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PROVA DE PCI 1) A contração muscular é um resultado obtido por um grupo de poteínas que interagem para transformar a energia química em física (movimento). Para que o músculo consiga contrair, é necessário que ocorra uma interação entre as proteínas miosina e actina. Essa interação gera uma força contrátil que é regulada pela troponina e tropomiosina. A actina exerce sua função pela polimerização em filamento de F-actina e tal polímero tem a função de deslizar sobre a miosina. Esse deslizamento de uma proteína sobre a outra gera o movimento de contração muscular. A troponina é um complexo heterodímero de alto interesse farmacêutico, pois serve como um marcador de lesão cardíaca. Ela possui 3 subtipos: a troponina T, C e I. A detecção de troponina T e I no sangue são indicadores de injúrias no cardiomiócito, tais como: infarto do miocárdio, taquicardia severa, falha cardíaca e cardiomiopatias. O complexo formado troponina-tropomiosina-actina impedem a actina de interagir com a miosina. Ao liberar o Ca2+ do retículo sarcoplasmático, o Ca2+ irá se ligar à troponina C e essa ligação expõe o sítio de ligação da actina. Essa reação ocorre simultaneamente à hidrólise de ATP no fragmento S1 da miosina. Essas reações permitem que a actina deslize sobre a miosina e fazem com que o músculo realize o movimento de contração. 2) O principal substrato respiratório do coração é o ácido graxo. Quando os tecidos não recebem adequadamente o aporte de oxigênio pelo sangue, é gerada uma condição de hipóxia no organismo. Ela pode ser causada por uma obstrução da circulação em uma parte específica do corpo, anemias, ataques cardíacos ou até mesmo se um indivíduo viaja para locais de altas altitudes, onde há menor quantidade de oxigênio disponível no ar. Como um dos efeitos da hipóxia, o organismo inicia mecanismos compensatórios da falta de oxigênio, o qual inclui o aumento da frequência cardíaca, onde o coração tenta bombear mais sangue para os tecidos. Embora a principal fonte de energia no músculo cardíaco seja proveniente dos ácidos graxos, espera-se que haja um aumento da expressão dos transportadores de glicose nesse tecido para suprir a demanda de energia necessária à contração. 3) O fator induzível por hipóxia (HIF-1) é um dos reguladores que conduzem a resposta à hipóxia. O HIF é um fator de transcrição heterodímero, que é estável em condições de hipóxia e rapidamente degradado em normóxia. Esse fator é capaz de induzir a transcrição de seus genes-alvos. É classificado como um fator regulatório crítico no microambiente tumoral, sendo muito importante para a angiogênese e pelas suas propriedades invasivas. Através de diversos mecanismos regulatórios, o HIF atua como um sensor que permite uma célula responder rapidamente às mudanças nos níveis de oxigênio do ambiente. Isso atua como um potente ativador da angiogênese, estimulando a produção de VEGF e muitos outros fatores que iniciam a proliferação, invasão e migração das células endoteliais. A angiogênese, que geralmente acompanha a proliferação celular, é a formação de novos capilares a partir de pequenos vasos sanguíneos preexistentes, sem os quais os novos tecidos, incluindo os tumores, não podem crescer. Os estímulos angiogênicos incluem citocinas e diversos fatores de crescimento, principalmente o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). O HIF é capaz de controlar a expressão de muitos outros fatores angiogênicos, eritropoietina e outros fatores de crescimento. O HIF regula esses genes, pois quando o organismo está com aporte de oxigênio diminuído, ele busca formas alternativas para fornecer energia e restabelecer o fornecimento de oxigênio. Como o HIF é estável em condições de hipóxia, ele atuará na regulação de transcrição de genes nos quais os produtos são voltados para a angiogênese, controle vasomotor, eritropoiese, transporte de glicose, entre outros. No caso de um tumor, o efeito será de crescimento e desenvolvimento do mesmo.
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