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Patologia Celular e Molecular

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CAIO CASTRO QUEIROZ
@CAIOCASTROQUEIROZ
CAIO CASTRO QUEIROZ
@CAIOCASTROQUEIROZ
◉ Introdução
◉ Degeneração
◉ Tipos de Lesões
◉ Adaptação Celular
◉ Hipotrofia 
◉ Hipertrofia
◉ Metaplasia
◉ Displasia 
◉ Neoplasia
◉ Processo Inflamatório
◉ Fenômenos irritativos
◉Fenômenos vasculares
◉ Fenômenos exudativos 
◉Formação de ateroma
◉ Mediadores químicos da inflamação
◉ Reparo tecidual
CAIO CASTRO QUEIROZ
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INTRODUÇÃO
CICLO CELULAR
 Conceitua-se patologia como o estudos
das doenças. Do grego: pathos=doença,
sofrimento; logos=estudo. Dentre os
aspectos constituintes das doenças,
destacam-se: 
- Etiologia 
- Patogenia 
- Alterações morfológicas
- Desordens funcionais 
- Manifestações clínicas
 Mecanismos de controle do ciclo
celular:
- Fase S: Duplicação do DNA
cromossômico 
- Fase M: Divisão dos cromossomos,
organelas e citoplasma. 
- Fase de Intervalo: G1 e G2 separam a
fase M da fase S 
- Fase G0: Está em equilíbrio com G1. 
 A célula será encaminhada para a
progressão no ciclo celular relacionado
com o crescimento (hipertrofia),
multiplicação, diferenciação celular e
condição de latência. Falhas no
mecanismo podem encaminhar a célula
para processos apoptóticos (morte
programada, cálcio, via das caspases).
Sinais químicos irão controlar o processo
do ciclo celular, podendo ser externos,
como hormônios e fatores de
crescimento, ou internos, como as
proteínas ciclinas e quinases (CDKs). O
ciclo celular é, portanto, regulado pela
atividade de quinases dependentes de
ciclinas (CDKs)
REGULAÇÃO DE RB 
REGULAÇÃO DA TRANSIÇÀO G1
para S por p53. 
- Proteína Rb - proteína de sensibilidade à
reninoblastoma, devido a sua deficiência
no câncer retinoblastoma. A proteína p53
induz a fosforilação da Rb para a
multiplicação celular. 
Resumidamente: Rb+E2F = transcrição,
formando o RNAm, migrando para o
citoplasma, tendo o código conferido
pelo RNA de interferência. 
 
 A regulação de p53: caso haja lesão, p53
sinalizará para que o DNA seja reparado
antes de progredir para a fase S, Já caso a
lesão no DNA seja grande, há o aumento
de p53 para o ciclo celular e início celular
por apoptose. Dessa forma, a p53 é
responsável tanto pela multiplicação
celular (fosforilação de RB para a
multiplicação celular). 
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DEGENERAÇÃO
Degenerações por acúmulo de água e
eletrólitos – o exemplo clássico é o da
degeneração hidrópica; 
Degenerações por acúmulo de
proteínas – as mais importantes são
as degenerações hialina e mucoide; 
Degenerações por acúmulo de
lipídeos – as de maior interesse são a
esteatose e as lipidoses;
 Degenerações por acúmulo de
carboidratos - na maioria dos casos,
deve-se a deficiências de enzimas
responsáveis por sua metabolização
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA
Conceitua-se degeneração como uma
lesão reversível, secundária à alterações
bioquímicas que resultam no acúmulo
de substâncias no interior da célula.
Assim, as degenerações são agrupadas de
acordo com a natureza da substância
acumulada. Portanto são classificadas
em: 
1.
2.
3.
4.
 Esse tipo de degeneração é reversível e
caracterizado por gerar um acúmulo de
água e eletrólitos no interior das células,
tornando-as tumefeitas e com aumento
de volume. Isso pode ocorrer por
distúrbios no equilíbrio hidrolítico que
resultam na retenção de eletrólitos e
água. Os transportes de eletrólitos entre
membranas pode ser feito através de
canais iônicos com gasto de ATP por
meio de bombas eletrolíticas, as quais
agem contra um gradiente de
concentração. Uma agressão pode
diminuir a eficácia dessa bomba por
diversos fatores, tais como: 
 Alteração no consumo/produção de
ATP 
Alteração na integridade da
membrana
Modificações de uma ou mais
moléculas que formam a bomba
DEGENERAÇÃO HIALINA
1.
2.
3.
 Ou seja, o funcionamento de uma bomba
pode ser afetado por diversos fatores,
como hipóxia, desacopladores da
fosforilação mitocondrial (p. ex.,
tiroxina), inibidores da cadeia
respiratória e agentes tóxicos que lesam a
membrana mitocondrial, pois reduzem a
produção de ATP; hipertermia exógena
ou endógena (febre), por causa do
aumento no consumo de ATP; toxinas
com atividade de fosfolipase e agressões
geradoras de radicais livres, que lesam
diretamente membranas; substâncias
inibidoras da ATPase Na+/K+
dependente (é o caso da ouabaína,
utilizada no tratamento da insuficiência
cardíaca). Em todas essas situações têm-
se um fenômeno de retenção de sódio,
redução de potássio e aumento da
pressão osmótica intracelular. 
 Na degeneração hialina têm-se o
acúmulo de material proteico e acidófilo
no interior das células, resultantes de
condensação de filamentos
intermediários e proteínas associadas,
material de origem viral ou proteínas
endocitadas. Como exemplo, têm-se o
corpúsculo hialino de Mallory-Denk,
encontrado tipicamente em hepatócitos
de alcoolistas crônicos, bem como pode
ser visto na esteato-hepatite não alcoóli-
 
DEGENERAÇÃO MUCOIDE 
hiperprodução de muco por células
mucíparas dos tratos digestivo e
respiratório
síntese exagerada de mucinas em
adenomas e adenocarcinomas.
ESTEATOSE
ca, na cirrose juvenil da Índia e no
carcinoma hepatocelular. A imagem
abaixo evidencia o corpúsculo hialino de
Mallory-Denk (seta). Outros hepatócitos
mostram esteatose macrovesicular.
Outrossim, há os corpúsculos hialinos de
Councilman-Rocha Lima (hepatócitos
em apoptose) são encontrados em
hepatócitos em hepatites virais,
especialmente na febre amarela.
 A degeneração mucoide pode ocorrer
por causa de duas condições: 
1.
2.
 A esteatose é caracterizada por um
acúmulo de gorduras neutras em células
que, normalmente, não as armazenam.
Sua causa pode estar associada com
agentes tóxicos, hipóxia, alteração na
dieta e distúrbios metabólicos. 
 As células mais comuns estudas são os
hepatócitos, que retiram da circulação os
ácidos graxos e triglicerídeos. Os ácidos
graxos são utilizados para a produção de
colesterol e seus ésteres, síntese de lipí- CAIO CASTRO QUEIROZ
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Etanol - No etilismo, há aumento de
radicais livres, acetaldeído e acetil-
CoA e redução de NAD. Radicais
livres causam lesão mitocondrial,
reduzindo a β-oxidação de gorduras.
Radicais livres e acetaldeído
interferem no transporte de
lipoproteínas no citosol, por
afetarem microtúbulos e
microfilamentos. O excesso de acetil-
CoA induz a síntese de ácidos graxos,
que se acumulam na célula. NAD é
necessário para a oxidação de
lipídeos; na sua carência, ocorre
acúmulo de lipídeos.
deos completos ou glicerídeos, bem como
na geração de energia por meio da β-
oxidação até acetil-CoA e da formação de
corpos cetônicos. A esteatose pode
ocorrer por diversos fatores, como por
exemplo: 
(1) maior aporte de ácidos graxos por
ingestão excessiva ou lipólise
aumentada; 
(2) síntese de ácidos graxos a partir do
excesso de acetil-CoA que não encontra
condições de rápida oxidação no ciclo de
Krebs; 
(3) redução na utilização de triglicerídeos
ou de ácidos graxos para a síntese de
lipídeos complexos, por carência de
fatores nitrogenados e de ATP; 
(4) menor formação de lipoproteínas por
deficiência na síntese de apoproteínas;
(5) distúrbios no deslocamento de
vesículas de lipoproteínas por alterações
funcionais no citoesqueleto. 
 Causas de esteatose: 
1.
2. Hipóxia - a menor disponibilidade de
O2 no ciclo de Krebs reduz a produção de
ATP, acumulando a quantidade de acetil-
CoA e aumentando a síntese de ácidos
graxos. 
3. Desnutrição proteico-energética - a
carência proteica reduz a síntese de
fosfolipídeos, lipoproteínas e excreção de
trigllicerídeos. 
4. Agentes tóxicos - lesam o retículo
endoplasmático granuloso e reduzem a
síntese de proteínas, podendo levar à
esteatose por afetar a síntese de
lipoproteínas
5. Obesidade - na condição de síndrome
metabólica ocorre a esteatose visceral no
fígado, nas ilhotas de Langerhans, nos
músculos esqueléticos e no miocárdio.
No fígado o excesso de ácidos graxos
induz o aumento da oxidação de ácidos
graxos no REL e em peroxissomos,
aumentando o número deradicais livres,
que por sua vez alteram proteínas do
citoesqueleto, dificultando o transporte
de lipoproteínas. A evolução para a
esteato-hepatite caracteriza-se por, além
do acúmulo de gordura nos hepatócitos,
apresentar os corpúsculos de Mallory-
Denk, degeneração hidrtópica e fibrose,
podendo evoluir para cirrose hepática.
Nos músculos esqueléticos e cardíaco,
admite-se que o excesso de ácidos graxos
ativa genes cujos produtos aumentam a
lipogênese e a síntese de triglicerídeos.
As células beta do pâncreas acumulam
ácidos graxos e aumentam a síntese de
triglicerídeos. A esteatose e a facilitação
da apoptose parecem ser fatores
importantes na insuficiência dessas
células, contribuindo para o diabetes
melito do tipo 2. 
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LIPIDOSES
Localizadas: artérias (aterosclerose),
na pele (xantomas) e em locais com
inflamações crônicas.
As lipidoses são caracterizadas como
acúmulos gordurosos, geralmente de
colesterol e seus ésteres, e podem ser
localizadas ou sistêmicas. 
- Aterosclerose: acúmulo de colesterol e
ésteres de colesterol na íntima de artérias
de grande e médio calibre. As células
exibem uma aparência espumosa e
podem se romper, extravasando o
conteúdo lipídico para o espaço
extracelular. 
- Arteriolosclerose: Colesterol e seus
ésteres associados com proteínas (lipo-
hialinose da íntima), podem depositar-se
na íntima de pequenas artérias e
arteríolas, especialmente no rim e no
encéfalo de indivíduos com hipertensão
arterial.
•Adaptação celular
•Reversível 
- Hipertrofia, hipotrofia, hiperplasia,
hipoplasia, metaplasia, displasia, 
•Irreversível
-Necrose
-Apoptose
•Alterações subcelulares
•Acúmulos intracelulares
- Íons podem se acumular no ambiente
intracelular, afetando, por exemplo,
bombas de sódio e potássio e o controle
iônico. 
•Calcificações patológicas
-Precipitação de cálcio (válvulas cardíacas,
neurônios), cisticercose, calcificação no
pulmão por tuberculose anterior. 
 
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GLICOGENOSES
 As glicogenoses são doenças genéticas
caracterizadas pelo acúmulo de
glicogênio em células do fígado, rins,
músculos esqueléticos e coração. O
depósito intracelular excessivo de
glicogênio está relacionado com
anormalidades no metabolismo da
glicose ou do glicogênio. 
 O diabetes melito é o principal exemplo
de um distúrbio do metabolismo da
glicose. Além desse, há outras
glicogenoses geradas por defeitos
enzimáticos na síntese ou degradação do
glicogênio que resultam em acúmulo
maciço, causando lesão e morte celular.
- Xantoma: aglomerados de macrófagos
carregados de colesterol, com aspecto
espumoso. Aparecem sob a forma de
nódulos cutâneos e é característico de
estados hiperlipidêmicos. 
TIPOS DE LESÃO
ADAPTAÇÃO CELULAR
•Adaptação celular
•Reversível 
- Hipertrofia, hipotrofia, hiperplasia,
hipoplasia, metaplasia, displasia, 
•Irreversível
-Necrose
-Apoptose
•Alterações subcelulares
•Acúmulos intracelulares
- Íons podem se acumular no ambiente
intracelular, afetando, por exemplo,
bombas de sódio e potássio e o controle
iônico. 
•Calcificações patológicas
-Precipitação de cálcio (válvulas
cardíacas, neurônios), cisticercose,
calcificação no pulmão por tuberculose
anterior. 
 
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-Redução quantitativa dos componentes
estruturais e das funções celulares com
diminuição do volume das células e dos
órgãos atingidos
•Mecanismo: redução do metabolismo
celular
•Tipos: fisiológicas e patológicas
•Fisiológicas – Ex: sensibilidade
•Patológicas: inanição, desuso,
compressão, obstrução vascular,
substâncias tóxicas, hormonal,
inervação
HIPOTROFIA 
METAPLASIA 
 Proliferação do tecido e diferenciação
atípica, com células apresentando
proliferação autônoma. Ou seja,
mudança de um tipo de célula adulta e
madura em outro tipo de mesma
linhagem. Ex: mudança do epitélio
pavimentoso não ceratinizado em epitélio
pavimentoso ceratinizado.
DISPLASIA
 Alterações de crescimento e
proliferação em que as células
apresentam grande potencial neoplásico.
HIPERTROFIA 
Aumento quantitativo dos constituintes
e das funções celulares com auemtno do
volume das céluals e dos órgãos
atingidos. A hipertrofia pode ser causada
por aumento da exigência de trabalho ou
estimulaçào hormonal, desde que seja
mantida a integridade morfofuncional,
fluxo sanguíeno ou inervação do tecido.
NEOPLASIA
Proliferação celular descontrolada, perda
da diferenciação e autonomia do
crescimento. Resultando em tumores
benignos e canceres malígnos. .
PROCESSO INFLAMATÓRIO
Irritação (que inclui o reconhe-
cimento de alarminas e a liberação de
mediadores);
Modificações vasculares locais; 
Exsudação plasmática e celular (saída
de plasma e células do sangue); 
Lesões degenerativas e necróticas; 
 Eventos que terminam ou resolvem o
processo; 
 Fenômenos reparativos, represen-
tados por proliferação conjuntiva ou
regeneração do tecido lesado.
O processo inflamatório é um
mecanismo de defesa do organismo e,
como tal, atua destruindo, diluindo e
isolando o agente agressor, além de abrir
caminho para os processos de
cicatrização e regeneração do tecido
afetado. A inflamação decorre de uma
série de eventos, tais como: 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
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Após uma agressão, surgem as
alarminas, trazidas pelos agentes
agressores ou pela agressão. As
alarminas que definirão o início do
processo, sua intensidade e evolução a
partir a síntese de mediadores pró e/ou
anti-inflamatórios. 
Se a agressão induz inicialmente maior
quantidade de mediadores anti-
inflamatórios, a inflamação pode ser
suprimida na sua fase inicial (o
organismo fica mais suscetível aos efeitos
da agressão). 
FENÔMENOS IRRITATIVOS
Muitos parasitos conseguem se instalar no
organismo porque, no momento da
invasão, induzem mediadores anti-
inflamatórios que minimizam a resposta
inflamatória inicial.
Portanto, o processo inflamatório se
inicia com a liberação de mediadores da
inflamação, sendo que os mediadores
pró-inflamatórios precedem e/ou
sobrepujam os mediadores anti-
inflamatórios, progredindo com a
inflamação. As células do exsudato são
as mais importantes fontes para a
progressão e resolução do processo
inflamatório. A mudança de receptores
nos tecidos e nos lelucócitos exsudados,
aumentando a produção de mediadores
anti-inflamatórios, é importante para a
resolução do processo inflamatório. 
Mastócitos: histamina 
Terminações nervosas: subatância P e
CGRP.
Plasmina e Fragmentos de fibrina:
síntese de cininas e de componentes
do complemento (hemorragia, coagu-
lação). 
Células epiteliais e/ou mesenquimais:
citocinas inflamatórias (TNF-α, IL-1 e
IL-18)
Leucócitos: prostaglandinas e leuco-
trienos.
Neutrófilos e macrófagos: lipoxinas e
resolvinas (potentes mediadores anti-
inflamatórios).
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 Nos fenômenos vasculares tem-se a
vasodilatação arteriolar promovida,
principalmente, por histamina (mastó-
citos) e substância P (terminações nervo-
sas), sendo mantida por prostaglandinas,
leucotrienos e PAF (Fator ativador de
plaquetas). 
 As vênulas de calibre menor dilatam-
se, enquanto as maiores sofrem uma
pequena constrição, aumentando a
pressão hidrostática na microcirculação.
Com isso, a permeabilidade é alterada,
ocasionando na saída de plasma
sanguíneo para a região do interstício,
hemoconcentração (sangue mais
viscoso, acúmulo de metabólitos - ADP e
H+ -, intensificando a inflamação e
podendo gerar trombos - hipóxia), bem
como o aumento do fluxo sanguíneo
(hiperemia). 
Fases da vasodilatação: 
- Inicial: histamina, substância P, bradi-
cinina e prostaglandinas
- Tardia: mediadores originados no
plasma (derivados do complemento,
coagulação e fibrinólise) e dos derivados
do ácido araquidônico (prostaglandinas e
leucotrienos
FENÔMENOS VASCULARES
ação de mediadores inflamatórios como
histamina, substância P, prostaglandinas
e leucotrienos, que promovem a abertura
de poros interendoteliais ao contrair o
citoesqueleto celular. Assim, o edema
inflamatório forma-se pelo aumentoda
pressão oncótica no interstício (proteínas
plasmáticas), hidrofilia local (síntese de
ácido hialurônico e quebra de moléculas
de proteoglicanos), bem como pela
sobrecarga da drenagem linfática.
Portanto, a exsudação plasmática: 
- Possibilita a saída de anticorpos e do
complemento (ação inibitória, lítica e
opsonizadora) 
- Fibrinogênio exsudado polimeriza-se,
solidifica-se sob a forma de fibrina e
auxilia na migração de leucócitos, bem
como serve de barreira contra a invasão
de microrganismos.
- Permite a saída de proteínas com ação
inibitória sobre proteases e removedoras
de radicais livres. 
FENÔMENOS EXSUDATIVOS
 Os fenômenos exsudativos consistem
na saída de plasma e células do leito
vascular para o interstício, sendo que a
exsudação de plasma costuma preceder a
exsudação celular, como as de leucócitos
(característicos dos processos
inflamatórios). A exsudação plasmática
inicia-se e persiste durante todo o
processo inflamatório, e é resultado da 
FORMAÇÃO DE ATEROMA
“Shear Stress” baixo (força de
cisalhamento) comum nos locais de
ramificação pode modificar a estrutura e
função endotelial, até mesmo modificar a
expressão genica em alguns pontos das
paredes endoteliais. Pontos com
perturbação do fluxo sanguíneo
apresentam níveis reduzidos do
dilatador endógeno óxido nítrico,
número elevado de moléculas de adesão,
maior susceptibilidade de infiltração
endotelial celular e macromolecular. 
A ativação e agregação plaquetária
começa quando a lesão vascular expõe o
colágeno e o fator de Von Willebrand de
dentro da parede do vaso ao sangue. As
plaquetas aderem a essas proteínas e
tornam-se parcialmente ativadas,
mudando de forma e liberando
moléculas sinalizadoras, que recrutam
mais plaquetas para o local. Ao mesmo
tempo, uma proteína chamada fator
tecidual desencadeia o início da cascata
de coagulação. O processo leva à ativação
total das plaquetas e à geração de fibrina,
formando o coágulo.
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 A hipertensão pode exacerbar a
disfunção endotelial e o alto nível
persistente de LDL plasmático pode
promover o acúmulo dessas partículas na
túnica íntima arterial. Nesse local, elas
podem sofrer alterações oxidativas e
outras alterações pró-inflamatórias.
Fosfolipídeos oxidados e outros
componentes de partículas LDL
modificadas estimulam inflamação e
disfunção endotelial. No interior da
túnica íntima, o LDL modificado se liga
aos receptores dos macrófagos de células
musculares lisas. Ao englobarem um
excesso de moléculas LDL oxidadas
(LDLoxi), os macrófagos expandem seu
tamanho, inflam, e se transformam em
células espumosas que são as precursoras
da formação da placa aterosclerótica.
Enquanto isso, a ação de fatores de
crescimento moleculares nesse
microambiente estimula as células
musculares a migrarem, proliferarem e
secretarem uma matriz extracelular que
forma uma capa fibrosa que é essencial
para a estabilidade da lesão. Ao
amadurecer, a placa pode crescer
expressivamente em sentido ao exterior
do vaso, sem comprometer a luz do
mesmo. 
O tromboembolismo venoso acontece
quando um coágulo se forma na
circulação sanguínea, prejudicando o
fluxo de sangue nas veias pelo
organismo. Essa doença é muito comum
e, quando não tratada corretamente,
pode se agravar e até levar a morte. Ele
atinge uma pessoa a cada mil por ano e é
uma das principais causas de óbitos no
mundo. Venous Thromboembolism
(VTE) – O coágulo sanguíneo pode ser
formado devido à diversos fatores, como
lesões na parede dos vasos, um aumento
patológico na coagulação ou circulação
deficiente. Assim, células vermelhas são
depositadas e agrupadas frouxamente
por fios fibrinosos. Se esse coágulo se
move para uma artéria pulmonar, tem-se
um quadro de embolismo pulmonar. 
Febre: prostaglandinas
Dor: prostaglandina, bradcinina 
Lesão tecidual: enzimas lisossomais
(neutrófilos e macrófagos),
metabólitos de oxigênio, óxido
nítrico (citotoxidade = microbiana e
tumoral).
Aguda: predomina fenômenos
vasculares - exsudativos, infiltrados
de PMN (principalmente neutrófilos)
Crônica: predomina fenômenos
proliferativos. Infiltrado de células
mononucleares (linfócitos,
plasmócitos e macrófagos.
Inflamação serosa (albumina = PM
69.000)
Inflamação Serofibrinosa: fibrina +
albumina. Processos ateroscleróticos
e trombóticos. 
Inflamação fibrinosa: fibrinogênio 
Inflamação fibrinopurulenta:
presença de patógeno, inflamação e
regeneração tecidual. 
Assim, a resposta protetora pode agir
impropriamente, como por substâncias
externas inócuas (pólen, reações de
hipersensibilidade) e por tecidos
próprios (doenças crônico-
degenerativas). Todos esses processos
geram lesões, acarretando no desenvol-
vimento patológico. A proporção da
inflamação depende da quantidade de
inóculo.
- Exceção: hepatite viral aguda, na qual o
infiltrado é sempre de mononucleares. 
- Exceção: osteomieline crônica,
infiltrados serão apenas PNM
(polimorfos mononucleares)
➥ QUANTO AO EXSUDATO: 
Se a placa aterosclerótica se deslocar, há
a formação de um embolo. A migração do
embolo pode gerar embolias renais,
pulmonares, cardíacas, etc. 
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Mediadores químicos
da inflamação
Moléculas de adesão
Inflamação 
Os estímulos (microrganismos,
microlesões, trauma, Ag-Ac, calor)
geram uma reação complexa no tecido
conjuntivo, seguido de uma resposta
inflamatória com reação dos vasos
sanguíneos(vasodilatação - acumulando
líquidos e leucócitos). A liberação de
prostaglandinas gera reação de febre e
dor. 
- Adesão e migração leucocitária 
- Mediadores modulam expressão
superficial/avidez (atração)
- Selectinas, Imunoglobulinas e
Integrinas
- Selectina E (ELAM-1 - Endotélio)
- Selectina P (endotélio/plaquetas)
- Selectina L (leucócitos)
- ICAM e VCM (endotélio)
- LFA e MAC-1 (leucócitos)
 Assim, o processo segue a ordem de
ativação endotelial, rolagem, aderência e
transmigração. 
 A inflamação ocorre como uma
resposta protetora, livrando o organismo
das causas/consequências da lesão. Caso
não houvesse o processo inflamatório, as
infecções iriam perdurar (feridas não
cicatrizariam). O processo de defesa pode
ser reduzido por causa de doenças ou uso
de drogas. Compostos imunogênicos
podem induzir o desenvolvimento de
patologias. 
Inflamação fibrinohemorrágica:
AVE - rompimento de vasos.
Inflamação hemorrágica: destruição
de epitélio vascular. 
Inflamação mucosa ou catarral:
injúria em mucosa.
Inflamação purulenta ou supurada:
infecção bacteriana. 
Focal: atinge um único ponto (cerca
de 1mm de diâmetro). Ex: picada de
mosquito.
Multifocal: atinge vários pontos -
rede vascular, embolia septica leve ou
moderada. 
Extensiva local: considerável área do
órgão atingido, agravações de lesões
focais ou multifocais. Ex: cirrose seria
uma inflamação serofibrinosa
extensiva local. 
Difusa: Totalidade do órgão é
atingido. 
Resolução completa: agressões
limitadas e de curta duração. 
 Pequeno grau de destruição tecidual.
Cura por substituição: fibrose.
Agressões teciduais co destruição
tecidual significativa. Exsudações
fibrinosas abundantes. 
Formação de abscesso: infecções
piogênicas (bacteriana). 
Inflamação crônica. 
➥ TIPOS DE INFLAMAÇÃO
 ➥ DESENLANCE DA INFLAMAÇÃO 
 O padrão TH1 (IL-2,IL-12, INF-gama -
ativa macrófagos para a produção de
NO/H2O2, gerando citotoxidade-, TNF-
alfa - vasodilatação) ou TH2 (IL-4, IL-5,
IL-10, IL-13). 
CAIO CASTRO QUEIROZ
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 O IL-10 faz o controle do IFN-gama,
modulando a ativação de macrófagos e
controlando a citoxidade e morte celular.
TGF-beta e IL-10 (proliferação celular) é
uma citocina típica do padrão TH3.
REPARO TECIDUAL
 A reparação tecidual envolve a
reconstituição da integridade anatômica
e funcional do tecido tal qual era antes do
dano. Já o conceito de cicatrização
envolve a substituição do tecido perdido
por um tecido conjuntivo denso.
Portanto, a regeneração celular é
superficial, a matriz extracelular não é
danificada, na regeneração há 
 recuperação funcional e morfológica do
tecido. Já no processo de cicatrizaçãohá
perda de função, pois o colágeno se
relaciona mais com resistência e dureza
do que com elasticidade. A inflamação é
mais presente no processo de
cicatrização.
Tipos de tecido:
Tecidos lábeis: tecidos com alta
capacidade proliferativa. Ex.:
epitélios, hematopoiéticos e
medula óssea.
Tecidos estáveis: tecidos
quiescentes (tecido em repouso),
podendo se proliferar quando
houver necessidade. Ex.: tecido
hepático, fibroblastos e
musculatura lisa. 
Tecidos permanentes: não
sofrem divisões celulares. Ex.:
neurônios, musculatura
esquelética e cardíaca. 
 O processo de regeneração ocorre em
tecidos com alto grau de divisão celular,
tais como os tecidos lábeis e estáveis,
possuindo, assim, poucas alterações na
função tecidual. Já o processo de
cicatrização tende a ocorrer naqueles
tecidos com baixo grau de divisão
celular, como os tecidos estáveis,
comprometendo a função do órgão/teci-
do. O reparo tecidual pode ser dividido
em três partes: hemostasia e inflamação,
proliferação e remodelamento. CAIO CASTRO QUEIROZ@CAIOCASTROQUEIROZ
Hemostasia/Inflamação: o tecido
lesado expõe o colágeno e dá início à
cascata de coagulação. Assim, chega
no local as plaquetas e proteínas
plasmáticas, como as protrombinas.
O aglomerado de plaquetas formam
um "tampão" com o objetivo de
estancar a hemorragia. Um estrutura
de coágulo é formada, sendo
composta por hemácias, fibrinas e
plaquetas. Durante esse processo há a
liberação de mediadores químicos
para fazer a vasodilatação, com a
eliminação de agentes bacterianos, 
 fenômenos exudativos, diapedese e
fagocitose de outros elementos para o
início de reparo tecidual. 
1.
2. Proliferação: fatores de crescimento
(VEGF, TGF, PDGF) estimulam a
proliferação tecidual, formando o tecido
de granulação (vasos neoformados,
leucócitos, macrófagos e fibroblastos).
CAIO CASTRO QUEIROZ
@CAIOCASTROQUEIROZ
3. Remodelamento: Os fibroblastos
secretam substâncias que preenchem a
matriz extracelular, como ácido
hialurônico e colágeno tipo III
substituído posteriormente pelo
colágeno tipo I - mais resistente). As
metaloproteases vão fazer a degradação
de proteínas e glicídios. Para que o tecido
volte à conformação original, é
necessário que o tecido de granulação
seja desfeito e o desenvolvimento de
miofibroblaastos (tracionamento de
regiões nas extremidades da lesão).
Fatores que influenciam no reparo
tecidual
- Fatores sistêmicos: tabagismo,
etilismo, diabetes mellitus, neoplasias,
desnutrição, idade. 
- Fatores locais: infecções,
características da lesão, estresse
mecânico. 
CAIO CASTRO QUEIROZ
@CAIOCASTROQUEIROZ
Bons Estudos!!!

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