 minutos; 
 Massagear o peito com a ponta de dois dedos iniciando na região mais próxima da aréola indo ate a 
mais distante do peito, apoiando o peito com a outra mão; 
 Massagear por mais tempo as áreas mais doloridas; 
 Apoiar a ponta dos dedos (polegar e indicador) acima e abaixo da aréola, comprimindo o peito contra 
o tórax. 
 Comprimir com movimentos rítmicos, como se tentasse aproximar as pontas dos dedos, sem deslizar 
na pele; 
 Desprezar os primeiros jatos e guardar o restante no recipiente. 
 
Amamentação exclusiva 
 
É oferecer só peito nos seis primeiros meses de vida 
 Oferecer só peito nos primeiros seis meses de vida. Nesse período não há necessidade de água ou 
chá, mesmo quando o tempo estiver muito quente, seco ou o bebê estiver com cólica. 
 O leite materno é importante para o bebê durante esse período porque evita muitas doenças, 
principalmente quando dado exclusivamente. Alem disso, contem todas as substancias necessárias 
para que o bebê cresça sadio mental e fisicamente. 
 Amamentar exclusivamente no peito evita muitas doenças, por exemplo, diarreia, pneumonia, infecção 
de ouvido e muitas outras. 
 Quando o bebê mama só no peito, geralmente faz cocô mole, varias vezes ao dia, ou pode ficar até 
uma semana sem evacuar. 
 Quando a criança mama no peite aceita mais facilmente os alimentos familiares, porque o leito do 
peito tem sabor e cheiro conforme a alimentação da mãe. Mamando só no peito até os seis meses o 
bebês já estão se adaptando aos alimentos da família. 
 Nesse período é comum o peito vazar e molhar a roupa. Isto é normal e acontece principalmente 
quando a mãe pensa no bebê ou acha que está na hora de amamentar. Isso é resultado da atuação de 
uma substancia produzida no corpo da mulher que amamenta. Nesse caso, quando a mãe se sente 
incomodada, pode ordenhar um pouco o peito. Proteger o peito com um pano evita molhar a roupa. 
 
Problemas mais frequentes na amamentação 
 
Fissura ou rachadura 
 Ocorre quando o posicionamento ou a pega estão errados. 
Como evitar: 
- manter os peitos enxutos; 
-evitar que os peitos fiquem muito cheios ou doloridos; 
- posicionar o bebê corretamente. 
 
Como tratar rachaduras: 
 Amamentar não deve doer. Porem é importante que a mãe continue a amamentar, corrigindo possíveis 
problemas de “pega” e posição. 
 Fazendo essas correções, a dor desaparece, Se aparecem rachaduras elas devem: 
 Posicionarmelhor o bebê no peito e corrigir a “pega”; 
 Começar a dar o peito pela mama sadia e depois passar para a mama com rachaduras; 
 Expor as mamas aos raios do sol ou a luz artificial (lâmpada de 40watts a uma distancia de 30cm); 
 Ordenhar manualmente o excesso de leite para evitar que o leite fique “empedrado”; 
 Se a mãe tiver febre alta ou muita dor, consultar o médico; 
 Rachadura pode levar ao ingurgitamento (leite empedrado) e este á mastite. 
 
 
 
Leite “empedrado” ou peito ingurgitado, mastite e abscesso 
 Uma forma de evitar que o leite fique “empedrado” é colocar o bebê para mamar sob livre demanda, 
sempre que ele quiser. 
 Se as mamas estiverem muito cheias, retirar o excesso e oferecer o peito com maior frequência. 
 Se não melhorar em 24 horas, a mama ficar avermelhada e a mãe tiver febre, deve procurar o médica 
para evitar complicações como mastite e abscessos. 
 O melhor tratamento é a ordenha do peito. 
 Ingurgitamento geralmente ocorre nos dois peitos e nas duas primeiras semanas após o parto. 
 Mastite geralmente acomete só um peito e após duas semanas do parto. Quando não tratado 
adequadamente pode evoluir para abcessos. 
 A mastite não contra-indica a amamentação. 
 
 
O leite está “secando” 
 Isto pode ocorrer quando se introduz a mamadeira, chuca, bico ou chupeta. A melhor maneira de 
evitar que o leite seque é dar o peito logo após o nascimento e todas as vezes que o bebê quiser. 
 
Mitos e tabus que prejudicam a amamentação 
Dar de mamar que faz os peitos caírem. 
 Não é verdade. A queda do peito depende de vários fatores; hereditários, idade, aumento de peso. A 
própria gravidez causa mudança na sua forma e posição. 
 
Meu leite é fraco. 
 Falso. Não existe leite fraco. O leite materno tem todas as substancias na quantidade certa que o bebê 
precisa para crescer e se desenvolver sadio. O leite do inicio da mamada é mais “ralo” pois contém 
mais água, menos gordura e grande quantidade de fatores de defesa. Contem também mais vitaminas 
e sais minerais. O leite do fim da mamada é mais grosso, pois tem mais gordura e engorda o bebê. 
 O bebê precisa do leite do começo e do fim da mamada. 
 
Só meu leite não sustenta, e o bebê chora com fome. 
 Falso. Nem sempre que o bebê chora é por fome; pode estar com cólica, frio ou calor, molhado, ou 
simplesmente querendo carinho (colo). Lembre-se de que o choro é a única forma do bebê se 
comunicar nos primeiros meses de vida. O importante é que ele esteja crescendo bem, o que é 
demonstrado pelo Cartão da Criança, e urinando mais do que seis vezes a cada 24 horas. 
 
Criança que nasceu prematura (antes do tempo) ou com baixo peso (menos de 2 quilos e meio) não deve mamar 
no peito. 
 Falso. Estes bebês podem ter dificuldades de sugar no inicio, mas são os que mais precisam da 
proteção do leite materno. Conforme eles crescem, sugam com maior facilidade. Se o bebê tiver 
dificuldade se sugar, retire o leitem coloque-o numa vasilha limpa e dê ao bebê com colher, copo ou 
translactação. 
 Translactação é uma técnica utilização para oferecer leite quando o bebê suga o peito e não consegue 
retirar a quantidade de leite que necessita. Na translactação, quando o bebê estiver mamando, deve 
ser ajustada, na boca do bebê, uma sonsa conectada a uma vasilha com leite. Essa técnica é 
importante para estimular a produção do leite da mãe ao mesmo tempo em que o bebê está sendo 
alimentado com outro leite. 
 
Criança que arrota mamando faz o peito inflamar ou o leite secar. 
 Falso. Não há comprovação cientifica desta afirmação popular. 
 
Mãe que está amamentando não pode trabalhar fora. 
 Falso. A mãe pode dar de mamar nos períodos que estiver em casa. Pode retirar e guardar seu leite 
para ser oferecido ao bebê enquanto ela estiver fora. 
 
A legislação brasileira protege a amamentação 
 
A constituição Brasileira – 1988 
 Capitulo II, Artigo 7º, Parágrafo XVIII – Licença Gestante. A licença gestante é de 120 dias, sem prejuízo 
do emprego ou do salário. O pagamento da licença é feito pela Previdência. 
 Parágrafo XIX – Licença Paternidade. O pai tem direito a cinco dias de licença após o nascimento do 
filho, para dar-lhe assistência e á sua mãe, recebendo salário integral. 
 
Consolidação das Leis Trabalhista – CLT 
 Seção IV. Artigo 389, paragrafo 9° inciso 1°: Direito á Licença para hora de amamentação. Toda 
empresa é obrigada, desde que tenha 30 ou mais mulheres com mais de 16 anos de idade, a ter local 
apropriado onde seja permitido ás empregadas guardar sob vigilância os seus filhos no período de 
amamentação. Esta exigência poderá ser atendida por meio de creches diretamente ou mediante 
convênios. 
 Seção V. Artigo 392: Da proteção á maternidade. É proibido o trabalho da mulher gravida no período 
de 4 semanas antes e 8 semanas depois do parto. 
 Artigo 392. Inciso 3ª: Em caso de parto antecipado, a mulher terá sempre direito as 12 semanas 
previstas neste artigo. 
 Artigo 392. Inciso 4ª: Em casos excepcionais, mediante atestado médico, na forma do inciso 1°, é 
permitido á mulher grávida mudar de função. 
 Seção V. Artigo 396: Direito a amamentar: Durante a Jornada de Trabalho. A mulher trabalhadora que 
amamenta terá direito durante a jornada de trabalho a dois descasos remunerados de meia hora cada 
um, para amamentar, até seu filho completar seis meses de idade. 
 Paragrafo único: quando a saude do filho exigir, o período de seis meses poderá ser dilatado a critério 
de autoridade competente. 
 Seção V.Artigo 400: Creches e berçários no local de trabalho. Os locais destinados á guarda dos filhos 
das operarias durante o período de amamentação deverão possuir no mínimo um berçário, uma saleta 
de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária. As creches á disposição das 
empresas mediante convênio deverão estar próximas do local de trabalho. 
 
Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância. Bicos, 
chupetas e mamadeiras. Portaria GM/MS 2.051, de 08/11/01 de resolução ANVISA RDC n° 221 e 222 de 
05/08/02. 
 Protege a amamentação contra a propaganda indiscriminada de produtos que favorecem o desmame 
precoce, definindo suas regras de comercialização. 
 
Normas para Alojamento Conjunto. A portaria GM/MS 1016, de 26/08/92 
 Obriga os hospitais e maternidades vinculadas ao Sistema Único de Saúde – SUS (conveniados e 
próprios) e implantarem alojamento conjunto total: mãe e filho juntos no mesmo quarto 24 horas por 
dia. 
 
Como os serviços de saúde podem apoiar a amamentação 
 
Como os serviços de saúde podem ajudar as mães 
 Estabelecendo norma e rotina de incentivo ao aleitamento materno 
 
Quando os serviços de saúde podem ajudar as mães 
Nos serviços de saúde: durante as ações educativas dirigidas à mulher e à criança 
 Ressaltar a importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses e seu prolongamento até 
os dois anos de idade ou mais, acompanhado da introdução de outros alimentos. Enfatizar que o leite 
materno protege o bebê de infeções e alergias e enumerar as demais vantagens do aleitamento para 
o bebê e a mãe. 
 
No pré-natal: durante as consultas clinicas ou avaliações domiciliares 
 Estimular a formação de grupos de apoio á gestante com a participação dos familiares; 
 Nas consultas: orientar as mães sobre as vantagens da amamentação para a mãe, para a criança e 
para sua família, a importância do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses e 
completando até 2 anos de idade ou mais, consequências do desmame precoce, produção do leite 
materno, manutenção da lactação, extração manual e conservação do leite materno. Alimentação da 
gestante e da nutriz, uso de drogas durante o aleitamento materno, contracepção e aleitamento 
materno, amamentação na sala de parto, importância do alojamento conjunto, técnicas de 
amamentação, problemas edificuldades na amamentação, direitos da mãe e da criança na 
amamentação. 
 Organizar palestras com grupos de gestantes enquanto esperam a consulta. 
 Orientar sobre grupos de apoio ao aleitamento materno, local mais próximo da casa da gestante. 
 Estimular o parto normal. 
 
No parto: 
 Identificar indicações precisas para o parto cesáreo. 
 Evitar anestésicos que possam comprometer o estado de consciência da mãe ou do bebê, e portanto 
dificultar o aleitamento materno. 
 Ajudar a mãe a colocar o bebê em contato pele-a-pele logo após o nascimento, de preferência 
levando-o ao peito para mamar. 
 
No puerpério, isto é, no pós-parto: se a mãe estiver internada: 
 Praticar o alojamento conjunto 24 horas por dia; 
 Apoiar as mães nos cuidados com o bebê, ensinando as técnicas adequadas para amamentar; 
 Promover palestras com as mães sobre aleitamento materno e cuidado com o bebê; 
 Não oferecer nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno; 
 Ensinar a ordenha manual; 
 Avaliar a forma de mamar de todo bebê; 
 
No pós-parto 
 Estimular o treinamento de profissionais para realização de visitas domiciliares; 
 Acompanhar o processo da amamentação e o crescimento e desenvolvimento da criança; 
 Estimular a participação em grupos comunitários de apoio á amamentação. 
 
 
A família e a amamentação 
Participação do pai e dos avós desde as consultas de pré-natal, até o parto e pós-parto. 
 Isso fará com que eles se sintam também importantes, responsáveis e participativos neste processo 
de amamentação e cuidados com o bebê. 
 Algumas avós não tiveram êxito em amamentar, pois não tiveram informações corretas e nem foram 
apoiadas quando tiveram dificuldades para amamentar é importante que elas (avós) e os pais, sempre 
que possível, estejam junto nas consultas do pré-natal, durante o parto, visitas domiciliares realizadas 
pela equipe do Programa Saúde da Família e no ambulatório, durante as consultas. 
Participar em casa nos momentos de amamentação, envolvendo os outros filhos. 
 Muitas mães evitam ter o marido e os filhos maiores perto delas durante e amamentação, pelo 
contrario, devemos estimular para que eles vejam esse momento de prazer e saúde. 
 A criança, ao ver esta cena, aprenderá desde cedo que o aleitamento materno é muito importante 
para o crescimento e desenvolvimento do bebê. 
Encorajar e incentivar a mãe e amamentar 
 Após a alta da maternidade cabe á família estimular a mãe a amamentar exclusivamente até os seis 
meses e continuar a amamentar até os 2 anos ou mais. 
Ajudar no cuidado com a casa e os filhos. 
 No período da amamentação é difícil para a mulher cuidado bebê, da casa, do marido e de outros 
filhos. A família deve se reunir e procurar ajudar a mãe nas tarefas de casa para que ela possa se 
dedicar ao recém-nascido. 
Não trazer para casa produtos que prejudicam a amamentação, como latas de leite, mamadeiras e chupetas. 
 A família não deve presentear a mãe e nem aceitar a doação desses produtos que são prejudiciais. 
Não fumar perto da criança 
 A mãe e os familiares não devem fumar no ambiente onde estiver a criança. A fumaça do cigarro 
transforma a criança em fumante passivo, sendo, portanto prejudicial a sua saúde. 
 
Orientar a mãe a procurar o serviço de saúde em casos de dúvida sobre a amamentação. 
 A família deve ajudar a mãe a identificar a necessidade de procurar ajuda do profissionais de saúde 
nos casos de dúvida e de algum problema com a mãe ou com o bebê, que apareça durante a 
amamentação. 
 
 
 
 
Pré-Natal de baixo risco 
Ciclo de vida familiar 
É uma sequencia de transformações na historia do desenvolvimento da família. Cada nova etapa é um desafio 
para que a família se organize. O processo curativo pode ocorrer pelo simples fato de mostrar à família o 
momento do ciclo em que está. 
Gestação 
Período de grandes transformações 
Crise do ciclo vital –adaptação à chegada de um novo membro na família. 
Quanto a saúde emocional e social pode interferir no desfecho clinico favorável da gestação (mãe e bebê com 
saúde)? 
 
Caso verídico: 
Marilia, 32 anos, vem para consulta para solicitar laqueadura tubária no momento do parto, embora tenha 2 
partos normais anteriores. Está gestante de 26 semanas e vem na consulta com seus 2 filhos, pois não tem 
com quem os deixar. Seu esposo trabalha viajando, vem para casa aos finais de semana. Ele não quer realizar 
vasectomia. Maria se queixa de dor lombar, dor nas pernas, azia e muita vontade de comer doces. 
 
Pré-concepção 
Prática assistencial de prevenção em todos os níveis no qeu se refere à saúde da mãe e da criança. 
Planejamento familiar (grupos, palestras e equipe capacitada) + educação sexual. Reduzem gestações 
indesejadas, paternidade consciente. 
 Condição nutricional 
 Imunização 
 Exames/rastreamento 
 Condições de saúde física 
 Emocional 
 Ácido fólico 
 
 Redução de riscos associados a desfechos desfavoráveis. 
Pré-natal 
Conjunto de consultas programadas de mulher gestante, objetivando o acompanhamento da gestação e a 
obtenção de uma adequada preparação para o parto e puerpério. 
Acesso (acesso avançado, acolhimento...) 
Pré-natal da equipe de saúde da família e comunidade. 
Objetivo: identificação precoce de gestações em situações de risco. 
Definição de risco é dinâmica – reavaliações frequentes. 
 
Confirmação 
 
 Clinico – sinais e sintomas 
 BHCG – 8° dia após a fertilização 
 USG – saco gestacional 4 a 5 semanas, BCF 6 semanas 
 BCF Sonar doppler 10 semanas e Pinard 20 semanas 
 MF 18 a 20 semanas 
 
Escuta qualificada – reduz morbimortalidade mãe/RN 
 
 Sentimentos, expectativas e preocupações; 
 Contexto familiar, social, ocupacional; 
 Gravidez planejada X desejada. 
 
Anamnese 
 Sintomas 
 Historia clinica e família a gestante 
 Historia obstétrica e prévia 
 Uso de medicamentos 
 Vicios 
 
Calculo da Idade Gestacional: 
 
Regra de Naegle DUM +7 -3 
Exame Fisico 
USG 
 
 1° consulta – exame físico completo 
 Controle de rotina: PA, Peso, AU, BCF e MF 
 Toque e especular: conforme a necessidade 
 Exame de mamas: não fazer preparação de mamilo 
 
SIGLAS 
 
IG – idade gestacional 
DOPA – diagnostico obstétrico patológico atual 
DOPP – diagnostico obstétrico patológico pregresso 
DC – diagnostico clinico 
DG – diagnostico ginecológico 
 
Fatores de risco para pré-eclâmpsia 
 
 Nuliparas ou multíparas 
 Gestação gemelar 
 Gestante com 40 anos ou mais 
 Intervalos entre gestações > 10 anos 
 Hipertensão arterial prévia 
 Diabetes 
 Raça negra 
 Doença renal preexistente 
 
Esclarecer todas as duvidas 
Explicar sobre os exames 
Importância do pré-natal 
Participação do pai 
Tranquilização quanto aos sintomas 
Sexualidade 
Habitos de vida saudáveis 
Medicamentos 
Atividade física 
Violencia 
Amamentação 
 
Retornos: 
 
Ate 28ª semana – mensalmente; 
Da 28ª semana ate a 36ª semana – quinzenalmente; 
Da 36ª ate 41ª semana – semanalmente. 
 
Encaminhamento: 
 
Protocolo do município 
Referencia municipal (CEAS Mulher) 
Referência estadual (AME, HGA) 
 
Não existe alta do pré-natal. A paciente continua acompanhando até o parto e puerpério. Mesmo que a paciente 
seja encaminhada, mantem o vinculo com a equipe de saúde (coordenação do cuidado, longitudinalidade). 
 
 Alta hospitalar com consulta do RN e de puerpério agendadas; 
 Visita domiciliar pela equipe na primeira semana; 
 A mesma equipe que acompanhou a gestante, acompanhará o RN. 
 
Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas 
Situação do Brasil 
A analise da carga de doenças, medida em anos de vida perdidos ajustados por incapacidade, demonstra que: 
 14,7% por doenças infecciosas, parasitarias e desnutrição; 
 10,2% por causas externas; 
 8,8% por condições maternas e perinatais e; 
 66,3% por doenças crônicas. 
Tripla cargade doenças (infecciosas, crônicas e externas). 
Condições crônicas  Distúrbios mentais; Deficiências físicas e estruturais; Ciclos (puericultura, herbicultura 
e de idosos); condições materno-infantis; transmissíveis de curso longo. 
A falha na resolução dos problemas “ Os sistemas de saúde predominantes em todo mundo estão falhando, pois 
não estão conseguindo acompanhar a tendência de declínio dos problemas agudos e de ascensão das condições 
crônicas. Quando os problemas de saúde são crônicos, o modelo de tratamento agudo não funciona” 
(OMS,2003). 
Redes de Atenção à Saúde 
“Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas 
por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.” 
(Portaria n° 4.279) 
APS  Alta complexidade; Media complexidade e atenção basica (piramide) 
Porque a implementação da RAS? 
 Diminuir a fragmentação 
 Evitar concorrência entre os serviços 
 Promover a orientação dos usuários 
 Uso adequado de recursos (diminuição dos custos) 
 Promover o seguimento horizontal dos usuários 
 Forma organizativa que permita monitoramento e avaliação. 
RAS 
 Atenção continua e integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde – 
prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa e de forma 
humanizada. 
 Operam de forma cooperativa e interdependente; 
 Sem hierarquia, sendo todos os pontos igualmente importantes; 
 Continnuum nos níveis primários, secundários e terciários; 
 Ações promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras, reabilitadoras e paliativas; 
 Focam no ciclo completo de uma condição de saúde; 
 São ordenados pela AB. 
Elementos constitutivos 
População 
 Características especificas e territórios sanitários singulares 
 Subdividade e estratificada por riscos/territorialização 
Estrutura operacional 
 Centro de comunicação (APS), pontos secundários e terciários, sistemas de apoio 
(diagnostico/terapêutico), logístico e de governança. 
Modelo de atenção à saúde 
Evidências sobre as RAS 
 Melhoram a atenção às pessoas idosas, à saúde mental, no controle do diabetes, no aumento da 
satisfação dos usuários, no controle de doenças cardiovasculares e respiratórias, na redução dos 
serviços especializados. 
 
Rede cegonha 
Rede de atenção psicossocial 
Rede de atenção as urgências e emergências 
Rede de atenção às doenças e condições crônicas 
Rede de cuidado à pessoa com deficiência 
 
Qualificação/Educação 
Informação 
Regulação 
Promoção e vigilância à saúde 
 
 
 
Rede Cegonha 
 Acolhimento com classificação de risco – Pré-natal; 
 Vinculação da gestante e transporte; 
 Boas praticas e segurança ao parto e nascimento; 
 Atenção às crianças de 0-24 meses; 
 Planejamento reprodutivo. 
 
 
 
Rede de Atenção às Urgências e Emergências – RUE 
 
 Promoção e prevenção: acidentes de transito e violência; 
 Serviços de auxilio: UPA, SAMU, Salas de estabilização, Hospitais, Centrais de regulação, enfermarias 
de retaguarda; 
 Atenção domiciliar (Programa melhor em casa). 
 Melhora da rede hospitalar – filantrópicos, de pequeno porte e HU. 
 
Rede de Atenção Psicossocial 
Eixos: ampliação do acesso à rede, qualificação da rede; ações intersetoriais para reinserção social e 
reabilitação, ações de prevenção e de redução de danos. 
Componentes: 
 APS 
 Consultórios de rua 
 CAPS 
 Unidades de acolhimento terapêutico transitório 
 Leitos em hospitais gerais 
 Urgência e emergência (SAMU,UPA). 
Componentes suplementares 
 Centros de referência especializada em assistência social (CRAS/CREAS). 
 Comunidades terapêuticas. 
 
Rede de cuidados a pessoa com deficiência 
Objetivo: ampliar o acesso das áreas de deficiência auditiva, física, visual, intelectual e ostomias; ampliar e 
integração e articulação com a APS; desenvolver ações de prevenção. 
Componentes: 
 Centro especializado em reabilitação –CER 
 Centros-dia 
 Centro de especialidades odontológicas 
 Atenção hospitalar 
 Atenção domiciliar 
 APS + NASF 
Condições crônicas de saúde 
As condições de saúde são circunstâncias na saúde das pessoas que se apresentam de forma mais ou menos 
persistentes e que exigem respostas sociais reativas ou proativas, episódicas ou contínuas e fragmentadas ou 
integradas, dos sistemas de atenção à saúde, dos profissionais de saúde e das pessoas usuárias 
(MENDES,2012). 
Condições agudas: 
 Curso curto (inferior a três meses) 
 Autolimitadas 
 Boa resposta a tratamentos específicos 
 Condições agudas 
Condições crônicas 
 Curso longo 
 Cuidados permanentes 
 Exigem mudanças comportamentais 
 Tem fases de agudização 
DCNT 
 Doenças de inicio gradual, com duração longa ou incerta, que, em geral, apresentam múltiplas causas 
e cujo tratamento envolve mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado continuo que, 
usualmente, não leva à cura (BRASIL,2014). 
 Usualmente, são multicausais incluindo hereditariedade, estilos de vida, exposição a fatores 
ambientais e a fatores fisiológicos. Normalmente, faltam padrões regulares ou previsíveis para as 
condições crônicas (MENDES,2012). 
DCNT envolvem também: 
 Doenças infecciosas persistentes (hanseníase, tuberculose, AIDS, doenças respiratórias crônicas). 
 Condições ligadas à maternidade e ao período perinatal (acompanhamento das gestantes e atenção 
perinatal, as puérperas e aos RN). 
 Condições ligadas á manutenção da saúde por ciclos de vida ( puericultura, hebicultura e senicultura). 
 Distúrbios mentais de longo prazo. 
 Doenças físicas, bucais, metabólicas etc. 
Ciclo vicioso de sintomas para condições crônicas 
Esforço repetitivo no trabalho 
↓ 
Tensão muscular 
↓ 
Dor 
↓ 
Estresse e ansiedade 
↓ 
Problemas emocionais 
↓ 
Depressão 
↓ 
Fadiga 
↓ 
Esforço repetitivo no trabalho 
 
DCNT no Brasil 
 A mortalidade (aumento de mortes causadas por doenças crônicas). 
 A carga de doenças (DCNT representam 75% da carga global das doenças no pais). 
 Fatores de riscos (DSS ligados aos comportamentos e aos estilos de vida). 
 
 
 
 
 
 
Princípios da Rede de Atenção à Saúde das pessoas com doenças crônicas 
 Acesso e acolhimento 
 Humanização e modelo centrado 
 Equipe multidisciplinar 
 Articulação com diversos serviços 
 Consideração dos riscos e vulnerabilidades 
 Participação do controle social 
 Autonomia do usuário 
Componentes da RASPDC 
Atenção Básica: é o centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde, ordenadora e coordenadora do 
cuidado, com a responsabilidade de realizar o cuidado integral e continuo da população que está sob sua 
responsabilidade e de ser a porta de entrada prioritária para organização do cuidado. 
Sistemas de apoio: constituem sistemas de apoio diagnostico e terapêutico, tais como patologia clinica e 
imagens e de assistência farmacêutica. Tem os seguintes subcomponentes: sistema logísticos;regulação;e 
governança. 
Atenção especializada: é o conjunto de pontos de atenção com diferentes densidades tecnológicos que realiza 
serviços de urgência e emergência e ambulatórios especializados e hospitalares, apoiando e complementando 
os serviços da Atenção Básica de forma resolutiva e em tempo oportuno, que se divide em: ambulatorial 
especializado; hospitalar; e urgência e emergência. 
Modelo de Atenção às condições crônicas (MACC) 
 
 
Modelos de atenção 
Desafio: 
 Os problemas das condições crônicas não podem ser resolvidos por um sistema centrado nos 
médicos, exclusivamente com consultas presenciais de 15 minutos, pensando-se nos eventos agudos. 
Solução: 
 Envolver equipe multidisciplinar com atendimentos programados e monitoramento, podendo ser 
individual ou em grupo, prevendo ações preventivas, educacionais, de autocuidado, para agudizações, 
monitoramento, de forma presencialou telessaúde. 
Evidências 
Estudo da Rand Corporation – Berkeley University (2008) 
Objetivos: 
 Avaliar as mudanças ocorridas nas organizações de saúde para implementar o CCM + estabelecer o 
grau em que a adoção desse modelo melhorou os processos e resultados em relação às condições 
crônicas. 
Durou 4 anos e mais de 4 mil pessoas com DCNT e 51 organizações. 
 
Resultados: 
 48 mudanças nos elementos + decrescimento do risco cardiovascular em pessoas com diabete 
melittus + pessoas com DCV tiveram queda de 35% nas internações + tratamentos adequados. 
 
Pirâmide de risco da Kaiser 
 
 
 
Sistemas de apoio 
 Sistema de assistência farmacêutica 
 Sistemas de informação em saúde 
 Telessaúde 
 Sistemas logísticos (referência/contrarrefência,registro eletrônico, prontuário clinico, SAMU). 
Dificuldades 
Consultas médicas de curta duração e pouco resolutivas 
 50% das pessoas deixam as consultas sem compreender o que os médicos lhes disseram; 
 50% das pessoas compreenderam as orientações equivocadamente; 
 50% não foram capazes de entender as prescrições médicas; 
 O médico interrompe o paciente 23 segundo depois do inicio da sua fala; 
 Nos casos mais complexos, os profissionais não realizam uma VD para melhorar vinculo e entender a 
situação de vida; 
 Foca nas doenças agudas; 
 Fragmentação dos sistemas corporais + dos cuidados compartilhados; 
 
Solução: 
 Diálogo, multidisciplinaridade e interprofissionalidade [distribuição de tarefas]. 
 Atenção médica especializada e generalista 
 Atenção presencial e não presencial 
 Atenção individual e em grupo 
 Atenção profissionais e por leigos 
 Atenção profissional e o autocuidado e apoiado multi. 
 
Programação de humanização do parto e puerpério 
Ministério da Saúde em cooperação técnica com a Fundação Vale, trata sobre a rede cegonha que é uma 
estratégia que fortalece as ações em relação à Saúde das Mulheres e das Crianças para implementar uma rede 
de cuidados. 
O PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de 
enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas 
desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e 
dos usuários no cuidado de si. 
Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) 
Objetivos: é assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da 
assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos direitos de cidadania. 
Princípios: saúde; vitória; acolhimento; coragem; protagonismo; gestão; certeza; humanização; felicidade; 
inovação. 
Produção de saúde: 
 Transversalidade 
 Indissociabilidade entre atenção e gestão 
 Protagonismo 
 Corresponsabilidade 
 Autonomia 
Diretrizes: 
 Acolhimento 
 Gestão participativa e cogestão 
 Ambiência 
 Valorização do trabalhador 
 Clinica ampliada 
Rede Cegonha Humanizada 
Rede temática, instituída em 2011 (portaria n. 1.459), com objetivo de organizar e assegurar o acesso, 
acolhimento e resolutividade, por meio de um modelo de atenção voltado ao pré-natal, parto e nascimento, 
puerpério e sistema logístico; 
Acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, vinculação da gestante à unidade de 
referencia e transporte seguro; Atenção à criança de 0-24 meses. 
A rede cegonha prevê ainda outras práticas de atenção ao parto e nascimento, a partir dos referenciais da 
Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Politica Nacional de 
Humanização; 
1. Presença de acompanhante livre escolha da mulher durante toda a internação; 
2. Acolhimento e classificação de risco na organização dos fluxos de atendimento; 
3. Uso de métodos não farmacológicos de controle da dor; 
4. Parto em posição não supina (decúbito dorsal); 
5. Oferta de líquidos durante o trabalho de parto; 
6. Contato imediato, pele a pele, entre mãe e bebê; 
7. Amamentação na primeira hora de vida; 
8. Clampeamento de cordão umbilical em tempo oportuno (de 1 a 3 minutos). 
Além de ações praticas de atendimento, a Rede Cegonha prevê ainda a formação e a capacitação dos 
profissionais que atendem essas mulheres, como enfermeiras obstétricas, consideradas profissionais 
estratégicas para a mudança no modelo de atenção obstétrico e neonatal. 
 
São princípios da assistência humanizada no parto e no nascimento: 
I - mínima interferência por parte da equipe de saúde; 
II - preferência pela utilização dos métodos menos invasivos e mais naturais, de escolha da parturiente; 
III - fornecimento de informações adequadas e completas à mulher, assim como a(o) acompanhante, referente 
aos métodos e procedimentos disponíveis para o atendimento à gestação, pré-parto, parto e puerpério; 
IV – harmonização entre segurança e bem-estar da mulher e do concepto. 
 
Climatério e Menopausa 
O climatério é definido pela OMS como uma fase biológica da vida e não como um processo patológico. O 
climatério é dividido em pré e pós-menopáusico. A menopausa ocorre em torno dos 50 anos de idade e 
corresponde à data da ultima menstruação em consequência da falência ovariana. Seu diagnostico é 
retrospectivo, após 12 meses de amenorreia. 
A menopausa é classificada como natural ou artificial (iatrogênica) e como precoce (antes dos 40 anos) ou 
tardia (após os 55 anos). 
A transição menopáusica começa com variações na duração do ciclo menstrual e elevação do FSH sérico e 
termina com o ultimo período menstrual, que só é reconhecido após 12 meses de amenorreia. 
 Estagio -2 (precoce): é caracterizado por uma duração variável do ciclo (com mais de 7 dias de 
diferença da duração normal, que é de 21 a 35 dias). 
 Estagio -1 (tardio): é caracterizado pela falha de dois ou mais ciclos e um intervalo de amenorreia ≥ 60 
dias, sendo este um período no qual os fogachos são comuns. 
A perimenopausa começa no estagio -2 da transição menopáusica e termina 12 meses após o ultimo período 
menstrual. 
A menopausa é definida por 12 meses de amenorreia após o ultimo período menstrual. Reflete uma depleção 
folicular completa ou quase completa e deficiência extrema da secreção ovariana de estrogênio. 
A pós-menopausa divide-se em 2 estágios. 
 O estagio +1 (precoce): compreende os primeiros 5 a 8 anos após a ultima menstruação. É 
caracterizado por decréscimo adicional e completo da função ovariana e perda óssea acelerada, com 
persistência frequente dos fogachos. 
 O estagio +2 (tardio): começa 5 a 8 anos após o ultimo período menstrual e termina com a morte. 
 
 
 
Quando pensar? 
Deve-se suspeitar de que uma mulher está no climatério quando estiver na faixa dos 45-50 anos. Pode ser 
assintomática ou buscar assistência por motivos não relacionados ao climatério. Quando sintomática, mais 
frequentemente se apresenta com irregularidade menstrual, fogachos, alterações de humor, distúrbios do sono 
e/ou outros sintomas inespecíficos. Sintomas da SUG do climatério, como ressecamento vaginal e 
incontinência, bem como problemas sexuais relacionados ou não à SUG também podem estar presentes. 
 
Anamnese: 
A abordagem integral e multidisciplinar da mulher no climatério é fundamental. A atenção a mulher precisa 
abranger promoção da saúde, prevenção de doenças, assistência aos sintomas apresentados e manejo de 
possíveis dificuldades apresentadas nessa fase. 
Entre as queixas apresentadas pelas pacientes, destaca-se a referencia aos fogachos, irritabilidade, alterações 
no padrão do sono, artralgias/mialgias, palpitações, diminuição da memoria e do interesse pelas atividade de 
rotina, diminuição da libido, dispareunia e sintomas geniturinários. 
A idade da menarca e data da ultima menstruação são importantes, assim como a presença de irregularidades 
menstruais e o método anticoncepcional utilizado.