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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 CONCEITOS BÁSICOS COSMETOLOGIA E ESTÉTICA FACIAL ............ 5 2.1 Classificação de cosméticos ................................................................ 6 2.2 Cosméticos naturais e veganos ........................................................... 7 2.3 Cosméticos e uso na estética facial ................................................... 12 3 AVALIAÇÃO FACIAL ................................................................................ 13 3.1 Ficha de anamnese ............................................................................ 13 4 ACNE ........................................................................................................ 13 4.1 Graus de acne .................................................................................... 14 4.2 Tratamento ......................................................................................... 15 5 ENVELHECIMENTO ................................................................................. 16 6 DISCROMIAS ........................................................................................... 16 7 PRINCIPAIS PRINCÍPIOS ATIVOS UTILIZADOS NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE AFECÇÕES CUTÂNEAS ........................................................... 19 8 COSMÉTICOS FACIAIS ........................................................................... 24 9 PEELINGS ................................................................................................ 30 9.1 Peeling de diamante ........................................................................... 30 9.2 Peeling de cristal ................................................................................ 31 9.3 Peeling químico .................................................................................. 32 9.4 Principais Ácidos e sua atuação ......................................................... 33 10 MASSOTERAPIA E O USO DA COSMETOLOGIA ............................... 35 10.1 Drenagem linfática facial ................................................................. 40 11 LIMPEZA DE PELE ............................................................................... 41 11.1 Passo a passo ................................................................................. 41 11.2 Orientações gerais pós limpeza facial ............................................. 45 11.3 Contraindicações ............................................................................ 46 12 ELETROTERMOFOTOTERAPIA FACIAL E COSMETOLOGIA ........... 46 12.1 Eletrolipólise .................................................................................... 46 12.2 Eletroporação .................................................................................. 47 12.3 Ionização ......................................................................................... 48 12.4 Eletrolifting ...................................................................................... 48 12.5 Desincruste ..................................................................................... 50 12.6 Corrente Russa ............................................................................... 51 12.7 Microcorrentes ................................................................................ 52 12.8 Radiofrequência .............................................................................. 52 13 A IMPORTÂNCIA DA FOTOPROTEÇÃO ............................................. 53 13.1 Filtro Solar ....................................................................................... 54 13.2 Fotoprotetores orais ........................................................................ 55 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 56 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 2 CONCEITOS BÁSICOS COSMETOLOGIA E ESTÉTICA FACIAL Cosméticos são substâncias, misturas ou formulações usadas para melhorar ou para proteger a aparência ou o odor do corpo humano. No Brasil, eles são normalmente tratados dentro de uma classe ampla, denominada produtos para a higiene e cuidado pessoal MORAES (2018). De acordo com RIBEIRO (2010) apud MORAES (2018), a cosmetologia pode ser definida como uma ciência que estuda os cosméticos, desde a concepção de conceitos até a aplicação do produto elaborado. A cosmetologia tem a finalidade de revelar a beleza, além de corrigir, preservar e oferecer a sensação de bem-estar. Não se pode ter as funções de tratamento ou cura com a utilização de um cosmético, já que esses objetivos são destinados aos medicamentos. Existem cosméticos que auxiliam no tratamento de uma patologia, porém não cabe a este produto a cura do problema. Os cosméticos apresentam um mercado com avanços tecnológicos notórios e interesse de milhares de consumidores sejam eles do sexo feminino ou masculino. Para que o produto seja eficaz e seguro, é importante seguir as normas de regulação dos cosméticos, observando todas as etapas, desde a aquisição da matéria prima até o controle de qualidade final. O crescimento da tecnologia tem resultado estratégias de desenvolvimento em diversas áreas do mercado. Um setor que apresenta grande crescimento é o setor de cosméticos. A busca por beleza tem despertado o encanto do publico, o que aumenta o interesse também de diversas indústrias cosmecêuticas (MORAES, 2018). De acordo com GALEMBECK e CSORDAS (2015), a indústria de cosméticos é de extrema importância para a economia de diversos países, incluindo o Brasil. A ampliação de empresas do ramo contribui para a geração de empregos e aumento de renda para o país. Além disso, pesquisas na área sustentável para fabricação de embalagens biodegradáveis vêm se destacando. A inovação em produtos que visam à sustentabilidade e produtos naturais tem sido uma das estratégias no ramo da cosmetologia. O aprimoramento de produtos relacionados a óleos vegetais, frutas e sementes como fonte de matéria prima é uma das formas de atrair consumidores. O avanço da dermatologia foi um dos fatores para a crescente busca por uma pele mais jovem e saudável, como relatam ZUCCO, SOUSA, ROMEIRO (2012) citado apud MORAES (2018), considerando que a pele é o maior órgão do corpo humano e precisa de um cuidado específico, como a hidratação, sendo também, um dos meios de comunicação muito usada pelas mulheres, que buscam cada vez mais beleza. 2.1 Classificação de cosméticos De acordo com a RDC N°7, 2015, produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são definidos como preparações feitas com substâncias naturais ou sintéticas, para serem utilizados externamente nas diferentes partes do corpo humano. A classificação desses produtosdecorre em grau 1 e grau 2. OS quesitos para essa classificação são determinados em função de possíveis efeitos não desejados devido ao uso incorreto do produto, sua formulação, modo de uso, áreas do corpo a que se apontam e cuidados a serem observados durante a utilização. Os produtos de grau 1 são aqueles que se constituem por apresentarem características básicas ou elementares, cuja verificação não seja inicialmente necessária. Sendo assim, esses produtos estão dispensados de emitir informações detalhadas quanto ao seu modo e restrições de uso, devido suas características especificas, Creme, loção, gel e óleos para as pernas, desodorante corporal, produtos para barbear, shampoo e condicionador são exemplos e cosméticos dessa classificação. Fonte: biobrasil.com.br Os produtos de grau 2 são os que precisam de indicações específicas, onde sua particularidade requer comprovação de segurança e eficiência, bem como informações e cuidados, modo e limitação de uso. Os produtos como os de indicações infantis, produtos para uso intimo, protetores solares, produtos antirrugas e anticaspas, são exemplos alguns exemplos de cosméticos de grau (WEISS, HAMAD, 2011). Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2012), a indústria de cosméticos engloba a produção de substâncias de uso externo para diversas partes do corpo: [...] “preparos constituídos por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diferentes partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o proposito exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir”. (ANVISA, 2012). O Brasil é o terceiro país no mercado mundial de produção cosmética, sendo o shampoo e o condicionador os mais produzidos atualmente. A atração brasileira pelo setor vem desde a década de 70, empresas como a Avon e Barro Minas, são destaques de mercado. Em distintos ramos na área dos cosméticos, a Avon vem se destacando pelos produtos de belezas como os batons e mascaras de cílios, já a Barro Minas evidencia pela produção de produtos de cabelos. O país vem se evidenciando também na produção de produtos de higiene. (RECKZIEGEL, ZAMBERLAN, 2017 apud MORAES, 2018). O setor de cosméticos é bem extenso e a inovação deve andar junto com o crescente mercado. Segundo a ABIHPEC (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS) (2014), existem certa de 1600 empresas no ramo da cosmetologia no Brasil, indicando que há uma competição nacional entre as mesmas. 2.2 Cosméticos naturais e veganos Fonte: ecocert.com.br Os cosméticos naturais vêm se destacando no mercado mundial, apesar de que a população ainda tem pouco conhecimento. Com os impactos ambientais acarretados pelo ser humano, a vazão de cosméticos que conservem o meio ambiente e a saúde vem aumentando. Antigamente os cosméticos serviam para embelezar, porém eram muitos tóxicos prejudicando a saúde e causando doenças por isso foi criado os biocosméticos, que são produtos feitos a base de tecnologias leves e que não seja prejudicial a saúde humana e não possui principalmente corantes sintéticos. (TOZZO, et al., 2012, apud MORAES, 2018). No Brasil os cosméticos naturais são poucos visíveis e vem ganhando nitidez nos últimos anos. Os produtores da área da beleza confiaram e produziram linhas orgânicas, buscando elementos como sementes da Amazônia e frutas exóticas como açaí, extratos de andiroba e cupuaçu, fazendo também com que o Brasil seja o principal fornecedor de matéria prima. Além disso, pesquisas e desenvolvimentos voltados para produtos veganos, livres de ingredientes de origem animal tem crescendo entre empresas que visam novidades e sustentabilidade. Empresas como Natura e Barro Minas são organizações que buscam desenvolverem produtos orgânicos naturais, também procuram fabricar embalagens que sejam descartáveis, contribuindo para o meio ambiente (MUNIZ, 2016). KIELTYKA E VALENTIN (2017), citado por MORAES (2018), relatam que para que um produto seja determinado orgânico, natural e bio deve haver limitação entre a composição, fabricação e como é feito o produto. Existem diversos tipos de cosméticos de acordo com a sua descrição, aparece normalmente nos rótulos dos produtos cosméticos e em outros produtos industrializados. Descrição dos cosméticos Cosmético natural Conter em sua formulação 5% de matéria prima orgânica. Os 95% restantes podem conter matéria prima natural, certificada ou não, ou permitidas para formulações naturais. Uma matéria prima só é considerada natural quando possui 100% de comprovação. Cosmético orgânico Conter em sua formulação 95% de matéria prima orgânica certificada, como água e o sal, os 5% restantes podem ser formados por matéria prima orgânica. Só poderão ser considerados 100% orgânica a matéria prima que seguir os passos de produção, extração e processamentos corretamente. Cosmético feito com matéria prima orgânica Em sua formula deve ter no mínimo 70% e máximo de 96% matéria orgânica, desconsiderando a água e o sal. O resto da formula pode conter matéria prima natural ou orgânica Fonte: (Kieltyka e Valentin, 2017) Matérias-primas: As formulações de cosméticos são complexas e utilizam muitas matérias-primas diferentes, porque cada cosmético deve apresentar várias propriedades simultaneamente ajustadas para as aplicações desejadas (DE GASPERI, 2015). Classificação Aplicação Função Exemplos de produtos Aplicação Corantes e pigmentos Agentes de perolização Mica, estearatos, quartzo micronizado Xampús, condicionadores, sabonetes líquidos, loções cremosas, maquiagens, esmaltes Corantes e pigmentos Coloração Dióxido de Titânio e Óxido de Zinco (branco), Negro de Fumo (preto), Índigo (azul), Clorofila (verde), Carmim (vermelho), Euxantina (amarelo), Açafrão (laranja), são exemplos de corantes naturais, entre outros. Todos os cosméticos que necessitem de cor Essências Aroma Óleos essenciais extraídos de diversas flores, frutos, folhas e cascas de árvores e arbustos, musk, vários álcoois (como o benzílico), terpenos, cetonas, acetatos e aldeídos. Perfumes e todas as aplicações que requeiram odor Excipientes Abrasivos e cargas minerais Caulim, sílica, sais de alumínio, dióxido de titânio Pastas de dentes, loções e cremes para peeling facial Excipientes Antiespumantes e repelentes de água Óleos de silicone Protetores solares Excipientes Antioxidantes BHT, BHA, betacarotenos, propilgalatos, sulfitos Cremes antienvelhecimento, protetores solares corporais e labiais, xampús de uso diário e de proteção da cor, tinturas para cabelos, condicionadores Excipientes Bases oleosas Óleo de soja, óleo de mamona, óleo de canela, óleo de algodão, óleo de oliva, óleo de gergelim, óleo mineral. Esmaltes, batons líquidos, emulsões óleo/água (cremes e loções), óleos de massagem corporal, óleos de hidratação pós-banho Excipientes Bases solventes e propelentes Butano, isopropano, etanol, dimetiléter, acetato de etila, acetato de butila, acetona Esmaltes e seus removedores, sprays para cabelo, desodorantes em aerosol, perfumes Excipientes Controle de fluidez Sílica, talco, dióxido de titânio Sombras, pós compactos, sais de banho, talcos perfumados Excipientes Controle de pH Borato de sódio, carbonato de sódio, ácido cítrico, ácido ascórbico, ácido lático Vários cosméticos de base aquosa Excipientes Emolientes Ureia, miristatos orgânicos, glicerina, lactose, sorbitol, imidazol, ácido lático, vaselina, lanolina, jojoba, aloe vera (babosa), ceras (coco, carnaúba, abelha) Batons sólidos e líquidos, protetores labiais, sombras em creme, rímel, lápis para olhos, delineadores, sabonetes, loções hidratantes,cremes para pés e mãos, banhos de creme para cabelos Excipientes Emulsificantes, tensoativos e surfactantes Álcool cetílico, álcool cetearílico, ácido oleico, oleatos, polisorbatos, dodecilsulfato de sódio, laurilsulfato de sódio, cloreto de cetilpiridínio, cloreto de benzalcônio, alquilfenóis, sorbitan, lecitina de soja Tintas para cabelo, condicionadores, cremes e loções faciais, loções pósbarba, protetores solares, xampús, sabonetes líquidos Excipientes Espessantes e controladores de viscosidade e de densidade Laca, breu, goma arábica, celulose microcristalina, amido, gluten, glicerina, lanolina, polietilenoglicóis, polivinilpirrolidona, ácido poliacrílico, propilenoglicol, cloreto de sódio Batons, xampús, condicionadores, sabonetes líquidos, loções de limpeza à base de água Excipientes Estabilizantes de espuma Di e monoetanolaminas Xampús, sabonetes líquidos, tinturas para cabelos Excipientes Sequestrantes de íons EDTA, metionina, ácidos orgânicos (fosfônico, cítrico, tartárico, ascórbico, oxálico e succínico) Xampús, condicionadores, sabonetes líquidos, tinturas para cabelos, loções pósbronzeamento Princípios ativos Agentes bloqueadores de UV Benzofenonas, hidroquinonas, tocoferóis, melaninas, óxido de titânio, óxido de zinco, vitamina A (retinol) Cremes antienvelhecimento, protetores solares corporais e labiais, shampoos de uso diário e de proteção da cor, tinturas para cabelos, condicionadores Princípios ativos Antiacne Peróxido de benzoíla, ácido naftoico, enxofre, taninos Loções e cremes Princípios ativos Anticaspa Sulfetos de selênio Xampús Princípios ativos Antitranspirantes Sais de alumínio e zircônio Desodorantes líquidos, em barra ou em pó para os pés e axilas Princípios ativos Preservantes e biocidas Benzoato de sódio, sorbato de potássio, cloreto de benzalcônio, ácido benzoico, cloroacetamida, parabenos, fenóis, sais quaternários de amônio, timerosal Desodorantes antitranspirantes, cosméticos de uso hospitalar (sabonetes líquidos, géis de desinfecção), loções antiacne e todos os cosméticos de base aquosa (ex.: loções de limpeza, hidratantes, enxaguatórios bucais entre outros.) Fonte: (Kieltyka e Valentin, 2017) As matérias-primas usadas em cosméticos normalmente são inócuas para a saúde, com raras exceções, logo suas quantidades deverão ser estritamente controladas. O uso industrial de substâncias químicas está sujeito a normas de órgãos reguladores no Brasil os cosméticos precisam ser registrados na ANVISA (GALEMBECK, 2015). As matérias-primas são classificadas como excipientes ou princípios ativos. Excipiente é todo aquele ingrediente inerte adicionado a uma formulação que lhe confere consistência (ou corpo, termo muito usado na indústria) para que a formulação possa ser aplicada, manipulada e embalada apropriadamente. Os excipientes são essenciais na produção dos cosméticos não só porque proporcionam diferentes veículos de aplicação, com distintos tamanhos, volumes e características, mas também porque barateiam o custo final do produto. Existem mais de 8.000 excipientes aprovados pelo FDA para uso em cosméticos e, em média, 50 novos excipientes se juntam a essa lista a cada ano. Os princípios ativos são as substâncias que efetivamente atuam e promovem modificações sobre o órgão em que o cosmético será aplicado e cujas quantidades necessitam ser controladas em virtude (ANVISA, 2005, apud GALEMBECK, 2015). Dos limites aceitáveis de aplicação, da sua toxicidade, das consequências de doses excessivas, de possíveis efeitos colaterais e da possibilidade de sensibilização e reações alérgicas. Pigmentos, soluções de corantes orgânicos e aromas (denominadas essências em cosmetologia) são grupos especiais de matérias-primas, pois apesar de serem inertes e não modificarem muito o local de aplicação, sua quantidade necessita ser muito bem controlada. As matérias-primas costumam ser apresentadas segundo a função que possuem dentro da formulação (ANVISA, 2005 apud GALEMBECK, 2015). Veículo ou excipiente: corresponde à parte da formulação, na qual são misturados os princípios ativos, que têm a finalidade de dar a forma final ao cosmético. Para preparações líquidas usa-se o termo VEÍCULO (xampus, soluções, entre outros), e para preparações sólidas usa-se o termo EXCIPIENTE (pós, talcos, entre outros). Princípio ativo: substância responsável pela ação do produto. Um exemplo de princípio ativo é o Extrato de Aloe vera, ativo muito utilizado na elaboração de cosméticos por sua ação anti-inflamatória. Coadjuvantes técnicos ou adjuvantes: substâncias cuja função é garantir que o produto seja uma formulação estável, sem alterações de ordem química, física ou microbiológica. Um exemplo dessas substâncias são os CONSERVANTES que protegem a formulação da contaminação por fungos e bactérias que podem estar na água utilizada na preparação do cosmético (ANVISA, 2005 apud GALEMBECK, 2015). 2.3 Cosméticos e uso na estética facial De acordo com o conceito de cosmético ditado pela ANVISA (RDC 2011/05), a finalidade dos cosméticos pode ser descrita em seis tópicos. • LIMPAR: podemos citar sabonetes, soluções de limpeza, xampus, creme dental e demais produtos que auxiliem na remoção de sujidades dos corpos. • PERFUMAR: exemplificamos os perfumes, águas de cheiro, colônias e demais produtos que agregam algum odor ao corpo. • ALTERAR APARÊNCIA: citamos as maquiagens, tinturas capilares, alguns cremes para a pele e cabelo, entre outros. • CORRIGIR ODORES CORPORAIS: teremos os desodorantes e alguns antitranspirantes nas formas líquidas, sólida, semissólida (creme) ou aerossol. • PROTEGER: os protetores solares são os mais conhecidos e os cosméticos com ação hidratante também são cosméticos protetores contra a desidratação da pele. • MANTER EM BOM ESTADO: São os mais utilizados na criação de cosméticos, fazem parte dessa categoria os cosméticos anti-idade, anticelulite, anti- estrias, restauradores capilares e demais produtos que combatam os danos causados pelo envelhecimento (ANVISA, 2005 apud GALEMBECK, 2015). 3 AVALIAÇÃO FACIAL 3.1 Ficha de anamnese Fonte: planovisual.com.br 4 ACNE A acne vulgar é uma doença inflamatória crónica da unidade pilossebácea de etiologia multifatorial. Trata-se de uma doença dermatológica que afeta mais de 85% dos adolescentes, sendo mais prevalente no género masculino (PRENEAU, 2012, apud DA COSTA, 2018). Segundo DRÉNO et al (2015), citados por DA COSTA (2018), a acne manifesta-se por comedões, abertos e/ou fechados, pápulas, pústulas e/ou cistos localizados em regiões ricas em glândulas sebáceas, nomeadamente face, tronco e dorso. Pode ser classificada segundo o tipo de lesão predominante, em acne comedônica, acne papulopustulosa e acne nódulo-quística, ou consoante a extensão e gravidade clínica, como ligeira, moderada ou grave. Na população adulta descrevem-se duas formas clínicas, inflamatória e retencional, também denominadas acne papulopustulosa e acne comedônica, respetivamente. Inflamatória: é composta por pápulas, pústulas e nódulos, que frequentemente originam cicatrizes, distribuídos pelo terço inferior da face, região mentoniana e pescoço, associados a escassos comedões, e apenas ocasionalmente cursa com hipersseborreia. Retencional: inclui numerosos comedões abertos e fechados, microcistos e um pequeno número de lesões inflamatórias. Nesta forma, a hipersseborreia encontra-se sempre presente e as lesões distribuem- se homogeneamente pela face, com maior atingimento do terço superior (regiões frontal, malar e supramandibular) (TEIXEIRA, 2012, apud DA COSTA, 2018). Tanto DI LANDRO et al (2016), como DRÉNO et al (2015), citados por DA COSTA (2018), relataram uma prevalência superior da forma inflamatória emmulheres com idade igual ou superior a 25 anos. 4.1 Graus de acne Baseado nos tipos de lesões e na quantidade das mesmas, presente na pele do portador de acne, pode-se classificar seu grau. Diversas lesões compõem o quadro clínico da acne vulgar. LACRIMANTI (2008) e MENEZES e BOUZAS (2009), citados por HOCHHEIM (2012), defendem que a acne pode ser classificada em 4 graus: Grau I – também chamada de comedogênica não inflamatória, é a forma mais leve de acne, caracterizada pela predominância de comedões abertos e fechados. Grau II – acne papulopustulosa, nesse grau identificam-se além dos comedões, lesões inflamatórias como pápulas e pústulas de conteúdo purulento. Grau III – acne inflamatória nodular e cística – quando se somam nódulos mais exuberantes, cistos, e intensa inflamação. Grau IV – acne severa ou conglobata – presença de cicatrizes profundas, severa reação inflamatória e lesões anteriormente citadas. Podem existir casos com lesões queloidianas, inestéticas e permanentes. 4.2 Tratamento Os princípios básicos que compreendem o tratamento cosmético da acne vulgar, numa perspectiva direcionada aos profissionais da estética facial, tem por base a sequência que inicia com a higienização, em seguida a esfoliação, uso do tônico para equilibrar o pH, das máscaras de tratamento e para finalizar o procedimento, é indicado o uso de produtos escolhidos a partir de como a pele se apresenta no momento e quais suas necessidades HOCHHEIM (2012). Observação: Na finalização do procedimento para pele acneica, serão selecionadas máscaras específicas para acne não inflamatória e acne inflamatória, as máscaras mais utilizadas são as que contem princípios ativos cicatrizantes, anti- inflamatórios, descongestionantes, antissépticos, adstringentes, antisseborréicos, absorventes e/ou adsorventes HOCHHEIM (2012). 5 ENVELHECIMENTO Fonte: interfisio.com.br O envelhecimento cutâneo é algo irreversível que ocorre por influência da genética, fatores ambientais e comportamentais e é caracterizado pelo surgimento de rugas, manchas e a perda de brilho, isto porque durante a vida, ocorrem muitas mudanças fisiológicas, morfológicas e bioquímicas, fazendo com que a pele se torne vulnerável ao meio ambiente e perca sua capacidade de equilíbrio fisiológico resultando em alterações estéticas. (RIBEIRO, 2010 apud ESCOBAR, 2014). RIBEIRO (2010 apud ESCOBAR, 2014) explica que existem dois tipos de envelhecimento, o extrínseco, provocado pela ação de meios externos, como a exposição excessiva e sem proteção ao sol, ingestão de álcool ou cigarros, e o intrínseco, que é o envelhecimento natural, cronológico do organismo, aonde as células morrem, ocasionando atrofias e perda de elasticidade dos tecidos, entre outras alterações, na pele se torna mais visível. DRAELOS, Zoe Diana. Cosmecêuticos: Procedimentos e Produtos em Dermatologia Cosmética. Elsevier, 2ª Ed., 2009. 6 DISCROMIAS São patogenias caracterizadas por desordens da pigmentação cutânea, apresentando-se de forma localizada, difusa, regional ou circunscrita no corpo. As desordens são causadas de modo geral pela alteração na produção, na transferência ou na perda de melanina na pele. As discromias, conhecidas como manchas de pele, causam, em geral, um incômodo para quem as possui, isso porque atualmente as pessoas se preocupam cada vez mais com a sua aparência. O principal fator desencadeador das discromias, em especial das hipercromias, é a radiação solar. A exposição prolongada e sem proteção à radiação solar, pode resultar em queimaduras e danos celulares. Quanto mais clara for à pele, maiores serão os danos (AZULAY, 2013, apud NIEHUES, 2019). AZULAY (2013), citado por NIEHUES (2019), ainda relata que dentre as discromias podem ser classificadas como: Acromias: (ausência da melanina) Fonte: ibmr.br Hipocromias: (diminuição da melanina), Fonte: cff.org.br Hipercromias: (aumento da melanina) Fonte: ibmr.br As hipocromias denominadas também de hipopigmentação, hipomelanose ou leucodermia caracterizam-se pela deficiência na produção da melanina, pois o melanócito produz melanina de forma insuficiente, levando o surgimento de regiões mais claras que a tonalidade da pele. As hipercromias denominadas também de hiperpigmentação ou hipermelanose resultam do excesso na produção de melanina pelos melanócitos, levando o surgimento de regiões mais escuras que a tonalidade da pele. Possuem uma frequência superior às acromias e hipocromias (AZULAY, 2013, apud NIEHUES, 2019). De acordo com GUIRRO e GUIRRO (2004), citado por NIEHUES (2019), o principal fator desencadeante da melanose solar é ação dos raios UV, ou seja, a exposição em excesso ao sol, que por consequência causa um aumento no número e na atividade dos melanócitos, por tanto se trata de uma fotodermatose por irritação primária progressiva. A melanose solar é interpretada como um sinal do fotoenvelhecimento, isso porque está diretamente ligada ao envelhecimento da pele por falta de cuidado e não pelo envelhecimento natural da pele. São manchas escuras que aparecem em pessoas com mais de 50 anos de idade com histórico repetido de exposição à luz solar. Por isso, também conhecida como mancha senil. As hipercromias são as patologias inestéticas mais comumente tratadas por cosméticos, e seu aparecimento está relacionado a alguns fatores: Exposição solar excessiva; Traumas na superfície cutânea; Exposição a substâncias irritantes à pele (causando processo inflamatório); Utilização de certos medicamentos; Genética; Distúrbios endócrinos; Idade (GUIMARÃES, 2002, apud DE GASPERI, 2015). O tratamento cosmético envolve a utilização de produtos contendo ativos que desempenham as seguintes funções: Ativos queratolíticos; Ativos clareadores; Ativos anti-inflamatórios; Protetores solares; Antioxidantes. Geralmente se consegue um excelente resultado com a utilização de cosméticos no combate às discromias da pele. Mas, vale ressaltar que o sucesso do tratamento dependerá da região onde as manchas estão instaladas, da extensão das lesões, da escolha dos produtos cosméticos, tudo isso associado à disciplina do paciente em realizar todos os passos do tratamento e ainda evitar exposição ao Sol. A estação do verão é contraindicada para se tratar discromias, já que o Sol interfere drasticamente na melanogênese (O peeling de diamante é composto por uma manopla com diferentes ponteiras diamantadas de granulometrias diferentes. Portanto, o peeling é um equipamento próprio para promover uma microesfoliação da camada mais superficial da pele, a epiderme, no intuito de remover as células mortas que permanece na epiderme e estimular a produção de colágeno (BORGES, 2010, apud DE GASPERI, 2015). 7 PRINCIPAIS PRINCÍPIOS ATIVOS UTILIZADOS NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE AFECÇÕES CUTÂNEAS Princípios Ativos Antioxidantes: Os antioxidantes mais comumente usados em cosméticos são os tocoferóis, o ácido cítrico, o ácido ascórbico e os compostos aromáticos, como o butilhidroxitolueno (BHT). As hidroquinonas são antioxidantes que possuem também a propriedade de clarear a pele humana, sendo regularmente usadas em cremes e loções para remoção de manchas. A presença de íons metálicos nos cosméticos - especialmente de ferro, cobre e níquel - é indesejável devido às suas reações com várias substâncias orgânicas, provocando alterações na cor e na textura do cosmético. Para que isso não ocorra são usados sequestrantes, que capturam e imobilizam os íons metálicos. Um dos sequestrantes mais comuns na indústria de cosméticos é o EDTA, ácido etilenodiamino-tetracético (ALVES, 2017, apud FERNANDES, 2019) Princípios Ativos Anti-aging: Segundo DE OLIVEIRA (2014), dentre os agentes antienvelhecimento mais conhecidos, destacam-se a vitamina e a próvitamina A, conhecidosrespectivamente por retinol e betacaroteno e os tocoferóis. As principais ações que os princípios ativos devem desempenhar são: Fotoproteção. Combate aos radicais livres. Reposição de nutrientes da pele (vitaminas, minerais e aminoácidos). Estímulo do metabolismo da derme e epiderme. Inibição de enzimas degradantes da pele. Relaxamento da musculatura superficial ligado à pele da face, pescoço e colo. Contratura do sistema muscular ligado à pele da face, pescoço e colo. Agentes clareadores. Agentes hidratantes. NOME DO PRÍNCIPIO ATIVO FUNÇÃO Polipeptídeos Aumentam a produção de colágeno. Filtros físicos (inorgânicos) e filtros químicos (orgânicos) Substâncias que atuam protegendo contra os raios UV. Coenzima Q10 Inibidores das Metaloproteinases: Preservam por mais tempo a MEC- colágeno, elastina, proleoglicanas, junção derme- epiderme. Glucosaminoglicanas de derivados marinhos Inibidores das Metaloproteinases: Preservam por mais tempo a MEC- colágeno, elastina, proleoglicanas, junção derme- epiderme. Hidrolisado de saponinas de ginseng Inibidores das Metaloproteinases: Preservam por mais tempo a MEC- colágeno, elastina, proleoglicanas, junção derme- epiderme. Vitamina C Estimula a produção de colágeno, neutraliza os radicais livres. Pró-Vitamina B5 (d-pantenol ou pantenol) Regenerador celular. Vitamina F (Ac. Linoleico, linolênico e aracdônico) Aumenta a renovação celular por estimular a mitose na epiderme. Vitamina E Antioxidante de lipídios. Vitamina K (fitonadiona) Previne manifestações vasculares da idade e reduz olheiras Niacinamida (niacina,nicotinamidavit.PP Estimula as células basais e regula a biossíntese de proteínas importantes na formação da camada córnea Vitamina A (na forma de álcool- retinol, aldeído- retinal e éster- palmitato de retinila) Regulando a proliferação, diferenciação e queratinização celular e estimula a matriz extracelular pelos fibroblastos, o que aumenta a produção de glucosaminoglicanas e colágeno. DMAE Estimula a contratura muscular. Hidroquinona Agente clareador da pele. OLI OLA Agente clareador da pele Princípios Ativos para Acne e Oleosidade: Os cosméticos antiacne contém fármacos específicos para o combate das bactérias. Além disso, abaixam o pH da pele e removem a camada superficial de gordura da epiderme e dos poros, impedindo a proliferação das bactérias. Um dos agentes antiacne naturais usado desde a Antiguidade é o enxofre, na forma pura ou de seus sais. Outras substâncias naturais usadas por várias civilizações indígenas são os taninos e o quinino, extraídos da casca de árvores, transformados em pasta e aplicados sobre a acne. Há também produtos formulados a partir de peróxido de benzoila. A caspa pode ser combatida através do uso de xampús de elevado grau de limpeza (maior pH, surfactantes não-iônicos ou catiônicos e com baixo teor de sólidos) que contenham ureia, ácido salicílico, alcatrão, piritionato de zinco ou sulfeto de selênio em sua composição, devido a propriedade queratinizante e fungicida que estes compostos oferecem (HOCHHEIM, 2012). Princípios Ativos Clareadores: Auxiliam no tratamento das discromias da pele (alterações na coloração da pele). Exemplos: Alfa arbutin, Hidroquinona, ácido kójico entre outros, como: Acromaxyl; Hidroquinona; OLI OLA; Belides; Vitamina C estabilizada. Princípios Ativos Emolientes: Um ingrediente muito comum nos cremes e loções hidratantes é a ureia. Esta é uma substância altamente higroscópica que absorve água do ar e hidrata a pele. Devido ao seu pH básico, a ureia também causa a descamação da superfície da pele, promovendo a sua renovação e expondo parte da mesoderme. A ureia é a base da formulação dos cremes e loções destinados a peelings faciais. A retenção da umidade na pele também pode ser feita através do uso de cremes e loções que formem um filme impermeável, como a vaselina ou as ceras de abelha ou de carnaúba (HOCHHEIM, 2012). Glicerina; Óleos vegetais; Silicones. Princípios Ativos Hidratantes: Atuam reduzindo a perda de água transepidermal através da oclusão ou formação de filme. Ou ainda podem melhorar a comunicação das células e repor os fatores naturais de hidratação. Óleo de Abacate, Óleo de Macadâmia, Óleo de Buriti, Óleo de Semente de Uva Óleo de Girassol, Óleos minerais: Reduzem a perda de água por formar filme oclusivo. Gorduras animais (lanolina, gordura de ema): Agente emulsionante com ação oclusiva; contraindicado em pacientes com acne e pele oleosa por ser considerado comedogênico. Manteigas vegetais (karité, manga, cupuaçu, oliva, ...): Reduz a perda de água por formar filme oclusivo. Silicones (dimeticones): Reduz a perda de água por formar filme oclusivo. Ceras (abelha, carnaúba, jojoba). Reduz a perda de água por formar filme oclusivo. Aquasense (aquaporina-3): Compõe o sistema de hidratação natural da pele. Vitaminas F, C, A, E e D-pantenol: Previnem o ressecamento e estimulam a regeneração celular (muito indicadas no ressecamento dos lábios). Lactato de amônio e lactato de sódio: Compõe o sistema de hidratação natural da pele. Glicerina: Emoliente que melhora o sensorial da pele e cabelos. Ureia: Compõe o sistema de hidratação natural da pele. Princípios Ativos Antissépticos: Extrato glicólico de Própolis Propolis- Extract Antisséptico, antiacne e cicatrizante; Óleo de Andiroba Óleo CarapaguaianensisSeedoil- Antisséptico, anti- inflamatório, emoliente; Óleo de Gengibre EO- Zingiberofficinale (Ginger) Root extract- Estimulante cutâneo, antisséptico, descongestionante, refrescante; Extrato glicólico de Erva-doce EG Pimpinellaanisum (anise) Fruitextract- Antisséptico, refrescante, calmante, antioleosidade e suavizante; Extrato glicólico de Hortelã (Menta Piperita) EG Menthapiperita (peppermint) Leafextract - Antisséptico, estimulante, refrescante; Extrato glicólico de Jaborandi Penna tifolius EG Jaborandi (Pilocarpus jaborandi) Extract - Adstringente, antisséptico, antioleosidade e estimulante capilar; Extrato glicólico de Malva EG Malva sylvestris (Mallow) Extract - Adstringente, anti-inflamatório, antisséptico. Princípios Ativos Cicatrizantes: Extrato glicólico de Própolis PropolisExtract - Antisséptico, antiacne e cicatrizante; Óleo de Prímula EO* Primulaofficinalis - Melhora a função barreira cutânea, hidratante, emoliente e cicatrizante; Óleo de Rosa Mosqueta Óleo Rosa canina Fruitoil - Emoliente, hidratante, e cicatrizante. Melhora as cicatrizes e queloides; Óleo de Melaleuca Óleo MelaleucaalternifoliaLeafoil - Bactericida natural, anti- inflamatório e cicatrizante; Extrato glicólico de Arnica EG Arnica montanaFlowerextract - Anti-inflamatório, venotônico, cicatrizante; Extrato glicólico de Babosa EG AloebarbadensisLeafextract - Hidratante, cicatrizante, calmante; Extrato glicólico de Própolis EG Propolis Extract - Antisséptico, antiacne, cicatrizante; Extrato glicólico de Romã EG Punica granatum Extract - Cicatrizante, regenerador, antioleosidade, mineralizante, refrescante, adstringente. 8 COSMÉTICOS FACIAIS Tônico Facial São produtos muito utilizados em tratamentos faciais, mas não se sabe até que ponto seu uso seja indispensável. São soluções sem poder de detergência, que garantem reequilibrar o ph cutâneo após algum procedimento realizado e ajudar na remoção de resíduos existentes após a limpeza da pele. Há uma grande variedade de produtos hoje em dia presentes no mercado com a finalidade de tonificação, apresentam apelos e diferenciais para cada tipo de pele. As soluções tônicas, por apresentarem propriedades e composição diferentes, devem ser aplicadas de forma distinta. Algumas destas soluções podem conter álcool em sua formulação, sendo que é importante que o teor alcoólico não seja muito alto para não ressecara pele com o uso contínuo (GOOSENS, 2004, apud FERNANDES, 2012). A pele seca trata-se de uma pele pouco hidratada e que não transpira muito porque suas glândulas sudoríparas e sebáceas enviam pouca quantidade de líquido à superfície cutânea. A cútis seca tem aparência opaca e de espessura fina. Seus poros quase não aparecem e apresenta tendência à descamação. É propensa ao aparecimento de rugas precoces e telangectasias. Irritações e alergias são mais frequentes neste tipo de pele. Por isso recomendam-se cosméticos que tenham propriedades anti-inflamatórias e ofereçam proteção contra radicais livres. Os tônicos para este tipo de pele devem apresentar formulação com ativos hidratantes e isenta de álcool (KEDE e SABATOVICH, 2004). Adstringente Adstringência é um efeito resultante da combinação das proteínas da superfície celular, com um agente adstringente, formando assim uma capa protetora de proteína na pele. Esta reação química provoca um fenômeno reacional inflamatório onde os pequenos vasos dérmicos se dilatam provocando um ligeiro edema e um aumento do liquido intersticial, com este intumescimento, os orifícios pilossebáceos dilatados se tornam menos evidentes. As substâncias adstringentes são capazes de contrair, estreitar e apertar os tecidos orgânicos diminuindo assim as secreções (PERIOTO,2008, apud FERNANDES, 2012). Esfoliante Cosméticos esfoliantes são compostos por partículas sólidas de uso tópico e podem ser classificados de acordo com seu modo de ação e agentes utilizados, sendo classificados como esfoliantes do tipo mecânico (grau 1) ou químico (grau 2), segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 4 de 30 de janeiro de 2014 (BRASIL, 2014). A esfoliação é um procedimento que auxilia na renovação celular da pele, pois consiste em retirar células da superfície que estão repletas de queratina com baixo conteúdo hídrico sem vitalidade. A remoção desta camada além de eliminar impurezas e facilitar a permeação de ativos, devolve a pele seu aspecto natural, melhorando sua textura e uniformidade, tendo como resultado melhor aparência da pele (RIBEIRO, 2010, apud FELIPPIM, 2016). Segundo CAREGNATTO, et al. (2011), citado por FELIPPIM (2016), existem alternativas biodegradáveis e naturais para a produção de esfoliantes. Dentre as substâncias abrasivas empregadas na esfoliação mecânica estão: argila, sílica, semente de apricot, arroz, microesferas de jojoba, entre outros. Os ativos químicos mais utilizados são: ácido glicólico, ácido láctico, ácido pirúvico e ácido salicílico. Clareadores/ despigmentantes Segundo MODELLE (2007), citado por TEDESCO (2008), os Produtos Cosméticos Despigmentantes possuem princípios ativos destinados a clarear a pele atenuando desta forma as manchas pigmentares. A ação de tais princípios ativos acontece por diferentes mecanismos de ação, porém todos estão ligados à interferência na produção ou transferência de melanina. Eles podem atuar inibindo a biossíntese de tirosina, inibindo a formação da melanina, interferindo no transporte dos grânulos de melanina, alterando quimicamente a melanina, destruindo seletivamente os melanócitos e inibindo a formação de melanossomas e alteração de sua estrutura. Cada princípio ativo despigmentante possui características próprias que interferem na efetividade da sua ação. Características físicas, químicas, físico- químicas, terapêuticas, microbiológicas e toxicológicas (TEDESCO, 2008) Os princípios ativos despigmentantes podem estar disponíveis em diferentes produtos cosméticos como: pomadas, cremes evanescentes, loções, géis entre outras. Podem estar combinados nos produtos cosméticos com outros princípios ativos úteis, como os esfoliantes químicos. Estes realizam uma renovação celular superficial da pele, proporcionando um clareamento da mesma (SOUZA, 2005, apud TEDESCO, 2008). Argila A argila é um elemento conhecidos pelo homem faz muitos anos. Apontamentos históricos revelam que o uso da argila na antiguidade era muito difundido. Gregos e egípcios a aplicavam para a limpeza da pele. As argilas com finalidades terapêuticas, são utilizadas desde os primórdios da civilização para tratamento de feridas, inibição de hemorragias e em picadas de animais (ANDRADE, 2014, apud HEIDEMANN, 2018). Juntamente com a água e as plantas, a argila é um dos três mais antigos e poderosos medicamentos da humanidade. Porém, a argila é bastante usada para fins estéticos, mas existem documentos que indicam que na Idade Antiga a utilização da argila já tinha prescrições para fins medicinais. Atualmente, o uso dos princípios ativos naturais da argila, estão presentes na maioria de suas formulações cosméticas (AMORIM, 2015). De acordo com MEDEIROS (2014), citado por HEIDEMANN (2018), a argila faz parte dos vários tipos de solos e são importantes constituintes da crosta terrestre, podendo ser encontrada em seu estado puro ou conjugada a outros minerais. O termo argila não tem significado genético, sendo utilizado para os materiais que são o resultado do intemperismo (modificações de caráter físico (degradação) e químico (decomposição) que as rochas sofrem), da ação hidrotérmica ou se depositaram como sedimentos fluviais, marinhos ou eólicos. Segundo AMORIM (2015), a argila tem efeitos de limpeza, ação tensora e aquecimento, além da promoção de ação estimulante, suavizante e também ionizante. Suas formulações são bastante variadas tanto no que se refere à composição quanto às cores das argilas disponíveis para formulação de produtos cosméticos, pois seus componentes determinam a finalidade das mesmas (modo de uso e seu mecanismo de atuação). Já LIMAS JR (2010) cita que a argila demonstrou que sua ação depende da coloração que ela apresenta, ou seja, existe uma cor para cada tratamento, esse dado vem de encontro ao que explica LOPES (2014), citado por HEIDEMANN (2018), em seu trabalho que procura entender o potencial simbólico e propriedades terapêuticas das argilas em suas diversas cores. Assim é necessário respeitar a propriedades da argila devido as muitas propriedades e benefícios que este produto proporciona. Os procedimentos que comprovam a eficácia da ação da argila são alheios à falta de comprovação científica, principalmente no que se refere à hidratação e revitalização da pele, porém, com relação à acne e oleosidade, acredita-se na eficácia da ação da argila visto que a estrutura molecular lhe confere um grande poder de absorção, tendo a capacidade de extrair toxinas e substâncias nocivas do organismo produzindo efeitos antissépticos e antimicrobianos. Segundo ANDRADE (2014) citado por HEIDEMANN (2018), o protocolo geral para a utilização da argila facial consiste: para começar o tratamento é importante higienizar a pele, para retirada das sujidades. Iniciando com o sabonete especifico para cada tipo de pele. Em seguida deve-se fazer uma esfoliação com a finalidade de retirar o excesso de células mortas. Após a esfoliação, deve ser preparada a mistura de argila com óleos essenciais, em caso de argila em pó deve ser misturada com água purificada ate obter uma pasta, utilizar duas gotas de óleo essencial. Após a preparação da mistura, aplica-se com um pincel sobre a face, evitando a área dos olhos e da boca. Branca: É indicada para peles mais sensíveis e desidratadas, possui ação clareadora. Dourada: Mais plástica e untuosa. Indicada para peles maduras e cansadas, e com ação tonificante. Preta: Com maior quantidade de matéria orgânica e enxofre, é mais ácida e é indicada para pele oleosas, com ação tonificante, adstringente e estimulante. Vermelha: Hidrata, nutre, previne o envelhecimento da pele e ainda tem propriedades anti-estressantes e estimulantes. Rosa: É uma mistura de argila branca e vermelha, tendo assim benefícios das duas ações: ação clareadora, propriedades calmantes, cicatrizantes,anti- inflamatórias, hidratantes e antienvelhecimento. Amarela: Por ser cheia de elementos responsáveis pela formação da base de colágeno, aumentar a elasticidade da pele, combater e retardar o envelhecimento, reduzindo rugas e inflamações, mela tem ainda efeito tensor, ou seja, ajuda a combater a flacidez cutânea. Roxa: Propriedades rejuvenescedoras, auxiliando na tonificação e suavização da pele, dando firmeza à pele. Cinza: Possui propriedades clareadora, antioxidantes, antienvelhecimento além de ajudar no combate à acne. Sabonete Substâncias compostas basicamente por tensoativos e matérias graxas de origem animal ou vegetal. Limpeza de impurezas ou sujidades Emoliente e umectantes Óleo de Macadâmia: função de proporcionar emoliência e maciez a pele. Óleo de Castanha do Pará promove hidratação e emoliência na pele Óleo de semente de girassol: possui vitaminas e minerais que atuam na renovação celular além de restaurar a homeostase preservando a membrana das células. Óleo de semente de uva: possui ação emoliente e hidratante por conter propriedades que restauram o tecido. Máscaras Faciais São preparações cosméticas cuja consistência é variada. Destinam-se a aplicação sobre o rosto, pescoço, colo. Costas, mãos, pés. Utiliza-se em camada espessa, com tempo determinado de permanência, onde geralmente uns de seus componentes líquidos evaporam deixando uma camada de outro produto aderente à pele. Gel Neutro O gel segundo a Farmacopeia brasileira é a forma farmacêutica semissólida de um ou mais princípios ativos que contém um agente gelificante para fornecer firmeza a solução ou dispersão coloidal e pode conter partículas suspensas. No caso do gel hidrofóbico, ele contém usualmente, parafina líquida com polietileno ou óleos gordurosos com sílica coloidal ou sabões de alumínio ou zinco (BRASIL, 2012, apud MELO, 2019). O gel lipofílico é o resultante da preparação obtida pela incorporação de agentes gelificantes- tragacanta, amido, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e silicatos duplos de magnésio e alumínio à água, glicerol ou propilenoglicol. Estas formas podem ser obtidas a partir da hidratação de alguns compostos orgânicos macromoleculares (geleificantes) sendo, em geral, transparentes. São considerados dispersões coloidais. Além disso, São preparações livres de gorduras (oil-free), cujo teor de água é bastante elevado. Como consequência, são laváveis e mais susceptíveis à contaminação microbiana (MELO, 2019). Hidratante Uma pele bem hidratada é aquela com quantidade de água suficiente em todas as suas camadas. A desidratação e a diminuição da elasticidade ocorrem quando a perda de água do extrato córneo é maior que a sua reposição. Os princípios ativos hidratantes cumprem a função de indutores no processo de reposição de água, diminuindo assim os efeitos ambientais a que a pele é exposta diariamente. Cosméticos hidratantes destinam-se a diminuir a perda de água transepidérmica deixando a pele macia, suave e com uma aparência mais saudável (PERIOTO, 2008). Água termal A água termal é classificada como a primeira água das Américas e a segunda do mundo em teor de enxofre. É uma composição única e perfeitamente adaptada às peles sensíveis. Sua qualidade é atribuída a algumas características: Preservative free, 100% natural, ação dermatológica comprovada, análises físico- químicas e microbiológicas, coleta e envase especial de fonte hidromineral, esterilizarão pós-envase. A água termal, sendo uma água mineralizante, contém principalmente elevado teor de sulfetos e proporciona absorção transcutânea do H2S. É indicada como tônico natural, melhorando significantemente quadros de acne, oleosidade excessiva e dermatites em geral Devido a sua capacidade nutritiva, melhorando as defesas da pele contra agressões ambientais, e ajuda na hidratação e revitalização celular. É utilizada para tratamentos de pele no geral, em cremes e loções, produtos para celulite e tratamento das rugas, unguentos e leite corporal. É também utilizada em gel e sais de banho, gel esfoliante, sabonete líquido, massagem drenante, hidratantes e máscaras. Sérum Sérum é um produto que funciona como um condutor de ativos para a pele. Isso quer dizer que o que vai determinar o melhor horário para incluir o produto na rotina de cuidados, são ativos presentes no sérum facial. Um sérum para o rosto com ativos fotossensibilizantes não é recomendado para uso diurno, enquanto um sérum hidratante, com ativos que não irritam a pele ao ter contato com o sol, são indicados para uso durante o dia. Efeitos tensores e rejuvenescedores; evita a formação de rugas e linhas de expressão; efeito lifting; estimula a síntese de colágeno; ações antiinflamatórias cicatrizantes e hidratantes. Ativos: Gatuline Expression; Gluconolactona; Hexapeptidio-11; Quelato de magnésio; Ácido hialurônico; Vitamina A; Ômega CHS. Suaviza linhas de expressão; promove um relaxamento da contração muscular, atua em mais de sessenta pontos da face, tem efeito tensor imediato e efeito de longa duração; promove efeito remineralizante; umectante; calmantes e antioxidante. Ativos: Extrato de avena sativa; Dimetilaminoetanol; Syn-Ake Animal Pantenol. Estimula fibroblastos, aumentando a produção de colágeno e elastina da pele, reparando as injurias teciduais. Ativos: Vitamina A; Ácido Hialurônico; PCA (Sodium PCA) Sódico; Ácido Hialurônico Dimetilaminoetanol; Hexapeptidio-11; Ácido pirúvico; Quelato de silício; Vitamina C; FGF-b (Fator de Crescimento); IGF (Fator de Crescimento Insulínico); Carnitina (DELAY, 2016, apud STADNICK, 2019). 9 PEELINGS 9.1 Peeling de diamante Segundo GOBBO (2010), citado por ESCOBAR (2014), o peeling de diamante tem como finalidade remover a camada mais externa da pele, a epiderme, em forma de lixamento com um aparelho com sistema à vácuo e uma manopla com ponteira diamantada, ao entrar em contato com pele, ela esfolia e ao mesmo tempo aspira as células removidas. Ao esfoliar a pele ele estimula a regeneração de um novo tecido, melhorando o preenchimento de rugas. BORGES (2010), citado por BATISTA (2017), o equipamento exercido na prática do peeling de diamante é composto por um cabo curto ou manopla com diferentes ponteiras diamantadas de granulometrias distintas, que proporciona uma pressão negativa (ajustável) e possibilita que a pele seja suavemente sugada pela manopla. Com isto a esfoliação irá acontecer por meio dos movimentosefetuados pelo terapeuta, que continuará o contato direto da manopla com a pele. Segundo BORGES (2010), citado por BATISTA (2017), o processo de Peeling diamantado irá promover o incremento na mitose celular, o que proporciona uma renovação epitelial mais acelerada, evitando o excesso no depósito de células córneas e a sua permanência por um período mais prolongado. Esta técnica contribui com a renovação da primeira camada da pele, composta por células anucleadas e nutridas pela derme, possibilitam mais viço e hidratação, apresentando uma atenuação de suas marcas e sequelas, provenientes da constante exposição aos efeitos extrínsecos e intrínsecos. Protocolo Fonte: magote.com O Peeling de Diamante é realizado com uma ponteira de caneta e uma lixa diamantada, aspirando impurezas da pele, atingindo somente a epiderme. O método é mais indicado para peles mais novas e sensíveis, que não necessitam de uma esfoliação. Em relação à dor, o peeling de diamante é mais leve e retira somente uma parte da epiderme, não causando dor nem vermelhidões (ANDREWS, 2011, apud SILVA, 2018 ). 9.2 Peeling de cristal O Peeling de Cristal surgiu em 1985 e utiliza uma combinação de duas pressões: pressão negativa, vacuoterapia e pressão positiva, através da emissão de cristais que passam através de uma caneta em um sistema fechado.O sistema impulsiona cristais a uma pressão programável enquanto a pele é sugada (vacuoterapia) para dentro da caneta e os resíduos de pele e cristais são capturados pela pressão negativa (KARIMIPOUR, apud SILVA, 2018). O procedimento de peeling de cristal é indolor e de rápida execução e o paciente após a sessão pode voltar as suas atividades normais, pois não requer afastamento das atividades diárias e não provoca descamação intensa. A vantagem da realização do tratamento com microdermoabrasão é que a regeneração tecidual é mais rápida, não dolorosa e a descamação discreta (SOUSA, 2012, apud SILVA, 2018). Fonte: magote.com De acordo com GUIRRO e GUIRRO (2004), o peeling é indicado para o tratamento de dermatoses superficiais, foto envelhecimento, cicatriz de acne, melasmas, melanose solar, hiperpigmentação, rugas finas e estrias. Pode ser aplicado no rosto, pescoço, colo, mãos e estrias. Os resultados podem ser observados após as primeiras sessões, com a pele mais uniforme e com aspecto saudável. Protocolo O Peeling de Cristal é feito através de uma ponteira que aplicada sobre a pele, libera e aspira os cristais (óxido de alumínio) pelo próprio equipamento a vácuo. Ele é recomendado para peles fotoenvelhecidas e que precisam de uma esfoliação mais profunda. O peeling de cristal é mais dolorido, trazendo uma leve queimação, provocando vermelhidões na pele (ANDREWS, 2011, apud SILVA, 2018). 9.3 Peeling químico O peeling químico tem outras ações, além de esfoliar, ele pode clarear e tonificar a pele, isso depende apenas do seu ativo, porém, ele agride um pouco mais a este tecido, onde causa escamação, ardor e vermelhidão, com isso forma um processo inflamatório, estimulando a função regeneradora da derme e assim modificando a pele. (VIANNA, 2009 apud ESCOBAR, 2014). Fonte: magote.com Conforme NASCIMENTO (2013), citado por ESCOBAR, 2014 o peeling químico é aplicado a várias profundidades, o que atinge a epiderme é um peeling superficial, já os peelings médios e profundos atingem a derme. O peeling químico é a ação de ácidos na pele, o glicólico, por exemplo, é usado em todos os tipos de pele e atua sobre várias lesões, como melasmas, sendo um bom ativo para o tratamento da cliente em questão. Outras opções seriam os ácidos mandélico e kójico, pois eles possuem o poder de conter a pigmentação inibindo a síntese de melanina. 9.4 Principais Ácidos e sua atuação Ácido glicólico: O ácido glicólico contém uma substância de hidratação que acelera a renovação celular, dando uma maior uniformidade a pele, além de excitar algumas proteínas fundamentais para o desenvolvimento da pele deixando-a mais saudável. Tem a capacidade de restringir uma formação que auxilia na coloração da pele, auxiliando também no tratamento de espinhas, na porosidade da pele, invaginações da epiderme, sendo considerado como um procedimento estético bastante utilizado para diminuir sinais e manchas senis gerada pelo sol, obtendo uma melhoria sucessiva de uma essência resistente que auxilia nas fibras elásticas dando uma maior sustentabilidade a pele, segundo DEPREZ (2009), citado por DE FREITAS (2020). De acordo com YOKOMIZO (2013), citado por DE FREITAS (2020), o ácido glicólico é importante no combate das hiperpigmentações, dando mais uniformidade, maciez e um melhor aspecto da pele, não causando nenhuma toxidade seja em peles claras, morenas ou negras, além de estimular a hidratação, obtendo uma amenização facial muito importante para a pele. Agindo nas rugas e manchas, causadas pelo o sol, clareando sardas, melasma, marcas de espinha, agindo na camada superficial até mais extensiva. Ácido Kójico: O ácido Kójico é um dos despigmentantes naturais mais eficientes do mercado, tendo excelentes resultados. Tem ocupado posição de destaque entre as substâncias usadas para o clareamento de vários tipos de hipercromias cutâneas. Ele age inibindo a formação da melanina, quebrando os íons cobre e bloqueando a ação da tirosinase, eliminando as hipercromias. (PEREIRA, 2016, apud MOURA, 2017). Ácido Láctico: Segundo MAGALHÃES (2010), citado por ROCHA (2020), o ácido lático é considerado um dos Alfa-Hidroxiácidos (AHAs) que atua na inibição da atividade da tirosinase promovendo a redução da síntese de melanina, mostrando-se promissor no tratamento do melasma. O peeling com ácido láctico atua principalmente na redução da síntese de melanina. De acordo com KEDE e SABATOVICH (2015), o ácido lático tem efeito clareador, antifúngico e renovador celular. Sua atuação baseia-se no controle da pele seca, provoca descamação e ainda pode ser utilizado no tratamento de diversas afecções, dentre elas o melasma. O ácido lático tem se mostrado seguro até mesmo em indivíduos de fototipo IV apresentando poucos efeitos colaterais relacionados ao seu uso como o edema e eritema, que normalmente são leves e transitórios nos pós peeling (SHARQUIE et al., 2006, apud ROCHA, 2020). Ácido mandélico: O ácido mandélico é considerado um AHA de maior peso molecular, com absorção lenta pela pele, favorecendo um efeito uniforme. Pode ser obtido do extrato de amêndoas amargas, bastante utilizado para combater hiperpigmentações, além de melhorar a textura da pele, agindo na inibição da síntese de melanina, bem como na melanina já depositada (PEREIRA, 2016, apud MOURA, 2017). Ácido retinóico: Segundo VELASCO (2009), citado por DE FREITAS (2020), o ácido retinóico é um dos compostos atuais utilizado contra os efeitos do envelhecimento, promovendo a esfoliação da pele. Seu uso promove uma compactação da epiderme, estimulando queratinócitos por melhorar a distribuição dos melanócitos e por produzir uma normalização epidérmica. Elimina os queratinócitos atípicos e impede as queratoses; é recomendado para o fotoenvelhecimento, portanto atua em patologias. Ácido salicílico: De acordo com FONSECA (2012), citado por ROGERI (2018), o ácido salicílico é amplamente utilizado no tratamento da acne. Ele tem ação levemente antisséptica, queratoplástica e, principalmente, queratolítica, quando usadas em altas concentrações. Sua ação queratolítica (acima de 3%) permite a promoção de um peeling superficial, tendo impacto apenas na epiderme, sem atuar nas camadas mais profundas da derme, o que faz dele um peeling seguro. Ele age na diminuição da coesão dos corneócitos, desobstruindo os folículos pilossebáceos e, a partir disso, é realizada a renovação celular. Observações importantes: O tratamento não é recomendado para pacientes com infecções e lesões abertas, que usam certos medicamentos, têm psoríase, dermatite atópica ou qualquer outra doença de pele, também na gravidez, pele deformada ou formação de queloides, história de descoloração da pele, mais frequentemente nas áreas expostas ao sol. O peeling elimina manchas solares em procedimentos estéticos realizados em cabine ao procedimento gera uma correção na tecidual. É essencial o uso do protetor solar, seguir as recomendações para a preparação e recuperação da pele é de suma importância para obter o resultado desejado da pele (ROTTA, 2008, apud DE FREITAS, 2020). 10 MASSOTERAPIA E O USO DA COSMETOLOGIA Define-se massoterapia como: [...] um conjunto de técnicas tradicionais e contemporâneas, não invasivas, que visam prevenir determinadas patologias, buscando equilibrar a saúde do indivíduo, e tem como resultado o bem-estar e uma melhor qualidade de vida. É importante frisar que a massoterapia trabalha conjuntamente com a medicina tradicional, pois proporciona melhores resultados nos tratamentos oferecidos pela mesma. Seus objetivos principais são: além de prevenir doenças, melhorar a circulação e o tônus muscular, equilibrar as funções biológicas e assim remediar as dores, certas disfunções e ser excelente no alívio do estresse (DONATELLI, 2015, apud CARVALHO, 2018). Manobras Para GONÇALVES(2006, p.131) elas são divididas em sete grupos, cada uma possui uma função e apesar de cada manobra poder ser repetida, elas podem e devem ser combinadas no mesmo tratamento. Deslizamento Fonte: incisaimam.com.br GONÇALVES (2006, p.131-132), diz que ela deve ser utilizada ao iniciar a massagem e consiste num deslizamento suave da palma das mãos ou dos dedos e com pressão precisa e movimentos rítmicos, suaves e repetitivos (sugere-se no mínimo sete vezes para todos os movimentos). Ela produz efeito calmante uma vez que age no sistema linfático e venoso superficial, permite a liberação de hormônios e de outras substâncias neurotransmissoras, levando ao relaxamento e, portanto, há a diminuição da dor, da tristeza e da ansiedade. No ato do Deslizamento, ocorre o aumento da grande circulação, influenciando o trabalho do sistema linfático na redução de edemas, fortificando o sistema imunológico, ativando as trocas hormonais, melhorando a circulação local e o tônus muscular. Há também o aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos e em seguida a estabilização dos mesmos (VERSAGI, 2015, p.11). Pressões Fonte: incisaimam.com.br Conhecida como massagem de pressões por pontos, sua manipulação é local, porém de efeito profundo. Sendo assim se considera: baixa pressão, age em nível superficial (de 30-50 mmHg), pressão média (50-80 mmHg) e pressão alta, age em nível venoso profundo e muscular (80 mmHg). Seu efeito é estimular a corrente sanguínea dos tecidos em geral, por este motivo é uma técnica contraindicada para pacientes hipertensos (GONÇALVES, 2006, p.132). Amassamento Fonte: incisaimam.com.br Com os nós dos dedos faz se o movimento de arraste, girando-o no local. Age profundamente nos tecidos musculares, induzindo ao aumento do metabolismo e consequentemente na eliminação de células gordurosas e retenção hídrica, devolvendo assim a vitalidade dos tecidos. Eles devem ser rítmicos, profundos e repetitivos (GONÇALVES, 2006, p.132-133, apud CARVALHO, 2018). Quanto ao Amassamento por compressão, VERSAGI (2015, p.11), citado por CARVALHO (2018), confirma que quando ela é executada: há a liberação das toxinas do tecido, alívio do enrijecimento dos músculos, alívio da dor, melhor desenvoltura dos movimentos corporais, melhor flexibilidade do tecido conjuntivo e aquecimento do tecido trabalhado. Fricções Fonte: massagear.com.br Esta outra técnica chamada de Fricção transversa profunda utiliza a liberação miofascial, a fim de evitar um processo inflamatório originado por uma lesão, cirurgia ou sedentarismo, e age significativamente no processo de cicatrização por meio do aumento da circulação local, da estimulação das fibras de colágeno que sofrem uma inflamação e imediatamente se regeneram e acabam por atuar no preenchimento dos sulcos. Atua também na supressão da dor e na redução da rigidez muscular. O movimento é executado numa só direção, num trajeto de ida e vinda ou circulatório, sendo rítmicos, coordenados e localizados. (VERSAGI, 2015, p.19) Percussões Fonte: incisaimam.com.br PEREZ et al. (2014), citado por CARVALHO (2018), aprofunda mais sobre o tema, confirmando que a Percussão, quando executada de forma correta gera um efeito localizado ou sistêmico. Quando de forma leve: há melhor resposta do sistema nervoso e do nervo sensitivo, além da tonificação dos músculos. Quando os movimentos são intensificados: há insensibilidade parcial, liberação de mucosidades, liberação miofascial, cresce a frequência do fluxo sanguíneo no local, e também são liberadas substâncias que produzem o hormônio do prazer. Vibrações Fonte: incisaimam.com.br De efeito relaxante, o movimento de tremer as mãos sobre determinado local da pele lhe repassa esta vibração. Podem ser utilizados vibradores mecânicos já que os mesmos possuem uma vibração mais precisa (GONÇALVES, 2006, p.133 apud CARVALHO, 2018). Beliscamentos Fonte: massagear.com.br Como o próprio nome já diz, esta manobra consiste em pequenos beliscões com o polegar e o indicador ou o médio, em todo corpo. Por serem movimentos estimulantes, atuam diretamente na circulação sanguínea (GONÇALVES, 2006, p.133 apud CARVALHO, 2018). Leque Fonte: incisaimam.com.br É um movimento de imitar com as mãos o abrir e fechar de um leque. Tem por objetivo relaxar os músculos e auxiliar no esvaziamento das toxinas (GONÇALVES, 2006, p.134 apud CARVALHO, 2018). 10.1 Drenagem linfática facial De acordo com ALMEIDA (2015), citado por DA SILVA (2020), a drenagem linfática manual é um meio terapêutico de manobras suaves, sem muita pressão, lentas e rítmicas com direção aos vasos linfáticos e linfonodos, de movimentos repetitivos. Tem o intuito de drenar o excesso de líquidos acumulados entre os espaços intersticiais, é responsável pelo equilíbrio hídrico, sendo de grande importância na retirada de dejetos vindo do metabolismo celular. É mecanismo que auxilia o sistema linfático no dinamismo da drenagem, removendo os resíduos metabólicos, beneficiando a troca de oxigênio e nutrientes, e contribuindo na filtração e reabsorção de proteínas nos capilares linfáticos. Os seus efeitos fisiológicos são bastante variáveis, além do aumento e a reabsorção de proteínas e da velocidade da linfa, ela promove um auxílio da distribuição de hormônios e medicamentos no organismo, atua no relaxamento muscular e enfatiza a defesa imunológica (DA SILVA, 2020). Protocolo A drenagem facial terá início no pescoço com a estimulação dos linfonodos da fossa retroclavicular e das vias de evacuação do músculo esternocleidomastóideo, com os círculos dos dedos. Após a estimulação dos linfonodos pode-se começar a drenagem na face, a direção da massagem deve sempre acompanhar o fluxo da circulação linfática e venosa, e a cabeça do cliente deve estar elevada de 15 a 20º. Desta forma, o terapeuta irá realizar manobras de deslizamento em forma de círculos suaves com as pontas dos dedos (de 2 a 4 dedos) de medial à lateral, sempre em direção ao músculo esternocleidomastóideo onde estão dispostos os linfonodos (MONSTERLEET, 2011, apud GIACOMOLLI, 2020). Segundo GUIRRO e GUIRRO, 2004, citado por GIACOMOLLI (2020): [...] a drenagem linfática manual está representada principalmente por duas técnicas: a de Leduc e a de Vodder. Ambas são baseadas nos trajetos dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente três categorias de manobras: 1) manobras de captação, 2) manobras de reabsorção e 3) manobras de evacuação. A diferença entre elas reside somente ao local de aplicação. 11 LIMPEZA DE PELE O protocolo de limpeza facial, geralmente é composto por assepsia, esfoliação, tonificação, emoliência, cauterização com alta frequência, aplicação de máscara e aplicação de fator de proteção solar. O período entre as limpezas faciais deve respeitar o ciclo de renovação celular, que acontece a cada 28 dias em peles jovens e 40 dias nas mais madura, e também levar em consideração o tipo de pele do paciente, os que têm pele normais à secas podem realizar o procedimento a cada dois meses, já pacientes com a pele oleosa, com cronicidade de cravos e milliuns, requer um cuidado maior, sendo o procedimento realizado uma vez por mês. As células da pele são constantemente renovadas, mas à medida que envelhecemos, essa taxa de renovação celular diminui, provocando mudanças na pele. O processo de reparação tecidual inclui uma sequência de fases que se somam, e resultam na interação complexa entre as célula as da epiderme e da derme, proteínas da matriz e do plasma e angiogênese controlada (KEDE, 2003, apud EBRAHIM, 2017). No procedimento de limpeza facial é realizada a remoção da camada mais superficial da pele, o extrato córneo. A limpeza de pele facial é um dos protocolos mais importantes da estética facial, poisantes de qualquer tratamento é indicado à realização desse procedimento, para manter a pele limpa, nutrida e vitalizada, porém é importante que esse procedimento seja realizado por profissional com competência teórico-prático, que obtenha conhecimento sobre anatomia, cosmetologia e eletroterapia (OLIVEIRA, 2008, apud EBRAHIM, 2017). 11.1 Passo a passo Segundo EBRAHIM (2017), normalmente a limpeza de pele segue um passo a passo com etapas frequentemente utilizadas, que vão desde a higienização até a aplicação de protetor solar. Higienização Fonte: tuasaude.com É o primeiro passo do protocolo e também pode ser chamado de assepsia, onde é realizada a higienização da face, por meio de produtos que vão remover as impurezas, excesso de oleosidade, restos de maquiagem e poluição. Para uma eficiente higienização é necessário remover maquiagem, células mortas, secreções sebáceas e impurezas, com um produto adequado para cada uma dessas funções e para cada tipo de pele. De acordo MAUAD (2003) a higienização profunda da pele é indispensável para a prevenção da proliferação bacteriana, principalmente da lipídica, pois auxilia na manutenção de menor produção sebácea e aumento da oxigenação tissular, facilitando a transpiração e a lubrificação mais adequada da pele. Esfoliação Fonte: tuasaude.com É realizada com produto abrasivo, que remove as células mortas promovendo renovação celular, diminui a espessura da epiderme facilitando a extração e absorção de princípios ativos. Deve ser realizada se forma suave, para não agredir a pele do paciente. Emoliência Fonte: tuasaude.com Com a pele limpa inicia-se a emoliência dos comedões, aplicando uma compressa com ativos, que tem a função de facilitar o processo de extração. Em seguida utiliza-se o vapor de ozônio que é indicado para a dilatação dos óstios foliculares e potencialização dos ativos emolientes. É utilizado um produto emoliente que pode ser em forma de creme, sendo este utilizado sozinho, ou emoliente liquido para umedecer gases ou algodões para colocar na face, em seguida é colocado o vapor de ozônio direcionado ao rosto e do paciente, provocando emoliência da pele e abertura dos poros. O ozônio além de bactericida umedece a pele e evita a pressão excessiva ao remover os comedões. O tempo do vapor de ozônio varia, porém não pode ultrapassar cinco minutos, pois a inalação prolongada do vapor pode ocasionar efeito tóxico. Após os cinco minutos de vapor de ozônio, é utilizado se houver necessidade mais 10 minutos de vapor de água. Extração Fonte: tuasaude.com É a etapa mais longa da limpeza, onde é retirado os cravos e milliuns. É realizado a extração com aparelhos de sucção, cureta ou manualmente, neste último método o profissional utiliza algodão entre os dedos e a face, para que não haja contato direto com a pele do paciente ao ”espremer”, evitando machucar o local que está sendo manipulado, e ocasionando o mínimo de dor possível. Para os cravos mais resistente e retirada de milliuns usa-se uma microagulha para romper a pele. A extração deve ser realizada com técnicas corretas de manipulação, cuidadosamente e com delicadeza, para que o paciente não tenha dor ou incômodo. Pode ser utilizado também anestésico tópico para pacientes mais sensíveis. Não deve retirar durante esse processo as espinhas, para não haver contaminação com a secreção da mesma para outros locais do rosto, ou aumento do processo inflamatório da espinha, podendo até causar lesões cicatriciais. A remoção dos comedões promove a melhoria imediata e acentua a satisfação do paciente, pois a extração com princípio de antissepsia elimina as lesões inflamatórias da acne e reduza o grau de comprometimento clínico. Atualmente a desvantagem evidente, e que a extração da forma mais comumente utilizada, através da expressão digital, pode proporcionar danos na pele. Aplicação de alta frequência Fonte: tuasaude.com A alta frequência é utilizada após a extração, por conta do seu efeito bactericida, descongestionante e cicatrizante. Outro importante efeito terapêutico é a melhora do trofismo dérmico, que está relacionado a ação bactericida da alta frequência, pois muitas vezes o trofismo da pele, tem relação direta com os processos de regeneração tecidual, sendo prejudicado pela ação de bactérias; Máscara Fonte: tuasaude.com A aplicação da máscara deve ser feita após a aplicação da alta frequência; A escolha da mesma vai depender do tipo de pele do paciente, por exemplo, as peles mais sensíveis devem receber uma máscara calmante, as oleosas, uma que ajude no controle da oleosidade, as desidratadas uma hidratante entre outras. A mesma deve ser utilizada de acordo com a indicação do fabricante. Fator de proteção solar Fonte: tuasaude.com Para finalizar o procedimento, é aplicado protetor solar com fator de proteção acima de 30 e PPD acima de 12, para manter a pele protegida, evitando manchas e queimaduras solares (OLIVEIRA, 2008, apud EBRAHIM, 2017). 11.2 Orientações gerais pós limpeza facial Utilize produtos com fins de acalmar a pele, como a água termal ou cicatrizantes; Não utilizar maquiagem 24 horas pós-procedimento, para não obstruir os poros; Não se expor diretamente ao sol nas primeiras 48 horas após a limpeza, pois a pele estará sensível, e sua camada de proteção mais fina, e por isso o risco de manchas será maior; Utilize protetor solar de acordo com seu fototipo cutâneo, no mínimo FPS 30 e PPD acima de 12; Evite produtos à base de álcool, nas primeiras 48 horas; Deve ser evitar nas primeiras 48 horas pós-limpeza a utilização de produtos comedogênicos ou ácidos (EBRAHIM, 2017). 11.3 Contraindicações É certo que todo mundo que ter uma pele limpa, saudável e com boa aparência, porém a limpeza facial não é indicada para pacientes com acne inflamatória, para não disseminar a infecção, provocar dor ou cicatrizes, em vez de ajudar irá comprometer a saúde cutânea. Neste caso, o mais indicado é recomendar ao paciente um dermatologista, para tratar a acne, e após elas sumirem, pode realizar a limpeza facial (TAUB, 2007). Pacientes com rosácea, pele sensível ou que costumam desenvolver alergia e irritações cutâneas com facilidade. Nesses casos deve-se procurar um dermatologista em busca de tratamento especifico (BORGES, 2010). Pacientes bronzeados devem evitar a limpeza, em virtude da alta ativação de melanina, o que poderá ocasionar mancha (KEDE, 2003). Durante a gestação não é recomendada a limpeza ou qualquer outro procedimento que cause estresse, irritação ou dor. Nessa fase da mulher, há uma grande produção hormonal, e a incidência de manchas e mais provável, além da mesma está mais sensível (KEDE,2003). 12 ELETROTERMOFOTOTERAPIA FACIAL E COSMETOLOGIA 12.1 Eletrolipólise Fonte: Segundo SCORZA et al. (2008), citado por BELUCO (2017), a eletrolipólise é uma técnica útil pela aplicação de uma microcorrente de baixa frequência, produzindo a liberação de noradrenalina que induz à lipólise, liberando ácido graxos e glicerol. E proporciona efeitos fisiológicos como o aumento da temperatura, da microcirculação, melhora na tonicidade da pele e a lipólise. 12.2 Eletroporação Fonte: interfisio.com.br Técnica não invasiva a partir da ação de ondas eletromagnéticas, com características especiais e duração de pulsos em micro ou milissegundos, normalmente produzidas por radiofrequência de baixa intensidade, não ionizante e atérmicas. Permite a abertura dos Portais Intracelulares (canais proteicos) por via transdérmica, alterando transitoriamente a permeabilidade da membrana celular. Os princípios ativos devem ser específicos para cada caso e as substâncias podem ser em nanotecnologia, a fim de potencializar o transporte para o interior da célula. Indicada para pré e pós-operatório
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