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DESCRIÇÃO Apresentação dos custos logísticos com armazenagem, estoque e transportes. PROPÓSITO Compreender os conceitos e as inter-relações dos custos logísticos, bem como, de forma mais específica e particular, os custos de armazenagem, estoque e transporte. PREPARAÇÃO Acesse, quando necessário, alguns dicionários online que poderão auxiliá-lo no entendimento deste tema, como, por exemplo, o Pequeno dicionário de termos contábeis e o Dicionário de logística online. Processing math: 6% OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever conceitos, contexto, inter-relações e tipos de custos logísticos MÓDULO 2 Definir custos da armazenagem e suas particularidades MÓDULO 3 Distinguir custos de estoque e suas particularidades MÓDULO 4 Identificar custos de transporte e suas particularidades INTRODUÇÃO Neste tema, aprenderemos a combinar custos e logística, que são assuntos de relevante interesse para as organizações. Iniciaremos nosso estudo pela introdução aos custos logísticos, o que faremos pela descrição de conceitos, contexto, inter-relações e seus principais tipos. Processing math: 6% A partir daí, trataremos especificamente dos custos relacionados a estoque, armazenagem e transporte. Levaremos em conta as particularidades de cada um desses processos, as interfaces entre eles e o quanto são fundamentais para o entendimento de toda a operação logística sob o olhar de custos. MÓDULO 1 Descrever conceitos, contexto, inter-relações e tipos de custos logísticos INTRODUÇÃO AOS CUSTOS LOGÍSTICOS Processing math: 6% INTRODUÇÃO AOS CUSTOS LOGÍSTICOS Neste vídeo, abordaremos os principais conceitos, contextos, inter-relações e tipos de custos logísticos. Dando continuidade aos nossos estudos, nos familiarizaremos agora com os conceitos sobre custos logísticos. Para isso, responda ao quiz proposto a seguir: Processing math: 6% COMO VOCÊ CONSIDERA O A IMPORTÂNCIA DO CUSTO EM UM PROCESSO LOGÍSTICO? Muito essencial. Esse tipo de custo é um elemento fundamental nas estratégias das organizações. Pouco essencial. Outros processos são mais preponderantes. PARA VOCÊ, OS CUSTOS: Processing math: 6% Apontaremos agora alguns conceitos importantes para o entendimento deste tema. Os custos são o primeiro – e, provavelmente, o mais importante. Estão relacionados aos produtos desde a compra e o transporte da matéria- prima até a entrega deles ao cliente. Estão ligados diretamente ao produto entregue ao cliente. ATENÇÃO ! O feedback para essa atividade é baseado no conjunto de suas respostas, dessa forma, só pode ser visualizado na versão online. Processing math: 6% Esses conceitos são elementos essenciais para as estratégias das organizações. Eles também o são para as operações logísticas, pois garantem a competitividade requerida. Descreveremos, portanto, as principais questões ligadas aos custos logísticos. Eles estão relacionados aos produtos em várias etapas: desde a compra e o transporte da matéria-prima até a entrega deles ao cliente. Eles não são considerados custos-padrão nas organizações, já que dependem do tipo e das características das operações logísticas realizadas. Eles estão associados aos conceitos básicos da contabilidade. À medida que forem sendo gerados, esses custos deverão ser controlados pelo setor responsável na organização. Em síntese, os conceitos relativos aos custos se subdividem em três: gastos, investimentos e perdas. GASTOS Eles são as saídas financeiras da organização, ou seja, os sacrifícios financeiros que contam com uma expectativa do retorno por conta da entrada financeira. O pagamento realizado a um prestador de serviço é um gasto. INVESTIMENTOS São recursos financeiros aplicados para se obter retorno no presente ou no futuro. As organizações fazem investimentos tanto ao adquirir armazéns, equipamentos, produtos e treinamentos quanto ao realizar aplicações financeiras. O armazém e os equipamentos da operação são investimentos, já que o retorno da compra ocorre com os serviços ali realizados com o passar do tempo. PERDAS Elas são decorrentes de situações não previstas que consomem recursos financeiros. A obsolescência dos estoques se caracteriza como perda. As perdas habitualmente estão associadas a erros de planejamento ou aqueles operacionais. A previsão de vendas tem a intenção de evitar a sobra de produtos no estoque motivada por perda de validade. CUSTO TOTAL Seu conceito está baseado nas inter-relações que formam as atividades do sistema logístico e no seu gerenciamento. Afinal, nenhum custo pode ser modificado isoladamente semProcessing math: 6% comprometer o serviço ao cliente e outros custos inerentes. O principal objetivo do processo logístico é otimizar o custo total, e não a redução individual de cada custo que o compõe. Proporcionalmente, quanto maior for o nível de serviço requerido, maior será o custo total logístico. O bom desempenho logístico resultará no equilíbrio entre o nível de serviço e os custos logísticos. CONTEXTOS Não restam dúvidas sobre a importância da gestão de custos no cenário de competitividade em que vivemos. No entanto, as organizações têm dificuldade de identificar aqueles relacionados à logística. Processing math: 6% Fonte: Shutterstock.com Na comparação entre os objetivos de um Prestador de Serviços Tradicionais (PST) e os de um Operador Logístico (OL) Integrado, observamos que, enquanto o PST se preocupa com a minimização do custo específico da atividade contratada, o OL integrado se atém à redução do custo total da logística, melhorando serviços e aumentando flexibilidade. Operadores logísticos ou, em inglês, third-party logistics (3PL) envolvem o uso de companhias externas para realizar funções logísticas anteriormente realizadas dentro da empresa. Fonte: ROBESON; COPACINO, 1994, p. 20. POLÍTICO Durante décadas, tivemos, no transporte rodoviário, na armazenagem geral e nos serviços aduaneiros, as três principais atividades exploradas pelo setor privado. No entanto, serviços essenciais, como os de energia, os de telecomunicações e os operados por portos, ferrovias, aeroportos e rodovias, eram de competência das empresas públicas. Processing math: 6% Esse cenário se alterou a partir da Constituição Federal de 1988, quando, mediante concessões, esses serviços passaram a ser operados pela iniciativa privada. Reconhece-se como seu primeiro marco regulatório a Lei dos Portos (inicialmente, Lei nº 8.630/1993, embora ela tenha sido revogada pela Lei nº 12.815/13). Já a partir dos anos de 1990, pautado pela globalização, o comércio mundial apresentou um franco crescimento. Se, por um lado, encurtaram-se os ciclos de produção e comercialização, as operações logísticas, por outro, tornaram-se mais complexas. Resultado disso: os custos provenientes se acentuaram. ECONÔMICO Falamos, nesse contexto, dos custos absolutos logísticos. Esses custos aumentam mediante o crescimento da economia. Em outras palavras: quanto maiores forem a produção e o consumo de bens, maior será a geração de serviços. Com isso, crescem as operações logísticas e seus custos associados. A eficiência de um sistema logístico pode ser determinada por meio da relação do custo logístico total com o produto interno bruto (PIB). Segundo dados fornecidos por um estudo da ILOS (2017), os custos logísticos correspondem a 12,3% do PIB brasileiro. O PIB representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos em determinada região (quer sejam países, estados ou cidades) durante certo período (mês, trimestre, ano etc.). Ele é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de quantificar a atividade econômica de uma região. No âmbito das organizações, os gastos com logística representam 7,6% da receita líquida, considerando custos com transporte, estoque e armazenagem. Se levarmos em comparação outros países como o Brasil — de dimensões continentais e com setores produtivos dependentes de malha logística consolidada —,isso indica que a necessidade de investimentos para os processos de transporte e armazenagem fica em torno de 4% do PIB. Nosso valor máximo de investimentos alcançou 2% nos anos 1970, mantendo-se a média de 0,8% nas últimas três décadas. Percentual insuficiente para atender a uma demanda em Processing math: 6% crescimento. INTER-RELAÇÃO DOS COMPONENTES DO CUSTO LOGÍSTICO Os custos logísticos, como veremos, se subdividem naqueles de processamento de pedidos, armazenagem, estoque, transporte, embalagens, inventários, tecnologia da informação, tributários e logística reversa. A relação de trade-off (conflito de escolha) entre eles é muito importante para um sistema logístico poder funcionar. Trade-off e tradeoff são termos da língua inglesa que definem uma situação na qual ocorra um conflito de escolha. Ele se caracteriza em uma ação econômica que visa à resolução de problema, porém acarreta outro, obrigando alguém a uma escolha. Isso ocorre quando se prescinde de algum bem ou serviço distinto para se obter outro bem ou serviço distinto. Você pode observar que nem sempre a melhoria da qualidade acarretará um aumento de custos, mas a sua mudança potencializará a redução deles por meio de uma diminuição do número de erros. Geralmente, o custo de transporte é inversamente proporcional ao de estoque. Investimentos em sistemas de transporte mais eficientes podem prover movimentações mais frequentes de menos quantidades; por isso, não é preciso haver um nível de estoque alto no armazém, reduzindo o custo. Analisando a relação entre os custos de transporte e de estoque em função do número de armazéns de um sistema logístico, observamos que o ponto de equilíbrio entre eles está baseado na quantidade de armazéns. Para um número que seja inferior ao ideal, à medida que quantidade de armazéns aumenta, os custos de transporte diminuem. Em contrapartida, os de estoque aumentam. Ao excedermos o número ideal de armazéns por meio de unidades extras para aumentar o nível de serviço, observaremos que os custos de transporte diminuem. Já os custos de estoque Processing math: 6% aumentarão graças ao incremento no número de armazéns. Caso esse aumento seja muito significativo, os de transporte também crescerão. Temos uma relação inversa entre o custo de estoque e o de transporte. Já os de ruptura de stock (estoque), que é a falta de produto no momento da compra pelo consumidor, geralmente diminuem quando há um aumento tanto dos custos de estoque quanto dos de transporte. Por sua vez, o aumento do custo de transporte pode provocar uma diminuição no de armazenagem. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS LOGÍSTICOS QUANTO AO RELACIONAMENTO COM O OBJETO Temos as seguintes definições: CUSTOS DIRETOS: são facilmente identificados em relação a materiais ou serviços aos quais estejam relacionados, não precisando de critérios de rateio. Exemplos: mão de obra direta, espaço, Processing math: 6% estoques e transporte. CUSTOS INDIRETOS: despesas que não são facilmente associadas aos materiais ou serviços. Em geral, os custos indiretos são alocados por critério de rateio ou por direcionadores de custo. QUANTO AO COMPORTAMENTO DIANTE DO VOLUME DE ATIVIDADE Os custos se organizam da seguinte forma: CUSTOS FIXOS Não oscilam em função de uma capacidade instalada. Contudo, o custo unitário varia quando comparado ao volume total da produção, embora também possa fazê-lo em relação à unidade fabricada. Exemplos: depreciação dos equipamentos da unidade fabril, seguro, aluguel e salários ou encargos da mão de obra alocada. CUSTOS VARIÁVEIS Variam com base no volume da produção ou serviço. Os custos variáveis sempre serão fixos em relação à unidade produzida, diversificando apenas o volume total da produção. Exemplos: matéria-prima consumida ou serviços terceirizados pagos por item aplicados em unidade fabricada ou em material de embalagem nos produtos acabados. CUSTOS MISTOS (SEMIVARIÁVEIS OU SEMIFIXOS) Eles assumem o comportamento de custo fixo e variável em determinados momentos, sendo alterados de acordo com o volume de produção ou de venda sem necessariamente variar nas mesmas proporções. � EXEMPLO Em relação aos custos mistos, temos como exemplo as horas extras pagas ao pessoal do controle de qualidade para a análise de produção somadas à conta de energia elétrica ao se cobrar uma taxa mínima mesmo se não houver operação. Por consequência, há o consumo no Processing math: 6% período e a remuneração por meta de produtividade aos funcionários, além de uma manutenção preventiva para atender à demanda de utilização de horas de equipamentos. CUSTOS LOGÍSTICOS RELACIONADOS COM O PROCESSO DE GESTÃO Tais custos estão subdivididos em controláveis e não controláveis, de oportunidade, relevantes, irrecuperáveis, incrementais, ocultos, padrão, meta, previsão da procura, melhoria contínua e do ciclo de vida. CUSTOS CONTROLÁVEIS Dependem da decisão do gestor, que está ciente sobre seus valores. Também estão relacionados com o objeto e os processos. CUSTOS NÃO CONTROLÁVEIS Independem da decisão do gestor. Exemplo: custo extraordinário de lavagem dos caminhões decorrentes de sujidades das estradas. CUSTOS DE OPORTUNIDADES Comumente, eles não geram registros contábeis apesar de serem importantes. As decisões são definidas por escolhas; portanto, os custos de oportunidade são adotados quando algo não pode ser realizado no prazo requerido. Exemplo: Há disponibilidade de um caminhão para atender a dois clientes no mesmo horário. Eis as escolhas por critérios de preferência: mais antigo para fidelizar ou mais novo para conquistar. Opção de gerar outro custo, como, por exemplo, locar veículo extra para atender os dois clientes. Processing math: 6% CUSTOS RELEVANTES São custos futuros importantes oriundos de alternativas de tomada de decisão dos gestores. Exemplo: a escolha do modal de transporte mais adequado para envio da mercadoria (hidroviário ou rodoviário) envolve custos relevantes que devem ser analisados para ver qual deles se encaixa melhor no cenário. CUSTOS IRRECUPERÁVEIS Relativos ao passado, esses custos servem como experiência para evitá-los em decisões futuras, embora não representem uma preocupação futura. Exemplo: maquinário adquirido e pouco usado. CUSTO INCREMENTAL, MARGINAL OU DIFERENCIAL Demonstra a diferença (aumento ou diminuição) de custos ou receitas conforme as decisões dos gestores. Exemplo: escolha do meio de transporte considerando não somente o custo mais baixo, mas também uma diferença na receita para suportar melhor a decisão. CUSTOS OCULTOS Devem ser eliminados. Embora não estejam presentes na tomada de decisão, eles afetam a operação por serem oriundos de desvios nos processos e por apresentarem perdas financeiras. Exemplos: superprodução gerando estoques desnecessários, defeitos provenientes de erros que precisam ser mensurados e, por fim, esperas e atrasos que têm custos como efeito. CUSTO-PADRÃO Processing math: 6% Estipulado para serviço ou atividade tendo em consideração as condições normais sem surpresa negativa. A comparação entre os custos efetivados e custo-padrão é necessária: resultados negativos sinalizam a necessidade de uma adequação de processos para se evitar problemas. CUSTO-META Apresenta a relação entre o custo-padrão e o custo negociado no desenvolvimento de serviço ou atividade. Caso o custo alcançado seja inferior ao estabelecido como meta, ele será uma vantagem definida e passará a ser o padrão nas próximas negociações. CUSTOS DE PREVISÃO DA PROCURA Entender e antever o perfil do cliente para a previsão da procura de produtos ou serviços são um fator relevante, pois impactam no volume de vendas. O estudo do mercado, apesar de gerar custos, pode ser decisivo para influenciar requisitos logísticos. Exemplo: saber do horário de funcionamento de determinado serviço. CUSTO DO CICLO DE VIDA DO PRODUTO Necessita ser bem planejado, pois os ciclos são cada vez menores e devem contemplar estágiosda vida do produto, envolvendo desenvolvimento, crescimento, maturidade, saturação e declínio. CUSTOS DA QUALIDADE Tendo como base a filosofia da gestão de qualidade total, os custos podem ser assim subdivididos: custo de novos produtos ou análise de design, planejamento e avaliação da qualidade, avaliação do fornecedor, qualificação de pessoal e inspeções de qualidade. Processing math: 6% CUSTOS DA NÃO QUALIDADE Investigação de queixas por parte dos clientes, custos de devolução do produto (despesas com recepção e substituição do que foi reprovado) e aqueles decorrentes da reparação e dos serviços previstos na garantia dele. CUSTO DE MELHORIA CONTÍNUA DOS PROCESSOS (KAIZEN ) Concentra-se na redução de custos durante as fases do ciclo de vida do produto. Seu lema é: “hoje melhor que ontem e amanhã melhor que hoje”. Gestão da qualidade total (total quality management ) refere-se a uma estratégia de administração orientada a criar uma consciência da qualidade em todos os processos organizacionais. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ASSINALE ALTERNATIVA QUE JUSTIFICA DA MELHOR FORMA O EFEITO CAUSADO QUANDO, NA ÉPOCA DE SEU SURGIMENTO (DÉCADA DE 1950), OS CUSTOS LOGÍSTICOS ERAM TRATADOS DE FORMA FRAGMENTADA E NÃO INTEGRADA. A) Por conta dessa fragmentação, as organizações subotimizavam os custos logísticos e não davam importância ao custo total, mas apenas a seus componentes de forma separada. B) As análises de custos dos processos logísticos eram realizadas de forma fragmentada e imprecisa, porque não existiam tecnologias disponíveis. Processing math: 6% C) Não existiam departamentos de custos; por isso, o processo não era integrado e confiável. D) Não existiam departamentos de custos; por isso, não eram feitas análises de custos dos processos logísticos de forma integrada. E) O baixo desenvolvimento de tecnologia de informação não permitia aos departamentos de custos realizarem análises integradas de custos. 2. A INTER-RELAÇÃO ENTRE OS COMPONENTES DOS CUSTOS LOGÍSTICOS (ARMAZENAGEM, ESTOQUE E TRANSPORTE) É IMPORTANTE PARA A ANÁLISE DA OPERAÇÃO LOGÍSTICA DE FORMA GLOBAL. TOMANDO POR BASE OS CONCEITOS DE TRADE-OFF E DE RUPTURA DE STOCK (ESTOQUE), IDENTIFIQUE A ALTERNATIVA QUE CONTÉM UMA SEQUÊNCIA COERENTE DE CRESCIMENTO E DIMINUIÇÃO ENTRE OS COMPONENTES LOGÍSTICOS. A) Custos de estoque, ruptura de stock (estoque), armazenagem e transporte são sempre diretamente proporcionais entre si. B) Custos de estoque, ruptura de stock (estoque), armazenagem e transporte são sempre inversamente proporcionais entre si. C) Custos de ruptura de stock (estoque) geralmente aumentam quando há um incremento tanto dos custos de estoque quanto dos de transporte. Por sua vez, o aumento do custo de transporte não altera o custo de armazenagem. D) Custos de ruptura de stock (estoque) geralmente diminuem quando tanto os custos de estoque quanto os de transporte são aumentados. Por sua vez, o aumento do custo de transporte pode provocar uma diminuição no de armazenagem. E) Custos de ruptura de stock (estoque) não se alteram em relação aos de estoque e de transporte. Por sua vez, o aumento do custo de transporte pode provocar um aumento no de armazenagem. GABARITO 1. Assinale alternativa que justifica da melhor forma o efeito causado quando, na época de seu surgimento (década de 1950), os custos logísticos eram tratados de forma fragmentada e não integrada. Processing math: 6% A alternativa "A " está correta. Essa alternativa contempla de forma completa a análise indevida e fragmentada que era feita na época. As demais alternativas tratam de itens até pertinentes, porém fora do contexto da questão. 2. A inter-relação entre os componentes dos custos logísticos (armazenagem, estoque e transporte) é importante para a análise da operação logística de forma global. Tomando por base os conceitos de trade-off e de ruptura de stock (estoque), identifique a alternativa que contém uma sequência coerente de crescimento e diminuição entre os componentes logísticos. A alternativa "D " está correta. A alternativa apresenta as relações corretas de aumento e diminuição entre os componentes, enquanto as demais estabelecem relações incoerentes. MÓDULO 2 Definir custos da armazenagem e suas particularidades Processing math: 6% ARMAZENAGEM A armazenagem, administração do espaço necessário para manter os estoques, está relacionada às operações de cuidado com o produto da entrada à saída do armazém. Para isso, os materiais precisam ser organizados desde a entrada até a estocagem e a expedição deles. As decisões referentes ao processo de armazenagem são complexas, pois estão relacionadas ao negócio e ao cenário externo no qual a organização está inserida. A empresa precisa, portanto, conhecer o tipo de produto que comercializa para definir a estrutura de armazém mais apropriada internamente. Os custos de armazenagem são compostos pelos seguintes fatores: CUSTO DE MATERIAIS: matéria-prima, material auxiliar, manutenção, escritório, em processo e produto acabado; além disso, ele representa o valor real de todos esses materiais que estão na empresa, estejam eles parados ou sendo processados. CUSTO DE PESSOAL: remuneração, encargos trabalhistas da mão de obra envolvida nas atividades de operação e gerenciamento. Ã Processing math: 6% CUSTO DE EQUIPAMENTOS/MANUTENÇÃO: despesas de manutenção e depreciação dos equipamentos para manter a operação; CUSTO DE EDIFICAÇÕES: aluguel das edificações, incluindo seus impostos e seguros. Calculamos esses fatores com base nos estoques médios dos materiais, incluindo as despesas mensais dos demais componentes. O custo de armazenagem é diretamente proporcional ao tempo e à quantidade de itens em estoque. Ele também é chamado de custo de oportunidade, sendo reconhecido como um indicador logístico relevante para se avaliar a gestão integrada da organização e o quanto ela perde com o seu capital parado em estoques. LOCALIZAÇÃO DOS ARMAZÉNS ADMINISTRAR AS QUESTÕES E TOMAR DECISÕES ACERTADAS Como sabemos, o planejamento logístico é muito importante: ele deve ser efetuado com base na localização geográfica dos pontos de estocagem e em suas fontes de abastecimento.Processing math: 6% A localização das instalações contempla os movimentos de produtos e os custos associados a eles desde a planta fabril, passando por pontos de estocagens intermediárias até sua chegada ao cliente. Um processo de distribuição terá seu custo reduzido se a organização conseguir que os clientes sejam atendidos diretamente por meio de fornecedores, portos ou pontos de estocagem definidos. O objetivo da estratégia de localização pretende diminuir o custo e aumentar o lucro no processo de distribuição. CUSTOS RELACIONADOS À PROPRIEDADE DOS ARMAZÉNS Conheceremos agora os tipos de armazém para compreendermos, de forma mais aprofundada, os custos provenientes de cada tipo. ARMAZÉNS DE PROPRIEDADE DAS EMPRESAS Elas cuidam de todos os seus processos, como gestão, recursos humanos e finanças, além das operações logísticas. A gestão da armazenagem fica sob sua responsabilidade, incluindo a sua marca e imagem reputacional. Uma de suas vantagens é que as decisões da gestão estão centralizadas e podem ser aplicadas imediatamente. Porém, nessa opção, os custos relativos ao armazém são absorvidos pela empresa. Entre esses custos, estão os da infraestrutura do prédio, da remuneração e dos encargos referentes à mão de obra e da aquisição e manutenção de equipamentos. ARMAZÉNS TERCEIRIZADOS A empresa tem três opções: alugar apenas o prédio do armazém, terceirizar por completo a operação (com prédio e serviço) ou terceirizar apenas o serviço e ter o prédio próprio. Quando aluga apenas o prédio, a empresa tem o custo do aluguel referente ao imóvel. Processing math: 6% SERVIÇOS TERCEIRIZADOS DA OPERAÇÃO DE ARMAZENAGEM E PRÉDIO A empresa estabelece um contrato contemplando os serviços a serem prestados para salvaguardar sua imagem que estaráligada ao terceiro. O pessoal da terceirizada terá contato com o cliente; entretanto, é a marca da empresa que o cliente verá. Para gerenciar bem a relação, é necessário um processo de comunicação eficaz. PROPRIETÁRIA DO ARMAZÉM, MAS TERCEIRIZA SERVIÇOS DE ARMAZENAGEM Espaços e serviços de armazenagem que estiveram ociosos podem ser comercializados para outras empresas, o que contribui para a geração de receita. Para garantir segurança, é importante haver o estabelecimento de contratos com cláusulas claras. Nessa modalidade, os custos serão compartilhados entre os clientes que locam espaços no armazém, os quais, aliás, pagarão valores proporcionais ao espaço ocupado e ao tempo de armazenamento dos produtos. PROPRIETÁRIA DO ARMAZÉM, MAS TERCEIRIZA SERVIÇOS DE ARMAZENAGEM Armazéns de propriedade pública presentes em portos, aeroportos e estações aduaneiras interiores (EADI) Para curtos períodos de armazenagem, armazéns desse tipo são uma boa opção, pois possuem baixos custos. A segurança e o bom nível de cuidado são pontos positivos. Em contrapartida, as EADI não dispõem de tecnologia de ponta para a movimentação e o controle das mercadorias, pois esses locais são destinados apenas para armazenagem dos produtos. Processing math: 6% MATRIZ COM ARMAZÉM/SERVIÇOS PRÓPRIOS E TERCEIRIZAR SERVIÇOS EM OUTRAS REGIÕES ONDE ELA COMERCIALIZE SEUS PRODUTOS Ocorre o envio de mercadorias de comércio exterior por meio dos armazéns públicos alfandegados. Essa opção pode perfazer uma composição de custos atrativa sem prejudicar o nível de serviço prestado aos clientes. A empresa terá de definir qual das opções apresentadas ela escolherá. Elas possuem vantagens e desvantagens; portanto, é possível que haja uma combinação das modalidades apresentadas. Essa escolha depende das prioridades do negócio, das possibilidades de armazenagem disponíveis e dos custos associados às operações. Porto seco ou estação aduaneira interior (EADI) é um terminal intermodal terrestre diretamente ligado por estrada, via férrea e/ou até aérea, sendo um depósito alfandegário localizado na zona secundária (fora do porto organizado), geralmente no interior. Ele recebe as cargas ainda consolidadas, podendo nacionalizá-las de imediato ou trabalhar como entreposto aduaneiro. Dessa forma, o porto seco armazena a mercadoria do importador pelo período que ele desejar em regime de suspensão de impostos, podendo fazer a nacionalização fracionada. DIRETRIZES PARA A OPERAÇÃO DO PROCESSO DE ARMAZENAGEM: PLANEJADA, FLEXÍVEL E SIMPLES Observe quais são essas diretrizes: � Processing math: 6% 1 Garantir a integridade física dos produtos. 2 Armazenar produtos em locais apropriados conforme legislações ou aspectos técnicos; � � 3 Assegurar que o armazém seja flexível para que várias operações possam ser realizadas simultaneamente. 4 Propiciar que o fluxo dos produtos no armazém aconteça da forma mais simples possível, evitando procedimentos ou custos desnecessários. Processing math: 6% � � 5 Projetar o espaço físico do armazém para que ele contenha a maior quantidade possível de produtos, garantindo condições seguras para os trabalhadores na operação. A verticalização da armazenagem em estantes altas é uma alternativa. 6 Garantir manutenções preventivas ou corretivas adequadas para a melhor utilização dos equipamentos de movimentação de produtos. � � 7 Processing math: 6% Respeitar limites de peso e demais condições para os equipamentos da movimentação de produtos a fim de minimizar custos de manutenção. 8 Avaliar econômica e tecnicamente a opção de compra ou de locação dos equipamentos da movimentação de produtos em função de suas taxas de utilização e das condições comerciais para locação ou venda no local onde a organização opera. Evitar o custo de manter equipamento parado é boa opção. � � 9 Assegurar a correta utilização de sistemas. Exemplo: o sistema de gerenciamento de armazéns (WMS) contribui para uma operação eficaz do armazém graças ao gerenciamento de informações dele relativas à entrada, à saída e à localização de produtos. Warehouse management system (WMS) ou, em português, sistema de gerenciamento de armazém, é uma parte importante da cadeia de suprimentos e fornece a rotação dirigida de estoques, as diretivas inteligentes de picking e uma consolidação automática cross- docking para maximizar o uso do valioso espaço dos armazéns. O sistema também dirige ou otimiza a disposição de “put-away ” ou colocação no armazém, baseando-se, para isso, em informações de tempo real sobre o status do uso de prateleiras. Processing math: 6% CUSTOS ASSOCIADOS À ARMAZENAGEM Observaremos a seguir os principais custos relacionados à armazenagem: FUNCIONÁRIOS: salários, horas extras, encargos trabalhistas, seguro, assistência médica/odontológica, cesta básica/alimentação, transporte e equipamento de proteção individual (EPI); GERAL: material de consumo, aluguel de imóveis, depreciação de equipamentos e de imóveis, manutenção (peças de reposição ou serviços), impostos, taxas, associações de sindicatos de classe, energia e água. Processing math: 6% ADMINISTRAR AS QUESTÕES E TOMAR DECISÕES ACERTADAS Todas as decisões que envolvem o armazenamento devem ser tomadas com base em fatos ou dados, principalmente os que estejam relacionados à determinação dos custos. Fatores que contribuem para a determinação dos custos de armazenagem variam conforme o negócio. Eles englobam: � Características de recebimento: altos volumes ou produtos especiais consomem mais custo. Características de acondicionamento: determinadas mercadorias exigem um cuidado especial na armazenagem, como manutenção de temperatura, condições ambientais específicas e locais separados. � � Características de seleção de pedido: separação adequada de tipos de produtos por lotes levam tempo, o que significa custo. Necessidade de etiquetagem: procedimento que necessita de mão de obra, tempo e etiquetas, gerando um custo. Processing math: 6% � � Característica de reembalagem: pode ocorrer de acordo com a negociação entre o fabricante e o armazém ou por conta de danos à embalagem original. Necessidade de mão de obra direta e de equipamentos: a operação do armazém acontece por meio da mão de obra de funcionários e de equipamentos, gerando um custo. � � Necessidade de recursos indiretos: manutenção, higienização e mão de obra extra são exemplos disso. CENTRALIZAR OU DESCENTRALIZAR A ARMAZENAGEM A decisão entre centralizar ou descentralizar a armazenagem é vital. Existem vantagens e desvantagens nos dois casos. A organização deve considerá-las em função de suas políticas e prioridades. Veremos agora cada uma dessas escolhas. Processing math: 6% DESCENTRALIZAR Ocorre com a utilização de armazéns em diversos locais, havendo gestões independentes para cada um deles. Neste caso, teremos baixa economia de escala e menor eficiência em comparação com a estrutura centralizada e o maior controle das operações. Isso diminui o risco de interrupção de abastecimento, pois pode haver transferência interna em casos de ausências emergenciais de suprimentos, bem como o custo de transporte, em função da existência de vários armazéns de onde as mercadorias são expedidas. Conseguimos estoques de segurança maiores, gerando um maior nível de serviço ao cliente mediante a disponibilidade dos produtos. CENTRALIZAR Neste caso, há uma maior economia de escala com armazém em um local, sendo mais fácil reduzir custos. Entretanto, com o estoque mantido centralizado, aumenta-se o risco de interrupção total do abastecimento, já que toda a distribuição parte da mesma origem e depende da mesma unidade. Além disso, o estoque de segurança é menor, potencializando um nível de serviço ao cliente abaixo de outros tipos de armazenagem devido à possível ausência dos produtos. Já o custo de transporte se torna maior da mesma forma, pois entregas com destinos mais distantes têm o mesmo ponto de origem.CÁLCULO DO CUSTO DE ARMAZENAGEM Habitualmente, as empresas calculam o custo total de armazenagem. De forma resumida, esse tipo de custo é traduzido como o dinheiro envolvido nesse sistema. Apresentaremos na tabela a seguir duas métricas para se calcular do custo de armazenagem. A primeira será por item; a segunda, para todo o estoque. Dados Por item Para todo o estoque Processing math: 6% CA = custo armazenagem anual Q = quantidade de peças em estoque P = preço unitário por peça Df = despesas com material auxiliar, manutenção, edificação, equipamento ou mão de obra i = taxa de juros anual, custo de captação de dinheiro no mercado CA = Q 2 P + DF I CA = Q 2 P × I Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Tabela: Inter-relação entre componentes do custo logístico. Para reforçar seu aprendizado, analisaremos agora um estudo de caso indicado por Pozo (2019, p. 58): ESTUDO DE CASO Vamos calcular o custo de armazenagem anual de um item de estoque (“engrenagem”) e de todo o estoque de uma empresa com os seguintes dados: 200 engrenagens em estoque com custo de R$25 por unidade; {[ ( ) ] } [ ] Processing math: 6% R$1.250.000 de estoques (matéria-prima, em processos e estoque acabado); R$85.000 mensais de gastos gerais da área de materiais; R$15.000 mensais de gastos com pessoal (sem encargos); R$25.000 despesas gerais de compras; 80% de encargos trabalhistas; 40% de custo do dinheiro/ano. a) Cálculo do custo de armazenagem da engrenagem: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal CA = Q 2 P × iCA = 200 2 R$ Custo anual de armazenagem das engrenagens = R$1.000. CA=Q2P+DfiQ2P=R$1.250.0002=Q2P=R$625.000 Df=R$85.000+R$15.000+R$15.000×0,8Df=$112.000 CA=$625.000+$112.000×0,4⇒CA=$737.000×0,4⇒CA=$294.800 Custo anual de armazenagem das engrenagens = R$294.800. [ ] [ ] Processing math: 6% CUSTO DE ARMAZENAGEM Falaremos neste vídeo sobre os custos da armazenagem e suas particularidades. VERIFICANDO O APRENDIZADO Processing math: 6% 1. CUSTOS DE ARMAZENAGEM SÃO UM DOS COMPONENTES IMPORTANTES NA COMPOSIÇÃO DO CUSTO TOTAL LOGÍSTICO. APONTE A ALTERNATIVA EM QUE ESTÃO LISTADOS OS PRINCIPAIS FATORES QUE COMPÕEM ESSES CUSTOS. A) Custos variáveis, fixos, diretos e indiretos. B) Custo controlável, não controlável, padrão, meta e oculto. C) Custo de materiais, de pessoal, de equipamentos e manutenção e de edificações. D) Custo da qualidade, da não qualidade, relevante e não recuperável. E) Custo controlável, da qualidade, padrão, relevante e oculto. 2. A DECISÃO SOBRE CENTRALIZAR OU DESCENTRALIZAR A ARMAZENAGEM SE RELACIONA FORTEMENTE COM AS QUESTÕES DE REDUÇÃO DE CUSTOS E A SATISFAÇÃO DE CLIENTES, CONSTITUINDO UM DOS GRANDES DESAFIOS PARA ESSA TEMÁTICA. ESCOLHA A ALTERNATIVA NA QUAL ESSAS QUESTÕES ESTÃO DESCRITAS DE FORMA COERENTE. A) Centralizar - armazéns sempre únicos - gestões compartilhadas - média economia de escala - mesma eficiência se comparada à estrutura descentralizada - menor controle das operações - mesmo risco de interrupção de abastecimento - mesmo custo de transporte - estoques de segurança iguais - mesmo nível de serviço ao cliente. B) Descentralizar - armazéns em diversos locais - gestões independentes - baixa economia de escala - menor eficiência se comparada à estrutura centralizada - maior controle das operações - diminui o risco de interrupção de abastecimento - diminui o custo de transporte - estoques de segurança maiores - maior nível de serviço ao cliente. C) Centralizar - armazéns em diversos locais - gestões independentes - alta economia de escala - maior eficiência se comparada à estrutura descentralizada - mesmo controle das operações - diminui o risco de interrupção de abastecimento - diminui o custo de transporte - estoques de segurança maiores - maior nível de serviço ao cliente. D) Centralizar - armazéns alfandegários - gestões unificadas - baixa economia de escala - mesma eficiência se comparada à estrutura descentralizada - sem controle das operações - Processing math: 6% sem risco de interrupção de abastecimento - sem custo de transporte - estoques de segurança iguais - nível de excelência de serviço ao cliente. E) Descentralizar - armazéns alfandegários - gestões múltiplas - alta economia de escala - mesma eficiência se comparada à estrutura centralizada - controle alternativo das operações - com risco de interrupção de abastecimento - com custo de transporte - estoques de segurança iguais - nível de excelência de serviço ao cliente. GABARITO 1. Custos de armazenagem são um dos componentes importantes na composição do custo total logístico. Aponte a alternativa em que estão listados os principais fatores que compõem esses custos. A alternativa "C " está correta. A opção apresenta corretamente os fatores que compõem os custos de armazenagem. As demais alternativas até apresentam tipos de custos, mas eles estão em outras categorias; dependendo do contexto, se aplicam tanto para a armazenagem quanto para os outros components. 2. A decisão sobre centralizar ou descentralizar a armazenagem se relaciona fortemente com as questões de redução de custos e a satisfação de clientes, constituindo um dos grandes desafios para essa temática. Escolha a alternativa na qual essas questões estão descritas de forma coerente. A alternativa "B " está correta. Essa alternativa contém as relações coerentes das opções de redução de custos e de satisfação de clientes em função da decisão de centralizar ou descentralizar. As demais opções apresentam algumas dessas relações de forma incoerente. MÓDULO 3 Processing math: 6% Distinguir custos de estoque e suas particularidades ESTRATÉGIAS DE ESTOQUE Existem duas estratégias aqui: uma é baseada em alocar (empurrar) estoques para os pontos de estocagem; a outra, ao contrário, os puxa para esses pontos baseando-se em regras de reabastecimento. Como outras estratégias, temos a opção de localizar, de forma seletiva, vários itens na linha de produção da empresa, no armazém regional ou no campo. Outra opção é gerenciar os níveis de estoque por métodos de revisão contínua de estoque. Eis um exemplo simples disso: Uma empresa que fabricava máquinas para escritório deu um passo arrojado para economizar tempo na manutenção de suas máquinas. Tradicionalmente, os técnicos saíam do centro de assistência técnica e se dirigiam até o cliente que havia solicitado o conserto. Altamente treinados e muito bem pagos, os técnicos gastavam uma grande quantidade de tempo viajando. A empresa redesenhou seu sistema logístico, de forma que estoques em consignação e máquinas de reposição foram colocados por todo o país. Agora, quando uma máquina quebra, outra é enviada ao cliente, enquanto a danificada é enviada para reparo no Processing math: 6% centro de serviço. O novo sistema não economizou apenas custos de reparação, mas também melhorou a qualidade dos serviços prestados ao cliente. Fonte: BALLOU, 2001, p. 40. POLÍTICAS DE ESTOQUES Elas decorrem de objetivos e padrões de desempenho que devem ser estabelecidos pela direção da organização aos gestores logísticos. Essas políticas precisam garantir o foco na manutenção do nível de prestação de serviço em grau elevado. Listaremos a seguir as políticas de estoques: 1 Estabelecimento de metas de prazo de entrega de produtos aos clientes. 2 Definição de composição e quantificação de número de depósitos, centros de distribuição e/ou almoxarifados e da lista de produtos. 3 Estabelecimento dos parâmetros para a definição de estoques reguladores por intermédio de compras antecipadas para se beneficiar por preços e compras de lotes – e, assim, para obter melhores descontos. 4 Estabelecimento de indicadores ou metas para a rotatividade de estoques. 5 Estabelecimento dos níveis de flutuação aceitáveis dos estoques para atender a potenciais alterações de demanda. Parametrizaremos agora a compatibilização das diretrizes de gestão deestoque à definição do nível de serviço que a organização pretende garantir aos clientes. Já o nível de atendimento pode ser medido pelo percentual da demanda que o almoxarifado ou a expedição deve garantir em estoque. Processing math: 6% � EXEMPLO A equação que expressa o estoque necessário em função do nível de serviço é: Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ESTOQUE=DEMANDA×Nível de atenimento % Caso a organização opte por um nível de serviço de 90% com um consumo (almoxarifado) ou venda mensal (expedição) de 800 unidades, ela deve manter em estoque o resultado de 800 × 0,90 = 720 unidades para pronta-entrega. Vemos então que, para definir quais diretrizes de estocagem a organização pretende adotar, ela tem de identificar o nível de atendimento pretendido por seus clientes para que possa calcular o investimento necessário a ser feito em seu estoque. Dificilmente uma empresa pratica menos que 80% de nível de serviço, pois, caso assim o fizesse, seria difícil atender aos compromissos perante os clientes. Não parece exequível estabelecer como meta alcançar 100% de atendimento desse nível, uma vez que isso demanda um alto investimento. O dimensionamento de estoques se relaciona com: Quantidade de capital investido. � � Disponibilidade de estoque associada ao nível de atendimento ao cliente. � � Mensuração dos custos pertinentes. � � Acompanhamento contínuo do consumo ou da demanda. Processing math: 6% TÉCNICAS DE PREVISÃO DE ESTOQUES Quais aspectos fundamentais estão relacionados a essas técnicas? Elas buscam compatibilizar as particularidades de cada operação logística e organização. Baseadas em dados quantitativos ou qualitativos, essas técnicas apresentam comportamentos dinâmicos que podem ser influenciados ao longo do tempo (passado e futuro): PROJEÇÃO: estabelece-se uma previsão de natureza quantitativa e admite-se que o futuro repetirá o passado, ou assume-se que as vendas futuras terão comportamento similar ao das passadas. EXPLICAÇÃO: aplicadas as técnicas de correlação e regressão, procura-se associar as vendas passadas a fenômenos ou a acontecimentos com variáveis de evolução previsíveis ou conhecidas.Processing math: 6% PREDILEÇÃO: são realizadas as previsões pelos funcionários capacitados ou conhecedores do histórico e dos fatores que influenciam as vendas com o potencial de influenciar o futuro. USO DE LOCAIS DE ESTOQUE As organizações empenham esforços para minimizar o uso dos locais de estocagem, procurando, sempre que possível, sincronizar o ritmo de sua produção com a demanda do consumidor. Com isso, buscam evitar o acúmulo dos estoques ao longo da cadeia de suprimentos para alcançar menores custos, aumentar a frequência de carregamentos ou descarregamentos e acelerar os giros de estoques. A fim de atender às demandas atuais, os armazéns contemporâneos apresentam uma proposta de valor mais abrangente em termos de benefícios econômicos e da qualidade do serviço. Entre esses benefícios econômicos, temos a consolidação e o fracionamento de carga, picking (separação), armazenamento sazonal e logística reversa. Quanto ao serviço, seus benefícios incluem estoque ocasional, o de linha completa e o de serviços com valor agregado. Características como personalização, velocidade e movimentação vêm alterando a perspectiva do armazenamento com a finalidade de atender às demandas atuais por operações logísticas mais ágeis, eficazes e com o menor custo possível. Os níveis de estoques variam quando os fluxos de entrada e de saída da etapa sofrem alterações entre si. Segundo a escola de pensamento consagrada pelo lean manufacturing , os estoques devem ser evitados por “esconderem” as imperfeições do sistema e tornarem os gestores lenientes quanto aos problemas. O lean manufacturing , que pode ser traduzido como manufatura enxuta, possui origem no sistema Toyota de produção. Trata-se de uma filosofia de gestão focada na redução dos sete tipos de desperdícios visuais (superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos). Eliminando esses desperdícios, a qualidade melhora, enquanto o tempo e o custo de produção diminuem. Processing math: 6% As ferramentas lean incluem processos contínuos de análise (kaizen ), produção pull (no sentido de kanban ) e elementos ou processos à prova de falhas (poka-yoke ). TIPOS DE ESTOQUES Observemos agora a seguinte organização apresentada para os estoques: OBSERVEMOS AGORA A SEGUINTE ORGANIZAÇÃO APRESENTADA PARA OS ESTOQUES: TIPOS CATEGORIAS Os estoques podem ser dos seguintes tipos: Matérias-primas; Material em processo;Processing math: 6% Produtos semiacabados ou intermediários; Produtos acabados; Insumos, peças sobressalentes ou componentes comprados de terceiros; Peças manufaturadas. Ainda podemos ter as seguintes as categorias: Estoque em consignação; Estoque de materiais improdutivos ou de resíduos. Você deve saber que os gestores da cadeia de suprimentos se deparam constantemente com uma questão delicada. É certo que, quando executam a compra de quantidade maior de um determinado produto, eles obtêm descontos melhores. Entretanto, isso pode se transformar em um custo maior de estoque para a manutenção desses itens. Sendo assim, para evitar essa questão, as organizações precisam comprar com base no lote econômico de compras (LEC). O LEC oferece os parâmetros necessários da quantidade a ser comprada. Na mesma linha de raciocínio, quanto maior a quantidade transportada em um veículo, menor o custo unitário do frete na carga. Como na questão das compras, o transporte de uma quantidade maior de carga gera um maior estoque dos produtos. Neste caso, o trade-off a ser feito é o de definir a quantidade ideal de carga a ser transportada de modo que isso não eleve o custo relativo à manutenção de estoques. Os custos de estoque podem ser divididos em dois: de aquisição (custo de pedido) e de manutenção. O primeiro se refere ao quanto a empresa gasta ao adquirir produtos. Ele é entendido como composto, pois, além do custo dos itens propriamente dito, também contempla o de transporte até o local de uso, além dos custos operacionais relativos ao processamento do pedido. Processing math: 6% Nesses custos de processamento, são incluídos os da transmissão do pedido ao fornecedor, seja por meios eletrônicos ou por métodos manuais, os do transporte dos itens até o ponto solicitado e aqueles decorrentes das inspeções de qualidade. Estão incluídos no custo de manutenção de estoques os custos necessários para manter os itens armazenados por tempo determinado. Eles são compostos pelo custo de capital e de armazenagem, além daqueles relacionados a seguros, taxas, impostos, perdas ou deterioração da mercadoria. Custo de capital é o investimento da organização na compra desses produtos. Mediante esse investimento, a organização deixa de investir esse valor em outras questões. O custo de propriedade dos produtos durante o ano se subdivide em: CUSTOS DE ESPAÇO: eles são calculados e cobrados pela utilização da área do local onde os produtos estão armazenados. Podem ser de propriedade da empresa ou alugados. Os custos de espaço devem ser considerados aqueles relativos à construção do local e às condições especiais de armazenamento dos produtos, como, por exemplo: Perecíveis; Medicamentos; Explosivos; Produtos químicos; Demais produtos que exigirão condições especiais de armazenagem, como controle de temperatura, umidade relativa doar, iluminância e vedações. Esses controles aumentam os custos. CUSTOS DE CAPITAL: são o valor financeiro imobilizado na estocagem. Apresentam-se normalmente de forma subjetiva ou intangível, já que representam o ativo de curto e longo prazos da organização, assim como a taxa de juros submetida e a de oportunidade de mercado em que a organização esteja inserida. Processing math: 6% CUSTOS DOS SERVIÇOS DE ESTOCAGEM: são apólices de seguroou impostos dos produtos armazenados. Esses custos são indexados à quantidade de produtos: quanto maior a quantidade em estoque, maior o valor pago. CUSTOS DOS RISCOS NA ARMAZENAGEM: avarias, roubos e obsolescência do material. Eles são, portanto, estimados como a perda direta dos produtos armazenados. Trata-se do gasto médio para manter a mercadoria em estoque (também chamado de custo médio de armazenagem). Apresentaremos a seguir um exemplo dos custos relacionados a estoque ou armazenagem apresentado por Caxito (2019, p. 166): ESTUDO DE CASO Empresa fictícia Produz Eletro (fabricante de produtos eletrônicos) Custos de estoque = custos de aquisição (custo de pedir) e custos de manutenção. Custos de aquisição (custo de pedir) - despesas que a empresa teve para colocar o produto em seu estabelecimento. Despesas = custo do processamento + transmissão do pedido ao fornecedor + custo do transporte da mercadoria + custo de inspeção. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Custos de pedir CP=S×DQ Sendo: S = Custo médio por pedido ⇒ Q = Quantidade por pedido (lote de compra) ⇒ D = Média anual da demanda (em unidades) O valor do custo médio por pedido representa o quanto é gasto em média para se efetuar um pedido. Exemplificando: a empresa precisa comprar 1.000 unidades de uma matéria-prima de seu provedor externo ao preço de R$ 50 por unidade. Processing math: 6% Sabe-se que ela tem os seguintes custos para realizar cada pedido: Transporte do fornecedor até a empresa (em média): R$500 por carregamento (independentemente da quantidade transportada); Custos internos do departamento de compras: R$5 por pedido (valor médio); Inspeções de qualidade realizadas em todos os lotes (uma amostra/por lote) = Custo da amostra R$50 + Custo da inspeção R$1 = R$51 por pedido. Qual o custo médio do pedido para essa empresa? Temos: Custo de transporte: R$500 (por pedido). ⇒ Custos do pedido (compras): R$5 (por pedido). ⇒ Custos de inspeção: R$ 51 (por pedido). ⇒ Logo: S = 500 + 5 + 51 = R$556 ⇒ Portanto, o custo médio por pedido dessa mercadoria na empresa é de R$556. ⇒ D = Média anual da demanda (em unidades). A média da demanda anual é dada pela divisão da quantidade comprada no ano pelos meses do ano (12 meses), conforme indica o exemplo a seguir. A mesma empresa citada compra no ano 1.200 unidades dessa matéria-prima. Qual é a sua média anual de demanda? D=120012=100un. ⇒ Q = Quantidade por pedido (lote de compra) ⇒ Representa a quantidade comprada a cada pedido. Com os dados dos exemplos anteriores, pede-se o custo do pedido para a quantidade comprada de 2 mil unidades. CP=S×DQ CP=556×1002.000 CP=R$27,80 Observaremos agora um exemplo de cálculo de estoque elencado pelo mesmo autor (2019, p. 169): ESTUDO DE CASO A empresa IndFarma, que atua no ramo de fabricação de medicamentos farmacêuticos, realiza a aquisição de determinada matéria-prima em lotes de 500kg. O preço por kg dessa matéria- prima é R$20. Sabe-se que a empresa usa a taxa de 85% referente ao custo de manutenção de Processing math: 6% estoque. Qual é o custo médio anual de manutenção dos estoques dela para essa matéria- prima? Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Cm=Q2×P×I⇒Cm=5002×20×0,85⇒Cm=R$4.250 Demonstraremos a seguir para um exemplo mais completo proposto por Pozo (2019, p. 70): ESTUDO DE CASO As vendas da fábrica Móveis De Linea, no ano de 2017, totalizaram R$23,5 milhões, com um volume de estoque representando 21% das vendas anuais. Um estudo das ações de logística mostrou que o custo anual de manutenção de estoque foi de 20%, enquanto os custos operacionais (excluindo o custo de estoque) foram de R$12 milhões anuais. A empresa, então, realizou mudanças e implantou a logística integrada. Em 2018, ela conseguiu reduzir seu nível de estoque para 5% das vendas, que foi de R$27,5 milhões, enquanto o custo operacional aumentou em 10%. Com esse resultado, a fábrica aumentou seu lucro bruto? Qual era o lucro anterior e o atual? Foi positiva a mudança? Por quê? Respostas: O estoque anterior era de 23,5 × 0,21 = R$ 4,935 milhões; O custo anual de manutenção de estoque era de 4,935 × 0,2 = R$987 mil; O custo operacional era de R$12 + 0,987 = R$12,987 milhões; O lucro bruto era de 23,5 – 12,987 = R$10,513. Situação após mudanças: Processing math: 6% O estoque anterior ficou em 27,5 × 0,05 = R$2,75 milhões; O custo anual de manutenção de estoque ficou em 2,75 × 0,2 = R$550 mil; O custo operacional passou para 12 × 1,10 = R$13,2 milhões; O lucro bruto passou para 27,5 – 13,2 = R$14,3 milhões. O lucro bruto anterior era de R$10,513 milhões e o atual, de R$14,3 milhões Como podemos constatar, o lucro bruto aumentou em [(14,3 – 10,513) ÷ 10,513] = 36%. A mudança foi positiva em razão de se ter: Reduzido o espaço e o custo de armazenagem e aumentado o espaço disponível para a fabricação; Aumentado as vendas; Incrementado a margem de lucro; Melhorado a satisfação do cliente etc. Processing math: 6% CUSTO DE ESTOQUE Trataremos neste vídeo dos custos do estoque e de suas particularidades. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. POLÍTICAS DE ESTOQUES SÃO FERRAMENTAS IMPORTANTES PARA A BOA GESTÃO DE ESTOQUES DAS EMPRESAS. APONTE A ALTERNATIVA EM QUE CONSTAM ALGUNS EXEMPLOS CORRETOS DESSAS POLÍTICAS. A) Estabelecimento dos modais de transportes adequados; estabelecimento de metas de qualidade de produto; definição do público-alvo a ser atendido. B) Estabelecimento de meta para gasto com combustível; estabelecimento de meta de idade máxima para frota de veículos; definição do público-alvo a ser atendido. C) Definição do público-alvo a ser atendido; estabelecimento de meta para tempo máximo de entrega de item; estabelecimento de meta para número de manutenções preventivas por ano. D) Estabelecimento de indicadores ou metas para a rotatividade de estoques; estabelecimento de metas de prazo de entrega de produtos aos clientes; definição de composição e quantificação de número de depósitos, centros de distribuição e/ou almoxarifados e da lista de produtos. Processing math: 6% E) Estabelecimento de meta para número de manutenções preventivas por ano; estabelecimento de meta de idade máxima para frota de veículos; definição do público-alvo a ser atendido. 2. AS TÉCNICAS DE PREVISÃO DE ESTOQUES SÃO MUITO IMPORTANTES PARA QUE AS EMPRESAS CONSIGAM ADMINISTRAR BEM OS SEUS ESTOQUES. INDIQUE A ALTERNATIVA EM QUE AS TRÊS TÉCNICAS MAIS CONHECIDAS ESTÃO LISTADAS. A) Just in time , kaisen e gestão de qualidade total. B) Rotatividade, estoque de segurança e estoque regulador. C) Ruptura de fatores que compõem os custos de armazenagem (estoque), trade-off (direito de escolha) e just in time . D) Lean manufacturing (manufatura enxuta), logística reversa e just in time. E) Projeção, explicação e predileção. GABARITO 1. Políticas de estoques são ferramentas importantes para a boa gestão de estoques das empresas. Aponte a alternativa em que constam alguns exemplos corretos dessas políticas. A alternativa "D " está correta. A resposta condiz com exemplos claros de políticas de estoques. As demais alternativas até apresentam itens que podem ser relacionados a políticas, mas eles estão relacionados a outro tema, como, por exemplo, os transportes, ou são simplesmente genéricos. 2. As técnicas de previsão de estoques são muito importantes para que as empresas consigam administrar bem os seus estoques. Indique a alternativa em que as três técnicas mais conhecidas estão listadas. A alternativa "E " está correta. Processing math: 6% A alternativa apresenta as técnicas de previsão de estoque consagradas. As demais opções até trazem temas relacionados ao tema logística, embora o façam em um contexto genérico. MÓDULO 4 Identificar custos de transporte e suas particularidades CUSTO DE TRANSPORTE O transporte de produtos está presente em diversas etapas da cadeia de suprimentos. Algumasvezes, ele figura no deslocamento de materiais e componentes para as unidades fabris; em outras, leva os produtos acabados para os centros de distribuição (CD) e, dos CD, para as lojas ou os pontos de venda. Ainda há situações de entrega dos produtos diretamente ao consumidor final. Custos relativos a transporte (considerado o elo entre os canais da cadeia de suprimentos) são relevantes para o processo logístico. Eles, portanto, acabam sendo influenciados pelos tipos de modais escolhidos, como, por exemplo, rodoviário, ferroviário, dutoviário, aeroviário eProcessing math: 6% aquaviário (hidroviário). Os principais custos relacionados são o frete e o seguro a ser contratado para a carga. Em caso de comércio exterior, existem custos com despachantes aduaneiros. Já aqueles relacionados aos modais de transportes contemplam as atividades de manutenção dos veículos, aquisição do combustível e remuneração de mão de obra. Em diversas situações, utiliza-se mais de um modal de transporte na cadeia de suprimentos de um produto para realizar uma operação logística. Os custos acabam por variar de acordo com os tipos de veículos, as distâncias a serem percorridas, as características, o volume e o peso dos produtos, além da facilidade de acondicionamento, do manuseio e do risco envolvido Normalmente, são as distâncias e as formas de acesso que determinam a melhor opção de modal a ser escolhido. Questões como peso e volume das cargas e produtos também podem determinar o tipo a ser adotado. Já os riscos – e, consequentemente, custos maiores – estão relacionados a determinadas cargas e produtos. Devemos observar aspectos, como, por exemplo, perecibilidade, inflamabilidade, fragilidade, periculosidade, dimensões e pesos especiais, os quais, por sua vez, exigem cuidados específicos e estão submetidos a legislações de diversos tipos de órgãos ou agências reguladoras. Entre os fatores que afetam os custos e o nível de serviço em transporte, podemos destacar a regulamentação, a competição, as exigências dos clientes, a infraestrutura, a privatização e a globalização. QUESTÕES E CUSTOS ASSOCIADOS AOS MODAIS DE TRANSPORTES RODOVIÁRIO Processing math: 6% Fonte: Shutterstock.com É o nosso modal mais utilizado em comparação aos outros. Em determinadas situações, torna- se possível reduzir os custos da operação logística mediante a combinação de mais de um modal de transporte na cadeia de suprimentos. No caso de caminhões, a mesma empresa pode ter veículos próprios ou terceirizados – ou até trabalhar com ambos. A terceirização geralmente é adotada como opção para minimizar custos com transporte, mas é preciso escolher bem antes de tomar tal decisão para se aliar custo e qualidade dos serviços prestados. O Brasil apresenta a menor quantidade de rodovias pavimentadas (213 mil quilômetros) na comparação com países como Alemanha, China, Índia, Rússia e Estados Unidos. Muito embora esse modal de transporte represente aproximadamente 60% de nossas cargas domésticas em tonelada por quilômetro útil (TKU), países de extensões semelhantes às do Brasil, como China e Estados Unidos, contam com 20 vezes mais malhas de rodovias pavimentadas. Os levantamentos do Observatório Nacional de Transporte e Logística (ONTL) apontam que o Brasil possui um pequeno e preocupante dado: apenas 14% de suas rodovias são asfaltadas (dentro de uma extensão de 1,6 milhão de quilômetros de malha rodoviária). Isso representa 1,3 milhão de rodovias não asfaltadas. Esse número é alarmante. A China, entre 2008 e 2018, pavimentou 1,3 milhão de quilômetros, ou seja, em apenas 11 anos, a nação oriental pavimentou a extensão de rodovias existentes no Brasil. Infelizmente, isso revela uma ineficiência preocupante relacionada à nossa malha rodoviária. Podemos inferir que os custos extras – apenas relacionados a combustíveis, pneus e peças de reposição – que incidem sobre os veículos alcançam uma taxa de aproximadamente 30%.Processing math: 6% TKU é uma unidade física que mede o esforço. Ela pode ser entendida como as toneladas úteis (ou seja, apenas o peso da carga, sem considerar a taxa dos equipamentos empregados) transportadas por quilômetro. AÉREO Fonte: Shutterstock.com Esta modalidade de transporte tem um custo superior, porém possui uma velocidade. Por conta disso, ela é aconselhável para entregas urgentes. Em determinadas situações, a via aérea poderia viabilizar a diminuição do total do custo logístico, já que o pagamento do seu preço poderia ser compensado na comparação com os benefícios alcançados graças à ampliação da velocidade e da confiabilidade. Seus atributos oferecem benefícios a inúmeras atividades. Vejamos quais delas são as mais afetadas positivamente: MANUTENÇÃO DOS INVENTÁRIOS: possibilita a redução de estoques. Em decorrência disso, também são reduzidos o custo de capital, os valores de imposto/seguros/armazenagem/obsolescência e o percentual de danificações/furtos da manutenção de inventários. ARMAZENAGEM: Processing math: 6% a velocidade e a agilidade permitem a redução de armazéns e possibilitam que as entregas sejam diretamente remetidas a clientes distantes. Mesmo não eliminando todo o depósito, isso permite redimensionar a rede e diminuir instalações, as quais, apesar de necessárias, custam dinheiro e provocam problemas. EMBALAGEM: ele gera o benefício e a consequente redução de custos por demandar menos embalagens para os produtos que outros modais, pois eles ficam menos acessíveis. HIDROVIÁRIO (AQUAVIÁRIO) Fonte: Shutterstock.com Este meio é o mais indicado quando há mais tempo disponível para a entrega. No caso de longos percursos, possui alta capacidade e valores acessíveis. Os navios no Brasil esperam mais de uma semana para atracar, enquanto o padrão internacional é inferior às 24 horas, demonstrando uma significativa ineficácia de nosso país. A operação portuária é extremamente burocrática e responde a 11 órgãos ministeriais que não trabalham em conjunto. Um contêiner fica, em média, nove dias esperando para ser desovado. Enquanto a produtividade dos guindastes nos portos do Rio e de Santos é respectivamente de 9 e 12 contêineres por hora, em Buenos Aires ela é de 22 e, em Hamburgo, de 28. Talvez por isso o Brasil ocupe a 124ª colocação (considerada média) em um ranking de 190 países no índice de facilidade de se fazer negócios (ease of doing business ) do ano de 2020.Processing math: 6% Em 2017, o maior navio de cargas recebido no Porto de Santos era o Conteineiro Hyundai Loyalt, com 340 metros de comprimento. Sua capacidade máxima era de 8.600 contêineres twenty foot equivalent unit (TEU) ou, em português, unidade equivalente de transporte, contando ainda com 14,5m de calado. Em Hong Kong e outros tigres asiáticos, são recebidos navios com 399,87 metros de comprimento, com capacidade para mais de 21.413 contêineres TEU e calado de 16,2 metros. Ou seja, há um ganho absurdo de produtividade e custos. O índice de facilidade de fazer negócios foi criado em conjunto por Simeon Djankov e Gerhard Pohl, dois economistas líderes no setor da Europa Central e Oriental do Grupo Banco Mundial. A pesquisa acadêmica para esse relatório foi realizada com os professores Oliver Hart e Andrei Shleifer. Classificações mais altas (um valor numérico baixo) indicam melhores – e, geralmente, mais simples – regulamentações para as empresas e proteções mais fortes de direitos de propriedade. As pesquisas empíricas financiadas pelo Banco Mundial para justificar seu trabalho mostram que o impacto no crescimento econômico da melhoria dessas regulamentações é forte. FERROVIÁRIO Fonte: Shutterstock.com Processing math: 6% Há 80 anos, o Brasil tinha 30.000km de ferrovias. Hoje, nossa malha é de 29.798km, sendo praticamente a mesma. Em países onde o sistema ferroviário é priorizado em relação a outros modais, seus custos logísticos são menores devido ao baixo valor deste modal na comparação com outros. Além disso, ele possui maiorconfiabilidade e segurança. O Brasil tem uma enorme necessidade de ampliação da malha ferroviária, viabilizando mais pontos de integração entre os sistemas existentes. Historicamente, nossas ferrovias no passado eram destinadas às operações do comércio exterior – e isso propiciava uma baixa integração entre as linhas férreas. Infelizmente, o país apresenta a menor quilometragem de ferrovias (30 mil) em comparação a outros países extensos, como, por exemplo, Alemanha, China, Índia, Rússia e Estados Unidos. E ainda há outro fator depreciante: a baixa velocidade dos trens. Nossa velocidade média é de 25km/h; já nos EUA, ela varia entre 60 e 80km/h. DUTOVIÁRIO Esta modalidade apresenta maior custo fixo e o menor custo variável. É consistente e capaz de cumprir pontualmente os tempos de entrega estabelecidos. Além disso, ela não tem problemas de congestionamentos. Trata-se de um trabalho ininterrupto, movendo produtos líquidos ou gasosos por grandes distâncias e diminuindo a probabilidade de contaminação. � VOCÊ SABIA Apresentamos a menor malha de dutos (34 mil quilômetros) na comparação com outros países de grande extensão territorial, como, por exemplo, Alemanha, China, Índia, Rússia e Estados Unidos. Além disso, os principais produtos que o utilizam são de grande relevância para a economia, tendo o custo como uma das questões mais significativas: petróleo, gás natural, gasolina, querosene, esgoto e água. Entre as suas desvantagens, podemos destacar a baixa velocidade, o fato de ela ser limitada a poucos produtos e o maior custo fixo devido à construção da infraestrutura e à necessidade de controle das estações. Processing math: 6% PRINCIPAIS CONCLUSÕES Nos últimos anos, houve em nossa composição uma diminuição da participação do modal rodoviário e um aumento de outros modais, principalmente o ferroviário e o aquaviário. Em TKU, o Brasil movimentou 1,05 bilhão de reais pelo modal rodoviário (60%), 0,41 bilhão pelo ferroviário (23%) e 0,23 bilhão pelo aquaviário (13%). Esses outros modais são muito atrativos quando comparamos seus custos: o rodoviário, para movimentar uma tonelada por 1.000km (ou seja, 1.000 TKU), possui o custo médio de R$425. No aquaviário, informam Alvarenga e Lobo (2020), esse custo é de R$168 e, para o ferroviário, de R$66. O primeiro modal com maior participação entre os OL é o rodoviário, com 100% das empresas. Ele é seguido pelo aéreo, com atuação de 36% dos OL, e pelo marítimo, com 19%. Os modais ferroviário e fluvial são cobertos por um percentual pequeno das empresas que atuam em mercados de nicho, já que ambos exigem um tipo de estrutura operacional muito específica. Nenhuma das empresas analisadas na base atua no modal dutoviário. Fonte: KPMG; FDC, 2015. A maioria dos modais, com exceção do dutoviário, utiliza óleo diesel como combustível e lubrificantes. Ambos têm uma representatividade significativa para a composição de custos, atingindo 86% no ferroviário, 85% no aéreo, 55% no rodoviário e 23% no aquaviário. Apresentaremos a seguir um descritivo que nos ajudará a apropriar os custos operacionais de frota, aplicando os conceitos básicos que aprendemos, como custos diretos, indiretos, fixos e variáveis, e discriminando as principais despesas administrativas e de terminais. Processing math: 6% OPERAÇÃO DE TRANSPORTE - FATORES DE GERAÇÃO DE CUSTO Temos dois fatores que impactam a geração de custo. TEMPO: DURAÇÃO DA OPERAÇÃO DISTÂNCIA: DISTÂNCIA RODADA NA OPERAÇÃO TEMPO: DURAÇÃO DA OPERAÇÃO Veículo parado ou rodando gera custo do tempo. Esse custo sempre existe. Processing math: 6% DISTÂNCIA: DISTÂNCIA RODADA NA OPERAÇÃO. Somente o veículo rodando gera o custo relativo à distância. CUSTOS OPERACIONAIS DE TRANSPORTES Os custos operacionais de transportes possuem duas classificações: Custos diretos: eles podem ser fixos, pois dependem do tempo e ocorrem sempre (R$/mês ou R$/h), ou variáveis, já que dependem da distância e só ocorrem quando o veículo roda. Trata-se do custo decorrente da distância percorrida pelo veículo. � Custos indiretos: eles se subdividem em administrativos e terminais. CUSTOS DIRETOS Os custos diretos se organizam da seguinte forma: Custos fixos 1. Remuneração mensal do capital (RC) Processing math: 6% RC=VALOR DO VEÍCULO COMPLETO × TAXA DE JUROS12 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. Salário motorista (SM) SM=1+ES100×SALÁRIO DO MOTORISTA Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ES – taxa de encargos sociais Observação: Agregar ao salário outras despesas com motoristas (diárias/prêmios/horas extras). Verificar quais têm incidência de encargos sociais. 3. Salário de ajudantes (SA) SA=1+ES100×SALÁRIO AJUDANTE×Nº AJUDANTESVEÍCULO Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ES – taxa de encargos sociais 4. Salário de oficina própria (SO) SO=1+ES100×SALÁRIO MECÂNICON Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal ES – taxa de encargos sociais N – nº médio de veículos por mecânicos 5. Reposição do veículo (RV) Processing math: 6% RV=1-RV%×VALOR DO VEÍCULO DE REPOSIÇÃOVV Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VV – vida útil veículo RV% varia entre 20% e 60% (lembrete: 20% = 20/100 = 0,2) 6. Licenciamento (LC) LC=IPVA+DPVAT12 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal IPVA – vida útil veículo DPVAT – seguro obrigatório (danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre) 7. Reposição do equipamento (RE) RE=1-RE%×VALOR DO EQUIPAMENTO DE REPOSIÇÃOVE Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal VE – vida útil equipamento 8. Seguro veículo (SV) SV=V1+CUSTO APÓLICE×CIOF12 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal V1 – importância segurada X % de seguro do veículo Coeficiente CIOF corresponde ao IOF. Processing math: 6% 9. Seguro equipamento (SE) SE=V2+CUSTO APÓLICE×CIOF12 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal V2 – importância segurada X % de seguro do equipamento Coeficiente CIOF corresponde ao IOF. 10. Seguro responsabilidade civil facultativa (RCF) RCF=DP+DM+CUSTO APÓLICE×CIOF12 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Despesa mensal destinada ao pagamento de seguro que visa a cobrir eventuais danos materiais e/ou despesas pessoais causadas a terceiros. DP – Prêmio danos pessoais DM – Prêmio danos materiais Coeficiente CIOF corresponde ao IOF. CUSTOS VARIÁVEIS (R$/KM) 1. Peças/acessórios/material de manutenção (PM) PM=VALOR DO VEÍCULO×IM%QM Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal QM – quilometragem média mensal do veículo Processing math: 6% IM% – índice de manutenção em % do valor do veículo (em média = 1%) 2. Combustível (DC) DC=PCCM Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal PC – Preço combustível ($/L) CM – Rendimento médio (Km/L) 3. Lubrificantes (LB) LB-LB=LM+LT Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 3.1 Lubrificação motor (LM) LM = PLM X CC + LR X NREPQTM Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal PLM – preço por litro óleo lubrificante motor ($/L) CC – capacidade do carter (L) LR – litros de óleo por reposição (remonta). Em geral, um litro/reposição NREP – número de reposições (remonta) de óleo entre duas trocas completas QTM – quilometragem troca de óleo de motor (Km) 3.2 Lubrificação da transmissão (LT) LT = PLT X CD + CCCQTTProcessing math: 6% Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal PLT – preço por litro de óleo lubrificante da transmissão ($/L) CD – capacidade da caixa do diferencial (L) CCC – capacidade da caixa de câmbio (L) QTT – quilometragem trocade óleo de transmissão (Km) 4. Lavagens/graxas (LG) LG = PLQL Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal PL – preço da lavagem completa ($) QL – quilometragem entre lavagens (Km) 5. Pneus e recauchutagens (PR) PR = NP × CP × P + C + PP + R × NR + C × NCA + PP × NPAVU Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal NP – número de pneus Cp – coeficiente de perda por pneu P – preço do pneu novo ($) C – preço da câmara nova ($) PP – preço do protetor novo ($) R – preço da reforma do pneu ($) NR – número de câmaras adicionais / pneu (além da 1a) NCA – número de câmaras adicionais / pneu (além da 1a) VU – vida útil total pneu (incluindo reformas) Processing math: 6% CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS (TOTALIZAÇÃO) 1. Custo fixo total (R$/mês) CF = RC + SM + SO + AS + RV + RE + LC + SV + SE + RCF Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. Custo variável total (R$/Km) CV = PM + DC + LB + LG + PR Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal CUSTOS MÉDIOS POR VEÍCULO 1. Custo médio mensal (R$/mês) CM = CF + (CV × KM MÉDIA MENSAL) Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal 2. Custo médio por km (R$/Km) CKM = (CFKM MÉDIA MENSAL) + CV Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Processing math: 6% CUSTOS INDIRETOS Faremos agora a classificação dos custos indiretos: Despesas administrativas/terminais (DAT) Despesas com salários Salário de pessoal (escritório/equipe operacional/galpão) Honorários de diretoria Gratificação/prêmios/comissões Encargos sociais Horas extras Despesas diversas Aluguéis de áreas/equipamentos Impostos/taxas Depreciação de equipamentos/móveis/utensílios Água/luz/telefone/correio/fax Refeições/lanches Material escritório Viagens administrativas/estadias/condução Serviços informática Processing math: 6% Seguro contra fogo/instalações Serviço de manutenção/conservação/limpeza Despesas legais Serviços profissionais/de terceiros CUSTO DE TRANSPORTE Trataremos neste vídeo dos custos do transporte e de suas particularidades. Processing math: 6% VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. OS MODAIS DE TRANSPORTES SÃO PEÇAS FUNDAMENTAIS PARA O PROCESSO DE TRANSPORTE COMO UM TODO. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE MELHOR DESCREVE OS FATORES DETERMINANTES PARA ESCOLHA DO MELHOR MODAL. A) Tipo de rota, valor de pedágios e local a ser atendido. B) Condição climática, tipo de cliente e valor do frete. C) Distâncias e formas de acesso, peso e volume das cargas e tipo de produtos. D) Nível de cliente, prazo de entrega e exigência de cuidados especiais. E) Tipo de rota, prazo de entrega e valor do frete. 2. EXISTEM FATORES IMPORTANTES QUE AFETAM OS CUSTOS E O NÍVEL DE SERVIÇO EM TRANSPORTE. APONTE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA ESSA RELAÇÃO DE FORMA APROPRIADA. A) Flutuação de câmbio, legislações, capacidade alfandegária, número de fronteiras, custo trabalhista e piso salarial. Processing math: 6% B) Regulamentação, competição, exigências dos clientes, infraestrutura, privatização e globalização. C) População ativa, PIB, balança comercial, capacidade alfandegária, acordo de livre comércio e custo trabalhista. D) PIB, flutuação do câmbio, sindicatos fortes, acordo de livre comércio, população ativa e extensão de vias pavimentadas. E) Acordo de livre comércio, capacidade aduaneira, pouca burocracia, flutuação de câmbio, custo trabalhista e malha ferroviária extensa. GABARITO 1. Os modais de transportes são peças fundamentais para o processo de transporte como um todo. Assinale a alternativa que melhor descreve os fatores determinantes para escolha do melhor modal. A alternativa "C " está correta. Essa alternativa é abrangente o suficiente para que seja escolhido o modal adequado. As demais, embora descrevam questões pertinentes, generalizam demais a questão ou a particularizam para modais específicos. 2. Existem fatores importantes que afetam os custos e o nível de serviço em transporte. Aponte a alternativa que apresenta essa relação de forma apropriada. A alternativa "B " está correta. Essa alternativa apresenta seus fatores de forma estruturante e ampla da mesma forma que os custos e o nível de serviço requerem quando estão associados ao transporte. As demais até apresentam temas relacionados, mas estão fora do contexto. CONCLUSÃO Processing math: 6% CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste tema, apresentamos os custos logísticos envolvendo armazenagem, estoque e transportes. No módulo 1, descrevemos os principais conceitos, contextos, as inter-relações e os tipos de custos logísticos. Já no módulo 2, definimos o que são custos da armazenagem, bem como as suas particularidades. No módulo 3, distinguimos os custos de estoque e suas particularidades a partir da exploração de seus conceitos e da explanação de casos concretos. Finalmente, no módulo 4, identificamos cada um dos custos de transporte, além de apontarmos as suas especificidades. Também comparamos as principais questões que abordam os custos logísticos, incluindo seus conceitos, os contextos nos quais eles estão inseridos, suas inter-relações e os principais tipos de custos logísticos. Como vimos, hoje em dia, a armazenagem, o estoque e o transporte têm muita relevância quando se fala de custos logísticos nas organizações. Por isso, analisamos esses componentes importantes tendo em consideração suas particularidades e como eles impactam a competitividade das organizações. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ALVARENGA, H.; LOBO, A. Perspectivas para a infraestrutura brasileira. In : ILOS. Publicado em: 3 ago. 2020. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. BRANSKI, R. M.; LAURINDO, F. J. B. Papel da tecnologia da informação na integração logística: estudo de caso com operador logístico. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção. n. Processing math: 6% 29. Salvador, 2009. CAXITO, F. (Coord.) Logística: um enfoque prático. 3. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. FARIA, A. C.; COSTA, M. de F. G. Gestão de custos logísticos. São Paulo: Atlas, 2010. FERREIRA L. et al. Processos logísticos Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. INSTITUTO DE LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN. Panorama ILOS: custos logísticos no Brasil. Rio de Janeiro: ILOS, 2017. KPMG; FDC. Operadores Logísticos (OL): panorama setorial, marco regulatório e aspectos técnico-operacionais. v. 1. Panorama setorial, contextualização do setor e benchmarkings internacionais. Publicado em: 20 mar. 2015. LEKASHMAN, R.; STOLLE, J. F. The total cost approach to distribution. In : Business horizons. v. 8. n. 1. Greenwich, 1965. LEWIS, H. T., CULLITON, J. W.; STEELE, J. D. The role of air freight in physical distribution. Boston: Harvard University, 1956. LUZ, C. B. S. Gerenciamento de custos logísticos. Porto Alegre: SAGAH, 2018. PAOLESCHI, B. Logística industrial integrada — do planejamento, produção, custo e qualidade à satisfação do cliente. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Érica, 2011. POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: uma introdução. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2019. ROBESON, J. F.; COPACINO, W. C. (Ed.) The logistics handbook. Nova Iorque: The Free Press, 1994. EXPLORE+ Pesquise o site do ILOS para entender mais como é feita a análise contínua de temas relacionados à logística e ao supply chain. Ele conta com entrevistas e coletas de dados dos maiores players do Brasil e do mundo. Acesse o site da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) para aprofundar seu conhecimento sobre o panorama macroeconômico e setorial logístico de 2017. Processing math: 6% CONTEUDISTA Vanilson Fragoso � CURRÍCULO LATTES Processing math: 6%
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