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Farmacologia Médica - Farmacologia do SNC - DOPAMINA

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Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
1 
 
FARMACOLOGIA DO SNC – DOPAMINA 
 
❖ DOPAMINA 
 
- Dopamina é um neurotransmissor envolvido em dois 
distúrbios do SNC – Parkinson e Psicoses (esquizofrenia). 
 
- Envolvida em vários distúrbios comuns da função 
cerebral, notavelmente a doença de Parkinson, a 
esquizofrenia e o distúrbio do déficit de atenção, bem 
como na dependência de drogas e certos distúrbios 
endócrinos. 
 
- Dopamina está envolvida em distúrbios como o 
Parkinson, Esquizofrenia, déficit de atenção (Medicações 
para TDH são aquelas que aumentam tanto a transmissão 
noradrenérgica quanto a dopaminérgica no SNC), foco, 
prazer, dependência (envolvida com o núcleo 
Acumbens). 
Dopamina baixa a pessoa provavelmente terá déficit de 
atenção. Envolvida no foco, prazer. 
 
- Vias muito difusas, espalhadas e a dopamina acaba 
tendo ação em outras patologias. Ex.: mecanismos de 
recompensa (ação no núcleo Acumbens). 
Liberação de dopamina no núcleo Acumbens está 
envolvido com a dependência/vício. 
 
- Temos quatro vias dopaminérgicas. 
 
- Medicamento passível de vício está com tarja preta. 
 
- Dopamina está em grande quantidade principalmente 
no Corpo Estriado do SNC, parte que controla o 
movimento fino. Também está presente em grande 
quantidade em algumas partes do Sistema Límbico, que 
promove bem-estar, controla o emocional, o quanto o 
indivíduo tem satisfação executando uma atividade. 
Presente também no Hipotálamo regulando a produção 
de Prolactina. 
Dopamina ligada na execução e desempenho dos 
movimentos finos. 
 
- Dopamina também está envolvida em alguns distúrbios 
endócrinos. 
 
 
 
❖ FARMACOLOGIA DA NEUROTRANSMISSÃO 
DOPAMINÉRGICA 
 
- Dopamina é uma monoamina (catecolamina), mesmo 
precursor da adrenalina e noradrenalina. 
Origem da Tirosina (aminoácido), e a tirosina vai ser 
internalizada pela proteína co-transportador de sódio e a 
Tirosina será convertida em Levodopa (Etapa limitante do 
processo), que será convertida em Dopamina pela enzima 
DOPA DESCARBOXILASE (ou Aminoácido aromático 
Descarboxilase). 
Quando tem um neurônio noradrenérgico (no interior da 
vesícula tem uma enzima que consegue converter a 
dopamina em Noradrenalina). 
Quando o neurônio é Dopaminérgico, ele não terá essa 
enzima e não consegue fazer a conversão de Dopamina 
em Noradrenalina. 
 
Dopamina após produzida será internalizada em vesícula 
e em caso de chegar um potencial de ação na membrana, 
há uma alteração do potencial da membrana e entra 
cálcio e promove a Exocitose da dopamina. 
Dopamina atua no receptor do neurônio pró sináptico. 
 
Dopamina após sua ação nesse receptor, será 
metabolizada sendo recaptalizada pela membrana do 
neurônio pré-sináptico. Assim ela será degradada por 
uma enzima mitocondrial (MAO – Monoamina oxidase). 
 
Existem dois tipos de MAO: 
▪ MAO A – específica para degradar Noradrenalina 
e Serotonina 
▪ MAO B – específica para degradar Dopamina 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
2 
 
- A MAO é uma enzima chave cuja função consiste em 
finalizar a ação das catecolaminas tanto no cérebro 
quanto na periferia. 
 
- Neurotransmissores que vão para a fenda sináptica nada 
impede que eles caiam na circulação a vão para a periferia 
com efeito periférico e por isso também precisam ser 
degradados por enzimas produzidas na periferia. 
 
- Neurotransmissores precisam ser metabolizadas por 
enzimas periféricas. 
Caso a dopamina chegue na periferia, ela será 
metabolizada pela COMT (Catecol-orto-metil-
transferase). 
Importante no Parkinson, pois a inibição dessa enzima 
COMT é utilizada como um ponto de mecanismo de ação 
de medicações. 
 
- COMT é expressa em cérebro, fígado, rim e coração. 
 
- Ações da Dopamina: 
 
 
 
Gratificação tem prazer em exercer mais aquela função. 
 
- Vias Centrais da Dopamina: 
 
 
 
 *Via Nigro-Estriatal controla principalmente 
movimentos finos. Quando tem perda desses neurônios 
dopaminérgicos nessa via o paciente começa a 
manifestar o Parkinson (Ausência de dopamina na via 
nigro-estriatal). 
 
 *Via Túbero-Infundibular via pequena, em contato 
direto com hipotálamo e hipófise. Dopamina ação 
específica na glândula hipófise, estimulando ou 
bloqueando a produção de determinados hormônios. 
Dopamina, inibe a produção da prolactina por essa via, 
durante toda a vida. Na mulher grávida a dopamina é 
diminuída principalmente por ação da ocitocina na hora 
do parto. Alguns fármacos (antipsicóticos, 
antiparkinsonianos) podem alterar essa ação em relação 
à prolactina. 
O homem por essa via Tubero-infundibular terá 
dopamina inibindo a produção de prolactina durante 
toda a vida. 
 
 *Via Mesolímbica envolvida com bem estar, cognição. 
Importante na esquizofrenia (excesso de dopamina). 
 
 *Via Mesocortical envolvida com sensação de 
cognição. Importante na esquizofrenia (excesso de 
dopamina). 
 
Dentro dos distúrbios dopaminérgicos, tem dois 
principais que são Parkinson (ausência da dopamina na 
via Nigro estriatal) e a Esquizofrenia ou Psicose (dada pelo 
excesso de dopamina na via Mesolímbica e Mesocortical). 
 
Não tem nenhuma medicação que vai atuar em somente 
uma via dessas quatro. 
Todo medicamento dopaminérgico vai ter ação nas 4 
vias. Importante devido aos efeitos colaterais. 
Ex.: Pessoa em tratamento de Parkinson pode 
desenvolver psicose. 
Paciente em tratamento de psicose pode ter tremor fino. 
 
- Receptores da Dopamina: 
Tem duas famílias de receptor: D1 e D2. 
 
 
 
Família D1 – excitatório. Acoplados a proteína Gs, 
aumenta AMPc. Presentes os receptores D1 e D5. 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
3 
 
Família D2 – inibitório. Dopamina acoplado a esses 
receptores provoca inibição. Presente os receptores D2, 
D3 e D4. 
 
Os antagonistas do receptor D2 podem causar 
Ginecomastia. Está antagonizando o bloqueio, causando 
a excitação. 
 
Para controle do movimento tem receptores D1 e D2. 
Inibitórios e excitatórios. 
 
Esquizofrenia a família D2 são os receptores mais 
envolvidos. A maioria dos antipsicóticos atuam na família 
D2. 
 
No Parkinson age tanto nas famílias D1 e D2. Parkinson é 
a diminuição da quantidade de dopamina na via Nigro 
Estriatal. Para controle do movimento tem tanto receptor 
D1 quanto receptor D2. 
No Parkinson tem um bloqueio da via excitatória e uma 
estimulação da via inibitória – Bloqueio de D1 e uma 
super ação do D2. 
A via de controle motor fica bloqueado. Paciente tem 
rigidez de movimentos, tremor fino, dificuldade na 
marcha. 
 
 
 
Sistema Mesocortical – envolvida com alerta, bem-estar, 
atenção, planejamento da execução da atividade, 
motivação do comportamento, recompensa. Diminuição 
de dopamina nesta via causa Anedonia, não sente prazer 
em nada. 
Sistema Mesolímbico – está envolvido com a emoção. 
Paciente com esquizofrenia tem alteração dessa via 
mesolímbica. Paciente mais isolado, não gosta de contato 
com outras pessoas. 
Estriado – controle motor. 
Hipotálamo – Ação da prolactina. 
 
- Aspectos Funcionais da Dopamina: 
 
▪ Sistemas Motores: Antipsicóticos – efeito adverso 
pelo bloqueio de receptores D2 na via nigroestriada. 
Diminui a quantidade de dopamina. 
▪ Efeitos Comportamentais: Anfetamina e cocaína – 
inibem transportador. Aumenta dopamina, aumenta 
sensação de bem-estar. 
▪ Função Neuroendrócrina: via túbero hipofisária – 
secreção de prolactina. 
▪ Vômito: Dopamina são antagonistas – atividade 
antiemética. 
 
Dopamina é uma molécula muito polar e ela por si só não 
consegue passar na barreira hematoencefálica. Por mais 
que tenha muita dopamina na periferia, ela não consegue 
chegar ao SNC. No tratamento do Parkinson não usa 
dopamina pura e sim disponibiliza Levodopa, que é mais 
lipofílica e consegue chegar ao SNC. 
Tomar cuidado que o excesso de dopaminagera psicose. 
 
❖ DOENÇA DE PARKINSON: 
 
Dopamina no controle do movimento. 
 
Perda seletiva dos neurônios dopaminérgicos na parte 
compacta da substância negra. 
Não tem uma manifestação clínica precoce. 
 
Quanto mais cedo diagnostica o paciente mais alternativa 
terapêutica tem e mais evita a progressão da doença, 
melhora qualidade de vida. 
 
70% dos neurônios da via nigroestriatal já estão 
destruídos quando aparecem pela primeira vez os 
sintomas. 
 
A destruição desses neurônios resulta nas características 
motoras fundamentais da doença bradicinesia ou 
lentidão dos movimentos rigidez, uma resistência ao 
movimento passivo dos membros, comprometimento do 
equilíbrio postural, que predispõe a quedas e tremor 
característico quando os membros estão em repouso. 
 
Os mecanismos subjacentes à destruição dos neurônios 
da DA na substância negra na doença de Parkinson ainda 
não estão totalmente elucidados. 
Não se sabe o porquê da destruição dos neurônios 
dopaminérgicos. Tem caráter genético e multifatorial – 
em alguns casos precisa de um gatilho ambiental para 
desenvolver a doença. 
 
Dopamina é uma molécula muito polar, e não consegue 
chegar no SNC. Se tiver dopamina na periferia, ela não 
consegue chegar no SNC. 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
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Parkinson o que se sabe é a partir de estudos post 
mortem. Há diminuição da quantidade de dopamina no 
SNC. 
Região negra é rica em melanócito, por isso a coloração 
escura. 
 
 
 
Os movimentos são aprendidos ao longo da vida. 
A área motora secundária que planeja o movimento, 
como ele será executado. 
O Parkinson está com problema no planejamento do 
movimento e não consegue ter uma desenvoltura 
adequada para a execução. 
 
 
Os movimentos são planejados nos núcleos da base e no 
cerebelo, enviam para o tálamo que envia para o córtex 
motor cerebral e aí sim o impulso chega nos neurônios 
motores para executar o movimento. 
O movimento deve ser planejado no núcleo da base. 
Temos duas vias: 
 *Direta – planejamento da execução do movimento. 
Vai direto pelo tálamo para o córtex motor e periferia. 
Mais neurônio excitatório. 
 *Indireta – movimento será planejado e passa pelo 
globo pálido estriado, passa por uma série de pontos 
antes de chegar ao tálamo e enviar ao córtex e periferia. 
Mais resposta inibitória. 
 
Em uma pessoa normal a atividade é controlada e 
equilibrada, as Vias direta e indireta terão ação – 
neurônios excitatórios e inibitórios. 
No Parkinson a via direta está inibida e tem em excesso 
da via Indireta (via inibitória). Excesso de inibição da via 
dopaminérgica. 
 
- Tratamento do Parkinson: 
Voltado para manutenção do controle dos níveis de 
dopamina no SNC. 
Mas é parcialmente bem sucedida. Isso se deve 
principalmente a outras alterações neurológicas que o 
individuo com Parkinson pode ter, como taquicardia, 
sudorese, tremores, ansiedade, alteração no sono, 
depressão – sintomas envolvidos com o aumento de 
noradrenalina. 
Tratamento de ansiedade são medicações 
antidepressivas serotoninérgicas. 
 
Tratamento é feito com o intuito de aumentar a 
dopamina no SNC – reposição dopaminérgica. 
 
Parkinson não tem cura. 
Antigamente o tratamento era somente nos pacientes 
que estavam com sintomas muito avançados, mas hoje 
em dia sabe-se que o tratamento deve ser feito assim que 
diagnosticada a doença. 
 
Indivíduo com Parkinson pode ter algumas manifestações 
clínicas: 
▪ Noradrenalina (Locus ceruleus) – Sintomas 
autonômicos, ansiedade (tratamento da ansiedade 
deve ser serotoninérgica). 
▪ Serotonina (núcleos da rafe) – Depressão, ansiedade 
e alterações no sono. 
▪ Colinérgicas (núcleo basal de Meynert) – memória e 
cognição. 
 
 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
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➢ PRECURSORES DE DOPAMINA: 
 
Tratamento primordial é a reposição dopaminérgica. 
Importante repor a dopamina no tratamento do 
Parkinson. 
O problema que a dopamina é muito polar e não entra no 
SNC, por isso deve dar os precursores. 
 
o LEVODOPA: 
 
É uma precursora da dopamina no SNC. 
A partir da conversão da levodopa gera a dopamina. 
Não se fornece a dopamina direto por não passar em 
barreira hematoencefálica não consegue chegar no SNC. 
 
Levodopa é convertida em dopamina na periferia pela 
enzima Aminoácido aromático descarboxilase. 
Temos essa enzima no sangue, e se ela consegue fazer a 
conversão dentro do neurônio, ela também vai conseguir 
fazer isso no sangue. 
Na administração da Levodopa ela já começa a ser 
metabolizada no próprio TGI e o problema é que a 
dopamina não passa na barreira hematoencefálica. 
Então da dose que é disponibilizada ao paciente, somente 
1 a 3% chega no SNC. Devido a isso, dificilmente vai dar 
levodopa isolada e deve ser associada com os adjuvantes. 
Levodopa penetra no SNC por ser mais apolar. 
 
Administração por via oral – conversão em dopamina no 
trato gastrintestinal 
 
Biodisponibilidade muito pequena – Apenas 1 a 3% da 
dose administrada alcançam o SNC em sua forma 
inalterada. Antes de chegar ao SNC a levodopa pode ser 
transformada na periferia em dopamina e ela não passa 
na barreira. 
 
O ideal é evitar a degradação da Levodopa na periferia 
para aumentar a quantidade de Levodopa que irá chegar 
no SNC. 
Primeira coisa que pode fazer é inibir a enzima 
Aminoácido aromático descarboxilase (AADC) com o 
fármaco CARBIDOPA. 
Carbidopa bloqueia essa conversão da Levodopa na 
periferia. 
 
Administrada em associação a Carbidopa um inibidor da 
AADC – aumenta a fração da levodopa disponível no SNC 
de 1 a 3% para 10% (10x). 
 
Depois que a levodopa chega no SNC é captada pelo 
neurônio dopaminérgico e convertida em dopamina. 
 
Associação da Levodopa com a Carbidopa aumenta a 
biodisponibilidade da Levodopa. 
 
Carbidopa é inibidor da enzima que converte a levodopa 
em dopamina na periferia, aumentando a disponibilidade 
de acesso da levodopa no SNC. 
 
Com o tempo o paciente pode desenvolver resistência à 
Levodopa. Então em paciente jovem não se deve ser 
primeira opção de tratamento. É uma das últimas 
alternativas de tratamento devido a essa situação de 
resistência. 
 
É a melhor medicação para o tratamento do Parkinson, 
mas não é a primeira opção, ela é a última alternativa 
terapêutica pois com o tempo ela vai perdendo o seu 
efeito. 
Mantém efeito de 6h, intervalo de administração de 6/6h 
inicialmente. Com o tempo ele vai diminuindo o tempo 
de ação, com o tempo começa a durar ao invés de durar 
6h, passa a durar 4h, 3h. 
Com o tempo pode chegar do paciente ter que fazer 
administração dela a cada 1h. 
 
Muitas vezes pode associar medicações para tentar 
diminuir e manter o nível de dopamina no SNC. 
Pode associar um inibidor da COMT (ex.: Entacapona) 
para tentar aumentar a meia vida. 
 
Levodopa é medicação que mais melhora o Parkinson, 
mas não será a primeira alternativa terapêutica. 
Deve avaliar em qual estado está o Parkinson e qual é a 
idade do paciente, pois o paciente mais idoso é mais 
intolerante às outras medicações e por isso normalmente 
começa pela levodopa. 
 
Sempre iniciar a terapia na menor dose possível para 
evitar que ela pare de fazer efeito com o tempo. Vai ter 
maior tempo para utiliza-la. 
 
Efeitos Colaterais: hipotensão postural (dopamina é um 
cardiotônico e em baixas concentrações de dopamina na 
periferia é vasodilatadora – atua também em receptores 
adrenérgicos β1 e β2), arritmia, alucinações visuais e/ou 
auditivas (aumento de dopamina no SNC, ela também vai 
atuar nas outras vias. Aumento de dopamina nas vias 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
6 
 
mesolímbica e mesocortical causa psicose), Discinesias, 
Mudanças de humor. 
 
Discinesias – Flutuações no efeito da levodopa. O 
medicamento terá períodos ON sob efeito da medicaçãoe períodos OFF sem efeito da medicação (dentro das 
horas de ação). Com a diminuição do efeito com a 
progressão do tratamento, o paciente pode ter flutuação 
no efeito da levodopa e terá períodos que ele vai 
desenvolver a discinesias (rigidez) nos momentos que a 
medicação está OFF. 
 
Paciente que está tomando dopamina pode apresentar 
urina escura, devido à degradação da Dopamina. Regiao 
negra no SNC é rica em dopamina e quando a dopamina 
é oxidada, ela dá origem à melanina, então o paciente 
que está fazendo reposição de dopamina pode 
apresentar essa alteração na coloração da urina. 
 
Quando aumenta a dopamina na periferia, tem muito 
efeito colateral, por exemplo a hipotensão postural. 
 
Dopamina com o uso da medicação ele também terá ação 
nas outras vias, podendo desenvolver psicoses, 
alucinações, alterações de humor. 
 
Alteram o efeito da Levodopa: 
 *Dieta rica em proteína – administrar 
preferencialmente em jejum ou 1 hora antes de se 
alimentar. 
 *Vitamina B12 – aumenta a conversão de levodopa em 
dopamina no tubo digestivo e diminui a 
biodisponibilidade para o SNC. 
 
Evitar associação com medicações que causam 
hipotensão postural, por exemplo, Antagonistas α1, BCC 
diidropiridínicos (nifedipino, anlodipino), nitratos. 
 
Levodopa normalmente será associada aos inibidores de 
metabolismo na periferia para evitar que com o tempo 
diminua o seu efeito: 
 
 
 
Paciente com o tratamento pode apresentar psicose. 
Paciente com Parkinson que começa a apresentar psicose 
precisa tratar com antipsicótico. 
 
Efeito colateral de antipsicótico é o 
Pseudoparkinsonismo. Sintomas causados pela 
diminuição da dopamina devido ao uso do medicamento. 
Paciente pode ter efeitos motores – 
pseudoParkinsonismo. 
Paciente em uso da dopamina pode ter urina mais escura. 
Dentro do tratamento do Parkinson tem o tratamento 
padrão ouro com a Levodopa, mas é a última alternativa 
terapêutica. 
 
Mas devido aos efeitos colaterais com o passar dos anos, 
a Levodopa não é primeira opção e deve utilizar outras 
opções terapêuticas antes: 
 *Seleginina – tratamento leve 
 *Pramipexol – tratamento moderado 
 *Levodopa – tratamento grave e/ou >65 anos (paciente 
mais idoso não tolera muito bem os efeitos colaterais 
com as outras medicações e também devido a diminuição 
de expectativa de vida quando comparado a um paciente 
mais jovem e por isso a escolha para >65 anos) 
 
➢ INIBIDOR DO METABOLISMO DE DOPAMINA – 
INIBIDORES DA MAO: 
 
o SELEGININA 
 
Utilizado mais em Parkinson mais leve, com menos 
sintomas. 
Utilizado de forma isolada. 
 
Seleginina é um inibidor irreversível para a MAO-B. 
Inibe o metabolismo da dopamina. 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
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MAO é uma enzima que degrada as Catecolaminas 
(dopamina, noradrenalina, adrenalina). 
A dopamina que é liberada na fenda vai ser recaptada 
pela membrana do neurônio pré-sináptico e vai ser 
degradada pela MAO. 
 
MAO é uma enzima intracelular, mitocondrial que faz a 
quebra de catecolaminas. 
 
Tem dois tipos da MAO, A e B. 
 *MAO A – mais seletiva para noradrenalina, serotonina. 
 *MAO B – é mais seletiva para dopamina. Degrada 
dopamina no SNC. E por isso é uma alternativa 
terapêutica inibir por isso aumenta dopamina. 
Se o problema está sendo a diminuição de dopamina no 
SNC, é uma alternativa terapêutica inibir o metabolismo 
da dopamina, inibindo a MAO B. 
 
Como a MAO-B é encontrada principalmente no cérebro, 
a Selegilina não inibe o metabolismo periférico da 
dopamina e pode ser tomada com segurança com 
levodopa, pensando nos efeitos colaterais. 
 
Rasagilina um inibidor mais recente da MAO B. 
 
Melhoram a função motora na doença de Parkinson 
quando utilizadas como monoterapia e ambas podem 
aumentar a eficiência do tratamento com levodopa. 
 
Seleginina pode entrar associado à Levodopa para cobrir 
o tempo que o paciente vai ficar no efeito OFF da 
Levodopa. 
 
➢ INIBIDOR DO METABOLISMO DE DOPAMINA – 
INIBIDORES DA COMT: 
 
o ENTACAPONA 
 
A COMT é uma enzima que faz o metabolismo periférico 
da dopamina, principalmente. 
Entacapona é um inibidor do metabolismo periférico da 
Levodopa. Diminui a conversão de levodopa em 
dopamina e aumenta a quantidade de levodopa 
disponível para chegar no SNC. 
 
Principal representante é a Entacapona. 
 
Quando a Levodopa começar a ter um efeito mais curto 
com o passar do tempo terapêutico, é comum utilizar a 
Levodopa associada a um inibidor da COMT. 
Para tentar aumentar o tempo de duração da Levodopa. 
Utilizado nos casos de tratamento de pacientes mais 
graves. 
 
COMT está principalmente na periferia, como o intestino. 
Com a inibição da COMT mais dopamina ficará disponível 
para atuar a nível de SNC. 
 
Na presença de um inibidor da descarboxilase (por 
exemplo, carbidopa a COMT torna se a principal enzima 
metabolizadora da levodopa que é transformada em 3-O-
metildopa no intestino e no fígado. 
 
Mais levodopa se torna disponível para o transporte ativo 
para o sistema nervoso central (SNC). 
Menos 3-O-metildopa pode competir com a levodopa 
pelo transporte ativo para o SNC. 
 
 
Inicialmente é dado a Levodopa associado a Carbidopa. 
Associa a Entacapona ou Tolcapona quando a Levodopa 
começa a perder o seu efeito. 
 
Inicialmente é dado a Carbidopa associado à Levodopa. 
Quando a levodopa estiver perdendo o efeito, deve 
associar a Entacapona ou a Tolcapona para tentar manter 
o efeito. 
 
➢ AGONISTA PARCIAL DOS RECEPTORES 
DOPAMINÉRGICOS 
 
o PRAMIPEXOL 
 
Agonistas dopaminérgico, não precisa da dopamina para 
ativar o receptor e ter o efeito. 
 
Afinidade na família do receptor D2 da dopamina, mas 
tem afinidade preferencial pelos receptores D3 (esses 
receptores estão dentro da família D2). 
Família D2 é inibitória. 
O medicamento vai ativar essa inibição, equilibra a via. 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
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No controle do movimento, na substância negra, tem um 
equilíbrio entre a via excitatória (direta) e via indireta 
(inibitória), o movimento consegue acontecer com fluidez 
devido ao equilíbrio. 
 
No Parkinson não tem esse equilíbrio, no Parkinson a via 
direta (excitatória) vai estar exacerbada e a via inibitória 
está inibida. Devido a isso vai ter uma descoordenação 
entre excitação e inibição. 
 
O medicamento Pramipexol vai atuar nesse receptor D2 
(inibitório) para ativar essa inibição. 
O medicamento faz com que a via inibitória fique mais 
“forte” e esse equilíbrio volte a acontecer. 
 
No controle do movimento, tem na substancia negra um 
equilíbrio entre a via excitatória e via inibitória (indireta) 
e devido a isso consegue controlar o movimento e ele 
ocorre com fluidez. 
No Parkinson vai ter o desequilíbrio na questão de 
excitação e inibição. 
Pramipexol é um agonista parcial do receptor D3 que é 
um receptor inibitório, porque essa via ela vai ficar como 
se estivesse inibida. A partir do momento que começa a 
utilizar um agonista da inibição, consegue reativar a via 
gerando a fluidez de movimento novamente. 
 
Pramipexol frequentemente são agentes de primeira 
linha na terapia antiparkinsoniana especialmente em 
pacientes mais jovens. 
Não é utilizado em pacientes mais idosos devido aos 
efeitos colaterais. Por ele ser um agonista dopaminérgico, 
ele pode dar alteração aditiva, alteração visual, paciente 
pode ter episódios de mania, distúrbios de “comprar 
muito”, em relação a função sexual. 
No idoso são mais intolerados esses efeitos colaterais – 
PRAMIPEXOL NÃO É UTILIZADO EM IDOSOS. 
Importante avisar ao paciente e a família sobre os efeitos, 
pois caso ele apresente, deve ajustar a dose e se 
permanecer mesmo assim deve retirar e trocar 
medicação. 
 
Menor incidência de alterações da resposta e discinesias 
que podem ocorrer com a terapia a longo prazocom 
levodopa. 
primeira linha na terapia antiparkinsoniana 
especialmente em pacientes mais jovens. 
 
Principal efeito colateral são os efeitos cognitivos. 
Tem efeito no TGI, efeitos gástricos. 
 
A principal limitação – efeitos adversos indesejáveis: 
náuseas, edema periférico e hipotensão 
Efeitos adversos cognitivos: incluindo sedação excessiva 
(pode comprometer o trabalho do paciente), sonhos 
vívidos e alucinações, particularmente em pacientes 
idosos. 
 
Também podem desencadear sintomas da síndrome de 
desregulação dopaminérgica. 
Muito difícil tratar um paciente que tem Parkinson e 
Psicose. Ideal seria medicações com dosagem mais 
baixas, pois o tratamento de uma patologia gera a outra. 
 
Os medicamentos dopaminérgicos, como pramipexol 
levodopa e anfetaminas, etc. são contraindicados em 
pacientes com história de psicose, pois exacerbam 
consistentemente os sintomas de distúrbios 
esquizofrênicos. 
 
➢ AGONISTA DOS RECEPTORES DE DOPAMINA 
 
BROMOCRIPTINA e PERGOLIDA 
Na prática não são utilizados devido a causarem fibrose 
em diferentes órgãos, incluindo fibrose pulmonar, pleural 
e retroperitoneal. 
Estimulam a proliferação de tecido conjuntivo. 
 
➢ ANTICOLINÉRGICO 
 
Normalmente, a Dopamina no núcleo estriado é liberada 
constantemente para inibir a ação da Ach por via de um 
receptor inibitório. O que vai fazer com que a gente não 
tenha ação colinérgica dentro do núcleo estriado que 
gera sintomas de tremores é a presença da dopamina. 
 
Inibe liberação de Ach mantendo a fluidez de movimento. 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
9 
 
No núcleo estriado o neurônio dopaminérgico faz sinapse 
com um neurônio colinérgico. 
Faz com que tenha constante inibição desse neurônio 
colinérgico. Dopamina inibe a liberação da Ach. 
 
No Parkinson pela diminuição da dopamina, tem uma 
exacerbação da acetilcolina, causando principalmente 
tremores finos. 
Um dos primeiros tratamentos do Parkinson foi com 
medicamentos anticolinérgicos. 
 
o BIPERIDENO, BEZTROPINA 
 
Atua bloqueando os receptores muscarínicos (tipo M1) 
no corpo estriado, diminuindo assim o tônus colinérgico 
anormalmente elevado, que resulta da falta da atividade 
inibitória da dopamina. 
No SNC o receptor muscarínico é principalmente tipo M1. 
 
Tratamento do tremor em repouso persistente. Paciente 
não consegue parar. 
 
Tem efeitos anticolinérgicos a curto prazo como visão 
turva, glaucoma, retenção urinária, constipação, boca 
seca, taquiarritmia, palpitações. 
 
A Ach no SNC está relacionada com memória e cognição. 
Pacientes que utilizam esses medicamentos a longo prazo 
(tem a via colinérgica bloqueada por alguns anos) podem 
ter uma maior chance de desenvolver demência. E devido 
a isso não é utilizado e está em desuso. 
Utilizado somente no paciente que estiver muito grave, 
mais idoso, com menos tempo de gerar o efeito colateral. 
 
❖ ESQUIZOFRENIA: 
 
▪ PSICOSE – é uma percepção alterada da 
realidade. Quando o indivíduo tem episódio psicótico ele 
tem percepção do ambiente que não corresponde com a 
realidade. 
Pode ser induzido por substâncias (como drogas – 
cocaína, craque, maconha), alguns medicamentos (ex.: 
medicamentos para o Parkinson), por traumas 
(cranianos, cerebrais). 
Estado no qual o indivíduo perde o contato com a 
realidade. Alucinações (principalmente auditiva), ilusões, 
delírios, transtornos do pensamento formal. 
 
Psicose é diferente de esquizofrenia. Podem ter quadros 
de psicose isolados da esquizofrenia. 
 
Psicose pode ser um episódio isolado ou pode ser 
constante. 
 
Antipsicóticos – medicações com aplicabilidade para 
todas as psicoses, não somente os esquizofrênicos. 
Também podem ser utilizados como adjuvantes 
(principalmente os de 2ª geração) em quadros de 
depressão persistente de difícil controle e já utilizou tudo 
que tinha não obteve resultados. 
 
▪ ESQUIZOFRENIA – o principal transtorno 
psicótico. É a patologia na qual o paciente manifesta 
surtos psicóticos, alteração da percepção da realidade. 
Acomete mais homens do que mulheres. 
Uma doença que tem incidência na adolescência e início 
da vida adulta, principalmente por uso de substâncias. 
Pode ter princípio genético, mas não é comum. O 
desenvolvimento da doença é muito mais ambiental do 
que genético. 
Pessoa que já tem a carga genética e no uso de alguma 
substância, principalmente ilícita, ela pode desencadear 
mais facilmente para desenvolver a esquizofrenia. 
 
Pacientes podem manifestar transtornos da percepção, 
pensamento, fala e emoção. Com evolução da doença a 
pessoa tende a se comunicar menos, se isola. Paciente 
não expressa seus sentimentos. 
 
Não tem cura, consegue controlar a doença com a 
medicação. É difícil a aderência terapêutica, pois o 
paciente fica com mania de perseguição e pode não ter 
noção da sua doença. 
 
Esquizofrenia é quando a psicose é constante. Vive com 
uma distorção da realidade. 
O início pode ser silencioso. 
 
Níveis alterados da Dopamina. 
 
Esquizofrenia patologia terá distúrbios de percepção e 
integração da realidade. Casos de prejuízos de cognição e 
motivação. 
 
Cursa com sintomas positivos e sintomas negativos. 
Positivos – desenvolvimento de funções anormais. São 
perceptíveis a qualquer pessoa. 
 *Alucinações (visual, auditiva) 
 *Delírios (crença distorcidas ou falsas) 
 *Fala desorganizada 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
10 
 
Negativos – envolvidos com a via mesocortical, menor 
ação dela. 
 *Redução ou perda das funções normais 
 *Sabotamento afetivo 
 *Isolamento social 
 
Se a pessoa estiver somente com sintomas negativos 
pode confundir com depressão. 
 
Esquizofrenia terá alteração da quantidade de dopamina 
na via Mesolímbica (excesso de dopamina) e na via 
Mesocortical (falta de dopamina). 
Difícil conseguir equilibrar as duas vias. 
 
 
A cada episódio de esquizofrenia, pior é a evolução da 
doença. 
O tratamento objetiva a diminuição da incidência das 
crises. Quanto menos episódios, menor a chance de 
cronificar o episódio de psicose. 
 
É uma doença incapacitante. Se não tratada não 
consegue ter convívio social. 
Uma pessoa em uso de antipsicóticos consegue ter uma 
vida normal. Se deixa de tomar, pode desencadear 
episódios. 
 
▪ HIPÓTESE DOPAMINÉRGICA: 
 
A Clorpromazina foi o primeiro antipsicótico e veio de 
uma modificação de uma molécula da Prometazina (anti-
histamínico). Clorpromazina foi desenvolvida 
primariamente como um anti-histamínico, mas foi visto 
que a administração dela melhorava pacientes com 
psicose. 
Atua em receptores dopaminérgicos D1, D2, D4, D5. 
 
Anti-histamínicos bloqueiam os receptores: 
 *H1 – sedação, sonolência, aumento de peso. 
Histamina no SNC é responsável por manter a vigília, 
atenção. Quando bloqueia o receptor, terá sedação. 
Medicação será sedativa dependendo da dose. 
 *α1 – se bloqueado pode gerar Hipotensão postural. 
Esse receptor está no endotélio vascular, aumenta 
resistência vascular. 
 *M1 – Bloqueio causa retenção urinária, boca seca, 
constipação, aumento da pressão intraocular (glaucoma 
de ângulo fechado). Toda medicação que tem ação 
antimuscarínica será contraindicado em Hiperplasia 
prostática benigna, miastenia gravis, glaucoma, retenção 
urinária, arritmias. 
 
Toda medicação anti-histamínica terá efeito de aumento 
de peso. 
 
Antipsicóticos tem ação bem parecida com anti-
histamínico. 
Tem questão de falta de seletividade como também 
ocorre com anti-histamínicos. 
 
Clorpromazina tem ação em receptor dopaminérgico, 
mas também tem ação em outros receptores (primeiro 
antipsicótico que deu o start na síntese de novos 
medicamentos com ação dopaminérgica). 
Aloperidol (Haldol) é um antipsicótico que vem muito da 
molécula de clorpromazina. 
 
Tem uma série de antipsicóticos que foram geradosa 
partir da Clorpromazina. 
 
Histamina no SNC é responsável para manter a vigília, 
atenção. Quando bloqueia o receptor histaminérgico (H1) 
o efeito colateral é sedação. Muitas vezes então a 
mediação antipsicótica é sedativa, dependendo da dose. 
O uso contínuo pode gerar ganho de peso, 
principalmente os antipsicóticos típicos ou de 1ª geração. 
 
Anfetamina – medicações derivadas anfetamínicos. 
A anfetamina vai exacerbar os sintomas esquizofrênicos 
ou podem fazer com que o paciente desenvolva uma 
síndrome psicótica. Aumentam a liberação de 
neurotransmissores principalmente noradrenalina e 
dopamina. Aumenta dopamina no SNC. 
É possível que pacientes em uso de medicamentos 
derivados anfetamínicos tenham crises psicóticas. 
 *Exacerba os sintomas da esquizofrenia. 
 *Pode fazer com que o paciente desenvolva episódios 
psicóticos. 
 *administração prolongada em doses elevadas – efeitos 
semelhantes aos sintomas positivos da esquizofrenia em 
pessoas normais. 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
11 
 
Esquizofrenia é gerada por um distúrbio dopaminérgico 
no SNC. 
Medicações antipsicóticas foram formuladas a partir do 
princípio de bloqueio do receptor D2. 
 
▪ HIPÓTESE SEROTONINÉRGICA: 
 
O aumento de Serotonina no SNC pode contribuir com os 
efeitos psicóticos. Formulada a hipótese de que a 
serotonina pode contribuir com os quadros de 
alucinações do paciente. 
Isso veio a partir do LSD, uma droga ilícita, é um agonista 
parcial de receptores 5-HT2a e gera alucinações. 
O quando de alucinação é gerado devido a ação nesse 
receptor 5-HT2A que é um receptor serotoninérgico. 
 
Percebeu-se então que se bloquear esse receptor pode 
gerar melhoras principalmente dos sintomas Positivos. 
 
O nome da serotonina é 5-hidroxitriptamina, todo 
receptor serotoninérgico é 5-HT. 
 
Antipsicóticos Atípicos (ou de segunda geração) – 
Causam o Bloqueio 5-HT2A > D2. 
Os medicamentos antipsicóticos também podem 
bloquear esse receptor. 
 
Quadro de alucinação é gerada pelo receptor 
serotoninérgico 5-HT2A. 
 
▪ HIPÓTESE GLUTAMATÉRGICA: 
 
Fenciclidina (“pó de anjo”) é uma droga ilícita que gera 
alucinação, psicose. Antagonista NMDA induz psicose 
semelhante à esquizofrenia. 
 
A Fenciclidina vem do mesmo grupo da Cetamina. 
Cetamina é utilizada como fármaco – é um anestésico 
dissociativo, consegue deprimir algumas partes do SNC e 
outras não. 
Paciente anestesiado com Cetamina pode continuar 
mexendo o olho, lacrimejar, mas está desacordado. 
 
Cetamina também tem uma aplicabilidade na psiquiatria, 
paciente que tem ideação suicida o uso de cetamina 
diminui a chance de suicídio. 
 
Aumento da concentração de glutamato no LCR de 
pacientes esquizofrênicos, pode gerar psicose. 
 
Estudos post mortem – diminuição da concentração de 
glutamato no córtex frontal e hipocampo. 
Antagonista NMDA aumenta Dopamina no córtex pré-
frontal e estruturas subcorticais. 
 
Substâncias que atuam em receptor glutamatérgico não 
tem uso clínico para a psicose, no geral. 
 
➢ ANTIPSICÓTICOS OU NEUROLÉPTICOS 
 
Antigamente os medicamentos eram classificados como 
Neurolépticos. 
Hoje em dia o nome mais correto é “Antipsicóticos”. 
“Neurolépticos” está em desuso. 
 
Neuroléptico – ressalta as ações neurológicas do 
fármaco, que se manifestam comumente como efeitos 
adversos – consistem nos sintomas parkinsonianos de 
lentidão, rigidez e tremor. Causam depressão do SNC. 
 
Antipsicótico – capacidade desses fármacos de abolir a 
psicose e de aliviar a desorganização do pensamento nos 
pacientes esquizofrênicos, consequentemente, poucos 
efeitos extrapiramidais (efeitos de psedoparkisonismo). 
 
Paciente psicótico não consegue organizar a fala, 
pensamentos. 
 
Antipsicóticos podem ser: 
 
▪ ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS – São de 1ª geração. 
Ações proeminentes no receptor D2. De primeira 
geração. Predominante antagonizando o receptor D2 
(bloqueio de D2). 
Tem mais efeitos sobre efeitos Positivos. 
É o excesso de dopamina que causam os efeitos, e precisa 
exacerbar o bloqueio. 
A rede neuronal não é continua, não é um neurônio 
dopaminérgico só. Cada feixe da linha neuronal tem um 
neurônio excitatório e um inibitório. Precisa bloquear o 
receptor D2 inibitório para exacerbar a inibição. O 
antagonismo do D2 vai diminuir a ação da dopamina na 
via mesolímbica por não ser uma via contínua. 
*não faz muito sentido, mas é isso. 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
12 
 
Na imagem acima (ação do antipsicótico típico): 
Na via mesolímbica, para que essa via seja ativada, é 
como se o neurônio dopaminérgico estivesse que liberar 
dopamina, e a dopamina atua no receptor gabaérgico 
(inibitório), que vai inibir a liberação de Gaba no próximo 
neurônio e como esse ultimo estará inibido, ele vai ativar 
a liberação de dopamina do último neurônio 
dopaminérgico. Dessa forma, deve bloquear/antagonizar 
essa inibição do primeiro neurônio gabaérgico, que 
consequentemente o próximo estará ativado, liberando 
gaba que irá inibir o ultimo neurônio dopaminérgico, não 
havendo liberação de dopamina. 
 
▪ ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS – Segunda geração. 
Antagonismo D2 menos proeminente. Também tem ação 
no receptor 5-HT2a. Além de bloquear receptor 
dopaminérgico também atua em receptor 
serotoninérgico, melhora os sintomas negativos (por 
também atuarem nos receptores 5-HT2a. 
Também podem ter aplicação como adjuvante em 
tratamento de depressão resistente. 
 
➢ ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS: 
 
o FENOTIAZÍNICOS: 
 *Alifáticos – Clorpromazina, trifluorpromazina 
 *Piperazínicos – Flufenazina, Trifluperazina, 
Perfenazina 
 *Piperidínicos – Tioridazina, Mesoridazida 
 
o BUTIROFENONAS: 
Haloperidol, Droperidol 
 
o TIOXANTENOS: 
Clorprotixeno, Tiotixeno 
 
o INDOLONA: 
Molindona 
 
o DIFENILBUTILPIPERIDINA: 
Pimozida 
 
Os mais utilizados são Clorpromazina e Haloperidol. 
Quando dá uma dose muito grande, importante atentar 
porque podem aumentar a temperatura corporal – 
hipertermia, diminui a sudorese. 
Ação antimuscarínica compromete a sudorese, diminui 
sudorese. 
 
 
o HALOPERIDOL: 
 
Formulado depois da Clorpromazina. 
É um antipsicótico de alta potência, muito potente. 
Potência é dose. Preciso de menos dose para ter o mesmo 
efeito de doses mais altas da Clorpromazina. 
Ex.: 50mg de Haloperidol equivale a 100mg de 
Clorpromazina, para o mesmo efeito. 
 
Não pode ser utilizado em alguns estados de 
esquizofrenia, como o estado de CATATONIA (Pessoa fica 
parada, fica o dia todo na mesma posição). Nesse estado 
o Haloperidol não deve ser utilizado pois ele pode 
precipitar uma síndrome neuroléptica maligna e 
aumento de temperatura corporal. 
 
Haloperidol muito utilizado em emergências. 
Normalmente associa com Prometazina (anti-
histamínico). Sedação com Haloperidol e induz o sono 
com a Prometazina (Fenergan). 
 
Efeito Colateral – Pseudoparkinsonismo (rigidez 
muscular, alteração da marcha, distúrbios de 
movimento). Para melhorar tenta diminuir dose, 
substituir o medicamento. 
 
Paciente que toma Haloperidol precisa tomar o 
medicamento para o resto da vida. 
 
Vantagem: 
Forma Haloperidol Decanoato – forma de depósito. 
Paciente administra o medicamento uma vez por mês. 
Muito bom para pacientes que tem resistência ao 
tratamento ou que esquece de tomar medicação. 
Utilizado via IM. 
 
Pode causar uma Síndrome Neuroléptica Maligna – 
agitação, confusão, febre (aumento de temperatura 
corporal causado pelo medicamento – ação no 
hipotálamo com diminuição da sudorese), pressão 
arterial lábil, diaforese profusa, sialorreia (salivação 
excessiva) e rigidez muscular. 
 
Quanto maior a dose, maior a chance de entrar em 
síndrome neuroléptica maligna com uso de Haloperidol. 
 
Se o paciente fizer uso do medicamento IM e logo após 
realizar atividade física e vasodilatar,vai aumentar a 
absorção do medicamento. 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
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Clorpromazina – ação em receptor D1, D2, α 
(principalmente α1), histamínicos e muscarínicos. É o 
Antipsicótico com maior chance de dar Hipotensão 
postural quando comparado ao Haloperidol – age em α1. 
Mais efeito Antimuscarínico e mais Sedação quando 
comparado ao Haloperidol. 
 
 
Gráfico acima relacionando a dose e a potência do 
fármaco. Quanto menor a dose, maior a potência. 
Clorpromazina é pouco potente. 
 
Principais Efeitos Adversos: 
Distonia aguda (alteração de movimento), um sintoma 
extrapiramidal (distúrbios psíquicos), ataxia, que 
geralmente ocorrem após alguns dias de terapia 
neuroléptica em altas doses. 
Início súbito de posturas anormais breves, como 
protrusão da língua, torcicolo e posições incomuns do 
tronco e dos membros. 
Os efeitos adversos extrapiramidais dos neurolépticos 
ocorrem mais frequentemente com drogas de alta 
potência, como o haloperidol. 
Pode ocorrer acatisia (paciente não para de se mexer). 
 
Efeitos Extrapiramidais – bloqueio dos receptores 
dopaminérgicos na via nigroestriatal provoca sintomas 
semelhantes aos observados na doença e Parkinson 
(bradicinesia, rigidez e tremores) – Parkinsinismo 
iatrogênico ou farmacológico (comum com Haloperidol). 
O efeito extrapiramidal é gerado pelo bloqueio do 
receptor D2. Como o Haloperidol é muito melhor no 
bloqueio desse receptor ele vai ter uma chance maior de 
efeito extrapiramidal. 
 
Discinesia tardia pode ocorrer com o uso das medicações 
em até 20% dos pacientes. Movimento orofaciais 
involuntários, movimentos do tronco. Pode ser 
incapacitante. 
 
Sintomas Neuroendócrinos – A dopamina normalmente 
inibe a secreção de Prolactina. O medicamento está 
inibindo a ação da dopamina no SNC na via 
Tuberoinfundibular, consequentemente a prolactina não 
está mais inibida. 
Dessa forma a pessoa pode desenvolver: 
 Mulheres – ginecomastia, mastralgia (dor nas mamas), 
galactorreia (produção de leite na ausência de gestação), 
amenorreia (ausência de menstruação – Prolactina 
diminui a produção de estrogênio). 
 Homens – diminuição da libido, diminui 
espermatogênese (diminui produção de testosterona), 
galactorreia e ginecomastia. 
 
 
 
Esquizofrenia tem um aumento da dopamina na via 
Mesolímbica, que geram os sintomas positivos 
(alucinações, alterações auditivas). 
Há uma diminuição da dopamina na via Mesocortical, que 
geram os sintomas negativos (dificuldade de fala, 
Paciente antes gostava das atividades cotidianas e depois 
não gosta mais – anedonia). 
 
Todos antagonistas dopaminérgicos (antipsicóticos de 1ª 
geração) atuam antagonizando o receptor D2 da 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
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dopamina, para tenta diminuir a quantidade de 
dopamina na via mesolímbica. 
 
O efeito final de antipsicótico típico é a diminuição da 
quantidade de dopamina na via mesolímbica, 
melhorando os sintomas Positivos. 
 
Como esse paciente já terá uma diminuição patológica da 
quantidade d dopamina na via Mesocortical, com o 
tratamento com uso de antipsicóticos típicos há uma 
piora nos sintomas negativos. 
Os antipsicóticos típicos não tratam os sintomas 
negativos e podem piorá-los. 
 
Os antipsicóticos de 1ª geração não pegam os sintomas 
negativos, isso faz com que muitos pacientes que tem 
psicose, busque por outras substâncias que aumentam 
dopamina nessa via, como o tabaco por exemplo. O que 
vai trazer prazer para a vida dele. 
E pode ocorrer dele não se aderir corretamente ao 
tratamento. 
 
Como com o uso do medicamento terá uma diminuição 
de dopamina em toda a rede neuronal, também terá uma 
diminuição de dopamina na via Nigroestriatal e via 
Tuberoinfudibular. 
 
Na via nigroestriatal a diminuição da dopamina gera 
sintomas motores – discinesia, alteração na fluidez do 
movimento, tremor fino parado. Pode gerar sintomas de 
pseudoparkisonismo. 
 
Dopamina atua normalmente inibindo a via para 
liberação de prolactina e com o uso de um antagonista D2 
vai começar a secretar prolactina e pode causar 
ginecomastia, mastralgia, galactorreia – diminuição da 
dopamina na Via Tuberoinfudibular. 
 
➢ ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS: 
 
RISPERIDONA 
OLANZAPINA 
QUETIAPINA 
CLOZAPINA 
 
Todo antipsicótico Atípicos (ou de 2ª geração) antagoniza 
o receptor D2 e também atua antagonizando o receptor 
serotoninérgico 5HT2a. 
Efeito de bloqueio da ação da serotonina em algumas vias 
o que melhora o sintoma motor e 
galactorreia/ginecomastia. 
 
Antagonizam receptores D2 com menor afinidade 
(bloqueiam um número menor de receptores). 
 
Produzem efeitos extrapiramidais mais leves do que os 
efeitos produzidos pelas drogas típicas. 
 
A maioria dos neurolépticos atípicos tem atividade de 
bloqueio significativa nos receptores alfa 1, portanto a 
hipotensão postural é um efeito adverso frequente, como 
neste caso. 
 
Provocam menos efeitos Extrapiramidais: 
 
Todo antipsicótico de 2ª geração (atípico) antagoniza o 
receptor D2 e também o receptor de serotonina 5HT2A. 
Provoca menos efeitos extrapiramidais. 
 
Temos uma rede neuronal que controla a ação do 
movimento. Pela ação do neurônio Serotoninérgico (via 
receptor 5HT2a) ele estimula o neurônio Glutamatérgico. 
O neurônio Glutamatérgico libera o Glutamato 
(excitatório). 
No núcleo Estriado, normalmente a ação da serotonina é 
estimular o neurônio glutamatérgico, que vai estimular o 
neurônio Dopaminérgico a liberar Dopamina. 
O excesso de dopamina estará envolvido nos sintomas 
extrapiramidais. 
 
Os fármacos antipsicóticos Atípicos bloqueiam a ação da 
serotonina e consequentemente não há liberação de 
glutamato e não há excitação para liberação de 
Dopamina. O que irá melhorar os sintomas 
extrapiramidais. 
 
Paciente que toma os antipsicóticos atípicos terão menos 
efeitos extrapiramidais devido a essa ação de bloqueio da 
serotonina e consequente inibição da liberação de 
Dopamina na via Mesocortical. 
 
Na via Tuberoinfudibular, vai ter um neurônio 
serotoninérgico que controla e estimula a liberação de 
neurônio glutamatérgico e que controla a liberação do 
neurônio Gabaérgico (GABA – inibitório) para inibir a 
liberação de dopamina na hipófise. 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
15 
 
Pelo receptor 5HT2a, a serotonina estimula o neurônio 
glutamatérgico que libera glutamato que estimula o 
neurônio dopaminérgico, que atua em D2 (inibitório), o 
que inibe a liberação de dopamina. 
Esses fármacos bloqueiam essa ação da serotonina no 
receptor 5HT2a e não tem liberação de glutamato para 
estimular o neurônio dopaminérgico e assim evita que 
tenha a inibição da liberação da dopamina e vai liberar 
mais dopamina. 
 
Na via tuberoinfundibular, fisiologicamente, a serotonina 
estimula o neurônio glutamatérgico que estimula um 
neurônio gabaérgico e que consequentemente inibe a 
liberação de dopamina na hipófise e assim a dopamina 
não consegue agir em D2 e bloquear prolactina, havendo 
liberação. 
Com o uso do fármaco, essa via tuberoinfundibular vai ser 
inibida (bloqueio do receptor de serotonina 5HT2a), 
assim no final da via o neurônio gabaérgico não consegue 
inibir a dopamina, havendo liberação dela para atuação 
no receptor D2 e consequente inibição da liberação de 
prolactina, evitando os efeitos colaterais relacionados. 
 
O antagonista do receptor 5HT2a consegue amenizar os 
sintomas relacionados à prolactina, vai contrabalancear 
os sintomas causados pelo antagonismo do receptor 
dopaminérgico. 
 
Antagonista do receptor 5HT2a tem ação sobre a via 
Mesolímbica (antagoniza ação da dopamina que 
melhoram sintomas positivos), via Nigroestriatal e via 
Tuberoinfudibular. Também melhoram os sintomas 
negativos. 
 
Pode ter sim ginecomastia com o uso de antipsicóticos 
atípicos,mas ele vai amenizar esse sintoma. 
 
 
 
Tem ação sobre o maior número de receptores 
farmacológicos. 
O principal efeito de antipsicótico atípico (2ª geração) é 
em receptor histamínico. 
 
Antagonização de receptores colinérgicos (muscarínicos) 
terá constipação, boca seca, visão turva (importante para 
contraindicar para pacientes com glaucoma), retenção 
urinária. Bloqueio do receptor muscarínico a longo prazo 
pode gerar alterações cognitivas - demência. 
Qualquer fármaco que tenha essa ação de bloqueio do 
receptor muscarínico no SNC pode causar demência. 
 
Bloqueio dos receptores α-1 gera hipotensão postural, 
tendo mais sintomas no início do tratamento e com o 
tempo esse sintoma tende a passar. Importante quando 
associar com um outro medicamento que já causa 
hipotensão. 
 
Ação no receptor histaminérgico H1 causa sedação. Se o 
paciente for administrar somente uma vez ao dia, o ideal 
é que seja a noite. 
Pode gerar ganho de peso. 
 
Podem ser tomados como coadjuvante em tratamento de 
depressão resistente. 
 
Antipsicóticos no geral são os que mais atuam em 
receptores no corpo e por isso muitos efeitos colaterais. 
 
Antipsicóticos atípicos são mais efetivos no tratamento 
dos sintomas “negativos”. 
 
CLOZAPINA é um antipsicótico atípico e foi muito 
utilizado, melhora muito os sintomas negativos e 
positivos. 
Único problema é que se for administrado a Clozapina o 
paciente tem muita chance de desenvolver 
AGRANULOCITOSE. Dessa forma ele é utilizado somente 
em paciente REFRATÁRIO, de difícil controle, em 
paciente que já utilizou tudo e não resolveu. Seria a 
última opção. 
Agranulocitose – granulócitos são os leucócitos 
(neutrófilos, eosinófilos, basófilos), células de defesa. Na 
agranulocitose está associado a uma neutropenia 
(diminuição número de neutrófilos). Importante pois o 
neutrófilo é uma célula da principal linha de defesa, e o 
paciente fica mais predisposto à infecção. 
Diminuição dos eosinófilos e basófilos também faz o 
paciente entrar em processos alérgicos. 
Para evitar que isso ocorra no paciente com uso de 
Clozapina, deve realizar um hemograma semanal por 6 
semanas e acompanhar a série granulocítica e ver se há 
diminuição do número de células. Depois de 6 semanas, 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Farmacologia Médica – Abr. 2022 
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o hemograma deve ser feito quinzenalmente e depois de 
3 meses o hemograma deve ser feito mensalmente. 
Se os leucócitos totais chegarem no valor de 3.000 ou se 
o valor de neutrófilo chegar a 1.500 mm3, deve parar o 
uso da Clozapina. Espera reestabilizar os leucócitos e 
depois retorna o tratamento (pois já é a última opção e o 
paciente já é resistente às outras medicações). 
 
 *CLOZAPINA 
 
 
Toda medicação que tem ação dopaminérgica tem 
chance de ter convulsões, distúrbios convulsivos. 
Associada principalmente a doses elevadas. 
Quanto maior a dose de Clozapina (e de qualquer outro 
medicamento com ação dopaminérgica), maior a chance 
de convulsão. 
Se o paciente já apresenta convulsões no seu histórico o 
ideal é evitar esses medicamentos. 
 
Não se sabe o motivo de poder gerar uma cardiomiopatia. 
 
Muito efetivo para o tratamento de discinesia tardia 
(ocasionada pelo uso de alguns antipsicóticos à longo 
prazo e também muito comum no Parkinson avançado), 
um dos melhores para tratar esses sintomas na via 
nigroestriatal. 
É uma alternativa se essa rigidez for muito extrema. 
 
Alternativa de escolha em um paciente refratário. 
Clozapina é padrão ouro para tratamento da 
esquizofrenia, sendo ruim somente a situação do efeito 
colateral de agranulocitose, sendo utilizada somente em 
último caso. 
 
Indicada no caso de hostilidade e agressividade. 
Reduz a ideação e tentativas de suicídio. 
 
 *RISPERIDONA 
 
É a que atua menos em receptores muscarínicos, com 
menos efeitos colaterais. 
Menos efeitos anticolinérgicos. 
 
Boa escolha para paciente com hiperplasia prostática 
benigna, paciente com dificuldade miccional, paciente 
com glaucoma. 
 
Propriedade sedativa. 
Eficaz nos sintomas positivos e negativos. 
 
Pode gerar hiperprolactinemia (não tem ação muito 
grande na via tuberoinfundibular), hipotensão postural 
(receptores α1). 
 
Maior risco de AVC isquêmicos em idosos. Não sendo boa 
escolhas em idosos. 
 
Efeitos colaterais: insônia, galactorreia, agitação, 
sedação, tontura, rinite, ganho de peso, distúrbios 
menstruais, diminuição da espermatogênese. 
 
Toda medicação que tem ação aumentando a prolactina 
pode gerar distúrbio menstrual. A prolactina e o 
estrogênio não convivem simultaneamente, então o 
aumento da prolactina reduz a produção de estrogênio. 
Quanto menor a ação dele na via tuberoinfundibular, 
maior o efeito na secreção de prolactina – efeitos 
colaterais. 
 
Paciente que tem qualquer contraindicação aos efeitos 
antimuscarínicos, a Risperidona é uma boa escolha. 
 
Quando compara ao Haloperidol (Haldol), a Risperidona 
tem menos efeitos extrapiramidais. 
Ela tem uma ação semelhante ao Haloperidol, exceto 
pelo fato dela atuar também nos sintomas negativos e ter 
menos efeitos extrapiramidais. 
 
 *OLANZAPINA 
 
Fármaco mais novo. 
Melhor ou igual ao Haloperidol para os sintomas 
positivos, principalmente. Mas Olanzapina melhora os 
sintomas negativos. 
 
Principal problema é o ganho de peso, paciente come 
mais. Maior chance de desenvolver distúrbios 
bioquímicos (HAS, desvio perfil lipídico, aumento de perfil 
glicídico). Pacientes que já são obesos é bom evitar o uso. 
Pode aumentar até 30kg. 
 
Muito bom para os sintomas psicóticos gerados no 
tratamento do Parkinson. 
Melhora sintomas de humor. 
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 *QUETIAPINA 
 
Utilizado como estabilizador de humor – transtorno 
bipolar. 
Menos efeitos colaterais, menos efeitos piramidais. 
 
Eficácia semelhante aos antipsicóticos de 1ª geração. 
 
Estabilizador de humor. 
 
 
 
 
 
 
 *ARIPIPRAZOL 
 
Eficácia semelhante aos AP 1ª geração. 
Não há evidências de ação direta nos sintomas negativos. 
 
Não induz ganho de peso como os outros antipsicóticos. 
Casos relatados de reagudização de psicose – os efeitos 
colaterais do quadro de psicose aumentam associando 
medicamentos antipsicóticos de 1ª geração. 
 
Bom adjuvante para depressão resistente (associa com 
antidepressivos).

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