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Síndromes torácicas 1 (Imagem 6)

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Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 1
Aula 4) Síndromes torácicas 1 
(Thaís Garcia)
CONSOLIDAÇÕES/ OPACIDADES ALVEOLARES
CONCEITO: consolidação significa o preenchimento do espaço alveolar por 
qualquer material que NÃO seja ar, como sangue, transudato, exsudato.
Não consigo, só com a imagem, identificar o material. Portanto, falo que estou 
diante de uma "opacidade de padrão alveolar". Ou seja, com o exame de 
imagem defino somente padrões, e não agente etiológico.
Brônquio → Bonquíolo terminal → Espaço alveolar (preenchido por ar).
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 2
⁉ E qual é o padrão de opacidade alveolar?
R= A opacidade alveolar é branca, mal definida, com aspecto de "nuvem" e 
broncogramas aéreos de permeio. Se manifesta com padrão de vidro fosco até 
uma consolidação.
Nas opacidades alveolares os brônquios permanecem patentes/inalterados, 
pois o problema está no espaço alveolar ⇒ Isso que me permite ver o 
broncograma aéreo (brônquio livre/patente com tudo ao redor preenchido).
ETIOLOGIA DA OPACIDADE ALVEOLAR:
OPACIDADE ALVEOLAR: onde antes havia ar, agora tem outro material. Na imagem, isso 
aparece como "opacidade de padrão alveolar".
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 3
Observe que, independente da causa, o padrão de opacidade na imagem é muito 
semelhante (mas a distribuição é diferente).
⁉ Mas se é tudo igual/semelhante, como farei o diagnóstico?
R= Por meio da história clínica!!
⚠ Quando a opacidade é branca (na TC ou RX), o termo radiológico 
adequado é "hiperatenuante" (branca) ou "hipotransparente" (perdeu a 
transparência).
1) PNEUMONIA LOBAR
NOSSO ENFOQUE SERÁ NAS PNEUMONIAS E BRONCOPNEUMONIAS.
Em todos os 3 casos temos: opacidades brancas, mal definidas, wcom broncograma aéreo 
de permeio.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 4
Temos preenchimento do espaço alveolar. O processo infeccioso começou no 
espaço alveolar, foi progredindo para espaços adjacentes graças à circulação 
colateral do espaço alveolar.
As barreiras físicas interrompem essa disseminação do agente infeccioso.
Na pneumonia lobar encontramos consolidação ou opacidade alveolar restrita a um 
único lobo pulmonar. 
Lembrando que as cisuras/fissuras quem delimitam os lobos ⇒ Barreira 
física/mecânica que "segura" a infecção em um dos lobos.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 5
� Se a pneumonia lobar NÃO for tratada, ela pode "vencer" a pleura e atingir lobos 
adjacentes.
👁 CASO: M, 21a, sd infecciosa e do parênquima pulmonar.
R= Vemos opacidade branca mal definida restrita ao pulmão D, com broncograma 
aéreo.
PNEUMONIA LOBAR: opacidades hiperatenuantes/ hipotransparentes, mal definidas, com 
broncogramas aéreos de permeio. A distribuição não é multifocal, é UNIFOCAL. Nesse caso, 
está no segmento anterior do lobo superior direito.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 6
LEMBRAR: sinal da silhueta ("contorno") é quando tenho 2 locais com 
densidades semelhantes justapostas/que se tocam, o que faz perder a definição 
entre eles na radiografia. NÃO é um sinal exclusivo do coração e do pulmão.
Quem faz contato com o AD é o lobo médio. Portanto, nesse caso, estamos vendo o 
contorno do AD, o que me permite afirmar que essa consolidação NÃO está no lobo 
médio. Logo, a opacidade está no lobo inferior D.
Abaixo temos um topograma/ Scout/ imagem piloto/ escanograma de TC:
Vemos opacidade mal definida no pulmão D delimitada por uma fissura. Nesse caso, NÃO 
vejo o AD ⇒ Consolidação no lobo médio. Isso é confirmado na TC ao lado.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 7
👁 CASO: F, 59a, sd infecciosa. Antecedente de Lúpus.
Na 2ª imagem vemos uma consolidação no pulmão D, aparentemente delimitada pela fissura 
e com provavél derrame pleural. Não vemos o contorno cardíaco (AD). Mas não é mérito 
diagnosticar quando o pcte já chegar nesse estágio, ou seja, o IDEAL é diagnosticar de 
forma precoce (como na 1ª imagem).
Vemos uma consolidação REDONDA no hemitórax E. Somado a isso temos derrame pleural. 
Essa pcte fez outra radiografia, e a consolidação progrediu em um curto espaço de tempo 
(perdendo seu formato redondo), o que me faz pensar contra tumor.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 8
Sem a HC, pensaria em um tumor/lesão expansiva. Mas se o médico colega me fala 
que pacte tem quadro infeccioso agudo numa pcte lúpica (imunodeprimida) ⇒ 
Pensar em ↑ risco p/ infecções.
Dx.: PNEUMONIA REDONDA ⇒ Consolidação de formato arredondado, sendo 
muito mais comum na faixa etária pediátrica (imaturidade da circulação colateral).
2) BRONCOPNEUMONIA
Diferente da pneumonia lobar, em que a infecção começa no alvéolo e vai 
progredindo p/ espaços adjacentes (através circ. colateral), na 
1ª) Sei que a pneumonia está no lobo médio, pois não vejo o contorno do AD; 2ª) Sei que a 
pneumonia está no lobo inferior D, pois consigo ver o contorno do AD.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 9
BRONCOPNEUMONIA a infecção começa dentro do brônquio ou dos bronquíolos 
(como o próprio nome diz). E através da disseminação endobrônquica, ela vai 
preenchendo os espaços alveolares.
⁉ Mas se a infecção está dentro da via aérea (brônquios e bronquíolos), 
teremos broncogramas aéreos no RX e na TC?
R= SIM!!! Pois a infecção NÃO ocupa toda a via aéra por completo. Mas, nos 
brônquios e bronquíolos ocupados por secreção, realmente não veremos os 
broncogramas aéreos.
⁉ Se eu sei que a infecção se dissipa pela via aérea, o que espero encontrar 
na imagem?
R= Quando o pcte tosse, um pedacinho da secreção que está na via aérea sai e 
vai p/ outro brônquio, gerando uma distribuição MULTIFOCAL, ou seja, em 
vários lobos pulmonares (diferente da pneumonia lobar).
👁 CASO: M, 31a. Broncopneumonia estafilocócica.
Vemos opacidade multifocal, e vários locais dos pulmões (D e E) → Multicêntrico. Vejo 
alguns broncogramas aéreos, opacidades brancas e mal definidas. LEMBRAR: NÃO dá para 
afirmar que é estafilocócica só pela imagem.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 10
Particularidade do estafilococo: facilidade em cavitar/ necrosar, formando as 
PNEUMATOCELES (mas isso não é patognomônico de estafilos). Vide abaixo a TC 
do mesmo paciente:
Distribuição multifocal + Pneumatoceles (aparecem rápido quando a infecção é por estafilo, 
mas tbm resolvem rápido c/ o tto).
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 11
3) ADENOCARCINOMAS LEPÍDICOS
Diferentes das pneumonias, a HC desses pctes NÃO é de infecção.
BRONCOPNEUMONIA: Distribuição multifocal, com predomínio no lobo superior D. A TC me 
mostra foco de consolidação em vários segmentos dos pulmões.
ADENOCARCINOMA LEPÍDICO: opacidade alveolar em forma de consolidação em pcte que 
tratou, e não resolvel.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 12
HC: paciente com consolidação crônica que foi tratada, mas não melhorou. Vemos a 
imagem e pensamos que o pcte está péssimo/internado, mas, na verdade, o pcte 
encontra-se bem.
Às vezes a consolidação é única, como se fosse uma penumonia lobar. Mas 
geralmente, é multifocal (parece broncopneumonia).
🐱 PULO DO GATO: se a consolidação não resolve (após 6 sem, p ex) com 
tto satisfatório/adequado ⇒ Investigar adenocarcinoma lepídico!!
⁉ Mas o que é adenocarcinoma lepídico?
R= Neoplasia/câncer pulmonar indolente, com uma progressão mais 
arrastada/lenta. Pode começar como se fosse uma "pneumonia lobar", mas 
sempre progride para uma distribuição multifocal ("broncopneumonia"). Ou 
seja, da mesma forma que pcte tosse e dissemina infecção, ele pode tossir e 
disseminar céls neoplásicas.
... RESUMÃO ...
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 13
Ex.: se estou supeitando de TB, eu vou "sugerir" isso no laudo. Mas NUNCA vou 
bater o martelo só com o exame de imagem. Preciso da HC e de exames 
complementares!!
Lembrar: a melhora radiológica SEMPRE será POSTERIOR à melhora clínica.
Não precisa repetir RX/TC dia sim, dia não. Para saber se pcte está 
melhorando, vou seguir a clínica, e não a imagem. Usar bomsenso!!!
Vou repetir RX/TC apenas se pcte não estiver apresentando melhora no QC, 
ou se apresentar algum achado novo no EF, ou se pcte> 50a com muitas 
comorbidades, ou se pcte grave e internado na UTI.
SÍNDROME INTERSTICIAL/RETICULAR
⁉ O que é o intestício?
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 14
R= INTERSTÍCIO é a estrutura que sustenta o parênquima pulmonar (parede 
brônquica, septo, feixe broncovascular). É o local ao redor do bronquíolo e da 
arteríola.
⁉ Qual o padrão de sd intersticial?
R= Linhas confluentes, aspecto opacidades reticulares ("tela de galinheiro"), 
envolvendo o tecido de sustentação do parênquima pulmonar (parede brônquica, 
feixe peribroncovascular, septo) .
CAUSAS DAS SDS INTERSTICIAIS:
LÓBULO PULMONAR SECUNDÁRIO= menor unidade funcional do parênquima 
pulmonar: arteríola e bronquíolo na região central. Veias e linfáticos ao longo dos septos 
interlobulares (periferia). Interstício intralobular envolvendo as estruturas centrais.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 15
O dx diferencial (da mesma forma que as sds alveolares) é feito através do QC!!!
Ex 1: Pcte apresenta adecarcinoma gástrico e na TC pulmão há espessamento 
septal difuso, com alguns micronódulos ⇒ Pensar em LINFANGITE 
CARCINOMATOSA.
Ex 2: Pcte com exposição ocupacional à sílica e na TC pulmão há 
espessamento septal difuso, com alguns micronódulos ⇒ Pensar em 
PNEUMOCONIOSE.
Ex 3: Pcte em contexto epidemiológico de Covid- 19, com sintomas respiratórios 
agudos, febre, dispenia, e na TC pulmão há espessamento septal difuso, com 
alguns micronódulos ⇒ Pensar em PNEUMONIA ATÍPICA (não só por Covid, 
mas por outros agentes menos frequentes tbm).
Ou seja, a imagem por si só NÃO consegue definir a etiologia, mas um PADRÃO. O 
exame de imagem é complementar ao QC.
👁 CASO 1: Pneumopatia intersticial fibrosante
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 16
👁 CASO 2: Pneumocistose
PNEUMOPATIA INTERSTICIAL FIBROSANTE (pneumonia interticial usual/ PIU ou fibrose 
pulmonar idiopática): aspecto em "tela de galinheiro". Linhas multidirecionais, que tendem a 
confluir e com padrão reticular. Segue TC abaixo do mesmo pcte.
Espessamento septal inter e intralobular semelhante à "tela de galinheiro".
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 17
Esse pcte tem 30 anos, HIV, e QC de sintomas respiratórios com febre, diarreia e 
perda de peso. 
Pensar em imunossupressão significativa. Pode ter a SIDA/AIDS.
Como RX mostra opacidades intersticiais ⇒ Investigar PNEUMOCISTOSE!!!
Agente etiológico: Pneumocystis jirovecii (fungo).
1/3 inferiores e médios dos dois pulmões vemos linhas em várias direções (diferente das 
opacidades alveolares). 
Na TC desse pcte, temos opacidades em vidro fosco. Mas o que mais chama atenção é 
PADRÃO DE OPACIDADE LINEAR/ RETICULAR/ ESPESSAMENTO SEPTAL (diferente das 
aveolares, que são em forma de consolidação ou arredondadas).
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 18
Abaixo observe intersticiopatias causadas por diferentes agentes etiológicos, porém, 
o padrão de imagem é semelhante (opacidade em vidro fosco, espessamento 
septal/opacidades reticulares de permeio).
Particularidade da COVID-19: faz opacidade em moldura no lóbulo pulmonar 
secundário, que é um padrão de imagem chamado PNEUMONIA EM 
ORGANIZAÇÃO, a qual pode aparecer em diversos agentes etiológicos.
Essa PO é um processo inflamatório do parênquima pulmonar altamente 
responsivo ao tto com corticóides.
👁 CASO 3: Linfangite Carcinomatosa
O que determina o dx é a clínica e outros exames complementares.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 19
Padrão de imagem: linhas difusas de opacidades reticulares, nos dois pulmões. Na 
TC abaixo vemos espessamento difuso dos septos interlobulares com alguns 
micronódulos ⇒ Investigar disseminação carcinomatosa linfática (linfangite 
carcinomatosa).
Para dizer isso o pcte tem que ter um dx primário de neoplasia.
O que devemos falar ao ver essa imagem? "Padrão de sd intersticial. Etiologia a esclarecer". 
Pedir uma TC para definir melhor o que está acontecendo.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 20
👁 CASO 4: Pneumoconiose ⇒ M, 27a. Amolador de facas sem nenhuma 
proteção. Pneumoconiose por metal duro.
DPOC
Esse pcte já tinha NEOPLASIA GÁSTRICA CONHECIDA. Observe os vários linfonodos ao 
redor do estômago.
Padrão de opacidades reticulares. Na TC vemos muitomespessamento feixe 
peribroncovascular. Esse pcte tbm tem como complicação um pequeno pneumotórax.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 21
Exame complementar: ESPIROMETRIA. O principal papel da imagem na DPOC é 
proporcionar um dx diferencial (afastar outras possibilidades). O exame de imagem é 
útil para estadiar os danos estruturais (irreversíveis) e acompanhamento.
⁉ Qual o achado de imagem na DPOC?
R= Padrão de hiperinsuflação pulmonar devido aos danos estruturais 
irreversíveis nas paredes alveolares. Na imagem não vemos esses dano, mas o 
resultados deles (hiperinsuflação).
Maioria dos pctes com DPOC apresenta componentes bronquítico e enfisematoso 
simultaneamente, além de outras condições ⇒ MULTICOMPARTIMENTAL!!!
👁 CASO: Pcte jovem, com deficiência de alfa-1 antitripsina.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 22
5 principais achados da hiperinsuflação pulmonar:
Hipertransparência pulmonar difusa/2 lados (pulmão muito preto) 
Pulmão hiperinsuflado (retém ar nos pulmões) ⇒ ↑ volumétrico, causando 
alargamento dos espaços intercostais
Retificação das cúpulas diafragmáticas (empura o diafragma p/ baixo)
↑ espaço retroesternal (visto em perfil)
↑ diâmetro ântero-posterior ("tórax em tonel")
👁 CASO: Pcte idosa, tabagista de longa data. 
Hipósteses diagnósticas: 
1) DPOC de etiologia tabágica
2) DPOC por deficiência de alfa-1 antitripsina (causa + comum de DPOC não 
tabágica)
SÍNDROMES BRÔNQUICAS
1) ATELECTASIAS
⁉ O que é atelectasia?
R= Perda do volume pulmonar por um colabamento do espaço alveolar. Na 
imagem teremos (só lembrar que pulmão perde volume): 
HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 23
Desvio traqueia ipsilateral à atelectasia
↓ espaço intercostal
Elevação cúpula diafragmática
Temos 2 tipos: 
RESTRITIVA: causada por algo que "restringe" o espaço do pulmão. Não 
necessariamente relacionada com problema brônquico. Significa que alguma 
coisa está empurrando e comprimindo o parênquima pulmonar (derrame pleural, 
pneumotórax, tumor da parede torácica).
OBSTRUTIVA: causada por algo que obstrui a via aérea. Ex.: tumor 
endobrônquico que "entope" o fluxo aéreo → Não chega ar → Pulmão não 
expande → Atelectasia.
Nesse caso temos uma CRIANÇA INTUBADA com atelectasia no pulmão E secundária a um 
enorme pneumotórax.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 24
Nesse RX vemos uma opacidade muito TRIANGULAR no pulmão E, reduzindo seu volume. 
Há um pouco de desvio do mediastino para a E. 
Na TC do mesmo pcte acima (atelectasia obstrutiva), perceba o parênquima pulmonar 
atelectasiado à E.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 25
� Na maioria das vezes NÃO identificamos o corpo estranho no RX. Já na TC, 
com certa frequência, isso é possível, o que depende muito do pcte que foi aspirado. 
Porém, podemos fazer o dx sem ver o corpo estranho.
ATELECTASIA OBSTRUTIVA: caso de criança que ingeriu corpo estranho, que parou 
pertinho da carina.
Nesse caso, NÃO vemos o corpo estranho, mas vemos um padrão de atelectasia no lobo 
médio com desvio ipsilateral. 
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 26
� HOJE, depois da broncoscopia (+ invasiva), a TC tórax é o melhor exame 
para vermos via aérea (vemos bronquiectasias, obstrução endobrônquica etc).
Dependendo da forma do corpo estranho, podemos ter diferentes padrões:
Incompleta sem repercussão: o corpo estranho vai e volta, não causando 
inflamação. RX é normal.
Incompleta com hiperinsuflação: corpo estranho fica fixo e causa inflamação 
⇒ Mecanismo valvular (obstrução parcial).
Completa: atelectasia ⇒Obstrução total da passagem do ar. Exemplos: corpo 
estranho grande ou corpo estranho antigo que já causou muita inflamação.
2) BRONQUIECTASIAS
Na TC do mesmo pcte, conseguimos enxergar o corpo estranho. Esse pcte tinha 
pneumotórax à E como complicação.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 27
Aspecto de imagem é típico: 
RX: Imagens lineares com paredes espessadas com algumas reentrâncias na 
parede brônquica (aspecto em "trilho de trem") ⇒ Bronquiectasias cilíndricas.
TC: lembrar que a proporção de arteíola e bronquíolo sempre ter que ser 1:1. 
Quando o brônquio fica MUITO MAIOR que a arteríola, eu perco essa relação. 
Isso nos leva ao achado de "anel de sinete/anel solitário".
Aro do anel seria o brônquio aumentado e a pedrinha seria a arteríola.
Portanto, se temos perda da relação brônquio-arterial ⇒ Investigar 
BRONQUIECTASIA!!! Outro achado que me faz pensar nesse dx é a presença de 
brônquios a menos de 2cm da parede torácica (normalmente não vemos luz 
brônquica na periferia).
⁉ Como diagnosticar bronquiectasia?
R= BRONCOGRAFIA é o nome do exame que usávamos antigamente. 
Atualmente usamos TC TÓRAX - melhor exame p/ dar esse dx.
Broncoscopia: visualização direta da luz brônquica.
TC: melhor exame p/ dx de bronquiectasia.
⁉ Quais os achados imagenológicos para dizer que é bronquiectasia?
Anel de sinete: perda da relação brônqui-arterial (perdemos a relação de 
1:1).
Perda do afilamento periférico dos brônquios: o normal é que o brônquio 
se afile na periferia, mas na broquiectasia isso não acontece (brônquio em 
cilindro). Isso faz com que vejamos a luz brônquica na periferia.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 28
Sinal do trilho de trem no RX: bronquiectasia visível com detalhes da 
parede brônquica.
A principal causa é pós-infecciosa, muito comum pós- TB pulmonar (faz dilatação 
do brônquio a longo prazo).
AULA DE CASOS CLÍNICOS
CASO 1) F, 3a, tosse, febre, dispneia.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 29
Opacidade de padrão alveolar: mal definida, branca e com broncogramas aéreos ⇒ 
Nome radiológico é CONSOLIDAÇÃO (área de aumento de densidade com 
broncograma aéreo (opacidade alveolar em volta do brônquio) → copo de leite= 
consolidação; nuvem= vidro fosco), a qual está localizada no lobo médio.
Está começando um pequeno derrame pleural no lado D tbm. Lembrar que em 
criança o ICT normalmente é maior que no adulto.
Geralmente nao acontece adenocarcinoma lepídico em crianças!!!
Dx: PNEUMONIA LOBAR.
CASO 2) M, 37a, tabagista com dispneia importante.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 30
Pobreza vascular proeminente em ambos os lobos superiores. Desvio mediastinal 
para D. ↑ espaços intercostais. Está muito semelhante à bronquiectasia. 
Esse padrão é de HIPERINSUFLAÇÃO. Lembrar que RX não faz dx de DPOC.
Na TC temos enfisema pulmonar bolhoso (parênquima foi destruído e virou uma 
"bolhona" de ar). Esse pcte tem enfisema (destruição alveolar) e um pouquinho de 
bronquiectasia (que tem como causa principal infecções, como bronquites)
Esse pcte fez uma cirurgia para tentar recuperar um pouco de parênquima, 
melhorando o RX.
Dx: DPOC.
Obs.: Veja abaixo o padrão de enfisema pulmonar + bronquiectasia (quadro misto).
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 31
CASO 3) M, 54a, dispneia progressiva.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 32
↓ discreta do pulmão D. Vemos alargamento mediastinal. Opacidades reticulares 
difusas com predomínio nos lobos médio e inferiores. Esse padrão é SD 
INTERSTICIAL. 
Preciso fazer TC, pois não consigo fechar dx com RX. Se pcte tivesse história de 
câncer (ex.: adenocarcinoma de útero previamente diagnosticado) a principal 
hipóstese diagnóstica é linfangite carcinomatosa. 
Vidro fosco não é comum na sd intesticial, é mais comum na opacidade alveolar.
Dx: SD INTERSTICIAL.
CASO 4) M, 11a, tosse, sibilância e dor torácica.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 33
Mediastino normal, volume campo pulmonar preservado. RX normal. Primeira 
hipótese seria asma (sibilância difusa), mas como não respondeu ao tto 
broncodilatador e RX normal, devo obrigatoriamente pensar em CORPO 
ESTRANHO. 
Fez TC e evidenciou-se um corpo estranho na luz brônquica (chiclete) → Retirado 
com broncoscopia (precisa de sedação e analgesia).
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 34
Dx: PRESENÇA DE CORPO ESTRANHO.
CASO 5) M, sem indicação clínica.
↓ EIC do lado D, evidenciando perda volumétrica à D. Desvio traqueal/mediastinal à 
D. Pcte não operou, procure atelectasia. Na lobectomia não vemos opacidade. 
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 35
Perceba que a fissura horizontal subiu. Portanto, a atelectasia está no lobo superior 
D. 
Dx: POSSÍVEL ATELECTASIA EM LOBO SUPERIOR D. Correlacionar com 
história clínica.
CASO 6) F, 86a.
Sinais de perda volumétrica. Elevação das cúpulas diafragmáticas. Pcte não fez 
lobectomia. Opacidade localizada no lobo médio (em perfil está acima da topografia 
cardíaca). A clínica de atelectasia é muito variada. Lobo médio pq possui sinal da 
silhueta com o AD.
Dx: ATELECTASIA DE LOBO MÉDIO.
CASO 7) F, 83a.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 36
Pulmão E está menor que o D. Opacidade com morfologia triangular projetada na 
topografia do coração ⇒ 📐 SINAL DO ESQUADRO 📐 (serve tbm para o lobo 
inferior D). Há uma atelectasia em lobo inferior E. 
Lembrar que na atelectasia lobo inferior D eu NÃO vejo o lobo interlobar D → Vejo 
tbm retificação da cúpula diafragmática (assim como na atelectasia do lobo inferior 
E).
Dx: ATELECTASIA DE LOBO INFERIOR E. 
CASO 8) F, 3a, tosse, febre, dispneia.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 37
Dx: ATELECTASIA DE LOBO INFERIOR D. 
CASO 9) M, 70a.
Elevação cúpula diafragmática E. Não tem lobectomia, portanto, investigar 
atelectasia. Morfologia BICONVEXA/LENTIFORME com desvio cranial (p/ cima) 
da fissura oblíqua E (isso é muito típico de atelectasia em lobo superior E, e não D 
- vide acima).
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 38
Dx: ATELECTASIA DE LOBO SUPERIOR E.
CASO 10) M, 9a, tosse persistente.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 39
Sempre que o pcte for uma CRIANÇA ⇒ PENSAR EM CORPO ESTRANHO!!!! 
Nesse caso a atelectasia era do tipo obstrutiva, por corpo estranho.
Dx: ATELECTASIA DE LOBO MÉDIO COM PROGRESSÃO PARA LOBO 
INFERIOR DIREITO (observe o sinal do esquadro).
CASO 11) M, 2a, tosse persistente.
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 40
Dx: PRESENÇA DE CORPO ESTRANHO.
👁 DICAS PARA A VIDA
PADRÕES DE ATELECTASIA:
Sinais de perda volumétrica (posição do diafragma, do mediastino, amplitude 
dos EIC)
Há outras hipóteses que expliquem a perda volumétrica? (lobectomia)
Verificar ativamente sinais de atelectasias.
COMO DIFERENCIAR MOEDA DE BATERIA?
A bateria possui um halo radiolucente, já a moeda não. A bateria, sobretudo, é 
uma emergência médica. 
Além disso, corpo estranho geralmente vai para o esâfago e não traqueia. 
COMO SABER? Anatomicamente o esôfago, normalmente, fica atrás e à 
esquerda da traqueia. 
ESÔFAGO ⇒ Endoscopia
TRAQUÉIA ⇒ Broncoscopia (procedimento + complexo)
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 41
Resuminho...
Aula 4) Síndromes torácicas 1 (Thaís Garcia) 42

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